O documento discute as vantagens da tomografia computadorizada de feixe cônico (cone-beam) em odontologia, incluindo menor dose de radiação, maior precisão dos exames, e capacidade de reproduzir imagens em 3D. Especialistas afirmam que a tomografia de feixe cônico preenche lacunas diagnósticas e possibilita avaliações detalhadas.
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SUMÁRIO
Introdução 3
Tomografia Fan Beam x Tomografia Cone-Beam 5
Menor dose de radiação 7
Maior precisão do exame 9
Maior rapidez e interatividade 10
Reprodução de imagens em 3D 11
Custo x Benefício 14
Comentários de especialistas 15
3. p a r t i c i p e d o g r u p o c o n e b e a m b r a s i l
INTRODUÇÃO
A tecnologia nas suas diversas aplicações vem ganhando espaço no Brasil de forma
cada vez mais efetiva nos últimos dois anos, conseguindo maior aceitação em setores
onde até algum tempo atrás houve resistência. Na área odontológica, a adesão de
cirurgiões-dentistas mais abertos às novidades da tecnologia, está contribuindo para
esta expansão.
No campo da radiologia, instrumento de grande utilidade na disciplina diagnóstica, os
avanços tecnológicos também vêm determinando progressos importantes,
principalmente no diagnóstico por imagem, feito através da tomografia
computadorizada, permitindo obter imagens de determinada parte do corpo.
A TC é uma técnica radiográfica que proporciona imagens tridimensionais, com
excelente resolução, permitindo uma adequada identificação das estruturas. Na
Odontologia expande-se a utilização da tomografia computadorizada para obtenção
dessas imagens em todas as especialidades clínicas.
4. p a r t i c i p e d o g r u p o c o n e b e a m b r a s i l
Atualmente, existem dois tipos de tomografia computadorizada: a tomografia
computadorizada helicoidal e a tomografia computadorizada por feixe cônico
(cone-beam). As duas modalidades tem em comum o uso da radiação X, mas há
algumas diferenças entre elas. Podemos citar, com mais destaque: a dose de radiação
utilizada, o custo do aparelho e suas dimensões e engenharia, o princípio de obtenção
das imagens, entre outras.
Os primeiros registros a respeito do uso da Tomografia Computadorizada por feixe cônico
na área odontológica foram feitos pelo Professor Yoshinori Arai, foi ele quem desenvolveu
o primeiro protótipo TCFC. Em seguida, na década de 1990, o italiano Mozzo, da
Universidade de Verona, apresentou os primeiros resultados de um aparelho de
Tomografia Computadorizada Cone-Beam para a realização de imagens odontológicas.
Esta técnica utiliza um feixe único em forma de cone. Falava-se na alta acurácia
(capacidade de reproduzir a imagem em tamanho real) e baixa radiação. Desde então, o
aparelho passou a chamar a atenção dos profissionais de odontologia que, através de
seu uso, vem buscando informações e aperfeiçoando diagnósticos em congressos e
estudos.
Antes de chegar à odontologia, o feixe de radiação cônico já era utilizado para outras
finalidades como a imagiologia vascular.
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Difundindo-se entre os profissionais da odontologia, a Tomografia Computadorizada
Cone-Beam alcança cada vez mais consultórios, aperfeiçoa sua tecnologia provando seu
custo-benefício, em aparelhos mais compactos que já fazem parte do cenário das
modernas clínicas odontológicas.
As clínicas radiológicas também estão avançando para o
diagnóstico de padrão 3D. A maior exatidão nos diagnósticos ao
se trabalhar com a tridimensionalidade é indiscutível. Uma grande
vantagem desta técnica é que os programas que trabalham com
as imagens podem ser instalados em computadores comuns,
não exigindo a aquisição de uma estação de trabalho especial
como é o caso do tomógrafo Fan Beam. As duas exportam
arquivos no formato DICOM (Digital Imaging and Communication
in Medicine). Assim, com a instalação de um software adequado
no seu computador, o profissional poderá trabalhar as imagens
tridimensionais de acordo com suas necessidades e inclusive
mostrá-las aos seus pacientes. Pode-se ainda imprimir imagens
de maior interesse, anexando-as aos prontuários.
