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Exercício de Quimiossíntese
Nuno Correia 2011/12   2
Uma das mais surpreendentes descobertas efectuadas no domínio da biologia das grandes
profundidades foi a dos ecossistemas ligados às fontes hidrotermais profundas, quer pela
exuberância, quer pelas características dos organismos.
Nos povoamentos hidrotermais profundos, a produção primária é assegurada por bactérias
que obtêm a energia necessária para a fixação do CO2 a partir da oxidação de
sulfuretos, tais como o H2S ou o HS–, provenientes, na sua maioria, dos gases vulcânicos que
emanam das fontes hidrotermais. As bactérias que vivem nas fontes hidrotermais são
hipertermófilas, possuindo uma temperatura óptima de crescimento muito elevada. Para
sobreviverem a tais temperaturas, estas bactérias apresentam um grande número de
adaptações, pois, à medida que as membranas celulares são sujeitas a temperaturas altas,
a estabilidade e a fluidez essencial ao bom funcionamento ficam comprometidas. Assim,
estas bactérias apresentam alterações na estrutura dos fosfolípidos constituintes das suas
membranas, que resultam no aumento do tamanho das caudas dos ácidos gordos e na sua
saturação (remoção das ligações múltiplas). Desta forma, os fosfolípidos ficam mais
compactados, mantendo a estabilidade das membranas a temperaturas e a pressões mais
elevadas. O organismo mais característico do ecossistema hidrotermal é um animal
vermiforme tubícola, de grandes dimensões, Riftia pachyptila, que forma densos agregados
e que não possui nem boca nem tubo digestivo, intervindo na sua nutrição bactérias
simbiontes. Este animal transfere sulfuretos para um órgão especializado no seu corpo, onde
se alojam as bactérias simbiontes.
Baseado em L. Saldanha, «Fauna das profundezas marinhas», Colóquio/Ciências, 1991
                                      Nuno Correia 2011/12                               3
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  • 3. Uma das mais surpreendentes descobertas efectuadas no domínio da biologia das grandes profundidades foi a dos ecossistemas ligados às fontes hidrotermais profundas, quer pela exuberância, quer pelas características dos organismos. Nos povoamentos hidrotermais profundos, a produção primária é assegurada por bactérias que obtêm a energia necessária para a fixação do CO2 a partir da oxidação de sulfuretos, tais como o H2S ou o HS–, provenientes, na sua maioria, dos gases vulcânicos que emanam das fontes hidrotermais. As bactérias que vivem nas fontes hidrotermais são hipertermófilas, possuindo uma temperatura óptima de crescimento muito elevada. Para sobreviverem a tais temperaturas, estas bactérias apresentam um grande número de adaptações, pois, à medida que as membranas celulares são sujeitas a temperaturas altas, a estabilidade e a fluidez essencial ao bom funcionamento ficam comprometidas. Assim, estas bactérias apresentam alterações na estrutura dos fosfolípidos constituintes das suas membranas, que resultam no aumento do tamanho das caudas dos ácidos gordos e na sua saturação (remoção das ligações múltiplas). Desta forma, os fosfolípidos ficam mais compactados, mantendo a estabilidade das membranas a temperaturas e a pressões mais elevadas. O organismo mais característico do ecossistema hidrotermal é um animal vermiforme tubícola, de grandes dimensões, Riftia pachyptila, que forma densos agregados e que não possui nem boca nem tubo digestivo, intervindo na sua nutrição bactérias simbiontes. Este animal transfere sulfuretos para um órgão especializado no seu corpo, onde se alojam as bactérias simbiontes. Baseado em L. Saldanha, «Fauna das profundezas marinhas», Colóquio/Ciências, 1991 Nuno Correia 2011/12 3