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Equipamentos de
Salvatagem
Súmario
Equipamentos de salvatagem ……………………………………………………...…02
Salvatagem……………………………………………………………………………02
Bote de resgate……………………………………………………………………..…02
Balsa salva-vidas…………………………………………………………………...…03
Coletes……………………………………………………………………………...…03
Roupa de imersão……………………………………………………………………..04
Equipamentos de bombeiro…………………………………………………………...04
Aparelho de respiração………………………………………………………………..05
Bóias salva-vidas…………………………………………………………………...…05
Sinais Fumígenos…………………………………………………………………..…06
Aparelhos de Comunicação…………………………………………………………...07
Requerimento especial para “Dangerous goods”……………………………………...07
Caixa de primeiros socorros………………………………………………………..…07
Combate a Incêndio………………………………………………………………...…07
Extintores…………………………………………………………………………..….07
Mangueiras e hidrantes……………………………………………………………..…08
Material de salvatagem…………………………………………………………....09
Sobrevivência………………………………………………………………….…16
Distância da embarcação sinistrada…………………………………………….…17
Destroços como recurso para flutuação……………………………………….…17
Ingestão de água salgada………………………………………………………….18
Equipamentos de salvatagem e combate a incêndio
Os equipamentos de salvatagem e combate á incêndio são essenciais para que seja
mantida a segurança dos tripulantes quando o navio estiver em operação.
A notação de classe de uma embarcação interfere na seleção dos equipamentos
necessários e suas respectivas quantidades. Por isso, como foi mencionado
anteriormente o navio em estudo possui classe FiFi 2. Além disso, é comum navios de
suporte à plataforma possuírem a notação de “dangerous goods”, devido ao transporte
de cargas consideradas perigosas. Com os requisitos básicos e os requisitos especiais
para atender as é possível realizar a seleção dos principais equipamentos.
Salvatagem
Os equipamentos de salvatagem foram devidamente selecionados para os 30
tripulantes a bordo. Sendo baseados fundamentalmente na referência Solas [15], e como
a atuação da embarcação é em território brasileiro, na referência Norman [25].
Esses equipamentos são para assegurar a vida dos tripulantes. Entram nesse tópico
equipamentos como: bote de resgate, bóias salva-vidas, coletes, roupas de imersão,
balsa salva-vidas, entre outros.
Normam Cap III part B.
Seleção de equipamentos http://www.viking-life.com/[26]
Bote de resgate
È um meio coletivo de abandono de embarcação em perigo, capaz de preservar a
vida de pessoas durante um certo período, enquanto aguardam socorro.
1 bote de resgate, localizado no convés B..
2
Balsa salva-vidas
Deve existir um número de balsas compatível com a capacidade de 100% da
tripulação por bordo. Foram selecionada 4 balsas infláveis com capacidade de 16
pessoas cada. Sendo localizadas duas em cada bordo e para embarcar o pessoal é
necessário haver uma prancha de embarque localizada em cada bordo.
4 balsas infláveis com capacidade para 16 pessoas cada, localizadas no convés B.
Coletes
É um meio individual de abandono, capaz de manter uma pessoa, mesmo
inconsciente, flutuando por, no mínimo, 24 horas.
Regulamento 7
30 coletes salva-vidas, um para cada tripulante a bordo localizadas nas cabines,
uma para cada ocupante da cabine.
3 coletes para crianças, 10% do total, localizado na estação de incêndio.
2 coletes no passadiço
3 coletes na praça de máquinas
3
Roupa de imersão
É uma roupa protetora que reduz a perda de calor do corpo de uma pessoa que a
esteja usando em água fria. Ela permite os movimentos e o deslocamento da pessoa.
30 roupas de imersão localizadas nas cabines, uma para cada ocupante da cabine.
Equipamentos de bombeiro
Devido ao requisito da notação de classe Fifi 2 devem existir 8 equipamentos de
bombeiro localizados na estação de incêndio.
Cada equipamento é composto por:
a. 1 Roupa completamente fechada resistente ao fogo (capuz, macacão e jaqueta);
b. 1 par de Botas e luvas resistente ao fogo;
c. 1 Cinto de segurança resistente ao fogo;
d. 1 Capacete de segurança;
e. 1 Aparelho de respiração de ar- comprimido;
f. 2 cilindros adicionais;
g. 1 Machado;
h. 1 lâmpada de segurança vermelha;
i. 1 cabo de segurança resistente ao fogo (45m);
j. 1 furadeira manual para apenas um dos conjuntos deve estar localizada na
estação de incêndio.
4
Aparelho de respiração
Máscara de escape de emergência (EEBD), de acordo com os requerimentos devem
existir 6 unidades.
1 na sala de comando na praça de máquinas, 1 na entrada da praça de máquinas, 1
na entrada da praça de máquinas convés acima do fundo duplo, 1 estação de combate a
incêndio, 1 no corredor principal das acomodações convés principal, 1 no corredor
principal das acomodações convés A.
Bóias salva-vidas
2 Bóias com retinida (uma em cada bordo), localizadas no convés B.
2 bóias com sinal fumígeno localizada no passadiço;
4 bóias com dispositivo de iluminação automática, 2 localizadas no convés
principal e 2 localizadas no convés B.
5
Sinais Fumígenos
São dispositivos que se destinam, de dia e à noite, à indicação de que uma
embarcação ou pessoa se encontra em perigo, ou que foi recebido e entendido o seu
sinal de socorro emitido. Esse sinais se localizam no convés do passadiço.
