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APOSTASIA ALFA
E

ÔMEGA DA IASD
Permanecer em defesa da verdade e justiça quando a maioria nos abandona, ferir as batalhas do Senhor
quando são poucos os campeões - essa será nossa prova. Naquele tempo devemos tirar calor da frieza
dos outros, coragem de sua covardia, e lealdade de sua traição. (Testemunhos Seletos, Vol II, p. 31)

Jocelino Arruda da Rosa
Juceli Rosa Fattori
Campo Grande, MS – 2009
Nas igrejas [adventistas do sétimo dia] deverá haver admirável manifestação do poder de Deus, mas ela não influirá sobre
os que não se têm humilhado diante do Senhor, abrindo a porta do coração pela confissão e arrependimento. Na
manifestação desse poder que ilumina a Terra com a glória de Deus, eles só verão alguma coisa que, em sua cegueira,
consideram perigosa, alguma coisa que despertará os seus receios, e se disporão a resistir-lhe. Visto que o Senhor não age
de acordo com suas idéias e expectativas, eles combaterão a obra. "Por que - dizem eles - não reconheceríamos o Espírito
de Deus, se temos estado na obra por tantos anos?" Review and Herald Extra, 27 de maio de 1890.
A mensagem do terceiro anjo não será compreendida, e a luz que iluminará a Terra com sua glória será chamada de falsa
luz pelos que recusam andar em sua glória progressiva. Review and Herald, 27 de maio de 1890. (Eventos Finais, p. 210)
SUMÁRIO

APOSTASIA ALFA E ÔMEGA DA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA ...............................7
1. MINEÁPOLIS 1888 .............................................................................................................................7
2. A CRISE KELLOGG..........................................................................................................................11
3. UMA NOVA ORDEM .......................................................................................................................21
4. O ÔMEGA DA APOSTASIA ............................................................................................................32
5. A GRANDE APOSTASIA NA IGREJA PRIMITIVA APOSTÓLICA ............................................69
6. A PRIMITIVA IGREJA ADVENTISTA ...........................................................................................74
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................................84
7

APOSTASIA ALFA E ÔMEGA DA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA

1. MINEÁPOLIS 1888
Em O Grande Conflito temos o seguinte alerta:
O tentador freqüentemente opera com muito êxito por meio daqueles de quem menos
se suspeita estarem sob o seu domínio. Os possuidores de talento e educação são
admirados e honrados, como se estas qualidades pudessem suprir a ausência do temor
de Deus, ou torná-los dignos de Seu favor. O talento e a cultura, considerados em si
mesmos, são dons de Deus; mas, quando se faz com que eles preencham o lugar da
piedade, e quando, em vez de levar a alma mais para perto de Deus, a afastam dEle,
tornam-se então em maldição e laço. Prevalece entre muitos a opinião de que tudo
que se mostra como cortesia ou polidez, deve, em certo sentido, pertencer a Cristo.
Nunca houve erro maior. (p. 513)
Analisando a nossa história, foi exatamente isso que aconteceu, as mentes mais brilhantes, os
mais talentosos de nossa instituição se tornaram nossos maiores enganadores, e por muitos crerem
neles cegamente, grandes erros foram cometidos.
No livro 1888 Reexaminado de Short e Wieland, (1987, p. 77) lemos as seguintes palavras
sobre o alfa e o ômega da apostasia na IASD:
O alfa é representado como se segue em seus escritos; o ômega deve necessariamente
ser da mesma natureza: "A apostasia, princípios errôneos, idéias brilhantes e
luminosas, teorias e sofismas que solapam os princípios fundamentais da fé,
perversão da verdade, interpretações fantasiosas e espiritualísticas das Escrituras, o
engano da injustiça, sementes de discórdia, de descrença, de infidelidade . . .
semeiam falácias insidiosas, sentimentos do inimigo, falsidades e fábulas agradáveis,
infidelidade e ceticismo, uma multidão de enganos, um jugo de feitura humana,
fábulas ardilosamente arquitetadas, uma mentira." (essas são expressões ao pé da
letra tiradas de Special Testimonies [Testemunhos especiais], Série B, n 2 e 7,
concernentes ao alfa). O grande conflito entre Cristo e Satanás ainda prossegue.
Temos agora chegado ao "futuro" que é aqui referido: "No futuro, a verdade será
contrafeita por preceitos de homens. Teorias enganosas serão apresentadas. A falsa
ciência é uma das agências que Satanás empregou nas cortes celestiais. . . ."Não
apresenteis teorias ou testes que não tenham fundamento na Bíblia. . . . "Está escrito"
é o teste que deve ser apresentado a todos." (RH 21 de janeiro de 1904; Ev. 600,
601).
Estes textos dão-nos uma noção do que possa estar acontecendo hoje na atual organização
Adventista do Sétimo Dia. No livro 1888 Re-Examinado encontramos alguns pontos bastante
complicados sobre a aceitação da mensagem de justificação pela fé, na Conferência Geral de
Mineápolis.
O pecado cometido no que teve lugar em Mineápolis permanece nos livros de
registro do céu, assinalados contra os nomes daqueles que resistiram à luz, e
permanecerá nos registros até que se faça plena confissão, e os transgressores se
apresentem em total humildade perante Deus. (Carta de Ellen White ao presidente da
Associação Geral, O. A. Olsem 019, 01.09.1892, Citado em 1888 Re-Examinado, p.
5).
8
Nunca me esquecerei da experiência que tivemos em Mineápolis, ou das coisas que
foram-me então reveladas com respeito ao espírito que controlava homens, as
palavras proferidas, as ações praticadas em obediência aos poderes do maligno... Eles
eram movidos na reunião por outro espírito, e ignoravam que Deus havia enviado
esses jovens homens... para apresentarem-lhes uma mensagem especial que trataram
com ridicularia e desprezo, deixando de reconhecer que inteligências celestiais
estavam velando por elas... Eu sei que naquele tempo o Espírito de Deus foi
insultado. (Ct. 24, 1892, obra citada, p. 12).
Neste livro lemos ainda:
Em 1888 na Conferência Geral realizada em Minneapolis, Minnesota, o anjo de
Apocalipse 18 desceu para fazer sua obra, e foi ridicularizado, criticado e
rejeitado, e quando a mensagem que ele trouxer novamente, alargar-se num alto
clamor, será novamente ridicularizada, criticada e rejeitada pela maioria.
(E.G.White in Taking Up a Reproach. Obra citada, p. 6)
Acrescentando:
Vi que Jones e Waggoner tiveram sua contrapartida em Josué e Calebe. Como os
filhos de Israel apedrejaram os espias com pedras literais, vós apedrejastes esses
irmãos com pedras de sarcasmo e ridículo. Vi que vós voluntariamente rejeitastes
o que sabíeis ser a verdade. Apenas porque ela era por demais humilhante para a
vossa dignidade. Vi alguns de vós em vossas tendas arremedando e fazendo toda a
sorte de galhofas desses dois irmãos. Vi também que se tivéssemos aceito a
mensagem deles teríamos estado no reino após dois anos daquela data, mas agora
temos de retornar ao deserto e ficar 40 anos. (E.G.White, Escrito de Melbourne,
Austrália, 09.05.1892. Obra citada, p. 6)
Mas era uma nova luz? Ellen G. White mesmo responde:
Tem-me sido dirigida a indagação sobre o que eu penso dessa luz que esses
homens estão apresentando. Ora, tenho-a apresentado a vós pelos últimos quarenta
e cinco anos -- as incomparáveis belezas de Cristo. É isto que tenho estado
tentando apresentar perante vossas mentes. Quando o irmão Waggoner apresentou
essas idéias em Mineápolis, foi o primeiro ensino claro sobre esse assunto de
quaisquer lábios humanos que ouvi, exceto as conversas entre mim e meu esposo.
Disse a mim mesma que é porque Deus tem-na apresentado a mim em visão que
eu a vejo tão distintamente, e eles não podem vê-la porque não a tiveram
apresentada a eles como a mim tem sido, e quando outro a apresentou, toda fibra
de meu coração disse amém. (Ms. 5, 1889, obra citada, p. 11).
Não era nova luz, eram antigas verdades sob nova roupagem. Rejeitamos a luz em 1888, e
então o inimigo aproveitou a oportunidade para começar a introduzir falsas teorias como ensino da
Bíblia.
Os autores do livro (p. 71) citam ainda:
Jones e Waggoner ouvem a voz do Senhor e as pessoas reconhecem em suas
interpretações da palavra de Deus coisas maravilhosas dos oráculos vivos e seus
corações ardem por dentro deles enquanto ouvem; eles têm alimentado o povo com
pão do céu; o Senhor tem os homens mesmos que desejava; eles têm levado avante a
obra com fidelidade, e têm sido porta-vozes de Deus; eles conhecem a voz do
conselho e a obedecem; eles têm extraído água do poço de Belém; esses agentes
escolhidos de Deus se teriam regozijado em unir-se a Smith e outros, inclusive
9
Butler; se união tivesse existido, erros não teriam sido cometidos. (E. G. W. Carta H27, 1894).
Erros? Que erros são estes? Já que se diz que a igreja não comete erros, como a santa amada
igreja diz, porque Deus está no comando. Mas o povo Judeu cometeu erros apesar de Deus desejar
estar no comando da nação, pois este povo sempre virou-lhe as costas; a igreja primitiva, após a morte
dos apóstolos também cometeu erros em tão larga escala de deu origem ao homem do pecado, e isto
não tem sido diferente conosco.
Ainda quanto a rejeição da mensagem de 1888 lemos:
Tão determinada estava a oposição pós-1888 a Ellen White que a Associação Geral
virtualmente a exilou na Austrália. Conquanto seja verdade que o Senhor reverteu
sua estada lá para o bem de Sua causa naquele continente, nunca foi Sua vontade que
ela fosse naquela época. Ela declara que o Senhor desejava que o inspirado trio
ficasse junto na América e combatesse a batalha até a vitória. Seus próprios escritos
indicam que os irmãos dirigentes desejavam que tanto Ellen White como Waggoner
ficassem fora do caminho.
É bem sabido que a Sra. White foi somente porque a Associação Geral designou que
fosse (um exemplo elogiável de cooperação com a liderança da Igreja!). Em 1896 ela
escreveu com muita franqueza ao presidente da Associação Geral:
"O Senhor não estava dirigindo nossa saída da América. Ele não revelou que era Sua
vontade que eu deixasse Battle Creek. O Senhor não planejou isso, mas permitiu que
agissem segundo vossa própria imaginação. O Senhor desejava que W. C. White, sua
mãe e seus obreiros permanecessem na América. Nós éramos necessários no centro
da Obra, e tivesse vossa percepção espiritual discernido a verdadeira situação, nunca
teríeis consentido com as medidas tomadas. Mas o Senhor lê os corações de todos.
Havia tanta disposição para que partíssemos que o Senhor permitiu que esse evento
tivesse lugar. Aqueles que estavam cansados com os testemunhos dados foram
deixados sem as pessoas que os transmitiam. Nossa separação de Battle Creek foi
para deixar os homens cumprirem sua própria vontade e maneira, que julgavam
superior à maneira do Senhor.
"O resultado está perante vós. Tivessem permanecido do lado certo, tal decisão não
teria sido tomada neste tempo. O Senhor teria trabalhado pela Austrália por outros
meios, e uma forte influência teria sido mantida em Battle Creek, o grande coração
da Obra.
"Lá teríamos permanecido ombro a ombro, criando uma atmosfera saudável a ser
sentida em todas as nossas associações. Não foi o Senhor quem planejou essa
questão. Não pude obter um raio de luz quanto a deixar a América. Mas quando o
Senhor apresentou-me essa questão tal como realmente era, não abri os lábios para
ninguém porque eu sabia que ninguém discerniria a questão em todas as suas
implicações. Quando partimos, alívio foi sentido por muitos, mas não tanto por ti
mesmo, e o Senhor não Se agradou disso, pois Ele havia nos colocado junto às rodas
do maquinismo de Battle Creek.
"Esta é a razão de te estar escrevendo. O Pastor Olsen não teve a percepção, a
coragem, a força, para levar as responsabilidades; nem houve qualquer outro homem
preparado para cumprir a obra que o Senhor Se tinha proposto que deveríamos fazer.
Eu te escrevo, Pastor Olsen, dizendo-te que era desejo de Deus que permanecêssemos
lado a lado, para que eu te aconselhasse, te instruísse, e para que agíssemos em
conformidade. . . Não estavas discernindo; não estiveste disposto a ter a forte
experiência e conhecimento que não deriva de fonte humana removida de ti, e assim
revelaste que os caminhos do Senhor foram mal calculados e passados por alto. . .
Este conselho não foi considerado uma necessidade.
10
"Que o pessoal de Battle Creek sentisse que poderia deixar-nos partir na época em
que o fizemos foi o resultado de planejamento humano, e não do Senhor. . . O Senhor
determinou que devêssemos estar próximos das casas publicadoras, que devêssemos
ter fácil acesso a essas instituições para que pudéssemos juntos nos aconselhar. . . Oh,
quão terrível é tratar o Senhor com dissimulação e negligência, zombar de Seu
conselho com orgulho devido à sabedoria do homem parecer tão superior." (Carta a
O. A. Olsen, 127, 1896). (1888 Reexaminado, p. 42)
O inspirado trio a que se referem os autores são Waggoner, Jones e a Srª White. Quanto ao Dr.
Kellogg, os mesmos autores apresentam em seu livro (p. 69):
Uma carta ao Pastor Butler, presidente da Associação Geral em 1888, indica que a
apostasia derradeira de Kellogg foi "em larga extensão" nossa responsabilidade.
Seguramente, não era da vontade de Deus: "Às vezes será visto que nossos irmãos e
irmãs não têm sido inspirados pelo Espírito de Cristo em sua maneira de tratar o Dr.
Kellogg. Sei que vossas opiniões sobre o doutor não são corretas. Vossa atitude para
com ele não obterão a aprovação de Deus. ...Podeis seguir um rumo que enfraquecerá
tanto a sua confiança em seus irmãos que eles não poderão ajudá-lo quando e onde
precisa ser ajudado. ..."O Dr. Kellogg tem realizado um trabalho que nenhum homem
que conheço entre nós tem tido qualificações para cumprir. Ele tem necessitado de
simpatia e confiança de seus irmãos. ...Eles deveriam manter uma atitude que teria
ganho e retido sua confiança. ...Mas, em vez disso, tem havido um espírito de
suspeita e crítica. "Se o doutor falhar em cumprir o seu dever e ser um supervisor
afinal, aqueles irmãos que têm falhado em sua busca de sabedoria e discernimento
para ajudar o homem quando e onde ele carecia de seu auxílio, serão em grande
extensão responsáveis. ...Seus irmãos às vezes sentem que Deus está empregando o
doutor para realizar uma obra que nenhum outro é qualificado a cumprir. Mas então
eles enfrentam tão forte fluxo de relatórios em seu detrimento que ficam perplexos.
Parcialmente os aceitam, e decidem que o Dr. Kellogg deve realmente ser hipócrita e
desonesto. ...Como deve o doutor sentir-se ao ser sempre visto com suspeita? ...Deve
isso sempre ser assim? ...Cristo pagou o preço da redenção por sua alma e o diabo
fará o máximo para arruiná-la. Que nenhum de nós o ajude nesse mister." (Carta B21,
1888). "Aqueles que estão bem no centro da obra abrigaram os seus próprios desejos
de modo a desonrarem a Deus. ...O Dr. Kellogg não foi sustido na obra da reforma de
saúde. ...[Ele] assumiu o trabalho que não realizaram. O espírito de crítica revelado
nessa obra desde o começo tem sido muito injusto, e havia tornado o seu trabalho
duro. ...É um fato que nossos ministros são muito vagarosos em tornar-se
reformadores de saúde. ...Isso levou o Dr. Kellogg a perder a confiança neles." (Ms.
13, 1901, Diário, janeiro de 1898).
Entendemos que até 1888 a igreja passava por um período frutífero, que estava pronta em
conhecimento para levar avante a mensagem do terceiro anjo. O Dr. Kellogg de acordo com os
autores, recebeu a mensagem de justificação pela fé com sinceridade. Mas algo deu errado, rejeitados
os mensageiros e com a intensa perseguição que se abateu sobre eles, então exatamente o homem que
chegou a ser chamado de o médico de Deus, acabou por ser um grande instrumento nas mãos de
Satanás.
11
2. A CRISE KELLOGG
Quanto a apostasia deste grande líder encontramos no livro de Walton algumas revelações,
onde diz:
Por vários anos Kellogg estivera fazendo algumas declarações um tanto estranhas
sobre a natureza de Deus. "Deus está em mim", havia dito recentemente numa
reunião da Conferência Geral, " e tudo o que faço é o poder de Deus; cada ato isolado
é um ato criativo de Deus". (GC Boulletin, 2d quarter, 1901, pág. 497)
Era uma idéia fascinante, que parecia trazer a divindade muito perto, e rapidamente
captou interesse de alguns bem conhecidos intelectuais da denominação. Havia um
encanto peculiar na sugestão de Kellogg de que o ar que respiramos é o agente
através do qual Deus envia o seu Espírito Santo fisicamente em nossas vidas, que a
luz do sol é Seu "Shekinah" visível. E mesmo as mentes bem treinadas respondiam
ao novo conceito contagiando-se com o entusiasmo evangelístico de Kellogg.
Agora estes sentimentos estavam aparecendo ainda mais persuasivamente nas folhas
de galé do novo livro que ele havia escolhido intitular The Living Temple. No corpo
humano, declarava ele, estava "o poder que constrói, que cria - é o próprio Deus, a
divina presença no templo". J. H. Kellogg, The Living Temple, pág. 52.
Poucos imaginavam que esta idéia poderia desviar a pessoa totalmente do
cristianismo, levando-a um domínio de misticismo religioso que não dava lugar ao
Ser Divino ou a um local chamado céu. Um homem que viu o perigo foi William
Spicer, um missionário que havia recentemente voltado da Índia, agora administrador
da Conferência Geral, que imediatamente reconheceu na nova teologia de Kellogg as
mesmas idéias que havia visto no hinduísmo. (Tópico: Recebemos as tristes novas)
Interessante mas nenhuma destas palavras nos são estranhas, pois o que mais se ouve hoje é
que “Deus está em mim e tudo o que faço é o poder de Deus”, “somos onipotentes”.
O Shekinah, é a presença de Deus entre os homens, uma representação de Cristo, Deus
conosco, o Sol da Justiça. De alguma forma, a adoração ao sol estava implícita nessa compreensão.
Em Mensagens Escolhidas, Vol. I, encontramos algumas declarações da irmã White sobre este
assunto:
Foi-me dada uma mensagem para vos transmitir a vós, e ao resto de nossos médicos
ligados com a Associação Missionário-Médica. Apartai-vos da influência exercida
pelo livro Living Temple; pois ele encerra ensinamentos especiosos. Há nele opiniões
inteiramente verdadeiras, mas estas se acham mescladas de erro. Os textos são tirados
de seu contexto, e usados para sustentar teorias errôneas.
A idéia dos erros contidos nesse livro tem-me causado grande aflição, e a experiência
por que tenho passado em relação com esse assunto quase me custou a vida.
Dir-se-á que o Living Temple foi revisado. O Senhor mostrou-me, porém, que o
autor não mudou, e que não pode haver unidade entre ele e os ministros do evangelho
enquanto ele continuar a nutrir seus sentimentos atuais. Sou solicitada a erguer a voz
em advertência a nosso povo, dizendo: "Não erreis; Deus não Se deixa escarnecer."
Gál. 6:7.
Tendes tido acesso aos Testimonies for the Church, vol. 7 e 8. Neles é erguido o sinal
de perigo. Mas a luz tão clara e simples para os espíritos que não foram influenciados
por teorias enganosas, não tem sido discernida por alguns. Enquanto as teorias
extraviadoras desse livro forem entretidas por nossos médicos, não pode haver união
entre eles e os pastores que estão levando a mensagem evangélica. Não deve haver
união enquanto não houver mudança.
12
Quando os missionários médicos fizerem sua prática e seu exemplo se harmonizarem
com o nome que levam, quando sentirem a necessidade de se unirem firmemente
com os ministros do evangelho, então poderá haver ação harmônica. Precisamos,
porém, recusar firmemente ser afastados da plataforma da verdade eterna que
desde 1844 tem resistido à prova. (p. 199, 200)
No mesmo livro, diz ainda:
O Senhor proporcionará à Sua obra força nova e vital, ao obedecerem os
instrumentos humanos à ordem de sair a proclamar a verdade. Aquele que declarou
que Sua verdade resplandeceria para sempre, proclamará essa verdade por meio de
mensageiros fiéis, que darão à trombeta sonido certo. A verdade será criticada,
escarnecida e ridicularizada; mas quanto mais de perto for examinada e testada, mais
resplandecerá.
Como um povo, devemos estar firmes sobre a plataforma da verdade eterna, que
resistiu a todas as provas. Devemos ater-nos aos seguros pilares de nossa fé. Os
princípios da verdade que Deus nos revelou, são nossos únicos, fiéis alicerces. Eles é
que fizeram de nós o que somos. O correr do tempo não lhes diminuiu o valor. É
constante esforço do inimigo remover essas verdades de seu engaste, colocando em
seu lugar teorias espúrias. Ele introduzirá tudo que lhe seja possível, para levar a
cabo seus desígnios enganadores. O Senhor, porém, suscitará homens de aguda
percepção, que darão a essas verdades seu devido lugar no plano de Deus.
Fui pelo mensageiro celeste instruída de que parte do raciocínio no livro Living
Temple não é sadio, e que tal raciocínio desencaminhará o espírito dos que não estão
completamente firmados nos princípios fundamentais da verdade presente. Ele
introduz aquilo que não passa de especulação acerca da personalidade de Deus e do
lugar de Sua presença. Ninguém na Terra tem o direito de especular quanto a esta
questão. Quanto mais se discutirem teorias fantasiosas, tanto menos os homens
saberão de Deus e da verdade que santifica a alma.
Um após outro têm vindo ter comigo, pedindo-me que explicasse as atitudes
assumidas em Living Temple. Respondo: "Elas não são explicáveis." Os sentimentos
expressos não comunicam o verdadeiro conhecimento de Deus. Através de todo o
livro citam-se passagens da Escritura. Essas passagens são apresentadas de modo a
fazerem o erro parecer verdade. Teorias errôneas são apresentadas de maneira tão
aprazível que, a menos que tomem cuidado, muitos se desviarão.
Não precisamos do misticismo que há nesse livro. Os que entretêm esses sofismas
logo se encontrarão numa posição em que o inimigo poderá falar com eles,
afastando-os de Deus. É-me mostrado que o autor desse livro está em trilho falso.
Perdeu ele de vista as verdades distintivas para este tempo. Não sabe para onde
tendem os seus passos. A vereda da verdade acha-se muito perto da vereda do erro, e
ambas as veredas podem parecer uma só, às mentes não dirigidas pelo Espírito Santo,
e que, portanto, não são ligeiras em discernir a diferença entre a verdade e o erro. (p.
201, 202)
Essa questão era um ataque ainda que inconsciente aos princípios fundamentais do adventismo
até então que eram baseados na “plataforma eterna da verdade”, “os princípios da verdade que Deus
nos revelou”. Estas advertências deveriam fazer-nos pesquisar sobre o que são estes princípios e esta
plataforma se os mesmos ainda permanecem até hoje, se o que temos ensinado está bem firmado nesta
mesma plataforma.
Walton expõe ainda:
Se Deus está em todo lugar, e se o céu está onde Deus está, então o céu precisa
também estar em todo lugar. Se for assim, onde está o santuário? Kellogg tinha uma
13
resposta, naturalmente: é encontrada no título de seu livro The Living Temple. O
santuário de Deus estava no corpo humano – um passo na lógica que agora compelia
a pessoa a rejeitar os eventos de 1844 como uma desconexão inadequada para a nova
luz. Na melhor das hipóteses, 1844 poderia ser explicado somente como fato da
história, uma estação intermediária na estrada do adventismo em direção à
maturidade.
