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Profª. Fabiana Fim
fabifim@gmail.com
fabianafim@ct.ufpb.br
Sala: CTJ 206
Universidade Federal da Paraíba
Centro de Tecnologia
Departamento de Engenharia de Materiais
Aula 2: Estrutura Atômica e Ligação
Interatômica
Estrutura Atômica e Ligação Interatômica
• O tipo de ligação nos permite explicar as propriedades dos materiais.
Ex: Grafite e diamante (carbono)
Grande disparidade de propriedades
Estrutura
atômica
Ligação
Química Propriedades
Profª. Fabiana Fim
2
A evolução da teoria atômica
John
Dalton
Faraday/
Crookes
Gregos
(Demócrito/Leucipo)
Thomson
Teoria Quântica
atual
450 a.C
O elétron é descoberto!
Rutherford
Niels Bohr
Max Planck
Einstein
Louis de Broglie
Schrödinger Atualidade
Sec. XIX Por que tantas teorias?
Átomo = não divisível
2000 anos
Modelo planetário
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3
Resumo – Modelos Atômicos
Profª. Fabiana Fim
4
Átomo de Bohr
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Núcleo: Z = número de prótons
orbital electrons:
n = principal
quantum number
n=3 2 1
= 1 (hidrogênio) a 94 (plutônio)
N = número de Nêutrons
Massa Atômica (A) ≈ Z + N 5
:
=3 2 1
Átomo de Bohr
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• Energia dos elétrons quantizada.
E = h ;  = c/
h = constante de Plank
 = frequência do fóton
c = velocidade do fóton no vácuo
 = comprimento de onda do fóton
• A mudança de energia de um elétron está
associada a um salto quântico. Com
absorção ou emissão de energia.
E = Ef – Ei = h 6
Modelo Mecânico-Ondulatório
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7
• Os elétrons têm propriedades ondulatórias e particuladas.
• Duas das características ondulatórias são:
- os elétrons estão em orbitais definidos por uma probabilidade.
- cada orbital no nível de energia discreto é determinado por
números quânticos.
“a todo elétron em movimento está
associada uma onda característica”
Modelo Mecânico-Ondulatório
Profª. Fabiana Fim
8
Modelo Mecânico-Ondulatório
Profª. Fabiana Fim
9
Princípio da incerteza, por Werner Heisenberg, que afirmava
“não ser possível determinar, simultaneamente, a posição e a
velocidade de uma partícula em um mesmo instante”.
Não é possível determinar a posição e
velocidades exatas de um elétron!
Modelo Mecânico-Ondulatório
Profª. Fabiana Fim
10
Schrödinger determinou, através de uma infinidade de
operações matemáticas (cálculos e equações do movimento
de ondas), as regiões no espaço que apresentariam máxima
probabilidade de se encontrar um elétron.
Modelo Mecânico-Ondulatório
Profª. Fabiana Fim
11
O modelo atômico de Schrödinger apresentou um
modelo de orbital tridimensional para cada um
dos subníveis de energia e possibilitou a compreensão
do fenômeno da hibridação em átomos de carbono,
permitindo a determinação da geometria molecular de
diversas substâncias químicas.
Comparação entre modelo de Bohr e
Mecânico-Ondulatório
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12
(a) Os três primeiros estados de
energia eletrônicos para o
átomo de hidrogênio de
Bohr.
(b) Estados de energia
eletrônicos para as três
primeiras camadas do
átomo de hidrogênio
segundo o modelo
mecânico-ondulatório.
Números Quânticos
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4 números quânticos representam a localização espacial e a energia de um elétron
13
Números Quânticos
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14
Profª. Fabiana Fim
Como distribuir os elétrons nos orbitais?
15
Configuração Eletrônica
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16
Princípio de exclusão de Pauli
Num orbital existem no máximo 2 elétrons com spins
opostos.
Regra de Hund
Os orbitais de um mesmo subnível são preenchidos de
modo que se obtenha o maior número possível de elétrons
isolados (desemparelhados).
Configurações Eletrônicas Estáveis
• Subníveis s e p completos
• São não reativos.
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17
Configurações Eletrônicas Não-Estáveis
Camada de Valência geralmente não preenchida.
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18
A Tabela Periódica
• Colunas: Estrutura de Valência similar
Eletropositivos: perdem elétrons,
tornando-se cátions
Eletronegativos: ganham elétrons,
tornando-se ânions.