TOMOGRAFIA CONE-BEAM
X
TOMOGRAFIA FAN BEAM
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A Cone-Beam apresenta algumas vantagens importantes sobre a tomografia
computadorizada espiral ou Fan Beam. Uma delas é a menor emissão de radiação x e o
tamanho do aparelho, mais compacto, ideal para consultórios dos profissionais de
odontologia.
Segundo os cirurgiões dentistas, esta tecnologia é aplicável a muitas especialidades da
odontologia, notadamente em ortopedia funcional dos maxilares, ortodontia, cirurgia
bucomaxilofacial, endodontia e implantodontia, oferecendo a possibilidade de
mensurações ósseas mais exatas e traçados cefalométricos mais precisos, visualizados
em sua tridimensionalidade (3D).
Com novos conhecimentos possibilitados pela
visualização tridimensional do complexo
maxilofacial, o que se antevê para o futuro da
odontologia é uma revisão de conceitos e
paradigmas, com maior precisão de diagnósticos e
planos de intervenções terapêuticos cada vez
mais eficientes. É a tecnologia propiciando o
avanço dos cuidados com a saúde.
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Na tomografia computadorizada bidimensional ou Fan Beam, o disparo do feixe de raios
X é feito em forma de leque, enquanto na Cone-Beam, a emissão é feita em forma de
cone, o que diminui entre 15 e 20% a dose de exposição de radiação emitida.
Este diferencial vem contribuindo para uma maior aceitação da tomografia
computadorizada pela Odontologia, que cada vez mais reconhece sua grande utilidade
como instrumento de diagnóstico. Uma das ressalvas que os profissionais de odontologia
tinham em relação à utilização da Tomografia Computadorizada era justamente sua alta
incidência de radiação, comparativamente a um raio X bidimensional.
Mas também a Tomografia Cone-Beam requer os mesmos cuidados que as radiografias
tradicionais, pois apresenta uma dose de exposição equivalente a radiografias de todos
os dentes. O fato da tomografia fazer parte de um processo totalmente digital, que é mais
sensível, também é um fator que contribui para sua baixa radiação. Além disso, o formato
evita que o exame necessite de repetição e o paciente seja assim exposto novamente, já
que a imagem é processada e pode ser melhorada no computador antes de ser
impressa, através de softwares específicos.
MENOR DOSE DE RADIAÇÃO
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É bom lembrar que a quantidade de
radiação emitida pela Tomografia
computadorizada varia de acordo com a
extensão da região a ser escaneada,
entre outros fatores. Alguns tipos de
aparelhos de Tomografia às vezes
apresentam diferenças de emissão de
radiação e o próprio ajuste (quilovoltagem
e miliamperagem) também influenciam.
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Alguns casos requerem maior precisão de imagens,
como as fraturas complexas da face e algumas
anomalias cranio-faciais. Segundo a AAO
(Associação Americana de Osseointegração) todos
os casos de Implantodontia devem ser avaliados
através de uma TC. Nesse sentido, a tomografia
Cone-Beam (3D) vai fornecer imagens detalhadas da
espessura do osso enquanto a bidimensional (2D) só
mostra a altura. Em Endodontia, muitos casos de
comprometimento radicular só podem ser
diagnosticados com precisão através das imagens
3D.
O exame de tomografia computadorizada é indicado sempre que as imagens obtidas
pelos exames de raios x bidimensionais não oferecerem as informações necessárias
para a elaboração de um bom plano de tratamento.
