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O sucesso é o pagamento dos ousados.
Seguir um caminho que já foi construído torna a jornada muito
mais simples e com retorno garantido
O ano de 2015 está começando e agora é hora de planejar,
visualizar novas metas, pensar em novos projetos, fazer
mudanças e, porque não, começar um negócio próprio.
Muitas pessoas encerraram o ano sonhando em empreender
e começar uma nova história. Um dos grandes obstáculos de
quem pensa assim é mudar o próprio pensamento. A maioria
quer empreender por necessidade e não por visualizar oportu-
nidades que nos rodeiam o tempo todo. Minha primeira dica
é: abram a cabeça e procurem olhar ao redor. Muitas vezes
em uma necessidade sua, rotineira, pode surgir um negócio
de alto valor.
Mas, se você já tentou esse exercício e sentiu a cabeça
esquentar, PARE. É importante que esse processo seja tanto
emocional quanto racional, pois dessa forma você consegue
concentrar mais equilíbrio na hora das decisões. Isso não quer
dizer que terás pouco trabalho. Normalmente quem está à
frente de um negócio ou pretende estar, deve ter um propósito
firme e procurar contato com empreendedores experientes e
se atualizar com conteúdo sobre o assunto. Ou seja, é inevi-
tável a dedicação e pesquisa quando você sonha em ser o
dono do próprio nariz.
De qualquer forma, sonhe grande e trabalhe duro para chegar
lá.
Beto Sá
Diretor Geral
Diretor Geral
Jorge Alberto de Sá
jorge@revistaestacaobrasil.com
Diretor Comercial
Marcelo A. Silva
marcelo@revistaestacaobrasil.com
Gerente Comercial
Antonio Gomes da Silva
antonio@revistaestacaobrasil.com
Diretora Financeira
Daniela Orsi Moreira
financeiro@revistaestacaobrasil.com
Diretor Executivo
Marcus A. Estevam
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Editor Geral
Jorge Neto
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jorgeneto@revistaestacaobrasil.com
Editor de Gastronomia
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rogerio@revistaestacaobrasil.com
Diagramação e Capa:
Mariana Brasil
Conselho Editorial
Heitor Humberto de Andrade
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Consultor Jurídico
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Representante Comercial:
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(61)8245-8489
Enviados Especiais:
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Revista Estação Brasil
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Brasília - DF
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Santos - SP
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www.revistaestacaobrasil.com
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SUMÁRIO
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LEONARDO BOFF
A DIVINA CRIANÇA
ABRAJET: TOCANTINS LEVA JORNALISTAS
AO JALAPÃO
ILHA DE MARAJÓ
MARAVILHOSO MUNDO DE AVENTURAS
TERRA BARATA LEVA SOJA AO EXTREMO
NORTE DO BRASIL
GOVERNO REDUZ IMPOSTO DE
IMPORTAÇÃO PARA 430 PRODUTOS
INTEGRAÇÃO DE
PESQUISADORES E EMPRESAS
COMEÇA EM 2015
ANO VI - 34ª Edição - Janeiro de 2015 os artigos assinados não refletem na opinião da revista
38RESÍDUO DE PEIXE GERA RENDA PARA
ARTESÃS BAIANAS
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O MENINO, O BOI
E O JUMENTO
O
s evangelhos não falam do boi
e do burrinho que estariam na
manjedoura junto a Jesus sobre as
palhinhas. Mas a tradição fala neles. Sua
história é comovente e encanta crianças
e adultos. Em tempos de ecologia ganha
um significado especial. Vamos contar a
verdade desta estória antiga que é contada
a seu modo em cada lingua.
Um camponês tinha um boi e um jumento
muito velhos e já imprestáveis para o
trabalho no campo. Afeiçoara-se a eles.
Gostaria que morresssem de morte natural.
Mas iam definhando dia a dia. Resolveu
sacrificá-los no matadouro. Quando
decidiu, sentiu-se mal não conseguindo
dormir à noite.
O boi e jumento perceberam que havia
algo de estranho no ar. Moviam mal suas
carcaças sem poder dormitar. A vida lhes
fora dura. Passaram por vários donos. De
todos apanharam muito. Era sua condição
de animais de carga.
Lá pela meia-noite, repentinamente,
sentiram que uma mão invisível os conduzia
por estreito caminho rumo a uma estrebaria.
Diziam entre si: “Que nos obrigarão fazer
nesta noite fria? Não temos mais força para
nada”.
Foram conduzidos a uma gruta, onde havia
uma luzinha trêmula e uma manjedoura.
Pensavam que iam comer algum feno.
Ficaram maravilhados quando viram que lá
dentro, sobre palhinhas, tiritante, estava um
lindo recém-nascido. Um velho inclinado,
José, procurava aquecer o menino com seu
sopro. O boi e o burrinho logo entenderam.
Deviam aquecer o menino. Também com
seu sopro. Aproximaram seus focinhos.
Quando perceberam a beleza e a irradiação
do menino, suas carcaças estremeceram
de emoção. E sentiram forte vigor interno.
Com os focinhos bem pertinho do menino,
começaram, lentamente, a respirar sobre
ele que assim ficou aquecido.
De repente, o menino abriu os olhos.
“Agora ele vai chorar” disse o burrinho
ao boi, “pois nossos focinhos feios o
assustaram”. O menino, ao contrário, os
fitou amorosamente e estendeu a mãozinha
para acariciar seus focinhos. E continuava a
sorrir, como se fora uma cascata de água.
“O menino ri” disse José a Maria. “Ele não
pára de rir”. “Deve ser porque o focinho
do boi e do burrinho são engraçados”.
Maria sorriu e ficou calada. Acostumada a
guardar todas as coisas em seu coração,
sabia que era um milagre de seu divino
menino.
O fato é que os próprios animais ficaram
alegres. Ninguém lhes havia reconhecido
algum mérito na vida. E eis que aqui
estavam acalentando o Senhor do universo
na forma de uma criança.
Ao voltar para casa, perceberam que
outros burros e bois os olhavam com ar
de admiração. Estavam tão felizes que ao
avistar a casa arriscaram até um galope. Ai
perceberam que estavam realmente cheios
de vitalidade.
Voltaram para a estrebaria. De
manhãzinha veio o patrão para levá-los
ao matadouro. Eles ficaram assustados,
como se dissessem:”deixa-nos viver um
pouco mais!”. O padrão olhou espantado
e disse:”mas estes não são os meus
velhos animais? Como assim que estão
revigorados, com a pele lisa e luzidia e as
pernas firmes e fortes”?
Ele os deixou estar. Durante anos e anos
serviram ao patrão fielmente. Mas ele
sempre se perguntava: “ Meu Deus,
quem transformou de repente em jovens
e vigorosos, o burrinho e o boi tão
velhinhos”? Mas as crianças que sabem do
menino Jesus,têm condições de lhe dar
uma resposta.
Com o Menino, o boi e o jumento desejo:
“Feliz Natal a todos os leitores e leitoras”.
Por Leonardo Boff
Teólogo
ARTIGO
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ABRAJET TOCANTINS LEVA
JORNALISTAS AO JALAPÃO
A
trativos turísticos de Ponte Alta e
São Felix, na região do Jalapão, a
exemplo do Canyon Sussuapara,
PedraFurada, raftingnorioNovo,Cachoeira
da Velha e das Araras foram visitados
pela imprensa tocantinense durante a 23ª
Caravana do Turismo. Uma realização da
Abrajet, Associação Brasileira de Jornalistas
Escritores de Turismo, seccional Tocantins,
o Caravana é um projeto que tem por
objetivo levar jornalistas e convidados do
trade a atrativos turísticos, possibilitando
o conhecimento, diagnósticos, divulgação,
e, consequentemente, fomentando a
atividade no Estado.
Segundo Suzana Barros, mentora e
coordenadora do Projeto, a 23ª Caravana
possibilitou à imprensa não só a oportu-
nidade de conhecer, em primeira mão e in
loco, duas novidades no Jalapão: a prática
de rafting no rio Novo e as instalações do
Jalapão Ecolodge, mais novo conceito
em hospedagem da região, que concilia
preservação do meio ambiente, com
conforto e qualidade no atendimento.
“Também possibilitou o enriquecimento do
banco de dados e de imagens de atrativos
turísticos do Tocantins, mais procurados
em nível nacional e no exterior”, destacou
a presidente da Abrajet Tocantins, Luzinete
Bispo.
PONTE ALTA
A primeira parada foi em Ponte Alta, cidade
a 187 quilômetros de Palmas, considerada
o Portal de Entrada do Jalapão. Lá os
jornalistas, conheceram a cachoeira
Sussuapara, localizada a 16 quilômetros
de Ponte Alta, que forma um canyon de
aproximadamente sete metros de altura
da Redação
NEGÓCIOS
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de banhos; uma cantina/refeitório; um
quiosque à beira do rio Soninho, parque
infantil, um redário, espaço para descanso
em redes; o Bick Park, com a oferta de
bicicletas e trilhas que levam ao rio, além
de duas trilhas: uma que permite vislumbrar
o pôr-do-sol do alto de um morro e outra
ladeando um córrego, onde é possível
fazer um percurso holístico.
