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PROPRIEDADES MECÂNICAS BÁSICAS NUM
ENSAIO DE TRAÇÃO
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Aula 3 – Propriedades mecânicas
Definição de tensão e deformação convencionais
(ou de engenharia)
L
o
F
F
L
o
+
L
A força F aplicada resulta numa
tensão S dada por:
Ao
F
S
O deslocamento L resultante
da aplicação da força F pode
ser entendido como uma
variação do comprimento inicial
Lo, ou como a deformação e:
Lo
L
e
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Aula 3 – Propriedades mecânicas
Ensaio de tração (materiais metálicos)
L
Lo
e
Ao
F
S
Deformação plástica uniforme Deformação
plástica não-
uniforme
(1) Deformação elástica
Corpo-de-prova típico, seção circular
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Aula 3 – Propriedades mecânicas
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500
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0,00 0,02 0,04 0,06
deformação (mm/mm)
0,08 0,10
tensão
(MPa)
E
e
S
tg
S
e
Rigidez:
módulo de elasticidade (E) – propriedade física
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Aula 3 – Propriedades mecânicas
No trecho elástico,
S=E.e
Capacidade de resistir à deformação ELÁSTICA
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deformação (mm/mm)
0,08 0,10
tensão
(MPa)
sLR
sf
Resistência: dependente da microestrutura
limite de resistência (sLR)
limite de ruptura ou de fratura (sf)
Capacidade de resistir a um evento
de deformação PLÁSTICA
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Aula 3 – Propriedades mecânicas
500
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0,000 0,002 0,004 0,006 0,008
deformação (mm/mm)
0,010
tensão
(MPa)
sLE
sel
sp
Resistência: dependente da microestrutura
limite de escoamento (sLE), limites de proporcionalidade (sp) e de elasticidade (sel)
limites de escoamento superior e
inferior em aço baixo-carbono
sLE, inf
sLE, sup
Por que ocorre?
Retomaremos este tópico na aula 5...
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Aula 3 – Propriedades mecânicas
Redução de área (RA) ou estricção:
o
f
L
T
L
Lo
.100
Lf
e .100
A o
.100
Ao Af
Ao
RA
Distância original entre marcas: 2,5 mm
Diâmetro original: 11 mm
Capacidade de deformação PLÁSTICA
Ductilidade: Dependente da microestrutura
Alongamento total (AT
Lo):
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Aula 3 – Propriedades mecânicas
Tenacidade: Energia ABSORVIDA por unidade de volume até a
fratura – área total sob a curva tensão-deformação
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Aula 3 – Propriedades mecânicas
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2.P
HB
ESCALADE DUREZA BRINELL
P ... carga em Kg
D ... diâmetro da esfera (mm)
d ... diâmetro da marca (mm)
.D. D D
2
d
2
Unidade: HB
Sempre números inteiros
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Aula 3 – Propriedades mecânicas
HV
1
,854.P
2
d
Unidade: HV
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Aula 3 – Propriedades mecânicas
ESCALA DE DUREZA VICKERS
P ... carga em Kg
d ... diagonal da marca (mm)
Sempre números inteiros
ESCALAS DE DUREZA ROCKWELL
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Unidade: HR_
Sempre números inteiros
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Aula 3 – Propriedades mecânicas
ESCALAS DE DUREZA
ROCKWELL
RELAÇÃO ENTRE DUREZA E LIMITE DE
RESISTÊNCIA PARA MATERIAIS METÁLICOS
para resultados de SLR em
MPa
SLR = . HB
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Aula 3 – Propriedades mecânicas
TENACIDADE E FRATURA FRÁGIL
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Aula 3 – Propriedades mecânicas
A fratura frágil é induzida se:
Há concentração de tensões (entalhes)
A taxa de deformação é elevada
A temperatura é “baixa”
Ensaios de impacto são utilizados para caracterizar a
tendência à fratura frágil de materiais
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Objetivos dos ensaios de impacto:
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Aula 3 – Propriedades mecânicas
Medir a energia absorvida na fratura em função da
temperatura de ensaio.
Avaliar a ocorrência do micromecanismo de fratura
frágil por clivagem em metais de estrutura CCC ou HC.
Determinar a existência de Temperatura de Transição
Dúctil-Frágil (TTDF) em metais CCC ou HC.