Era um erro sutil nem mesmo completamente entendido pelo próprio médico, e,
contudo, alguns líderes denominacionais o estavam reconhecendo; e a pergunta que
agora estava começando a se espalhar ao redor de Battle Creek era esta: Deveria o
novo livro de Kellogg ser impresso? Não é um problema simples. À medida que
1902 se desvanecia, a dispendiosa construção do sanatório estava começando a
causar uma completa crise financeira. (Capítulo: Recebemos as tristes novas)
Em 1903, no auge da questão o Dr. Kellogg argumenta:
Até onde eu entendo sobre a dificuldade encontrada no ‘Templo Vivo’, é que a coisa
toda pode ser resumida nesta questão: É o Espírito Santo uma pessoa? Você diz
que não. Eu tinha achado que a Bíblia dizia isto pelo fato de que o pronome pessoal
‘ele’ é usado em referência ao Espírito Santo. A irmã White usa o pronome ‘ele’ e
mencionou em diversos textos que o Espírito Santo é a terceira pessoa da
Divindade. Como o Espírito Santo pode ser a terceira pessoa e não ser pessoa
nenhuma, é difícil para eu enxergar. (J.H.Kellogg para G.I.Butler em 28 de outubro
de 1903. Citado no livro A Trindade)
Interessante neste argumento, é o mesmo utilizado hoje para se defender a doutrina da Trindade,
pois dizem que ela disse “que o Espírito Santo é a terceira pessoa da Divindade”, “o trio celestial”,
não estamos diferentes dos apóstatas seguidores de Kellogg, a igreja hoje usa exatamente os mesmos
argumentos. A.G.Daniels em uma carta para William C.White (filho de E.G.White) confidencia que:
Ele (J.H.Kellogg) disse que por todo o tempo tinha se preocupado em saber como explicar
o caráter de Deus e Sua relação com as obras criadas. Ele tem certeza de que crê apenas no
que os Testemunhos ensinam e no que o Dr.Waggoner e o pastor Jones pregaram por anos;
mas ele desconfiava que eles não expressaram o assunto de forma correta. Então ele
afirmou que suas antigas visões sobre a trindade o atrapalhavam de fazer uma declaração
clara e absolutamente correta, e que por um certo momento que ele creu na trindade,
conseguiu ver bem claramente onde estava toda a dificuldade, e achou que agora podia
resolver a questão satisfatoriamente. Ele me disse que agora crê em: Deus o Pai, Deus o
Filho e Deus o Espírito Santo. E agora entende que é o Espírito Santo e não o Pai, que
preenche todo o espaço e todas as coisas vivas. (A.G.Daniels para William C.White em 29
de outubro de 1903.)
É importante ressaltar aqui, que as antigas visões sobre a trindade, diziam que esta era uma
doutrina espúria, transplantada do paganismo para o cristianismo, era assim que a igreja cria e pregava.
G.I. Butler em resposta a carta do Dr. Kellogg diz:
Até onde a Irmã White e você estão em perfeito acordo é preocupante, eu devo deixar
isso totalmente entre você e ela. A Irmã White diz que não há perfeito acordo. Você
declara que há. Eu conheço algumas das observações dela que lhe dão forte base para
você declarar que ela está de acordo. Sou honesto e franco suficiente para dizer isso,
mas eu devo dar a ela o crédito, até que ela abandone isso de dizer que há uma
diferença também, e eu não creio que você possa dizer plenamente o que ela quer dizer.
(G.I.Butler para J.H.Kellogg em 5 de abril de 1904. Citado no livro A Trindade)
14
Ao que parece houve discussão não somente sobre a doutrina do santuário, com idéias
panteístas, mas também quanto a personalidade do espírito santo, onde o Dr. Kellogg passa a crer em
Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo, diferente do que estava nos Princípios Fundamentais
adventistas da época.
No livro E Recebereis Poder encontramos a seguinte declaração:
Aqueles que procuram remover os velhos marcos, não estão retendo firmemente; eles
não estão se lembrando de como receberam e ouviram. Os que tentam introduzir
teorias que removeriam os pilares de nossa fé quanto ao santuário ou quanto à
personalidade de Deus ou de Cristo, estão agindo como cegos. Estão procurando
introduzir incertezas e deixar o povo de Deus à mercê das ondas, sem uma âncora.
Os que afirmam estar identificados com a mensagem que Deus nos deu devem ter
aguçada e clara percepção espiritual, para poderem distinguir a verdade do erro. A
palavra proferida pela mensageira de Deus é: "Despertai os vigias!" Se os homens
discernirem o espírito das mensagens dadas e se esforçarem por descobrir de que fonte
elas provêm, o Senhor Deus de Israel os guardará de serem desencaminhados.
(Meditações Matinais 1999, pág. 237)
Neste texto compreendemos claramente, que os pontos fundamentais em questão sobre o
santuário, a personalidade de Deus e de Cristo, não deveriam jamais ser mudados, esta compreensão
era a verdade, e verdade pelo que entendemos nunca pode ser mentira, por exemplo: Jesus, o Filho
gerado de Deus desde tempos antigos – não co-eterno com o Pai, e desta forma a relevância de seu
papel como o Filho de Deus encarnado, como o Cordeiro de Deus; assunto ao céu, o único mediador
entre Deus e os homens; e o espírito santo como a onipresença tanto do Pai quanto do Filho, e não uma
terceira pessoa co-eterna, eles não criam numa doutrina de três deuses co-eternos (Deus Pai, Deus
Filho, Deus Espírito Santo). Assunto para ser refletido com mais seriedade.
Walton no capítulo Uma Espada como Fogo, continua em sua explanação, dizendo:
[...] Em novembro de 1903 Ellen White escreveu para o pastor S. N. Haskell,
advertindo-o de que os estudantes estavam sendo arrolados em uma campanha para
escrever cartas destinadas a produzir pressão política favorável ao sanatório.
"No sanatório em Battle Creek, os estudantes e auxiliares tinham sido encorajados
pelo gerente a escrever para seus pais e amigos e falar das coisas maravilhosas que
estavam sendo feitas na instituição", ela disse - coisas que lhe haviam sido reveladas
como estando muito longe de ser maravilhosas. (Carta de Ellen G. White a S. N.
Haskell, 28 de novembro de 1903)
Ela constantemente se preocupava com os jovens estudantes do sanatório, que
estavam ouvindo a nova teologia dos professores a quem respeitavam, e os perigos
eram tão grandes que ela abertamente advertia os pais a manterem seus filhos longe
de Battle Creek.
...
Era um desafio que fez com que Ellen White se pusesse de pé em alarme: "Como nós
poderíamos consentir ter a flor de nossa juventude chamada para Battle Creek a fim
de receber sua educação, quando Deus tem dado advertência após advertência de que
eles não devem ir para lá", bradou ela. Alguns dos instrutores "não entendem o real
fundamento da nossa fé. ...Não permita Deus que uma palavra sequer de
encorajamento seja proferida para chamar nossos jovens ao lugar onde eles serão
corrompidos por representações falsas e calúnias concernentes aos testemunhos, e à
obra e caráter dos ministros de Deus". (Special Testimonies, série B, nº 2, página
21,22)
15
...
Havia uma crescente possibilidade de que eles fossem expostos também a outro
perigo. No início da história do adventismo, o afastamento da doutrina básica havia
sido acompanhado por estranhos padrões de comportamento, e agora problemas
semelhantes pareciam estar surgindo. "Havia idéias confusas do amor livre", o pastor
L. H. Christian recordaria mais tarde, "e havia práticas imorais por alguns daqueles
que apresentavam a doutrina de um Deus impessoal difundido através da natureza", e
a doutrina da carne Santa. Os detalhes daquele capítulo de vergonha não devem agora
ser contados, mas aqueles que conheceram os fatos compreenderam a verdade destas
palavras: 'Teorias panteístas não são apoiadas pela palavra de Deus. ... As trevas são
seu elemento, a sensualidade sua esfera. Elas gratificam o coração natural, e dão
margem à inclinação." - Review and Herald, 21 de janeiro de 1904, pág. 9. - L. H.
Christian, Fruitage Spiritual Gifts, págs. 291,292.
...
Nisso jazia o perigo dos ensinos de Kellogg em 1903. "Essas doutrinas, seguidas até
suas conclusões lógicas, varrem toda a economia cristã", a sra. White advertiu. "elas
ensinam que as cenas justamente diante de nós não são de suficiente importância para
que se lhes dê atenção especial" (Special Testimonies, Série B, n 7, p37).
A igreja e o mundo estavam mergulhando numa profunda noite em direção a alguma
coisa chamada o fim do tempo da graça, antes do qual cada indivíduo deveria ser
examinado por Deus "com um escrutínio tão íntimo e penetrante como se não
houvesse outro ser na terra" (O Grande Conflito, pág. 490). Quando esse evento
chegasse, o destino de todos seria eternamente decidido para a vida ou morte. Era um
desafio impossível de se exagerar.
Os adventistas, contudo, estavam sendo embalados por teorias agradáveis sobre a
natureza de Deus, nas quais as tremendas verdades do santuário desapareciam de
vista e o Shekinah se tornava nada mais do que o brilho do sol na primavera. Em seu
desespero para advertir a igreja, alarmada pelo poder fascinante do erro, Ellen White
buscou alguma maneira de ilustrar quão facilmente alguém poderia confundir o erro
com a verdade, e ela recorreu à ilusão ótica de dois trilhos da estrada de ferro,
confundindo-se na distância até parecerem ser um. "O trilho da verdade fica bem ao
lado do trilho do erro, e ambos os trilhos podem parecer ser um para as mentes que
não são operadas pelo Espírito Santo." Carta 211, 1903.
Então, vendo alguns dos melhores intelectos da igreja apanhados na armadilha, e
levando outros para ela com a capacidade de eloqüência que tinha sido uma vez
devotada à mensagem adventista, ela clamou em quase total desespero: "Minha alma
fica grandemente perturbada quando vejo o desenvolvimento dos planos do tentador,
que não posso expressar a agonia de minha mente. Precisa a igreja de Deus ficar
sempre confundida pelos ardis do acusador, quando as advertências de Cristo são Tão
definidas e claras?" Special Testimonies, Série B, n 2, pág. 23. (Capítulo: Uma
espada como de fogo)
Sem comentários, comparando com os dias de hoje, em nada difere nossa situação disso, sem
falar que estas coisas estão vindo exatamente dos melhores intelectos de nossa igreja. “O que foi, isso
é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.”
(Eclesiastes 1:9).
No capítulo Você é o Homem, o autor apresenta:
O ano agora era 1905. John Harvey Kellogg estava em vias de deixar a igreja,
levando consigo a maior instituição da mesma e a flor de suas mentes; Albion
Ballenger estava proclamando "nova luz" sobre o santuário, deixando em seu rastro
igrejas divididas e adventistas não mais convictos sobre os pilares principais de sua
fé. Em toda parte as forças do mal pareciam estar em marcha, tragando o território
16
como um exército de saqueadores, e talvez uma alusão ao motivo disto possa ser
encontrada no diário de Ellen White, escrito no último dia de Outubro: "Satanás está
usando toda sua ciência ao jogar o jogo da vida por almas humanas. Seus anjos estão
misturados com os homens, e os estão instruindo nos mistérios da maldade. Estes
anjos caídos arrastarão discípulos após si, falarão com os homens e anunciarão
princípios tão falsos quanto possível, guiando almas aos caminhos do engano. Estes
anjos podem ser encontrados em todo o mundo, apresentando as coisas maravilhosas
que logo aparecerão numa luz mais resoluta. Deus pede a Seu povo que obtenha uma
compreensão do mistério da piedade". Ellen White, Manuscrito 145, 1905
Um trecho interessante que o autor apresenta de uma carta de A. G. Daniells para a Srª White
diz:
O irmão Ballenger chegou a uma condição de mente que me parece desqualificá-lo
inteiramente para pregar a mensagem. Ele tem estudado muito o assunto do santuário
ultimamente, e chegou à conclusão... de que quando Ele (Cristo) ascendeu, foi
imediatamente ao lugar santíssimo e que Seu ministério tem aí sido levado avante
desde então. Ele toma textos tais como Hebreus 6:19 e os compara com vinte e cinco
ou trinta expressões do mesmo caráter no Velho Testamento onde ele diz que em
cada exemplo o termo 'dentro do véu' significa o lugar santíssimo... Ele vê
claramente que sua opinião não pode ser harmonizada com os testemunhos, ou pelo
menos admite francamente que é totalmente incapaz de assim fazer, e mesmo em sua
própria mente... há uma diferença irreconciliável . (Carta de A.G. Daniells a W.C.
White, 116/03/1905)
Neste instante, é importante colocarmos o fato que ocorre hoje em nossa denominação, que
aparentemente mantém o raciocínio inicial da igreja, mas abertamente adota Bíblias que colocam
exatamente este ponto em questionamento. Não deixando dúvida de que a igreja deseja disseminar
discretamente o mesmo raciocínio de Bellenger. Pois estas versões tornam impossível provar tal
verdade, exatamente no livro de Hebreus. Apresentamos para simples conferência o capítulo 9 verso
12.
Na versão João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada (2000), diz: “Não por meio de
sangue de bodes e bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por
todas, tendo obtido eterna redenção”. Agora o absurdo se torna mais incrível na tradução na linguagem
de hoje (2004), pois tem em anexo o Hinário Adventista, que diz: “Quando Cristo veio e entrou, uma
vez por todas, no Lugar Santíssimo, ele não levou consigo sangue de bodes ou de bezerros para
oferecer como sacrifício. Pelo contrário, ele ofereceu o seu próprio sangue e conseguiu para nós a
salvação eterna”. A Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional (2000), diz: “Não
por meio de sangue de bodes e novilhos, mas pelo seu próprio sangue, ele entrou no Santo dos Santos,
de uma vez por todas, e obteve eterna redenção”.
As melhores versões, que temos no Brasil são as: Bíblia de Jerusalém, Almeida Corrigida,
Almeida Corrigida e Fiel, e até mesmo a Tradução Novo Mundo está melhor qualificada para os
adventistas do que as tida em alto grau por esta organização.
Arroyo (1999), traz a seguinte explicação quanto a este texto:
No texto grego, a palavra que designa o Lugar Santo em Heb. 9:2 é “Hagia” (Aγια)
que literalmente quer dizer “Santo” ( apalavra “Lugar” não aparece no original). A
expressão que designa o Lugar Santíssimo no verso 3 é “Hagia Hagíon” (Aγια
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Aγιων) que significa literalmente ``Santo dos Santos" (de novo a palavra “Lugar”
não aparece).
Nos versos em questão, por exemplo Heb. 9:12, aparece a expressão “ta hagia” (τα
αγια) que dignifica “os santos”. O verso, então, diz que Jesus entrou “nos santos
(lugares)”, isto é, no Santuário. Aliás, a mesma expressão (só que no caso genitivo
em vez do acusativo) aparece em Heb 8:2, sendo traduzida universalmente como
“santuário”. Os professores F. Rienecker e C. Rogers na Chave Linguística do Novo
Testamento Grego comentam que a expresão significa o Lugar Santo e o Lugar
Santíssimo em conjunto, isto é, santuário.
Portanto concluímos que a tradução certa é “santuário” em concordância com a
interpretação adventista.
Porém o mesmo autor traz um problema ao apresentar a seguinte interpretação:
O candelabro (Ex. 25:31-40, 37:17-24) era feito de ouro puro e tinha sete lâmpadas
(de óleo) que deviam ficar permanentemente acesas. Em Apocalipses 1:12-13, João
descreve Jesus andando entre sete candelabros e o verso 20 nos diz que os
candelabros representam “as sete igrejas”. Portanto, somos autorizados a pensar que
no simbolismo do candelabro de ouro podemos ver o Espírito Santo (o óleo) atuando
na Igreja possibilitando que seja “a luz do mundo”. (ARROYO, 1999)
Se esta interpretação for correta, então podemos concluir que o lugar santo é na terra, pois as
sete igrejas estão na terra, e portanto assim que Cristo ascendeu ao céu, entrou no lugar Santíssimo do
santuário. Ainda que Arroyo, apresente como apêndice um comentário sobre a tradução correta do
texto de Hebreus 9:12, peca na interpretação do texto de Apocalipse 1:12-13.
Uriah Smith quanto a estes versos, comenta:
Sete castiçais de ouro – estes não podem ser o anti-tipo do castiçal de ouro do antigo
serviço típico do templo; porque esse era apenas um castiçal com sete braços. Fala-se
sempre dele no número singular. Mas aqui são apresentados sete; e estes são, com
mais propriedade suportes de lâmpadas do que simplesmente castiçais, suporte sobre
os quais são postas lâmpadas para darem luz no quarto. E não têm semelhança com o
antigo castiçal; pelo contrário, os suportes são tão distintos e separados uns dos
outros, que se vê o Filho do homem a andar no meio deles. (1945, p. 22; 1991, p. 21
e 23)
Estranho, mas a posição atual da organização adventista, talvez inconsciente ou propositada
mas sutil, é exatamente a condenada pela igreja adventista primitiva. É como se a dúvida de Bellenger
estivesse de volta, seu fantasma rodeia a atual organização.
Concluindo sobre este período da apostasia alfa, transcrevemos agora o texto sob o tema
“Como um Ciclone Devastador” de Walton:
O ano era 1914. Através da cidade de Battle Creek, de um brilho empoeirado no sol
do inicio do verão, apenas recordações lembravam o que havia sido - o que poderia
ter sido. Na esquina das avenidas Washington e Main havia poucos indícios de que a
Review and Herald Publishing Conpany já tivesse existido lá, de que uma vez esse
tivesse sido o local da Conferencia Geral. O Colégio de Battle Creek, reaberto com
tão altas esperanças pelo Dr. Kellogg, estava fechado, um triste fracasso. Os
adventistas eram em número comparativamente pequeno agora, e os veteranos
podiam recordar o enxame de placas "Vende-se" que apareceram quando a colônia se
dissolveu. "O mundo conhecerá a razão" advertira certa vez Ellen White, e agora D.
18
M. Canright publicava uma nova edição de seu livro Sevent-Day Adventism
Renounced - e inconscientemente assegurava o cumprimento daquela predição.
"Battle Creek, Michigan, fornece uma boa ilustração do fracasso do Adventismo após
um julgamento justo. ...Quando eu me retirei em 1887, havia quase dois mil
observadores do sábado aqui, todos unidos. Muitas vezes preguei no grande
tabernáculo quando todos os assentos, na parte de baixo e na galeria, estavam
ocupados. No colégio lecionei para uma classe de aproximadamente duzentos alunos,
todos moços e moças se preparando para trabalhar como ministros ou instrutores
bíblicos. Agora, 1914, o colégio está fechado e perdido para a causa; o sanatório se
rebelou contra a organização, e quase todos dentre a administração, médicos,
enfermeiros e assistentes são observadores do domingo; as casas publicadoras foram
completamente destruídas pelo fogo e os remanescentes se mudaram; a igreja decaiu
para mais ou menos quatrocentos ou quinhentos membros; o tabernáculo está
largamente vazio e é como um elefante em suas mãos. ...grande número apostatou,
perdeu a fé em tudo, e não freqüentam nenhuma igreja. Foi como um ciclone
devastador". - Canright, op. cit, p.411
Catorze anos haviam se passado desde aquela brilhante manhã de janeiro no raiar de
um novo século, quando o mundo estava pronto e a mensagem do Advento tinha uma
chance de sair ao sol. Agora este dia estava terminado, e suas últimas sombras prestes
a serem adensadas por um Sérvio nacionalista de 19 anos de idade com uma pistola.
Na cidade bosniana de Saravejo, um motorista confuso fez uma curva errada e dirigiu
sua limusine aberta para uma rua movimentada. Atrás dele, abrigados do intenso sol
de verão por um guarda-sol, estava sentado um régio casal cuja vida havia sido uma
clássica história de amor e para quem este dia era o décimo quarto aniversário de
casamento. Por um momento o motorista hesitou, e então tentou dar meia volta com
o carro, e ao fazer isto, ressoaram dois tiros. O Arqueduque Francisco Ferdinando e
sua esposa tombaram no banco; e o longo dia da oportunidade estava terminado.
Haviam sido disparados os primeiros tiros da Primeira Guerra Mundial. Daí em
diante a igreja teria de trabalhar num mundo que se degradava em trevas.
Tantas luzes haviam se apagado. J. H. Kellogg, líder da obra médica, cujas despesas
da escola médica onde estudara haviam sido parcialmente pagas por Tiago e Ellen
White; Albion Ballenger, que havia decidido refazer a verdade do santuário usando
tratados teológicos em vez do Espírito de Profecia; os pastores A. T. Jones e E. J.
Waggonner, que haviam viajado e pregado com Ellen White; o pastor George
Tenney, editor, ministro, missionário; o pastor L. McCoy, capelão do sanatório de
Battle Creek - aos quais se juntaram, como depressa salienta Canright, "muitas
pessoas em importantes posições como gerentes de negócios, professores de colégios,
médicos, etc. Todos estes estão agora fora da igreja, e toda a sua influência é posta
contra a comunidade adventista". (Idem, p.412) A perda havia sido abaladora; e
agora, da mesma forma que a fumaça que ainda subia das cinzas do incêndio da
Review and Herald, ela deixava uma persistente pergunta pendendo sobre a igreja:
Como tal coisa podia acontecer? O que poderia produzir tal maciça apostasia entre as
mais brilhantes mentes da igreja?
A resposta era vexantemente simples, e, curiosamente, era uma resposta que a igreja
tinha em mãos o tempo todo. Nos ainda pacíficos dias de 1898, Ellen White havia
avisado claramente o que poderia acontecer. "Nunca haverá um tempo na história da
igreja quando o obreiro de Deus poderá cruzar as mãos e descansar, dizendo"' Tudo é
paz e segurança'. Então é que vem repentina destruição. Tudo pode avançar por entre
aparente prosperidade; mas satanás está bem acordado, e estudando e trocando idéias
com seus anjos sobre outro modo de ataque onde possa ser vitorioso. a disputa se
tornará cada vez mais feroz por parte de Satanás. ...Dispor-se-ão mente contra mente,
planos contra planos, princípios de origem celeste contra princípios satânicos. A
verdade em seus vários aspectos estará em conflito com o erro em suas crescentes e
19
sempre variadas formas, as quais, se possível, enganarão os próprios escolhidos".
(Especial Testimonies, série A, n11, p. 5 )
Aqui estava, se se tivesse o cuidado de pensar sobre isto, toda a história da crise,
apresentada cinco anos antes de o livro de Kellogg ser publicado. O próprio Satanás
estava dirigindo este ataque; o comandante chefe das forças das trevas havia tomado
o campo. A batalha havia sido travada em um nível sobrenatural, no qual, sem a
proteção especial de auxílio sobrenatural, mesmo as mais brilhantes mentes seriam
espalhadas como folhas diante de um vento outonal. Kellogg, Jones, Waggoner,
McCoy - todos haviam saído para enfrentar o inimigo após primeiramente decidirem
substituir as advertências da mensageira de Deus por seu próprio julgamento,
despojando-se assim da única defesa que realmente tinha importância. Em alguma
parte no curso dos eventos eles haviam se tornado letalmente seguros de que estavam
certos, de que era tempo de escapar de "uma comunidade morta de profecias mortas",
e agora, ao se dispersarem do Adventismo, fizeram-no com piedosas orações para
que Deus abençoasse a sua saída.
E através do vale do tempo ecoavam as palavras de Ellen White, já dadas em 1903,
palavras pronunciadas antes que fosse tarde demais para a maioria deles: "Satanás
tem nos homens seus aliados. E anjos maus em forma humana aparecerão aos
homens, e apresentarão diante deles imagens tão fulgurantes do que eles serão
capazes de fazer se tão somente lhes ouvirem as sugestões, que amiúde trocarão seu
arrependimento por desafio. ... O pecado enegreceu as faculdades racionais, e o
inferno está triunfando. Oh, não cessarão os homens de confiar em seres humanos?" Idem, Série B, n7, p. 21, 22 (grifos acrescentados)
Anjos do mal em forma humana. Não havia qualquer esperança de sobreviver a tal
desafio apenas com a força humana. A humanidade não teve qualquer resposta à
lógica da mente de um anjo, onde memórias do paraíso se torceram loucamente para
um engano tão poderoso que um terço das forças do céu a princípio tinha sido
incapaz de reconhece-lo. Nenhuma quantidade de educação ou experiência
habilitariam um homem a enfrentar uma armadilha como esta, e John Kellogg, pelo
menos, havia se dirigido diretamente para ela, enquanto soavam sinos e brilhavam
luzes de advertência das páginas de Ellen White.