Ainda no município de São Félix, a
cachoeira das Araras foi outro atrativo
visitado pelos jornalistas. O lugar é de uma
beleza espetacular! Composto por uma
queda d´água de aproximadamente cinco
metros de altura, desagua formando uma
piscina que permite banho. O atrativo tem
como ponto de apoio a sede da Fazenda
Estrela. Lá os proprietários Hélio e Odiva
oferecem uma das melhores refeições da
Região.
ABRAJET E O CARAVANA
Composta por jornalistas do Estado, a
Abrajet-TO é uma associação, sem fins
lucrativos. Foi fundada em 1992 com o
propósito de divulgar os atrativos turísticos
e manifestações que reforçam essa
atividade, a exemplo da cultura, comidas
típicas, artesanato, não só do Tocantins
como de todo o País. Esta edição, contou
com o apoio do da Prefeitura de Ponte Alta,
da Jalapão Ecolodge, Pousada Planalto
e Vereda das Águas, das operadoras
Novaventura, Jalapão Extremo, do
proprietário da Fazenda Estrela, Hélio
Fenner, e da PMW – Palmas Aluguel de
Carros Unidas.
Idealizado pela jornalista Suzana Barros,
o Caravana do Turismo é uma iniciativa
da Abrajet-TO, como forma de atender
a proposta de incentivar a divulgação dos
atrativos turísticos do Estado. Através
dele, centenas de jornalistas, fotógrafos e
cinegrafistas puderam conferir, in loco, a
emoção de visitar atrativos tocantinenses.
Desde a sua primeira edição, em 2001,
por quatro de largura, e assistiram ao por
do sol na Pedra Furada: formação rochosa
em arenito, esculpida pela ação do vento.
Com aproximadamente 400 metros de
extensão, destaca-se por apresentar um
buraco, que vai de lado a outro do morro
em uma das partes do morro. Em Ponte
Alta os jornalistas ficaram hospedados na
Pousada Vereda das Águas e na Pousada
Planalto.
EMOÇÃO DO RAFTING
No segundo dia, as emoções ficaram por
conta da prática rafting nas corredeiras
do rio Novo. Num percurso de aproxima-
damente seis horas, essa modalidade de
turismo de aventura permite o desfrute de
fortes e médias emoções em corredeiras
de classes três e quatro, que definem o grau
de dificuldade delas. “Estão classificadas
entre os graus intermediárias e avançadas”,
define Rafael Cavalcante, da operadora
Novaventura, que oferece a prática do
rafting na Região. De acordo com Rafael,
a Novaventura, oferece produtos com
opções de trechos a serem percorridos, de
acordo com o tempo e interesse do turista.
CATEDRAL
Na Catedral Ecolodge - onde a maioria
dos participantes chegou pelo rio Soninho,
através do rafting -, foi possível usufruir dos
produtos ofertados pelo estabelecimento:
trilha holística, passeio de bick, canoagem
e flutuação. Composta por ambientes
bem naturais, explorando o contato com a
natureza, a Ecolodge oferece hospedagem
em Cabanas construídas à base do talo e
da palha do Buriti, palmeira encontrada
na Região. Está equipada com uma casa
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percorreu pontos turísticos em Taquaruçu,
Paraíso do Tocantins, Lajeado - cidade e
serra-, Vale do Vai quem quer, Araguacema,
Pium, Palmas, Natividade, Taguatinga,
Caseara, Araguatins, Enerpeixe, Peixe,
Caseara, Porto Nacional, Fortaleza do
Tabocão, dentre outros.
COMO CHEGAR E ONDE FICAR
Pousada Vereda das Águas: Telefone: (63)
8473 8489.
Pousada Planalto: JALAPÃO- Pousada
Planalto e Camping. Dona Lázara Jalapão.
Fones: (063)3378-1141 e 8409-0888.
www.jalapao-pousadaplanalto.com.br.
pousadaplanalto.jalapao@ig.com.br
Catedral Ecolodge: Estrada Cênica – TO
030 – Novo Acordo/São Félix do Tocantins.
Telefones: (63) 9994-0514 e 9951-0727 .
E-mail: catedraldojalapao@gmail.com
PACOTES E/OU TRANSPORTE
Operadora para prática do rafting:
Novaventura Companhia de Rafting
do Jalapão. Rafael Moraes Cavalcante,
telefone: (63) 9993-1978.
Operadora Jalapão Extremo Ecotur.
Passeios ecológicos. Alex Paulo Siqueira.
Telefones: (63) 9968-1166 (63) 8118-7918.
E-mail: jalapao@hotmail.com. Site:http://
ecoviagem.uol.com.br
Aluguel de carros 4x4 na UNIDAS: PMW –
Palmas Aluguel de Carros Unidas.
Telefones: (63) 3215 -3254. Av. Teotônio
Segurado, 201 Sul, Lt.02, Conj. 1
Fazenda Estrela em São Félix do Tocantins.
Luiz Hélio Fenner. Telefone: (63) 9952-0011.
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M
aior ilha fluviomarinha do mundo,
a Ilha de Marajó é banhada pelo
oceano Atlântico e pelos rios
Amazonas e Tocantins. Dividida em 12
municípios pontilhados por matas, rios,
campos, mangues e igarapés, forma um
cenário perfeito para quem pretende
desvendar um pedaço quase intacto da
selva amazônica. O ponto de partida da
viagem é Belém, de onde saem barcos e
balsas rumo à Soure, a “capital” da ilha,
alcançada depois de cerca de três horas
de navegação. É nesta área que estão as
melhores praias - do Pesqueiro, Barra Velha
e Joanes -, as melhores hospedagens e
ILHA DE MARAJÓ
MARAVILHOSO MUNDO
DE AVENTURAS
restaurantes, além de boa parte dos 250
mil habitantes da região.
Museu do Marajó guarda relíquias em
cerâmica estilizada
Com tanta diversidade, Marajó promove
experiências únicas. A mais interessante
delas é montar no lombo de um búfalo
para um passeio. Símbolos da ilha, os
animais são vistos em grandes manadas
nas extensas planícies ou dispersos nas
modestas áreas urbanas, onde são usados
como táxi e montaria para a polícia. No
Carnaval, fazem sucesso puxando carroças
equipadas com caixas de som, numa versão
local dos trios elétricos baianos.
Habitat de grande variedade de peixes e
pássaros, o arquipélago oferece muitas
atividades em meio à natureza, realizadas
nas fazendas. Entre elas estão observação
de guarás - ave típica de penas vermelhas -,
pesca, a focagem de jacarés e passeios de
barco pelos igarapés. Os fãs dos esportes
de aventura também se divertem na área
com a prática de caminhadas na selva,
rafting e ciclismo pelas praias.
As surpresas se fazem presentes também
na gastronomia, que tem a carne de búfalo
- claro! - como grande destaque. Os pratos
mais apreciados são o Filé Marajoara,
servido com mussarela de búfala derretida;
e o Frito do Vaqueiro, que traz fraldinha
ou minguinha (carne da costela) cozidos e
acompanhados de pirão de leite. Também
merecem destaques o caldo de turu, um
molusco típico do mangue; e as suculentas
peixadas. Para a sobremesa, aposte nos
sorvetes de frutas exóticas como uxi,
bacuri, taperebá e cajarana.
da Redação
DESTINOS
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Os encantos da região se refletem também
na cultura. Uma das heranças mais ricas
deixadas pelos índios marajoaras é a bela
arte da cerâmica estilizada. Para apreciar
os trabalhos, siga para o Museu do Marajó,
localizado na modesta Cachoeira do Arari,
uma cidadezinha escondida no meio da
mata. Construído numa antiga fábrica de
óleos, o espaço tem um rico acervo que
guarda desde vasos, jarros e utensílios
de cozinha à urnas funerárias. Quando
o assunto é dança, o carimbó e o lundu
surgem absolutos. Autênticos da região, os
passos foram inspirados em manifestações
de origem africana e indígena. Antes de
viajar, escolha bem a época, já que calor e
chuvas são características comuns do Pará
se intercalam no calendário. No primeiro
semestre chove quase todos os dias,
alagando campos e florestas e impedindo
algumas travessias. A vantagem é que a
temperatura fica mais amena. No resto do
ano, no período de seca, os termômetros
batem facilmente os 40 graus. O consolo
é que a água já baixou e fica mais fácil
circular pela região. No mês de julho,
agradável e concorrido, os turistas lotam
a orla da praia do Pesqueiro.