MAIOR PRECISÃO DO EXAME
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Os resultados da tomografia Cone-Beam
são mais rápidos. Essa tomografia propicia
um trabalho mais seguro para o cirurgião,
pois pode utilizar o planejamento virtual e
para a maioria dos pacientes é importante
ver os resultados antes da cirurgia.
Outra vantagem da TCFC é proporcionar uma forma totalmente nova para a
comunicação com os pacientes que entendem com mais facilidade o processo de
diagnóstico e planejamento. A possibilidade de uma avaliação a distância, pela
transmissão dos arquivos pela internet, facilita muito a comunicação com outros
profissionais, em caso de necessidade, e serve como auxiliar no diagnóstico. As
informações em 3D obtidas pela TCFC possibilitam também o entrelaçamento com outros
formatos de arquivos digitais, como fotografias 3D e outros modelos digitais, permitindo
a obtenção de informações relevantes e que eram impossíveis de serem conseguidas
através das técnicas convencionais.
MAIOR RAPIDEZ E INTERATIVIDADE
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Esta precisão é confirmada no comparativo das medições
reais com as da imagem escaneada. A alta sensibilidade e
detalhamento determinam baixos índices de falso-negativo e
falso-positivo nas análises qualitativas das imagens.
As imagens das Tomografias Computadorizadas apresentam
alto nível de resolução, pois a técnica proporciona alto poder
de contraste, permitindo que pequenas diferenças teciduais
possam ser evidenciadas e interpretadas em milhares de
tons de cinza em cada pixel.
Todo esse progresso naturalmente vem na esteira da
tecnologia digital que, além de tudo, ainda permite
melhorias na qualidade da imagem através de técnicas
de computação gráficas extremamente precisas.
Cirurgiões-dentistas, em determinados casos, precisam
REPRODUÇÃO DE IMAGENS EM 3D
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possuir exames com imagens próximas ao tamanho real, por isso, optam pela Tomografia
Computadorizada. Na radiografia tradicional os objetos são magnificados.
As imagens originais dos cortes axiais podem ser reconstruídas em três dimensões e
visualizadas a partir de perspectivas diferentes. O processo permite ainda a impressão
de imagens mais importantes para o diagnóstico em filme radiográfico.
O uso da Tomografia Computadorizada Cone-Beam (TCCB) ou Tomografia
Computadorizada por Feixe Cônico (TCFC), ao propiciar ao profissional de odontologia
um campo de visão mais nítido, torna-se um guia para maior precisão e planejamento do
ato cirúrgico. Devido às suas características de visualização tridimensional, a TCCB
mostra com clareza as lesões patológicas e sua relação com as estruturas da anatomia
humana.
A tecnologia do TCCB utiliza um feixe de radiação em forma de cone para obter uma
imagem em 3D com uma rotação simples em torno do paciente, semelhante à radiografia
panorâmica.
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Depois, com o auxílio de softwares, podem ser produzidas imagens axiais, sagitais e
coronais com cortes de, por exemplo, 0,125 (ou menos) a 2 mm (ou mais) e
reconstruções em três dimensões. A tecnologia permite eliminar a superposição de
estruturas anatômicas vizinhas, o que faz com que a TCCB obtenha resultados muito
superiores à radiografia periapical, apoiando o diagnóstico e análise pré-cirúrgica e
oferecendo muito mais recursos em relação à tomografia tradicional e às radiografias
periapicais.
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Mesmo acrescentando tanto ao diagnóstico por imagem na área odontológica, a
Tomografia computadorizada ainda não substituiu totalmente os outros sistemas
tradicionais. Embora os exames tradicionais sejam mais conhecidos, mais acessíveis no
momento e mais baratos, dependendo do plano de tratamento a ser realizado, o uso da
tecnologia Cone Beam vai compensar e muito, já que há procedimentos que exigem uma
precisão de diagnóstico que só as novas tecnologias podem oferecer.
Na área de implantodontia, por exemplo, comparando-se com o valor total do tratamento,
os custos da tomografia computadorizada compensam o investimento.
