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ABORDAGENS SÓCIO-
EDUCATIVAS DA DEFICIÊNCIA
  O estranhamento causado pela
    deficiência: Preconceito e
           Experiência
PRECONCEITO
SAÍDA: AJUSTAMENTO SOCIAL
Refletir sobre os condicionantes e a própria constituição do
indivíduo
• O indivíduo preconceituoso
PRECONCEITO
                                         fecha-se dogmamente em
É A IMPOSSIBILIDADE PARA REFLETIR
NÃO APENAS SOBRE O OBJETO COMO
                                           determinadas opiniões.
TAMBÉM A SI PRÓPRIO.




      Diante do irreconhecido


Generalização           Estereótipos
Como vencer o preconceito?
• A identificação só possível por meio da
                  ;
• Ser igual na diferença;
• Desafiar os medos do contato com o diferente
MEDO DE EXPERIMENTAR ALGO NÃO HABITUAL,
  MEDO DE ARRISCAR-SE AO ERRO.
PRECONCEITO E DEFICIÊNCIA
• Mecanismo de negação social;
• O corpo deficiente é insuficiente para uma
  sociedade que demanda dele o uso intensivo que
  leva ao desgaste físico;
• Um corpo fora de ordem, obstáculo à produção
• Estranheza num primeiro contato;
• Comportamento individual que pode chegar ao
  coletivo;
• Fixa apenas o aspecto ou atributo da pessoa,
  tornando a diferença uma execução.
Fatores da desvalorização
• Consideração do preconceito como algo
  biologicamente determinado
• Questionamento psicossocial
• Tendência político econômica – ser deficiente
  resulta mais custos para o sistema social
• Torna o sujeito deficiente por ter deficiência
• economia do esforço intelectual
• “contto osmótico” – temor do contato ou
  convívio
A não visibilidade das pessoas com deficiência no
âmbito das relações sociais é o que determina sua
ausência na mídia.

A TV forja a hegemonia de valores
Ainda, em nossa sociedade, é retirada a
 possibilidade das pessoas com deficiência
de se constituírem como sujeito porque lhes
    são atribuídas qualidades especiais.
O contato social e a deficiência
A deficiência não pode ser vista apenas como uma característica
presente no organismo de uma pessoa ou em seu comportamento ,
circunscrito às limitações corporais;
   enfatiza a construção social: conjunto de expectativas dirigidas aos
grupos e às pessoas com deficiência.
`...é em relação ao meio onde vive a pessoa, a
             sua situação individual e a atitude da
             sociedade, que uma condição é ou não
             considerada deficiência, uma vez que os
             problemas que assim caracterizam decorrem
             das respostas da pessoa às exigências ao
             meio. (MAZOTTA, 1982, p.14)

DEFICIÊNCIA: CONCEITO LIGADO AOS
VALORES, NORMAS E PADRÕES DO GRUPO
EM QUE A PESSOA COM DEFICIENCIA ESTÁ
INSERIDA. (BEATRIZ SAETA, 1999)
São nas INTERAÇÕES que se consolidam com base
nos FENÔMENOS SÓCIO-AFETIVAS em que estão
inseridos, irão VIVENCIAR, lado a lado, as
consequências dessas interações.
• Necessidade de que as
  pessoas tem de se proteger do
  desconhecido
• Criação de categorias e
  classificação, com intuito de
  posicionando-se e de
  posicionar o outro;
• Encontro com o estranho que
  causa medo e necessidade de
  proteção;
• Criação de instabilidade, que
  gera as generalizações da
  deficiência e ultrapassa as
  limitações de incapacidade
  específica

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Abordagens socioeducativas da deficiência

  • 1. ABORDAGENS SÓCIO- EDUCATIVAS DA DEFICIÊNCIA O estranhamento causado pela deficiência: Preconceito e Experiência
  • 3. SAÍDA: AJUSTAMENTO SOCIAL Refletir sobre os condicionantes e a própria constituição do indivíduo
  • 4. • O indivíduo preconceituoso PRECONCEITO fecha-se dogmamente em É A IMPOSSIBILIDADE PARA REFLETIR NÃO APENAS SOBRE O OBJETO COMO determinadas opiniões. TAMBÉM A SI PRÓPRIO. Diante do irreconhecido Generalização Estereótipos
  • 5. Como vencer o preconceito? • A identificação só possível por meio da ; • Ser igual na diferença; • Desafiar os medos do contato com o diferente MEDO DE EXPERIMENTAR ALGO NÃO HABITUAL, MEDO DE ARRISCAR-SE AO ERRO.
  • 6. PRECONCEITO E DEFICIÊNCIA • Mecanismo de negação social; • O corpo deficiente é insuficiente para uma sociedade que demanda dele o uso intensivo que leva ao desgaste físico; • Um corpo fora de ordem, obstáculo à produção • Estranheza num primeiro contato; • Comportamento individual que pode chegar ao coletivo; • Fixa apenas o aspecto ou atributo da pessoa, tornando a diferença uma execução.
  • 7. Fatores da desvalorização • Consideração do preconceito como algo biologicamente determinado • Questionamento psicossocial • Tendência político econômica – ser deficiente resulta mais custos para o sistema social • Torna o sujeito deficiente por ter deficiência • economia do esforço intelectual • “contto osmótico” – temor do contato ou convívio
  • 8. A não visibilidade das pessoas com deficiência no âmbito das relações sociais é o que determina sua ausência na mídia. A TV forja a hegemonia de valores
  • 9. Ainda, em nossa sociedade, é retirada a possibilidade das pessoas com deficiência de se constituírem como sujeito porque lhes são atribuídas qualidades especiais.
  • 10.
  • 11. O contato social e a deficiência
  • 12. A deficiência não pode ser vista apenas como uma característica presente no organismo de uma pessoa ou em seu comportamento , circunscrito às limitações corporais; enfatiza a construção social: conjunto de expectativas dirigidas aos grupos e às pessoas com deficiência.
  • 13. `...é em relação ao meio onde vive a pessoa, a sua situação individual e a atitude da sociedade, que uma condição é ou não considerada deficiência, uma vez que os problemas que assim caracterizam decorrem das respostas da pessoa às exigências ao meio. (MAZOTTA, 1982, p.14) DEFICIÊNCIA: CONCEITO LIGADO AOS VALORES, NORMAS E PADRÕES DO GRUPO EM QUE A PESSOA COM DEFICIENCIA ESTÁ INSERIDA. (BEATRIZ SAETA, 1999)
  • 14. São nas INTERAÇÕES que se consolidam com base nos FENÔMENOS SÓCIO-AFETIVAS em que estão inseridos, irão VIVENCIAR, lado a lado, as consequências dessas interações.
  • 15. • Necessidade de que as pessoas tem de se proteger do desconhecido • Criação de categorias e classificação, com intuito de posicionando-se e de posicionar o outro; • Encontro com o estranho que causa medo e necessidade de proteção; • Criação de instabilidade, que gera as generalizações da deficiência e ultrapassa as limitações de incapacidade específica