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  1. 1.  1 — White Paper OFERECIMENTO
  2. 2. Fundador e Head de Conteúdo: José Saad Neto Diretor de Arte: JB Junior Insights: Andrea Magama, Beatriz Lorente e Felipe Turlão Brand Content: Juliana Veronese (editora), Fernanda Bottoni e Débora Yuri. Revisora: Roberta Soares www.goadmedia.com.br EXPEDIENTE SXSW Insights é um projeto proprietário da GoAd Media que apresenta as tendências de comunicação e marketing destacadas no maior festival de inovação e interatividade do mundo. OFERECIMENTO APOIO
  3. 3. Por dentro do SXSW 2017 06 O que fomos fazer em Austin 04 Insights - Inteligência Artificial 13 Insights - Realidade Virtual 17 Insights - Próxima geração de consumidores 25 Insights - Nova Economia 21 Por fora do SXSW 2017 28 ÍNDICE
  4. 4. 4 Nossa missão no SXSW não seria fácil, assim como não é para ninguém que se propõe a mergulhar no festival e, a partir dele, traçar alguns caminhos. Com a orientação que nos move, focamos nos temas que transformam nossa indústria − da inteligência artificial aos millennials, a lista é longa. Depois de 19 intensos dias de conteúdo, questionamentos e conversas na capital do Texas, voltamos com provocações mapeadas e procuramos, nas próximas páginas, inseri-las contextualmente nos desafios de empresas e profissionais de comunicação e marketing. Cada uma dessas provocações apontam para a inevitável transformação nas formas de criar e gerir soluções para desafios contemporâneos de todas as naturezas. O QUE FOMOS FAZER EM AUSTIN Certos de nosso propósito de promover conhecimento no mercado de comunicação e marketing, analisamos de que forma as principais tecnologias destacadas no SXSW transformam a conexão entre marcas e pessoas ―
  5. 5. 5 E mais: as provocações do SXSW mostram que o alarmismo passional perde para a automação que já ganha tom emocional. Que sistemas de computador substituem profissões, mas criam negócios e trabalhos em mercados da nova economia. Que aplicativos baseados em algoritmos e geolocalização convertem pares perfeitos em eternos insatisfeitos, mas conectam empresas e pessoas promovendo diversidade e inclusão. Que a internet amplia a janela para o discurso extremista, mas cria novas fontes de inovação colaborativa. Se para cada desmembramento negativo de revelações feitas pelo SXSW na última década existe pelo menos um aspecto positivo, é por isso que o festival cresce formando uma caótica teia de temas e de pessoas. Neste White Paper, um dos formatos de conteúdo do nosso projeto SXSW Insights 2017, analisamos de que forma ideias e tecnologias destacadas no festival ganham maturidade como soluções para a transformação de empresas, cidades, mercados e pessoas na jornada rumo à inovação. Boa leitura! JOSÉ SAAD NETO Fundador e Head de Conteúdo saad@goadmedia.com.br
  6. 6. 6 O South by Southwest nasceu há 31 anos para revelar bandas moderninhas no conservador estado do Texas. Dos palcos da capital Austin, ganharam o mundo nomes como John Mayer, Franz Ferdinand e The Strokes. Em algum momento, deixou de ser um evento só de música e passou a mostrar startups que simbolizavam novos modelos de negócios. Em 2007, apresentou o Twitter e depois vieram o Airbnb, o Uber e o Foursquare. Ao longo de três décadas, o festival bebeu da própria inovação, transformou Austin em um dos destinos mais descolados dos Estados Unidos e, a cada ano, atrai mais gente para os quase 20 dias de conferência que, embora seja uma coisa só, possui programações distintas dedicadas à educação, interatividade, música, filme e gaming. É um celeiro pulsante que, pela diversidade de temas e públicos, por si só já é terreno fértil para surgimento do novo. POR DENTRO DO SXSW 2017 Da edição do código genético à possibilidade de viver em Marte, festival passa por biotecnologia, dados, fake news, realidade virtual, cidades conectadas e destaca a inteligência artificial como solução para os mais complexos desafios ―