Sinais para-quedas
O foguete manual estrela vermelha com pára-quedas é o dispositivo de
acionamento manual que, ao atingir 300 m de altura, ejeta um pára-quedas com uma luz
vermelha intensa. É utilizado em embarcações de sobrevivência para emitir sinal de
socorro visível a grande distância.
12 sinais para-quedas.
Fachos manuais
Dispositivo de acionamento manual que emite luz vermelha intensa. É utilizado em
embarcações de sobrevivência para indicar sua posição à noite
2 fachos manuais – luz vermelha
Fumígenos flutuantes
Ddispositivo de acionamento manual que emite fumaça por 3 ou 15 minutos para
indicar, durante o dia, a posição de uma embarcação de sobrevivência ou a de uma
pessoa que tenha caído na água.
2 fumígenos flutuantes – laranja
Lança retinida
1 lança retinida com 4 projéteis
Abaixo pode se observar:
- fachos manuais - luz vermelho
- sinais parquedas
- fumígeno flutuante - laranja
6
Aparelhos de Comunicação
Localizados no convés do passadiço.
2 radares transponder;
3 rádio telefone VHF;
Requerimento especial para “Dangerous goods”
Localizados na estação de incêndio.
4 roupas de proteção resistente a substâncias químicas.
2 aparelhos de respiração
2 refis para cada aparelho de respiração, totalizando 4.
2 extintores portáteis de pó químico totalizando 12kg.
1 aparelho de detecção de gases
Caixa de primeiros socorros
As embarcações que transportem mais de 15 pessoas a bordo deverão ser dotadas
de uma caixa de primeiros socorros.
1 caixa de primeiros socorros localizado na sala se controle na praça de máquinas.
Combate a Incêndio
Os equipamentos de combate a incêndio foram devidamente selecionados baseados
nas referências Norman [15] e Solas [16].
Extintores
Existem 4 tipos de cargas para extintores, elas são: pó químico, água, espuma e
CO2. Além disso os extintores são classificados de acordo com:
Dessa forma, é possível conhecer a localização e suas respectivas quantidades:
7
Assim.
Pó Químico 9kg–14unidades – 1 no convés passadiço, 1 no corredor do convés C, 1 no
corredor do convés B, 1 no corredor do convés A, 1 na entrada da cozinha, 1 no corredor do
convés principal, 1 no compartimento do gerador de emergência, 2 na praça de máquinas,
1 na sala se controle na praça de máquinas, 2 na região de carga, 1 no compartimento da
máquina do leme, 1 no compartimento do bow thruster.
CO2 6kg – 4 unidades – 1 no convés do passadiço, 1 convés principal, 1 sala de controle da
praça de máquinas, 1 praça de máquinas.
Pó Químico 50 kg – 2 na praça de máquinas. Esse tipo de extintor deve possuir rodas
já que não pode ser mais considerado portátil como os outros extintores mencionados.
È necessário haver mais 50% da quantidade total de extintores para as 10 primeiras
unidades.
Assim, é necessário haver mais 6 extintores de pó químico e 2 de CO localizados na
estação de incêndio.
Mangueiras e hidrantes
O posicionamento dos hidrantes deve ser tal que dois jatos de água não oriundos do mesmo
hidrante possa cobrir qualquer parte da embarcação. Já as mangueiras não devem possuir
comprimento maior do que 23m. Dessa forma:
14 hidrantes – 7 no convés principal, 2 no convés A, 2 no convés B, 1 no convés C
, 2 no convés do passadiço.
16 mangueiras – 9 no convés principal, 2 no convés A, 2 no convés B, 1 no convés
C , 2 no convés do passadiço.
8
navio encalhado
Material de salvatagem
Introdução
Como aquaviário, você irá desempenhar uma função a bordo de embarcações nacionais. É
importante você saber desde agora que as questões relativas à segurança dizem respeito a todos a
bordo. Você deve trabalhar seguindo as normas de segurança para prevenir acidentes e situações
de emergência.
É dever do seu comandante/mestre manter a tripulação devidamente treinada para enfrentar
possíveis situações de emergência, como incêndio, abalroamento ou colisão, água aberta, e,
principalmente, naufrágio.
Isso não é o bastante. Todo aquaviário deve se interessar pelos assuntos ligados à
salvatagem.
O conhecimento das técnicas de sobrevivência e o treinamento adequado podem salvar
sua vida!
Os recursos para salvatagem nas embarcações
As normas marítimas brasileiras determinam que as embarcações têm que possuir a bordo
equipamentos de salvatagem. São esses equipamentos que vão garantir a sobrevivência das
pessoas caso ocorra um naufrágio. Existem dois tipos de equipamentos de salvatagem que você deve
conhecer: os equipamentos individuais e os coletivos. São exemplos de equipamentos individuais
de salvatagem o colete salva-vidas e a bóia circular
9
Os equipamentos coletivos de salvatagem são as
embarcações de sobrevivência encontradas a bordo:
• as balsas salva-vidas infláveis normalmente
utilizadas em embarcações de mar aberto;
.
• as baleeiras, existentes nos navios de maior porte;
• os aparelhos flutuantes, também conhecidos como balsas
rígidas, usadas apenas nas embarcações empregadas em
águas interiores. A sua parte central destina-se apenas a
acomodar uma pessoa ferida ou inconsciente ou uma
criança; e
• em casos especiais, o bote orgânico
(inflável ou rígido).
10
Colete salva-vidas
É o principal equipamento de salvatagem a bordo da
embarcação. É tão importante que cada pessoa, seja ela tripulante ou
passageiro, deve ter um à sua disposição. Treine com freqüência a sua
colocação.
Lembre-se: as normas internacionais estabelecem que você tem que
vestir o colete salva-vidas, corretamente, em até 1 minuto, e sem ajuda.