Atualmente, o Tomógrafo Computadorizado Cone-Beam é produzido em diversos países
e comercializado no mundo todo, inclusive no Brasil. Ao longo dos anos, sua tecnologia
vem sendo aperfeiçoada e, como acontece com a maioria das novidades em tecnologia,
seus custos vem se tornando mais reduzidos.
O custo de um tomógrafo Cone-Beam é bem mais acessível que um tomógrafo Fan
Beam.
BENEFÍCIO
X
CUSTO
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P A R A O D O N T O L O G I A
TOMOGRAFIA
C O N E - B E A M
ESPECIALISTA FALAM SOBRE A IMPORTÂNCIA DA
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Diagnóstico! Esse deve ser sempre o objetivo do radiologista na busca pela máxima
qualidade: Diagnósticos precisos com um fluxo de trabalho adequado. A tomografia de
feixe cônico (TCFC) preenche uma lacuna antes existente na Odontologia onde o que,
até então, era feito na base do empirismo ou da suposição, hoje pode ser avaliado e
diagnosticado em seu maior detalhe.
Com sua utilização cada vez mais difundida, rapidamente podemos chegar a conclusão
que a utilização da tomografia traz inúmeras vantagens para a odontologia pois
possibilita a visualização de estruturas do complexo maxilo-facial sem superposições,
com um alto grau de detalhe e a realização mensurações em tamanho real. Essas
características, quando utilizadas de maneira adequada, proporcionam planos de
tratamentos mais fiéis e, consequentemente, tratamentos mais eficazes.
A S VA N TAG E N S DA TO M O G R A F I A
D E F E I X E C Ô N I C O NA O D O N TO LO G I A
por Professor Eduardo José da Costa Santos
Especialista em Radiologia Oral - UFRJ • Especialista em Estomatologia - UNESA • Mestrando
em Radiologia Odontológica e Imaginologia - SL Mandic • Capitão BM Dentista - CBMERJ
Consultor em Sistemas de Imagem - Sirona do Brasil
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Além da implantodontia e da cirurgia, especialidades pioneiras na utilização da
tomografia como recurso pré-operatório, várias outras especialidades vem se
beneficiando das vantagens deste tipo de exame. Este fato é bem evidente na
Endodontia, onde um grande número de profissionais já utilizam a TCFC em casos de
retratamento endodôntico, cirurgias paraendodônticas, pesquisas de fratura dentária,
localização de lesões periapicais, etc. Em uma clínica radiológica, os pedidos desta
especialidade já chegam a mais de 30% do total de pedidos de TCFC.
Vale ressaltar que o exame tomográfico deve ser solicitado naqueles casos onde os
exames convencionais não produzem informações suficientes para a solução do caso ou
onde as informações provenientes dos exames tomográficos podem alterar o plano de
tratamento. Baseando-se nisso, o Cirurgião-Dentista irá certamente se deparar mais cedo
ou mais tarde no seu consultório com um caso em que o leque de exames convencionais
(periapical, panorâmica, etc.) não é suficiente para um correto diagnóstico, fato este que
independe da especialidade do profissional; e é exatamente nesta hora que o CD tem a
possibilidade de obter mais informações através desse exame, que além das
características já citadas é seguro, rápido e confortável para o paciente.
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É importante ressaltar que no atual momento da utilização deste tipo de exame, onde
uma grande parte dos dentistas ainda não sabem avaliar um exame tomográfico da
maneira correta, o papel do radiologista é ainda mais importante pois cabe a ele
selecionar as imagens que melhor representam aquela situação clínica específica e até
mesmo variações anatômicas ou patologias ocultas em exames convencionais. Em
virtude disso, o constante aprendizado tanto do radiologista quanto do CD é fundamental.
Isso, aliado à utilização de equipamentos com alta resolução de imagem e FOVs
menores oferecem ao radiologista a base para um diagnóstico correto, com máxima
qualidade de imagem e baixa dose de radiação.