  7. 7. Por dentro do SXSW 2017 7 No entanto, como reflexo da maturidade de suas próprias revelações, o SXSW 2017 provocou mais do que revelou. Angustiou quem na maratona de conhecimento mergulhou em busca de respostas e, em vez disso, encontrou o caos inerente à disrupção. Contextualizou e mostrou o lado negativo da democratização do acesso à internet − como sites e perfis que disseminam o discurso de ódio e a onda de fake news − puxando para si a própria responsabilidade de pensar em soluções. A tecnologia que juntou agora estuda como separar o joio do trigo. Entre possíveis saídas, o Redirect Method, criado pela iraniana Yasmin Green dentro da Jigsaw, unidade de inovação do Alphabet, usa algoritmos para mostrar anúncios customizados a quem assiste a vídeos com teor extremista. A iniciativa, que se apoia no mote de deixar o mundo mais seguro, ainda é pontual diante da onda crescente de conteúdos dessa natureza. Um desafio que a essência colaborativa da internet pode ajudar a prevenir, mas dificilmente neutralizar. A provocação sobre o uso de dados por parte de governos, especialmente o norte-americano, também foi feita. Diante da regulamentação com buracos e casos já revelados de espionagem até de chefes de estado, o SXSW compartilhou a responsabilidade da vigilância com a rede. Neste contexto, o nome do presidente Donald Trump esteve onipresente em debates sobre segurança, economia e mídia. Todos sem respostas claras diante da dimensão e da esfera que o tema espionagem eletrônica de dados ganhou. Inteligência artificial: dos robôs à busca pela relevância humana Ao lado da realidade virtual, debates relacionados à inteligência artificial lideraram a programação do SXSW 2017. De leituras catastróficas sobre o mundo dominado por robôs à aplicação prática das tecnologias nos negócios, miramos em como a evolução dos sistemas em suas diversas formas transforma a conexão entre empresas e pessoas. É importante contextualizar que a inteligência artificial já é amplamente utilizada em serviços como Waze, Google Tradutor e em assistentes
  8. 8. Por dentro do SXSW 2017 8 “Se partirmos, robôs não vão criar um mundo distópico. Eles não são capazes de perceber a beleza da vitória sobre os humanos. Eles vão desligar porque é a decisão mais racional.” » BRUCE STERLING Escritor e pesquisador pessoais como Siri. São somente três exemplos que ilustram a capacidade dos softwares em substituir tarefas antes só executadas por pessoas. A automação ganha velocidade com o amadurecimento das tecnologias e passa, sim, a dividir relevância com a inteligência humana até, possivelmente, o ponto que irá superá-la. Isso já é quase consenso entre quem desenvolve as tecnologias e quem as estuda sob aspectos mais holísticos. Haverá, dessa forma, uma ressignificação em todas as áreas e profissões. Dentro das empresas, a automação cresce na medida em que dá velocidade aos processos geridos por sistemas que aprendem a partir dos próprios dados e, com isso, se tornam mais e mais capazes de substituir o homem. A aplicação em serviços de atendimento ao consumidor amplia os pontos de contato de uma marca com seus públicos. Os já utilizados Bots vão se apresentar muito em breve com interfaces humanas capazes de compreender e responder a estímulos em tom emocional. Na medicina, doutores virtuais poderão recomendar tratamentos de saúde para população em larga escala. No transporte e na logística, motoristas viram passageiros nos self-drive cars. O SXSW construiu um amplo panorama da inteligência artificial e suas implicações de curto, médio e longo prazos. Ao mesmo tempo em que provocou dúvidas sobre como as pessoas se encaixam numa dinâmica de mundo em que a inteligência das máquinas poderá ser maior do que a dos humanos, contrapôs com a limitação emocional dos sistemas. “Se partirmos, robôs não vão criar um mundo distópico. Eles não são capazes de perceber a beleza da vitória sobre os humanos. Robôs não têm apetite. Não são suicidas. Eles vão desligar porque é a decisão mais racional”, ponderou Bruce Sterling, escritor, pesquisador e autor do best-seller O Mundo Pós-Humano.
