Este poema compara uma concha e uma virgem que refletem sobre suas vidas enquanto vagam pelo mar e pensamentos, respectivamente. A concha pergunta à virgem o motivo de sua tristeza e ela responde que, assim como a concha é levada pelas ondas, ela é levada por Deus em busca do céu, enquanto a concha busca a terra.

1. A CONCHA e a VIRGEM Gonçalves Dias

2. Linda concha que passava, Boiando por sobre o mar, Junto a uma rocha, onde estava Triste donzela a pensar,

3. Perguntou-lhe: — "Virgem bela, Que fazes no teu cismar?" — "E tu", pergunta a donzela, "Que fazes no teu vagar?"

4. Responde a concha: — "Formada Por estas águas do mar, Sou pelas águas levada, Nem sei onde vou parar!"

5. Responde a virgem sentida, Que estava triste a pensar: — "Eu também vago na vida, Como tu vagas no mar!

6. "Vais duma a outra das vagas, Eu dum a outro cismar; Tu indolente divagas, Eu sofro triste a cantar.

7. "Vais onde te leva a sorte, Eu, onde me leva Deus: Buscas a vida, — eu a morte; Buscas a terra, — eu os céus!”

8. Antônio Gonçalves Dias Nascimento : Caxias/Maranhão – 10 de agosto de 1823 Falecimento: Ao regressar de uma viagem à Europa, no naufrágio do "Ville de Boulogne", já próximo do Maranhão, a 3 de novembro de 1864. Foi um poeta e teatrólogo brasileiro. De José de Alencar : " Gonçalves Dias é o poeta nacional por excelência: ninguém lhe disputa na opulência da imaginação, no fino lavor do verso, no conhecimento da natureza brasileira e dos seus costumes selvagens"

9. FORMATAÇÃO: Mima (Wilma) Badan [email_address] MÚSICA: A moment lost Interpretação: Enya (Repasse com os devidos créditos) BLOG: www.mimabadan.blogspot.com PPSs em: www.slideshare.net/mimabadan