Este dispositivo foi feito para aqueles que sabem e os
que não sabem nadar. Assim, mesmo que você seja um
excelente nadador, vista-o.
DPC
Existem vários modelos de coletes salva-vidas. O mais
importante é que o que você irá utilizar a bordo esteja aprovado
pela Diretoria de Portos e Costas (DPC). E como você reconhece
que o equipamento está aprovado pela DPC? Ao inspecioná-
lo, quando embarcar, procure o carimbo de homologação.
Os tipos mais simples são vestidos pela cabeça e
amarrados na altura da cintura. É importante que o
equipamento fique bem ajustado ao corpo, não ficando
frouxo, pois quando a pessoa entra na água, a tendência dele é subir,
causando desconforto ao náufrago, podendo inclusive sair pela cabeça.
É fundamental que você obedeça às
seguintes regras:
• Nunca use seu colete salva-vidas
como encosto, almofada ou
travesseiro, pois você pode avariá-lo.
• Não o tire da embarcação, pois
poderá faltar para alguém a bordo.
• Sempre que for feito algum treinamento, principalmente
dentro da água salgada, o equipamento deve ser lavado com água
doce e posto para secar, antes de ser guardado no camarote ou no
paiol de salvatagem
11
Bóia salva-vidas
vidas.
A Autoridade Marítima exige que se tenha a bordo das embarcações bóias salva-
A bóia é um equipamento utilizado na faina de resgate de pessoas que estejam dentro da
água.
A bóia salva-vidas (também conhecida como bóia circular) pode
ter alguns acessórios, como uma retinida flutuante, um sinal fumígeno
flutuante (fumaça na cor laranja para sinalização durante o dia) e
um dispositivo de iluminação automático (conhecido como facho
holmes, para sinalização durante a noite).
O número desses equipamentos existentes a bordo depende do comprimento da
embarcação. É importante que estejam distribuídos pelos dois bordos da embarcação.
Como dito acima, a bóia circular é muito utilizada na faina de “homem ao mar”, ou seja,
quando um tripulante ou passageiro de bordo cai dentro da água. O que fazer numa situação de
emergência como essa? Essa é uma pergunta que todo aquaviário tem que saber responder. O
mais importante é o tempo em que se leva para retirar a pessoa de dentro da água. Quanto mais
rápido, maiores as chances de sobrevivência.
• em primeiro lugar, dê o alarme, ou seja, grite
avisando ao timoneiro ou comandante/mestre que tem alguém
dentro da água;
• jogue, de preferência, uma bóia salva-vidas com
retinida, procurando recuperar a pessoa antes que ela tenha
passado pela embarcação;
• não sendo possível, lance ao mar
equipamentos de sinalização para marcar a posição da pessoa
(lembre-se,asbóiascircularespodem
ter como acessórios sinais de fumaça ou
dispositivos de iluminação);
• mantenha a vítima sempre à vista;
• providencie com os demais tripulantes, algum
dispositivo para içar a pessoa de dentro da água.
2
Embarcação de sobrevivência
Existem duas maneiras de você entrar em uma
balsa inflável: seco ou molhado.
No embarque direto, ou método seco, deve- se
entrar na balsa sem mergulhar na água. Em seguida esta
éarriadanaágua com o pessoal dentro dela.
Caso não seja possível, o embarque será
molhado, isto é, você terá que entrar na água. O
procedimento é pular sempre de pé (regra dos “pés
primeiro”), com as pernas fechadas e braços juntos do corpo, de preferência segurando seu colete
salva-vidas e nadar até o bote salva-vidas e embarcar nele com calma.
rígida.
Em embarcações empregadas paranavegação interior, geralmenteexisteumabalsa
Se a sua embarcação possuir uma balsa salva-vidas inflável, procure embarcar de forma
correta, utilizando os acessórios da entrada. A melhor maneira de embarcar na balsa salva-vidas,
de dentro da água, é utilizando a escada de tiras e a plataforma de embarque, como demonstrado
na figura abaixo.
Se durante o lançamento da balsa salva-vidas, ela inflar de cabeça para baixo, você poderá
facilmente desvirá-la. Para isso, suba na balsa e fique sobre o cilindro de CO , em seguida, puxe o
cabo de endireitamento localizado na parte inferior da balsa.
Lembre-se: todo material de salvatagem deve possuir certificado de
homologação emitido pela DPC.
13
Procedimentos do náufrago antes do resgate
Uma coisa você tem que ter sempre em mente: você só é sobrevivente após o resgate!
Até ser salvo, você é apenas um náufrago.
Para alcançar o seu objetivo, que é ser resgatado com vida, você tem que observar os
procedimentos de sobrevivência no mar. Veja os mais importantes:
• após embarcar na balsa salva-vidas, corte o cabo que a prende à embarcação;
• caso o mar esteja agitado, mantenha o colete salva-vidas vestido;
• afaste-se da embarcação que está afundando, mas mantenha-se nas proximidades
do naufrágio, pois isto irá ajudaras equipes debuscae salvamento a encontrá- lo;
• recolha os companheiros que estejam dentro da água e aplique os primeiros socorros
a quem deles necessitar e, também, todos os objetos que estiverem flutuando e que possam ser
úteis;
• procure reunir todas as outras embarcações de sobrevivência que estejam nas
proximidades;
• estabeleça turnos de vigia com o objetivo principal de observar a aproximação de um
navio ou aeronave;
• não se exponha ao sol, principalmente sem roupas, pois os raios solares podem causar
queimaduras graves. Improvise uma cobertura para sua embarcação de sobrevivência, caso
ela não a possua;
• proceda à distribuição controlada das rações de sobrevivência – água e alimento;
• evite fazer esforços desnecessários, pois aumentará o desgaste físico e a perda de água do
corpo;
• envide esforços para manter a moral do grupo elevado; e
• deixe os sinalizadores de emergência (fumígenos e foguetes iluminativos com pára-
quedas) preparados para funcionamento.