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TERRA BARATA LEVA SOJA AO
EXTREMO NORTE DO BRASIL
T
erra barata leva soja ao extremo
Norte do Brasil
Áreas legalizadas abrem caminho
para investidores, duas décadas após
onda que levou agricultores do Sul para o
Nordeste
Vicente Gianluppi chegou à Roraima
quatro décadas atrás e está entrando
agora na sojicultura. Pecuária viabiliza as
lavouras que seguem legislação ambiental,
afirma
A regularização ambiental e fundiária e
a viabilidade do cultivo da soja no Norte
do Brasil transformam a região em terra
de oportunidades. Com a lucratividade da
commodity e a promessa de investimentos
em portos, rodovias e hidrovias, os preços
do hectare agrícola em estados como
Roraima, Pará e Amapá dispararam e
acumulam alta de três dígitos nos últimos
cinco anos. Apesar do aumento, os
valores das fazendas com potencial para a
atividade ainda são baixos se comparados
aos registrados no Sul, onde estão as terras
mais caras do país.
Atualmente, com o valor desembolsado
para a compra de um hectare em Cascavel
(Oeste do Paraná) é possível arrematar
21 hectares no Amapá, 17 hectares
em Roraima ou seis hectares no Pará,
conforme levantamento feito a pedido do
Agronegócio Gazeta do Povo (AgroGP)
pela Informa Economics FNP, consultoria
que acompanha o mercado de imóveis
rurais (veja o infográfico).
Saiba Mais
Silomar Faria, de Jataí (GO): terras
mais caras elevam também preço do
arrendamentoHectare no Brasil varia de R$
4 mil a R$ 40 mil
GENTE GRANDE
“Aqui, com R$ 1 milhão você é gente
grande”, resume Geison Nicaretta,
agricultor em Roraima. Neste ano, ele
colhe sua segunda safra de soja em um lote
de 105 hectares, comprado em sociedade
com um amigo pela “bagatela” de R$ 30
mil (a parte mais barata de um total de 2
mil ha).
Essa área de Nicaretta tem valor abaixo
da média do mercado porque não era
considerada apropriada ao cultivo de
grão, mas surpreende os produtores com
rendimentos normais de um primeiro
ano. Se os R$ 30 mil fossem usados para
comprar terra no Paraná, renderiam menos
de um hectare – um campo de futebol.
Na década de 80, terras baratas levaram
centenas de produtores do Sul e do
Centro-Oeste para o Nordeste do país. Eles
ampliaram a produção de grãos a partir do
Oeste baiano e formaram o polo agrícola
hoje conhecido como MaToPiBa — por
envolver parte do Maranhão, Tocantins,
Piauí e Bahia.
POTENCIAL
A infraestrutura precária – em muitos locais
ainda há problemas no fornecimento de
energia, por exemplo – e o isolamento
geográfico não limitam o potencial de
valorização das áreas agrícolas na ponta
superior do mapa brasileiro, garante José
Vicente Ferraz, diretor da consultoria
responsável pelo levantamento de preços.
Essa valorização é considerada um indício
de que existe procura cada vez maior pelos
imóveis.
O principal fator que torna o Norte do
Brasil um solo fértil para investidores do
agronegócio é a transformação da região
em um grande polo logístico, salienta
o especialista. Ao menos seis grandes
projetos portuários estão saindo do papel
no chamado Arco Norte, que começa
em Rondônia e segue até o Maranhão. A
região foi percorrida pela Expedição Safra
Gazeta do Povo, que conferiu os principais
projetos.
De todos os estados, Pará é o que tem
maior potencial de valorização das terras.
Apesar da vocação para a pecuária e a
silvicultura, os grãos têm ganhado cada vez
mais espaço em solos paraenses. E é ao
Sul do estado, no município de Miritituba,
onde estão os projetos estratégicos para o
desenvolvimento de toda a região. Cerca
de dez estações de transbordo de cargas
(as carretas descarregam os grãos em
barcaças) serão erguidas à beira do Rio
Tapajós nos próximos anos. “Essas obras
beneficiam o próprio estado e também
outros vizinhos, que poderão escoar a
produção por lá. Deve permitir ainda que
se desenvolvam novas atividades”, analisa
o diretor da Informa.
Interesse regional torna negócios mais
frequentes
Se no Sul as vendas de terras são raras,
no Norte do Brasil os negócios estão
aquecidos e tendem a ficar ainda mais. Isso
porque o potencial de conversão de pastos
degradados em campos agrícolas soma-se
à incorporação de novas áreas de Cerrado
à agropecuária.
Após visitar a região, a Expedição Safra
Gazeta do Povo — projeto técnico-
jornalístico que realiza sondagens no setor
há oito anos — concluiu que a área de
grãos deve crescer de 100 mil para 400
mil hectares nos próximos anos somente
no Pará e em Roraima. Em 2014/15, a
ampliação deve ser de 50 mil hectares.
Produtores como Vicente Gianluppi,
pesquisador gaúcho que chegou a Boa
Vista (RR) em 1976 para atuar na Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa), estão preparando o solo para
plantar no ano que vem. “Agora o boi está
pastando em 300 hectares, que vão render
soja na próxima safra. Será o meu primeiro
ano na agricultura.”
Ele migrou para a região na época em que
ainda era possível adquirir 5 hectares com
uma cabeça de gado. “Até um revólver
velho valia mais que o hectare.” Hoje, a
bovinocultura é vista como alternativa
para a “segunda safra” na região, que tem
da Redação fotos divulgação
AGRONEGÓCIOS
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pastos de sobra.
PRODUTORES NEGAM CORTE DE
FLORESTAS
As áreas desmatadas ilegalmente
continuam crescendo na região amazônica,
informa o Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe). No entanto, os produtores
de soja negam ligação com o problema.
As áreas cultiváveis foram abertas antes
de 2008 e, de acordo com o novo
Código Florestal, podem ser plantadas,
consideram. No Pará, o plantio avança em
áreas de “juquira” — vegetação que cobre
pastagens abandonadas —, argumentam.
O governo estadual permite o uso
dessas áreas mediante licença e cadastro
ambiental – procedimento que define áreas
de reserva legal e proteção permanente.
Em Roraima, as áreas ainda estão em
regularização fundiária. O Supremo Tribunal
Federal (STF) suspendeu a transferência
de terras da União para o estado. “Essa
suspensão não impede a agricultura, mas
vai atrasar a titulação dos imóveis”, afirma
o secretário de Meio Ambiente de Roraima,
Marcelo Andrade.
Renda bruta de uma safra supera o preço
dos terrenos. Gilson Nicaretta e Alcione
Nicoletti: segunda safra crescente
Longe do restante do país e com
infraestrutura em construção, a agricultura
mostra-se lucrativa no extremo Norte
do Brasil. A renda bruta inicial da soja
chega a R$ 2,45 mil por hectare, um terço
acima dos custos operacionais, calculou
o Agronegócio Gazeta do Povo. Essa
receita bruta é maior que o preço da terra
em Santarém (PA) ou Macapá (AP), por
exemplo. Os demais custos impedem que
uma fazenda seja quitada logo no primeiro
ano.
Gasta-se cerca de R$ 1 mil por hectare
no primeiro preparo do solo (abertura e
adubação). É preciso considerar ainda que,
normalmente, só metade da área de uma
fazenda é cultivável (metade é floresta).
Na segunda safra, com o aumento da
produtividade de 35 para até 50 sacas/ha, o
faturamento chega a R$ 3,5 mil/ha. E quem
registra esse avanço pode quitar a terra
em três anos. A receita bruta é maior que
a registrada no Paraná. Em Roraima, uma
saca de 60 quilos de soja vale cerca de R$
10 (20%) a mais que a média paranaense,
em parte pelo fato de a região vender a
colheita na época da entressafra nacional.
“Colher 35 sacas/ha aqui em primeiro ano
é o mesmo que colher 60 sacas/ha em
Mato Grosso”, compara Alcione Nicoletti,
considerando a diferença de preço.
Gastando menos e arrecadando mais,
produtores como Agnelo França Correia
conseguiram mais que duplicar suas
lavouras. O ex-gerente de fazendas decidiu
migrar de Mato Grosso para o Norte com
o objetivo se tornar dono do seu próprio
pedaço de chão. Hoje tem 600 hectares de
terras no Pará.Começou com R$ 60 mil no
bolso. Os primeiros 170 hectares custaram
R$ 50 mil, ou R$ 300/ha. “Desembolsei
R$ 32 mil inicialmente. E o restante,
incluindo gastos com insumos, maquinários
e equipamentos, que comprei usados,
paguei nas safras seguintes”, conta. Ele fez
cadastro ambiental da fazenda e sustenta
que essa é uma de suas prioriedades.
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BLOCO DO PRIMEIRO BEIJO
GANHA SEGUNDA EDIÇÃO EM
BRASÍLIA
N
o ritmo das festas de momo, as
empresasR2Produções,KmEventos
e Carlos Constantino Produções
Artísticas apresentam a segunda edição
do Bloco do Primeiro Beijo, festa que
reuniu cerca de três mil pessoas em 2014.
Nesta edição, o público se encontrará no
sábado de carnaval, dia 14 de fevereiro,
com concentração a partir das 16 horas
e festa a partir das 18h, na Orla Norte
do Lago (atrás da Concha Acústica). Para
animar o bloco, estão convocados a Banda
do Primeiro Beijo, formada especialmente
para a primeira edição da festa, o grupo de
pagode paulista Jeito Moleque, além de
convidado surpresa apresentando clássicos
do axé.