Uma noite no início do verão de 1904 Ellen White havia visto uma reunião em
andamento em Battle Creek. Um significativo número de médicos e ministros estava
presente, ouvindo o Dr. Kellogg expor suas idéias de que Deus está em tudo,
ignorando que estavam sendo sobrenaturalmente observados. A sra. White notou
particularmente o "semblante satisfeito, interessado, dos ouvintes", e então seu
acompanhante celestial se voltou para ela com uma mensagem estarrecedora. "Anjos
maus tomaram posse da mente do orador", disse Ele, e prosseguiu advertindo que
"tão seguramente como os anjos que caíram foram seduzidos e enganados por
Satanás, assim também o orador estava sob a educação espiritualística dos anjos
maus."
"Fiquei assombrada ao ver com que entusiasmo os sofismas e teorias enganadoras
foram recebidos", relata a sra. White, salientando que Kellogg, encorajado pelo
sucesso em arrebatar ministros e médicos com ele, havia então convocado um
concílio especial em Battle Creek para inculcar ainda mais suas idéias sobre a igreja
organizada. - Idem, n6, p.41
"Jactai-vos de estardes agindo sob inspiração de divina promoção", advertiu Ellen
White ao povo de Battle Creek, "mas alguns estão seguindo a falsa inspiração que
enganou os anjos nas cortes celestes", (Idem, série A, n12, p.1). Para Kellogg ela
dirigiu a advertência de que ele estava sendo "hipnotizado" por Satanás (algo que ele
ridicularizou como absurdo). Em outubro de 1905 ela avisou sobre "homens que
adentraram o estudo da ciência que Satanás introduziu na guerra no céu". Carta de
Ellen White aos irmãos Daniells, Prescott, e seus associados, 30 de outubro de 1905,
20
da coleção de J.H.N. Tindall). Em face de tais advertências Kellogg e seus seguidores
haviam mergulhado para a frente, tendo a consciência aquietada pelas afirmações do
médico de que os testemunhos de Ellen White nem sempre eram fidedignos. E assim
eles chagaram, finalmente, ao trágico cumprimento de outra de suas predições: "Se
deixados, anjos maus moldarão a mente dos homens até que não mais tenham mente
ou vontade próprias. ... Assim será com os médicos ou ministros que continuarem a
se vincular com aquele que tem tido luz, que tem recebido advertências, mas não lhes
tem dado ouvidos". - Special Testimonies, série B, n 6, pp.42,43
A mesma triste lição havia sido ilustrada na vida de Albion Ballenger. Uma noite
durante uma reunião evangelística em Londres, ele havia tentado apresentar o assunto
do santuário. Terrivelmente desencorajado pela maneira na qual havia pregado,
tomou a resolução de que "nunca mais pregaria novamente até eu saber o que estou
pregando". E então ele havia cometido em engano fatal. "Não vou obtê-lo de nossos
livros" declarou ele, "se nossos irmãos puderam obtê-lo das fontes originais, por que
é que eu não posso?". O pastor Ballenger estava cometendo o mesmo erro já
cometido pelo Dr. Kellogg: A pressuposição de que não havia nada realmente
envolvido aqui exceto o raciocínio humano, no qual a pesquisa de um homem é tão
boa quanto à de outro. "Irei aos livros ou comentários e todas essas várias fontes das
quais o pastor Urias Smith obteve luz sobre o assunto", ele anunciou, e assim dizendo
prontamente caminhou diretamente para fora, nas trevas. Pois a doutrina Adventista
do santuário não podia ser achada nos "livros ou comentários" - não podia ser
encontrada em qualquer lugar exceto que proviesse da mesma fonte que foi
procurada por aquele grupo de homens e mulheres de oração que haviam estudado
através de noites frias de outono em 1844, e em cujo meio estava a mesma
mensageira especial que agora advertira Ballenger a dar meia volta antes que fosse
tarde demais. Ele também havia escolhido ignorar este apelo, e ele, como Kellogg,
deixou a fé adventista para nunca mais voltar. Em Riverside, Califórnia (apenas
algumas milhas distante da nova escola médica da igreja), ele passaria seus últimos
dezesseis anos dizendo coisas sobre Ellen White que, debaixo de uma aparência de
piedade, operava para atacar a credibilidade desta como mensageira especial de Deus.
"Como um ciclone devastador". Canright havia disto isto com relação a igreja de
Deus, mas quão claramente estas palavras descrevem a vida daqueles que a deixaram.
Toda uma galáxia de luzes Adventistas havia se apagado, cada qual a seu próprio
modo, e cada uma ligada às demais pela tragédia comum de rejeitar a mensageira de
Deus num tempo quando anjos caídos estavam andando na terra em forma humana.
A igreja e o mundo estavam entrando numa nova era. Agora o erro de sair da
proteção especial de Deus podia trazer os mais trágicos e imediatos resultados.
Mil novecentos e catorze. O povo de Deus havia vivido por catorze anos na luz do
último dia de verão da terra. Agora se enegrece o céu com as primeiras tempestades
de outono. Através das vulneráveis planícies da Bélgica vem o estrondo de pesada
artilharia se movendo, uma nuvem de poeira, uma linha infindável de uniformes
cinza que identifica o Segundo Exército do General Karl von Bülow. Em berlim
tropas exuberantes desfilam pela última vez descendo as ruas de tijolos; uma jovem
numa blusa branca de franjas entra em suas fileiras, entrelaça o braço no de um
soldado, e marcha com eles. Poucos passos atrás, um negociante bem trajado faz o
mesmo, carregando uma arma de soldado - faces sorridentes rumando cegamente
para a terrível meia-noite de Marne e Verdun, para um pesadelo nunca dantes visto
exceto por uma senhora miúda que, anos antes, havia pleiteado com sua igreja para
que agissem. "Logo haverá morte e destruição, aumento de crime, e impiedade cruel
operando contra os ricos que se têm exaltado sobre os pobres. Os que estão sem a
proteção de Deus não encontrarão segurança em nenhum lugar ou posição. Agentes
humanos estão sendo treinados e estão usando suas capacidades inventivas para
21
colocar em operação a mais poderosa maquinaria para ferir e matar. ... Que os
recursos e os obreiros sejam espalhados". - Testimonies, vol 8, p.50.
Esta é a nossa triste história, e deve servir de exemplo para nós, pois estamos lutando contra os
principados, contra os governantes das trevas nas cortes celestiais, portanto, sem jejum e oração, sem
um apego ilimitado em Cristo, estamos fadados a cair, e Satanás se rirá por nossa desgraça, como tem
feito no decorrer da história do adventismo.
Todos são agentes de Satanás, quando perdem a Cristo de vista e olham para os defeitos e
fracassos de seus irmãos, ninguém está isento de pecar nem que seja em pensamentos, portanto, vigiai
e orai para que não entreis em tentação disse o Mestre. Podemos por um momento estarmos na firme
plataforma da verdade, mas num minuto podemos escorregar e afundar sem nos apercebermos que a
mão de Cristo está a nossa disposição, e olhamos para os homens que nada desejam além do nosso
fracasso.
Analisando toda nossa história, concluímos que sem dúvida nenhuma, vivemos no ômega de
toda a apostasia adventista, e isso podemos dizer sem nenhum medo de errar, e estamos muito, mas
muito distante do que deveríamos ser. Estamos com 100 anos de atraso, caminhando no deserto,
retrocedendo ao Egito.
Então após esta visão de nosso passado, dos conceitos errôneos levantados: sobre o santuário, a
presença de Deus, a personalidade de Deus e de Cristo, que levou a apostasia de nossas mentes mais
brilhantes e grande parte dos membros em Battle Creek, na qual a irmã White identifica como o alfa
das apostasias letais, podemos utilizar uma dica para nos protegermos da apostasia ômega, onde ela
diz:
Permita os pioneiros identificarem a verdade. - Quando o poder de Deus testifica o
que é a verdade, essa verdade deve permanecer para sempre como verdade. Não
depois de suposições, contrárias a luz que Deus tem dado para ser recebida. Surgirão
homens com interpretações das Escrituras que para eles é a verdade, mas não é a
verdade. A verdade para esse tempo Deus tem dado como um fundamento para a
nossa fé. Ele Mesmo nos falou a verdade. Um após outro vai aparecer com uma
nova luz que contradiz a luz que Deus tem dado pelo seu Santo Espírito. (Ellen
White, 1905, Counsels to Writes and Edictores, pages 31, 32)
Ainda que naquele tempo os adventistas não possuíam doutrinas oficiais, mantinham seus
pontos fundamentais de fé, que a irmã White diz serem a luz que Deus nos deu, sendo estes os mesmo
pontos fundamentais que permaneceram em voga até sua morte. E uma verdade que eles pregavam
dizia que, a doutrina da trindade era uma doutrina espúria, e sendo isto verdade, como este parecer
pode ser considerado mentira hoje?

3. UMA NOVA ORDEM
No livro 1888 Re-Examinado lemos a seguinte declaração:
Quando quer que apareça o ômega, muito provavelmente reivindicará apoio do
Espírito de Profecia, e "muitas" mentes sem discernimento concordarão. E é também
possível que alguns dirigentes destacados e influentes promovam o engano. [...] Ellen
22
White finalmente fala das provações ômega como uma experiência a dar-se após a
sua morte: "Estou encarregada de dizer ao nosso povo que alguns não reconhecem
que o diabo tem ardil após ardil e que os leva a efeito em maneiras que não esperam.
As agências de Satanás inventarão maneiras de transformar pecadores em santos.
Digo-vos agora, que quando for posta em descanso, grandes mudanças terão
lugar. Não sei quando serei levada, mas desejo advertir a todos contra os ardis do
diabo. ...Eles devem observar cada pecado concebível que Satanás tentará
imortalizar." (Carta, Elmshaven, 24 de fevereiro de 1915). (SHORT e WIELAND,
1987, p. 78)
Um fator importante a ressaltar aqui é que a apostasia alfa ocorreu exatamente no coração da
obra, na liderança da igreja para então se propagar, mas de forma que foi controlada; certamente que a
apostasia ômega, com proporções ainda maiores, ocorreria também no coração da obra, na liderança,
porém numa proporção gigantesca.
Se as grandes mudanças que teriam lugar logo após sua morte, como afirmou Ellen G. White,
seriam “ardis do diabo”, precisamos atentar se houveram mesmo estas mudanças, e se houveram, quais
foram.
Política mundana está tomando o lugar da verdadeira piedade e sabedoria que vêm de
cima, e Deus removerá Sua mão prosperadora da assembléia. Será removida a arca da
aliança deste povo? Serão introduzidos ídolos sorrateiramente? Princípios e preceitos
falsos serão trazidos para dentro do santuário? Será respeitado o anticristo? Serão
ignoradas as verdadeiras doutrinas e princípios a nós concedidas por Deus, que nós
tornaram o que somos? . . . Isto é diretamente aonde o inimigo, mediante homens
cegos e não consagrados, nos está conduzindo. (Ms. 29, 1890, citado em 1888 ReExaminado, p. 74)
Ellen G. White advertiu quanto a grande reforma que desejavam introduzir no meio adventista,
dizendo:
O inimigo das almas tem procurado introduzir a suposição de que uma grande
reforma devia efetuar-se entre os adventistas do sétimo dia, e que essa reforma
consistiria em renunciar às doutrinas que se erguem como pilares de nossa fé, e
empenhar-se num processo de reorganização. Se tal reforma se efetuasse, qual seria o
resultado? Seriam rejeitados os princípios da verdade, que Deus em Sua sabedoria
concedeu à igreja remanescente. Nossa religião seria alterada. Os princípios
fundamentais que têm sustido a obra neste últimos cinqüenta anos, seriam tidos na
conta de erros. Estabelecer-se-ia uma nova organização. Escrever-se-iam livros de
ordem diferente. Introduzir-se-ia um sistema de filosofia intelectual. Os fundadores
deste sistema iriam às cidades, realizando uma obra maravilhosa. O sábado seria,
naturalmente, menosprezado, como também o Deus que o criou. Coisa alguma se
permitiria opor-se ao novo movimento. Ensinariam os líderes ser a virtude melhor do
que o vício, mas, removido Deus, colocariam sua confiança no poder humano, o qual,
sem Deus, nada vale. Seus alicerces se fundariam na areia, e os vendavais e
tempestades derribariam a estrutura.
Quem tem autoridade para iniciar semelhante movimento? Possuímos a Bíblia.
Temos nossa experiência, com o atestado da milagrosa operação do Espírito Santo.
Temos uma verdade que não admite contemporização alguma. Não devemos repudiar
tudo que não esteja em harmonia com esta verdade? (Mensagens Escolhidas, Vol. I,
p. 204, 205)
23
Neste instante começo a listar algumas citações das crises e mudanças desencadeadas em nosso
meio desde então:
Em 1930, respondendo a um pedido da Divisão Africana por “uma declaração
daquilo que os adventistas crêem”, a qual pudesse “ajudar os oficiais do governo e
outros a compreender melhor o nosso trabalho”, a Comissão da Associação Geral
indicou uma subcomissão (M. E. Kern, secretário da Associação geral da AG; F. M.
Wilcox, editor da Review; E. R. Palmer, administrador da Review end Herald; e C. H.
Watson, presidente da AG) para preparar uma declaração de crenças adventistas.
Wilcox, sendo o escritor principal entre o grupo, esboçou uma declaração de 22
pontos, posteriormente publicada no Yerbook (Anuário) adventista de 1931 (Froom,
MOD, pp. 410-414). O segundo ponto falava da “Divindade, ou Trindade”, e o
terceiro afirmava que “Jesus Cristo é verdadeiramente Deus”, ecoando o Credo de
Nicéia. Para que ninguém pensasse que os adventistas do sétimo dia pretendiam
preparar um credo, os autores do documento não buscaram “apoio formal ou oficial”
para o mesmo. Quinze anos mais tarde, quando a declaração havia obtido aceitação
geral, a assembléia da Associação Geral de 1946 tornou-a oficial [...]. Isso marcou o
endosso oficial ao ponto de vista trinitariano pela igreja, embora um “bem
conhecido” antritinitariano prosseguisse “sustentando o ‘velho’ ponto de vista” até a
sua morte em 1968 (Burt, p. 54). (Whideen, Moon e Reeve, A Trindade, p. 227)
Pelo que entendemos por este texto, a doutrina da trindade não era aceita, mas foi se instalando
sorrateiramente até que fosse aceita, sem contestação, quinze anos mais tarde.
Estranho o fato de ter sido feita uma subcomissão para preparar uma declaração de crenças,
quando o texto introdutório dos Princípios Fundamentais Dos Adventistas Do Sétimo Dia, conforme
impresso no Year Book de 1911 diz:
Os adventistas do Sétimo Dia não possuem credo além da Bíblia; porém, sustentam
um certo número de pontos bem definidos de fé, pelos quais estão preparados para
dar “a todo homem que pedir” uma razão de sua fé. As seguintes proposições podem
ser entendidas como um resumo dos principais traços de sua fé religiosa, sobre os
quais existe, na medida do que é conhecido, completa unanimidade por todo o corpo.
(http://br.geocities.com/ pioneiroadventista/yearcompleto.html)
“A todo homem que pedir uma razão” da fé adventista, sendo estes princípios uma
“unanimidade por todo o corpo”, portanto, os adventistas possuíam uma declaração de crenças, e
podemos crer que quando Ellen G. White afirma sobre as colunas que sustentam a nossa fé, “os
princípios fundamentais”, sãos os mesmos Princípios Fundamentais do Year Book de 1911, alterado a
partir de 1930, conforme lemos no livro A Trindade, e confirmado pelo Dr. Knight:
A década de 1930 veria uma constante discussão sobre a Trindade. A denominação
publicou pela primeira vez uma declaração de crenças em seu Yearbook (anuário) de
1931. Ela era explicitamente trinitariana. Embora tecnicamente se tratasse de uma
declaração não oficial, ela mostrou de maneira definitiva os rumos que a liderança da
igreja estava tomando. (Em busca de Identidade, p. 158)
No mesmo livro (p. 117), ao argumentar sobre o assunto no que se refere a posição de Ellen G.
White, o Dr. Knight diz: “[...] ela nunca desenvolveu argumentos principais sobre os temas da
Trindade, da plena igualdade de Cristo com o Pai e da personalidade do Espírito Santo. Seus escritos
apenas supõem que sejam verdades.”
24
Vale ressaltar que o termo trindade também nunca foi usado pela escritora ao falar da
divindade. [...] “É certo que o termo traduzido por Isolina A. Waldvogel como ‘Trindade’ aparece no
original inglês como ‘Godhead’, que significa literalmente ‘Divindade’” (Alberto R. Timm, Parousia,
ano 5, n. 1, 2006, p. 95). No livro A Igreja em Perigo de José Carlos Ramos, encontramos também a
afirmação de que a palavra traduzida por “Trindade” no original é “Divindade”.
Na tradução dos escritos de Ellen G. White ao português, o termo ‘Godhead’
(Divindade) acabou sendo vertido algumas vezes como ‘Trindade’ (O Desejado de
Todas as Nações, pág. 671; Testemunhos Para Ministros, pág. 392; Evangelismo,
pág. 617; Cristo Triunfante, 25 de julho, pág. 213; ibidem, 21 de outubro, pág. 301).
Também a expressão ‘the heavenly trio’ (o trio celestial) foi traduzida como ‘a
trindade celeste’ (Evangelismo, pág. 615). Em espanhol, essas expressões foram
vertidas literalmente como ‘Divindade’ e ‘o trio celestial’. (Alberto R. Timm - revista
do Ancião em out – dez 2005 – http://www.centrowhite.org.br)
No livro A Trindade de Whidden, Moon e Reeve (p. 226), encontramos o seguinte título
“Declínio do Antitrinitarianismo, 1915-1946”, lembrando que Ellen G. White faleceu em 1915 e seu
filho, William (Guilherme) C. White em 1937. Mas os autores mostram que a insatisfação ocorreu de
1888 a 1898, e que houve uma mudança de paradigma de 1898 a 1915. Podemos perceber que a
insatisfação e aparente mudança de paradigma, ocorrem exatamente após a rejeição da mensagem em
Mineápolis e durante a crise e apostasia do Dr. Kellogg.
Analisando os textos expostos sobre esse período, podemos concluir sem muito esforço que
toda essa insatisfação foi o que causou grande preocupação à irmã White, pois percebeu que o livro do
Dr. Kellogg teve grande influência sobre toda a organização, e por isso os princípios fundamentais
adventistas estavam sendo questionados, e ao que percebemos no decorrer da história, foram
completamente abandonados. E esse desenvolvimento para o trinitarianismo é que Ellen G. White
considera o alfa ou quem sabe o ômega da apostasia.
Apesar de os autores de A Trindade defenderem que foram suas declarações (EGW) que
fizeram a igreja mudar a visão sobre o assunto, ao analisar todo o contexto de tais mudanças não
podemos concordar que isto seja verdade, pois como poderia uma igreja que começa a rejeitar e
ofender o espírito de Deus (1888 Mineápolis) seguida por um período de apostasia severa onde os
testemunhos e os princípios fundamentais de sua crença é colocado em descrédito (apostasia do Dr.
Kellog), está em condições de mudar de paradigma? Enquanto a igreja deveria estar se perguntando
onde erramos e como reverter tal situação? Pois rejeitaram a chuva serôdia, que os habilitaria para o
alto-clamor.
Uma questão a ser levantada aqui é, se a igreja estava pronta para dar o sonido certo da
trombeta do alto-clamor, certamente não poderia haver erro doutrinário tão grotesco. E se aquela era a
mensagem do terceiro anjo, é aquela mensagem que dever ser pregada novamente com toda sua força
sem contradição, pois como pode haver o mesmo alto-clamor com mensagens diferentes e opostas?
Em estudos recentes encontramos disponível na Internet, uma carta de William C. White, para
o pastor Elder H. W. Carr, datada de 30 de Abril de 1935, que diz:
Tenho em minhas mãos sua carta de 24 de Janeiro. Por alguns meses, tenho estado
tão pressionado com o trabalho relacionado aos manuscritos que estamos preparando
para imprimir, que minha correspondência teve que esperar.
25
Em sua carta, você me pede para contar o que entendo ser a posição de minha mãe
em relação à personalidade do Espírito Santo.
Isso eu não posso fazer porque eu nunca entendi claramente seus ensinos sobre esse
assunto. Sempre houve em minha mente alguma confusão a respeito do significado
das expressões dela que, para a minha forma de raciocinar, parecem ser um pouco
confusas.
Freqüentemente tenho lamentado não possuir a capacidade mental que poderia
resolver esta e outras perplexidades semelhantes, e então, relembrando o que a irmã
White escreveu nos "Atos dos Apóstolos", págs. 51 e 52 a "respeito dos mistérios
que são muito profundos para a compreensão humana, o silêncio é ouro". Tenho
achado melhor me refrear desta discussão e me esforçar para dirigir minha mente a
assuntos fáceis de serem compreendidos.
Enquanto eu lia a Bíblia, eu encontrei que o Salvador ressurreto soprou nos
discípulos (João 20:22) e disse a eles "Recebei o Espírito Santo". O conceito gerado
através deste texto das Escrituras parece estar em harmonia com a declaração do
"Desejado de Todas as Nações", pag. 669, também Gênesis 1:2; com Lucas 1:4; com
Atos 2:4; 4:12; 8:15; 10:44. Muitos outros textos poderiam ser citados e que parecem
estar em harmonia com esta declaração do "Desejado de Todas as Nações".
As declarações e os argumentos de alguns dos nossos ministros em seu esforço para
provar que o Espírito Santo era um indivíduo como é Deus, o Pai e Cristo, o eterno
Filho, têm me deixado perplexo e algumas vezes eles me têm entristecido. Um
mestre popular disse: "Podemos considerá-Lo (O Espírito Santo) como o
companheiro que está aqui embaixo fazendo as coisas acontecerem."
Minhas perplexidades foram minimizadas quando aprendi, no dicionário, que um
dos significados de "personalidade" era características. Isto está declarado de tal
forma que eu concluí que pode haver personalidade sem uma forma corpórea a qual
o Pai e o Filho possuem.
Há muitos textos das Escrituras que falam do Pai e do Filho e a falta de textos que
fazem referência similar ao trabalho unido do Pai e o Espírito Santo ou Cristo e o
Espírito Santo me tem feito acreditar que o espírito sem individualidade era o
representante do Pai e do Filho através do universo, e vem sendo através do Espírito
Santo que eles habitam em nossos corações e nos fazem um com o Pai e com o
Filho.
Minha resposta para a segunda pergunta "Em algum lugar, os escritos da Irmã White
ensinam que a oração deve ser dirigida unicamente ao Pai, ou que nós não nos
devemos dirigir a Cristo em oração, somente ao Pai", eu penso que não. Eu não
encontrei este ensino nos escritos de Ellen White.