  9. 9. Por dentro do SXSW 2017 9 Biotecnologia: ciência para não cientistas e novas fronteiras para modelos de negócios O SXSW já havia destacado em edições anteriores o potencial do Projeto Genoma, trazendo empresas de todas as áreas para o debate em torno do sequenciamento do DNA. Desde o fim da década de 1990, a tecnologia para acelerar esse processo ficou mais barata e tornou a biotecnologia assunto de interesse de qualquer pessoa. A partir do sequenciamento do código genético, mãe e pai podem descobrir, por exemplo, quais doenças o bebê ainda no útero poderá desenvolver ao longo da vida e, com isso, preveni-las. Neste ano, o SXSW mostrou de que forma a evolução dos dados e a capacidade de analisá-los e processá- los revolucionam ainda mais a área. A pesquisadora Jennifer Doudna, doutora em ciência molecular e diretora da área na Universidade de Berkeley, na Califórnia, apresentou a tecnologia CRISPR¬Cas9, que permite não só o sequenciamento, como a edição do código genético. “O DNA de uma célula pode ser editado como o texto em um documento. Assim, é possível apagar letras, apagar frases inteiras, trocar frases de lugar, pode-se fazer coisas que permitam aos cientistas corrigir as mutações que causam doenças genéticas”, provocou. Na medicina, a tecnologia CRISP-Cas9 pode ser usada para transplante de órgãos a partir da edição de material genético de animais. Sobre a questão ética, Jennifer diz que filósofos e cientistas fazem parte do programa e que a tecnologia tem um impacto positivo real na sociedade, desde que usada com responsabilidade. A edição genética pode proteger pessoas de doenças, assim como ajudar na agricultura e na compreensão e adaptação do mundo às grandes mudanças climáticas. O escritor Yuval Harari traz uma perspectiva interessante sobre a biotecnologia em seu mais recente livro Homo Deus: A Brief of History Tomorrow. “Especialmente quando falarmos de saúde, as pessoas não vão se importar em fornecer quantos dados forem necessários e até mesmo o acesso ao seu código genético, desde que tenham em troca serviços médicos que as façam viver mais e melhor”, disse o autor ou disse o escritor.
  10. 10. Por dentro do SXSW 2017 10 “Tudo que já conhecemos sobre a Terra nos dá indícios de que a vida aqui tem suas limitações.” » KIMBERLY HAMBUCHEN Cientista da NASA De Marte a San Francisco: vida alternativa, energia limpa e diversidade Ainda no contexto da ciência, o SXSW destacou que a opção de viver em Marte se torna mais factível a partir do que apresentaram três cientistas da NASA − Monsi Roman, Robert Ambrose e Kimberly Hambuchen − e o diretor de cinema Jonathan Silberberg. Eles defenderam que a possibilidade de colonizar o planeta é cada vez mais viável e dizem que querem transformar essa saga numa série do NetGeo. Por quê? “Tudo que já conhecemos sobre a Terra nos dá indícios de que a vida aqui tem suas limitações. Marte é uma alternativa e transmitir essa jornada é uma forma de encorajar a humanidade a descobri-la”, disse a cientista Kimberly Hambuchen. A vida em Marte, na visão da NASA, será possível com o avanço da microbiologia e da inteligência artificial. A primeira atende às necessidades humanas e mantém limpa a água, por exemplo, a partir de microrganismos criados em laboratório e levados até o planeta para fins específicos. Já os robôs serão fundamentais para solucionar desafios complexos que possam surgir em termos de saúde, adaptação e alimentação. De volta à Terra, o festival destacou algumas boas soluções para desafios que só tendem a crescer em grandes centros urbanos. A empresa inglesa Pavegen desenvolveu uma fonte de energia limpa que funciona a partir da captação eletromagnética dos passos dados por pessoas que circulam na região onde a tecnologia é instalada. Dessa forma, pode ser utilizada para geração de energia elétrica em espaços públicos ou privados, com menos impacto ambiental e menor custo. De San Francisco veio a ideia que poderia se espalhar mundo afora como ferramenta de gestão de pessoas e promoção da diversidade no mercado corporativo. O aplicativo Bleendoor, criado por Stephanie Lampkin, conecta empresas e profissionais a partir da análise de dados de suas vivências e habilidades, e não necessariamente por meio do currículo. A tecnologia “esconde” nome, idade e foto dos candidatos e candidatas e destaca as características mais valiosas para cumprir objetivos