Mesmo com pouca idade, o Bloco do
Primeiro Beijo é conhecido entre os jovens
do Distrito Federal. A festa surgiu de uma
demanda crescente: criar um espaço para
se reviver os movimentos musicais da
década de 1990, a exemplo de grupos
bem sucedidos como os cariocas do Fica
Comigo ou a banda Amigos do Pagode
90. O repertório da festa-bloco é pensado
a partir do samba, do pagode, do axé,
do funk e de outros estilos que marcaram
época e estimulam os apaixonados pelo
passado a reviver estas emoções que já
somam 25 anos de história.
Na primeira edição, a festa contou com as
bandas Batom na Cueca, em um revival dos
axés da década de 1990 e das micaretas em
Brasília, os cariocas do D-Funk in Samba e a
Banda do Primeiro Beijo. Nesta edição, não
será diferente: o público pode se preparar
para recordar alguns clássicos musicais e se
divertir com as boas memórias. O sugestivo
nome já presta uma homenagem à banda
Art Popular, autora do hit “Primeiro Beijo”,
que foi sucesso em todo o país naquela
década.
Se o Bloco do Primeiro Beijo é um festejo
que tem tudo a ver com o carnaval, nada
mais justo que ter uma banda própria.
Assim, em 2014, a Banda do Primeiro Beijo
se formou, especialmente para levantar o
bloco. Com o sucesso dos primeiros shows,
a banda passou a ter boa agenda de
apresentações em Brasília e outras cidades.
Formada por Rafael Sales (Vocal), Gustavo
Santana (Vocal), Marcelo Lima (percussão
e voz), Marcos (violão), Leandro Borges
(cavaquinhoevoz),BrunoLustosa(percussão
e voz), Jonas Campelo (Saxfone) e Rogerio
Sousa (Baixo), a Banda do Primeiro Beijo
tem repertório escolhido a dedo, que
contempla o melhor do pagode da década
de 1990, promovendo uma viagem musical
pelo tempo e homenageando aqueles que
foram grandes sucessos do rádio brasileiro
à época. Músicas de Só Pra contrariar,
Exaltasamba, Raça Negra, Grupo Molejo,
Negritude Jr., Katinguelê e outras bandas
são apresentadas no show, que conta,
também, com faixas autorais.
E como brasiliense é incansável no pagode,
a edição 2015 convoca os paulistas do
Jeito Moleque para a festa. Foi nas rodas
de samba, após as partidas de futebol
no Clube Espéria, na Zona Norte de São
Paulo, que um grupo de amigos de infância
decidiu unir o gosto pelo ritmo e formar,
em 1998, o que é hoje uma das bandas
mais bem-sucedidos do gênero no Brasil. O
grupo Jeito Moleque, composto por Bruno
Diegues (voz), Carlinhos (cavaquinho e
vocal), Felipe (violões, banjo e vocal), Rafa
(percussão e vocal) e Alemão (percussão),
inovou e renovou o samba paulista ao
misturar a música pop ao estilo tradicional.
No show, o grupo apresenta o CD “Viva
a Vida” (2012), que conta com faixas
de sucesso como “De Cara pro Gol” e
“Nunca Vai ter Fim”. Aliada a estas, a
banda traz o single “Natural”, gravado
com a participação do cantor Alexandre
Carlo (Natiruts), além das já conhecidas “A
Amizade é Tudo”, “Eu Nunca Amei Assim”,
“Amizade Verdadeira” e “Bem Vinda”.
O Bloco do Primeiro Beijo ganha, também,
apresentação surpresa. Mesmo sem
identidade revelada, os organizadores
adiantam que o convidado é um grande
representante do axé. O Bloco conta
com patrocínio da Diretoria da BOA. Os
ingressos custam R$ 40 para mulheres e R$
60 para homens e terá open beer das 18h
às 19h.
Serviço – Bloco do Primeiro Beijo
Data: 14 de fevereiro de 2015
Horário: Concentração com o trio às 16h.
Festa a partir das 18h.
Local: Orla Norte do Lago (atrás da Concha
Acústica) - SHTN Polo 03, Trecho 01 - Asa
Norte
Atrações: Banda do Primeiro Beijo, Jeito
Moleque e convidado surpresa
Classificação indicativa: 16 anos
Valor dos ingressos: (Valores referentes à
pré-venda/meia-entrada)
Homens R$ 60 | Mulheres R$ 40
Pontos de venda:
www.producoesr2.com.br
Lotação: 3.000 pessoas
SÁBADO DE CARNAVAL (14.02) É A DATA ESCOLHIDA PARA A FESTA
NESTE ANO, O BLOCO É ANIMADO PELA BANDA DO PRIMEIRO BEIJO, O GRUPO JEITO
MOLEQUE E CONVIDADO SURPRESA
SHOWS
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RevistaEstação
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RevistaEstação
GOVERNO REDUZ IMPOSTO
DE IMPORTAÇÃO PARA 430
PRODUTOS
A
Câmara de Comércio Exterior
(Camex) do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior decidiu conceder ou
renovar redução do Imposto de Importação
sobre 430 produtos sem fabricação no
Brasil. Os produtos são equipamentos
industriais ou bens de informática e
telecomunicações.
Produtos dessas duas categorias, utilizados
pelo setor produtivo, são abrangidos por
regime especial do governo, que permite
baixa temporária da alíquota. A inclusão de
novos itens como beneficiários pela Camex
é constante. É feita análise dos pedidos
para redução da alíquota, só concedida
após ser comprovado que não há fabricação
nacional dos produtos.
No caso de máquinas e equipamentos
industriais, 412 produtos foram
contemplados pela redução do imposto:
59 receberam renovação do benefício. Para
esses itens, o Imposto de Importação terá
redução da alíquota 14% para 2% até 30 de
junho de 2016.
Em se tratando dos bens de informática
e telecomunicações, 18 produtos estão
abrangidos: para um, o benefício foi
renovado. A redução da alíquota será
de 16%. Cairá para 2%, válida até 31 de
dezembro de 2015.
De acordo com o Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, entre os projetos que serão
beneficiados pela redução do imposto
estão a implantação de uma nova fábrica
de motores em Porto Feliz, São Paulo; a
implantação de uma unidade de fabricação
de gesso no Rio de Janeiro e o aumento
da capacidade de produção de alimentos
embutidos em São Gabriel do Oeste, Mato
Grosso do Sul.
da Redação fotos divulgação
NEGÓCIOS
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RevistaEstação
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RevistaEstação
P
rograma lançado pelo governo é
uma articulação do conhecimento
científico com o sistema produtivo
empresarial
O Programa Nacional de Plataformas do
Conhecimento, lançado pelo governo
federal, vai começar a valer a partir de
2015, mas a expectativa do ministro da
Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio
Campolina Diniz, é que os primeiros
editais sejam lançados ainda neste ano. Em
entrevista a jornalistas, o ministro citou as
áreas consideradas prioritárias e disse que
a aplicação de recursos no programa vai
depender de vontade política do governo.
De acordo com Clélio Campolina, os
INTEGRAÇÃO DE
PESQUISADORES E EMPRESAS
COMEÇA EM 2015
projetos prioritários do programa são
saúde, agricultura e energia. “O projeto é
uma articulação de conhecimento científico
com o sistema produtivo empresarial. O
que constitui a plataforma é a base científica
– liderada por um ou mais cientistas, em
uma instituição científica – e o sistema
empresarial de outro lado”, explicou.
Com base no programa, serão lançadas
plataformas como medicamentos, vacinas
e serviços na área de saúde, por exemplo.
Outras previsões de plataformas são em
petróleo, engenharia básica e bioenergia
na área de energia, e de melhoramento
genético e mudanças climáticas na
agricultura.
O ministro disse que não é possível indicar
o valor do orçamento federal que será
investido no programa, mas adiantou o
cenário com que se trabalha: “Nós temos
uma ordem de grandeza que as plataformas
deveriam ter da ordem R$ 2 bilhões por
ano. É uma estimativa preliminar. Sendo
que no primeiro ano, que será em 2015,
você não terá essa demanda”, informou.
Segundo ele, os exemplos internacionais
indicam que cada plataforma pode custar
entre US$ 100 milhões e 200 milhões por
ano, dependendo da natureza.
De acordo com ele, um comitê gestor –
integrado pelos ministérios da Educação
e da Ciência, Tecnologia e Inovação – vai
definir as plataformas que lançarão os
editais. “Será uma composição de uma
agência de fomento e uma agência de
financiamento. Por exemplo: o CNPQ
[Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico] e o BNDES [Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social] lançam uma plataforma conjunta,
e vai identificar o que precisa de suporte
à pesquisa científica, como laboratórios
– que seria o fomento – e o que vai ser
financiamento para as empresas”, explicou.
