O documento descreve o Projeto de Irrigação São João no Tocantins, que tem como objetivo irrigar 3.500 hectares para cultivo de frutas. O projeto inclui a construção de canais de irrigação e uma subestação elétrica. No entanto, atualmente os produtores enfrentam dificuldades financeiras devido à falta de apoio do governo na liberação de recursos para financiamento.
1. Fundação universidade do Tocantins
Campus I
Curso de Engenharia Agronômica
Hidrologia e Recursos Hídricos
Julia Dalety Borges
Miéle Bau Cortelini
Trabalho para
obtenção de nota bimestral
referente à avaliação A1 na
disciplina de Hidrologia e
Recursos Hídricos de
Engenharia Agronômica da
UNITINS, orientadopelo prof:
Joseano Carvalho Dourado.
Palmas/TO - Março de 2015
2. Introdução
Implantado à margem direita do reservatório da Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo
Magalhães, na rodovia TO- 050 (entre Palmas e Porto Nacional), 39 pequenos
produtores e 37 empresas formam o projeto voltado à produção de frutíferos e
hortifrutigranjeiros em uma área de 3.661 ha.
No Polo de Fruticultura Irrigada São João, onde mais de 96% da infraestrutura
do sistema de irrigação está instalada, a água, que chega até os lotes pelos canais de
irrigação, é utilizada pelos produtores pelos os sistemas de microaspersão e
gotejamento.
Desenvolvimento
O Projeto teve início no ano de 2001 e compreende a implantação de
infraestrutura para irrigação de uma área de 3.500 ha para cultivo de frutas, ao todo são
cerca de cinco mil hectares, dos quais 3.500 são irrigáveis e 1.800 destinados à
preservação ambiental. As obras do projeto consistem em sistema de captação do Lago
da UHE Luís Eduardo Magalhães.
Atualmente as obras civis encontram-se concluídas, e o empreendimento
encontra-se em fase de operação inicial e transferência de gestão para os próprios
produtores. Também foi implantada uma subestação rebaixadora de energia elétrica, a
qual irá permitir que a rede elétrica de alta tensão local alimente o projeto, atendendo
toda sua demanda. A subestação encontra-se concluída aguardando apenas liberação
para operar.
Captação
A captação da água do lago para irrigação se dá através de um canal de chamada
que a conduz até uma estação de bombeamento, a qual coloca a vazão necessária em
dois canais secundários que a distribui em dez setores de irrigação. Cada setor possui
uma estação de pressurização que conduz a água até os lotes por uma rede de
distribuição (tubulação enterrada). Já nas propriedades a água é distribuída pelos
sistemas de gotejamento e microaspersão.
Obtenção dos lotes
Empresas e pequenos produtores interessados em adquirir lotes no projeto de
irrigação São João devem participar de processo de licitação realizado pela SEPLAN.
A área do projeto está dividida em 366 lotes destinados a pequenos produtores e
empresas do agronegócio, sendo que, 90% (329 lotes) sãodestinadosaospequenosprodutores
e 10% (37 lotes) às empresas agrícolas (SEAGRO, 2012).
3. Investimentos
A previsão do Governo do Estado, por meio da Seagro - Secretaria da
Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Agrário, é investir neste ano mais R$ 136
milhões na conclusão dos cinco projetos de irrigação que mantém no Estado, dentre eles
o São João. Fonte (SEAGRO/TO).
O empreendimento irá beneficiar diretamente a população do Município de
Porto Nacional e Palmas com população de 49.136 e 228.332 habitantes
respectivamente. Cabe ressaltar que o Projeto irá impulsionar a Central de
Abastecimento de Hortifrutigranjeiros do Estado do Tocantins - CEASA situado entre o
Projeto e Palmas.
No âmbito econômico e social o projeto busca o desenvolvimento da região,
dinamizando a economia com o incremento da renda regional e das receitas públicas,
viabilizando-se, assim, o acesso da população a melhores condições de vida.
Conclusão
A Hortifruticultura é hoje uma grande fonte geradora de empregos, além desse
projeto em Palmas, temos outros projetos importantes que visam o crescimento da
economia regional, garantido pelo aumento da produção e produtividade da adoção de
cultivos de maior valor econômico, aumento da oferta de emprego e melhoria do nível
de renda e da qualidade de vida da população.
Mas a situação que se encontra o projeto hoje passa longe do que foi planejado,
visto que a ideia central não está sendo colocado em prática, por falta de incentivo do
poder publico na facilidade de liberação de recursos financeiros junto a bancos, por
entraves financeiros os produtores estão micro parcelando seus lotes.
Para trazer de volta o objetivo do projeto falta uma ação mais efetiva da parte do
Estado visto que hoje o projeto encontra grandes dificuldades pela falta de gestão.