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ANÁLISE DA SUBJETIVIDADE NA PSICOLOGIA
CAMARGO, Gleicaelem de¹
PIRES, Patrícia Maria Paula Santos D’Ávila²
¹ Professora da disciplina Metodologia da Pesquisa – Faculdade Pitágoras – 2021
² Graduanda do Semestre 1 do Curso de Pedagogia – Faculdade Pitágoras - 2021
Resumo
O presente estudo objetivou analisar artigos científicos acerca da subjetividade como objeto de
estudo da psicologia. A metodologia proposta partiu da pesquisa bibliográfica, a partir da
análise de artigos científicos disponíveis no Google Acadêmico. Os resultados apontaram para
a ausência de consenso sobre seu conceito, mas no contexto contemporâneo a subjetividade
enquanto objeto de estudo da psicologia emerge nos processos de subjetivação a singularização
do sujeito em sua individualidade.
Palavras-chave: Subjetivação. complexidade.
Introdução
Neste ensaio, discorre sobre os conceitos da subjetividade, para além do entendimento
genérico do sujeito enquanto indivíduo, mas um olhar mais amplo constituído em sua
singularidade como objeto de estudo da Psicologia. A intenção deste trabalho é entender o
conceito de subjetividade na psicologia em suas múltiplas dimensões a partir de uma reflexão
científica do sujeito no cotidiano. Para tanto, recorreu-se a diferentes autores da Psicologia
discutidos nos três artigos analisados.
Esses artigos apresentam os conceitos da subjetividade imersos em seus processos de
construção histórica, política e social, problematizando seus processos de singularização na
contemporaneidade como objeto de estudo da ciência psicológica. A análise dos artigos
escolhidos apresenta diferentes definições, por se tratar de um tema controverso, impregnado
de um paradoxo que sugere a negação da experiência subjetiva do sujeito, ao mesmo tempo,
em que a evidencia.
Metodologia
Este estudo partiu de uma comparação analítica entre os artigos científicos disponíveis
no Google Acadêmico, conforme proposta inicial, com o objetivo revisar a literatura existente,
propiciando uma análise de um tema sob novo ponto de vista, na perspectiva de apresentar
considerações inovadoras.
A presente pesquisa contou ainda com as orientações da professora da disciplina com
sugestões de fonte de pesquisa. A produção textual foi discutida ao longo do processo visando
aprimorar e tornar o texto mais claro e preciso. O estudo se fundamentou na análise
bibliográfica, com a abordagem qualitativa, na perspectiva de apresentar os diversos conceitos
sobre a subjetividade enquanto objeto de estudo da Psicologia, em uma análise comparativa dos
textos.
Resultados e Discussões
A proposta é discutir o conceito de subjetividade para além do senso comum
caracterizando a singularidade do olhar psicológico entre as ciências, que a compreende como
aquilo que é concernente ao sujeito, ao psiquismo ou a sua formação.
Os autores dos artigos apresentam a subjetividade, dentro da compreensão da psiqué
como um sistema complexo, que coloca o indivíduo e a sociedade numa relação indivisível
presente na subjetividade social e individual. Nessa perspectiva, a subjetividade se configura
uma complexidade manifestada por meio da multiplicidade de dimensões que abarcam os
aspectos da vida histórica, cultural, social e política que concorrem para a formação do
indivíduo.
Oliveira e Trindade (2015) destaca o processo de subjetivação como o jogo de relações
que promovem a subjetividade, presentes na prática concreta envolvida nas atividades do
homem, nos jogos de poder que ocorrem em suas práticas discursivas.
Os autores compreendem a psicologia numa complexidade recorrente que envolve o
conhecimento em sua concepção, no seu processo de subjetivação e no conhecimento
socialmente construído, fundamentados em princípios metodológicos, teóricos e
epistemológicos que estão harmonicamente ligados à complexidade da subjetividade na
formação do sujeito.