Já no que diz respeito aos investimentos, o
ministro disse que a parte de financiamento
virá de cada uma das instituições que já o
fazem no país, e que a parte de fomento vai
depender da natureza de cada plataforma.
“O sucesso e a quantidade da plataforma
vai depender da quantidade de dinheiro
que o governo esteja disposto a colocar”,
disse, informando que devido a esse
motivo o comitê gestor será composto
também pelos ministérios da Fazenda e do
Planejamento. “Não vai ter nenhum efeito
sobreorçamentode2014.Noorçamentode
2015, vai depender da vontade política do
governo de pôr mais ou menos dinheiro”,
acrescentou Campolina.
O ministro disse ainda que poderão ser
convidados especialistas internacionais
para julgar, de modo mais criterioso, as
plataformas, e elas deverão ter um sistema
de acompanhamento para avaliar a sua
execução e, se necessário, determinar a sua
interrupção, caso não haja desempenho
satisfatório.
da Redação fotos divulgação
CIÊNCIA
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RevistaEstação
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RevistaEstação
RESÍDUO DE PEIXE GERA RENDA
PARA ARTESÃS BAIANAS
M
ulheres de Paulo Afonso (BA)
reaproveitam pele da tilápia na
criação de peças de artesanato
Elas são apenas três formando a associação,
masotrabalhodessasmulheresvemabrindo
um mercado criativo no setor de artesanato
cada dia mais ativo na vida do município
baiano de Paulo Afonso. A matéria-prima
utilizada por elas é retirada da pele da
tilápia, peixe cultivado na região do rio
São Francisco. Ao invés de ser descartada
no lixo, a pele do peixe é reaproveitada
na criação das peças de artesanato, como
capas de agendas e bolsas.
A ideia de reaproveitar a pele da tilápia
em artesanato veio de Maria Regina
Soares, 48 anos. Antes disso, ela trabalhava
com artesanato variado, identificando
o seu lado empreendedor. Tanto assim
que criou uma loja de artesanato, com
o biscuit e bordados, adotando técnicas
de decupagem e reciclagem, utilizando
garrafas pet, lacres de latinha, papelão e
caixas de leite, que eram transformados
em pufs, bolsas e lembranças do turismo.
Com a parceria da mãe Maria Francisca
de Jesus, 77 anos, e a amiga Antônia Elza
Santos Lacerda, 55 anos, criou a Associação
do Grupo de Artesãos Produtores de Paulo
Afonso (Agappa).
Três anos depois, um primo que estudava
Engenharia de Pesca repassou a Regina
uma apostila sobre o beneficiamento da
pele da tilápia, para que ela ampliasse
melhor a visão empreendedora. “Tentei
fazer sozinha e não consegui. Resolvi então
procurar os profissionais que mantinham
um curso de capacitação sobre a pele da
tilápia e aprendi todo o passo a passo de
produção e consegui chegar ao ponto
certo”, conta ela.
Reaproveitar a pele do peixe se tornou um
projeto da associação e Regina entrou em
contato com uma empresa do município de
Paulo Afonso que trabalha com a tilápia e
jogava a pele fora. “Mostrei interesse em
conseguir a doação das peles. Oficializei
tudo e comecei a receber a matéria-prima.
Hoje a Agappa recebe da empresa, a cada
três meses, cerca de 150 kg de pele já sem
escama”, explica.
Ao ver que o trabalho estava dando
certo, Regina buscou a qualificação de
seu trabalho para aprimorar as peças
de artesanato. Participou de cursos de
capacitação, em que aprendeu a técnica
de curtimento da pele da tilápia e o
manuseio de peças e artefatos em couro.
No segmento de design das peças teve
apoio do Sebrae na Bahia, com orientações
valiosas da consultoria técnica, além de
participar do curso Formação de Preço,
para entender o processo de cotação dos
produtos confeccionados e atendimento
ao cliente. “Não é só comercializar, mas
mostrar ao público da região e fora dela o
trabalho que é produzido por nós aqui, em
Paulo Afonso”, ressalta.
Segundo a artesã, a comercialização dos
produtos é mais dinâmica durante os
meses de dezembro e janeiro, quando há
maior fluxo de visitantes em Paulo Afonso,
mas, nas férias escolares de julho, também
é registrado bom movimento. “O trabalho
é manual e demorado, mas sempre nos
planejamos para que não falte o produto
nesses períodos”, diz ela, acrescentando
que há certa aceitação do produto com o
público regional. “Mas a curiosidade é mais
dos turistas”, completa Regina.
PRODUÇÃO
Por meio do Sebrae, a Agappa participa
– com amostragem de seus produtos – de
eventos em várias cidades, como a Feira
do Empreendedor, o Congresso Brasileiro
de Engenharia de Pesca e o Seminário de
Economia Criativa. A produção também
atende eventos gastronômicos, a exemplo
do Qualitilápia. “No ano passado,
ganhamos o troféu do campeonato que
aconteceu durante a Copa Vela, quando
confeccionamos um barco a vela com couro
da tilápia”, lembra, com orgulho.
Regina ainda participa do projeto
Economia Criativa do Sebrae e uma das
estratégias é agregar valor aos produtos da
Agappa, com foco na produção associada
ao turismo. “Isso promove a cadeia
produtiva do turismo local ao artesanato
e à gastronomia, sendo na prática, um
diferencial competitivo para Paulo Afonso
e região”, afirma a analista do Sebrae na
Bahia, Nadja Monteiro.
Segundo ela, a produção regional da tilápia
está na casa das 500 toneladas por mês e
representa grande fonte de insumos para
gerar mais ocupação e renda às famílias no
semiárido baiano. “A atividade garante a
sustentabilidade, com o reaproveitamento
da pele da tilápia”, finaliza.
da Redação fotos divulgação
SUSTENTABILIDADE
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  • 6. 10 RevistaEstação 11 RevistaEstação O sucesso é o pagamento dos ousados. Seguir um caminho que já foi construído torna a jornada muito mais simples e com retorno garantido O ano de 2015 está começando e agora é hora de planejar, visualizar novas metas, pensar em novos projetos, fazer mudanças e, porque não, começar um negócio próprio. Muitas pessoas encerraram o ano sonhando em empreender e começar uma nova história. Um dos grandes obstáculos de quem pensa assim é mudar o próprio pensamento. A maioria quer empreender por necessidade e não por visualizar oportu- nidades que nos rodeiam o tempo todo. Minha primeira dica é: abram a cabeça e procurem olhar ao redor. Muitas vezes em uma necessidade sua, rotineira, pode surgir um negócio de alto valor. Mas, se você já tentou esse exercício e sentiu a cabeça esquentar, PARE. É importante que esse processo seja tanto emocional quanto racional, pois dessa forma você consegue concentrar mais equilíbrio na hora das decisões. Isso não quer dizer que terás pouco trabalho. Normalmente quem está à frente de um negócio ou pretende estar, deve ter um propósito firme e procurar contato com empreendedores experientes e se atualizar com conteúdo sobre o assunto. Ou seja, é inevi- tável a dedicação e pesquisa quando você sonha em ser o dono do próprio nariz. De qualquer forma, sonhe grande e trabalhe duro para chegar lá. Beto Sá Diretor Geral Diretor Geral Jorge Alberto de Sá jorge@revistaestacaobrasil.com Diretor Comercial Marcelo A. Silva marcelo@revistaestacaobrasil.com Gerente Comercial Antonio Gomes da Silva antonio@revistaestacaobrasil.com Diretora Financeira Daniela Orsi Moreira financeiro@revistaestacaobrasil.com Diretor Executivo Marcus A. Estevam marcus@ revistaestacaobrasil.com Editor Geral Jorge Neto MTB 581172/SP jorgeneto@revistaestacaobrasil.com Editor de Gastronomia Rogério Lisboa rogerio@revistaestacaobrasil.com Diagramação e Capa: Mariana Brasil Conselho Editorial Heitor Humberto de Andrade heitor@revistaestacaobrasil.com Consultor Jurídico Fernando José Motta Ferreira Representante Comercial: Fernando Andrade (61)8245-8489 Enviados Especiais: Antoni Salani e Caroline Leal Revista Estação Brasil (61) 3547-4308 Av. Araucárias, rua 13 norte Brasília - DF revistaestacao@gmail.com São Paulo (13) 3322-3160 Rua Oswaldo Cochrane, 71 – Cj. 54 Santos - SP marcelo@revistaestacaobrasil.com www.revistaestacaobrasil.com
  • 7. 12 RevistaEstação 13 RevistaEstação SUMÁRIO 16 28 36 14 22 34 LEONARDO BOFF A DIVINA CRIANÇA ABRAJET: TOCANTINS LEVA JORNALISTAS AO JALAPÃO ILHA DE MARAJÓ MARAVILHOSO MUNDO DE AVENTURAS TERRA BARATA LEVA SOJA AO EXTREMO NORTE DO BRASIL GOVERNO REDUZ IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO PARA 430 PRODUTOS INTEGRAÇÃO DE PESQUISADORES E EMPRESAS COMEÇA EM 2015 ANO VI - 34ª Edição - Janeiro de 2015 os artigos assinados não refletem na opinião da revista 38RESÍDUO DE PEIXE GERA RENDA PARA ARTESÃS BAIANAS