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Aula 3 – Propriedades mecânicas
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Temperatura ( ºC )
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)
Fratura frágil por clivagem
Fratura dúctil
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Curva típica para metais CCC
-196ºC: Fratura frágil por clivagem
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Aula 3 – Propriedades mecânicas
-70ºC: Fratura mista: próximo ao entalhe
fibrosa, seguida de fratura frágil por clivagem
0ºC: Fratura fibrosa (dúctil), associada a
deformação plástica (visível a contração no
entalhe, maior que na fractografia à direita)
Fraturas no ensaio de
impacto Charpy
(aço ABNT 8620 temperado e
revenido)
80
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-200 -100 100 200
0
Temperatura ( ºC )
Energia
Absorvida
(J
)
Algumas definições de TTDF
x
x
TTDF ~ 40°C
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Aula 3 – Propriedades mecânicas
TTDF ~ 110°C
Para 100% fratura dúctil
Consequências de trabalho mecânico a frio:
Encruamento
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Além do aumento da densidade de discordâncias, durante o encruamento há o
alinhamento da estrutura. No material monofásico abaixo, vê-se grãos alongados
após a deformação imposta na vertical.
~108 a 1010 m/m³ ~ 1016 m/m³
Densidade de
discordâncias
Consequências de trabalho mecânico a frio:
Encruamento
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Aula 3 – Propriedades mecânicas
Consequências de trabalho mecânico a frio:
Encruamento
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Aula 3 – Propriedades mecânicas
Magnabosco, R.; Mélo, D. Influência do tamanho de grão no
comportamento mecânico de aço inoxidável UNS S30100. 60 Congresso
InternacionalAnual da ABM – 25 a 28 de julho de 2005 – Belo Horizonte
Quanto menor o tamanho de grão, maior a dificuldade para
movimentar discordâncias.
LE o
2
1
k .d
Relação de Hall-Petch:
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Aula 3 – Propriedades mecânicas
Magnabosco, R.; Mélo, D. Influência do
tamanho de grão no comportamento mecânico
de aço inoxidável UNS S30100. 60 Congresso
Internacional Anual da ABM – 25 a 28 de julho
de 2005 – Belo Horizonte
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Aula 3 – Propriedades mecânicas
Exercícios de fixação de conceitos
Considere uma liga monofásica metálica de ferro que contém 18% de cromo (Cr), 10% de níquel
(Ni) e 0,09% de carbono, na qual os átomos de ferro assumem a estrutura cristalina cúbica de
faces centradas (CFC). As propriedades mecânicas desta liga em função do tamanho de grão são
dadas a seguir. São também fornecidas as propriedades mecânicas desta liga em função da
procentagem de trabalho a frio sobre uma liga que inicialmente tinha tamanho de grão 60 m. De
posse dos dados fornecidos, responda às questões que seguem com justificativas:
a) Quais as principais diferenças de comportamento mecânico entre uma liga inicialmente com 60
m de tamanho médio dos grãos e que sofreu 5% de trabalho a frio e outra, que foi submetida
a 40% de trabalho a frio? Justifique com base em esboços das curvas tensão-deformação
destas duas ligas.
b) Quais os motivos microestruturais para as diferenças de comportamento mecânico das duas
ligas da questão a?
c) Quais as principais diferenças de comportamento mecânico entre uma liga sem nenhum
encruamento (de 60 m de tamanho médio dos grãos) e outra sem nenhum encruamento e de
90 mm de tamanho médio dos grãos? Justifique com base em esboços das curvas tensão-
deformação destas duas ligas.
d) Quais os motivos microestruturais para as diferenças de comportamento mecânico das duas
ligas da questão c?