Os textos mostram o percurso da marginalização pela qual a subjetividade vivenciou no
processo científico, em que a concebiam como oposição à objetividade, e, posteriormente
debatida como possibilidade de se integrar a construção da subjetividade singular, na qual o
sujeito apreende os acontecimentos e como ele significa e atribui o próprio sentido. Desse
modo, a problematização da subjetividade se desloca para a centralidade, na qual assumem suas
questões e relações sobre como o sujeito constroi o conhecimento.
Considerar a subjetividade singular do sujeito em sua diversidade, implica em uma
análise sob as múltiplas formas de existência e modos históricos de ser, ultrapassando essas
implicações nas relações de saber e poder, que são influenciadas por uma sociedade “capitalista
estéticas de subjetividade”, moldada, investida de juízo de valor, que a transforma em
mercadorias de consumo pelos sujeitos. (Prado Filho; Martins, 2007)
Os autores ao discutirem os processos da subjetividade e de subjetivação contemporânea
na psicologia tentam compreendê-la dentro do contexto sociocultural, envolvendo-a num
processo dialético entre o sujeito e o mundo social vinculados aos diversos sistemas subjetivos
constituídos em torno dele. Sendo assim, o reconhecimento da subjetividade do sujeito para a
ciência psicológica requer num conjunto de processos de transformações epistemológicas no
próprio conhecimento e nas experiências de vida.
Neubern (2001) defende a necessidade de procedimentos que constitua novos olhares
sobre a subjetividade enquanto objeto de estudo na psicologia, independentemente, dos riscos
que o envolva, deve atentar-se às suas hipóteses de investigação na construção do conhecimento
psicológico, como elemento essencial para construção do espírito científico.
Não há uma consensualidade nas discussões apresentadas nos textos no que concerne a
subjetividade, mas construções de saberes abertos e investigativos que se articulam com as suas
diversas dimensões no pensamento psicológico.
Os conceitos da subjetividade se alinham na busca da cientificidade presente nas
generalizações e posicionamento teórico no campo psicológico, que implica nas práticas
psicológicas que são eminentemente políticas, deslocando-se para uma psicologia, para uma
singularização que supere a estetização do si e resista a subjetividade e identidades individuais
do contexto da modernidade nas construções de novas experiências de vida.
Considerações Finais
No sentido de responder parcialmente a questões acerca da subjetividade como objeto
do conhecimento da psicologia é que se buscou, fundamentalmente, construir formar de refletir
a partir do espirito científico que convirja no diálogo e na contextualização do conhecimento
que a conceba plural em seus processos de subjetivação e nas possibilidades implicadas na
psicologia.
Ficou evidenciado na pesquisa que não há consenso sobre o conceito da subjetividade
na contemporaneidade, mas concordam que a subjetividade repercute na ciência a psicológica,
e por ela é compreendida como parte intrínseca que singulariza o sujeito em sua
individualidade, perpassando pela história pertencente ao próprio indivíduo e no seu coletivo,
ecoando em suas subjetivações futuras.
Destarte, é mister reconhecer o conceito de subjetividade em sua complexidade e ao
mesmo tempo, a mutabilidade, visto que os caminhos para sua compreensão advêm pela busca
do conhecimento contínuo e incansável.