• no caso de rios e de águas abrigadas, evite o sangramento de feridas quando na água, pois
o sangue atrai piranhas que atacam em cardumes e podem devorar uma pessoa em poucos
minutos.
O náufrago tem que estar preparado para ser resgatado. Essa etapa da sobrevivência é
muito importante e não deve ser encarada com displicência. Ser detectado não significa ser
resgatado. Muitos acidentes, alguns fatais, ocorrem durante o resgate. Encare o salvamento com
toda a seriedade possível, evitando crises emocionais. Deixe- as para quando estiver em lugar
seguro.
O resgate pode se dar por embarcação ou
por aeronave (helicóptero), devendo o náufrago
estarsempreusando seu coletesalva- vidas.
14
Sobrevivência
Procedimento de abandono da embarcação
O tripulante tem que estarfamiliarizado com todas as suas funções, inclusive aquelas ligadas às
fainas de emergência, sendo a maior delas o abandono da embarcação, última alternativa, como
medida extrema a ser tomada.
Atenção: no mar, a nossa embarcação é o local mais seguro.
A ordem para abandonar a embarcação deve ser dada pelo comandante ou mestre.
Ao escutar o toque de alarme geral (uma série de sete ou mais apitos
curtos seguidos por um apito longo), vista roupas adicionais e o seu colete
salva-vidas e, então, dirija-se ao ponto de reunião (local previamente
definido, que você deve guarnecer durante uma emergência para receber
instruções de como proceder). Esse toque antecede o toque das fainas de
emergência (incêndio, colisão e abandono). É importante que você saiba o
seguinte: esse toque não significa abandono da embarcação.
O toque de abandono é representado pelo acionamento da campainha de alarme geral, que
soará ininterruptamente.
• não leve objetos de uso pessoal nem qualquer tipo de bagagem. O mais importante nesse
momento é a sua vida e a de seus companheiros.
• havendo tempo, procure abastecer a embarcação de sobrevivência com água potável
adicional;
• leve para a embarcação de
sobrevivência apenas equipamentos
úteis, como por exemplo:
equipamentos de comunicação
(rádios portáteis), de sinalização
(fumígenos e pirotécnicos), cabos de
fibra, acessórios náuticos (carta náutica do local, régua, compasso, lápis),
cobertores, entre outros.
• execute suas tarefas relativas ao lançamento da embarcação de sobrevivência;
• entre na embarcação de sobrevivência, de preferência seco.
• assegure-se de que todos os companheiros destinados para aquela embarcação estão a
bordo;
• afaste-se da embarcação sinistrada.
Lembre-se, afaste-se apenas o suficiente para ficar “safo” da embarcação.
15
Vestimenta para o abandono da embarcação
A maior causa de morte em sobrevivência no mar é a hipotermia, que pode ser definida
como a diminuição da temperatura do corpo causada pela exposição do náufrago a ambientes frios,
principalmente no caso de imersão em água fria.
A roupa representa o primeiro elemento da proteção do náufrago. Evite abandonar a
embarcação senão estiverapropriadamentevestido,principalmentecom roupas quentes.
A prática demonstrou que as melhores roupas para o náufrago usar são as feitas de lã. Se
possível, providencie também uma proteção para a cabeça, pois esta é a parte do corpo onde
existe maior emissão de calor. Nunca esqueça o seu colete salva-vidas!
Algumas embarcações possuem roupas próprias para o abandono. São exemplos a roupa de
imersão e a roupa antiexposição.
16
Distância da embarcação sinistrada
É fundamental manter uma distância segura da embarcação sinistrada. O afastamento
deve ser suficiente para que não ocorra a sucção dos náufragos quando essa afundar, evitando,
também, que sejam atingidos por algum objeto que se desprenda e venha à superfície.
Outro fator que justifica o afastamento da embarcação é a possibilidade de vazamento
de combustível, que poderá provocar incêndio, caso haja alguma fagulha.
É importante que os náufragos se mantenham nas proximidades do sinistro, numa distância
segura, principalmente se foi enviada uma mensagem de socorro.
Se o naufrágio se der nas proximidades de terra, procure chegar até ela, pois as condições
de sobrevivência serão muito melhores.
Destroços como recurso para flutuação
O colete salva-vidas é o principal equipamento individual de salvatagem. É primordial que
toda pessoa que vá abandonar uma embarcação esteja vestindo o seu colete salva- vidas.
Entretanto, se ocorrer uma situação imprevista em que o náufrago não tenha tempo ou
oportunidade de vestir seu colete antes de abandonar a embarcação ou se ficar impossibilitado de
utilizar uma embarcação de sobrevivência será necessário improvisar algum tipo de ajuda para se
manter flutuando. Isto pode ser feito colhendo destroços da própria embarcação naufragada que
estejam flutuando no local, mantendo-os junto ao corpo como um recurso para se manter na
superfície. Isso fará com que você poupe energia e prolongue sua sobrevivência.
17
Ingestão de água salgada
Beber água salgada mata! Nunca beba água do mar, nem a misture com
água potável.