Sua terceira pergunta "Ela, em algum lugar, diz qual é o poder que "armará as tendas
do seu palácio entre o mar grande e o glorioso monte santo". Devo responder da
mesma forma. Acho que não. Não encontramos nenhuma declaração sobre isso nos
escritos da irmã White nem nos lembramos de nenhuma declaração feita
verbalmente em nossa presença. (site http://www.alvorada.us/cartawilliams.htm)
Quanto a ele, temos o seguinte testemunho por parte de sua mãe:
[...] Foi-me mostrado também que meu filho, W. C. White, seria meu ajudante e
conselheiro, e que o Senhor poria sobre ele o espírito de sabedoria e são
discernimento. Foi-me mostrado que o guiaria, e que ele não seria desviado, porque
reconheceria as direções e orientação do Espírito Santo. [...] Porei Meu Espírito sobre
teu filho, e fortalecê-lo-ei para fazer sua obra. Ele possui a graça da humildade. O
Senhor o escolheu para desempenhar parte importante em Sua obra. Para isso nasceu
ele. [...] Esta comunicação foi-me feita em 1882, e desde então tem-me sido
assegurado que lhe era dada a graça da sabedoria. Mais recentemente, em uma
ocasião de perplexidade, o Senhor disse: "Dei-te Meu servo, W. C. White, e dar-lhe-
26
ei discernimento para ser teu auxiliar. Dar-lhe-ei habilidade e entendimento para
dirigir sabiamente." (Mensagens Escolhidas, Vol. 1, p. 54, 55)
Essa certamente é uma das partes importante que William teve na obra de sua mãe, além ter
auxiliado muito sua mãe após a morte de seu pai, e ele não foi desviado da verdade que a igreja
pregava em 1882. Esta carta torna claro que a “mudança” de que fala os autores dos livros citados, não
se deu devido a nenhuma declaração da irmã White, como querem fazer crer, mas de uma má
compreensão das mesmas, e que nesse mesmo período, estes questionamentos, debates e afirmações,
não era algo apreciado por seu filho, deixando-o perplexo e triste. Isto torna evidente que as doutrinas
desencadeadas não foram por causa de verdadeiras compreensões do assim diz o Senhor.
Comparando as atuais afirmações sobre o que levou à mudança de paradigma, com as
alegações do Dr. Kellogg, não resta dúvida, são exatamente as mesmas. Então podemos hoje, usar o
texto da irmã White que diz
As afirmações feitas em Living Temple acerca deste ponto são incorretas. São mal
aplicadas as passagens usadas em apoio da doutrina ali exposta.
Sou compelida a falar negando a pretensão de que os ensinamentos de Living Temple
possam ser apoiados por declarações de meus escritos. Pode haver nesse livro
expressões e opiniões que estejam em harmonia com os meus escritos. E pode haver
em meus escritos muitas afirmações que, tiradas do contexto, e interpretadas de
acordo com o pensamento do autor de Living Temple, dir-se-iam de acordo com os
ensinamentos desse livro. Isso pode dar aparente apoio à afirmação de que as idéias
de Living Temple estejam em harmonia com meus escritos. (Mensagens Escolhidas,
Vol. I, p. 203 – Substituindo o nome do livro Living Temple, por A Trindade, e
outros semelhantes)
O Dr. Knight afirma que J. S. Wasburn se manifestou contra essa doutrina, o mesmo “bem
conhecido antritinitariano” que prosseguiu “sustentando o ‘velho ponto de vista’ até a sua morte em
1968”, mencionado pelos autores do livro a Trindade. Wasburn conforme citado no livro Em Busca
Identidade, argumentava que:
esta doutrina monstruosa transplantada do paganismo para a Igreja de Roma Papal
está procurando introduzir sua presença maléfica nos ensinos da Mensagem do
Terceiro Anjo. Toda a doutrina da Trindade, ..., é completamente estranha não
somente à Bíblia, mas também ao Espírito de Profecia. A revelação não apresenta o
mais leve indício dela. Esta concepção monstruosa e pagã não encontra lugar em todo
o universo livre de nosso bendito Pai Celeste e Seu Filho (JSW MS, “The Trinity”,
no livro Em Busca de Identidade, p. 158)
O que podemos pensar neste instante? As grandes mudanças preditas, o ponto sobre a
personalidade de Deus foi mudado, não era mais apenas um Deus, mas três. Teorias espúrias se
tornaram doutrinas que deveriam ser aceitas sem contestação, uma das provas disto são exatamente os
últimos livros lançados pela atual organização sobre possíveis “dissidentes” antitrinitarianos, e da
forma leviana como são descritos. Tais pessoas quando começam a analisar o assunto de forma a
perguntar para os pastores o que está acontecendo começam a ser atacadas de púlpito por tais pastores
e doutores que deveriam pregar a Bíblia somente, e não contra o estudo da mesma.
27
Outra citação importante, do livro A Trindade, diz:
Da década de 1950 até a publicação de Movement of Destiny em 1971, LeRoy E.
From foi o mais conhecido campeão do trinitarianismo entre os adventistas do sétimo
dia. Seu livro A Vinda do Consolador, lançado em inglês originalmente em 1928, era
sem precedentes entre os adventistas (exceto algumas poucas passagens de Ellen
White) em sua exposição sistemática da personalidade do Espírito Santo e da
natureza trinitariana da Divindade (A Vinda do Consolador, pp. 37-57). O papel de
liderança de Froom na obra Questions on Doctrine, de 1957, foi amplamente
documentado (Unruh, Moon). O livro provocou uma tempestade de controvérsias em
virtude de certas declarações sobre cristologia e a expiação. [...] Apesar de
“momentos de favoritismo”, e de problemas de distorção histórica que “diminuem o
livro como fonte histórica fidedigna” (Maxwell), o texto documenta amplamente o
progresso da teologia adventista rumo a um consenso bíblico trinitariano. (p. 227 e
228)
LeRoy E. From desde antes de 1928 pelo que se percebe, mostrou-se descontente com as
declarações dos pioneiros adventistas do sétimo dia quanto a Divindade, pois, escreveu um livro “sem
precedentes”, sendo o “campeão do trinitarianismo”. Líder de um documento que “provocou uma
tempestade de controvérsias”. E mais tarde escreveu um livro que possui “distorções históricas que
diminuem o livro como fonte histórica fidedigna”. Froom não parece ser digno de tanta confiança e
nem tanta admiração por parte dos adventistas. Como pode alguém motivado pelo espírito de Deus
publicar obras com problemas de distorções históricas e causar tão grandes controvérsias doutrinárias
divergentes dentro de uma igreja que já possuía seus pontos bem fundamentados na Bíblia?
No livro Questões sobre Doutrina, são apresentadas algumas reuniões iniciadas em março de
1955 “entre Leroy E. Froom (líder da Associação Ministerial da Associação Geral de 1941 a 1950) e
W. E. Read (um secretário de campo da Associação Geral) do lado adventista e Martin e George R.
Cannon (um professor de teologia do Colégio Missionário de Nyack, em Nova York). Posteriormente,
Roy A. Anderson (que servia então como diretor da Associação Ministerial da Associação Geral) e
Barnhouse” (p. 11, 12) envolvidos nos diálogos.
Neste livro, diz que as principais preocupações de Martin são: “(1) que a expiação de Cristo
não foi completada na cruz; (2) que a salvação é resultado da graça em junção com as obras da lei; (3)
que o Senhor Jesus Cristo era um ser criado, não existente por toda a eternidade; (4) e que, na
encarnação, Ele participou da natureza humana caída e pecaminosa.”(p. 12)
Como resultado, os líderes adventistas se esforçaram tenazmente para explicar suas
crenças sobre esses quatro pontos. Não tiveram muito problema para demonstrar que
os adventistas crêem na salvação apenas pela graça e que a denominação chegou a
crer tanto na Trindade quanto no fato de que Cristo fora um com Deus desde o
começo da eternidade. Por outro lado, tiveram que tirar alguns livros de circulação,
os quais reivindicavam que “a guarda do sábado era uma base para a salvação”.
Igualmente como as notas históricas no texto demonstram, eles não compreendiam
plenamente a extensão do semi-arianismo (isto é, que Cristo não era plenamente
Deus desde a eternidade) e do antitrinitarianismo nos primórdios do adventismo.
Os outros dois assuntos provaram ser mais problemáticos para os líderes adventistas.
Uma expiação completa na cruz foi mais problemática porque os adventistas tendiam
a referir-se à expiação em termos de Dia Antitípico da Expiação, que acreditavam ter
começado em 1844. ...
28
O assunto mais problemático com o qual os adventistas tiveram que lidar foi a
natureza humana de Cristo. Esse tópico foi problemático porque os evangélicos
calvinistas com os quais estavam tratando criam que, se Cristo teve uma natureza
pecaminosa, então necessariamente tinha de ser um pecador. E, se era um pecador,
não poderia ser um salvador.
...
Não vendo solução para o problema, parece que Froom e seus associados foram
pouco transparentes quanto à posição da denominação sobre o tópico desde meados
de 1890. [...] No apêndice das citações de Ellen White, os autores do livro
acrescentaram um título afirmando que Cristo “Assumiu a Natureza Humana Sem
Pecado”. Esse título é problemático, pois implica que essa era a idéia de Ellen White,
quando de fato ela foi bem enfática em declarar repetidamente que Cristo tomou a
“nossa natureza pecaminosa” e que “tomou sobre Si a natureza humana caída e
sofredora, degradada e contaminada pelo pecado” (p. 12, 13)
Ao que parece, alguns pontos de vista foram alterados; o antitrinitarianismo foi considerado
como um lapso dos pioneiros, ou seja “os princípios fundamentais que” sustentaram “a obra” naqueles
ditos “últimos cinqüenta anos”, foram “tidos na conta de erros”, estabelecendo-se “uma nova
organização.”. O fato de tirar alguns livros de circulação, mostra o cumprimento de que “escrever-seiam livros de ordem diferente”. (Mensagens Escolhidas, Vol. I, p. 204)
Quanto a Froom vale ressaltar o que o Dr. George R. Knight em sua obra já mencionada,
quando fala de uma obra de Donald Grey Barnhouse, na revista Eternity, intitulado “São os adventistas
cristãos?”, diz:
Nesse artigo, com a manifesta aprovação de L. E. Froom e R. A Anderson (líderes da
Associação Ministerial da Associação Geral), Barnhouse rebaixou publicamente M.
L. Andreasen (notável teólogo adventista nas décadas de 1930 e 1940) e sua teologia
à condição de “facção lunática” do adventismo e deu a entender que Andreasen e
seus tipos eram “semelhantes” aos “desvairados irresponsáveis em todos os
segmentos do cristianismo fundamentalista.” (Em Busca de Identidade, p. 170)
Isso causou tão grande desconforto e crise entre os adventistas do sétimo dia. Esse não é o
espírito de Cristo manifestado, pois, não procede de Deus tal atitude, nem tal arrogância, pois além de
distorcer a história do adventismo do sétimo dia, provocou discórdias e turbulências terríveis. Mas isso
provavelmente se deu por causa do desvio da verdade que a igreja já tinha tomado. Pois, Deus, envia
“a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a
verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade.” (II Tessalonicenses 2:11 e 12). “Deus despertará Seu
povo; se outros meios falharem, introduzir-se-ão entre eles heresias, as quais os hão de peneirar,
separando a palha do trigo.” (Testemunhos Seletos, vol II, p. 312).
George R. Knight diz mais:
Parece que Froom, Anderson e seus colegas não foram totalmente francos quando
deram a Martin e Barnhouse a opinião de que “a esmagadora maioria nunca defendeu
esses pontos de vista divergentes”. Ou conforme disse Barnhouse a respeito da
informação que os líderes adventistas haviam fornecido sobre a natureza humana de
Cristo: “A maior parte da denominação sempre defendeu [a natureza humana]
impecável, santa e perfeita, apesar de determinados escritores seus terem
ocasionalmente publicado pontos de vista contrários, completamente repudiados pela
igreja em geral”. É nesse contexto que Froom e seus colegas falam de “facção
lunática” e de “irresponsáveis” dentro do adventismo. A pesquisa histórica, contudo,
29
mostra que exatamente o oposto é que era a verdade a respeito da questão da natureza
humana de Cristo e até mesmo a respeito de crenças como a expiação completa e a
existência eterna de Cristo. (p. 171)
Froom e seus colegas, se não foram “totalmente francos”, podemos dizer que mentiram.
Falaram em nome da igreja quando na verdade não era essa a verdadeira posição defendida, mesmo
sobre a “existência eterna de Cristo”. Apesar de que quanto ao assunto sobre a Trindade, não houve
grandes “distúrbios” entre os adventistas, “porque talvez M. L. Andreasen, como principal crítico em
outras áreas, era um convicto trinitariano.” (A Trindade, p. 228).
Porém em reação ao livro Questions on Doctrine e à enxurrada de artigos publicados
de 1956 até princípios da década de 1960 na Ministry, apoiando alguns dos conceitos
da “nova” teologia apresentada no livro, Andreasen escreveu suas Letters to the
Churches (Cartas às igrejas). Da perspectiva de Andreasen, Questions on Doctrine
representava uma desleadade da liderança adventista para com os evangélicos e uma
traição do adventismo histórico. (Em Busca de Idenditade, p. 173)
Outro texto importante, é o que diz Knight (p. 174 e 175):
Os líderes adventistas tiveram oportunidade de ler antecipadamente o artigo de
Barnhouse, publicado na edição de setembro de 1956 da Eternity, no qual ele
afirmava que somente uns poucos adventistas da “facção lunática” havia previamente
defendido a crença na natureza humana pecaminosa de Cristo. Além disso, os
escritores de Questions on Doctrine foram parciais ao apresentar no apêndice do livro
evidências de Ellen White sobre o assunto. O caso em questão é que os títulos que
introduzem as citações de Ellen White nem sempre representam fielmente o material
proveniente de sua pena. Na página 650, por exemplo, lemos que Cristo “assumiu a
natureza humana impecável”. Ellen White não somente não disse isso, mas afirmou
exatamente o contrário: que Cristo “tomou sobre si nossa natureza pecaminosa” (RH,
15 dezembro de 1896, p. 789)
LeRoy E. Froom, juntamente com os demais líderes, tiveram a oportunidade de “ler
antecipadamente” o artigo que seria publicado, e mantiveram àquela posição contrária aos verdadeiros
ensinos e palavras tão grosseiras que certamente sabiam que causariam tamanho distúrbio dentro da
organização, alteraram citações de Ellen White, que serviriam de apêndices no livro Questions on
Doctrine, mostrando-se totalmente indignos da confiança dos adventistas do sétimo dia.
Finalmente mudaram o ponto sobre a personalidade de Cristo, sobre a expiação, e
conseqüentemente a doutrina do santuário. São afirmações e questões graves aqui levantadas, para
fazer qualquer um pensar muito bem sobre os líderes que temos nos fiado. Estes líderes apoiaram o
erro, certamente, estes não são enviados do Senhor.
Em 1947, de acordo ainda com George R. Knight (p. 184), outro incidente ocorreu,
concernente agora sobre questões levantadas quanto à Assembléia Geral de Mineápolis em 1888. Onde
L. H. Christian, um dos vice-presidentes da Associação Geral, em defesa do adventismo moderno,
escreveu:
Alguns perturbadores dos irmãos, denominando-se reformadores, têm tentado
demonstrar que a assembléia [da Associação Geral de 1888] foi uma derrota; a
verdade é que ela se destaca como uma vitória gloriosa. ...Em nenhum outro encontro
em toda a nossa história, comunicou o Senhor de maneira tão assinalada essa luz e
vitória a Seu povo. (Fruitage of Spiritual Gifts, p. 219)
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Que mais tarde em 1950 foi refutada por dois jovens missionários na África, Robert J. Wieland
e Donald K. Short, com o manuscrito 1888 Re-Examinado, obra já mencionada no primeiro tópico
deste material, da qual Knigth (p. 184) cita: “O adventismo do sétimo dia não havia feito progresso
coerente com o seu destino profético. O mundo ainda não foi realmente abalado pela tríplice
mensagem de Apocalipse 14”.
O autor ainda afirma que:
Os autores não publicaram o original do livro, mas o distribuíram a oficiais
escolhidos da Associação Geral na forma mimeografada. A liderança reuniu-se com
os jovens missionários, procurou mostrar que suas conclusões não eram válidas,
conjurou-os a manter silêncio sobre o assunto e os enviou de volta para a África. Seu
manuscrito, contudo, recusou-se a permanecer em silêncio. Publicado sem o
consentimento dos seus autores, o livro começou a impressionar certos adventistas
com seus argumentos. No fim da década de 1950, um exemplar caiu nas mãos de A.
L. Hudson, gráfico independente da cidade de Baker, no Oregon [...], começou a
fazer campanha para que as idéias no livro fossem aceitas. (p. 185)
Então, na obra acima citada, o autor menciona que, LeRoy E. Froon, na obra Movement of
Destiny (1971, p. 357, 358 e 364), “apelava para que os ‘carpidores’, que viviam lamentando o
fracasso denominacional, fizessem uma ‘confissão explícita’ e aceitassem a justificação pela fé, foi
ainda mais explosivo.” (p. 186)
Ou seja, novamente outra crise de grande proporção na organização causada por declarações
funestas de alguém, que muitos julgam possuir o espírito de Deus e estar apto a falar sobre a
Divindade – A vinda do Consolador. Isto, fez com que, de acordo com Knight (p. 186):
Wieland e Short quebrassem seu voto de silêncio de 22 anos sobre o assunto. A tática
de enfrentamento adotada por Froon instigou-os a escrever Na Explicit Confession ...
Due the Church (1972). Eles afirmaram que estavam corretos, que a denominação
estava errada e renovaram o apelo por um ‘arrependimento corporativo’ e
‘denominacional’ (pp. 1, 19, 38-46)
Os autores do livro 1888 Re-Examinado na página 16 de seu livro, citam as palavras de L. E.
Froom, que diz:
A acusação . . . de que o ensino de Justificação Pela Fé foi rejeitado em 1888 pela
denominação, ou pelo menos por sua liderança, é . . . refutada pelos participantes
pessoais da Assembléia, e é um pressuposto não comprovado e infundado. Isto
simplesmente não é historicamente verdadeiro. . . . "Alguns" irmãos de liderança
postaram-se no caminho da luz e bênção. Mas os . . . líderes como um grupo, nunca
rejeitaram a doutrina bíblica da Justificação pela Fé." (L. E. Froom, Movement of
Destiny [Movimento predestinado], p. 266; 1971).
Em contraposição a esta declaração, citam A. G. Daniells, que presente na reunião de
Mineápolis em 1888, escreveu:
Esta mensagem de justificação em Cristo... defrontou oposição de parte de homens
zelosos e bem-intencionados na causa de Deus! A mensagem [de 1888] nunca foi
recebida, nem proclamada, nem teve livre curso como deveria ter tido a fim de
transmitir à igreja as imensuráveis bênçãos que estavam nela inseridas... A divisão e
conflito que despertou entre os líderes devido à oposição à mensagem da justiça em
31
Cristo, produziu uma reação muito desfavorável. Os membros em geral estavam
confusos e não sabiam o que fazer . . .
Por detrás da oposição revela-se a insidiosa artimanha daquela mente mestra do
maligno. . . Quão terrível devem ser os resultados de qualquer vitória dele em
derrotá-la! (A. G. Daniells, Christ Our Righteousness [Cristo Justiça Nossa], pp. 47,
50, 53, 54; 1926 citado em 1888 Reexaminado, p. 17, 18)
Citam ainda uma carta de Jones a Holmes, que se encontra-se na página 18, que diz:
Não posso agora lembrar-me do nome de ninguém que aceitou a mensagem na
assembléia de 1888 abertamente [obviamente além de Ellen White]. Mas mais tarde
muitos disseram que foram grandemente ajudados por ela. Um homem de Battle
Creek disse naquela reunião após uma das reuniões do Dr. Waggoner: ' Agora
podemos dizer amém a tudo isto, se isto é tudo o que houve. Mas lá à distância há
ainda algo por vir. E isso deve nos conduzir àquilo. . . E se dissermos amém a isso,
teremos que dizer amém àquilo, e então somos apanhados". . . Não havia tal coisa, e
assim eles privaram seus corações daquilo que lhes havia dito ser a verdade; e por
combaterem o que somente imaginavam, prenderam-se à oposição ao que sabiam que
deveriam ter dito amém. (Carta a C. E. Holmes, 12 de maio de 1921).
Muitas citações sobre o assunto foram feitas no item sobre Mineápolis aqui já mencionado.
Froom e seus companheiros usaram de artifícios e enganos, articularam palavras de lisonjas para que o
povo de Deus não se arrependesse e se desviasse de seu verdadeiro caminho. E mais, auxiliou nas
grandes mudanças que ocorreram após a morte dos pioneiros e Ellen G. White. Short e Wieland
afirmam categoricamente que a grande apostasia da igreja hoje é fruto da não aceitação da mensagem
de 1888. Analisando tudo a fundo, não podemos negar isso, pois se tivéssemos aceito esta mensagem
na íntegra, já teriam se cumprido as profecias de Ellen G. White: “Vi também que se tivéssemos aceito
a mensagem deles teríamos estado no reino após dois anos daquela data, mas agora temos de retornar
ao deserto e ficar 40 anos." E.G.White, Escrito de Melbourne, Austrália, 09.05.1892” (1888 ReExaminado, p. 6).
Será que se tivéssemos aceito verdadeiramente a mensagem de justificação pela fé, como
afirmaram os contemporâneos de Froom, já não estaríamos na nova terra? Pois já passaram mais de 50
anos e ainda estamos peregrinando no mesmo deserto.
Que é isto que vemos? Grandes mudanças, novo molde, uma astuta cilada de Satanás, pois:
Satanás se esforça constantemente por atrair a atenção para o homem, em lugar de
Deus. Induz o povo a olhar para os bispos, pastores, professores de teologia, como
seus guias, em vez de examinarem as Escrituras a fim de, por si mesmos, aprenderem
seu dever. Então, dominando o espírito desses dirigentes, pode influenciar as
multidões a seu bel-prazer. (O Grande Conflito, p. 601)
Do fundamentalismo para o modernismo, de pontos inquestionáveis, baseados na plataforma
eterna da verdade para ponto de teorias, doutrinas de homens, fundamentados em solo movediço. Hoje
“Na melhor das hipóteses, 1844” pode “ser explicado somente como fato da história, uma estação
intermediária na estrada do adventismo em direção à maturidade.” (Walton, Capítulo: Recebemos as
tristes novas). Exatamente o pensamento que dá a entender o livro Em Busca de Identidade.
32
4. O ÔMEGA DA APOSTASIA
Hoje nos vivemos no tempo que qualquer um pode denominar como o ômega da apostasia.
Nosso quadro atual mostra que perdemos completamente o senso do certo e do errado, e pior nem
conhecemos nossa história, nem sabemos quem somos e o motivo da existência desta denominação. Os
princípios fundamentais que regeram esta igreja enquanto estava em grande luz, foram abandonados. E
paulatinamente os adventistas do sétimo dia estão sendo doutrinados a cada dia da semana através do
que hoje se chama “alimento espiritual diário”, para ser mais exata “lições da escola sabatina”, a
rejeitar e abominar a mensagem adventista. E podemos afirmar que nossa identidade não é a mesma de
nossos prósperos pioneiros.
Ellen White disse:
Não vos enganeis; muitos se afastarão da fé, dando ouvidos a espíritos sedutores e
doutrinas de demônios. Temos agora perante nós o alfa desse perigo. O ômega será
de natureza mais assustadora.
Necessitamos estudar as palavras que Cristo proferiu na oração que fez
imediatamente antes de Seu julgamento e crucifixão. "Jesus falou assim, e,
levantando Seus olhos ao Céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a Teu Filho,
para que também o Teu Filho Te glorifique a Ti; assim como Lhe deste poder sobre
toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos Lhe deste. E a vida eterna é
esta: que Te conheçam, a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem
enviaste. Eu glorifiquei-Te na Terra, tendo consumado a obra que Me deste a fazer. E
agora glorifica-Me Tu, ó Pai, junto de Ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo
antes que o mundo existisse. Manifestei o Teu nome aos homens que do mundo Me
deste; eram Teus, e Tu Mos deste, e guardaram a Tua palavra." João 17:1-6.