Referências
NEUBERN, Maurício S. Três obstáculos epistemológicos para o reconhecimento da
subjetividade na psicologia clínica. Psicologia: Reflexão e Crítica [online]. 2001, v. 14, n. 1
Disponível em:
https://www.scielo.br/j/prc/a/kDCmMbyZsvtYnS5CyjhBQKj/?lang=pt&format=pdf
PRADO FILHO, Kleber e MARTINS, Simone. A subjetividade como objeto da(s)
psicologia(s). Psicologia & Sociedade [online]. 2007, v. 19, n. 3 Disponível em:
https://www.scielo.br/j/psoc/a/NJYycJNvX58WS7RHRssSjjH/?lang=pt#ModalArticles
OLIVEIRA, André Luiz de; TRINDADE, Ellika. Apontamentos acerca da subjetividade e
dos processos de subjetivação no mundo contemporâneo e suas repercussões na clínica
psicoterápica. Rev. Psicol. Saúde [online]. 2015, vol.7, n.1. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S2177-093X2015000100005

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Análise da subjetividade na psicologia

  • 1. ANÁLISE DA SUBJETIVIDADE NA PSICOLOGIA CAMARGO, Gleicaelem de¹ PIRES, Patrícia Maria Paula Santos D’Ávila² ¹ Professora da disciplina Metodologia da Pesquisa – Faculdade Pitágoras – 2021 ² Graduanda do Semestre 1 do Curso de Pedagogia – Faculdade Pitágoras - 2021 Resumo O presente estudo objetivou analisar artigos científicos acerca da subjetividade como objeto de estudo da psicologia. A metodologia proposta partiu da pesquisa bibliográfica, a partir da análise de artigos científicos disponíveis no Google Acadêmico. Os resultados apontaram para a ausência de consenso sobre seu conceito, mas no contexto contemporâneo a subjetividade enquanto objeto de estudo da psicologia emerge nos processos de subjetivação a singularização do sujeito em sua individualidade. Palavras-chave: Subjetivação. complexidade. Introdução Neste ensaio, discorre sobre os conceitos da subjetividade, para além do entendimento genérico do sujeito enquanto indivíduo, mas um olhar mais amplo constituído em sua singularidade como objeto de estudo da Psicologia. A intenção deste trabalho é entender o conceito de subjetividade na psicologia em suas múltiplas dimensões a partir de uma reflexão científica do sujeito no cotidiano. Para tanto, recorreu-se a diferentes autores da Psicologia discutidos nos três artigos analisados. Esses artigos apresentam os conceitos da subjetividade imersos em seus processos de construção histórica, política e social, problematizando seus processos de singularização na contemporaneidade como objeto de estudo da ciência psicológica. A análise dos artigos escolhidos apresenta diferentes definições, por se tratar de um tema controverso, impregnado de um paradoxo que sugere a negação da experiência subjetiva do sujeito, ao mesmo tempo, em que a evidencia. Metodologia Este estudo partiu de uma comparação analítica entre os artigos científicos disponíveis no Google Acadêmico, conforme proposta inicial, com o objetivo revisar a literatura existente, propiciando uma análise de um tema sob novo ponto de vista, na perspectiva de apresentar considerações inovadoras. A presente pesquisa contou ainda com as orientações da professora da disciplina com sugestões de fonte de pesquisa. A produção textual foi discutida ao longo do processo visando aprimorar e tornar o texto mais claro e preciso. O estudo se fundamentou na análise bibliográfica, com a abordagem qualitativa, na perspectiva de apresentar os diversos conceitos sobre a subjetividade enquanto objeto de estudo da Psicologia, em uma análise comparativa dos textos. Resultados e Discussões
  • 2. A proposta é discutir o conceito de subjetividade para além do senso comum caracterizando a singularidade do olhar psicológico entre as ciências, que a compreende como aquilo que é concernente ao sujeito, ao psiquismo ou a sua formação. Os autores dos artigos apresentam a subjetividade, dentro da compreensão da psiqué como um sistema complexo, que coloca o indivíduo e a sociedade numa relação indivisível presente na subjetividade social e individual. Nessa perspectiva, a subjetividade se configura uma complexidade manifestada por meio da multiplicidade de dimensões que abarcam os aspectos da vida histórica, cultural, social e política que concorrem para a formação do indivíduo. Oliveira e Trindade (2015) destaca o processo de subjetivação como o jogo de relações que promovem a subjetividade, presentes na prática concreta envolvida nas atividades do homem, nos jogos de poder que ocorrem em suas práticas discursivas. Os autores compreendem a psicologia numa complexidade recorrente que envolve o conhecimento em