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A área de diagnóstico por imagens tem sofrido avanços consideráveis , com o advento
das novas tecnologias . No dia 1º de outubro de 1971 o inglês Hounsfield e o sul
africano Cormack fizeram a 1ª tomografia computadorizada num hospital em Londres, em
um paciente com um tumor no lobo frontal esquerdo, imagem com uma matriz de 80x80.
E esse foi o divisor de águas no diagnóstico por imagens.
Em odontologia utilizávamos os chamados “tomógrafos médicos” como os nossos
auxiliares em diagnósticos. Esses tomógrafos helicoidais utilizados na área médica tem
as seguintes características como : janela para tecido mole e ósseo, grande volume
espacial, alto custo, alta dose de radiação,grande geração de grande quantidade de
artefatos.
A I M P O RT Â N C I A DA TO M O G R A F I A
C O M P U TA D O R I Z A DA NA O D O N TO LO G I A
por Nelma Freitas
Cirurgião dentista, graduada em gestão empresarial • Especialista em Radiologia Odontológica
Qualificada em tomografia computadorizada • Consultora de Sistema de Imagens - Go Digital Medical
Nelma é palestrante e autora do site: nelmaradiologia.com
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Em 1998 o Prof. Yoshinari Arai fez outro marco divisório na área de diagnóstico por
imagens: o tomógrafo Cone-Beam . Esse tomógrafo é específico para a área
odontológica sendo mais compacto que o fan bean, menor dose de radiação, menor
custo , baixa geração de artefatos, janela para tecido ósseo. E hoje na odontologia, nós
temos uma outra realidade baseada no diagnóstico das imagens 3D obtidas nos
tomógrafos de Alta Resolução.
Em todas as áreas da odontologia se faz necessário e emprescindível o utilização
para planejamento das imagens em 3D. Agora nós temos a visualização de estruturas em
3 dimensões e não mais com o volume “chapado” em 2 dimensões.
A localização de dentes inclusos é precisa, pois temos a relação exata com as
estruturas adjacentes e os dentes vizinhos. A possibilidade de reabsorção dos dentes
irrompidos pela pressão dos inclusos, se tornou agora visível e não mais sugestivo. No
caso de terceiros molares molares inferiores podemos ver com precisão a relação com
o canal mandibular.
Para a ortodontia é importante observar a inserção óssea por vestibular e palatal/lingual
dos dentes e assim planejar os casos com risco menor de exposições das raízes.
21. p a r t i c i p e d o g r u p o c o n e b e a m b r a s i l
Então podemos concluir que a Tomografia permite um planejamento mais seguro com
relação à movimentação ortodôntica.
Um nova realidade foi descoberta na endodontia através dos tomógrafos de alta
resolução. A descoberta de 4º condutos, a anatomia variada , retratamentos e etc.
Na periodontia podemos agora a mensuração real das perdas ósseas que muitas
vezes eram “ mascaradas “nos exames bidimensionais com as tais variações angulares
horizontais e verticais.
A patologia foi uma outra grande beneficiária , pois podemos observar agora a
extensão real 1x1, adelgaçamento e rompimento de corticais,relação com as estruturas
anatômicas, com os dentes adjacentes.
Poderia ficar aqui horas a tecer as inúmeras vantagens dos exames tomográficos
em relação aos 2D, mais preferi enumerar apenas os principais. O mais importante a
saber é que , temos uma nova realidade ... o mundo é 3D e agora estamos nos avaliando
tal qual somos em 3 dimensões... obtendo todo o volume e “ varrendo” todos os cortes.
Então, seja bem vindo ao nosso real mundo 3D.
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A introdução da Tomografia Computadorizada por Feixe Cônico (TCFC)
especificamente dedicada às imagens da região maxilofacial na década de 90, significou
uma verdadeira mudança de paradigmas na Radiologia Odontológica.
