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Usos e Desusos de
Métodos Filogenéticos
Comparativos
DR. DIOGO B. PROVETE
dbprovete@gmail.com
diogoprovete.weebly.com
Breve Introdução
Usos mais comuns e limitações de
Métodos Comparativos
O que não fazer
Conclusões e dicas
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
O que são Métodos Filogenéticos
Comparativos?
 Conjunto de métodos estatísticos que usam a relação de parentesco
entre as espécies para testar hipóteses evolutivas sobre seus atributos
 Interesse surgiu no fim da década de 1970 com a disponibilidade de
filogenias
 Processo evolutivo deixa ”rastros” no fenótipo das espécies
 Espécies mais próximas tendem a ser mais parecidas
 Perguntas comuns
 Qual o padrão filogenético de uma dada característica das espécies?
 Sob que processo e em que velocidade essa característica evolui?
 Qual a correlação dessa característica com outras ou com a variação ambiental?
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Métodos
Filogenéticos
Comparativos
Evolução fenotípica
Padrões de
especiação
(Macroevolução)
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Métodos
Filogenéticos
Comparativos
Evolução fenotípica
Padrões de
especiação
(Macroevolução)
Evolução cultural e
linguística
(Antropologia)
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
O que são Métodos Filogenéticos
Comparativos?
Problema da Autocorrelação Filogenética => viola os
pressupostos dos métodos ”convencionais”
Necessidade de se incorporar a relação entre as espécies nas
análises
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
O problema do parentesco comum
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
O problema do parentesco comum
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Espécies não são independentes
VS.
Filogenia em
estrela
Filogenia ”real”
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
“
”
Phylogenies are fundamental do
evolutionary biology, there is no
doing it without taking them
into account
Joe Felsenstein (1985)
1985
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
1987 Estimativa de estado ancestral: Squared-change parsimony
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Principais métodos/Abordagens
 Estimativa (”reconstrução”) de estado ancestral
 Mensuração e teste de ”sinal” filogenético
 Ajuste de Modelos de Evolução à atributos (BM, OU, EB/LB, trend etc)
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 Estimativa de ótimos/picos/regimes adaptativos ao longo da filogenia
 Evolução correlacionada de atributos contínuos (PGLS, phyloGLM) e
categóricos (Pagel’s method)
Paul Harvey
Mark Pagel
1991
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Charles Nunn, Duke University
2011
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Sevilha, Espanha, Novembro 2014
2015 http://www.mpcm-evolution.org/practice
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Problemas mais comuns
 Falta completa de dados (filogenéticos e traits)
 Descasamento (mismatch) entre disponibilidade de dados de traits e de filogenias
 Dados existem mas não estão acessíveis
 Déficits de conhecimento sobre biodiversidade: Darwiniano e Raunkiaeriano
 Dificultam ganho de conhecimento sobre evolução de atributos
 Impedimento para estudos comparativos
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Hortal et al. 2015
Déficit Rauniaeriano
Falta de informações
sobre atributos das
espécies
Déficit Darwiniano
Falta de informações
sobre relações entre
espécies
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Ignorâncias
Topologia
Comprimento
de ramo e
divergência
Modelo evolutivo
De atributos
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Meu deus o que eu faço agora?
Meu projeto foi pras cucuias?
Perdi meu doutorado? Quem
poderá me socorrer?!...Oh oh!!
• Maximiza a amostragem trocando espécies na árvore, para os
quais não há dados de atributos, por espécies
”filogeneticamente equivalentes” sem alterar a estrutura da
filogenia
• Baseado em ranking taxonômico (ou só os nomes dos gêneros) ou
uma árvore topológica
• Alternativa a métodos de aleatorização ou de imputação de dados
faltantes
Pacotes phyndr e taxonlookup
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
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Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Workflow PhyloTargeting
Espécies com dados
faltantes
Para variável resposta
Como otimizar o
levantamento de dados?
3 Atributos contínuos
Limitações de PCMs
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Limitações de PCMs
 Muitos atributos não exibem sinal filogenético, ou seja, tem pouca correlação com a filogenia
 Depende da escala filogenética, estatística usada etc
 Convergência (mesmo regime adaptativo)
 Estimativas de estados ancestrais tem muita incerteza
 Necessidade de incorporar informações de fósseis
 Atributos evoluem sob taxas e modelos diferentes
 Filogenias são pouco úteis quando já muita variação intraespecífica
 Filogenias ajudam a desvendar padrões, e não processos
 Velha história: inferir processos a partir de padrão
 Mesmo padrão pode ser causado por diversos processos
 Evite perguntas dicotômicas: ”efeito relativo da filogenia (ou pior ”história) e ecologia numa característica”
 Filogenias não ”causam” nada, mas sim são maneiras de representar a história evolutiva de um grupo
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
“
”
Phylogenetics is a powerful tool for
understanding evolution,
but it is not omnipotent.