sua concepção, no seu processo de subjetivação e no conhecimento socialmente construído, fundamentados em princípios metodológicos, teóricos e epistemológicos que estão harmonicamente ligados à complexidade da subjetividade na formação do sujeito. Os textos mostram o percurso da marginalização pela qual a subjetividade vivenciou no processo científico, em que a concebiam como oposição à objetividade, e, posteriormente debatida como possibilidade de se integrar a construção da subjetividade singular, na qual o sujeito apreende os acontecimentos e como ele significa e atribui o próprio sentido. Desse modo, a problematização da subjetividade se desloca para a centralidade, na qual assumem suas questões e relações sobre como o sujeito constroi o conhecimento. Considerar a subjetividade singular do sujeito em sua diversidade, implica em uma análise sob as múltiplas formas de existência e modos históricos de ser, ultrapassando essas implicações nas relações de saber e poder, que são influenciadas por uma sociedade “capitalista estéticas de subjetividade”, moldada, investida de juízo de valor, que a transforma em mercadorias de consumo pelos sujeitos. (Prado Filho; Martins, 2007) Os autores ao discutirem os processos da subjetividade e de subjetivação contemporânea na psicologia tentam compreendê-la dentro do contexto sociocultural, envolvendo-a num processo dialético entre o sujeito e o mundo social vinculados aos diversos sistemas subjetivos constituídos em torno dele. Sendo assim, o reconhecimento da subjetividade do sujeito para a ciência psicológica requer num conjunto de processos de transformações epistemológicas no próprio conhecimento e nas experiências de vida. Neubern (2001) defende a necessidade de procedimentos que constitua novos olhares sobre a subjetividade enquanto objeto de estudo na psicologia, independentemente, dos riscos que o envolva, deve atentar-se às suas hipóteses de investigação na construção do conhecimento psicológico, como elemento essencial para construção do espírito científico. Não há uma consensualidade nas discussões apresentadas nos textos no que concerne a subjetividade, mas construções de saberes abertos e investigativos que se articulam com as suas diversas dimensões no pensamento psicológico. Os conceitos da subjetividade se alinham na busca da cientificidade presente nas generalizações e posicionamento teórico no campo psicológico, que implica nas práticas psicológicas que são eminentemente políticas, deslocando-se para uma psicologia, para uma singularização que supere a estetização do si e resista a subjetividade e identidades individuais do contexto da modernidade nas construções de novas experiências de vida. Considerações Finais
  • 3. No sentido de responder parcialmente a questões acerca da subjetividade como objeto do conhecimento da psicologia é que se buscou, fundamentalmente, construir formar de refletir a partir do espirito científico que convirja no diálogo e na contextualização do conhecimento que a conceba plural em seus processos de subjetivação e nas possibilidades implicadas na psicologia. Ficou evidenciado na pesquisa que não há consenso sobre o conceito da subjetividade na contemporaneidade, mas concordam que a subjetividade repercute na ciência a psicológica, e por ela é compreendida como parte intrínseca que singulariza o sujeito em sua individualidade, perpassando pela história pertencente ao próprio indivíduo e no seu coletivo, ecoando em suas subjetivações futuras. Destarte, é mister reconhecer o conceito de subjetividade em sua complexidade e ao mesmo tempo, a mutabilidade, visto que os caminhos para sua compreensão advêm pela busca do conhecimento contínuo e incansável.
  • 4. Referências NEUBERN, Maurício S. Três obstáculos epistemológicos para o reconhecimento da subjetividade na psicologia clínica. Psicologia: Reflexão e Crítica [online]. 2001, v. 14, n. 1 Disponível em: https://www.scielo.br/j/prc/a/kDCmMbyZsvtYnS5CyjhBQKj/?lang=pt&format=pdf PRADO FILHO, Kleber e MARTINS, Simone. A subjetividade como objeto da(s) psicologia(s). Psicologia & Sociedade [online]. 2007, v. 19, n. 3 Disponível em: https://www.scielo.br/j/psoc/a/NJYycJNvX58WS7RHRssSjjH/?lang=pt#ModalArticles OLIVEIRA, André Luiz de; TRINDADE, Ellika. Apontamentos acerca da subjetividade e dos processos de subjetivação no mundo contemporâneo e suas repercussões na clínica psicoterápica. Rev. Psicol. Saúde [online]. 2015, vol.7, n.1. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S2177-093X2015000100005