  11. 11. Por dentro do SXSW 2017 11 e metas do cargo. A missão por trás da plataforma é orientar melhores decisões de contratação e promover a diversidade dentro das companhias, destacando méritos de pessoas que não seriam consideradas por conta do gênero, nacionalidade ou universidade frequentada. Diversidade, aliás, foi um dos grandes temas do ano no SXSW, que destacou o trabalho da organização Texas Compete. O contexto de atuação do instituto é desafiador. O Texas é um dos estados norte-americanos mais conservadores de que se tem notícia. Só em 2015, parlamentares texanos aprovaram mais de 20 leis que, de alguma forma, privam a liberdade de pessoas LGBT. A organização se apegou ao data-driven para levantar dados alarmantes que pudessem mobilizar empresas na inclusão de pessoas LGBT no mercado de trabalho. Mas foi somando aos dados a capacidade de promover empatia que os resultados vieram. Jessica Shortall, diretora da organização, compartilhou a assustadora percepção: “De que adianta mostrar dados sobre mortes de transgêneros se a sociedade em geral nem considera transgênero pessoa?”. Em meio ao debate sobre como a tecnologia pode ser aliada na promoção da inclusão e diversidade, Cory Richards humanizou a conversa em um painel concorrido no primeiro dia da programação Interactive do SXSW. Premiado e reconhecido pela National Geographic como um dos mais influentes fotógrafos norte-americanos da atualidade, ele mostrou de que forma superou as próprias dificuldades recorrendo à empatia. Com infância e adolescência turbulentas, usou a fotografia para retratar pessoas em situações extremas na África, Ásia e Paquistão. Naquelas personagens, ele se viu e, por isso, tão bem as refletiu. As imagens captadas com realismo romperam a barreira da distância pela tecnologia. Compartilhadas em redes sociais, conquistaram, pelas telas de celulares, a atenção de três milhões de pessoas que passaram a conhecer e seguir o trabalho do fotógrafo. A mensagem soa tão óbvia quanto perturbadora: tecnologia é meio e, sem ela, a transformação não é possível, mas as soluções são criadas para desafios do mundo e, sobretudo, das pessoas. •
  12. 12. Patrocinador do SWSW INSIGHTS 2017 O GRANDE DIFERENCIAL COMPETITIVO: EXPERIÊNCIA. Marcas inovadoras sabem que seu futuro depende da criação e da entrega de experiências inteligentes, personalizadas e surpreendentes aos clientes. Atender essa demanda requer planejamento para diversas telas, dispositivos, canais e interações em tempo real. Mas não é só isso. É preciso conhecer e respeitar seu consumidor, abordá-lo no melhor contexto e manter consistência em todos os canais. É preciso prever comportamentos, dar escala em produção, entregar conteúdo personalizado e interagir de forma consciente. Sua marca precisa de uma plataforma capaz integrar soluções de design, inteligência de cliente e marketing para criar experiências excepcionais para seus consumidores. Venha conhecer a plataforma que já faz parte da estratégia dos líderes de mercado. Nós podemos ajudar você. Acesse adobe.com/br/marketing-cloud.html
  13. 13. 13 INSIGHTS 2017 INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL A capacidade de softwares executarem tarefas humanas com velocidade e precisão vem sendo destacada no SXSW há pelo menos cinco anos. Nesta edição, a inteligência artificial ganhou personalidade e se apresentou com interfaces humanas capazes de reconhecer e responder a estímulos das pessoas. Esse avanço amplia o espaço que os Bots já vêm conquistando como novo ponto de contato entre empresas e consumidores e personifica a capacidade de aprendizado das máquinas ―
  14. 14. Insights 2017 Inteligência Artificial 14 Humanização dos robôs Há um esforço organizado para fazer com que os programas de inteligência artificial tenham uma aparência humana. Dessa forma, passam a ter olhos, nariz e boca e, a partir da evolução da tecnologia, que ainda é emergente, ganham a capacidade de responder a estímulos humanos com emoção. Assim, a inteligência artificial não só reagirá a perguntas, como ocorre com Siri, da Apple, mas se conectará de forma mais significativa com as pessoas porque terá um rosto com movimentos musculares e reações. O cofundador e CEO da empresa neozelandesa Soul Machines, Mark Sagarn, defendeu que a interação social entre máquinas e pessoas vai definir o próximo estágio da tecnologia. Ele mostrou e interagiu ao vivo com o BabyX, personagem criado em laboratório que combina modelos biológicos de faces e sistemas neurais que respondem a comandos de voz e reconhecem expressões faciais. O tema evolui sustentado pela igual evolução das chamadas machine learnings – forma complexa de inteligência artificial que usa algoritmos para ler dados e aprender com eles. Isso significa que o computador pode treinar a si mesmo para executar uma tarefa, ao invés de simplesmente seguir uma lista de instruções. A humanização da inteligência artificial acelera os sistemas como pontos de contatos entre marcas e consumidores, o que já ocorre com os assistentes pessoais e Bots. Em busca de nova relevância profissional O mesmo esforço para humanizar a inteligência artificial é visto para provar que ela redefine o papel das pessoas e de suas habilidades diante das máquinas. A capacidade dos sistemas e algoritmos em processar desafios e propor soluções em tempo humanamente impossível altera a dinâmica de produção − e isso impacta todas as áreas, sem exceção: no marketing e na mídia isso já é visto em serviços automatizados de cloud; no jornalismo, há robôs que escrevem histórias com certo grau de