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19
Eletronegatividade
• Varia de 0.7 a 4.0,
Menor eletronegatividade Maior eletronegatividade
• Maiores valores: tendência a atrair elétrons.
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20
Exercícios
(1) Fazer a distribuição eletrônica:
a) Carbono - 6C
b) Potássio - 19K
c) Cobre - 29Cu
a) 1s2 2s2 2p2
b) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1
c) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s1
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21
Exercícios
(2) Determine os números quânticos dos elétrons do átomo de lítio (3Li) em
seu estado fundamental.
Dica: fazer a distribuição eletrônica!
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1s2 2s1
22
Forças e Energia de Ligação
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23
r0
• O núcleo positivo de um íon atrai a nuvem eletrônica negativa do outro íon e vice-
versa.
• Como resultado, a distância interiônica diminui e eles ficam mais próximos.
• A medida que os íons se aproximam, as nuvens eletrônicas, carregadas
negativamente, irão gerar uma força de repulsão.
Forças e Energia de Ligação
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24
➢ Quando a soma das forças
atrativas e repulsivas é zero,
os átomos estão na chamada
distância de equilíbrio.
r0
➢ Energia no ponto de
mínimo ela representa a
energia que seria
necessária para separar
esses dois átomos até uma
distância de separação
infinita.
Forças e Energia de Ligação
Profª. Fabiana Fim
25
➢ Algumas vezes é mais conveniente trabalhar com energia
(potencial) do que forças de ligações.
➢ Matematicamente, energia (E) e força de ligações (F) estão
relacionadas por : E= F.dr
Quanto mais profundo o poço de
potencial maior a temperatura de
fusão do material
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LIGAÇÕES ATÔMICAS
• A força motriz da formação de ligações entre átomos é que
qualquer um deles procura se fixar em seu estado mais estável.
• Por meio das ligações com outros átomos, a energia potencial
de cada átomo participante da ligação é diminuída, resultando
em um estado mais estável.
Ligações
Primárias
Secundárias
26
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LIGAÇÕES PRIMÁRIAS
• Existem três combinações de ligações primárias: metal-não
metal; não metal-não metal; metal-metal.
Primárias
Iônicas
Metálicas
Covalentes
27
• Ocorre entre íons (cátions e ânions)
• Envolve transferência de elétrons
Ligação Iônica
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• Ex: NaCl
Não
estável
Estável
Cl (não
metal)
Não estável
Cl (não metal)
Estável
• Ocorre entre átomos com grande diferença de eletronegatividade
28
Ligação Iônica
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• Ex: NaCl
Átomo de
sódio
Na
Íon de
sódio
Na+
Átomo de
cloro
Cl
Íon
cloreto
Cl-
29
Ligação Iônica
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30
• A ligação iônica é não direcional
✓A força de ligação é igual em todas as direções
✓Para formar um material 3D é necessário que cada íon de
um tipo esteja cercado de íons do outro tipo
• Ligação predominante em Cerâmicas
Eletropositivos Eletronegativos
He
-
Ne
-
Ar
-
Kr
-
Xe
-
Rn
-
F
4.0
Cl
3.0
Br
2.8
I
2.5
At
2.2
Li
1.0
Na
0.9
K
0.8
Rb
0.8
Cs
0.7
Fr
0.7
H
2.1
Be
1.5
Mg
1.2
Ca
1.0
Sr
1.0
Ba
0.9
Ra
0.9
Ti
1.5
Cr
1.6
Fe
1.8
Ni
1.8
Zn
1.8
As
2.0
CsCl
MgO
CaF2
NaCl
O
3.5
Ligação Iônica
Profª. Fabiana Fim
31
Outras características: maus condutores de eletricidade no estado sólido
(têm apreciável condutividade iônica a altas temperaturas), elevadas energias
de ligação e elevados pontos de fusão.
Por que os sólidos iônicos são quebradiços?
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Interação entre íons
32
Ligação Covalente
• Compartilhamento de elétrons
• Ex: CH4
C: 4 e- valência,
H: 1 e- valência
As eletronegatividades são
similiares.
Profª. Fabiana Fim
33
Compartilhou elétron 1s do
átomo de carbono
compartilhou elétron 1s
do segundo átomo de
hidrogênio
Ligação Covalente
Profª. Fabiana Fim
34
❖ A ligação covalente é direcional e forma ângulos bem definidos: ocorre entre
átomos específicos e pode existir somente na direção entre um átomo e o outro
que participa do compartilhamento.