  • 8. 14 RevistaEstação 15 RevistaEstação O MENINO, O BOI E O JUMENTO O s evangelhos não falam do boi e do burrinho que estariam na manjedoura junto a Jesus sobre as palhinhas. Mas a tradição fala neles. Sua história é comovente e encanta crianças e adultos. Em tempos de ecologia ganha um significado especial. Vamos contar a verdade desta estória antiga que é contada a seu modo em cada lingua. Um camponês tinha um boi e um jumento muito velhos e já imprestáveis para o trabalho no campo. Afeiçoara-se a eles. Gostaria que morresssem de morte natural. Mas iam definhando dia a dia. Resolveu sacrificá-los no matadouro. Quando decidiu, sentiu-se mal não conseguindo dormir à noite. O boi e jumento perceberam que havia algo de estranho no ar. Moviam mal suas carcaças sem poder dormitar. A vida lhes fora dura. Passaram por vários donos. De todos apanharam muito. Era sua condição de animais de carga. Lá pela meia-noite, repentinamente, sentiram que uma mão invisível os conduzia por estreito caminho rumo a uma estrebaria. Diziam entre si: “Que nos obrigarão fazer nesta noite fria? Não temos mais força para nada”. Foram conduzidos a uma gruta, onde havia uma luzinha trêmula e uma manjedoura. Pensavam que iam comer algum feno. Ficaram maravilhados quando viram que lá dentro, sobre palhinhas, tiritante, estava um lindo recém-nascido. Um velho inclinado, José, procurava aquecer o menino com seu sopro. O boi e o burrinho logo entenderam. Deviam aquecer o menino. Também com seu sopro. Aproximaram seus focinhos. Quando perceberam a beleza e a irradiação do menino, suas carcaças estremeceram de emoção. E sentiram forte vigor interno. Com os focinhos bem pertinho do menino, começaram, lentamente, a respirar sobre ele que assim ficou aquecido. De repente, o menino abriu os olhos. “Agora ele vai chorar” disse o burrinho ao boi, “pois nossos focinhos feios o assustaram”. O menino, ao contrário, os fitou amorosamente e estendeu a mãozinha para acariciar seus focinhos. E continuava a sorrir, como se fora uma cascata de água. “O menino ri” disse José a Maria. “Ele não pára de rir”. “Deve ser porque o focinho do boi e do burrinho são engraçados”. Maria sorriu e ficou calada. Acostumada a guardar todas as coisas em seu coração, sabia que era um milagre de seu divino menino. O fato é que os próprios animais ficaram alegres. Ninguém lhes havia reconhecido algum mérito na vida. E eis que aqui estavam acalentando o Senhor do universo na forma de uma criança. Ao voltar para casa, perceberam que outros burros e bois os olhavam com ar de admiração. Estavam tão felizes que ao avistar a casa arriscaram até um galope. Ai perceberam que estavam realmente cheios de vitalidade. Voltaram para a estrebaria. De manhãzinha veio o patrão para levá-los ao matadouro. Eles ficaram assustados, como se dissessem:”deixa-nos viver um pouco mais!”. O padrão olhou espantado e disse:”mas estes não são os meus velhos animais? Como assim que estão revigorados, com a pele lisa e luzidia e as pernas firmes e fortes”? Ele os deixou estar. Durante anos e anos serviram ao patrão fielmente. Mas ele sempre se perguntava: “ Meu Deus, quem transformou de repente em jovens e vigorosos, o burrinho e o boi tão velhinhos”? Mas as crianças que sabem do menino Jesus,têm condições de lhe dar uma resposta. Com o Menino, o boi e o jumento desejo: “Feliz Natal a todos os leitores e leitoras”. Por Leonardo Boff Teólogo ARTIGO
  • 9. 16 RevistaEstação 17 RevistaEstação ABRAJET TOCANTINS LEVA JORNALISTAS AO JALAPÃO A trativos turísticos de Ponte Alta e São Felix, na região do Jalapão, a exemplo do Canyon Sussuapara, PedraFurada, raftingnorioNovo,Cachoeira da Velha e das Araras foram visitados pela imprensa tocantinense durante a 23ª Caravana do Turismo. Uma realização da Abrajet, Associação Brasileira de Jornalistas Escritores de Turismo, seccional Tocantins, o Caravana é um projeto que tem por objetivo levar jornalistas e convidados do trade a atrativos turísticos, possibilitando o conhecimento, diagnósticos, divulgação, e, consequentemente, fomentando a atividade no Estado. Segundo Suzana Barros, mentora e coordenadora do Projeto, a 23ª Caravana possibilitou à imprensa não só a oportu- nidade de conhecer, em primeira mão e in loco, duas novidades no Jalapão: a prática de rafting no rio Novo e as instalações do Jalapão Ecolodge, mais novo conceito em hospedagem da região, que concilia preservação do meio ambiente, com conforto e qualidade no atendimento. “Também possibilitou o enriquecimento do banco de dados e de imagens de atrativos turísticos do Tocantins, mais procurados em nível nacional e no exterior”, destacou a presidente da Abrajet Tocantins, Luzinete Bispo. PONTE ALTA A primeira parada foi em Ponte Alta, cidade a 187 quilômetros de Palmas, considerada o Portal de Entrada do Jalapão. Lá os jornalistas, conheceram a cachoeira Sussuapara, localizada a 16 quilômetros de Ponte Alta, que forma um canyon de aproximadamente sete metros de altura da Redação NEGÓCIOS
  • 10. 18 RevistaEstação 19 RevistaEstação de banhos; uma cantina/refeitório; um quiosque à beira do rio Soninho, parque infantil, um redário, espaço para descanso em redes; o Bick Park, com a oferta de bicicletas e trilhas que levam ao rio, além de duas trilhas: uma que permite vislumbrar o pôr-do-sol do alto de um morro e outra ladeando um córrego, onde é possível fazer um percurso holístico. Ainda no município de São Félix, a cachoeira das Araras foi outro atrativo visitado pelos jornalistas. O lugar é de uma beleza espetacular! Composto por uma queda d´água de aproximadamente cinco metros de altura, desagua formando uma piscina que permite banho. O atrativo tem como ponto de apoio a sede da Fazenda Estrela. Lá os proprietários Hélio e Odiva oferecem uma das melhores refeições da Região. ABRAJET E O CARAVANA Composta por jornalistas do Estado, a Abrajet-TO é uma associação, sem fins lucrativos. Foi fundada em 1992 com o propósito de divulgar os atrativos turísticos e manifestações que reforçam essa atividade, a exemplo da cultura, comidas típicas, artesanato, não só do Tocantins como de todo o País. Esta edição, contou com o apoio do da Prefeitura de Ponte Alta, da Jalapão Ecolodge, Pousada Planalto e Vereda das Águas, das operadoras Novaventura, Jalapão Extremo, do proprietário da Fazenda Estrela, Hélio Fenner, e da PMW – Palmas Aluguel de Carros Unidas. Idealizado pela jornalista Suzana Barros, o Caravana do Turismo é uma iniciativa da Abrajet-TO, como forma de atender a proposta de incentivar a divulgação dos atrativos turísticos do Estado. Através dele, centenas de jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas puderam conferir, in loco, a emoção de visitar atrativos tocantinenses. Desde a sua primeira edição, em 2001, por quatro de largura, e assistiram ao por do sol na Pedra Furada: formação rochosa em arenito, esculpida pela ação do vento. Com aproximadamente 400 metros de extensão, destaca-se por apresentar um buraco, que vai de lado a outro do morro em uma das partes do morro. Em Ponte Alta os jornalistas ficaram hospedados na Pousada Vereda das Águas e na Pousada Planalto. EMOÇÃO DO RAFTING No segundo dia, as emoções ficaram por conta da prática rafting nas corredeiras do rio Novo. Num percurso de aproxima- damente seis horas, essa modalidade de turismo de aventura permite o desfrute de fortes e médias emoções em corredeiras de classes três e quatro, que definem o grau de dificuldade delas. “Estão classificadas entre os graus intermediárias e avançadas”, define Rafael Cavalcante, da operadora Novaventura, que oferece a prática do rafting na Região. De acordo com Rafael, a Novaventura, oferece produtos com opções de trechos a serem percorridos, de acordo com o tempo e interesse do turista. CATEDRAL Na Catedral Ecolodge - onde a maioria dos participantes chegou pelo rio Soninho, através do rafting -, foi possível usufruir dos produtos ofertados pelo estabelecimento: trilha holística, passeio de bick, canoagem e flutuação. Composta por ambientes bem naturais, explorando o contato com a natureza, a Ecolodge oferece hospedagem em Cabanas construídas à base do talo e da palha do Buriti, palmeira encontrada na Região. Está equipada com uma casa
  • 11. 20 RevistaEstação 21 RevistaEstação percorreu pontos turísticos em Taquaruçu, Paraíso do Tocantins, Lajeado - cidade e serra-, Vale do Vai quem quer, Araguacema, Pium, Palmas, Natividade, Taguatinga, Caseara, Araguatins, Enerpeixe, Peixe, Caseara, Porto Nacional, Fortaleza do Tabocão, dentre outros. COMO CHEGAR E ONDE FICAR Pousada Vereda das Águas: Telefone: (63) 8473 8489. Pousada Planalto: JALAPÃO- Pousada Planalto e Camping. Dona Lázara Jalapão. Fones: (063)3378-1141 e 8409-0888. www.jalapao-pousadaplanalto.com.br. pousadaplanalto.jalapao@ig.com.br Catedral Ecolodge: Estrada Cênica – TO 030 – Novo Acordo/São Félix do Tocantins. Telefones: (63) 9994-0514 e 9951-0727 . E-mail: catedraldojalapao@gmail.com PACOTES E/OU TRANSPORTE Operadora para prática do rafting: Novaventura Companhia de Rafting do Jalapão. Rafael Moraes Cavalcante, telefone: (63) 9993-1978. Operadora Jalapão Extremo Ecotur. Passeios ecológicos. Alex Paulo Siqueira. Telefones: (63) 9968-1166 (63) 8118-7918. E-mail: jalapao@hotmail.com. Site:http:// ecoviagem.uol.com.br Aluguel de carros 4x4 na UNIDAS: PMW – Palmas Aluguel de Carros Unidas. Telefones: (63) 3215 -3254. Av. Teotônio Segurado, 201 Sul, Lt.02, Conj. 1 Fazenda Estrela em São Félix do Tocantins. Luiz Hélio Fenner. Telefone: (63) 9952-0011.