(Mensagens Escolhidas, Vol. I, p. 197, 198)
Quem se importou com tais alertas? Quem somos nós para rejeitarmos tais palavras? Não
conhecemos mais a vida eterna que é “esta: que Te conheçam, a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a
Jesus Cristo, a quem enviaste.” (João 17:3) e sim uma unidade de três deuses co-eternos. E por essa
negligência, somos hoje, milhões de adventistas do sétimo dia, perdidos nas fileiras da “igreja
verdadeira” que fatalmente adotou a mentira em total detrimento da verdade, e por descuido, aceitamos
com toda a força de nosso ser tais inverdades por amar mais a igreja do que à Deus. “A doutrina de que
Deus confiara à igreja o direito de reger a consciência e de definir e punir a heresia, é um dos erros
papais mais profundamente arraigados.” (O Grande Conflito, p. 291).
Por que temos dito sem pestanejar que através das lições da escola sabatina estamos sendo
doutrinados a odiar os adventistas do sétimo dia? Porque há muito temos citações estranhas, de autores
ateus mesmo homossexuais, ou espíritas ou mesmo católicos romanos, em nossas lições, assim como
textos tanto da Bíblia como dos Testemunhos totalmente fora de contexto.
Percebe-se que nem os Testemunhos e nem a Bíblia são tidos como importantes fontes
confiáveis de pesquisa sobre assuntos eternos, tanto que a maioria dos adventistas nem sequer
conhecem a principal doutrina que deveria estar sendo pregada e vivida por eles: a doutrina do
santuário – a mensagem dos três anjos; a verdadeira forma de guardar o sábado; a família; e todas as
outras que a ela estão ligadas, inclusive a reforma de saúde, que hoje é tida como motivo de zombaria
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APOSTASIA NA IASD DESDE 1888

  • 1. APOSTASIA ALFA E ÔMEGA DA IASD Permanecer em defesa da verdade e justiça quando a maioria nos abandona, ferir as batalhas do Senhor quando são poucos os campeões - essa será nossa prova. Naquele tempo devemos tirar calor da frieza dos outros, coragem de sua covardia, e lealdade de sua traição. (Testemunhos Seletos, Vol II, p. 31) Jocelino Arruda da Rosa Juceli Rosa Fattori Campo Grande, MS – 2009
  • 2.
  • 3. Nas igrejas [adventistas do sétimo dia] deverá haver admirável manifestação do poder de Deus, mas ela não influirá sobre os que não se têm humilhado diante do Senhor, abrindo a porta do coração pela confissão e arrependimento. Na manifestação desse poder que ilumina a Terra com a glória de Deus, eles só verão alguma coisa que, em sua cegueira, consideram perigosa, alguma coisa que despertará os seus receios, e se disporão a resistir-lhe. Visto que o Senhor não age de acordo com suas idéias e expectativas, eles combaterão a obra. "Por que - dizem eles - não reconheceríamos o Espírito de Deus, se temos estado na obra por tantos anos?" Review and Herald Extra, 27 de maio de 1890. A mensagem do terceiro anjo não será compreendida, e a luz que iluminará a Terra com sua glória será chamada de falsa luz pelos que recusam andar em sua glória progressiva. Review and Herald, 27 de maio de 1890. (Eventos Finais, p. 210)
  • 4.
  • 5. SUMÁRIO APOSTASIA ALFA E ÔMEGA DA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA ...............................7 1. MINEÁPOLIS 1888 .............................................................................................................................7 2. A CRISE KELLOGG..........................................................................................................................11 3. UMA NOVA ORDEM .......................................................................................................................21 4. O ÔMEGA DA APOSTASIA ............................................................................................................32 5. A GRANDE APOSTASIA NA IGREJA PRIMITIVA APOSTÓLICA ............................................69 6. A PRIMITIVA IGREJA ADVENTISTA ...........................................................................................74 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................................84
  • 6.
  • 7. 7 APOSTASIA ALFA E ÔMEGA DA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA 1. MINEÁPOLIS 1888 Em O Grande Conflito temos o seguinte alerta: O tentador freqüentemente opera com muito êxito por meio daqueles de quem menos se suspeita estarem sob o seu domínio. Os possuidores de talento e educação são admirados e honrados, como se estas qualidades pudessem suprir a ausência do temor de Deus, ou torná-los dignos de Seu favor. O talento e a cultura, considerados em si mesmos, são dons de Deus; mas, quando se faz com que eles preencham o lugar da piedade, e quando, em vez de levar a alma mais para perto de Deus, a afastam dEle, tornam-se então em maldição e laço. Prevalece entre muitos a opinião de que tudo que se mostra como cortesia ou polidez, deve, em certo sentido, pertencer a Cristo. Nunca houve erro maior. (p. 513) Analisando a nossa história, foi exatamente isso que aconteceu, as mentes mais brilhantes, os mais talentosos de nossa instituição se tornaram nossos maiores enganadores, e por muitos crerem neles cegamente, grandes erros foram cometidos. No livro 1888 Reexaminado de Short e Wieland, (1987, p. 77) lemos as seguintes palavras sobre o alfa e o ômega da apostasia na IASD: O alfa é representado como se segue em seus escritos; o ômega deve necessariamente ser da mesma natureza: "A apostasia, princípios errôneos, idéias brilhantes e luminosas, teorias e sofismas que solapam os princípios fundamentais da fé, perversão da verdade, interpretações fantasiosas e espiritualísticas das Escrituras, o engano da injustiça, sementes de discórdia, de descrença, de infidelidade . . . semeiam falácias insidiosas, sentimentos do inimigo, falsidades e fábulas agradáveis, infidelidade e ceticismo, uma multidão de enganos, um jugo de feitura humana, fábulas ardilosamente arquitetadas, uma mentira." (essas são expressões ao pé da letra tiradas de Special Testimonies [Testemunhos especiais], Série B, n 2 e 7, concernentes ao alfa). O grande conflito entre Cristo e Satanás ainda prossegue. Temos agora chegado ao "futuro" que é aqui referido: "No futuro, a verdade será contrafeita por preceitos de homens. Teorias enganosas serão apresentadas. A falsa ciência é uma das agências que Satanás empregou nas cortes celestiais. . . ."Não apresenteis teorias ou testes que não tenham fundamento na Bíblia. . . . "Está escrito" é o teste que deve ser apresentado a todos." (RH 21 de janeiro de 1904; Ev. 600, 601). Estes textos dão-nos uma noção do que possa estar acontecendo hoje na atual organização Adventista do Sétimo Dia. No livro 1888 Re-Examinado encontramos alguns pontos bastante complicados sobre a aceitação da mensagem de justificação pela fé, na Conferência Geral de Mineápolis. O pecado cometido no que teve lugar em Mineápolis permanece nos livros de registro do céu, assinalados contra os nomes daqueles que resistiram à luz, e permanecerá nos registros até que se faça plena confissão, e os transgressores se apresentem em total humildade perante Deus. (Carta de Ellen White ao presidente da Associação Geral, O. A. Olsem 019, 01.09.1892, Citado em 1888 Re-Examinado, p. 5).
  • 8. 8 Nunca me esquecerei da experiência que tivemos em Mineápolis, ou das coisas que foram-me então reveladas com respeito ao espírito que controlava homens, as palavras proferidas, as ações praticadas em obediência aos poderes do maligno... Eles eram movidos na reunião por outro espírito, e ignoravam que Deus havia enviado esses jovens homens... para apresentarem-lhes uma mensagem especial que trataram com ridicularia e desprezo, deixando de reconhecer que inteligências celestiais estavam velando por elas... Eu sei que naquele tempo o Espírito de Deus foi insultado. (Ct. 24, 1892, obra citada, p. 12). Neste livro lemos ainda: Em 1888 na Conferência Geral realizada em Minneapolis, Minnesota, o anjo de Apocalipse 18 desceu para fazer sua obra, e foi ridicularizado, criticado e rejeitado, e quando a mensagem que ele trouxer novamente, alargar-se num alto clamor, será novamente ridicularizada, criticada e rejeitada pela maioria. (E.G.White in Taking Up a Reproach. Obra citada, p. 6) Acrescentando: Vi que Jones e Waggoner tiveram sua contrapartida em Josué e Calebe. Como os filhos de Israel apedrejaram os espias com pedras literais, vós apedrejastes esses irmãos com pedras de sarcasmo e ridículo. Vi que vós voluntariamente rejeitastes o que sabíeis ser a verdade. Apenas porque ela era por demais humilhante para a vossa dignidade. Vi alguns de vós em vossas tendas arremedando e fazendo toda a sorte de galhofas desses dois irmãos. Vi também que se tivéssemos aceito a mensagem deles teríamos estado no reino após dois anos daquela data, mas agora temos de retornar ao deserto e ficar 40 anos. (E.G.White, Escrito de Melbourne, Austrália, 09.05.1892. Obra citada, p. 6) Mas era uma nova luz? Ellen G. White mesmo responde: Tem-me sido dirigida a indagação sobre o que eu penso dessa luz que esses homens estão apresentando. Ora, tenho-a apresentado a vós pelos últimos quarenta e cinco anos -- as incomparáveis belezas de Cristo. É isto que tenho estado tentando apresentar perante vossas mentes. Quando o irmão Waggoner apresentou essas idéias em Mineápolis, foi o primeiro ensino claro sobre esse assunto de quaisquer lábios humanos que ouvi, exceto as conversas entre mim e meu esposo. Disse a mim mesma que é porque Deus tem-na apresentado a mim em visão que eu a vejo tão distintamente, e eles não podem vê-la porque não a tiveram apresentada a eles como a mim tem sido, e quando outro a apresentou, toda fibra de meu coração disse amém. (Ms. 5, 1889, obra citada, p. 11). Não era nova luz, eram antigas verdades sob nova roupagem. Rejeitamos a luz em 1888, e então o inimigo aproveitou a oportunidade para começar a introduzir falsas teorias como ensino da Bíblia. Os autores do livro (p. 71) citam ainda: Jones e Waggoner ouvem a voz do Senhor e as pessoas reconhecem em suas interpretações da palavra de Deus coisas maravilhosas dos oráculos vivos e seus corações ardem por dentro deles enquanto ouvem; eles têm alimentado o povo com pão do céu; o Senhor tem os homens mesmos que desejava; eles têm levado avante a obra com fidelidade, e têm sido porta-vozes de Deus; eles conhecem a voz do conselho e a obedecem; eles têm extraído água do poço de Belém; esses agentes escolhidos de Deus se teriam regozijado em unir-se a Smith e outros, inclusive
  • 9. 9 Butler; se união tivesse existido, erros não teriam sido cometidos. (E. G. W. Carta H27, 1894). Erros? Que erros são estes? Já que se diz que a igreja não comete erros, como a santa amada igreja diz, porque Deus está no comando. Mas o povo Judeu cometeu erros apesar de Deus desejar estar no comando da nação, pois este povo sempre virou-lhe as costas; a igreja primitiva, após a morte dos apóstolos também cometeu erros em tão larga escala de deu origem ao homem do pecado, e isto não tem sido diferente conosco. Ainda quanto a rejeição da mensagem de 1888 lemos: Tão determinada estava a oposição pós-1888 a Ellen White que a Associação Geral virtualmente a exilou na Austrália. Conquanto seja verdade que o Senhor reverteu sua estada lá para o bem de Sua causa naquele continente, nunca foi Sua vontade que ela fosse naquela época. Ela declara que o Senhor desejava que o inspirado trio ficasse junto na América e combatesse a batalha até a vitória. Seus próprios escritos indicam que os irmãos dirigentes desejavam que tanto Ellen White como Waggoner ficassem fora do caminho. É bem sabido que a Sra. White foi somente porque a Associação Geral designou que fosse (um exemplo elogiável de cooperação com a liderança da Igreja!). Em 1896 ela escreveu com muita franqueza ao presidente da Associação Geral: "O Senhor não estava dirigindo nossa saída da América. Ele não revelou que era Sua vontade que eu deixasse Battle Creek. O Senhor não planejou isso, mas permitiu que agissem segundo vossa própria imaginação. O Senhor desejava que W. C. White, sua mãe e seus obreiros permanecessem na América. Nós éramos necessários no centro da Obra, e tivesse vossa percepção espiritual discernido a verdadeira situação, nunca teríeis consentido com as medidas tomadas. Mas o Senhor lê os corações de todos. Havia tanta disposição para que partíssemos que o Senhor permitiu que esse evento tivesse lugar. Aqueles que estavam cansados com os testemunhos dados foram deixados sem as pessoas que os transmitiam. Nossa separação de Battle Creek foi para deixar os homens cumprirem sua própria vontade e maneira, que julgavam superior à maneira do Senhor. "O resultado está perante vós. Tivessem permanecido do lado certo, tal decisão não teria sido tomada neste tempo. O Senhor teria trabalhado pela Austrália por outros meios, e uma forte influência teria sido mantida em Battle Creek, o grande coração da Obra. "Lá teríamos permanecido ombro a ombro, criando uma atmosfera saudável a ser sentida em todas as nossas associações. Não foi o Senhor quem planejou essa questão. Não pude obter um raio de luz quanto a deixar a América. Mas quando o Senhor apresentou-me essa questão tal como realmente era, não abri os lábios para ninguém porque eu sabia que ninguém discerniria a questão em todas as suas implicações. Quando partimos, alívio foi sentido por muitos, mas não tanto por ti mesmo, e o Senhor não Se agradou disso, pois Ele havia nos colocado junto às rodas do maquinismo de Battle Creek. "Esta é a razão de te estar escrevendo. O Pastor Olsen não teve a percepção, a coragem, a força, para levar as responsabilidades; nem houve qualquer outro homem preparado para cumprir a obra que o Senhor Se tinha proposto que deveríamos fazer. Eu te escrevo, Pastor Olsen, dizendo-te que era desejo de Deus que permanecêssemos lado a lado, para que eu te aconselhasse, te instruísse, e para que agíssemos em conformidade. . . Não estavas discernindo; não estiveste disposto a ter a forte experiência e conhecimento que não deriva de fonte humana removida de ti, e assim revelaste que os caminhos do Senhor foram mal calculados e passados por alto. . . Este conselho não foi considerado uma necessidade.
  • 10. 10 "Que o pessoal de Battle Creek sentisse que poderia deixar-nos partir na época em que o fizemos foi o resultado de planejamento humano, e não do Senhor. . . O Senhor determinou que devêssemos estar próximos das casas publicadoras, que devêssemos ter fácil acesso a essas instituições para que pudéssemos juntos nos aconselhar. . . Oh, quão terrível é tratar o Senhor com dissimulação e negligência, zombar de Seu conselho com orgulho devido à sabedoria do homem parecer tão superior." (Carta a O. A. Olsen, 127, 1896). (1888 Reexaminado, p. 42) O inspirado trio a que se referem os autores são Waggoner, Jones e a Srª White. Quanto ao Dr. Kellogg, os mesmos autores apresentam em seu livro (p. 69): Uma carta ao Pastor Butler, presidente da Associação Geral em 1888, indica que a apostasia derradeira de Kellogg foi "em larga extensão" nossa responsabilidade. Seguramente, não era da vontade de Deus: "Às vezes será visto que nossos irmãos e irmãs não têm sido inspirados pelo Espírito de Cristo em sua maneira de tratar o Dr. Kellogg. Sei que vossas opiniões sobre o doutor não são corretas. Vossa atitude para com ele não obterão a aprovação de Deus. ...Podeis seguir um rumo que enfraquecerá tanto a sua confiança em seus irmãos que eles não poderão ajudá-lo quando e onde precisa ser ajudado. ..."O Dr. Kellogg tem realizado um trabalho que nenhum homem que conheço entre nós tem tido qualificações para cumprir. Ele tem necessitado de simpatia e confiança de seus irmãos. ...Eles deveriam manter uma atitude que teria ganho e retido sua confiança. ...Mas, em vez disso, tem havido um espírito de suspeita e crítica. "Se o doutor falhar em cumprir o seu dever e ser um supervisor afinal, aqueles irmãos que têm falhado em sua busca de sabedoria e discernimento para ajudar o homem quando e onde ele carecia de seu auxílio, serão em grande extensão responsáveis. ...Seus irmãos às vezes sentem que Deus está empregando o doutor para realizar uma obra que nenhum outro é qualificado a cumprir. Mas então eles enfrentam tão forte fluxo de relatórios em seu detrimento que ficam perplexos. Parcialmente os aceitam, e decidem que o Dr. Kellogg deve realmente ser hipócrita e desonesto. ...Como deve o doutor sentir-se ao ser sempre visto com suspeita? ...Deve isso sempre ser assim? ...Cristo pagou o preço da redenção por sua alma e o diabo fará o máximo para arruiná-la. Que nenhum de nós o ajude nesse mister." (Carta B21, 1888). "Aqueles que estão bem no centro da obra abrigaram os seus próprios desejos de modo a desonrarem a Deus. ...O Dr. Kellogg não foi sustido na obra da reforma de saúde. ...[Ele] assumiu o trabalho que não realizaram. O espírito de crítica revelado nessa obra desde o começo tem sido muito injusto, e havia tornado o seu trabalho duro. ...É um fato que nossos ministros são muito vagarosos em tornar-se reformadores de saúde. ...Isso levou o Dr. Kellogg a perder a confiança neles." (Ms. 13, 1901, Diário, janeiro de 1898). Entendemos que até 1888 a igreja passava por um período frutífero, que estava pronta em conhecimento para levar avante a mensagem do terceiro anjo. O Dr. Kellogg de acordo com os autores, recebeu a mensagem de justificação pela fé com sinceridade. Mas algo deu errado, rejeitados os mensageiros e com a intensa perseguição que se abateu sobre eles, então exatamente o homem que chegou a ser chamado de o médico de Deus, acabou por ser um grande instrumento nas mãos de Satanás.
  • 11. 11 2. A CRISE KELLOGG Quanto a apostasia deste grande líder encontramos no livro de Walton algumas revelações, onde diz: Por vários anos Kellogg estivera fazendo algumas declarações um tanto estranhas sobre a natureza de Deus. "Deus está em mim", havia dito recentemente numa reunião da Conferência Geral, " e tudo o que faço é o poder de Deus; cada ato isolado é um ato criativo de Deus". (GC Boulletin, 2d quarter, 1901, pág. 497) Era uma idéia fascinante, que parecia trazer a divindade muito perto, e rapidamente captou interesse de alguns bem conhecidos intelectuais da denominação. Havia um encanto peculiar na sugestão de Kellogg de que o ar que respiramos é o agente através do qual Deus envia o seu Espírito Santo fisicamente em nossas vidas, que a luz do sol é Seu "Shekinah" visível. E mesmo as mentes bem treinadas respondiam ao novo conceito contagiando-se com o entusiasmo evangelístico de Kellogg. Agora estes sentimentos estavam aparecendo ainda mais persuasivamente nas folhas de galé do novo livro que ele havia escolhido intitular The Living Temple. No corpo humano, declarava ele, estava "o poder que constrói, que cria - é o próprio Deus, a divina presença no templo". J. H. Kellogg, The Living Temple, pág. 52. Poucos imaginavam que esta idéia poderia desviar a pessoa totalmente do cristianismo, levando-a um domínio de misticismo religioso que não dava lugar ao Ser Divino ou a um local chamado céu. Um homem que viu o perigo foi William Spicer, um missionário que havia recentemente voltado da Índia, agora administrador da Conferência Geral, que imediatamente reconheceu na nova teologia de Kellogg as mesmas idéias que havia visto no hinduísmo. (Tópico: Recebemos as tristes novas) Interessante mas nenhuma destas palavras nos são estranhas, pois o que mais se ouve hoje é que “Deus está em mim e tudo o que faço é o poder de Deus”, “somos onipotentes”. O Shekinah, é a presença de Deus entre os homens, uma representação de Cristo, Deus conosco, o Sol da Justiça. De alguma forma, a adoração ao sol estava implícita nessa compreensão. Em Mensagens Escolhidas, Vol. I, encontramos algumas declarações da irmã White sobre este assunto: Foi-me dada uma mensagem para vos transmitir a vós, e ao resto de nossos médicos ligados com a Associação Missionário-Médica. Apartai-vos da influência exercida pelo livro Living Temple; pois ele encerra ensinamentos especiosos. Há nele opiniões inteiramente verdadeiras, mas estas se acham mescladas de erro. Os textos são tirados de seu contexto, e usados para sustentar teorias errôneas. A idéia dos erros contidos nesse livro tem-me causado grande aflição, e a experiência por que tenho passado em relação com esse assunto quase me custou a vida. Dir-se-á que o Living Temple foi revisado. O Senhor mostrou-me, porém, que o autor não mudou, e que não pode haver unidade entre ele e os ministros do evangelho enquanto ele continuar a nutrir seus sentimentos atuais. Sou solicitada a erguer a voz em advertência a nosso povo, dizendo: "Não erreis; Deus não Se deixa escarnecer." Gál. 6:7. Tendes tido acesso aos Testimonies for the Church, vol. 7 e 8. Neles é erguido o sinal de perigo. Mas a luz tão clara e simples para os espíritos que não foram influenciados por teorias enganosas, não tem sido discernida por alguns. Enquanto as teorias extraviadoras desse livro forem entretidas por nossos médicos, não pode haver união entre eles e os pastores que estão levando a mensagem evangélica. Não deve haver união enquanto não houver mudança.
