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E.E. PROFESSORA LÂNDIA SANTOS
BATISTA
Triste Fim de Policarpo Quaresma
Afonso Henriques de Lima Barreto
São Paulo
2014
E.E. PROFESSORA LÂNDIA SANTOS
BATISTA
Turma 3c
Anna Santos.
Mariana...
Natalia D elrei
Afonso Henriques de Lima Barreto
São Paulo
2014
Triste Fim de Policarpo Quaresma
Biografia do autor: Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922) nasceu no Rio
de Janeiro e ocupa hoje um lugar de destaque em nossa literatura por criticar a
sociedade carioca (e brasileira) no início do século XX. De família humilde e mulata
- Resumo do Livro Policarpo Quaresma: A obra se desenrola na cidade do Rio de
janeiro logo após a proclamação da república brasileira. Buscando saídas políticas,
econômicas e culturais para o Brasil, Policarpo passa grande parte de seu tempo
enfiado nos livros, pelo que é criticado por parte da vizinhança que não consegue
aceitar que alguém sem titulação acadêmica possa possuir livros uma crítica ao
academicismo, muito presente na obra de Lima Barreto e que o critica ainda mais
quando ele decide aprender a tocar um instrumento mal visto pela burguesa
sociedade carioca da época, o violão, por considerá-lo um representante do espírito
popular do país. São e aposentado, Policarpo vende sua casa e compra, por sugestão
da afilhada Olga, um sítio na fictícia cidade de Curuzu, denominado Sossego e onde
ele passa a tentar provar a decantada fertilidade do solo brasileiro.
Com a ajuda do empregado Anastácio, Policarpo luta contra saúvas, ervas daninhas e
outras pragas na tentativa de incentivar a iniciativa agrícola em outras pessoas e
ajudar no crescimento econômico do Brasil e do mundo inteiro. Mas, além disso,
Policarpo continuava a lutar contra a opinião pública e as autoridades. Ao saber sobre
a Revolta da Armada, nosso protagonista "pede energia" em telegrama ao Marechal
Floriano e segue para o Rio de Janeiro para dar apoio ao regime e sugerir reformas
que mudassem a situação agrária.
Narra as andanças de Policarpo pela Capital Federal durante a revolta da Armada e
mostra sua desilusão final. Há aqui uma crítica feroz aos positivistas que apoiavam a
Primeira República.
Chegando ao Rio, Policarpo é bem recebido por Floriano Peixoto, que, no entanto, dá
pouca atenção às suas propostas de reforma.
Decidido a lutar pela República, Policarpo é então incorporado a um batalhão, o
"Cruzeiro do Sul", com o posto de major, embora não tivesse qualquer experiência
militar prévia.
Encarregado de um pelotão de artilharia improvisado com voluntariados à força - como
seu amigo Ricardo Coração dos Outros -, Policarpo deveria rechaçar investidas dos
marinheiros às praias cariocas.
A revolta criava ao mesmo tempo tensão - devido a prisões e violências arbitrárias - e
oportunidades de ascensão social e empregatícia a cupinchas e puxa-sacos.
Policarpo, enquanto isto percebe que suas propostas não eram levadas a sério - é
chamado, de forma um tanto irônica, de visionário pelo indolente Marechal de
Ferro Floriano Peixoto - e desilude ainda mais quando, tendo entrado em combate,
acaba por matar um dos revoltosos.
Finda a revolta e encarregado de cuidar de um grupo de prisioneiros, Policarpo chega
à conclusão de que a pátria, à qual ele sacrificara sua vida de estudos, era uma ilusão.
Seu destino é selado quando, após presenciar a escolha arbitrária de prisioneiros a
ser executado, ele escreve uma carta a Floriano Peixoto denunciando a situação: o
maior patriota de todo o livro é injustamente preso, acusado de traição.
Ricardo Coração dos Outros, inteirado da situação, procura todos os antigos amigos e
conhecidos de Policarpo para ajudá-lo, mas todos se recusam por medo ou ganância,
com exceção da afilhada, Olga, que, no entanto, parece incapaz de fazer qualquer
coisa pelo padrinho a quem admira tanto.
No final deste livro, Policarpo, devido às suas críticas, é preso e condenado ao
fuzilamento, por ordem do presidente Floriano Peixoto sob a acusação de traição.
- personagens:
Policarpo Quaresma: Personagem protagonista; ·.
Dona Adelaide: irmã de Quaresma, mora com ele; ·.
Ricardo Coração dos outros: Violonista amigo de Quaresma que o ensinava
tocar violão;
Coleoni: Imigrante italiano inimigo de Quaresma;
Olga: filha de Coleoni, afilhada de Quaresma;
General Albernaz e família; amigos de Quaresma.
Tempo e espaço da obra
A história ocorre durante o governo de Floriano Peixoto, em 1894 no Rio de Janeiro
Principais obras:
Recordações do escrivão Isaias Caminha,romance (1909)
Triste fim de policarpo quaresma considerado o melhor dos seus romances
(1916)
Numa e ninfa, romance, (1918).
Vida e morte de M.J Gonzaga de Sá, romance escrito em 1908, mais somente
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Historia e sonhos, contos (1920).
