O documento descreve a 11a edição do Corporate Registers Forum (CRF) que ocorreu no Rio de Janeiro em março de 2014. O evento reuniu profissionais de registro empresarial de mais de 50 países e teve como tema central a sustentabilidade econômica e social por meio da transparência e facilidade no registro de empresas. O presidente reeleito do CRF avaliou positivamente o evento no Rio de Janeiro e previu que as próximas edições continuarão focando em facilitar negócios e aumentar a transparência corporativa por meio da
CRF 2014 reúne profissionais de registro de 51 países
1. Informativo JUCERJA
Número 70 | Abril 2014 www.jucerja.rj.gov.br
Pela primeira vez, o Brasil recebeu o Corporate
Registers Forum (CRF), evento internacional que
reúne, anualmente, profissionais de registro em-
presarial. Na décima primeira edição, realizada de
17 a 25 de março no Rio de Janeiro, participaram
profissionais de mais de 50 países.
Promovido pelo CRF - organização internacio-
nal não-governamental para administradores de
registros corporativos - e organizado pela Junta
Comercial do Rio de Janeiro (Jucerja) e pela Se-
cretaria de Estado de Desenvolvimento Econômi-
co, Energia, Indústria e Serviços (Sedeis), o fórum
em 2014 teve como tema central “Os registros de
empresas como meio para se chegar à sustentabili-
dade econômica e social”.
Para Tim Moss, recém-reeleito presidente do
CRF, a sustentabilidade econômica e social se dá
ao baratear e facilitar as transações e o acesso às
informações, beneficiando os negócios e contri-
buindo para o desenvolvimento econômico. E ao
estimular o comportamento saudável das empre-
sas, por meio de credibilidade e transparência.
Teresa Pantoja, vice-presidente da Jucerja, ressal-
tou a importância de se promover a sustentabilidade
social e econômica por meio dos processos de regis-
tros empresariais em países emergentes como o Brasil.
“A possibilidade de qualquer um adquirir adequada-
mente uma identidade empresarial, dá mais dignidade
e atitude perante à sua comunidade e colegas de traba-
lho. É importante para as pessoas poderem pagar os
impostos e viverem dentro da legalidade”.
Transparência, credibilidade, tecnologia, segu-
rança e redução da burocracia foram os pilares que
nortearam as principais discussões durante o CRF
2014, desde a primeira sessão com Tim Moss,
presidente do CRF e chefe-executivo da Compa-
nies House, órgão de registro de empresas do Rei-
no Unido, e Mandy Mcdonald, gerente-geral de
registro de empresas do ministério de Negócios,
Inovação e Emprego da Nova Zelândia. Os dois
participaram do painel “Boas práticas internacio-
nais na área de registros empresariais”.
“Há três coisas para considerar boas práticas
nos registros empresarias: integridade das infor-
mações; facilitação dos negócios e transparência
corporativa”, ressaltou Moss.
O britânico deu um panorama do registro em-
presarial no Reino Unido, citando as característi-
cas, os avanços e os desafios da área.
Até janeiro deste ano, o Reino Unido tinha 3,2mi-
lhões de empresas registradas, sendo 530 mil abertas
somente em 2013, um recorde para a região. Atual-
mente, o registo pode ser feito em apenas dez minu-
tos e o acesso às informações básicas das empresas é
gratuito. “Um dos nossos desafios é manter a base de
dados das empresas atualizada”, revelou Moss.
Mandy Mcdonald, por sua vez, mostrou por que
a Nova Zelândia é o país que está em primeiro lugar
no ranking do Banco Mundial em facilidade para
abrir uma empresa e terceiro em facilidade em fazer
negócios. No último ano, foram abertas mais de
meio milhão de empresas. Um dos fatores que con-
tribuem para o crescimento neste setor é o fato de
que 98% do processos são feitos pela internet.
Tim Moss, chefe-executivo da Companies Hou-
se, órgão de registro de empresas do Reino Unido,
e presidente reeleito do CRF, faz uma avaliação de
como foi o fórum no Rio de Janeiro e como será o
próximo, em Abu Dhabi.
Que avaliação o senhor faz do CRF 2014 no Rio
de Janeiro?
