1) O documento discute vários fenômenos parapsicológicos, incluindo tiptologia (ruídos psicocinéticos), telecinesia
(movimento de objetos à distância) e pneumografia (escrita ou desenhos sem causa aparente).
2) A tiptologia pode ser produzida por telergia e é o estudo dos "raps" ou ruídos produzidos de forma inconsciente.
O neoespiritismo surgiu de um caso inicial de tiptologia fraudulenta em 1847.
3) A telec
1. PARTE 6
11.4-TIPTOLOGIA.
Batidas ou raps realizadas de modo inconsciente pela Telergia. Tiptologia. (Tipto = golpear; logos = tratado).
Nomenclatura usada pelos especialistas para designar o estudo(ou o mesmo efeito) dos "raps", plural da palavra
inglesa "rap" (choque, golpe, batida)que em forma verbal significa bater, golpear repetidamente. Tiptologia: a telergia
produzindo ruídos.
Truques e efeitos comuns. 0 neoespiritismo, ou espiritismo moderno, nasceu de um caso de tiptologia fraudolenta,
efetuado pelas irmãs Fox, Cathy e Margaret, no estado de Nova Yorque quando contavam entre sete e oite anos e
meio de idade respectivamente. Este fenômeno acontecia em 1847. Anos mais tarde, em 1888, as irmãs Fox
confessavam publicamente a fraude, consistente em produzir estalos, por meio da articulação do dedo grande do pé,
além de utilizar, também, as articulações dos joelhos e dos tornozelos, servindo como caixa de ressonância , uma
mesa, uma cadeira de madeira, etc. Inclusive, pode se efetuar com os tendões, placas de ferro (escondidas entre as
tábuas de uma mesa ou no próprio corpo do detado), e assim por diante.
Omitimos outros inumeráveis truques como os desmascarados pelo famoso metapsíquico Hodgson, ou pelos grandes
ilusionistas Davis e Houdini.
Não se pode negar que o calor e outras energias físicas comuns, como, a umidade, a eletricidade estática, etc.,podem
ser responsáveis normais de muitos "raps". Muitas vezes, porém, a origem desses "raps" é a Telergia. Alguns
exemplos: Em janeiro de 1956, uma casa "mal assombrada", em Saint-Lupicin, Jura, tornou-se conhecida em toda a
França através dos jornais. Chamaram o sacerdote do lugar para que benzesse a casa. 0 sacerdote aceitou, mas
como homem culto que era, aconselhou que afastassem da casa a menina Juliette R., na qual ele via o dotado
responsável de tudo. A família seguiu o conselho do sacerdote, e esta "benção" surtiu efeito: daquele dia em diante
desapareceu o encantamento. .. Antes, muitos pesquisadores, pessoas cultas, a polícia, etc tinham observado tudo e
cada coisa sem encontrar nem o mínimo vestígio de fraude.
René Sudre, para explicar a economia de energia que pode apresentar a tiptologia (violentos "golpes", mas que
podem não deixar marcas, exemplifica: "Quando se dá um golpe de martelo sobre um prego, originam-se três efeitos
principais: um efeito mecânico, (a introdução do prego); um efeito térmico (o aquecimento); um efeito vibratório
(que se percebe como ruído-som). Os dois primeiros absorvem quase toda a energia. Ora, este desperdício em
movimento e em calor é muito limitado nos ruídos parapsicológicos e por isso a algazarra horripilante que se ouve nas
casas "mal assombradas", não exige mais que um pequeno desgaste de energia".
Podemos classificar a telergia sob dois pontos de vista. No primeiro, observamos que os ruidos se podem efetuar em
contato ou à distância; e no segundo, o do ruído, em superficiais e profundos. O mais normal é que se efetuem os
"raps" em mesas de madeira, encontrando-se mais dificuldades sobre objetos de metal. Também observamos que as
intensidades dos sons preduzidos estão em razão inversa à umidade e densidade da madeira. Sob a ação da telergia
as mesas costumam ficar carregadas de eletricidade, tendo-se comprovado (por exemplo, René Sudre com a sua
teoria Iloclástica, e anteriormente, em 1872, o Dr. Serilar) que a tiptologia se deve não a um esforço de pressão ou
de torção, senão as ações estritamente localizadas e espalhadas em centros.
Todo este conjunto das características da tiptologia, assim como os fatos (frequentemente observados) de perda de
peso do dotado na produção dos "raps" e de ser frequentemente acompanhado perceptivelmente por movimentos
musculares do "médium" (dotado), coincidem com o que caberia esperar de um efeito de telergia. As manifestações
inteligentes expressadas pela tiptologia não superam a inteligência do dotado (levando-se em conta o que
logicamente se pode esperar do inconsciente e seu talento e faculdades, inclusive, parapsicológicas).
11.5-TELECINESIA.