  • 12. 12 Quando os missionários médicos fizerem sua prática e seu exemplo se harmonizarem com o nome que levam, quando sentirem a necessidade de se unirem firmemente com os ministros do evangelho, então poderá haver ação harmônica. Precisamos, porém, recusar firmemente ser afastados da plataforma da verdade eterna que desde 1844 tem resistido à prova. (p. 199, 200) No mesmo livro, diz ainda: O Senhor proporcionará à Sua obra força nova e vital, ao obedecerem os instrumentos humanos à ordem de sair a proclamar a verdade. Aquele que declarou que Sua verdade resplandeceria para sempre, proclamará essa verdade por meio de mensageiros fiéis, que darão à trombeta sonido certo. A verdade será criticada, escarnecida e ridicularizada; mas quanto mais de perto for examinada e testada, mais resplandecerá. Como um povo, devemos estar firmes sobre a plataforma da verdade eterna, que resistiu a todas as provas. Devemos ater-nos aos seguros pilares de nossa fé. Os princípios da verdade que Deus nos revelou, são nossos únicos, fiéis alicerces. Eles é que fizeram de nós o que somos. O correr do tempo não lhes diminuiu o valor. É constante esforço do inimigo remover essas verdades de seu engaste, colocando em seu lugar teorias espúrias. Ele introduzirá tudo que lhe seja possível, para levar a cabo seus desígnios enganadores. O Senhor, porém, suscitará homens de aguda percepção, que darão a essas verdades seu devido lugar no plano de Deus. Fui pelo mensageiro celeste instruída de que parte do raciocínio no livro Living Temple não é sadio, e que tal raciocínio desencaminhará o espírito dos que não estão completamente firmados nos princípios fundamentais da verdade presente. Ele introduz aquilo que não passa de especulação acerca da personalidade de Deus e do lugar de Sua presença. Ninguém na Terra tem o direito de especular quanto a esta questão. Quanto mais se discutirem teorias fantasiosas, tanto menos os homens saberão de Deus e da verdade que santifica a alma. Um após outro têm vindo ter comigo, pedindo-me que explicasse as atitudes assumidas em Living Temple. Respondo: "Elas não são explicáveis." Os sentimentos expressos não comunicam o verdadeiro conhecimento de Deus. Através de todo o livro citam-se passagens da Escritura. Essas passagens são apresentadas de modo a fazerem o erro parecer verdade. Teorias errôneas são apresentadas de maneira tão aprazível que, a menos que tomem cuidado, muitos se desviarão. Não precisamos do misticismo que há nesse livro. Os que entretêm esses sofismas logo se encontrarão numa posição em que o inimigo poderá falar com eles, afastando-os de Deus. É-me mostrado que o autor desse livro está em trilho falso. Perdeu ele de vista as verdades distintivas para este tempo. Não sabe para onde tendem os seus passos. A vereda da verdade acha-se muito perto da vereda do erro, e ambas as veredas podem parecer uma só, às mentes não dirigidas pelo Espírito Santo, e que, portanto, não são ligeiras em discernir a diferença entre a verdade e o erro. (p. 201, 202) Essa questão era um ataque ainda que inconsciente aos princípios fundamentais do adventismo até então que eram baseados na “plataforma eterna da verdade”, “os princípios da verdade que Deus nos revelou”. Estas advertências deveriam fazer-nos pesquisar sobre o que são estes princípios e esta plataforma se os mesmos ainda permanecem até hoje, se o que temos ensinado está bem firmado nesta mesma plataforma. Walton expõe ainda: Se Deus está em todo lugar, e se o céu está onde Deus está, então o céu precisa também estar em todo lugar. Se for assim, onde está o santuário? Kellogg tinha uma
  • 13. 13 resposta, naturalmente: é encontrada no título de seu livro The Living Temple. O santuário de Deus estava no corpo humano – um passo na lógica que agora compelia a pessoa a rejeitar os eventos de 1844 como uma desconexão inadequada para a nova luz. Na melhor das hipóteses, 1844 poderia ser explicado somente como fato da história, uma estação intermediária na estrada do adventismo em direção à maturidade. Era um erro sutil nem mesmo completamente entendido pelo próprio médico, e, contudo, alguns líderes denominacionais o estavam reconhecendo; e a pergunta que agora estava começando a se espalhar ao redor de Battle Creek era esta: Deveria o novo livro de Kellogg ser impresso? Não é um problema simples. À medida que 1902 se desvanecia, a dispendiosa construção do sanatório estava começando a causar uma completa crise financeira. (Capítulo: Recebemos as tristes novas) Em 1903, no auge da questão o Dr. Kellogg argumenta: Até onde eu entendo sobre a dificuldade encontrada no ‘Templo Vivo’, é que a coisa toda pode ser resumida nesta questão: É o Espírito Santo uma pessoa? Você diz que não. Eu tinha achado que a Bíblia dizia isto pelo fato de que o pronome pessoal ‘ele’ é usado em referência ao Espírito Santo. A irmã White usa o pronome ‘ele’ e mencionou em diversos textos que o Espírito Santo é a terceira pessoa da Divindade. Como o Espírito Santo pode ser a terceira pessoa e não ser pessoa nenhuma, é difícil para eu enxergar. (J.H.Kellogg para G.I.Butler em 28 de outubro de 1903. Citado no livro A Trindade) Interessante neste argumento, é o mesmo utilizado hoje para se defender a doutrina da Trindade, pois dizem que ela disse “que o Espírito Santo é a terceira pessoa da Divindade”, “o trio celestial”, não estamos diferentes dos apóstatas seguidores de Kellogg, a igreja hoje usa exatamente os mesmos argumentos. A.G.Daniels em uma carta para William C.White (filho de E.G.White) confidencia que: Ele (J.H.Kellogg) disse que por todo o tempo tinha se preocupado em saber como explicar o caráter de Deus e Sua relação com as obras criadas. Ele tem certeza de que crê apenas no que os Testemunhos ensinam e no que o Dr.Waggoner e o pastor Jones pregaram por anos; mas ele desconfiava que eles não expressaram o assunto de forma correta. Então ele afirmou que suas antigas visões sobre a trindade o atrapalhavam de fazer uma declaração clara e absolutamente correta, e que por um certo momento que ele creu na trindade, conseguiu ver bem claramente onde estava toda a dificuldade, e achou que agora podia resolver a questão satisfatoriamente. Ele me disse que agora crê em: Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo. E agora entende que é o Espírito Santo e não o Pai, que preenche todo o espaço e todas as coisas vivas. (A.G.Daniels para William C.White em 29 de outubro de 1903.) É importante ressaltar aqui, que as antigas visões sobre a trindade, diziam que esta era uma doutrina espúria, transplantada do paganismo para o cristianismo, era assim que a igreja cria e pregava. G.I. Butler em resposta a carta do Dr. Kellogg diz: Até onde a Irmã White e você estão em perfeito acordo é preocupante, eu devo deixar isso totalmente entre você e ela. A Irmã White diz que não há perfeito acordo. Você declara que há. Eu conheço algumas das observações dela que lhe dão forte base para você declarar que ela está de acordo. Sou honesto e franco suficiente para dizer isso, mas eu devo dar a ela o crédito, até que ela abandone isso de dizer que há uma diferença também, e eu não creio que você possa dizer plenamente o que ela quer dizer. (G.I.Butler para J.H.Kellogg em 5 de abril de 1904. Citado no livro A Trindade)
  • 14. 14 Ao que parece houve discussão não somente sobre a doutrina do santuário, com idéias panteístas, mas também quanto a personalidade do espírito santo, onde o Dr. Kellogg passa a crer em Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo, diferente do que estava nos Princípios Fundamentais adventistas da época. No livro E Recebereis Poder encontramos a seguinte declaração: Aqueles que procuram remover os velhos marcos, não estão retendo firmemente; eles não estão se lembrando de como receberam e ouviram. Os que tentam introduzir teorias que removeriam os pilares de nossa fé quanto ao santuário ou quanto à personalidade de Deus ou de Cristo, estão agindo como cegos. Estão procurando introduzir incertezas e deixar o povo de Deus à mercê das ondas, sem uma âncora. Os que afirmam estar identificados com a mensagem que Deus nos deu devem ter aguçada e clara percepção espiritual, para poderem distinguir a verdade do erro. A palavra proferida pela mensageira de Deus é: "Despertai os vigias!" Se os homens discernirem o espírito das mensagens dadas e se esforçarem por descobrir de que fonte elas provêm, o Senhor Deus de Israel os guardará de serem desencaminhados. (Meditações Matinais 1999, pág. 237) Neste texto compreendemos claramente, que os pontos fundamentais em questão sobre o santuário, a personalidade de Deus e de Cristo, não deveriam jamais ser mudados, esta compreensão era a verdade, e verdade pelo que entendemos nunca pode ser mentira, por exemplo: Jesus, o Filho gerado de Deus desde tempos antigos – não co-eterno com o Pai, e desta forma a relevância de seu papel como o Filho de Deus encarnado, como o Cordeiro de Deus; assunto ao céu, o único mediador entre Deus e os homens; e o espírito santo como a onipresença tanto do Pai quanto do Filho, e não uma terceira pessoa co-eterna, eles não criam numa doutrina de três deuses co-eternos (Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo). Assunto para ser refletido com mais seriedade. Walton no capítulo Uma Espada como Fogo, continua em sua explanação, dizendo: [...] Em novembro de 1903 Ellen White escreveu para o pastor S. N. Haskell, advertindo-o de que os estudantes estavam sendo arrolados em uma campanha para escrever cartas destinadas a produzir pressão política favorável ao sanatório. "No sanatório em Battle Creek, os estudantes e auxiliares tinham sido encorajados pelo gerente a escrever para seus pais e amigos e falar das coisas maravilhosas que estavam sendo feitas na instituição", ela disse - coisas que lhe haviam sido reveladas como estando muito longe de ser maravilhosas. (Carta de Ellen G. White a S. N. Haskell, 28 de novembro de 1903) Ela constantemente se preocupava com os jovens estudantes do sanatório, que estavam ouvindo a nova teologia dos professores a quem respeitavam, e os perigos eram tão grandes que ela abertamente advertia os pais a manterem seus filhos longe de Battle Creek. ... Era um desafio que fez com que Ellen White se pusesse de pé em alarme: "Como nós poderíamos consentir ter a flor de nossa juventude chamada para Battle Creek a fim de receber sua educação, quando Deus tem dado advertência após advertência de que eles não devem ir para lá", bradou ela. Alguns dos instrutores "não entendem o real fundamento da nossa fé. ...Não permita Deus que uma palavra sequer de encorajamento seja proferida para chamar nossos jovens ao lugar onde eles serão corrompidos por representações falsas e calúnias concernentes aos testemunhos, e à obra e caráter dos ministros de Deus". (Special Testimonies, série B, nº 2, página 21,22)
  • 15. 15 ... Havia uma crescente possibilidade de que eles fossem expostos também a outro perigo. No início da história do adventismo, o afastamento da doutrina básica havia sido acompanhado por estranhos padrões de comportamento, e agora problemas semelhantes pareciam estar surgindo. "Havia idéias confusas do amor livre", o pastor L. H. Christian recordaria mais tarde, "e havia práticas imorais por alguns daqueles que apresentavam a doutrina de um Deus impessoal difundido através da natureza", e a doutrina da carne Santa. Os detalhes daquele capítulo de vergonha não devem agora ser contados, mas aqueles que conheceram os fatos compreenderam a verdade destas palavras: 'Teorias panteístas não são apoiadas pela palavra de Deus. ... As trevas são seu elemento, a sensualidade sua esfera. Elas gratificam o coração natural, e dão margem à inclinação." - Review and Herald, 21 de janeiro de 1904, pág. 9. - L. H. Christian, Fruitage Spiritual Gifts, págs. 291,292. ... Nisso jazia o perigo dos ensinos de Kellogg em 1903. "Essas doutrinas, seguidas até suas conclusões lógicas, varrem toda a economia cristã", a sra. White advertiu. "elas ensinam que as cenas justamente diante de nós não são de suficiente importância para que se lhes dê atenção especial" (Special Testimonies, Série B, n 7, p37). A igreja e o mundo estavam mergulhando numa profunda noite em direção a alguma coisa chamada o fim do tempo da graça, antes do qual cada indivíduo deveria ser examinado por Deus "com um escrutínio tão íntimo e penetrante como se não houvesse outro ser na terra" (O Grande Conflito, pág. 490). Quando esse evento chegasse, o destino de todos seria eternamente decidido para a vida ou morte. Era um desafio impossível de se exagerar. Os adventistas, contudo, estavam sendo embalados por teorias agradáveis sobre a natureza de Deus, nas quais as tremendas verdades do santuário desapareciam de vista e o Shekinah se tornava nada mais do que o brilho do sol na primavera. Em seu desespero para advertir a igreja, alarmada pelo poder fascinante do erro, Ellen White buscou alguma maneira de ilustrar quão facilmente alguém poderia confundir o erro com a verdade, e ela recorreu à ilusão ótica de dois trilhos da estrada de ferro, confundindo-se na distância até parecerem ser um. "O trilho da verdade fica bem ao lado do trilho do erro, e ambos os trilhos podem parecer ser um para as mentes que não são operadas pelo Espírito Santo." Carta 211, 1903. Então, vendo alguns dos melhores intelectos da igreja apanhados na armadilha, e levando outros para ela com a capacidade de eloqüência que tinha sido uma vez devotada à mensagem adventista, ela clamou em quase total desespero: "Minha alma fica grandemente perturbada quando vejo o desenvolvimento dos planos do tentador, que não posso expressar a agonia de minha mente. Precisa a igreja de Deus ficar sempre confundida pelos ardis do acusador, quando as advertências de Cristo são Tão definidas e claras?" Special Testimonies, Série B, n 2, pág. 23. (Capítulo: Uma espada como de fogo) Sem comentários, comparando com os dias de hoje, em nada difere nossa situação disso, sem falar que estas coisas estão vindo exatamente dos melhores intelectos de nossa igreja. “O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.” (Eclesiastes 1:9). No capítulo Você é o Homem, o autor apresenta: O ano agora era 1905. John Harvey Kellogg estava em vias de deixar a igreja, levando consigo a maior instituição da mesma e a flor de suas mentes; Albion Ballenger estava proclamando "nova luz" sobre o santuário, deixando em seu rastro igrejas divididas e adventistas não mais convictos sobre os pilares principais de sua fé. Em toda parte as forças do mal pareciam estar em marcha, tragando o território
  • 16. 16 como um exército de saqueadores, e talvez uma alusão ao motivo disto possa ser encontrada no diário de Ellen White, escrito no último dia de Outubro: "Satanás está usando toda sua ciência ao jogar o jogo da vida por almas humanas. Seus anjos estão misturados com os homens, e os estão instruindo nos mistérios da maldade. Estes anjos caídos arrastarão discípulos após si, falarão com os homens e anunciarão princípios tão falsos quanto possível, guiando almas aos caminhos do engano. Estes anjos podem ser encontrados em todo o mundo, apresentando as coisas maravilhosas que logo aparecerão numa luz mais resoluta. Deus pede a Seu povo que obtenha uma compreensão do mistério da piedade". Ellen White, Manuscrito 145, 1905 Um trecho interessante que o autor apresenta de uma carta de A. G. Daniells para a Srª White diz: O irmão Ballenger chegou a uma condição de mente que me parece desqualificá-lo inteiramente para pregar a mensagem. Ele tem estudado muito o assunto do santuário ultimamente, e chegou à conclusão... de que quando Ele (Cristo) ascendeu, foi imediatamente ao lugar santíssimo e que Seu ministério tem aí sido levado avante desde então. Ele toma textos tais como Hebreus 6:19 e os compara com vinte e cinco ou trinta expressões do mesmo caráter no Velho Testamento onde ele diz que em cada exemplo o termo 'dentro do véu' significa o lugar santíssimo... Ele vê claramente que sua opinião não pode ser harmonizada com os testemunhos, ou pelo menos admite francamente que é totalmente incapaz de assim fazer, e mesmo em sua própria mente... há uma diferença irreconciliável . (Carta de A.G. Daniells a W.C. White, 116/03/1905) Neste instante, é importante colocarmos o fato que ocorre hoje em nossa denominação, que aparentemente mantém o raciocínio inicial da igreja, mas abertamente adota Bíblias que colocam exatamente este ponto em questionamento. Não deixando dúvida de que a igreja deseja disseminar discretamente o mesmo raciocínio de Bellenger. Pois estas versões tornam impossível provar tal verdade, exatamente no livro de Hebreus. Apresentamos para simples conferência o capítulo 9 verso 12. Na versão João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada (2000), diz: “Não por meio de sangue de bodes e bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção”. Agora o absurdo se torna mais incrível na tradução na linguagem de hoje (2004), pois tem em anexo o Hinário Adventista, que diz: “Quando Cristo veio e entrou, uma vez por todas, no Lugar Santíssimo, ele não levou consigo sangue de bodes ou de bezerros para oferecer como sacrifício. Pelo contrário, ele ofereceu o seu próprio sangue e conseguiu para nós a salvação eterna”. A Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional (2000), diz: “Não por meio de sangue de bodes e novilhos, mas pelo seu próprio sangue, ele entrou no Santo dos Santos, de uma vez por todas, e obteve eterna redenção”. As melhores versões, que temos no Brasil são as: Bíblia de Jerusalém, Almeida Corrigida, Almeida Corrigida e Fiel, e até mesmo a Tradução Novo Mundo está melhor qualificada para os adventistas do que as tida em alto grau por esta organização. Arroyo (1999), traz a seguinte explicação quanto a este texto: No texto grego, a palavra que designa o Lugar Santo em Heb. 9:2 é “Hagia” (Aγια) que literalmente quer dizer “Santo” ( apalavra “Lugar” não aparece no original). A expressão que designa o Lugar Santíssimo no verso 3 é “Hagia Hagíon” (Aγια
  • 17. 17 Aγιων) que significa literalmente ``Santo dos Santos" (de novo a palavra “Lugar” não aparece). Nos versos em questão, por exemplo Heb. 9:12, aparece a expressão “ta hagia” (τα αγια) que dignifica “os santos”. O verso, então, diz que Jesus entrou “nos santos (lugares)”, isto é, no Santuário. Aliás, a mesma expressão (só que no caso genitivo em vez do acusativo) aparece em Heb 8:2, sendo traduzida universalmente como “santuário”. Os professores F. Rienecker e C. Rogers na Chave Linguística do Novo Testamento Grego comentam que a expresão significa o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo em conjunto, isto é, santuário. Portanto concluímos que a tradução certa é “santuário” em concordância com a interpretação adventista. Porém o mesmo autor traz um problema ao apresentar a seguinte interpretação: O candelabro (Ex. 25:31-40, 37:17-24) era feito de ouro puro e tinha sete lâmpadas (de óleo) que deviam ficar permanentemente acesas. Em Apocalipses 1:12-13, João descreve Jesus andando entre sete candelabros e o verso 20 nos diz que os candelabros representam “as sete igrejas”. Portanto, somos autorizados a pensar que no simbolismo do candelabro de ouro podemos ver o Espírito Santo (o óleo) atuando na Igreja possibilitando que seja “a luz do mundo”. (ARROYO, 1999) Se esta interpretação for correta, então podemos concluir que o lugar santo é na terra, pois as sete igrejas estão na terra, e portanto assim que Cristo ascendeu ao céu, entrou no lugar Santíssimo do santuário. Ainda que Arroyo, apresente como apêndice um comentário sobre a tradução correta do texto de Hebreus 9:12, peca na interpretação do texto de Apocalipse 1:12-13. Uriah Smith quanto a estes versos, comenta: Sete castiçais de ouro – estes não podem ser o anti-tipo do castiçal de ouro do antigo serviço típico do templo; porque esse era apenas um castiçal com sete braços. Fala-se sempre dele no número singular. Mas aqui são apresentados sete; e estes são, com mais propriedade suportes de lâmpadas do que simplesmente castiçais, suporte sobre os quais são postas lâmpadas para darem luz no quarto. E não têm semelhança com o antigo castiçal; pelo contrário, os suportes são tão distintos e separados uns dos outros, que se vê o Filho do homem a andar no meio deles. (1945, p. 22; 1991, p. 21 e 23) Estranho, mas a posição atual da organização adventista, talvez inconsciente ou propositada mas sutil, é exatamente a condenada pela igreja adventista primitiva. É como se a dúvida de Bellenger estivesse de volta, seu fantasma rodeia a atual organização. Concluindo sobre este período da apostasia alfa, transcrevemos agora o texto sob o tema “Como um Ciclone Devastador” de Walton: O ano era 1914. Através da cidade de Battle Creek, de um brilho empoeirado no sol do inicio do verão, apenas recordações lembravam o que havia sido - o que poderia ter sido. Na esquina das avenidas Washington e Main havia poucos indícios de que a Review and Herald Publishing Conpany já tivesse existido lá, de que uma vez esse tivesse sido o local da Conferencia Geral. O Colégio de Battle Creek, reaberto com tão altas esperanças pelo Dr. Kellogg, estava fechado, um triste fracasso. Os adventistas eram em número comparativamente pequeno agora, e os veteranos podiam recordar o enxame de placas "Vende-se" que apareceram quando a colônia se dissolveu. "O mundo conhecerá a razão" advertira certa vez Ellen White, e agora D.