O interesse nas imagens da TCFC, em todos os campos da Odontologia, não tem
precedentes por ter criado uma revolução nas imagens maxilofaciais, facilitando a
transição do diagnóstico bidimensional para as imagens tridimensionais e expandindo o
papel da imagem do diagnóstico para o auxílio nos procedimentos operatórios e
cirúrgicos por meio de programas interativos.
Na última década, com a evolução dos componentes e dos sistemas
computacionais dos equipamentos de TCFC, as imagens geradas por esta técnica
radiográfica alcançaram resolução espacial suficiente para diferenciar estruturas
submilimétricas.
A A LTA R E L E V Ê N C I A DA TC F C N O S
D I AG N Ó S T I C O S O D O N TO L Ó G I C O S
por Felipe Costa
Especialista em Radiologia Odontológica e Endodontia • Doutor em Ciências Odontológicas - USP
Diretor Científico - Vox3d - Centro de estudos
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Sendo assim, a Endodontia vem sendo uma das especialidades que mais tem se
beneficiado desta tecnologia.
Na Endodontia, atualmente, o emprego da TCFC vêm apresentando resultados
acurados na avaliação da anatomia radicular, no planejamento de cirurgias
parendodônticas e retratamentos endodônticos, no diagnóstico da região periapical e
estruturas nobres adjacentes, na avaliação de defeitos causados pela reabsorção
radicular interna e/ou externa, e especialmente na pesquisa de perfurações e fraturas
radiculares.
Por estes motivos, a TCFC é o exame complementar com papel de alta relevância
no diagnóstico, planejamento e acompanhamento de casos de Endodontia.
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As novas tecnologias estão elevando o nível de proficiência na Ortodontia, de forma sem
precedentes na história recente da especialidade. A proliferação de avanços que incluem
os sistemas de braquetes autoligados, os dispositivos de ancoragem temporária (TADs),
fios com memória de forma e que podem ser dobrados roboticamente, scanners
intra-orais, tomografia computadorizada por feixe cônico (TCFC), e o escaneamento de
face, permitem que o planejamento e a confecção de dispositivos por meio de sistemas
CAD/CAM seja uma realidade na Ortodontia.
Ao lado das novas tecnologias que utilizam computação gráfica, vemos também o
aparecimento de novos dispositivos e procedimentos que permitem a indução da
aceleração na remodelação óssea de forma localizada, levando a tratamentos menos
invasivos e mais rápidos. Para termos eficácia e eficiência na Ortodontia com as novas
tecnologias, precisamos entender a importância do gerenciamento sistematizado
O PA P E L DA S N OVA S T E C N O LO G I A S NA
O RTO D O N T I A C O N T E M P O R Â N E A
por Mauricio Accorsi
EO, MO • Especialista e Mestre em
Ortodontia • Autor do Livro "Diagnóstico
3D em Ortodontia, a Tomografia
Cone-beam Aplicada" (Editora Napoleão)
por Daniel Meyers
Ortodontista diplomado pelo
American Board of Orthodontics
Clínico em Santa Fe e Los Alamos,
NM (Estados Unidos)
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das informações clínicas, história médica e odontológica dos pacientes e dos recursos de
imagens, o que permite uma comunicação tecnologicamente assistida com a equipe
interdisciplinar e com os laboratórios, para que a base de dados seja capaz de auxiliar o
processo de decisão terapêutica.
Ao mesmo tempo, estamos vendo um aumento exponencial na base de conhecimentos
científicos, o que está abrindo as portas para uma compreensão mais profunda da
complexidade dos problemas ortodônticos e as suas implicações e inter-relações com a
qualidade de vida das pessoas. Assim, o que podemos esperar é uma valorização
crescente da Ortodontia como especialidade, dentro do escopo das disciplinas médicas.
E, embora cada um desses avanços possa ser significativo de forma isolada, existe uma
sinergia na combinação destes desenvolvimentos, quando tomados em conjunto.