  • 12. 22 RevistaEstação 23 RevistaEstação M aior ilha fluviomarinha do mundo, a Ilha de Marajó é banhada pelo oceano Atlântico e pelos rios Amazonas e Tocantins. Dividida em 12 municípios pontilhados por matas, rios, campos, mangues e igarapés, forma um cenário perfeito para quem pretende desvendar um pedaço quase intacto da selva amazônica. O ponto de partida da viagem é Belém, de onde saem barcos e balsas rumo à Soure, a “capital” da ilha, alcançada depois de cerca de três horas de navegação. É nesta área que estão as melhores praias - do Pesqueiro, Barra Velha e Joanes -, as melhores hospedagens e ILHA DE MARAJÓ MARAVILHOSO MUNDO DE AVENTURAS restaurantes, além de boa parte dos 250 mil habitantes da região. Museu do Marajó guarda relíquias em cerâmica estilizada Com tanta diversidade, Marajó promove experiências únicas. A mais interessante delas é montar no lombo de um búfalo para um passeio. Símbolos da ilha, os animais são vistos em grandes manadas nas extensas planícies ou dispersos nas modestas áreas urbanas, onde são usados como táxi e montaria para a polícia. No Carnaval, fazem sucesso puxando carroças equipadas com caixas de som, numa versão local dos trios elétricos baianos. Habitat de grande variedade de peixes e pássaros, o arquipélago oferece muitas atividades em meio à natureza, realizadas nas fazendas. Entre elas estão observação de guarás - ave típica de penas vermelhas -, pesca, a focagem de jacarés e passeios de barco pelos igarapés. Os fãs dos esportes de aventura também se divertem na área com a prática de caminhadas na selva, rafting e ciclismo pelas praias. As surpresas se fazem presentes também na gastronomia, que tem a carne de búfalo - claro! - como grande destaque. Os pratos mais apreciados são o Filé Marajoara, servido com mussarela de búfala derretida; e o Frito do Vaqueiro, que traz fraldinha ou minguinha (carne da costela) cozidos e acompanhados de pirão de leite. Também merecem destaques o caldo de turu, um molusco típico do mangue; e as suculentas peixadas. Para a sobremesa, aposte nos sorvetes de frutas exóticas como uxi, bacuri, taperebá e cajarana. da Redação DESTINOS
  • 13. 24 RevistaEstação 25 RevistaEstação Os encantos da região se refletem também na cultura. Uma das heranças mais ricas deixadas pelos índios marajoaras é a bela arte da cerâmica estilizada. Para apreciar os trabalhos, siga para o Museu do Marajó, localizado na modesta Cachoeira do Arari, uma cidadezinha escondida no meio da mata. Construído numa antiga fábrica de óleos, o espaço tem um rico acervo que guarda desde vasos, jarros e utensílios de cozinha à urnas funerárias. Quando o assunto é dança, o carimbó e o lundu surgem absolutos. Autênticos da região, os passos foram inspirados em manifestações de origem africana e indígena. Antes de viajar, escolha bem a época, já que calor e chuvas são características comuns do Pará se intercalam no calendário. No primeiro semestre chove quase todos os dias, alagando campos e florestas e impedindo algumas travessias. A vantagem é que a temperatura fica mais amena. No resto do ano, no período de seca, os termômetros batem facilmente os 40 graus. O consolo é que a água já baixou e fica mais fácil circular pela região. No mês de julho, agradável e concorrido, os turistas lotam a orla da praia do Pesqueiro.
  • 15. 28 RevistaEstação 29 RevistaEstação TERRA BARATA LEVA SOJA AO EXTREMO NORTE DO BRASIL T erra barata leva soja ao extremo Norte do Brasil Áreas legalizadas abrem caminho para investidores, duas décadas após onda que levou agricultores do Sul para o Nordeste Vicente Gianluppi chegou à Roraima quatro décadas atrás e está entrando agora na sojicultura. Pecuária viabiliza as lavouras que seguem legislação ambiental, afirma A regularização ambiental e fundiária e a viabilidade do cultivo da soja no Norte do Brasil transformam a região em terra de oportunidades. Com a lucratividade da commodity e a promessa de investimentos em portos, rodovias e hidrovias, os preços do hectare agrícola em estados como Roraima, Pará e Amapá dispararam e acumulam alta de três dígitos nos últimos cinco anos. Apesar do aumento, os valores das fazendas com potencial para a atividade ainda são baixos se comparados aos registrados no Sul, onde estão as terras mais caras do país. Atualmente, com o valor desembolsado para a compra de um hectare em Cascavel (Oeste do Paraná) é possível arrematar 21 hectares no Amapá, 17 hectares em Roraima ou seis hectares no Pará, conforme levantamento feito a pedido do Agronegócio Gazeta do Povo (AgroGP) pela Informa Economics FNP, consultoria que acompanha o mercado de imóveis rurais (veja o infográfico). Saiba Mais Silomar Faria, de Jataí (GO): terras mais caras elevam também preço do arrendamentoHectare no Brasil varia de R$ 4 mil a R$ 40 mil GENTE GRANDE “Aqui, com R$ 1 milhão você é gente grande”, resume Geison Nicaretta, agricultor em Roraima. Neste ano, ele colhe sua segunda safra de soja em um lote de 105 hectares, comprado em sociedade com um amigo pela “bagatela” de R$ 30 mil (a parte mais barata de um total de 2 mil ha). Essa área de Nicaretta tem valor abaixo da média do mercado porque não era considerada apropriada ao cultivo de grão, mas surpreende os produtores com rendimentos normais de um primeiro ano. Se os R$ 30 mil fossem usados para comprar terra no Paraná, renderiam menos de um hectare – um campo de futebol. Na década de 80, terras baratas levaram centenas de produtores do Sul e do Centro-Oeste para o Nordeste do país. Eles ampliaram a produção de grãos a partir do Oeste baiano e formaram o polo agrícola hoje conhecido como MaToPiBa — por envolver parte do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. POTENCIAL A infraestrutura precária – em muitos locais ainda há problemas no fornecimento de energia, por exemplo – e o isolamento geográfico não limitam o potencial de valorização das áreas agrícolas na ponta superior do mapa brasileiro, garante José Vicente Ferraz, diretor da consultoria responsável pelo levantamento de preços. Essa valorização é considerada um indício de que existe procura cada vez maior pelos imóveis. O principal fator que torna o Norte do Brasil um solo fértil para investidores do agronegócio é a transformação da região em um grande polo logístico, salienta o especialista. Ao menos seis grandes projetos portuários estão saindo do papel no chamado Arco Norte, que começa em Rondônia e segue até o Maranhão. A região foi percorrida pela Expedição Safra Gazeta do Povo, que conferiu os principais projetos. De todos os estados, Pará é o que tem maior potencial de valorização das terras. Apesar da vocação para a pecuária e a silvicultura, os grãos têm ganhado cada vez mais espaço em solos paraenses. E é ao Sul do estado, no município de Miritituba, onde estão os projetos estratégicos para o desenvolvimento de toda a região. Cerca de dez estações de transbordo de cargas (as carretas descarregam os grãos em barcaças) serão erguidas à beira do Rio Tapajós nos próximos anos. “Essas obras beneficiam o próprio estado e também outros vizinhos, que poderão escoar a produção por lá. Deve permitir ainda que se desenvolvam novas atividades”, analisa o diretor da Informa. Interesse regional torna negócios mais frequentes Se no Sul as vendas de terras são raras, no Norte do Brasil os negócios estão aquecidos e tendem a ficar ainda mais. Isso porque o potencial de conversão de pastos degradados em campos agrícolas soma-se à incorporação de novas áreas de Cerrado à agropecuária. Após visitar a região, a Expedição Safra Gazeta do Povo — projeto técnico- jornalístico que realiza sondagens no setor há oito anos — concluiu que a área de grãos deve crescer de 100 mil para 400 mil hectares nos próximos anos somente no Pará e em Roraima. Em 2014/15, a ampliação deve ser de 50 mil hectares. Produtores como Vicente Gianluppi, pesquisador gaúcho que chegou a Boa Vista (RR) em 1976 para atuar na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), estão preparando o solo para plantar no ano que vem. “Agora o boi está pastando em 300 hectares, que vão render soja na próxima safra. Será o meu primeiro ano na agricultura.” Ele migrou para a região na época em que ainda era possível adquirir 5 hectares com uma cabeça de gado. “Até um revólver velho valia mais que o hectare.” Hoje, a bovinocultura é vista como alternativa para a “segunda safra” na região, que tem da Redação fotos divulgação AGRONEGÓCIOS