Tem uma grande faixa de energias de ligação pontos de fusão
• Energias da ordem de centenas de kJ/mol
• Ex: Carbono na estrutura do diamante PF= 3550°C
• Ex: Bismuto PF = 270°C
Ligação Covalente
Profª. Fabiana Fim
35
Ligação forte
Ligação fraca entre planos
Os átomos de carbono na grafite também são unidos fortemente através
de ligações covalentes, mas só dentro de um plano, diferentemente da
rede 3D das ligações do diamante. Estes planos de átomos de carbono
simplesmente empilham-se uns sobre os outros, sendo as forças de
união entre os planos, muito fracas. Os planos de átomos de carbono
podem então deslizar facilmente uns sobre os outros, e por isto, a grafite
é um importante lubrificante!
He
-
Ne
-
Ar
-
Kr
-
Xe
-
Rn
-
F
4.0
Cl
3.0
Br
2.8
I
2.5
At
2.2
Li
1.0
Na
0.9
K
0.8
Rb
0.8
Cs
0.7
Fr
0.7
H
2.1
Be
1.5
Mg
1.2
Ca
1.0
Sr
1.0
Ba
0.9
Ra
0.9
Ti
1.5
Cr
1.6
Fe
1.8
Ni
1.8
Zn
1.8
As
2.0
SiC
C(diamond)
H2O
C
2.5
H2
Cl2
F2
Si
1.8
Ga
1.6
GaAs
Ge
1.8
O
2.0
column
IVA
Sn
1.8
Pb
1.8
Materiais com ligações covalentes
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36
A maioria das ligações possui características intermediárias
%𝐶. 𝐼. = (1 − 𝑒−0,25 𝑥𝐴−𝑥𝐵 ²)x100
C.I % (LiF) = ?????
C. I % (LiF) =
89,5%
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CARÁTER IÔNICO
Ligações Iônicas versus Ligações
Covalentes
37
Propriedades: sólidos maleáveis, dúcteis, bons
condutores térmicos e elétricos.
Cátions
Mar de elétrons de valência
Principal característica: mobilidade dos
elétrons de valência
Força da ligação metálica: Al > Mg > Na
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38
Ligação Metálica
Direcionalidade: A ligação metálica não é
direcional porque os elétrons protegem o átomo
carregado positivamente das forças repulsivas
eletrostáticas
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Ligações Metálicas
39
Profª. Fabiana Fim
40
Ligações Secundárias
➢É possível obter ligação sem troca ou compartilhamento de
elétrons nas denominada ligações secundárias ou de van der
Waals.
➢A ligação é gerada por pequenas assimetrias na
distribuição de cargas do átomos, que criam dipolos.
✓Um dipolo é um par de cargas opostas que mantém
uma distância entre si.
✓Dipolo permanente
✓Dipolo induzido
➢ Ligações de Hidrogênio: Um caso particular das interações dipolo-
dipolo é o das interações de dipolos que contêm o hidrogênio ligado
a elementos eletronegativos como o F, O, N e Cl.
Energias de ligação (E0) de algumas substâncias
Profª. Fabiana Fim
41
Profª. Fabiana Fim
LIGAÇÕES MISTAS
Tipo de ligação Tipo de material
(a) Tetraedro de ligação: cada um dos quatro tipos de ligação extremos (ou puros) estão
localizados em um vértice do tetraedro; três tipos de ligações mistas estão incluídos ao
longo das arestas do tetraedro. (b) Tetraedro do tipo de material: correlação de cada
classificação de material (metais, cerâmicas, polímeros etc.) com seu(s) tipo(s) de ligação.
42
Exercícios
(01) Determine o caráter iônico da alumina (Al2O3).
Profª. Fabiana Fim
Eletronegatividades: Al = 1,6
O = 3,4
%𝐶. 𝐼. = (1 − 𝑒−0,25 𝑥𝐴−𝑥𝐵 ²
)x100
%C.I. (Al2O3) = 55,5%
43
Exercícios
Profª. Fabiana Fim
Qual dos elementos prefere perder dois
elétrons para formar uma ligação iônica?
o a
o b
o c
o d
⚫
44
Exercícios
Profª. Fabiana Fim
Qual não é um elemento químico?
o He
o N
o NaCl
o Mg
⚫
45
Exercícios
Profª. Fabiana Fim
Quais dos pares formaria
preferencialmente uma ligação iônica?
o Ne e S
o S e O
o Ca e O
o Ca e Ne
⚫
46
Exercícios
Profª. Fabiana Fim
Qual dos compostos é covalente?
