1. Aplicações e Práticas Web 2.0 na Biblioteca Escolar
Artigo de opinião sobre o seminário - Utilização da Web 2.0 numa Biblioteca de uma
Instituição de Ensino - um caso de estudo - Dr. André Vieira (Bibliotecário no IPAM e
Coordenador Editorial da Revista Portuguesa de Marketing)
O seminarista apresentou, exemplificando, um conjunto de ferramentas web 2.0 para
Bibliotecas que embora em interligação poderão ser categorizadas em ferramentas para
comunicar: Blogger; Twiiter; Wikispaces (…) e ferramentas para partilhar: YouTube; Issuu;
Slideshare (…).
O docente deste módulo complementou ainda com outro tipo de ferramentas úteis para a
organização da informação: Diigo; Delicious Foi ainda focada a relevância das redes sociais,
como o Facebook.
Na exemplificação apresentada pelo seminarista foi dada particular atenção ao uso do
Blogue nas Bibliotecas devido à sua capacidade de agregação de conteúdos e outras
ferramentas. O Blogue apresenta múltiplas vantagens: é gratuita; é fácil de usar e atualizar;
pode funcionar como um complemento da página da Instituição de ensino ou da própria
Biblioteca, sendo simultaneamente um ótimo instrumento de marketing.
Neste canal de comunicação os conteúdos (hipertextual e multimédia) podem ser listados
por categorias, datas, etiquetas, (…) facilitando a recuperação de informação. É uma
ferramenta que encoraja a partilha e a comunicação e permite disponibilizar o conteúdo de
outros blogues via RSS.
O Blogue numa Biblioteca Escolar pode ser usado para prestar apoio ao currículo, à literacia
e à leitura, para divulgar notícias e atividades, providenciar recursos de apoio a alunos e
docentes ou ainda indexar e classificar o conteúdo de outros blogues.
Foram focadas algumas estratégias a seguir na utilização de ferramentas web 2.0,
nomeadamente a importância do uso restrito de palavras-chave na classificação dos
conteúdos, de modo a permitir uma consistência que evite “ruídos”. As mensagens veiculadas
deverão estra adequadas ao canal utilizado (por exemplo, no Twitter, a informação tem de ser
compactada) mas poderão ser referenciadas em múltiplos canais em simultâneo. Os conteúdos
poderão estar alojados num Wiki (que funciona como um repositório) e serem apenas
referenciados no Blogue. Apesar do conjunto diversificado de ferramentas existentes para a
web 2.0, numa biblioteca devemos concentrar a informação de forma organizada e consistente,
selecionando um número reduzido de aplicações.
Atualmente, a Biblioteca Escolar é utilizada por alunos que pertencem à geração do
Facebook, do YouTube, dos blogues, dos wikis... que requisitam mais o computador do que
qualquer outro suporte. São leitores/autores, que interagem com outros utilizadores de
qualquer parte do mundo. À biblioteca coloca-se o desafio da atualização para se tornar uma
BE2.0.
A Biblioteca Escolar terá que ter presente a interação, a colaboração e a participação do
utilizador nos serviços de informação online, dado que este se torna um sujeito ativo na
criação, seleção e troca de conteúdos. Por conseguinte, deverá haver um enfoque na relação
cooperativa entre utilizador e bibliotecário.
Com todas as inovações que a Web 2.0 possibilita, creio que é de todo necessário repensar
a “Missão da Biblioteca” e a “Política da Coleção” que deverão valorizar ainda mais a
cooperação e um acesso mais abrangente, uma vez que a coleção não se situa unicamente no
número de publicações existentes na biblioteca mas também na acessibilidade às publicações
online.
Devemos ter sempre presente que para que a biblioteca se transforme numa BE2.0 é
imprescindível que a escola abrace esta causa, consignando-a nos Projetos Educativo e
Curriculares de Turma.
Neste seminário fiquei convencida que o domínio, por parte dos professores bibliotecários e
da sua equipa, dos conceitos de Web 2.0 numa Biblioteca e dos desafios que a Web coloca às
Bibliotecas Escolares, constituirá a base para a construção de uma nova Biblioteca Escolar,
que vá ao encontro dos seus utilizadores, onde cada um poderá contribuir para a mudança.