Tim Moss: O CRF Rio 2014 foi um grande
sucesso, com uma excelente participação de dife-
rentes partes do mundo e, o mais importante, com
muitos representantes da América do Sul, uma área
não bem representada anteriormente. Houve tam-
bém uma impressionante variedade de temas apre-
sentados e, embora existam muitas diferenças entre
Sessão de Honra abriu oficialmente o CRF 2014.
Da esquerda para a direita: Carlos de La Rocque,
presidente da Jucerja; Vinícius Mazza, diretor do
Departamento de Registro Empresarial e Integração
(Drei) subordinado à Secretaria da Micro e Pequena
Empresa da Presidência da República; Julio Bueno,
secretário de Estado de Desenvolvimento Econômi-
co, Energia, Indústria e Serviços (Sedeis); Tim Moss,
presidente do CRF; Teresa Pantoja, vice-presidente
da Jucerja; Michael Brosnahan, secretário-executivo
do CRF;Armando Salgado, diretor-secretário da Fir-
jan; Mário Berti, presidente da Fenacon.
CRF 2014 tem grande adesão de profissionais de registro empresarial de várias partes do mundo
Foto:JoelTelles
Confira os endereços e horários das delegacias da Jucerja em:
www.jucerja.rj.gov.br/servicos/delegacias.asp
Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro
Evento, realizado no Rio de Janeiro, foi organizado pela Jucerja e pela Secretaria
de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços
Informativo JUCERJA é uma publicação da
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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
ENERGIA, INDÚSTRIA E SERVICOS
CRF 2014 reúne profissionais de
registro empresarial de 51 países
O fórum, segundo Moss, é um momento para
a troca de experiências entre países a fim de me-
lhorar as práticas de registros empresariais. “Há
muitas semelhanças, mas também muitas diferen-
ças nos registros empresariais ao redor do mun-
do. O objetivo principal do fórum é trazer a ideia
de comunidade e propósitos comuns, de modo a
aprendermos com as experiências e diferenças de
outros países, e identificar áreas em que podemos
trabalhar mais juntos. Uma rede de contatos global
é benéfica para nós e para o desenvolvimento eco-
nômico mundial”, disse o britânico, na abertura do
fórum.
Carlos de La Rocque, presidente da Jucerja,
enfatizou o valor das entidades de registros em-
presariais para os negócios. “A nossa importân-
cia é muito grande, representa a porta de entrada
para aqueles que querem investir em nossos res-
pectivos países”.
Com mais de 1 milhão de empresas registra-
das, o Rio de Janeiro é um dos estados brasilei-
ros em que se leva menos tempo para a abertura
de um negócio, quatro dias em média. “Estamos
avançando, investindo em tecnologia e seguran-
ça. Com a globalização, a função dos registrado-
res de empresas tem que estar integrada nacional-
mente. Também tem que haver integração entre
os países. Temos que globalizar os sistemas de
informações e de registro empresarial, abrir mão
da burocracia e agilizar os processos, buscando o
máximo de informatização e preservando a segu-
rança”, defendeu La Rocque.
Foto:JoelTelles
Foto:JoelTelles
Boas Práticas Internacionais
Entrevista com Tim Moss
os registos, há também muitos temas comuns, tais
como: redução dos encargos sobre as empresas, a
integridade dos dados, o uso de tecnologia digital,
dados abertos e um único local que oferece múlti-
plos serviços ao empresário.
Após as apresentações de vários países no CRF
2014, qual será a tendência global na área do re-
gistro de empresas?
Tim Moss: Acho que não será muito diferente
do que está se fazendo hoje. Todo o mundo vai con-
tinuar procurando maneiras de facilitar a realização
de negócios, melhorar a integridade de dados e o
combate a fraudes, aumentar a transparência corpo-
rativa, e como abraçar plenamente as oportunidades
da tecnologia digital.
O que se pode esperar da próxima edição do Fó-
rum CRF, em Abu Dhabi?
Tim Moss: Acho que a próxima conferência em
Abu Dhabi terá foco em tecnologia e balcões únicos
como maneira de facilitar os negócios. Eu também
acho que a área de transparência corporativa conti-
nuará a crescer em importância.