o Cloreto de magnésio
o Fluoreto de lítio
o Cloreto de cálcio
o Dióxido de enxofre
⚫
47

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Estrutura Atômica e Ligação Interatômica

  • 1. Profª. Fabiana Fim fabifim@gmail.com fabianafim@ct.ufpb.br Sala: CTJ 206 Universidade Federal da Paraíba Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia de Materiais Aula 2: Estrutura Atômica e Ligação Interatômica
  • 2. Estrutura Atômica e Ligação Interatômica • O tipo de ligação nos permite explicar as propriedades dos materiais. Ex: Grafite e diamante (carbono) Grande disparidade de propriedades Estrutura atômica Ligação Química Propriedades Profª. Fabiana Fim 2
  • 3. A evolução da teoria atômica John Dalton Faraday/ Crookes Gregos (Demócrito/Leucipo) Thomson Teoria Quântica atual 450 a.C O elétron é descoberto! Rutherford Niels Bohr Max Planck Einstein Louis de Broglie Schrödinger Atualidade Sec. XIX Por que tantas teorias? Átomo = não divisível 2000 anos Modelo planetário Profª. Fabiana Fim 3
  • 4. Resumo – Modelos Atômicos Profª. Fabiana Fim 4
  • 5. Átomo de Bohr Profª. Fabiana Fim Núcleo: Z = número de prótons orbital electrons: n = principal quantum number n=3 2 1 = 1 (hidrogênio) a 94 (plutônio) N = número de Nêutrons Massa Atômica (A) ≈ Z + N 5
  • 6. : =3 2 1 Átomo de Bohr Profª. Fabiana Fim • Energia dos elétrons quantizada. E = h ;  = c/ h = constante de Plank  = frequência do fóton c = velocidade do fóton no vácuo  = comprimento de onda do fóton • A mudança de energia de um elétron está associada a um salto quântico. Com absorção ou emissão de energia. E = Ef – Ei = h 6
  • 7. Modelo Mecânico-Ondulatório Profª. Fabiana Fim 7 • Os elétrons têm propriedades ondulatórias e particuladas. • Duas das características ondulatórias são: - os elétrons estão em orbitais definidos por uma probabilidade. - cada orbital no nível de energia discreto é determinado por números quânticos. “a todo elétron em movimento está associada uma onda característica”
  • 9. Modelo Mecânico-Ondulatório Profª. Fabiana Fim 9 Princípio da incerteza, por Werner Heisenberg, que afirmava “não ser possível determinar, simultaneamente, a posição e a velocidade de uma partícula em um mesmo instante”. Não é possível determinar a posição e velocidades exatas de um elétron!
  • 10. Modelo Mecânico-Ondulatório Profª. Fabiana Fim 10 Schrödinger determinou, através de uma infinidade de operações matemáticas (cálculos e equações do movimento de ondas), as regiões no espaço que apresentariam máxima probabilidade de se encontrar um elétron.
  • 11. Modelo Mecânico-Ondulatório Profª. Fabiana Fim 11 O modelo atômico de Schrödinger apresentou um modelo de orbital tridimensional para cada um dos subníveis de energia e possibilitou a compreensão do fenômeno da hibridação em átomos de carbono, permitindo a determinação da geometria molecular de diversas substâncias químicas.
  • 12. Comparação entre modelo de Bohr e Mecânico-Ondulatório Profª. Fabiana Fim 12 (a) Os três primeiros estados de energia eletrônicos para o átomo de hidrogênio de Bohr. (b) Estados de energia eletrônicos para as três primeiras camadas do átomo de hidrogênio segundo o modelo mecânico-ondulatório.
  • 13. Números Quânticos Profª. Fabiana Fim 4 números quânticos representam a localização espacial e a energia de um elétron 13
  • 15. Profª. Fabiana Fim Como distribuir os elétrons nos orbitais? 15
  • 16. Configuração Eletrônica Profª. Fabiana Fim 16 Princípio de exclusão de Pauli Num orbital existem no máximo 2 elétrons com spins opostos. Regra de Hund Os orbitais de um mesmo subnível são preenchidos de modo que se obtenha o maior número possível de elétrons isolados (desemparelhados).