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Desusos de Métodos Comparativos
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Interpretação de evidências de
adaptação
 Um padrão pode ser gerado por vários processos
 Só uma boa conexão entre a pergunta e o processo de interesse junto com
avaliação de hipóteses alternativas permite inferir adaptação
 Sempre levar em conta relações alométricas (com tamanho do corpo)
 Importância de se usar modelos evolutivos adequados (e.g., OU)
 Toda adaptação é fruto de seleção, mas nem toda leva à adaptação.
 Correlação entre atributos, um estado de um atributo pode surgir como correlação a
um outro e não como resposta a uma pressão evolutiva
 Levar em conta o contexto ambiental (ou social se for o caso)
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
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Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Colocar muita ênfase em modelos
com R2 baixo
R2 = proporção de variância explicada/variância nos dados
Não pesa pela quantidade de variáveis
Reportar tamanho do efeito e forma da relação entre variáveis
Utilizar estatísticas de Teoria da Informação (e.g., AIC, wAIC, BIC,
Deviance etc) que pesam o número de variáveis e informam o peso
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Reportar resultados de análises
filogenéticas e tradicionais
 Se o objetivo da análise é comparar dados de diferentes espécies e
detectamos que há dependência entre elas, obrigatoriamente deve-se usar
métodos que levam essa dependência em conta
 Análise filogenéticas e comuns não estimam os mesmos parâmetros e por
isso não são comparáveis
 Especialmente problemático em modelos lineares, tipo (P)GLS
 Solução: estimar um parâmetro (lambda de Pagel) que controle a autocorrelação
filogenéticos nos resíduos
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Não testar pressupostos
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erros
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Ajustando um PGLS
 O que é melhor: ajustar um modelo em que simultaneamente se estima o
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modelo PGLS, p.ex. usando o lambda do Pagel
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Data dredging
 Confundir Análise de dados Exploratória com Análise
inferencial
 Errado: Apresentar uma lista de modelos com todas as combinação
possíveis de variáveis
 Correto: definir a priori modelos biologicamente plausíveis e testar
somente estes
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Tratar resíduos como dados primários
 Errado: Utilizar resíduos de, por exemplo, uma regressão entre
tamanho de corpo e frequência da vocalização para trabalhar
em outra análise
 Correto: utilizar a variável ”confundidora” como co-variável numa
análise (e.g., ANCOVA)
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Ignorar modelos alternativos de
evolução
 Não testar qual modelo de evolução melhor explica seus dados
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Browniano
 Solução: ajustar modelos de evolução alternativos (e.g., OU, EB/LB etc)
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
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 Se dados vêm de várias fontes (e.g., bases de dados da internte), é
importante avaliar a qualidade (reliability) dos mesmos antes de realizar
análises
 Decidir de usa ou não métodos para imputar dados faltantes ou se apaga
o dados completamente
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 Filogenias são hipóteses que podem ser muito ou pouco sustentadas, é
importante incorporar, sempre que possível, incerteza filogenética nas análises
 Leitura cuidadosa antes de utilizar os métodos no R
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 Importância de se reportar as análises utilizando ferramentas de
reprodutibilidade (R Markdown, LaTeX etc)
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
Onde encontrar mais informações
sobre PCMs?
 Canais do YouTube
 Evolution 2015, 2016 (Vídeos com palestras do congresso)
 PhyloMeth (Curso online sobre métodos comparativos)
 NMBios (cursos sobre genética quantitativa e métodos comparativos
 Phyloseminar (ciclo de palestras online sobre diversos temas em ecologia e
evolução)
 Listas de email (R-SIG-PHYLO) e foruns (stackoverflow.com)
 Cursos do Liam Revell e Luke Harmon (disponíveis no GitHub)
 Companion sites de livros do Charles Nunn e Garamszegi
Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
“
”
Obrigado pela atenção!