Quando o náufrago bebe água salgada, o sal fica acumulado em seu corpo,
havendo necessidade de água potável para dissolvê-lo nos rins, e posteriormente,
eliminá-lo através da urina. Como em condições adversas no mar não existe água
potável em quantidade adequada para hidratar o corpo, a própria água do
organismo vai migrar para eliminar o sal acumulado. Dessa forma, o náufrago
que bebe água do mar agrava o seu estado de desidratação, podendo inclusive
morrer.
18

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Equipamentos de salvatagem e combate a incêndio

  • 2. Súmario Equipamentos de salvatagem ……………………………………………………...…02 Salvatagem……………………………………………………………………………02 Bote de resgate……………………………………………………………………..…02 Balsa salva-vidas…………………………………………………………………...…03 Coletes……………………………………………………………………………...…03 Roupa de imersão……………………………………………………………………..04 Equipamentos de bombeiro…………………………………………………………...04 Aparelho de respiração………………………………………………………………..05 Bóias salva-vidas…………………………………………………………………...…05 Sinais Fumígenos…………………………………………………………………..…06 Aparelhos de Comunicação…………………………………………………………...07 Requerimento especial para “Dangerous goods”……………………………………...07 Caixa de primeiros socorros………………………………………………………..…07 Combate a Incêndio………………………………………………………………...…07 Extintores…………………………………………………………………………..….07 Mangueiras e hidrantes……………………………………………………………..…08 Material de salvatagem…………………………………………………………....09 Sobrevivência………………………………………………………………….…16 Distância da embarcação sinistrada…………………………………………….…17 Destroços como recurso para flutuação……………………………………….…17 Ingestão de água salgada………………………………………………………….18
  • 3. Equipamentos de salvatagem e combate a incêndio Os equipamentos de salvatagem e combate á incêndio são essenciais para que seja mantida a segurança dos tripulantes quando o navio estiver em operação. A notação de classe de uma embarcação interfere na seleção dos equipamentos necessários e suas respectivas quantidades. Por isso, como foi mencionado anteriormente o navio em estudo possui classe FiFi 2. Além disso, é comum navios de suporte à plataforma possuírem a notação de “dangerous goods”, devido ao transporte de cargas consideradas perigosas. Com os requisitos básicos e os requisitos especiais para atender as é possível realizar a seleção dos principais equipamentos. Salvatagem Os equipamentos de salvatagem foram devidamente selecionados para os 30 tripulantes a bordo. Sendo baseados fundamentalmente na referência Solas [15], e como a atuação da embarcação é em território brasileiro, na referência Norman [25]. Esses equipamentos são para assegurar a vida dos tripulantes. Entram nesse tópico equipamentos como: bote de resgate, bóias salva-vidas, coletes, roupas de imersão, balsa salva-vidas, entre outros. Normam Cap III part B. Seleção de equipamentos http://www.viking-life.com/[26] Bote de resgate È um meio coletivo de abandono de embarcação em perigo, capaz de preservar a vida de pessoas durante um certo período, enquanto aguardam socorro. 1 bote de resgate, localizado no convés B.. 2
  • 4. Balsa salva-vidas Deve existir um número de balsas compatível com a capacidade de 100% da tripulação por bordo. Foram selecionada 4 balsas infláveis com capacidade de 16 pessoas cada. Sendo localizadas duas em cada bordo e para embarcar o pessoal é necessário haver uma prancha de embarque localizada em cada bordo. 4 balsas infláveis com capacidade para 16 pessoas cada, localizadas no convés B. Coletes É um meio individual de abandono, capaz de manter uma pessoa, mesmo inconsciente, flutuando por, no mínimo, 24 horas. Regulamento 7 30 coletes salva-vidas, um para cada tripulante a bordo localizadas nas cabines, uma para cada ocupante da cabine. 3 coletes para crianças, 10% do total, localizado na estação de incêndio. 2 coletes no passadiço 3 coletes na praça de máquinas 3
  • 5. Roupa de imersão É uma roupa protetora que reduz a perda de calor do corpo de uma pessoa que a esteja usando em água fria. Ela permite os movimentos e o deslocamento da pessoa. 30 roupas de imersão localizadas nas cabines, uma para cada ocupante da cabine. Equipamentos de bombeiro Devido ao requisito da notação de classe Fifi 2 devem existir 8 equipamentos de bombeiro localizados na estação de incêndio. Cada equipamento é composto por: a. 1 Roupa completamente fechada resistente ao fogo (capuz, macacão e jaqueta); b. 1 par de Botas e luvas resistente ao fogo; c. 1 Cinto de segurança resistente ao fogo; d. 1 Capacete de segurança; e. 1 Aparelho de respiração de ar- comprimido; f. 2 cilindros adicionais; g. 1 Machado; h. 1 lâmpada de segurança vermelha; i. 1 cabo de segurança resistente ao fogo (45m); j. 1 furadeira manual para apenas um dos conjuntos deve estar localizada na estação de incêndio. 4
  • 6. Aparelho de respiração Máscara de escape de emergência (EEBD), de acordo com os requerimentos devem existir 6 unidades. 1 na sala de comando na praça de máquinas, 1 na entrada da praça de máquinas, 1 na entrada da praça de máquinas convés acima do fundo duplo, 1 estação de combate a incêndio, 1 no corredor principal das acomodações convés principal, 1 no corredor principal das acomodações convés A. Bóias salva-vidas 2 Bóias com retinida (uma em cada bordo), localizadas no convés B. 2 bóias com sinal fumígeno localizada no passadiço; 4 bóias com dispositivo de iluminação automática, 2 localizadas no convés principal e 2 localizadas no convés B. 5