Movimentos de objetos pela Telergia.(Fenômeno das "casas mal assombradas"). Também conhecida como
Psicocinesia, é o fenômeno do movimento a distância de seres ou objetos. Na década de 70, um dos maiores
expoentes dessa especialidade, era a russa Nina Kulagna. Após testes, feitos sob o maior rigor científico, Nina
revelou-se uma das maiores sensitivas de todos os tempos. Ela conseguia movimentar, a distância, pequenos objetos
colocados à sua frente, mesmo que eles e ela mesma se interpusesse espessa barreira de vidro. Tentando mover, à
vontade, as agulhas de bússolas, ela não apenas movia a agulha, mas o objeto inteiro.
De (tele = ao longe; kinesis= movimento) consiste em utilizar a telergia para mover objetos "à distância", isto é, sem
contato normal. Experiências de Laboratório. O primeiro dotado em telecinesia que foi estudado cientificamente foi
Angélique Cottin, moça de catorze anos. Começou com telecinesias, no dia 15 de janeiro de 1846, "assombrando" a
casa onde vivia; uma mesa próxima a ela começou a se agitar sem causa aparente; um pesado cortiço e os mais
variados objetos realizavam os movimentos mais inverossímeis. O Dr. Tanchou, depois de estudar o fenômeno,
declarou autênticas as telecinesias, sem poder apresentar, contudo, explicação alguma.
A academia de ciências do Paris nomeou uma comissão que declarou que as experiências com a menina deviam ser
consideradas nulas, e tudo porque a menina não tinha realizado diante deles nenhuma telecinesia. Estamos cansados
de repetir à saciedade que os fonômenos parapsicológicos são espontâneos e que não podem efetuar-se à vontade.
Negaremos por isso a autenticidade do fenômeno? Mais tarde o Dr. J. E. Mirville, analisando os argumentos em prol e
em contra manifestou-se decididamente a favor da telecinesia real no caso de Angelique Cottin.
O mais importante dotado da história foi Daniel Dunglas Home. Com este dotado, as primeiras experiências
realizaram entre 1867 e 1868, dirigidas pelo Visconde Adare, na sua residência particular. Em certa ocasião uma
mesa ficou suspensa, a quase meio metro de altura, durante bastante tempo, facilitando a observação. Em outra
oportunidade esta mesma mesa foi pousar sobre outra cheia de objetos. Em outras ocasiões se levantou a sessenta
centímetros, deteve-se se elevando até chegar à altura de 1,52 metros. Home realizava as experiências em plena luz.
Home, no fim da vida, foi estudado pelo grande físico-químico, pesquisador dos raios catódicos, William Crookes e
pela Sociedade Dialética de Londres que confirmaram o fato inegável de que alguma vez Home movia objetos sem
contato normal.
Outra grande dotada foi Eusápia Palladino, apanhada várias vezes em truque, mas todos os pesquisadores sem
exceção, terminaram por reconhecer que também, muitas vezes, fazia telecinesias autênticas. Tal ponto que Howard
Turston, considerado o melhor mágico da sua época, ficou convencido, depois de estudá-las e ofereceu uma soma de
mil dólares a uma instituição de caridade se algum fosse capaz de demonstrar que Eusápia Palladino não era capaz de
levantar uma mesa sem o recurso de algum truque. Diversos aparelhos para medir movimentos ou pressões, situados
longe do médium, faziam registros diretos das sessões. Estas costumavam efetuar-se com frequência no laboratório
do Instituto Geral de Psicologia de Paris ou no Laboratório de Psiquiatria da Universidade de Turim. Geralmente
Eusápia avisava no momento em que pressentia que se iam produzir as telecinesias. Não havia surpresa, a atenção
dos pesquisadores se multiplicava incentivando-se uns aos outros a tomar as precauções para evitar qualquer fraude.
Os irmãos Scneider, Willy e Rudy, a Srta. Gollinger, Pasquale Erto, a menina Florrie, Guzik, etc. Entram dentro do
número dos melhores dotados nesse tipo de fenômeno. O último, Guzik realizou trinta sessões em 1922 e cincoenta
em 1923. Os pesquisadores foram selecionados entre os melhores. Passavam de oitenta, e entre eles, trinta e cinco
2. eram especialistas. Após longos anos de estudo nesta matéria, homens de ciência, de reconhecidos méritos,
assinaram um documento famoso que a não ser pelos preconceitos, deveria Ter valido como definitivo em favor da
telecinesia.
Casos espontâneos semelhantes são relativamente frequentes. A telecinesia é realizada pela telergia. A força que
movimenta os objetos é material, física, com peso, massa e estrutura. Em maior ou menor grau, mais ou menos
denso, mais ou menos perceptível; mas sempre material. A telecinesia realiza-se sempre nas proximidades do
dotado; a distancia dificilmente supera os dez metros e este fato é raro. Estando sempre os efeitos em proporção com
a quantidade de e a natureza dos obstáculos interpostos entre o dotado e o objeto.
O mais frequente é que a força motora não seja visível (telergia); algumas vezes o é (ectoplasma). Mas quando
invisível, pode se descobrir sua presença graças às suas qualidades materiais, por exemplo, feixes de raios
infravermelhos são absorvidos.. ou desviados pela telergia, como nas experiências do Dr. Osty. Sua identidade é
verificável. Price construiu um aparelho ao qual chamou telecinescópio. Tratava-se essencialmenre, de um contato
elétrico para fazer soar uma campainha, encerrado dentro de um recipiente fechado salvo na direção da possível
influência telérgica do dotado. Dentro deste recipiente havia outros dispositivos especiais para descobrir se a força
física entrava no interior. A campainha soava insistentemente no transcurso de algumas experiências e os outros
dispositivos detectavam que algo físico tinha penetrado no aparelho.