  15. 15. Insights 2017 Inteligência Artificial 15 complexidade, como destacou a Wired no SXSW. Segundo Yuval Harari, autor de Homo Deus: A Brief of History of Tomorrow, a tendência é que pessoas passem a delegar cada vez mais aos algoritmos decisões às quais antes dedicavam tempo e esforço intelectual. Nas empresas, a inteligência artificial permitirá melhor gestão de processos, produtividade e guiará decisões mais assertivas. Na contramão do alarmismo sobre uma possível revolução dos robôs, um dos criadores do Siri, Adam Cheyer, defendeu que existe uma transformação em andamento e que os sistemas evoluem porque as pessoas querem que seja dessa forma. Soluções para governos, saúde e cidades O SXSW destacou o esforço da comunidade científica em utilizar a inteligência artificial para o bem da humanidade. De programas capazes de diagnosticar e tratar câncer em tempo recorde aos carros autônomos não poluentes que poderão diminuir o número de acidentes no trânsito, as aplicações podem ser diversas. Uma das perspectivas mais interessantes da inteligência artificial no âmbito da saúde esbarra no debate sobre privacidade de dados. Sistemas mais inteligentes alimentados com informações das próprias pessoas processam e geram insights poderosos. De acordo com o autor Yuval Harari, as pessoas tendem a se importar menos em fornecer e autorizar o uso de seus dados em troca de serviços de saúde, diagnósticos e tratamentos. O cofundador da empresa de imagens de satélites Spaceknow, Pavel Machalek, apontou outras aplicações: a partir de dados fotográficos da Terra capturados via satélite, governos podem ser orientados sobre onde construir rodovias, portos e aeroportos, considerando fluxos migratórios e de ocupação de espaços pelos próximos 30 anos. A informação também pode ser estratégica para guiar esforços e investimentos de empresas dos mais diversos segmentos, como já vem sendo feito na China. •
  16. 16. MOBILE INTERATIVO. Patrocinador do SWSW INSIGHTS 2017 Para a Skol, patrocinadora oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016, mais do que esporte, o momento era sinônimo de festa. Por isso, a marca propôs um remix inédito de funk carioca com Chariots on Fire, hino dos Jogos desde os tempos de Atenas, convocando geral pra ser DJ por meio de uma experiência interativa em vídeo. Tudo por conta da tecnologia invisível por trás do projeto, co-criado por F/Nazca e Zoo com produção da AATOA, e da capacidade máxima do browser Google Chrome em WebAudio e WebGL. Sinta, ouça e experimente aqui. Quer fazer um projeto como esse? Fale com o Google.
  17. 17. 17 INSIGHTS 2017 REALIDADE VIRTUAL Tecnologias e hardwares para realidade virtual se desenvolvem rápido e aplicativos que promovem experiências imersivas são criados nos quatro cantos do mundo. No entanto, a realidade virtual ainda precisa provar que tem potencial para ultrapassar a barreira do entretenimento com escala global. Já existe um legado na utilização da linguagem 3D em filmes e novos projetos nas áreas de arte, saúde e próteses indicam que VR poderá ir do hype à relevância ―
  18. 18. Insights 2017 Realidade Virtual 18 Além do entretenimento Muitas tecnologias foram apresentadas em Austin: apps e experiências com realidade virtual e aumentada usando os óculos do Snapchat, tecnologias que detectam emoções, sapatos feitos com impressora 3D, e o laboratório de inovação Wow Factory, da Sony, que apresentou o incrível projetor portátil Xperia Touch, capaz de transformar qualquer superfície em uma tela que responde ao toque. Mas Thad Starner, professor na área de tecnologia e a mente por trás do Google Glass, roubou a cena quando demonstrou de antemão as luvas que ensinam os músculos a tocar piano em apenas meia hora, e os sensores que possibilitam que cachorros-guia se comuniquem com humanos. Como disse Thad, “se aproximamos a tecnologia do corpo, ele deixa de ser um empecilho”. O SXSW destacou o potencial da realidade virtual em áreas que vão além do entretenimento. Em Innovation Awards, premiou o projeto Tilt Brush, do Google, que utiliza aplicativos desenvolvidos para Oculus Rift e HTC Vive para transformar qualquer espaço em canvas. Tem sido utilizado por artistas que, após a criação em VR, expõem as obras desenvolvidas virtualmente. Nova linguagem para jornalismo e publicidade A realidade virtual é uma nova forma de levar pessoas para dentro das histórias − sejam elas editoriais, sejam publicitárias. Projetos desenvolvidos pelos estúdios de conteúdo do The New York Times, nos EUA, e The Guardian, na Inglaterra, já foram bem-sucedidos na utilização de VR, inclusive comercialmente, inserindo marcas no conteúdo de forma nativa e não invasiva. O SXSW destacou experiências de realidade virtual na Marcha das Mulheres, realizada um dia depois da posse do presidente Donald Trump em boa parte dos estados norte-americanos, e filmes que levam pessoas para dentro da crise dos refugiados a partir de um aplicativo e um óculos VR.
