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Questão

122

	
  

CURSO E COLÉGIO

Capítulo LIV – A pêndula
Saí dali a saborear o beijo. Não pude dormir; estirei-me na cama, é certo, mas foi o
mesmo que nada. Ouvi as horas todas da noite. Usualmente, quando eu perdia o sono, o bater
da péndula fazia-me muito mal; esse tique-taque soturno, vagaroso e seco parecia dizer a cada
golpe que eu ia ter um instante menos de vida. Imaginava então um velho diabo, sentado entre
dois sacos, o da vida e o da morte, e a conta-las assim:
- Outra de menos...
- Outra de menos...
- Outra de menos...
- Outra de menos...
O mais singular é que, se o relógio parava, eu dava-Ihe corda, para que ele não
deixasse de bater nunca, e eu pudesse contar todos os meus instantes perdidos. Invenções há,
que se transformam ou acabam; as mesmas instituições morrem; o relógio e definitivo e
perpétuo. O derradeiro homem, ao despedir-se do sol frio e gasto, há de ter um relógio na
algibeira, para saber a hora exata em que morre.
Naquela noite não padeci essa triste sensaçãoo de enfado, mas outra, e deleitosa. As fantasias
tumultuavam-me cá dentro, vinham umas sobre outras, à semelhança de devotas que se
abalroam para ver o anjo-cantor das procissões. Não ouvia os instantes perdidos, mas os
minutos ganhados.
ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar.1992 (fragmento).
O capitulo apresenta o instante em que Brás Cubas revive a sensação do beijo trocado com
Vigília, casada com Lobo Neves. Nesse contexto, a metáfora do relógio desconstrói certos
paradigmas românticos, porque
A) o narrador e Vigília não têm percepção do tempo em seus encontros adúlteros.
B)

como “defunto autor", Brás Cubas reconhece a inutilidade de tentar acompanhar o
fluxo do tempo.

C) na contagem das horas, o narrador metaforiza o desejo de triunfar e acumular
riquezas.
D)

o relógio representa a materialização do tempo e redireciona o comportamento
idealista de Brás Cubas.

E)

o narrador compara a duração do sabor do beijo à perpetuidade do relógio.

	
  
 
	
  

	
  

	
  

	
  
	
  

	
  
Alternativa:

D

CURSO E COLÉGIO

A metáfora do relógio desconstrói paradigmas românticos. Na passagem “o relógio representa
a materialização do tempo e redireciona o comportamento idealista de Brás Cubas”, porque
materializa o tempo que ele ganharia ao lado de Vírgilia, o que remete à postura de idealização
- típica da estética romântica.

	
  

	
  

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O relógio e a materialização do tempo em Memórias Póstumas de Brás Cubas

  • 1.             Questão 122   CURSO E COLÉGIO Capítulo LIV – A pêndula Saí dali a saborear o beijo. Não pude dormir; estirei-me na cama, é certo, mas foi o mesmo que nada. Ouvi as horas todas da noite. Usualmente, quando eu perdia o sono, o bater da péndula fazia-me muito mal; esse tique-taque soturno, vagaroso e seco parecia dizer a cada golpe que eu ia ter um instante menos de vida. Imaginava então um velho diabo, sentado entre dois sacos, o da vida e o da morte, e a conta-las assim: - Outra de menos... - Outra de menos... - Outra de menos... - Outra de menos... O mais singular é que, se o relógio parava, eu dava-Ihe corda, para que ele não deixasse de bater nunca, e eu pudesse contar todos os meus instantes perdidos. Invenções há, que se transformam ou acabam; as mesmas instituições morrem; o relógio e definitivo e perpétuo. O derradeiro homem, ao despedir-se do sol frio e gasto, há de ter um relógio na algibeira, para saber a hora exata em que morre. Naquela noite não padeci essa triste sensaçãoo de enfado, mas outra, e deleitosa. As fantasias tumultuavam-me cá dentro, vinham umas sobre outras, à semelhança de devotas que se abalroam para ver o anjo-cantor das procissões. Não ouvia os instantes perdidos, mas os minutos ganhados. ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar.1992 (fragmento). O capitulo apresenta o instante em que Brás Cubas revive a sensação do beijo trocado com Vigília, casada com Lobo Neves. Nesse contexto, a metáfora do relógio desconstrói certos paradigmas românticos, porque A) o narrador e Vigília não têm percepção do tempo em seus encontros adúlteros. B) como “defunto autor", Brás Cubas reconhece a inutilidade de tentar acompanhar o fluxo do tempo. C) na contagem das horas, o narrador metaforiza o desejo de triunfar e acumular riquezas. D) o relógio representa a materialização do tempo e redireciona o comportamento idealista de Brás Cubas. E) o narrador compara a duração do sabor do beijo à perpetuidade do relógio.  
  • 2.               Alternativa: D CURSO E COLÉGIO A metáfora do relógio desconstrói paradigmas românticos. Na passagem “o relógio representa a materialização do tempo e redireciona o comportamento idealista de Brás Cubas”, porque materializa o tempo que ele ganharia ao lado de Vírgilia, o que remete à postura de idealização - típica da estética romântica.