  • 7. Sinais Fumígenos São dispositivos que se destinam, de dia e à noite, à indicação de que uma embarcação ou pessoa se encontra em perigo, ou que foi recebido e entendido o seu sinal de socorro emitido. Esse sinais se localizam no convés do passadiço. Sinais para-quedas O foguete manual estrela vermelha com pára-quedas é o dispositivo de acionamento manual que, ao atingir 300 m de altura, ejeta um pára-quedas com uma luz vermelha intensa. É utilizado em embarcações de sobrevivência para emitir sinal de socorro visível a grande distância. 12 sinais para-quedas. Fachos manuais Dispositivo de acionamento manual que emite luz vermelha intensa. É utilizado em embarcações de sobrevivência para indicar sua posição à noite 2 fachos manuais – luz vermelha Fumígenos flutuantes Ddispositivo de acionamento manual que emite fumaça por 3 ou 15 minutos para indicar, durante o dia, a posição de uma embarcação de sobrevivência ou a de uma pessoa que tenha caído na água. 2 fumígenos flutuantes – laranja Lança retinida 1 lança retinida com 4 projéteis Abaixo pode se observar: - fachos manuais - luz vermelho - sinais parquedas - fumígeno flutuante - laranja 6
  • 8. Aparelhos de Comunicação Localizados no convés do passadiço. 2 radares transponder; 3 rádio telefone VHF; Requerimento especial para “Dangerous goods” Localizados na estação de incêndio. 4 roupas de proteção resistente a substâncias químicas. 2 aparelhos de respiração 2 refis para cada aparelho de respiração, totalizando 4. 2 extintores portáteis de pó químico totalizando 12kg. 1 aparelho de detecção de gases Caixa de primeiros socorros As embarcações que transportem mais de 15 pessoas a bordo deverão ser dotadas de uma caixa de primeiros socorros. 1 caixa de primeiros socorros localizado na sala se controle na praça de máquinas. Combate a Incêndio Os equipamentos de combate a incêndio foram devidamente selecionados baseados nas referências Norman [15] e Solas [16]. Extintores Existem 4 tipos de cargas para extintores, elas são: pó químico, água, espuma e CO2. Além disso os extintores são classificados de acordo com: Dessa forma, é possível conhecer a localização e suas respectivas quantidades: 7
  • 9. Assim. Pó Químico 9kg–14unidades – 1 no convés passadiço, 1 no corredor do convés C, 1 no corredor do convés B, 1 no corredor do convés A, 1 na entrada da cozinha, 1 no corredor do convés principal, 1 no compartimento do gerador de emergência, 2 na praça de máquinas, 1 na sala se controle na praça de máquinas, 2 na região de carga, 1 no compartimento da máquina do leme, 1 no compartimento do bow thruster. CO2 6kg – 4 unidades – 1 no convés do passadiço, 1 convés principal, 1 sala de controle da praça de máquinas, 1 praça de máquinas. Pó Químico 50 kg – 2 na praça de máquinas. Esse tipo de extintor deve possuir rodas já que não pode ser mais considerado portátil como os outros extintores mencionados. È necessário haver mais 50% da quantidade total de extintores para as 10 primeiras unidades. Assim, é necessário haver mais 6 extintores de pó químico e 2 de CO localizados na estação de incêndio. Mangueiras e hidrantes O posicionamento dos hidrantes deve ser tal que dois jatos de água não oriundos do mesmo hidrante possa cobrir qualquer parte da embarcação. Já as mangueiras não devem possuir comprimento maior do que 23m. Dessa forma: 14 hidrantes – 7 no convés principal, 2 no convés A, 2 no convés B, 1 no convés C , 2 no convés do passadiço. 16 mangueiras – 9 no convés principal, 2 no convés A, 2 no convés B, 1 no convés C , 2 no convés do passadiço. 8
  • 10. navio encalhado Material de salvatagem Introdução Como aquaviário, você irá desempenhar uma função a bordo de embarcações nacionais. É importante você saber desde agora que as questões relativas à segurança dizem respeito a todos a bordo. Você deve trabalhar seguindo as normas de segurança para prevenir acidentes e situações de emergência. É dever do seu comandante/mestre manter a tripulação devidamente treinada para enfrentar possíveis situações de emergência, como incêndio, abalroamento ou colisão, água aberta, e, principalmente, naufrágio. Isso não é o bastante. Todo aquaviário deve se interessar pelos assuntos ligados à salvatagem. O conhecimento das técnicas de sobrevivência e o treinamento adequado podem salvar sua vida! Os recursos para salvatagem nas embarcações As normas marítimas brasileiras determinam que as embarcações têm que possuir a bordo equipamentos de salvatagem. São esses equipamentos que vão garantir a sobrevivência das pessoas caso ocorra um naufrágio. Existem dois tipos de equipamentos de salvatagem que você deve conhecer: os equipamentos individuais e os coletivos. São exemplos de equipamentos individuais de salvatagem o colete salva-vidas e a bóia circular 9
  • 11. Os equipamentos coletivos de salvatagem são as embarcações de sobrevivência encontradas a bordo: • as balsas salva-vidas infláveis normalmente utilizadas em embarcações de mar aberto; . • as baleeiras, existentes nos navios de maior porte; • os aparelhos flutuantes, também conhecidos como balsas rígidas, usadas apenas nas embarcações empregadas em águas interiores. A sua parte central destina-se apenas a acomodar uma pessoa ferida ou inconsciente ou uma criança; e • em casos especiais, o bote orgânico (inflável ou rígido). 10