  19. 19. Insights 2017 Realidade Virtual 19 A linguagem da realidade virtual também já é vista em formatos diversos de vídeos. No entanto, a escala ainda é um desafio que pode ser superado com o desenvolvimento de óculos mais acessíveis − alguns já apresentados, como o Cardboard, e outros em laboratório de startups e grandes empresas como o Facebook. Sci-Fi VR a favor dos negócios A expressão que remete à ficção científica ganha espaço fora do cinema na medida em que tecnologias como inteligência artificial e realidade virtual permitem empresas simularem cenários e situações daqui 30, 40 anos. Em experimento mostrado pelo MIT Media Lab, uma empresa na área de saúde e beleza fundada na década de 1990 fará sentido, em 2037, se não tiver mais escritório para funcionários, mantiver uma rede de fornecedores, embaixadores e vendedores espalhados pelo mundo, criar um ciclo sustentável na cadeia produtiva, adotar automação de processos gerenciais de tecnologia, marketing e mídia e utilizar biotecnologia para desenvolver produtos que previnem doenças diagnosticadas com um simples toque na pele. Brincadeiras ganharam tom de verdade e a realidade virtual ajudou neste processo. Além do entretenimento, a tecnologia poderá permitir que empresas e empreendedores simulem seus desafios num futuro que, embora pareça distante, já bate à porta. •
  20. 20. Patrocinador do SWSW INSIGHTS 2017 4 MOTIVOS PARA SUA MARCA SER MOBILE FIRST. 1 - Existem mais de 4,8 bilhões de donos de celulares no mundo - o que equivale a 65% da população global 2 - No Brasil, mais de 125 milhões de pessoas com mais de 10 anos já têm um celular 3 - Em 2020, haverá mais gente com celular na mão do que com eletricidade em casa 4 - Sete em cada 10 pessoas no planeta terá um smartphone nos próximos seis anos A MMA é a maior comunidade global de líderes do ecossistema mobile e te convida para fazer parte desta transformação.
  21. 21. 21 INSIGHTS 2017 NOVA ECONOMIA Das moedas virtuais ao microfinanciamento, passando por sistemas de pagamentos mobile para mercados em plena expansão − como o da Cannabis e seus derivados − entram no radar de empresas de tecnologia e se apresentam com potencial ainda pouco explorado. Nessa leva, startups promissoras e outras já consolidadas redefinem o conceito de valor e troca a partir da economia colaborativa e atraem o olhar de investidores ―
  22. 22. Insights 2017 Nova Economia 22 Fintechs para a maconha O uso da maconha é legalizado em oito estados norte-americanos, além de Washington DC. Só na Califórnia, há mais de 68 grandes produtores regulamentados. É uma indústria bilionária que cresce com a legalização em alguns estados mas, por ser ilegal em outros, não consegue hospedar transações financeiras em grandes bancos. O SXSW destacou startups fintechs que surgem para atender as demandas desse setor, como o aplicativo Tokken, que funciona como um banco conectando produtores a varejistas com transações 100% digitais verificadas por meio da tecnologia de autenticidade Blockchain. Trata-se de um mercado multibilionário com potencial de crescimento na medida em que outros países avançam na regulamentação do consumo recreativo e medicinal. A indústria da Cannabis precisará superar desafios para comunicar o que entrega e, para isso, apostará na profissionalização do marketing. Segundo o AdAge, o setor já está entre os dez maiores anunciantes dos EUA, mas a comunicação encontra limitações em termos de canais. Empresas de publicidade poderão surfar a onda com modelos alternativos de segmentação e distribuição de conteúdo. Sexo com propósito A indústria do sexo movimenta globalmente mais de US$ 100 bilhões por ano, segundo estimativas de consultores ouvidos no SXSW. Não é um mercado novo, pelo contrário, mas chama a atenção o atual momento que vive. Com a escalabilidade do comércio eletrônico e maior facilidade de acesso ao conteúdo erótico e pornográfico pela internet, grandes empresas desse setor buscaram um propósito maior para sua existência. O PornHub garantiu no SXSW que, embora o dinheiro venha da comercialização de vídeos proprietários e de publicidade, o que move a empresa é a educação sexual. Com o alcance que tem, o site assume a responsabilidade sobre temas como doenças sexualmente transmissíveis, uso