  • 17. Configurações Eletrônicas Estáveis • Subníveis s e p completos • São não reativos. Profª. Fabiana Fim 17
  • 18. Configurações Eletrônicas Não-Estáveis Camada de Valência geralmente não preenchida. Profª. Fabiana Fim 18
  • 19. A Tabela Periódica • Colunas: Estrutura de Valência similar Eletropositivos: perdem elétrons, tornando-se cátions Eletronegativos: ganham elétrons, tornando-se ânions. Profª. Fabiana Fim 19
  • 20. Eletronegatividade • Varia de 0.7 a 4.0, Menor eletronegatividade Maior eletronegatividade • Maiores valores: tendência a atrair elétrons. Profª. Fabiana Fim 20
  • 21. Exercícios (1) Fazer a distribuição eletrônica: a) Carbono - 6C b) Potássio - 19K c) Cobre - 29Cu a) 1s2 2s2 2p2 b) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 c) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s1 Profª. Fabiana Fim 21
  • 22. Exercícios (2) Determine os números quânticos dos elétrons do átomo de lítio (3Li) em seu estado fundamental. Dica: fazer a distribuição eletrônica! Profª. Fabiana Fim 1s2 2s1 22
  • 23. Forças e Energia de Ligação Profª. Fabiana Fim 23 r0 • O núcleo positivo de um íon atrai a nuvem eletrônica negativa do outro íon e vice- versa. • Como resultado, a distância interiônica diminui e eles ficam mais próximos. • A medida que os íons se aproximam, as nuvens eletrônicas, carregadas negativamente, irão gerar uma força de repulsão.
  • 24. Forças e Energia de Ligação Profª. Fabiana Fim 24 ➢ Quando a soma das forças atrativas e repulsivas é zero, os átomos estão na chamada distância de equilíbrio. r0 ➢ Energia no ponto de mínimo ela representa a energia que seria necessária para separar esses dois átomos até uma distância de separação infinita.
  • 25. Forças e Energia de Ligação Profª. Fabiana Fim 25 ➢ Algumas vezes é mais conveniente trabalhar com energia (potencial) do que forças de ligações. ➢ Matematicamente, energia (E) e força de ligações (F) estão relacionadas por : E= F.dr Quanto mais profundo o poço de potencial maior a temperatura de fusão do material
  • 26. Profª. Fabiana Fim LIGAÇÕES ATÔMICAS • A força motriz da formação de ligações entre átomos é que qualquer um deles procura se fixar em seu estado mais estável. • Por meio das ligações com outros átomos, a energia potencial de cada átomo participante da ligação é diminuída, resultando em um estado mais estável. Ligações Primárias Secundárias 26
  • 27. Profª. Fabiana Fim LIGAÇÕES PRIMÁRIAS • Existem três combinações de ligações primárias: metal-não metal; não metal-não metal; metal-metal. Primárias Iônicas Metálicas Covalentes 27
  • 28. • Ocorre entre íons (cátions e ânions) • Envolve transferência de elétrons Ligação Iônica Profª. Fabiana Fim • Ex: NaCl Não estável Estável Cl (não metal) Não estável Cl (não metal) Estável • Ocorre entre átomos com grande diferença de eletronegatividade 28
  • 29. Ligação Iônica Profª. Fabiana Fim • Ex: NaCl Átomo de sódio Na Íon de sódio Na+ Átomo de cloro Cl Íon cloreto Cl- 29
  • 30. Ligação Iônica Profª. Fabiana Fim 30 • A ligação iônica é não direcional ✓A força de ligação é igual em todas as direções ✓Para formar um material 3D é necessário que cada íon de um tipo esteja cercado de íons do outro tipo
  • 31. • Ligação predominante em Cerâmicas Eletropositivos Eletronegativos He - Ne - Ar - Kr - Xe - Rn - F 4.0 Cl 3.0 Br 2.8 I 2.5 At 2.2 Li 1.0 Na 0.9 K 0.8 Rb 0.8 Cs 0.7 Fr 0.7 H 2.1 Be 1.5 Mg 1.2 Ca 1.0 Sr 1.0 Ba 0.9 Ra 0.9 Ti 1.5 Cr 1.6 Fe 1.8 Ni 1.8 Zn 1.8 As 2.0 CsCl MgO CaF2 NaCl O 3.5 Ligação Iônica Profª. Fabiana Fim 31
  • 32. Outras características: maus condutores de eletricidade no estado sólido (têm apreciável condutividade iônica a altas temperaturas), elevadas energias de ligação e elevados pontos de fusão. Por que os sólidos iônicos são quebradiços? Profª. Fabiana Fim Interação entre íons 32
  • 33. Ligação Covalente • Compartilhamento de elétrons • Ex: CH4 C: 4 e- valência, H: 1 e- valência As eletronegatividades são similiares. Profª. Fabiana Fim 33 Compartilhou elétron 1s do átomo de carbono compartilhou elétron 1s do segundo átomo de hidrogênio
  • 34. Ligação Covalente Profª. Fabiana Fim 34 ❖ A ligação covalente é direcional e forma ângulos bem definidos: ocorre entre átomos específicos e pode existir somente na direção entre um átomo e o outro que participa do compartilhamento. Tem uma grande faixa de energias de ligação pontos de fusão • Energias da ordem de centenas de kJ/mol • Ex: Carbono na estrutura do diamante PF= 3550°C • Ex: Bismuto PF = 270°C
  • 35. Ligação Covalente Profª. Fabiana Fim 35 Ligação forte Ligação fraca entre planos Os átomos de carbono na grafite também são unidos fortemente através de ligações covalentes, mas só dentro de um plano, diferentemente da rede 3D das ligações do diamante. Estes planos de átomos de carbono simplesmente empilham-se uns sobre os outros, sendo as forças de união entre os planos, muito fracas. Os planos de átomos de carbono podem então deslizar facilmente uns sobre os outros, e por isto, a grafite é um importante lubrificante!