Um dos pioneiros na utilização sistematizada das novas tecnologias com potencial para
mudanças conceituais é o Dr. Daniel Meyers, ortodontista clínico em Santa Fe, nos
Estados Unidos. Para ele, esse é um assunto que demanda uma profunda discussão
dentro da especialidade, que encontra-se atualmente ameaçada pela proliferação e uso
indiscriminado dos chamados “clear aligners”, dispositivos que permitem uma
simplificação equivocada de objetivos e procedimentos, o que pode ser algo muito
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perigoso em Ortodontia, quando em “mãos erradas”. Para o Dr. Meyers, o princípio
central, que serve como ponto de partida para uma filosofia minimamente invasiva de
tratamento odontológico, nos dá uma visão valiosa na profissão. Ou seja, para ele, o
nosso bem maior é a nossa capacidade de ver mais e melhor.
No universo da Odontologia Minimamente Invasiva, (OMI) pequenos detalhes podem
fazer muita diferença, como a utilização de lupas de magnificação em conjunto com uma
iluminação adequada e melhor direcionada. Assim, ao fazermos uma analogia, podemos
considerar a TCFC como uma “grande e poderosa lupa”. Em outras palavras, assim
como a iluminação e ampliação das lupas, a TCFC abre nossos olhos para uma maior
clareza de detalhes, o que nos dá a capacidade de intervir mais cedo e de forma mais
segura e eficaz.
Com a TCFC nossos olhos são abertos para achados muito importantes e que porventura
não poderiam ser obtidos com os exames radiológicos convencionais. Com TCFC,
podemos ver por meio de realidade virtual 3D, a dentição que está em desenvolvimento,
a estrutura do esqueleto facial, a morfologia dento-alveolar, as ATMs, o seios paranasais,
a cavidade nasal, as vias respiratórias e todas as inter-relações espaciais entre as
estruturas da face.
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É possível também, por meio da TCFC, a detecção precoce de patologias. Esse universo
nos permite ver melhor o impacto que a nossa capacidade de fazer correlações clínicas e
de nos comunicarmos com os nossos pacientes e colegas, determinando melhor os
riscos, benefícios e as alternativas de tratamento para os nossos clientes. Dessa forma, o
ortodontista assume o papel de coordenar as ações interdisciplinares e o processo de
tomada de decisão terapêutica em meio as mais diversas possibilidades de tratamento
disponíveis. Se todos esses elementos de atenção e cuidado em saúde forem
reforçados, o resultado representa um grande potencial para melhorar a nossa
proficiência e a qualidade de vida dos nossos clientes.
Isso traz consigo um universo de novas oportunidades e possibilidades, mas implica em
grande responsabilidade de nossa parte enquanto especialistas, em buscar essas
informações e inovações de forma responsável e comprometida.
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Nos últimos 10 anos, a Radiologia Odontológica possibilitou aos profissionais diversos
recursos por meio de sua evolução. A especialidade tem como objetivo auxiliar o
estabelecimento do diagnóstico, colaborar no plano de tratamento, orientar e
acompanhar qualquer manobra terapêutica. Com o desenvolvimento da tecnologia da
informação aprimoram-se diversos métodos de imagem, os quais possuem vantagens
substanciais sobre os métodos convencionais.
Vale lembrar que a radiografia sempre será um exame complementar, independente da
técnica aplicada nenhuma imagem será conclusiva no diagnóstico, ela será sempre
sugestiva. Dentre estes novos métodos a tecnologia da radiografia digital (RD) e a
Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) ou cone beam representam um
grande avanço na especialidade potencializando o papel da imagem no processo de
diagnóstico com recursos in- disponíveis em técnicas convencionais.