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  • 1. Usos e Desusos de Métodos Filogenéticos Comparativos DR. DIOGO B. PROVETE dbprovete@gmail.com diogoprovete.weebly.com
  • 2. Breve Introdução Usos mais comuns e limitações de Métodos Comparativos O que não fazer Conclusões e dicas Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 3. O que são Métodos Filogenéticos Comparativos?  Conjunto de métodos estatísticos que usam a relação de parentesco entre as espécies para testar hipóteses evolutivas sobre seus atributos  Interesse surgiu no fim da década de 1970 com a disponibilidade de filogenias  Processo evolutivo deixa ”rastros” no fenótipo das espécies  Espécies mais próximas tendem a ser mais parecidas  Perguntas comuns  Qual o padrão filogenético de uma dada característica das espécies?  Sob que processo e em que velocidade essa característica evolui?  Qual a correlação dessa característica com outras ou com a variação ambiental? Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 5. Métodos Filogenéticos Comparativos Evolução fenotípica Padrões de especiação (Macroevolução) Evolução cultural e linguística (Antropologia) Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 6. O que são Métodos Filogenéticos Comparativos? Problema da Autocorrelação Filogenética => viola os pressupostos dos métodos ”convencionais” Necessidade de se incorporar a relação entre as espécies nas análises Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 7. O problema do parentesco comum Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 8. O problema do parentesco comum Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 9. Espécies não são independentes VS. Filogenia em estrela Filogenia ”real” Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 10. “ ” Phylogenies are fundamental do evolutionary biology, there is no doing it without taking them into account Joe Felsenstein (1985)
  • 11. 1985 Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 12. Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas 1987 Estimativa de estado ancestral: Squared-change parsimony
  • 13. Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas Principais métodos/Abordagens  Estimativa (”reconstrução”) de estado ancestral  Mensuração e teste de ”sinal” filogenético  Ajuste de Modelos de Evolução à atributos (BM, OU, EB/LB, trend etc)  Estimativa de taxas de evolução de atributo(s) ao longo da filogenia  Estimativa de ótimos/picos/regimes adaptativos ao longo da filogenia  Evolução correlacionada de atributos contínuos (PGLS, phyloGLM) e categóricos (Pagel’s method)
  • 14.
  • 15. Paul Harvey Mark Pagel 1991 Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 16. Charles Nunn, Duke University 2011 Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 17. Sevilha, Espanha, Novembro 2014 2015 http://www.mpcm-evolution.org/practice Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 18. Problemas mais comuns  Falta completa de dados (filogenéticos e traits)  Descasamento (mismatch) entre disponibilidade de dados de traits e de filogenias  Dados existem mas não estão acessíveis  Déficits de conhecimento sobre biodiversidade: Darwiniano e Raunkiaeriano  Dificultam ganho de conhecimento sobre evolução de atributos  Impedimento para estudos comparativos Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 19. Hortal et al. 2015 Déficit Rauniaeriano Falta de informações sobre atributos das espécies Déficit Darwiniano Falta de informações sobre relações entre espécies Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 20. Ignorâncias Topologia Comprimento de ramo e divergência Modelo evolutivo De atributos Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 21. Meu deus o que eu faço agora? Meu projeto foi pras cucuias? Perdi meu doutorado? Quem poderá me socorrer?!...Oh oh!!
  • 22. • Maximiza a amostragem trocando espécies na árvore, para os quais não há dados de atributos, por espécies ”filogeneticamente equivalentes” sem alterar a estrutura da filogenia • Baseado em ranking taxonômico (ou só os nomes dos gêneros) ou uma árvore topológica • Alternativa a métodos de aleatorização ou de imputação de dados faltantes Pacotes phyndr e taxonlookup Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 23. Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 24. Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 25. Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 26. Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 27. Workflow PhyloTargeting Espécies com dados faltantes Para variável resposta Como otimizar o levantamento de dados? 3 Atributos contínuos
  • 29. Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 30. Limitações de PCMs  Muitos atributos não exibem sinal filogenético, ou seja, tem pouca correlação com a filogenia  Depende da escala filogenética, estatística usada etc  Convergência (mesmo regime adaptativo)  Estimativas de estados ancestrais tem muita incerteza  Necessidade de incorporar informações de fósseis  Atributos evoluem sob taxas e modelos diferentes  Filogenias são pouco úteis quando já muita variação intraespecífica  Filogenias ajudam a desvendar padrões, e não processos  Velha história: inferir processos a partir de padrão  Mesmo padrão pode ser causado por diversos processos  Evite perguntas dicotômicas: ”efeito relativo da filogenia (ou pior ”história) e ecologia numa característica”  Filogenias não ”causam” nada, mas sim são maneiras de representar a história evolutiva de um grupo Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 31. “ ” Phylogenetics is a powerful tool for understanding evolution, but it is not omnipotent. Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 32. Desusos de Métodos Comparativos
  • 33. Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 34.