  • 18. 18 M. Canright publicava uma nova edição de seu livro Sevent-Day Adventism Renounced - e inconscientemente assegurava o cumprimento daquela predição. "Battle Creek, Michigan, fornece uma boa ilustração do fracasso do Adventismo após um julgamento justo. ...Quando eu me retirei em 1887, havia quase dois mil observadores do sábado aqui, todos unidos. Muitas vezes preguei no grande tabernáculo quando todos os assentos, na parte de baixo e na galeria, estavam ocupados. No colégio lecionei para uma classe de aproximadamente duzentos alunos, todos moços e moças se preparando para trabalhar como ministros ou instrutores bíblicos. Agora, 1914, o colégio está fechado e perdido para a causa; o sanatório se rebelou contra a organização, e quase todos dentre a administração, médicos, enfermeiros e assistentes são observadores do domingo; as casas publicadoras foram completamente destruídas pelo fogo e os remanescentes se mudaram; a igreja decaiu para mais ou menos quatrocentos ou quinhentos membros; o tabernáculo está largamente vazio e é como um elefante em suas mãos. ...grande número apostatou, perdeu a fé em tudo, e não freqüentam nenhuma igreja. Foi como um ciclone devastador". - Canright, op. cit, p.411 Catorze anos haviam se passado desde aquela brilhante manhã de janeiro no raiar de um novo século, quando o mundo estava pronto e a mensagem do Advento tinha uma chance de sair ao sol. Agora este dia estava terminado, e suas últimas sombras prestes a serem adensadas por um Sérvio nacionalista de 19 anos de idade com uma pistola. Na cidade bosniana de Saravejo, um motorista confuso fez uma curva errada e dirigiu sua limusine aberta para uma rua movimentada. Atrás dele, abrigados do intenso sol de verão por um guarda-sol, estava sentado um régio casal cuja vida havia sido uma clássica história de amor e para quem este dia era o décimo quarto aniversário de casamento. Por um momento o motorista hesitou, e então tentou dar meia volta com o carro, e ao fazer isto, ressoaram dois tiros. O Arqueduque Francisco Ferdinando e sua esposa tombaram no banco; e o longo dia da oportunidade estava terminado. Haviam sido disparados os primeiros tiros da Primeira Guerra Mundial. Daí em diante a igreja teria de trabalhar num mundo que se degradava em trevas. Tantas luzes haviam se apagado. J. H. Kellogg, líder da obra médica, cujas despesas da escola médica onde estudara haviam sido parcialmente pagas por Tiago e Ellen White; Albion Ballenger, que havia decidido refazer a verdade do santuário usando tratados teológicos em vez do Espírito de Profecia; os pastores A. T. Jones e E. J. Waggonner, que haviam viajado e pregado com Ellen White; o pastor George Tenney, editor, ministro, missionário; o pastor L. McCoy, capelão do sanatório de Battle Creek - aos quais se juntaram, como depressa salienta Canright, "muitas pessoas em importantes posições como gerentes de negócios, professores de colégios, médicos, etc. Todos estes estão agora fora da igreja, e toda a sua influência é posta contra a comunidade adventista". (Idem, p.412) A perda havia sido abaladora; e agora, da mesma forma que a fumaça que ainda subia das cinzas do incêndio da Review and Herald, ela deixava uma persistente pergunta pendendo sobre a igreja: Como tal coisa podia acontecer? O que poderia produzir tal maciça apostasia entre as mais brilhantes mentes da igreja? A resposta era vexantemente simples, e, curiosamente, era uma resposta que a igreja tinha em mãos o tempo todo. Nos ainda pacíficos dias de 1898, Ellen White havia avisado claramente o que poderia acontecer. "Nunca haverá um tempo na história da igreja quando o obreiro de Deus poderá cruzar as mãos e descansar, dizendo"' Tudo é paz e segurança'. Então é que vem repentina destruição. Tudo pode avançar por entre aparente prosperidade; mas satanás está bem acordado, e estudando e trocando idéias com seus anjos sobre outro modo de ataque onde possa ser vitorioso. a disputa se tornará cada vez mais feroz por parte de Satanás. ...Dispor-se-ão mente contra mente, planos contra planos, princípios de origem celeste contra princípios satânicos. A verdade em seus vários aspectos estará em conflito com o erro em suas crescentes e
  • 19. 19 sempre variadas formas, as quais, se possível, enganarão os próprios escolhidos". (Especial Testimonies, série A, n11, p. 5 ) Aqui estava, se se tivesse o cuidado de pensar sobre isto, toda a história da crise, apresentada cinco anos antes de o livro de Kellogg ser publicado. O próprio Satanás estava dirigindo este ataque; o comandante chefe das forças das trevas havia tomado o campo. A batalha havia sido travada em um nível sobrenatural, no qual, sem a proteção especial de auxílio sobrenatural, mesmo as mais brilhantes mentes seriam espalhadas como folhas diante de um vento outonal. Kellogg, Jones, Waggoner, McCoy - todos haviam saído para enfrentar o inimigo após primeiramente decidirem substituir as advertências da mensageira de Deus por seu próprio julgamento, despojando-se assim da única defesa que realmente tinha importância. Em alguma parte no curso dos eventos eles haviam se tornado letalmente seguros de que estavam certos, de que era tempo de escapar de "uma comunidade morta de profecias mortas", e agora, ao se dispersarem do Adventismo, fizeram-no com piedosas orações para que Deus abençoasse a sua saída. E através do vale do tempo ecoavam as palavras de Ellen White, já dadas em 1903, palavras pronunciadas antes que fosse tarde demais para a maioria deles: "Satanás tem nos homens seus aliados. E anjos maus em forma humana aparecerão aos homens, e apresentarão diante deles imagens tão fulgurantes do que eles serão capazes de fazer se tão somente lhes ouvirem as sugestões, que amiúde trocarão seu arrependimento por desafio. ... O pecado enegreceu as faculdades racionais, e o inferno está triunfando. Oh, não cessarão os homens de confiar em seres humanos?" Idem, Série B, n7, p. 21, 22 (grifos acrescentados) Anjos do mal em forma humana. Não havia qualquer esperança de sobreviver a tal desafio apenas com a força humana. A humanidade não teve qualquer resposta à lógica da mente de um anjo, onde memórias do paraíso se torceram loucamente para um engano tão poderoso que um terço das forças do céu a princípio tinha sido incapaz de reconhece-lo. Nenhuma quantidade de educação ou experiência habilitariam um homem a enfrentar uma armadilha como esta, e John Kellogg, pelo menos, havia se dirigido diretamente para ela, enquanto soavam sinos e brilhavam luzes de advertência das páginas de Ellen White. Uma noite no início do verão de 1904 Ellen White havia visto uma reunião em andamento em Battle Creek. Um significativo número de médicos e ministros estava presente, ouvindo o Dr. Kellogg expor suas idéias de que Deus está em tudo, ignorando que estavam sendo sobrenaturalmente observados. A sra. White notou particularmente o "semblante satisfeito, interessado, dos ouvintes", e então seu acompanhante celestial se voltou para ela com uma mensagem estarrecedora. "Anjos maus tomaram posse da mente do orador", disse Ele, e prosseguiu advertindo que "tão seguramente como os anjos que caíram foram seduzidos e enganados por Satanás, assim também o orador estava sob a educação espiritualística dos anjos maus." "Fiquei assombrada ao ver com que entusiasmo os sofismas e teorias enganadoras foram recebidos", relata a sra. White, salientando que Kellogg, encorajado pelo sucesso em arrebatar ministros e médicos com ele, havia então convocado um concílio especial em Battle Creek para inculcar ainda mais suas idéias sobre a igreja organizada. - Idem, n6, p.41 "Jactai-vos de estardes agindo sob inspiração de divina promoção", advertiu Ellen White ao povo de Battle Creek, "mas alguns estão seguindo a falsa inspiração que enganou os anjos nas cortes celestes", (Idem, série A, n12, p.1). Para Kellogg ela dirigiu a advertência de que ele estava sendo "hipnotizado" por Satanás (algo que ele ridicularizou como absurdo). Em outubro de 1905 ela avisou sobre "homens que adentraram o estudo da ciência que Satanás introduziu na guerra no céu". Carta de Ellen White aos irmãos Daniells, Prescott, e seus associados, 30 de outubro de 1905,
  • 20. 20 da coleção de J.H.N. Tindall). Em face de tais advertências Kellogg e seus seguidores haviam mergulhado para a frente, tendo a consciência aquietada pelas afirmações do médico de que os testemunhos de Ellen White nem sempre eram fidedignos. E assim eles chagaram, finalmente, ao trágico cumprimento de outra de suas predições: "Se deixados, anjos maus moldarão a mente dos homens até que não mais tenham mente ou vontade próprias. ... Assim será com os médicos ou ministros que continuarem a se vincular com aquele que tem tido luz, que tem recebido advertências, mas não lhes tem dado ouvidos". - Special Testimonies, série B, n 6, pp.42,43 A mesma triste lição havia sido ilustrada na vida de Albion Ballenger. Uma noite durante uma reunião evangelística em Londres, ele havia tentado apresentar o assunto do santuário. Terrivelmente desencorajado pela maneira na qual havia pregado, tomou a resolução de que "nunca mais pregaria novamente até eu saber o que estou pregando". E então ele havia cometido em engano fatal. "Não vou obtê-lo de nossos livros" declarou ele, "se nossos irmãos puderam obtê-lo das fontes originais, por que é que eu não posso?". O pastor Ballenger estava cometendo o mesmo erro já cometido pelo Dr. Kellogg: A pressuposição de que não havia nada realmente envolvido aqui exceto o raciocínio humano, no qual a pesquisa de um homem é tão boa quanto à de outro. "Irei aos livros ou comentários e todas essas várias fontes das quais o pastor Urias Smith obteve luz sobre o assunto", ele anunciou, e assim dizendo prontamente caminhou diretamente para fora, nas trevas. Pois a doutrina Adventista do santuário não podia ser achada nos "livros ou comentários" - não podia ser encontrada em qualquer lugar exceto que proviesse da mesma fonte que foi procurada por aquele grupo de homens e mulheres de oração que haviam estudado através de noites frias de outono em 1844, e em cujo meio estava a mesma mensageira especial que agora advertira Ballenger a dar meia volta antes que fosse tarde demais. Ele também havia escolhido ignorar este apelo, e ele, como Kellogg, deixou a fé adventista para nunca mais voltar. Em Riverside, Califórnia (apenas algumas milhas distante da nova escola médica da igreja), ele passaria seus últimos dezesseis anos dizendo coisas sobre Ellen White que, debaixo de uma aparência de piedade, operava para atacar a credibilidade desta como mensageira especial de Deus. "Como um ciclone devastador". Canright havia disto isto com relação a igreja de Deus, mas quão claramente estas palavras descrevem a vida daqueles que a deixaram. Toda uma galáxia de luzes Adventistas havia se apagado, cada qual a seu próprio modo, e cada uma ligada às demais pela tragédia comum de rejeitar a mensageira de Deus num tempo quando anjos caídos estavam andando na terra em forma humana. A igreja e o mundo estavam entrando numa nova era. Agora o erro de sair da proteção especial de Deus podia trazer os mais trágicos e imediatos resultados. Mil novecentos e catorze. O povo de Deus havia vivido por catorze anos na luz do último dia de verão da terra. Agora se enegrece o céu com as primeiras tempestades de outono. Através das vulneráveis planícies da Bélgica vem o estrondo de pesada artilharia se movendo, uma nuvem de poeira, uma linha infindável de uniformes cinza que identifica o Segundo Exército do General Karl von Bülow. Em berlim tropas exuberantes desfilam pela última vez descendo as ruas de tijolos; uma jovem numa blusa branca de franjas entra em suas fileiras, entrelaça o braço no de um soldado, e marcha com eles. Poucos passos atrás, um negociante bem trajado faz o mesmo, carregando uma arma de soldado - faces sorridentes rumando cegamente para a terrível meia-noite de Marne e Verdun, para um pesadelo nunca dantes visto exceto por uma senhora miúda que, anos antes, havia pleiteado com sua igreja para que agissem. "Logo haverá morte e destruição, aumento de crime, e impiedade cruel operando contra os ricos que se têm exaltado sobre os pobres. Os que estão sem a proteção de Deus não encontrarão segurança em nenhum lugar ou posição. Agentes humanos estão sendo treinados e estão usando suas capacidades inventivas para
  • 21. 21 colocar em operação a mais poderosa maquinaria para ferir e matar. ... Que os recursos e os obreiros sejam espalhados". - Testimonies, vol 8, p.50. Esta é a nossa triste história, e deve servir de exemplo para nós, pois estamos lutando contra os principados, contra os governantes das trevas nas cortes celestiais, portanto, sem jejum e oração, sem um apego ilimitado em Cristo, estamos fadados a cair, e Satanás se rirá por nossa desgraça, como tem feito no decorrer da história do adventismo. Todos são agentes de Satanás, quando perdem a Cristo de vista e olham para os defeitos e fracassos de seus irmãos, ninguém está isento de pecar nem que seja em pensamentos, portanto, vigiai e orai para que não entreis em tentação disse o Mestre. Podemos por um momento estarmos na firme plataforma da verdade, mas num minuto podemos escorregar e afundar sem nos apercebermos que a mão de Cristo está a nossa disposição, e olhamos para os homens que nada desejam além do nosso fracasso. Analisando toda nossa história, concluímos que sem dúvida nenhuma, vivemos no ômega de toda a apostasia adventista, e isso podemos dizer sem nenhum medo de errar, e estamos muito, mas muito distante do que deveríamos ser. Estamos com 100 anos de atraso, caminhando no deserto, retrocedendo ao Egito. Então após esta visão de nosso passado, dos conceitos errôneos levantados: sobre o santuário, a presença de Deus, a personalidade de Deus e de Cristo, que levou a apostasia de nossas mentes mais brilhantes e grande parte dos membros em Battle Creek, na qual a irmã White identifica como o alfa das apostasias letais, podemos utilizar uma dica para nos protegermos da apostasia ômega, onde ela diz: Permita os pioneiros identificarem a verdade. - Quando o poder de Deus testifica o que é a verdade, essa verdade deve permanecer para sempre como verdade. Não depois de suposições, contrárias a luz que Deus tem dado para ser recebida. Surgirão homens com interpretações das Escrituras que para eles é a verdade, mas não é a verdade. A verdade para esse tempo Deus tem dado como um fundamento para a nossa fé. Ele Mesmo nos falou a verdade. Um após outro vai aparecer com uma nova luz que contradiz a luz que Deus tem dado pelo seu Santo Espírito. (Ellen White, 1905, Counsels to Writes and Edictores, pages 31, 32) Ainda que naquele tempo os adventistas não possuíam doutrinas oficiais, mantinham seus pontos fundamentais de fé, que a irmã White diz serem a luz que Deus nos deu, sendo estes os mesmo pontos fundamentais que permaneceram em voga até sua morte. E uma verdade que eles pregavam dizia que, a doutrina da trindade era uma doutrina espúria, e sendo isto verdade, como este parecer pode ser considerado mentira hoje? 3. UMA NOVA ORDEM No livro 1888 Re-Examinado lemos a seguinte declaração: Quando quer que apareça o ômega, muito provavelmente reivindicará apoio do Espírito de Profecia, e "muitas" mentes sem discernimento concordarão. E é também possível que alguns dirigentes destacados e influentes promovam o engano. [...] Ellen
  • 22. 22 White finalmente fala das provações ômega como uma experiência a dar-se após a sua morte: "Estou encarregada de dizer ao nosso povo que alguns não reconhecem que o diabo tem ardil após ardil e que os leva a efeito em maneiras que não esperam. As agências de Satanás inventarão maneiras de transformar pecadores em santos. Digo-vos agora, que quando for posta em descanso, grandes mudanças terão lugar. Não sei quando serei levada, mas desejo advertir a todos contra os ardis do diabo. ...Eles devem observar cada pecado concebível que Satanás tentará imortalizar." (Carta, Elmshaven, 24 de fevereiro de 1915). (SHORT e WIELAND, 1987, p. 78) Um fator importante a ressaltar aqui é que a apostasia alfa ocorreu exatamente no coração da obra, na liderança da igreja para então se propagar, mas de forma que foi controlada; certamente que a apostasia ômega, com proporções ainda maiores, ocorreria também no coração da obra, na liderança, porém numa proporção gigantesca. Se as grandes mudanças que teriam lugar logo após sua morte, como afirmou Ellen G. White, seriam “ardis do diabo”, precisamos atentar se houveram mesmo estas mudanças, e se houveram, quais foram. Política mundana está tomando o lugar da verdadeira piedade e sabedoria que vêm de cima, e Deus removerá Sua mão prosperadora da assembléia. Será removida a arca da aliança deste povo? Serão introduzidos ídolos sorrateiramente? Princípios e preceitos falsos serão trazidos para dentro do santuário? Será respeitado o anticristo? Serão ignoradas as verdadeiras doutrinas e princípios a nós concedidas por Deus, que nós tornaram o que somos? . . . Isto é diretamente aonde o inimigo, mediante homens cegos e não consagrados, nos está conduzindo. (Ms. 29, 1890, citado em 1888 ReExaminado, p. 74) Ellen G. White advertiu quanto a grande reforma que desejavam introduzir no meio adventista, dizendo: O inimigo das almas tem procurado introduzir a suposição de que uma grande reforma devia efetuar-se entre os adventistas do sétimo dia, e que essa reforma consistiria em renunciar às doutrinas que se erguem como pilares de nossa fé, e empenhar-se num processo de reorganização. Se tal reforma se efetuasse, qual seria o resultado? Seriam rejeitados os princípios da verdade, que Deus em Sua sabedoria concedeu à igreja remanescente. Nossa religião seria alterada. Os princípios fundamentais que têm sustido a obra neste últimos cinqüenta anos, seriam tidos na conta de erros. Estabelecer-se-ia uma nova organização. Escrever-se-iam livros de ordem diferente. Introduzir-se-ia um sistema de filosofia intelectual. Os fundadores deste sistema iriam às cidades, realizando uma obra maravilhosa. O sábado seria, naturalmente, menosprezado, como também o Deus que o criou. Coisa alguma se permitiria opor-se ao novo movimento. Ensinariam os líderes ser a virtude melhor do que o vício, mas, removido Deus, colocariam sua confiança no poder humano, o qual, sem Deus, nada vale. Seus alicerces se fundariam na areia, e os vendavais e tempestades derribariam a estrutura. Quem tem autoridade para iniciar semelhante movimento? Possuímos a Bíblia. Temos nossa experiência, com o atestado da milagrosa operação do Espírito Santo. Temos uma verdade que não admite contemporização alguma. Não devemos repudiar tudo que não esteja em harmonia com esta verdade? (Mensagens Escolhidas, Vol. I, p. 204, 205)
  • 23. 23 Neste instante começo a listar algumas citações das crises e mudanças desencadeadas em nosso meio desde então: Em 1930, respondendo a um pedido da Divisão Africana por “uma declaração daquilo que os adventistas crêem”, a qual pudesse “ajudar os oficiais do governo e outros a compreender melhor o nosso trabalho”, a Comissão da Associação Geral indicou uma subcomissão (M. E. Kern, secretário da Associação geral da AG; F. M. Wilcox, editor da Review; E. R. Palmer, administrador da Review end Herald; e C. H. Watson, presidente da AG) para preparar uma declaração de crenças adventistas. Wilcox, sendo o escritor principal entre o grupo, esboçou uma declaração de 22 pontos, posteriormente publicada no Yerbook (Anuário) adventista de 1931 (Froom, MOD, pp. 410-414). O segundo ponto falava da “Divindade, ou Trindade”, e o terceiro afirmava que “Jesus Cristo é verdadeiramente Deus”, ecoando o Credo de Nicéia. Para que ninguém pensasse que os adventistas do sétimo dia pretendiam preparar um credo, os autores do documento não buscaram “apoio formal ou oficial” para o mesmo. Quinze anos mais tarde, quando a declaração havia obtido aceitação geral, a assembléia da Associação Geral de 1946 tornou-a oficial [...]. Isso marcou o endosso oficial ao ponto de vista trinitariano pela igreja, embora um “bem conhecido” antritinitariano prosseguisse “sustentando o ‘velho’ ponto de vista” até a sua morte em 1968 (Burt, p. 54). (Whideen, Moon e Reeve, A Trindade, p. 227) Pelo que entendemos por este texto, a doutrina da trindade não era aceita, mas foi se instalando sorrateiramente até que fosse aceita, sem contestação, quinze anos mais tarde. Estranho o fato de ter sido feita uma subcomissão para preparar uma declaração de crenças, quando o texto introdutório dos Princípios Fundamentais Dos Adventistas Do Sétimo Dia, conforme impresso no Year Book de 1911 diz: Os adventistas do Sétimo Dia não possuem credo além da Bíblia; porém, sustentam um certo número de pontos bem definidos de fé, pelos quais estão preparados para dar “a todo homem que pedir” uma razão de sua fé. As seguintes proposições podem ser entendidas como um resumo dos principais traços de sua fé religiosa, sobre os quais existe, na medida do que é conhecido, completa unanimidade por todo o corpo. (http://br.geocities.com/ pioneiroadventista/yearcompleto.html) “A todo homem que pedir uma razão” da fé adventista, sendo estes princípios uma “unanimidade por todo o corpo”, portanto, os adventistas possuíam uma declaração de crenças, e podemos crer que quando Ellen G. White afirma sobre as colunas que sustentam a nossa fé, “os princípios fundamentais”, sãos os mesmos Princípios Fundamentais do Year Book de 1911, alterado a partir de 1930, conforme lemos no livro A Trindade, e confirmado pelo Dr. Knight: A década de 1930 veria uma constante discussão sobre a Trindade. A denominação publicou pela primeira vez uma declaração de crenças em seu Yearbook (anuário) de 1931. Ela era explicitamente trinitariana. Embora tecnicamente se tratasse de uma declaração não oficial, ela mostrou de maneira definitiva os rumos que a liderança da igreja estava tomando. (Em busca de Identidade, p. 158) No mesmo livro (p. 117), ao argumentar sobre o assunto no que se refere a posição de Ellen G. White, o Dr. Knight diz: “[...] ela nunca desenvolveu argumentos principais sobre os temas da Trindade, da plena igualdade de Cristo com o Pai e da personalidade do Espírito Santo. Seus escritos apenas supõem que sejam verdades.”
  • 24. 24 Vale ressaltar que o termo trindade também nunca foi usado pela escritora ao falar da divindade. [...] “É certo que o termo traduzido por Isolina A. Waldvogel como ‘Trindade’ aparece no original inglês como ‘Godhead’, que significa literalmente ‘Divindade’” (Alberto R. Timm, Parousia, ano 5, n. 1, 2006, p. 95). No livro A Igreja em Perigo de José Carlos Ramos, encontramos também a afirmação de que a palavra traduzida por “Trindade” no original é “Divindade”. Na tradução dos escritos de Ellen G. White ao português, o termo ‘Godhead’ (Divindade) acabou sendo vertido algumas vezes como ‘Trindade’ (O Desejado de Todas as Nações, pág. 671; Testemunhos Para Ministros, pág. 392; Evangelismo, pág. 617; Cristo Triunfante, 25 de julho, pág. 213; ibidem, 21 de outubro, pág. 301). Também a expressão ‘the heavenly trio’ (o trio celestial) foi traduzida como ‘a trindade celeste’ (Evangelismo, pág. 615). Em espanhol, essas expressões foram vertidas literalmente como ‘Divindade’ e ‘o trio celestial’. (Alberto R. Timm - revista do Ancião em out – dez 2005 – http://www.centrowhite.org.br) No livro A Trindade de Whidden, Moon e Reeve (p. 226), encontramos o seguinte título “Declínio do Antitrinitarianismo, 1915-1946”, lembrando que Ellen G. White faleceu em 1915 e seu filho, William (Guilherme) C. White em 1937. Mas os autores mostram que a insatisfação ocorreu de 1888 a 1898, e que houve uma mudança de paradigma de 1898 a 1915. Podemos perceber que a insatisfação e aparente mudança de paradigma, ocorrem exatamente após a rejeição da mensagem em Mineápolis e durante a crise e apostasia do Dr. Kellogg. Analisando os textos expostos sobre esse período, podemos concluir sem muito esforço que toda essa insatisfação foi o que causou grande preocupação à irmã White, pois percebeu que o livro do Dr. Kellogg teve grande influência sobre toda a organização, e por isso os princípios fundamentais adventistas estavam sendo questionados, e ao que percebemos no decorrer da história, foram completamente abandonados. E esse desenvolvimento para o trinitarianismo é que Ellen G. White considera o alfa ou quem sabe o ômega da apostasia. Apesar de os autores de A Trindade defenderem que foram suas declarações (EGW) que fizeram a igreja mudar a visão sobre o assunto, ao analisar todo o contexto de tais mudanças não podemos concordar que isto seja verdade, pois como poderia uma igreja que começa a rejeitar e ofender o espírito de Deus (1888 Mineápolis) seguida por um período de apostasia severa onde os testemunhos e os princípios fundamentais de sua crença é colocado em descrédito (apostasia do Dr. Kellog), está em condições de mudar de paradigma? Enquanto a igreja deveria estar se perguntando onde erramos e como reverter tal situação? Pois rejeitaram a chuva serôdia, que os habilitaria para o alto-clamor. Uma questão a ser levantada aqui é, se a igreja estava pronta para dar o sonido certo da trombeta do alto-clamor, certamente não poderia haver erro doutrinário tão grotesco. E se aquela era a mensagem do terceiro anjo, é aquela mensagem que dever ser pregada novamente com toda sua força sem contradição, pois como pode haver o mesmo alto-clamor com mensagens diferentes e opostas? Em estudos recentes encontramos disponível na Internet, uma carta de William C. White, para o pastor Elder H. W. Carr, datada de 30 de Abril de 1935, que diz: Tenho em minhas mãos sua carta de 24 de Janeiro. Por alguns meses, tenho estado tão pressionado com o trabalho relacionado aos manuscritos que estamos preparando para imprimir, que minha correspondência teve que esperar.
  • 25. 25 Em sua carta, você me pede para contar o que entendo ser a posição de minha mãe em relação à personalidade do Espírito Santo. Isso eu não posso fazer porque eu nunca entendi claramente seus ensinos sobre esse assunto. Sempre houve em minha mente alguma confusão a respeito do significado das expressões dela que, para a minha forma de raciocinar, parecem ser um pouco confusas. Freqüentemente tenho lamentado não possuir a capacidade mental que poderia resolver esta e outras perplexidades semelhantes, e então, relembrando o que a irmã White escreveu nos "Atos dos Apóstolos", págs. 51 e 52 a "respeito dos mistérios que são muito profundos para a compreensão humana, o silêncio é ouro". Tenho achado melhor me refrear desta discussão e me esforçar para dirigir minha mente a assuntos fáceis de serem compreendidos. Enquanto eu lia a Bíblia, eu encontrei que o Salvador ressurreto soprou nos discípulos (João 20:22) e disse a eles "Recebei o Espírito Santo". O conceito gerado através deste texto das Escrituras parece estar em harmonia com a declaração do "Desejado de Todas as Nações", pag. 669, também Gênesis 1:2; com Lucas 1:4; com Atos 2:4; 4:12; 8:15; 10:44. Muitos outros textos poderiam ser citados e que parecem estar em harmonia com esta declaração do "Desejado de Todas as Nações". As declarações e os argumentos de alguns dos nossos ministros em seu esforço para provar que o Espírito Santo era um indivíduo como é Deus, o Pai e Cristo, o eterno Filho, têm me deixado perplexo e algumas vezes eles me têm entristecido. Um mestre popular disse: "Podemos considerá-Lo (O Espírito Santo) como o companheiro que está aqui embaixo fazendo as coisas acontecerem." Minhas perplexidades foram minimizadas quando aprendi, no dicionário, que um dos significados de "personalidade" era características. Isto está declarado de tal forma que eu concluí que pode haver personalidade sem uma forma corpórea a qual o Pai e o Filho possuem. Há muitos textos das Escrituras que falam do Pai e do Filho e a falta de textos que fazem referência similar ao trabalho unido do Pai e o Espírito Santo ou Cristo e o Espírito Santo me tem feito acreditar que o espírito sem individualidade era o representante do Pai e do Filho através do universo, e vem sendo através do Espírito Santo que eles habitam em nossos corações e nos fazem um com o Pai e com o Filho. Minha resposta para a segunda pergunta "Em algum lugar, os escritos da Irmã White ensinam que a oração deve ser dirigida unicamente ao Pai, ou que nós não nos devemos dirigir a Cristo em oração, somente ao Pai", eu penso que não. Eu não encontrei este ensino nos escritos de Ellen White. Sua terceira pergunta "Ela, em algum lugar, diz qual é o poder que "armará as tendas do seu palácio entre o mar grande e o glorioso monte santo". Devo responder da mesma forma. Acho que não. Não encontramos nenhuma declaração sobre isso nos escritos da irmã White nem nos lembramos de nenhuma declaração feita verbalmente em nossa presença. (site http://www.alvorada.us/cartawilliams.htm) Quanto a ele, temos o seguinte testemunho por parte de sua mãe: [...] Foi-me mostrado também que meu filho, W. C. White, seria meu ajudante e conselheiro, e que o Senhor poria sobre ele o espírito de sabedoria e são discernimento. Foi-me mostrado que o guiaria, e que ele não seria desviado, porque reconheceria as direções e orientação do Espírito Santo. [...] Porei Meu Espírito sobre teu filho, e fortalecê-lo-ei para fazer sua obra. Ele possui a graça da humildade. O Senhor o escolheu para desempenhar parte importante em Sua obra. Para isso nasceu ele. [...] Esta comunicação foi-me feita em 1882, e desde então tem-me sido assegurado que lhe era dada a graça da sabedoria. Mais recentemente, em uma ocasião de perplexidade, o Senhor disse: "Dei-te Meu servo, W. C. White, e dar-lhe-
  • 26. 26 ei discernimento para ser teu auxiliar. Dar-lhe-ei habilidade e entendimento para dirigir sabiamente." (Mensagens Escolhidas, Vol. 1, p. 54, 55) Essa certamente é uma das partes importante que William teve na obra de sua mãe, além ter auxiliado muito sua mãe após a morte de seu pai, e ele não foi desviado da verdade que a igreja pregava em 1882. Esta carta torna claro que a “mudança” de que fala os autores dos livros citados, não se deu devido a nenhuma declaração da irmã White, como querem fazer crer, mas de uma má compreensão das mesmas, e que nesse mesmo período, estes questionamentos, debates e afirmações, não era algo apreciado por seu filho, deixando-o perplexo e triste. Isto torna evidente que as doutrinas desencadeadas não foram por causa de verdadeiras compreensões do assim diz o Senhor. Comparando as atuais afirmações sobre o que levou à mudança de paradigma, com as alegações do Dr. Kellogg, não resta dúvida, são exatamente as mesmas. Então podemos hoje, usar o texto da irmã White que diz As afirmações feitas em Living Temple acerca deste ponto são incorretas. São mal aplicadas as passagens usadas em apoio da doutrina ali exposta. Sou compelida a falar negando a pretensão de que os ensinamentos de Living Temple possam ser apoiados por declarações de meus escritos. Pode haver nesse livro expressões e opiniões que estejam em harmonia com os meus escritos. E pode haver em meus escritos muitas afirmações que, tiradas do contexto, e interpretadas de acordo com o pensamento do autor de Living Temple, dir-se-iam de acordo com os ensinamentos desse livro. Isso pode dar aparente apoio à afirmação de que as idéias de Living Temple estejam em harmonia com meus escritos. (Mensagens Escolhidas, Vol. I, p. 203 – Substituindo o nome do livro Living Temple, por A Trindade, e outros semelhantes) O Dr. Knight afirma que J. S. Wasburn se manifestou contra essa doutrina, o mesmo “bem conhecido antritinitariano” que prosseguiu “sustentando o ‘velho ponto de vista’ até a sua morte em 1968”, mencionado pelos autores do livro a Trindade. Wasburn conforme citado no livro Em Busca Identidade, argumentava que: esta doutrina monstruosa transplantada do paganismo para a Igreja de Roma Papal está procurando introduzir sua presença maléfica nos ensinos da Mensagem do Terceiro Anjo. Toda a doutrina da Trindade, ..., é completamente estranha não somente à Bíblia, mas também ao Espírito de Profecia. A revelação não apresenta o mais leve indício dela. Esta concepção monstruosa e pagã não encontra lugar em todo o universo livre de nosso bendito Pai Celeste e Seu Filho (JSW MS, “The Trinity”, no livro Em Busca de Identidade, p. 158) O que podemos pensar neste instante? As grandes mudanças preditas, o ponto sobre a personalidade de Deus foi mudado, não era mais apenas um Deus, mas três. Teorias espúrias se tornaram doutrinas que deveriam ser aceitas sem contestação, uma das provas disto são exatamente os últimos livros lançados pela atual organização sobre possíveis “dissidentes” antitrinitarianos, e da forma leviana como são descritos. Tais pessoas quando começam a analisar o assunto de forma a perguntar para os pastores o que está acontecendo começam a ser atacadas de púlpito por tais pastores e doutores que deveriam pregar a Bíblia somente, e não contra o estudo da mesma.