  23. 23. Insights 2017 Nova Economia 23 consciente de preservativos, respeito à orientação sexual, entre outros, com o desenvolvimento de conteúdos didáticos apresentados, principalmente, para menores de 18 anos que tentam acessar a plataforma. Existe valor nos dados coletados e organizados pelo mercado erótico em canais digitais, mas a indústria enfrenta o tabu da veiculação por parte de grandes anunciantes, por razões óbvias e compreensíveis. A intenção não é superar integralmente esse desafio, mas mostrar que o espaço pode contextualmente atrair algumas, já que existe, segundo o PornHub, um propósito maior do que o prazer. Profusão de ideias. Afinal, é o SXSW Tecnologia para quem quer aprender a tocar bateria com óculos de realidade virtual. Startup que cria memes exclusivos para o setor ultra- regulamentado de saúde. Robô que promete transformar empresas conservadoras em super inovadoras a partir da neurociência. Equipamentos que captam áudios de voz e os transformam em batidas de qualquer instrumento. Sensor que prevê tempestades e alerta moradores de regiões afetadas. Como sempre aconteceu, o SXSW reúne startups e ideias das mais diversas − algumas até já maduras e outras com o sonho e a promessa de transformar o mundo. O fato é que as ideias e o que motiva seus idealizadores são os elementos que garantem que o SXSW seja um celeiro de inovação pulsante, apesar do enorme crescimento. Os projetos atendem demandas da nova economia ou de mercados que ainda nem existem. Podem parecer supérfluos se vistos de forma isolada, mas também podem ser soluções para desafios que grandes empresas não conseguiram superar dentro de casa. Para cada um existe uma ideia. E atrás de cada ideia, uma possibilidade de solução. •
  24. 24. Patrocinador do SWSW INSIGHTS 2017 DADOS MENSURAM. CONHECIMENTO EMPODERA. Dados mostram o agora. Conhecimento reflete o todo. Dados identificam. Conhecimento inspira. Dados segmentam. Conhecimento conecta. Dados não impulsionam marcas. Conhecimento, sim. Nós ajudamos as maiores marcas do mundo a se conectarem com seus consumidores a partir do conhecimento único de comportamento e tecnologia. Impulsione sua marca!
  25. 25. 25 INSIGHTS 2017 PRÓXIMA GERAÇÃO DE CONSUMIDORES O desafio de conectar marcas à próxima geração de consumidores passa por tecnologia que, para os millennials, já é invisível. O que o SXSW destaca agora é que, além da busca por significado, transparência e potencial para impactar o mundo, crianças e adolescentes querem participar da programação dos projetos nos quais se engajam. Neste contexto, se a jornada em rede for divertida e, no fim, houver recompensa, melhor ainda ―
  26. 26. Insights 2017 Próxima Geração de Consumidores 26 Coding como linguagem publicitária Há escolas especializadas em ensinar programação para crianças e adolescentes. Há também um debate sobre o quanto a linguagem dos códigos pode ajudar no desenvolvimento de cidadãos mais preparados para o futuro em que a inteligência artificial vai dominar processos. Neste contexto, o SXSW destaca o coding como dinâmica de engajamento em torno de projetos de marca. O diretor e pesquisador do MIT Media Lab, Mitchel Resnick, defendeu a ampliação do conceito original – relacionado ao desenvolvimento de programas de computador – para uma metodologia criativa e colaborativa para se chegar a resultados que sequer foram pré-definidos. Como exemplo, mostrou o Scratch, projeto desenvolvido pela área de educação do MIT, por meio do qual é possível criar animações, games e histórias a partir da combinação de códigos oferecidos pela plataforma. Com os pés no mercado, a presidente da Turner Cartoon Network EUA, Christina Muller, afirmou que a linguagem do coding aplicada aos projetos do canal tem demonstrado ser o caminho mais eficiente para se conectar com a próxima geração de consumidores. “É uma forma não só de engajamento, porque possui características sociais fortes, mas também de criação e, consequentemente, criatividade”, disse. Projetos com formato de games O estudioso e consultor Yu-kai Chou, parceiro de empresas como LEGO e Google, destacou que Gamification, metodologia não tão nova assim, pode ser a solução para os desafios das empresas junto à próxima geração de consumidores. Ao mesclar UX e design com elementos de metas, empoderamento e recompensas, a técnica transforma qualquer projeto em um potencial sucesso, garantiu Chou. O caminho já foi testado pela produtora japonesa Hakuhodo i-studio, reconhecida e premiada pela prototipagem de produtos e objetos que solucionam desafios diversos. Os fundadores Jutaro Mochizuki e Takuro Nakajima mostraram soluções baseadas em Gamification,
