O documento discute novas formas de organizar empresas de maneira mais descentralizada e autônoma através de conceitos como auto-organização, autogestão e times autônomos. Ele apresenta diferentes modelos como cadeia de comando, rede de acordos e círculos aninhados e discute suas vantagens como melhor aproveitamento do talento, tomadas de decisão mais rápidas e alinhamento com o propósito evolutivo da organização. Finalmente, sugere algumas ações pontuais para começar a experimentar essas novas abordagens.

1. Reinventando Organizações

3. O Mundo está VUCA

6. Será que não existem
novas e melhores
maneiras?

7. Integralidade Integralidade

9. Propósito
Evolutivo
Propósito
Evolutivo

10. “Build the best product, cause no
unnecessary harm, use business to
inspire and implement solutions to
the environmental crisis.”

11. Autogestão Autogestão

12. Cadeia de Comando
● O poder reside no topo e precisa ser delegado (“Empoderamento”)
● Decisões na base podem ser sobrescritas
● Níveis superiores podem impor mudanças, usando os seus poderes
(definição de responsabilidades, remuneração, promoção, demissão,
avaliação, etc)
● Você deve obedecer o seu superior
● Parte da premissa que a ordem surge a partir de uma organização imposta
● O poder é assimétrico

13. Efeitos Colaterais
● Baixo engajamento
● Baixa adaptabilidade
● Novas ideias geradas na base não são implementadas
● Comunicação lenta (gargalos)
● Custos mais altos
● Decisões de qualidade duvidosa
● Coloque seu efeito aqui

14. Galera, o inverno chegará
mais cedo, mas não se
preocupem o comitê executivo
está montando um plano.
Não se mexam até
dizermos o que
precisa ser feito.

15. Auto-organização e
Autogestão

16. Auto-organização
● Ordem emergente a partir da relação
entre as partes de um sistema
● Não é centralizada em um único
agente
● Surge a partir de feedbacks rápidos
● É a forma de ordem natural

17. Autogestão (Self-Management)
● Gestão é responsabilidade do gestor
● Autogestão: gestão feita pelas próprias pessoas que fazem o trabalho
● Gestão distribuída: poderes do gestor/chefe distribuídos entre várias
pessoas
● Times autogeridos: um time que faz a sua própria gestão
● Não existem gestores ou todos são responsáveis pela gestão

19. Times Autônomos Paralelos
Descrição Pequenos times (5-30 pessoas)
capazes de entregar valor de ponta a ponta.
Muitas vezes existem pequenas áreas de
suporte/backoffice.
Práticas comuns Reuniões estruturadas com
facilitação; Processo de Onboarding (integração);
Livro com princípios e regras; Processo de
aconselhamento; Mentores sem responsabilidade por
P&L.
Aplicabilidade Organizações pequenas ou
grandes com uma cadeia de valor curta e
que pode ser replicada. Funciona bem no
setor de serviços.
Vantagens e Desvantagens Facilmente replicável e
escalável; Poucas regras são necessárias; Pode
necessitar de time de suporte; Dependendo do caso
pode depender de uma forte cultura para sustentar-
se.Cases Buurtzorg, Valve, RHD, FAVI

20. Processo de Aconselhamento
Qualquer pessoa na organização pode tomar qualquer
decisão. Mas antes de fazer isso, essa pessoa deve procurar
aconselhamento junto de todas as partes afetadas e de
pessoas com conhecimento ou experiência sobre o assunto.

21. Rede de Acordos
Descrição Pessoas conectadas por acordos
que configuram expectativas e entregas.
Cada ligação corresponde a um acordo
firmado por escrito.
Práticas comuns Estrutura de funções com
atividades definidas claramente; CLOU - Carta de
Entendimento entre Colegas; Processo de
Onboarding e capacitação em gestão; Livro com
princípios e regras; Salários autodefinidos com
calibração de pares; Processo de aconselhamento;
Processo formal com múltiplos estágios para
resolução de conflitos.
Aplicabilidade Organizações médias e
grandes com cadeias de valor longas mas
que não precisa sofrer grandes mudança
pois o contexto é estável.
Vantagens e Desvantagens Pouco adaptável; Não
exige times; Pouco testado.Cases Morning Star Tomato Co.

22. CLOU - Colleague Letter of Understanding

23. Círculos Aninhados
Descrição Diversos círculos compostos por
papéis, que são aninhados gerando uma
hierarquia funcional ou de escopo.
Práticas comuns Estrutura de papéis granulares e
fluída; Registros de governança continuamente
atualizados por reuniões que usam um Processo
Integrativo de Tomada de Decisão; Reuniões
regulares e estruturadas para gerar transparência;
Processo de Onboarding (integração); Livro com
princípios e regras; Frameworks definidos como
Holacracia e S3.
Aplicabilidade Organizações médias e
grandes com cadeias de valor longas e que
sofrem muitas alterações por conta de um
contexto dinâmico.
Vantagens e Desvantagens Muito adaptável;
Estrutura complexa com mais regras; Necessita de
papéis de ligação (links duplos); Aprendendo esse, os
outros são simplificações desse.
Cases Zappos, Geekie e WaTech.

24. Registros de Governança

25. Registros de Governança

26. Registros de Governança

27. 1ª grande vantagem: Aproveitar melhor a energia
Uso mais eficiente do talento
As pessoas já não são forçadas a assumir funções de gestão que podem não se encaixar em seus
talentos, a fim de progredir em suas carreiras. O arranjo fluido de funções (em vez de descrições de
trabalho pré-definidas) também permite uma melhor adequação do talento com as funções.
Menos desperdício de energia em conformidade
A excepcional capacidade dos chefes e funcionários para criar políticas gera mecanismos
desnecessários de controle e requisitos de notificação que desaparecem quase completamente com a
autogestão.
Menos desperdício de energia apoiando o ego
Menos tempo e energia se consome tentando agradar a um chefe, se acotovelando com rivais para uma
promoção, defendendo silos, lutando disputas territoriais, tentando ser certo e parecer bom, culpando os
outros por problemas, e assim por diante.
Menos desperdício de energia em reuniões

28. 2ª grande vantagem: Direcionar a energia com mais clareza e
sabedoria
Com uma melhor percepção
Na autogestão, cada colega pode perceber a realidade circundante e agir de acordo com esse
conhecimento. A informação não se perde ou é filtrada em seu caminho através da hierarquia até atingir
um tomador de decisão.
Com mais tomadas de decisão
Nas organizações tradicionais, há um gargalo no topo para tomar decisões.
Com tomadas de decisão no tempo certo
Quando um pescador percebe um peixe em um local particular, no momento em que seu chefe dá sua
aprovação para preparar a isca, o peixe já se movimentou para longe há muito tempo.
Através de alinhamento com o propósito evolutivo
Se acreditamos que uma organização tem seu próprio senso de direção, o seu próprio propósito
evolucionário, então as pessoas que alinham as suas decisões com esse propósito vão navegar com o
vento da evolução em suas costas.

29. Dúvidas?

30. Coisas para tentar...
Ações pontuais que podem servir para testar a água:
1. Hackathon com foco em novos projetos
2. Seção de Open Space olhando para a organização
3. Open Allocation Parcial (20% do tempo por exemplo)
4. Piloto em uma área da Imaflora
5. Adotar práticas como Kanban
6. Workshop para experimentar Autogestão por 2 dias

31. O que chamou atenção e que valeria a pena
tentar?