  • 27. 27 Outra citação importante, do livro A Trindade, diz: Da década de 1950 até a publicação de Movement of Destiny em 1971, LeRoy E. From foi o mais conhecido campeão do trinitarianismo entre os adventistas do sétimo dia. Seu livro A Vinda do Consolador, lançado em inglês originalmente em 1928, era sem precedentes entre os adventistas (exceto algumas poucas passagens de Ellen White) em sua exposição sistemática da personalidade do Espírito Santo e da natureza trinitariana da Divindade (A Vinda do Consolador, pp. 37-57). O papel de liderança de Froom na obra Questions on Doctrine, de 1957, foi amplamente documentado (Unruh, Moon). O livro provocou uma tempestade de controvérsias em virtude de certas declarações sobre cristologia e a expiação. [...] Apesar de “momentos de favoritismo”, e de problemas de distorção histórica que “diminuem o livro como fonte histórica fidedigna” (Maxwell), o texto documenta amplamente o progresso da teologia adventista rumo a um consenso bíblico trinitariano. (p. 227 e 228) LeRoy E. From desde antes de 1928 pelo que se percebe, mostrou-se descontente com as declarações dos pioneiros adventistas do sétimo dia quanto a Divindade, pois, escreveu um livro “sem precedentes”, sendo o “campeão do trinitarianismo”. Líder de um documento que “provocou uma tempestade de controvérsias”. E mais tarde escreveu um livro que possui “distorções históricas que diminuem o livro como fonte histórica fidedigna”. Froom não parece ser digno de tanta confiança e nem tanta admiração por parte dos adventistas. Como pode alguém motivado pelo espírito de Deus publicar obras com problemas de distorções históricas e causar tão grandes controvérsias doutrinárias divergentes dentro de uma igreja que já possuía seus pontos bem fundamentados na Bíblia? No livro Questões sobre Doutrina, são apresentadas algumas reuniões iniciadas em março de 1955 “entre Leroy E. Froom (líder da Associação Ministerial da Associação Geral de 1941 a 1950) e W. E. Read (um secretário de campo da Associação Geral) do lado adventista e Martin e George R. Cannon (um professor de teologia do Colégio Missionário de Nyack, em Nova York). Posteriormente, Roy A. Anderson (que servia então como diretor da Associação Ministerial da Associação Geral) e Barnhouse” (p. 11, 12) envolvidos nos diálogos. Neste livro, diz que as principais preocupações de Martin são: “(1) que a expiação de Cristo não foi completada na cruz; (2) que a salvação é resultado da graça em junção com as obras da lei; (3) que o Senhor Jesus Cristo era um ser criado, não existente por toda a eternidade; (4) e que, na encarnação, Ele participou da natureza humana caída e pecaminosa.”(p. 12) Como resultado, os líderes adventistas se esforçaram tenazmente para explicar suas crenças sobre esses quatro pontos. Não tiveram muito problema para demonstrar que os adventistas crêem na salvação apenas pela graça e que a denominação chegou a crer tanto na Trindade quanto no fato de que Cristo fora um com Deus desde o começo da eternidade. Por outro lado, tiveram que tirar alguns livros de circulação, os quais reivindicavam que “a guarda do sábado era uma base para a salvação”. Igualmente como as notas históricas no texto demonstram, eles não compreendiam plenamente a extensão do semi-arianismo (isto é, que Cristo não era plenamente Deus desde a eternidade) e do antitrinitarianismo nos primórdios do adventismo. Os outros dois assuntos provaram ser mais problemáticos para os líderes adventistas. Uma expiação completa na cruz foi mais problemática porque os adventistas tendiam a referir-se à expiação em termos de Dia Antitípico da Expiação, que acreditavam ter começado em 1844. ...
  • 28. 28 O assunto mais problemático com o qual os adventistas tiveram que lidar foi a natureza humana de Cristo. Esse tópico foi problemático porque os evangélicos calvinistas com os quais estavam tratando criam que, se Cristo teve uma natureza pecaminosa, então necessariamente tinha de ser um pecador. E, se era um pecador, não poderia ser um salvador. ... Não vendo solução para o problema, parece que Froom e seus associados foram pouco transparentes quanto à posição da denominação sobre o tópico desde meados de 1890. [...] No apêndice das citações de Ellen White, os autores do livro acrescentaram um título afirmando que Cristo “Assumiu a Natureza Humana Sem Pecado”. Esse título é problemático, pois implica que essa era a idéia de Ellen White, quando de fato ela foi bem enfática em declarar repetidamente que Cristo tomou a “nossa natureza pecaminosa” e que “tomou sobre Si a natureza humana caída e sofredora, degradada e contaminada pelo pecado” (p. 12, 13) Ao que parece, alguns pontos de vista foram alterados; o antitrinitarianismo foi considerado como um lapso dos pioneiros, ou seja “os princípios fundamentais que” sustentaram “a obra” naqueles ditos “últimos cinqüenta anos”, foram “tidos na conta de erros”, estabelecendo-se “uma nova organização.”. O fato de tirar alguns livros de circulação, mostra o cumprimento de que “escrever-seiam livros de ordem diferente”. (Mensagens Escolhidas, Vol. I, p. 204) Quanto a Froom vale ressaltar o que o Dr. George R. Knight em sua obra já mencionada, quando fala de uma obra de Donald Grey Barnhouse, na revista Eternity, intitulado “São os adventistas cristãos?”, diz: Nesse artigo, com a manifesta aprovação de L. E. Froom e R. A Anderson (líderes da Associação Ministerial da Associação Geral), Barnhouse rebaixou publicamente M. L. Andreasen (notável teólogo adventista nas décadas de 1930 e 1940) e sua teologia à condição de “facção lunática” do adventismo e deu a entender que Andreasen e seus tipos eram “semelhantes” aos “desvairados irresponsáveis em todos os segmentos do cristianismo fundamentalista.” (Em Busca de Identidade, p. 170) Isso causou tão grande desconforto e crise entre os adventistas do sétimo dia. Esse não é o espírito de Cristo manifestado, pois, não procede de Deus tal atitude, nem tal arrogância, pois além de distorcer a história do adventismo do sétimo dia, provocou discórdias e turbulências terríveis. Mas isso provavelmente se deu por causa do desvio da verdade que a igreja já tinha tomado. Pois, Deus, envia “a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade.” (II Tessalonicenses 2:11 e 12). “Deus despertará Seu povo; se outros meios falharem, introduzir-se-ão entre eles heresias, as quais os hão de peneirar, separando a palha do trigo.” (Testemunhos Seletos, vol II, p. 312). George R. Knight diz mais: Parece que Froom, Anderson e seus colegas não foram totalmente francos quando deram a Martin e Barnhouse a opinião de que “a esmagadora maioria nunca defendeu esses pontos de vista divergentes”. Ou conforme disse Barnhouse a respeito da informação que os líderes adventistas haviam fornecido sobre a natureza humana de Cristo: “A maior parte da denominação sempre defendeu [a natureza humana] impecável, santa e perfeita, apesar de determinados escritores seus terem ocasionalmente publicado pontos de vista contrários, completamente repudiados pela igreja em geral”. É nesse contexto que Froom e seus colegas falam de “facção lunática” e de “irresponsáveis” dentro do adventismo. A pesquisa histórica, contudo,
  • 29. 29 mostra que exatamente o oposto é que era a verdade a respeito da questão da natureza humana de Cristo e até mesmo a respeito de crenças como a expiação completa e a existência eterna de Cristo. (p. 171) Froom e seus colegas, se não foram “totalmente francos”, podemos dizer que mentiram. Falaram em nome da igreja quando na verdade não era essa a verdadeira posição defendida, mesmo sobre a “existência eterna de Cristo”. Apesar de que quanto ao assunto sobre a Trindade, não houve grandes “distúrbios” entre os adventistas, “porque talvez M. L. Andreasen, como principal crítico em outras áreas, era um convicto trinitariano.” (A Trindade, p. 228). Porém em reação ao livro Questions on Doctrine e à enxurrada de artigos publicados de 1956 até princípios da década de 1960 na Ministry, apoiando alguns dos conceitos da “nova” teologia apresentada no livro, Andreasen escreveu suas Letters to the Churches (Cartas às igrejas). Da perspectiva de Andreasen, Questions on Doctrine representava uma desleadade da liderança adventista para com os evangélicos e uma traição do adventismo histórico. (Em Busca de Idenditade, p. 173) Outro texto importante, é o que diz Knight (p. 174 e 175): Os líderes adventistas tiveram oportunidade de ler antecipadamente o artigo de Barnhouse, publicado na edição de setembro de 1956 da Eternity, no qual ele afirmava que somente uns poucos adventistas da “facção lunática” havia previamente defendido a crença na natureza humana pecaminosa de Cristo. Além disso, os escritores de Questions on Doctrine foram parciais ao apresentar no apêndice do livro evidências de Ellen White sobre o assunto. O caso em questão é que os títulos que introduzem as citações de Ellen White nem sempre representam fielmente o material proveniente de sua pena. Na página 650, por exemplo, lemos que Cristo “assumiu a natureza humana impecável”. Ellen White não somente não disse isso, mas afirmou exatamente o contrário: que Cristo “tomou sobre si nossa natureza pecaminosa” (RH, 15 dezembro de 1896, p. 789) LeRoy E. Froom, juntamente com os demais líderes, tiveram a oportunidade de “ler antecipadamente” o artigo que seria publicado, e mantiveram àquela posição contrária aos verdadeiros ensinos e palavras tão grosseiras que certamente sabiam que causariam tamanho distúrbio dentro da organização, alteraram citações de Ellen White, que serviriam de apêndices no livro Questions on Doctrine, mostrando-se totalmente indignos da confiança dos adventistas do sétimo dia. Finalmente mudaram o ponto sobre a personalidade de Cristo, sobre a expiação, e conseqüentemente a doutrina do santuário. São afirmações e questões graves aqui levantadas, para fazer qualquer um pensar muito bem sobre os líderes que temos nos fiado. Estes líderes apoiaram o erro, certamente, estes não são enviados do Senhor. Em 1947, de acordo ainda com George R. Knight (p. 184), outro incidente ocorreu, concernente agora sobre questões levantadas quanto à Assembléia Geral de Mineápolis em 1888. Onde L. H. Christian, um dos vice-presidentes da Associação Geral, em defesa do adventismo moderno, escreveu: Alguns perturbadores dos irmãos, denominando-se reformadores, têm tentado demonstrar que a assembléia [da Associação Geral de 1888] foi uma derrota; a verdade é que ela se destaca como uma vitória gloriosa. ...Em nenhum outro encontro em toda a nossa história, comunicou o Senhor de maneira tão assinalada essa luz e vitória a Seu povo. (Fruitage of Spiritual Gifts, p. 219)
  • 30. 30 Que mais tarde em 1950 foi refutada por dois jovens missionários na África, Robert J. Wieland e Donald K. Short, com o manuscrito 1888 Re-Examinado, obra já mencionada no primeiro tópico deste material, da qual Knigth (p. 184) cita: “O adventismo do sétimo dia não havia feito progresso coerente com o seu destino profético. O mundo ainda não foi realmente abalado pela tríplice mensagem de Apocalipse 14”. O autor ainda afirma que: Os autores não publicaram o original do livro, mas o distribuíram a oficiais escolhidos da Associação Geral na forma mimeografada. A liderança reuniu-se com os jovens missionários, procurou mostrar que suas conclusões não eram válidas, conjurou-os a manter silêncio sobre o assunto e os enviou de volta para a África. Seu manuscrito, contudo, recusou-se a permanecer em silêncio. Publicado sem o consentimento dos seus autores, o livro começou a impressionar certos adventistas com seus argumentos. No fim da década de 1950, um exemplar caiu nas mãos de A. L. Hudson, gráfico independente da cidade de Baker, no Oregon [...], começou a fazer campanha para que as idéias no livro fossem aceitas. (p. 185) Então, na obra acima citada, o autor menciona que, LeRoy E. Froon, na obra Movement of Destiny (1971, p. 357, 358 e 364), “apelava para que os ‘carpidores’, que viviam lamentando o fracasso denominacional, fizessem uma ‘confissão explícita’ e aceitassem a justificação pela fé, foi ainda mais explosivo.” (p. 186) Ou seja, novamente outra crise de grande proporção na organização causada por declarações funestas de alguém, que muitos julgam possuir o espírito de Deus e estar apto a falar sobre a Divindade – A vinda do Consolador. Isto, fez com que, de acordo com Knight (p. 186): Wieland e Short quebrassem seu voto de silêncio de 22 anos sobre o assunto. A tática de enfrentamento adotada por Froon instigou-os a escrever Na Explicit Confession ... Due the Church (1972). Eles afirmaram que estavam corretos, que a denominação estava errada e renovaram o apelo por um ‘arrependimento corporativo’ e ‘denominacional’ (pp. 1, 19, 38-46) Os autores do livro 1888 Re-Examinado na página 16 de seu livro, citam as palavras de L. E. Froom, que diz: A acusação . . . de que o ensino de Justificação Pela Fé foi rejeitado em 1888 pela denominação, ou pelo menos por sua liderança, é . . . refutada pelos participantes pessoais da Assembléia, e é um pressuposto não comprovado e infundado. Isto simplesmente não é historicamente verdadeiro. . . . "Alguns" irmãos de liderança postaram-se no caminho da luz e bênção. Mas os . . . líderes como um grupo, nunca rejeitaram a doutrina bíblica da Justificação pela Fé." (L. E. Froom, Movement of Destiny [Movimento predestinado], p. 266; 1971). Em contraposição a esta declaração, citam A. G. Daniells, que presente na reunião de Mineápolis em 1888, escreveu: Esta mensagem de justificação em Cristo... defrontou oposição de parte de homens zelosos e bem-intencionados na causa de Deus! A mensagem [de 1888] nunca foi recebida, nem proclamada, nem teve livre curso como deveria ter tido a fim de transmitir à igreja as imensuráveis bênçãos que estavam nela inseridas... A divisão e conflito que despertou entre os líderes devido à oposição à mensagem da justiça em
  • 31. 31 Cristo, produziu uma reação muito desfavorável. Os membros em geral estavam confusos e não sabiam o que fazer . . . Por detrás da oposição revela-se a insidiosa artimanha daquela mente mestra do maligno. . . Quão terrível devem ser os resultados de qualquer vitória dele em derrotá-la! (A. G. Daniells, Christ Our Righteousness [Cristo Justiça Nossa], pp. 47, 50, 53, 54; 1926 citado em 1888 Reexaminado, p. 17, 18) Citam ainda uma carta de Jones a Holmes, que se encontra-se na página 18, que diz: Não posso agora lembrar-me do nome de ninguém que aceitou a mensagem na assembléia de 1888 abertamente [obviamente além de Ellen White]. Mas mais tarde muitos disseram que foram grandemente ajudados por ela. Um homem de Battle Creek disse naquela reunião após uma das reuniões do Dr. Waggoner: ' Agora podemos dizer amém a tudo isto, se isto é tudo o que houve. Mas lá à distância há ainda algo por vir. E isso deve nos conduzir àquilo. . . E se dissermos amém a isso, teremos que dizer amém àquilo, e então somos apanhados". . . Não havia tal coisa, e assim eles privaram seus corações daquilo que lhes havia dito ser a verdade; e por combaterem o que somente imaginavam, prenderam-se à oposição ao que sabiam que deveriam ter dito amém. (Carta a C. E. Holmes, 12 de maio de 1921). Muitas citações sobre o assunto foram feitas no item sobre Mineápolis aqui já mencionado. Froom e seus companheiros usaram de artifícios e enganos, articularam palavras de lisonjas para que o povo de Deus não se arrependesse e se desviasse de seu verdadeiro caminho. E mais, auxiliou nas grandes mudanças que ocorreram após a morte dos pioneiros e Ellen G. White. Short e Wieland afirmam categoricamente que a grande apostasia da igreja hoje é fruto da não aceitação da mensagem de 1888. Analisando tudo a fundo, não podemos negar isso, pois se tivéssemos aceito esta mensagem na íntegra, já teriam se cumprido as profecias de Ellen G. White: “Vi também que se tivéssemos aceito a mensagem deles teríamos estado no reino após dois anos daquela data, mas agora temos de retornar ao deserto e ficar 40 anos." E.G.White, Escrito de Melbourne, Austrália, 09.05.1892” (1888 ReExaminado, p. 6). Será que se tivéssemos aceito verdadeiramente a mensagem de justificação pela fé, como afirmaram os contemporâneos de Froom, já não estaríamos na nova terra? Pois já passaram mais de 50 anos e ainda estamos peregrinando no mesmo deserto. Que é isto que vemos? Grandes mudanças, novo molde, uma astuta cilada de Satanás, pois: Satanás se esforça constantemente por atrair a atenção para o homem, em lugar de Deus. Induz o povo a olhar para os bispos, pastores, professores de teologia, como seus guias, em vez de examinarem as Escrituras a fim de, por si mesmos, aprenderem seu dever. Então, dominando o espírito desses dirigentes, pode influenciar as multidões a seu bel-prazer. (O Grande Conflito, p. 601) Do fundamentalismo para o modernismo, de pontos inquestionáveis, baseados na plataforma eterna da verdade para ponto de teorias, doutrinas de homens, fundamentados em solo movediço. Hoje “Na melhor das hipóteses, 1844” pode “ser explicado somente como fato da história, uma estação intermediária na estrada do adventismo em direção à maturidade.” (Walton, Capítulo: Recebemos as tristes novas). Exatamente o pensamento que dá a entender o livro Em Busca de Identidade.
  • 32. 32 4. O ÔMEGA DA APOSTASIA Hoje nos vivemos no tempo que qualquer um pode denominar como o ômega da apostasia. Nosso quadro atual mostra que perdemos completamente o senso do certo e do errado, e pior nem conhecemos nossa história, nem sabemos quem somos e o motivo da existência desta denominação. Os princípios fundamentais que regeram esta igreja enquanto estava em grande luz, foram abandonados. E paulatinamente os adventistas do sétimo dia estão sendo doutrinados a cada dia da semana através do que hoje se chama “alimento espiritual diário”, para ser mais exata “lições da escola sabatina”, a rejeitar e abominar a mensagem adventista. E podemos afirmar que nossa identidade não é a mesma de nossos prósperos pioneiros. Ellen White disse: Não vos enganeis; muitos se afastarão da fé, dando ouvidos a espíritos sedutores e doutrinas de demônios. Temos agora perante nós o alfa desse perigo. O ômega será de natureza mais assustadora. Necessitamos estudar as palavras que Cristo proferiu na oração que fez imediatamente antes de Seu julgamento e crucifixão. "Jesus falou assim, e, levantando Seus olhos ao Céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a Teu Filho, para que também o Teu Filho Te glorifique a Ti; assim como Lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos Lhe deste. E a vida eterna é esta: que Te conheçam, a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. Eu glorifiquei-Te na Terra, tendo consumado a obra que Me deste a fazer. E agora glorifica-Me Tu, ó Pai, junto de Ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse. Manifestei o Teu nome aos homens que do mundo Me deste; eram Teus, e Tu Mos deste, e guardaram a Tua palavra." João 17:1-6. (Mensagens Escolhidas, Vol. I, p. 197, 198) Quem se importou com tais alertas? Quem somos nós para rejeitarmos tais palavras? Não conhecemos mais a vida eterna que é “esta: que Te conheçam, a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (João 17:3) e sim uma unidade de três deuses co-eternos. E por essa negligência, somos hoje, milhões de adventistas do sétimo dia, perdidos nas fileiras da “igreja verdadeira” que fatalmente adotou a mentira em total detrimento da verdade, e por descuido, aceitamos com toda a força de nosso ser tais inverdades por amar mais a igreja do que à Deus. “A doutrina de que Deus confiara à igreja o direito de reger a consciência e de definir e punir a heresia, é um dos erros papais mais profundamente arraigados.” (O Grande Conflito, p. 291). Por que temos dito sem pestanejar que através das lições da escola sabatina estamos sendo doutrinados a odiar os adventistas do sétimo dia? Porque há muito temos citações estranhas, de autores ateus mesmo homossexuais, ou espíritas ou mesmo católicos romanos, em nossas lições, assim como textos tanto da Bíblia como dos Testemunhos totalmente fora de contexto. Percebe-se que nem os Testemunhos e nem a Bíblia são tidos como importantes fontes confiáveis de pesquisa sobre assuntos eternos, tanto que a maioria dos adventistas nem sequer conhecem a principal doutrina que deveria estar sendo pregada e vivida por eles: a doutrina do santuário – a mensagem dos três anjos; a verdadeira forma de guardar o sábado; a família; e todas as outras que a ela estão ligadas, inclusive a reforma de saúde, que hoje é tida como motivo de zombaria