  • 12. Colete salva-vidas É o principal equipamento de salvatagem a bordo da embarcação. É tão importante que cada pessoa, seja ela tripulante ou passageiro, deve ter um à sua disposição. Treine com freqüência a sua colocação. Lembre-se: as normas internacionais estabelecem que você tem que vestir o colete salva-vidas, corretamente, em até 1 minuto, e sem ajuda. Este dispositivo foi feito para aqueles que sabem e os que não sabem nadar. Assim, mesmo que você seja um excelente nadador, vista-o. DPC Existem vários modelos de coletes salva-vidas. O mais importante é que o que você irá utilizar a bordo esteja aprovado pela Diretoria de Portos e Costas (DPC). E como você reconhece que o equipamento está aprovado pela DPC? Ao inspecioná- lo, quando embarcar, procure o carimbo de homologação. Os tipos mais simples são vestidos pela cabeça e amarrados na altura da cintura. É importante que o equipamento fique bem ajustado ao corpo, não ficando frouxo, pois quando a pessoa entra na água, a tendência dele é subir, causando desconforto ao náufrago, podendo inclusive sair pela cabeça. É fundamental que você obedeça às seguintes regras: • Nunca use seu colete salva-vidas como encosto, almofada ou travesseiro, pois você pode avariá-lo. • Não o tire da embarcação, pois poderá faltar para alguém a bordo. • Sempre que for feito algum treinamento, principalmente dentro da água salgada, o equipamento deve ser lavado com água doce e posto para secar, antes de ser guardado no camarote ou no paiol de salvatagem 11
  • 13. Bóia salva-vidas vidas. A Autoridade Marítima exige que se tenha a bordo das embarcações bóias salva- A bóia é um equipamento utilizado na faina de resgate de pessoas que estejam dentro da água. A bóia salva-vidas (também conhecida como bóia circular) pode ter alguns acessórios, como uma retinida flutuante, um sinal fumígeno flutuante (fumaça na cor laranja para sinalização durante o dia) e um dispositivo de iluminação automático (conhecido como facho holmes, para sinalização durante a noite). O número desses equipamentos existentes a bordo depende do comprimento da embarcação. É importante que estejam distribuídos pelos dois bordos da embarcação. Como dito acima, a bóia circular é muito utilizada na faina de “homem ao mar”, ou seja, quando um tripulante ou passageiro de bordo cai dentro da água. O que fazer numa situação de emergência como essa? Essa é uma pergunta que todo aquaviário tem que saber responder. O mais importante é o tempo em que se leva para retirar a pessoa de dentro da água. Quanto mais rápido, maiores as chances de sobrevivência. • em primeiro lugar, dê o alarme, ou seja, grite avisando ao timoneiro ou comandante/mestre que tem alguém dentro da água; • jogue, de preferência, uma bóia salva-vidas com retinida, procurando recuperar a pessoa antes que ela tenha passado pela embarcação; • não sendo possível, lance ao mar equipamentos de sinalização para marcar a posição da pessoa (lembre-se,asbóiascircularespodem ter como acessórios sinais de fumaça ou dispositivos de iluminação); • mantenha a vítima sempre à vista; • providencie com os demais tripulantes, algum dispositivo para içar a pessoa de dentro da água.
  • 14. 2 Embarcação de sobrevivência Existem duas maneiras de você entrar em uma balsa inflável: seco ou molhado. No embarque direto, ou método seco, deve- se entrar na balsa sem mergulhar na água. Em seguida esta éarriadanaágua com o pessoal dentro dela. Caso não seja possível, o embarque será molhado, isto é, você terá que entrar na água. O procedimento é pular sempre de pé (regra dos “pés primeiro”), com as pernas fechadas e braços juntos do corpo, de preferência segurando seu colete salva-vidas e nadar até o bote salva-vidas e embarcar nele com calma. rígida. Em embarcações empregadas paranavegação interior, geralmenteexisteumabalsa Se a sua embarcação possuir uma balsa salva-vidas inflável, procure embarcar de forma correta, utilizando os acessórios da entrada. A melhor maneira de embarcar na balsa salva-vidas, de dentro da água, é utilizando a escada de tiras e a plataforma de embarque, como demonstrado na figura abaixo. Se durante o lançamento da balsa salva-vidas, ela inflar de cabeça para baixo, você poderá facilmente desvirá-la. Para isso, suba na balsa e fique sobre o cilindro de CO , em seguida, puxe o cabo de endireitamento localizado na parte inferior da balsa. Lembre-se: todo material de salvatagem deve possuir certificado de homologação emitido pela DPC. 13
  • 15. Procedimentos do náufrago antes do resgate Uma coisa você tem que ter sempre em mente: você só é sobrevivente após o resgate! Até ser salvo, você é apenas um náufrago. Para alcançar o seu objetivo, que é ser resgatado com vida, você tem que observar os procedimentos de sobrevivência no mar. Veja os mais importantes: • após embarcar na balsa salva-vidas, corte o cabo que a prende à embarcação; • caso o mar esteja agitado, mantenha o colete salva-vidas vestido; • afaste-se da embarcação que está afundando, mas mantenha-se nas proximidades do naufrágio, pois isto irá ajudaras equipes debuscae salvamento a encontrá- lo; • recolha os companheiros que estejam dentro da água e aplique os primeiros socorros a quem deles necessitar e, também, todos os objetos que estiverem flutuando e que possam ser úteis; • procure reunir todas as outras embarcações de sobrevivência que estejam nas proximidades; • estabeleça turnos de vigia com o objetivo principal de observar a aproximação de um navio ou aeronave; • não se exponha ao sol, principalmente sem roupas, pois os raios solares podem causar queimaduras graves. Improvise uma cobertura para sua embarcação de sobrevivência, caso ela não a possua; • proceda à distribuição controlada das rações de sobrevivência – água e alimento; • evite fazer esforços desnecessários, pois aumentará o desgaste físico e a perda de água do corpo; • envide esforços para manter a moral do grupo elevado; e • deixe os sinalizadores de emergência (fumígenos e foguetes iluminativos com pára- quedas) preparados para funcionamento. • no caso de rios e de águas abrigadas, evite o sangramento de feridas quando na água, pois o sangue atrai piranhas que atacam em cardumes e podem devorar uma pessoa em poucos minutos. O náufrago tem que estar preparado para ser resgatado. Essa etapa da sobrevivência é muito importante e não deve ser encarada com displicência. Ser detectado não significa ser resgatado. Muitos acidentes, alguns fatais, ocorrem durante o resgate. Encare o salvamento com toda a seriedade possível, evitando crises emocionais. Deixe- as para quando estiver em lugar seguro. O resgate pode se dar por embarcação ou por aeronave (helicóptero), devendo o náufrago estarsempreusando seu coletesalva- vidas. 14