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Exercícios de fixação de conceitos
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Exercícios de fixação de conceitos
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  • 1. PROPRIEDADES MECÂNICAS BÁSICAS NUM ENSAIO DE TRAÇÃO MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 1 Aula 3 – Propriedades mecânicas
  • 2. Definição de tensão e deformação convencionais (ou de engenharia) L o F F L o + L A força F aplicada resulta numa tensão S dada por: Ao F S O deslocamento L resultante da aplicação da força F pode ser entendido como uma variação do comprimento inicial Lo, ou como a deformação e: Lo L e MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 2 Aula 3 – Propriedades mecânicas
  • 3. Ensaio de tração (materiais metálicos) L Lo e Ao F S Deformação plástica uniforme Deformação plástica não- uniforme (1) Deformação elástica Corpo-de-prova típico, seção circular MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 3 Aula 3 – Propriedades mecânicas
  • 4. 0 100 200 300 400 600 500 700 0,00 0,02 0,04 0,06 deformação (mm/mm) 0,08 0,10 tensão (MPa) E e S tg S e Rigidez: módulo de elasticidade (E) – propriedade física MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 4 Aula 3 – Propriedades mecânicas No trecho elástico, S=E.e Capacidade de resistir à deformação ELÁSTICA
  • 5. 100 0 MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 5 Aula 3 – Propriedades mecânicas 200 400 300 500 600 700 0,00 0,02 0,04 0,06 deformação (mm/mm) 0,08 0,10 tensão (MPa) sLR sf Resistência: dependente da microestrutura limite de resistência (sLR) limite de ruptura ou de fratura (sf) Capacidade de resistir a um evento de deformação PLÁSTICA
  • 6. 400 300 200 100 0 MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 6 Aula 3 – Propriedades mecânicas 500 600 0,000 0,002 0,004 0,006 0,008 deformação (mm/mm) 0,010 tensão (MPa) sLE sel sp Resistência: dependente da microestrutura limite de escoamento (sLE), limites de proporcionalidade (sp) e de elasticidade (sel)
  • 7. limites de escoamento superior e inferior em aço baixo-carbono sLE, inf sLE, sup Por que ocorre? Retomaremos este tópico na aula 5... MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 7 Aula 3 – Propriedades mecânicas
  • 8. Redução de área (RA) ou estricção: o f L T L Lo .100 Lf e .100 A o .100 Ao Af Ao RA Distância original entre marcas: 2,5 mm Diâmetro original: 11 mm Capacidade de deformação PLÁSTICA Ductilidade: Dependente da microestrutura Alongamento total (AT Lo): MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 8 Aula 3 – Propriedades mecânicas
  • 9. Tenacidade: Energia ABSORVIDA por unidade de volume até a fratura – área total sob a curva tensão-deformação MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 9 Aula 3 – Propriedades mecânicas
  • 10. MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 10 Aula 3 – Propriedades mecânicas
  • 11. 2.P HB ESCALADE DUREZA BRINELL P ... carga em Kg D ... diâmetro da esfera (mm) d ... diâmetro da marca (mm) .D. D D 2 d 2 Unidade: HB Sempre números inteiros MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 11 Aula 3 – Propriedades mecânicas
  • 12. HV 1 ,854.P 2 d Unidade: HV MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 12 Aula 3 – Propriedades mecânicas ESCALA DE DUREZA VICKERS P ... carga em Kg d ... diagonal da marca (mm) Sempre números inteiros
  • 13. ESCALAS DE DUREZA ROCKWELL MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 13 Aula 3 – Propriedades mecânicas
  • 14. Unidade: HR_ Sempre números inteiros MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 14 Aula 3 – Propriedades mecânicas ESCALAS DE DUREZA ROCKWELL
  • 15. RELAÇÃO ENTRE DUREZA E LIMITE DE RESISTÊNCIA PARA MATERIAIS METÁLICOS para resultados de SLR em MPa SLR = . HB MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 15 Aula 3 – Propriedades mecânicas
  • 16. TENACIDADE E FRATURA FRÁGIL MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 16 Aula 3 – Propriedades mecânicas A fratura frágil é induzida se: Há concentração de tensões (entalhes) A taxa de deformação é elevada A temperatura é “baixa”
  • 17. Ensaios de impacto são utilizados para caracterizar a tendência à fratura frágil de materiais MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 17 Aula 3 – Propriedades mecânicas
  • 18. Objetivos dos ensaios de impacto: MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 18 Aula 3 – Propriedades mecânicas Medir a energia absorvida na fratura em função da temperatura de ensaio. Avaliar a ocorrência do micromecanismo de fratura frágil por clivagem em metais de estrutura CCC ou HC. Determinar a existência de Temperatura de Transição Dúctil-Frágil (TTDF) em metais CCC ou HC.