  • 35. Interpretação de evidências de adaptação  Um padrão pode ser gerado por vários processos  Só uma boa conexão entre a pergunta e o processo de interesse junto com avaliação de hipóteses alternativas permite inferir adaptação  Sempre levar em conta relações alométricas (com tamanho do corpo)  Importância de se usar modelos evolutivos adequados (e.g., OU)  Toda adaptação é fruto de seleção, mas nem toda leva à adaptação.  Correlação entre atributos, um estado de um atributo pode surgir como correlação a um outro e não como resposta a uma pressão evolutiva  Levar em conta o contexto ambiental (ou social se for o caso) Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 36. Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 37. Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 38. Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 39. Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 40. Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 41. Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 42. Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 43.
  • 44. Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas Colocar muita ênfase em modelos com R2 baixo R2 = proporção de variância explicada/variância nos dados Não pesa pela quantidade de variáveis Reportar tamanho do efeito e forma da relação entre variáveis Utilizar estatísticas de Teoria da Informação (e.g., AIC, wAIC, BIC, Deviance etc) que pesam o número de variáveis e informam o peso de evidência de um modelo
  • 45. Reportar resultados de análises filogenéticas e tradicionais  Se o objetivo da análise é comparar dados de diferentes espécies e detectamos que há dependência entre elas, obrigatoriamente deve-se usar métodos que levam essa dependência em conta  Análise filogenéticas e comuns não estimam os mesmos parâmetros e por isso não são comparáveis  Especialmente problemático em modelos lineares, tipo (P)GLS  Solução: estimar um parâmetro (lambda de Pagel) que controle a autocorrelação filogenéticos nos resíduos Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 46. Não testar pressupostos  Diagnosticar o modelo para detectar violações dos pressupostos  Autocorrelação, normalidade e homogeneidade de variância dos erros Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 47.
  • 48. Ajustando um PGLS  O que é melhor: ajustar um modelo em que simultaneamente se estima o ”sinal” filogenético dos resíduos (usando ML) e se estima os parâmetros do modelo PGLS, p.ex. usando o lambda do Pagel Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 49. Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas Data dredging  Confundir Análise de dados Exploratória com Análise inferencial  Errado: Apresentar uma lista de modelos com todas as combinação possíveis de variáveis  Correto: definir a priori modelos biologicamente plausíveis e testar somente estes
  • 50. Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas Tratar resíduos como dados primários  Errado: Utilizar resíduos de, por exemplo, uma regressão entre tamanho de corpo e frequência da vocalização para trabalhar em outra análise  Correto: utilizar a variável ”confundidora” como co-variável numa análise (e.g., ANCOVA)
  • 51. Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas Ignorar modelos alternativos de evolução  Não testar qual modelo de evolução melhor explica seus dados  Usar parâmetros ”default” do programa ou que assumem Movimento Browniano  Solução: ajustar modelos de evolução alternativos (e.g., OU, EB/LB etc)
  • 52. Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas Não avaliar qualidade dos dados  Se dados vêm de várias fontes (e.g., bases de dados da internte), é importante avaliar a qualidade (reliability) dos mesmos antes de realizar análises  Decidir de usa ou não métodos para imputar dados faltantes ou se apaga o dados completamente  O mesmo vale para a filogenia  Filogenias são hipóteses que podem ser muito ou pouco sustentadas, é importante incorporar, sempre que possível, incerteza filogenética nas análises
  • 53.  Leitura cuidadosa antes de utilizar os métodos no R  Sempre ser crítico sobre os resultados  Importância de se reportar as análises utilizando ferramentas de reprodutibilidade (R Markdown, LaTeX etc) Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas
  • 54. Onde encontrar mais informações sobre PCMs?  Canais do YouTube  Evolution 2015, 2016 (Vídeos com palestras do congresso)  PhyloMeth (Curso online sobre métodos comparativos)  NMBios (cursos sobre genética quantitativa e métodos comparativos  Phyloseminar (ciclo de palestras online sobre diversos temas em ecologia e evolução)  Listas de email (R-SIG-PHYLO) e foruns (stackoverflow.com)  Cursos do Liam Revell e Luke Harmon (disponíveis no GitHub)  Companion sites de livros do Charles Nunn e Garamszegi Apresentação Introdução Principais Usos O que não fazer Conclusão e Dicas

Notas do Editor

  1. Se usarmos métodos filogenéticos comuns que não corrigem para dependência das espécies, vamos inflar os graus de liberdade. Porque as espécies compartilham ancestrais comuns, spp mais próximas tendem a ser mais parecidas entre si. Ou seja, cada espécie não representa uma unidade amostral independente, contrariando o pressuposto de i.i.d dos testes estatísticos. Isso altera a significância e pode gerar erro do tipo I.