Concluindo, podemos dizer que a telecinesia é o nome técnico que se tem dado à telergia quando esta movimenta
objetos.
11.6-PNEUMOGRAFIA.
É o termo utilizado para designar os fenômenos de raspagem, escrita, desenhos sem causa aparente, por causa
parapsicológica. Pneumografia é termo utilizado para designar os fenômenos de raspagem, escrita, desenhos, sem
causa aparente, sem causa normal, por causa parapsicológica.
O fenômeno tem sido também designado segundo os diferentes contextos com os nomes de : escrita direta, escrita
dos espíritos, escrita espiritual, escrita de entes transcendentes, escrita de seres de outras dimensões,
pragmametagrafia (escrita metapsíquica em objetos), pneumofotografia (impressão pela luz psíquica), etc.
Já se usam os termos Teleplastia para fenômenos de pneumografia, mas não é um termo adequado. É outro
fenômeno. Teleplastia, ectoplasmia, ecto-colo-plasmia fazem referência à formação ectoplasmática de membros ou
objetos. Teleplastia é a formação (com ectoplasma) de rostos (por exemplo) e não impressão ou desenhos de rostos.
Utilizaremos o termo pneumografia por considerá-lo mais ortodoxo (pneumo=psíquico; grafia=impressão ou escrita).
Já de muito antigo têm-se notícia da existência desta fenomenologia. Como todos os fenômenos parapsicológicos, tem
acontecido em todas as épocas e em todas as culturas.
O Barão Ludwig von Guldenstubbe efetuou experiências com lousas onde apareciam escritas misteriosas, sem contato
algum. O fato teve grande repercussão em 1850.
Posteriormente, pesquisaram o fato metapsíquicos como Charles Richet, William Crookes, Myers, etc. A Metapsíquica,
ou período pré-parapsicológico, tinha começado a analisar estes "fenômenos ocultos", já com o intuito de dar-lhes
uma explicação rigorosa, fora de toda a mitificação pseudocientífica.
Segundo o meio de produção dos fenômenos pneumográficos, poderíamos dividí-los em duas classes:
a) Aqueles fenômenos ocasionados com "instrumento": uma mão ectoplasmática que pega uma esferográfica, lápis,
giz ou qualquer objeto real, mas "misteriosamente" movida pela Telergia.
b) Os casos em que a escrita aparece sem que se tenha visto mão nem objeto nenhum a realizando: são clássicas as
escritas em ardósia.
São conhecidos muitos e fáceis truques para este fenômeno que tanto surpreendeu antigamente.Pode ser trucada
com ajuda do pé ou da boca, ou inclusive, pela substituição da ardósia ou folha d epapel sobre o qual a escrita deve
aparecer. Substituição que todo prestidigitado r(mágico) hábil é capaz de realizar de uma maneira absolutamente
invisível.
Pode-se empregar também tintas e substâncias químicas aprpriadas, não abertamente aplicadas.
Enfim pode-se utilizar acessórios trucados, caixas de fundo duplo, de aparência honeta que podem ser examinadas,
envelopes com compartimento secreto, etc, etc, etc. As técnicas para truques não faltam.
A pneumografia alguma vez é real. As mesmas causas que demonstram a telecinesia fazem possível alguma vez a
pneumografia. A explicação é a telecinesia por telergia.
Prescindimos do conteúdo da mensagem, da imitação da letra e outros aspectos que escapam ao aspecto puramente
pneumográfico aqui visados.
Existe um mecanismo muito conhecido na execução dos fenômenos físicos da Parapsicologia denominada
polipsiquismo pelo quais vários assistentes à sessão podem colaborar na prestação de telergia. Se a isto
acrescentamos a psicobulia (vontade inconsciente da pessoa que origina o fenômeno), regendo assim os movimentos
do lápis, dentro da ardósia teremos explicado os aspectos principais e mais gerais do fenômeno da pneumografia em
ardósias.
Nesta Segunda classe de fenômenos, a telecinesia e consequente pneumografia pressupõe uma ecto-colo-plasmia
(uma mão ectoplasmática, ou seja, o ectoplasma moldado na forma de uma mão) mais ou menos visível.
Não há dúvidas que ceros fatos pneumográficos efetuados por ecto-colo-plasmia, para quem desconhece
Parapsicologia, parecem difíceis de acreditar; mas foram testemunhados por alguns dos mais sábios e afamados
pesquisadores.
Na realidade não é o caso de demonstrar agora a ecto-colo-plasmia (ectoplasma moldado em forma de membros do
corpo: pés, mãos, cabeça) que é indiscutível em Parapsicologia
A conclusão é bem clara: Existe a Telergia. Existe a Telecinesia. Existe a Ecto-colo-plasmia. A Pneumografia não é
mais do que uma aplicação dessas faculdades. Uma consequência lógica.