  • 16. Sobrevivência Procedimento de abandono da embarcação O tripulante tem que estarfamiliarizado com todas as suas funções, inclusive aquelas ligadas às fainas de emergência, sendo a maior delas o abandono da embarcação, última alternativa, como medida extrema a ser tomada. Atenção: no mar, a nossa embarcação é o local mais seguro. A ordem para abandonar a embarcação deve ser dada pelo comandante ou mestre. Ao escutar o toque de alarme geral (uma série de sete ou mais apitos curtos seguidos por um apito longo), vista roupas adicionais e o seu colete salva-vidas e, então, dirija-se ao ponto de reunião (local previamente definido, que você deve guarnecer durante uma emergência para receber instruções de como proceder). Esse toque antecede o toque das fainas de emergência (incêndio, colisão e abandono). É importante que você saiba o seguinte: esse toque não significa abandono da embarcação. O toque de abandono é representado pelo acionamento da campainha de alarme geral, que soará ininterruptamente. • não leve objetos de uso pessoal nem qualquer tipo de bagagem. O mais importante nesse momento é a sua vida e a de seus companheiros. • havendo tempo, procure abastecer a embarcação de sobrevivência com água potável adicional; • leve para a embarcação de sobrevivência apenas equipamentos úteis, como por exemplo: equipamentos de comunicação (rádios portáteis), de sinalização (fumígenos e pirotécnicos), cabos de fibra, acessórios náuticos (carta náutica do local, régua, compasso, lápis), cobertores, entre outros. • execute suas tarefas relativas ao lançamento da embarcação de sobrevivência; • entre na embarcação de sobrevivência, de preferência seco. • assegure-se de que todos os companheiros destinados para aquela embarcação estão a bordo; • afaste-se da embarcação sinistrada. Lembre-se, afaste-se apenas o suficiente para ficar “safo” da embarcação. 15
  • 17. Vestimenta para o abandono da embarcação A maior causa de morte em sobrevivência no mar é a hipotermia, que pode ser definida como a diminuição da temperatura do corpo causada pela exposição do náufrago a ambientes frios, principalmente no caso de imersão em água fria. A roupa representa o primeiro elemento da proteção do náufrago. Evite abandonar a embarcação senão estiverapropriadamentevestido,principalmentecom roupas quentes. A prática demonstrou que as melhores roupas para o náufrago usar são as feitas de lã. Se possível, providencie também uma proteção para a cabeça, pois esta é a parte do corpo onde existe maior emissão de calor. Nunca esqueça o seu colete salva-vidas! Algumas embarcações possuem roupas próprias para o abandono. São exemplos a roupa de imersão e a roupa antiexposição. 16
  • 18. Distância da embarcação sinistrada É fundamental manter uma distância segura da embarcação sinistrada. O afastamento deve ser suficiente para que não ocorra a sucção dos náufragos quando essa afundar, evitando, também, que sejam atingidos por algum objeto que se desprenda e venha à superfície. Outro fator que justifica o afastamento da embarcação é a possibilidade de vazamento de combustível, que poderá provocar incêndio, caso haja alguma fagulha. É importante que os náufragos se mantenham nas proximidades do sinistro, numa distância segura, principalmente se foi enviada uma mensagem de socorro. Se o naufrágio se der nas proximidades de terra, procure chegar até ela, pois as condições de sobrevivência serão muito melhores. Destroços como recurso para flutuação O colete salva-vidas é o principal equipamento individual de salvatagem. É primordial que toda pessoa que vá abandonar uma embarcação esteja vestindo o seu colete salva- vidas. Entretanto, se ocorrer uma situação imprevista em que o náufrago não tenha tempo ou oportunidade de vestir seu colete antes de abandonar a embarcação ou se ficar impossibilitado de utilizar uma embarcação de sobrevivência será necessário improvisar algum tipo de ajuda para se manter flutuando. Isto pode ser feito colhendo destroços da própria embarcação naufragada que estejam flutuando no local, mantendo-os junto ao corpo como um recurso para se manter na superfície. Isso fará com que você poupe energia e prolongue sua sobrevivência. 17
  • 19. Ingestão de água salgada Beber água salgada mata! Nunca beba água do mar, nem a misture com água potável. Quando o náufrago bebe água salgada, o sal fica acumulado em seu corpo, havendo necessidade de água potável para dissolvê-lo nos rins, e posteriormente, eliminá-lo através da urina. Como em condições adversas no mar não existe água potável em quantidade adequada para hidratar o corpo, a própria água do organismo vai migrar para eliminar o sal acumulado. Dessa forma, o náufrago que bebe água do mar agrava o seu estado de desidratação, podendo inclusive morrer. 18