  • 19. MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 19 Aula 3 – Propriedades mecânicas
  • 20. 80 70 60 50 40 30 20 10 0 -200 -100 100 200 0 Temperatura ( ºC ) Energia Absorvida (J ) Fratura frágil por clivagem Fratura dúctil MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 20 Aula 3 – Propriedades mecânicas Curva típica para metais CCC
  • 21. -196ºC: Fratura frágil por clivagem MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 21 Aula 3 – Propriedades mecânicas -70ºC: Fratura mista: próximo ao entalhe fibrosa, seguida de fratura frágil por clivagem 0ºC: Fratura fibrosa (dúctil), associada a deformação plástica (visível a contração no entalhe, maior que na fractografia à direita) Fraturas no ensaio de impacto Charpy (aço ABNT 8620 temperado e revenido)
  • 22. 80 70 60 50 40 30 20 10 0 -200 -100 100 200 0 Temperatura ( ºC ) Energia Absorvida (J ) Algumas definições de TTDF x x TTDF ~ 40°C MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 22 Aula 3 – Propriedades mecânicas TTDF ~ 110°C Para 100% fratura dúctil
  • 23. Consequências de trabalho mecânico a frio: Encruamento MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 23 Aula 3 – Propriedades mecânicas
  • 24. Além do aumento da densidade de discordâncias, durante o encruamento há o alinhamento da estrutura. No material monofásico abaixo, vê-se grãos alongados após a deformação imposta na vertical. ~108 a 1010 m/m³ ~ 1016 m/m³ Densidade de discordâncias Consequências de trabalho mecânico a frio: Encruamento MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 24 Aula 3 – Propriedades mecânicas
  • 25. Consequências de trabalho mecânico a frio: Encruamento MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 25 Aula 3 – Propriedades mecânicas
  • 26. Magnabosco, R.; Mélo, D. Influência do tamanho de grão no comportamento mecânico de aço inoxidável UNS S30100. 60 Congresso InternacionalAnual da ABM – 25 a 28 de julho de 2005 – Belo Horizonte Quanto menor o tamanho de grão, maior a dificuldade para movimentar discordâncias. LE o 2 1 k .d Relação de Hall-Petch: MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 26 Aula 3 – Propriedades mecânicas
  • 27. Magnabosco, R.; Mélo, D. Influência do tamanho de grão no comportamento mecânico de aço inoxidável UNS S30100. 60 Congresso Internacional Anual da ABM – 25 a 28 de julho de 2005 – Belo Horizonte MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 27 Aula 3 – Propriedades mecânicas
  • 28. Exercícios de fixação de conceitos Considere uma liga monofásica metálica de ferro que contém 18% de cromo (Cr), 10% de níquel (Ni) e 0,09% de carbono, na qual os átomos de ferro assumem a estrutura cristalina cúbica de faces centradas (CFC). As propriedades mecânicas desta liga em função do tamanho de grão são dadas a seguir. São também fornecidas as propriedades mecânicas desta liga em função da procentagem de trabalho a frio sobre uma liga que inicialmente tinha tamanho de grão 60 m. De posse dos dados fornecidos, responda às questões que seguem com justificativas: a) Quais as principais diferenças de comportamento mecânico entre uma liga inicialmente com 60 m de tamanho médio dos grãos e que sofreu 5% de trabalho a frio e outra, que foi submetida a 40% de trabalho a frio? Justifique com base em esboços das curvas tensão-deformação destas duas ligas. b) Quais os motivos microestruturais para as diferenças de comportamento mecânico das duas ligas da questão a? c) Quais as principais diferenças de comportamento mecânico entre uma liga sem nenhum encruamento (de 60 m de tamanho médio dos grãos) e outra sem nenhum encruamento e de 90 mm de tamanho médio dos grãos? Justifique com base em esboços das curvas tensão- deformação destas duas ligas. d) Quais os motivos microestruturais para as diferenças de comportamento mecânico das duas ligas da questão c? MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 28 Aula 3 – Propriedades mecânicas
  • 29. Exercícios de fixação de conceitos MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 29 Aula 3 – Propriedades mecânicas
  • 30. Exercícios de fixação de conceitos MR6430 – Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 – Rodrigo Magnabosco –Slide 30 Aula 3 – Propriedades mecânicas