UTILIZANDO DE FORMA RESPONSÁVEL AS NOVAS
TECNOLOGIAS DE IMAGEM NA ODONTOLOGIA
por Israel Chilvarquer
Mestre e Doutorando pela Faculdade
de Odontologia da USP • Professor
Associado de Radiologia da FOUSP
Professor Responsável pelo Curso de
Especialização em Radiologia da
EAP/ APCD - Jardim Paulista
por Michel Lipiec
Especialista em Imaginologia e
Radiologia pela FOB-USP,
Professor do Curso de Especialização
em Radiologia e Imaginologia
da EAP/APCD - Jardim Paulista
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Dentre os benefícios, destacam-se a significativa redução da dose de radiação bem
como a eliminação do processamento químico reduzindo o dano biológico e o impacto no
meio ambiente respectivamente.
Atualmente, observamos diariamente em notícias de jornais e revistas leigas, alertas
cada vez mais constantes, sobre a utilização imprudente de radiação ionizante nas mais
diversas áreas da saúde. Vale ressaltar que embora essas diretrizes estejam em vigência
apenas em países da união europeia, é recomendável aos profissionais especialistas em
Imaginologia e de todas as especialidades odontológicas que consultem e apliquem o
conhecimento dessas novas normas. De qualquer forma cabe ao profissional selecionar
a técnica mais adequada e utilização de aventais plumbíferos e protetores de Tireóide a
fim de reduzir ao mínimo a absorção de radiação do nosso paciente.
O primeiro princípio para a indicação consiste em analisar o indivíduo de forma única de
tal forma que os benefícios do exame superem os riscos deletérios da exposição aos
raios-X. O segundo princípio consiste em solicitar o exame de forma clara, elucidando
sempre o motivo do exame, bem como informações clínicas que possam auxiliar o
radiologista. Já o terceiro princípio consiste em nunca utilizar a TCFC como exame de
rotina, sua indicação sempre deve estar respaldada em uma indicação clínica de modo
30. p a r t i c i p e d o g r u p o c o n e b e a m b r a s i l
que possa auxiliar no tratamento do paciente. Modernamente, possuímos aparelhos que
realizam exposições de Pequeno, Médio e Grande Volume. Esta propriedade limita a
área de observação do exame tomográfico, como consequência tem-se a redução da
dose de radiação absorvida pelo paciente e um aumento da resolução espacial do
exame.
Em conclusão temos que estar prontos para realizar o uso destas novas tecnologias de
forma racional e responsável. Os especialistas sabem que as técnicas de imagem
comumente utilizadas na Odontologia, genericamente, possuem doses extremamente
pequenas de radiação. Mesmo assim, hoje dispomos de tecnologia para minimizarmos
ainda mais os possíveis danos oriundos das radiações ionizantes na rotina odontológica.
Dr. Jorge Hayek
Especialista, Mestre e Doutor pela Faculdade de Odontologia
da USP • Professor do Curso de Especialização em Radiologia
e Imaginologia da EAP/APCD - Jardim Paulista
Dr. Eduardo Felippe Duailibi Neto
Mestre e Doutorando pela Faculdade de Odontologia da USP
Professor Associado de Radiologia da FOUSP
31. p a r t i c i p e d o g r u p o c o n e b e a m b r a s i l
POR UMA ODONTOLOGIAQUE
VALORIZE O DIAGNÓSTICO
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SOBRE O GRUPO
O Grupo CBB foi criado por professores e
profissionais da odontologia, interessados
em compartilhar conhecimento, trocar
experiências e casos interessantes que
envolvam o diagnóstico 3D.
CONE BEAM BRASIL
facebook.com/groups/conebeambrasil
32. p a r t i c i p e d o g r u p o c o n e b e a m b r a s i l
SOBRE O PORTAL
O Portal CR é o maior e melhor ambiente
de negócios da odontologia. Além de criar
um espaço que permite ao usuário ter
acesso a plataforma gratuitamente. Temos
o objetivo de desenvolver ferramentas e
usarmos nossa estrutura de modo a promover
a valorização da odontologia.
CLASSIFICADOS RADIOLOGIA
classificadosradiologia.com.br/odo