  • 37. A maioria das ligações possui características intermediárias %𝐶. 𝐼. = (1 − 𝑒−0,25 𝑥𝐴−𝑥𝐵 ²)x100 C.I % (LiF) = ????? C. I % (LiF) = 89,5% Profª. Fabiana Fim CARÁTER IÔNICO Ligações Iônicas versus Ligações Covalentes 37
  • 38. Propriedades: sólidos maleáveis, dúcteis, bons condutores térmicos e elétricos. Cátions Mar de elétrons de valência Principal característica: mobilidade dos elétrons de valência Força da ligação metálica: Al > Mg > Na Profª. Fabiana Fim 38 Ligação Metálica Direcionalidade: A ligação metálica não é direcional porque os elétrons protegem o átomo carregado positivamente das forças repulsivas eletrostáticas
  • 40. Profª. Fabiana Fim 40 Ligações Secundárias ➢É possível obter ligação sem troca ou compartilhamento de elétrons nas denominada ligações secundárias ou de van der Waals. ➢A ligação é gerada por pequenas assimetrias na distribuição de cargas do átomos, que criam dipolos. ✓Um dipolo é um par de cargas opostas que mantém uma distância entre si. ✓Dipolo permanente ✓Dipolo induzido ➢ Ligações de Hidrogênio: Um caso particular das interações dipolo- dipolo é o das interações de dipolos que contêm o hidrogênio ligado a elementos eletronegativos como o F, O, N e Cl.
  • 41. Energias de ligação (E0) de algumas substâncias Profª. Fabiana Fim 41
  • 42. Profª. Fabiana Fim LIGAÇÕES MISTAS Tipo de ligação Tipo de material (a) Tetraedro de ligação: cada um dos quatro tipos de ligação extremos (ou puros) estão localizados em um vértice do tetraedro; três tipos de ligações mistas estão incluídos ao longo das arestas do tetraedro. (b) Tetraedro do tipo de material: correlação de cada classificação de material (metais, cerâmicas, polímeros etc.) com seu(s) tipo(s) de ligação. 42
  • 43. Exercícios (01) Determine o caráter iônico da alumina (Al2O3). Profª. Fabiana Fim Eletronegatividades: Al = 1,6 O = 3,4 %𝐶. 𝐼. = (1 − 𝑒−0,25 𝑥𝐴−𝑥𝐵 ² )x100 %C.I. (Al2O3) = 55,5% 43
  • 44. Exercícios Profª. Fabiana Fim Qual dos elementos prefere perder dois elétrons para formar uma ligação iônica? o a o b o c o d ⚫ 44
  • 45. Exercícios Profª. Fabiana Fim Qual não é um elemento químico? o He o N o NaCl o Mg ⚫ 45
  • 46. Exercícios Profª. Fabiana Fim Quais dos pares formaria preferencialmente uma ligação iônica? o Ne e S o S e O o Ca e O o Ca e Ne ⚫ 46
  • 47. Exercícios Profª. Fabiana Fim Qual dos compostos é covalente? o Cloreto de magnésio o Fluoreto de lítio o Cloreto de cálcio o Dióxido de enxofre ⚫ 47