  27. 27. Insights 2017 Próxima Geração de Consumidores 27 como o Dig-Log, que engaja a população de regiões atingidas por neve no Japão na retirada do excesso de gelo das ruas. Trata-se de um objeto conectado (IoT) que, acoplado a uma pá de neve, envia para um aplicativo mobile o desempenho de quem se propõe a retirar o gelo do caminho e, com isso, cria uma comunidade que disputa entre si as melhores performances e busca excelentes resultados ou busca resultados elevados. Mobile storytelling Embora seja óbvio, o insight foi destacado no SXSW como grande desafio, uma vez que muitas companhias com marcas de consumo igualmente grandes ainda não possuem planejamento e criação orientadas para dispositivos móveis. Neste contexto, o vídeo produzido exclusivamente para celulares com duas faixas pretas nas laterais aparece como formato mais efetivo, porém pouco explorado. Aqui, conta como nunca a adoção de ampla análise de dados para entregar experiências contextualmente adequadas para cada perfil de consumidor. A tecnologia invisível transforma o contato de uma marca com as pessoas nos dispositivos móveis e integra branding ao social em formatos visuais diversos. Em debates voltados à inovação do storytelling no mobile, startups mostraram a capacidade dos programas de inteligência artificial em produzir e editar vídeos em questões de impressionantes poucos minutos, a partir de imagens captadas e concedidas pelos próprios usuários da rede. •
  28. 28. 28 POR FORA DO SXSW 2017 Passada a euforia da jornada de conhecimento do festival, empresas e profissionais aterrissam conceitos e provocações. No fechamento deste White Paper, colocamos uma lupa na transformação que já está em andamento, inclusive no Brasil, e que o SXSW reforça como caminho rumo à inovação ―
  29. 29. Por Fora do SXSW 2017 29 Transformação O movimento de mudança é inevitável e a inovação das empresas vem da disponibilidade em se adaptar e adotar modelos e tecnologias que já alteram de forma acelerada as formas de gerir, criar, comunicar e conectar. Essa deve ser a orientação das companhias e as áreas de Marketing e Tecnologia, atuando juntas e extraindo o melhor da diversidade, podem liderar com sucesso essa transformação. Velocidade Da ampla análise de dados à segmentação de audiência, passando pela melhor gestão de canais, velocidade na distribuição de conteúdo e no atendimento aos consumidores, a inteligência artificial turbina a capacidade de empresas e seus profissionais em surpreender as pessoas e impactar o mundo de forma positiva. Inteligência Artificial Enquanto cresce de forma exponencial a capacidade dos sistemas em desenvolver atividades humanas, cresce também a utilização da inteligência artificial para entregar experiências mais significativas para as pessoas.
  30. 30. Por Fora do SXSW 2017 30 Robôs Na contramão da leitura catastrófica sobre empresas dominadas por robôs e menor relevância humana, apontamos a inevitável evolução na qual estamos inseridos - empresas e profissionais -, com sistemas orientando decisões na inteligência do negócio. No entanto, soluções, tecnologias e projetos são e continuarão sendo criados para desafios do mundo e das pessoas. Biotecnologia Se o sequenciamento do código genético ganha novos contornos com a possibilidade de edição do DNA, o alarme disparado pelas tecnologias criadas para isso poderá dar lugar ao potencial das mesmas em solucionar desafios complexos nas áreas de saúde e alimentação. Millennials Jovens consumidores e aqueles que ainda não estão inseridos no mercado com poder de consumo se engajam em projetos de marca desde que façam sentido para eles e para o mundo. A tecnologia invisível deve facilitar esse engajamento a partir de uma linguagem colaborativa, formatos específicos para dispositivos móveis e abordagens contextualmente adequadas. Conceitos como fidelidade serão postos a prova em tempo real e a jornada de compra será tão ou mais importante do que o destino.
  31. 31. Por Fora do SXSW 2017 31 Otimismo O debate ético vai esquentar em torno da possibilidade de se criar uma geração de super humanos, mas a comunidade científica, respaldada por toda a indústria e por um corpo de especialistas de áreas como filosofia, irá avançar e mostrar o lado positivo das descobertas para a vida e manutenção de fontes naturais do planeta. Novos modelos Novos caminhos para agências e modelos inovadores para publicidade não estão sendo debatidos só no âmbito do SXSW. Há experiências e projetos que apontam a ressignificação em diferentes mercados, inclusive no Brasil. Destaque para empresas que já se orientam por modelos menos dependentes da comercialização de mídia e mais focados em necessidades das pessoas identificadas e respaldadas por inteligência de dados.
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