- conclusão
O romance de Lima Barreto reflete a hipocrisia da sociedade brasileira e de seus
governantes com sua visão individualista e corrupta bem como as injustiças a que é
submetido o cidadão comum

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  • 2. E.E. PROFESSORA LÂNDIA SANTOS BATISTA Turma 3c Anna Santos. Mariana... Natalia D elrei Afonso Henriques de Lima Barreto São Paulo 2014
  • 3. Triste Fim de Policarpo Quaresma Biografia do autor: Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922) nasceu no Rio de Janeiro e ocupa hoje um lugar de destaque em nossa literatura por criticar a sociedade carioca (e brasileira) no início do século XX. De família humilde e mulata - Resumo do Livro Policarpo Quaresma: A obra se desenrola na cidade do Rio de janeiro logo após a proclamação da república brasileira. Buscando saídas políticas, econômicas e culturais para o Brasil, Policarpo passa grande parte de seu tempo enfiado nos livros, pelo que é criticado por parte da vizinhança que não consegue aceitar que alguém sem titulação acadêmica possa possuir livros uma crítica ao academicismo, muito presente na obra de Lima Barreto e que o critica ainda mais quando ele decide aprender a tocar um instrumento mal visto pela burguesa sociedade carioca da época, o violão, por considerá-lo um representante do espírito popular do país. São e aposentado, Policarpo vende sua casa e compra, por sugestão da afilhada Olga, um sítio na fictícia cidade de Curuzu, denominado Sossego e onde ele passa a tentar provar a decantada fertilidade do solo brasileiro. Com a ajuda do empregado Anastácio, Policarpo luta contra saúvas, ervas daninhas e outras pragas na tentativa de incentivar a iniciativa agrícola em outras pessoas e ajudar no crescimento econômico do Brasil e do mundo inteiro. Mas, além disso, Policarpo continuava a lutar contra a opinião pública e as autoridades. Ao saber sobre a Revolta da Armada, nosso protagonista "pede energia" em telegrama ao Marechal Floriano e segue para o Rio de Janeiro para dar apoio ao regime e sugerir reformas que mudassem a situação agrária. Narra as andanças de Policarpo pela Capital Federal durante a revolta da Armada e mostra sua desilusão final. Há aqui uma crítica feroz aos positivistas que apoiavam a Primeira República. Chegando ao Rio, Policarpo é bem recebido por Floriano Peixoto, que, no entanto, dá pouca atenção às suas propostas de reforma. Decidido a lutar pela República, Policarpo é então incorporado a um batalhão, o "Cruzeiro do Sul", com o posto de major, embora não tivesse qualquer experiência militar prévia. Encarregado de um pelotão de artilharia improvisado com voluntariados à força - como seu amigo Ricardo Coração dos Outros -, Policarpo deveria rechaçar investidas dos marinheiros às praias cariocas.
  • 4. A revolta criava ao mesmo tempo tensão - devido a prisões e violências arbitrárias - e oportunidades de ascensão social e empregatícia a cupinchas e puxa-sacos. Policarpo, enquanto isto percebe que suas propostas não eram levadas a sério - é chamado, de forma um tanto irônica, de visionário pelo indolente Marechal de Ferro Floriano Peixoto - e desilude ainda mais quando, tendo entrado em combate, acaba por matar um dos revoltosos. Finda a revolta e encarregado de cuidar de um grupo de prisioneiros, Policarpo chega à conclusão de que a pátria, à qual ele sacrificara sua vida de estudos, era uma ilusão. Seu destino é selado quando, após presenciar a escolha arbitrária de prisioneiros a ser executado, ele escreve uma carta a Floriano Peixoto denunciando a situação: o maior patriota de todo o livro é injustamente preso, acusado de traição. Ricardo Coração dos Outros, inteirado da situação, procura todos os antigos amigos e conhecidos de Policarpo para ajudá-lo, mas todos se recusam por medo ou ganância, com exceção da afilhada, Olga, que, no entanto, parece incapaz de fazer qualquer coisa pelo padrinho a quem admira tanto. No final deste livro, Policarpo, devido às suas críticas, é preso e condenado ao fuzilamento, por ordem do presidente Floriano Peixoto sob a acusação de traição. - personagens: Policarpo Quaresma: Personagem protagonista; ·. Dona Adelaide: irmã de Quaresma, mora com ele; ·. Ricardo Coração dos outros: Violonista amigo de Quaresma que o ensinava tocar violão; Coleoni: Imigrante italiano inimigo de Quaresma; Olga: filha de Coleoni, afilhada de Quaresma; General Albernaz e família; amigos de Quaresma. Tempo e espaço da obra A história ocorre durante o governo de Floriano Peixoto, em 1894 no Rio de Janeiro
  • 5. Principais obras: Recordações do escrivão Isaias Caminha,romance (1909) Triste fim de policarpo quaresma considerado o melhor dos seus romances (1916) Numa e ninfa, romance, (1918). Vida e morte de M.J Gonzaga de Sá, romance escrito em 1908, mais somente publicado (1919). Historia e sonhos, contos (1920). - conclusão O romance de Lima Barreto reflete a hipocrisia da sociedade brasileira e de seus governantes com sua visão individualista e corrupta bem como as injustiças a que é submetido o cidadão comum