  • 16. 30 RevistaEstação 31 RevistaEstação pastos de sobra. PRODUTORES NEGAM CORTE DE FLORESTAS As áreas desmatadas ilegalmente continuam crescendo na região amazônica, informa o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No entanto, os produtores de soja negam ligação com o problema. As áreas cultiváveis foram abertas antes de 2008 e, de acordo com o novo Código Florestal, podem ser plantadas, consideram. No Pará, o plantio avança em áreas de “juquira” — vegetação que cobre pastagens abandonadas —, argumentam. O governo estadual permite o uso dessas áreas mediante licença e cadastro ambiental – procedimento que define áreas de reserva legal e proteção permanente. Em Roraima, as áreas ainda estão em regularização fundiária. O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a transferência de terras da União para o estado. “Essa suspensão não impede a agricultura, mas vai atrasar a titulação dos imóveis”, afirma o secretário de Meio Ambiente de Roraima, Marcelo Andrade. Renda bruta de uma safra supera o preço dos terrenos. Gilson Nicaretta e Alcione Nicoletti: segunda safra crescente Longe do restante do país e com infraestrutura em construção, a agricultura mostra-se lucrativa no extremo Norte do Brasil. A renda bruta inicial da soja chega a R$ 2,45 mil por hectare, um terço acima dos custos operacionais, calculou o Agronegócio Gazeta do Povo. Essa receita bruta é maior que o preço da terra em Santarém (PA) ou Macapá (AP), por exemplo. Os demais custos impedem que uma fazenda seja quitada logo no primeiro ano. Gasta-se cerca de R$ 1 mil por hectare no primeiro preparo do solo (abertura e adubação). É preciso considerar ainda que, normalmente, só metade da área de uma fazenda é cultivável (metade é floresta). Na segunda safra, com o aumento da produtividade de 35 para até 50 sacas/ha, o faturamento chega a R$ 3,5 mil/ha. E quem registra esse avanço pode quitar a terra em três anos. A receita bruta é maior que a registrada no Paraná. Em Roraima, uma saca de 60 quilos de soja vale cerca de R$ 10 (20%) a mais que a média paranaense, em parte pelo fato de a região vender a colheita na época da entressafra nacional. “Colher 35 sacas/ha aqui em primeiro ano é o mesmo que colher 60 sacas/ha em Mato Grosso”, compara Alcione Nicoletti, considerando a diferença de preço. Gastando menos e arrecadando mais, produtores como Agnelo França Correia conseguiram mais que duplicar suas lavouras. O ex-gerente de fazendas decidiu migrar de Mato Grosso para o Norte com o objetivo se tornar dono do seu próprio pedaço de chão. Hoje tem 600 hectares de terras no Pará.Começou com R$ 60 mil no bolso. Os primeiros 170 hectares custaram R$ 50 mil, ou R$ 300/ha. “Desembolsei R$ 32 mil inicialmente. E o restante, incluindo gastos com insumos, maquinários e equipamentos, que comprei usados, paguei nas safras seguintes”, conta. Ele fez cadastro ambiental da fazenda e sustenta que essa é uma de suas prioriedades.
  • 17. 32 RevistaEstação 33 RevistaEstação BLOCO DO PRIMEIRO BEIJO GANHA SEGUNDA EDIÇÃO EM BRASÍLIA N o ritmo das festas de momo, as empresasR2Produções,KmEventos e Carlos Constantino Produções Artísticas apresentam a segunda edição do Bloco do Primeiro Beijo, festa que reuniu cerca de três mil pessoas em 2014. Nesta edição, o público se encontrará no sábado de carnaval, dia 14 de fevereiro, com concentração a partir das 16 horas e festa a partir das 18h, na Orla Norte do Lago (atrás da Concha Acústica). Para animar o bloco, estão convocados a Banda do Primeiro Beijo, formada especialmente para a primeira edição da festa, o grupo de pagode paulista Jeito Moleque, além de convidado surpresa apresentando clássicos do axé. Mesmo com pouca idade, o Bloco do Primeiro Beijo é conhecido entre os jovens do Distrito Federal. A festa surgiu de uma demanda crescente: criar um espaço para se reviver os movimentos musicais da década de 1990, a exemplo de grupos bem sucedidos como os cariocas do Fica Comigo ou a banda Amigos do Pagode 90. O repertório da festa-bloco é pensado a partir do samba, do pagode, do axé, do funk e de outros estilos que marcaram época e estimulam os apaixonados pelo passado a reviver estas emoções que já somam 25 anos de história. Na primeira edição, a festa contou com as bandas Batom na Cueca, em um revival dos axés da década de 1990 e das micaretas em Brasília, os cariocas do D-Funk in Samba e a Banda do Primeiro Beijo. Nesta edição, não será diferente: o público pode se preparar para recordar alguns clássicos musicais e se divertir com as boas memórias. O sugestivo nome já presta uma homenagem à banda Art Popular, autora do hit “Primeiro Beijo”, que foi sucesso em todo o país naquela década. Se o Bloco do Primeiro Beijo é um festejo que tem tudo a ver com o carnaval, nada mais justo que ter uma banda própria. Assim, em 2014, a Banda do Primeiro Beijo se formou, especialmente para levantar o bloco. Com o sucesso dos primeiros shows, a banda passou a ter boa agenda de apresentações em Brasília e outras cidades. Formada por Rafael Sales (Vocal), Gustavo Santana (Vocal), Marcelo Lima (percussão e voz), Marcos (violão), Leandro Borges (cavaquinhoevoz),BrunoLustosa(percussão e voz), Jonas Campelo (Saxfone) e Rogerio Sousa (Baixo), a Banda do Primeiro Beijo tem repertório escolhido a dedo, que contempla o melhor do pagode da década de 1990, promovendo uma viagem musical pelo tempo e homenageando aqueles que foram grandes sucessos do rádio brasileiro à época. Músicas de Só Pra contrariar, Exaltasamba, Raça Negra, Grupo Molejo, Negritude Jr., Katinguelê e outras bandas são apresentadas no show, que conta, também, com faixas autorais. E como brasiliense é incansável no pagode, a edição 2015 convoca os paulistas do Jeito Moleque para a festa. Foi nas rodas de samba, após as partidas de futebol no Clube Espéria, na Zona Norte de São Paulo, que um grupo de amigos de infância decidiu unir o gosto pelo ritmo e formar, em 1998, o que é hoje uma das bandas mais bem-sucedidos do gênero no Brasil. O grupo Jeito Moleque, composto por Bruno Diegues (voz), Carlinhos (cavaquinho e vocal), Felipe (violões, banjo e vocal), Rafa (percussão e vocal) e Alemão (percussão), inovou e renovou o samba paulista ao misturar a música pop ao estilo tradicional. No show, o grupo apresenta o CD “Viva a Vida” (2012), que conta com faixas de sucesso como “De Cara pro Gol” e “Nunca Vai ter Fim”. Aliada a estas, a banda traz o single “Natural”, gravado com a participação do cantor Alexandre Carlo (Natiruts), além das já conhecidas “A Amizade é Tudo”, “Eu Nunca Amei Assim”, “Amizade Verdadeira” e “Bem Vinda”. O Bloco do Primeiro Beijo ganha, também, apresentação surpresa. Mesmo sem identidade revelada, os organizadores adiantam que o convidado é um grande representante do axé. O Bloco conta com patrocínio da Diretoria da BOA. Os ingressos custam R$ 40 para mulheres e R$ 60 para homens e terá open beer das 18h às 19h. Serviço – Bloco do Primeiro Beijo Data: 14 de fevereiro de 2015 Horário: Concentração com o trio às 16h. Festa a partir das 18h. Local: Orla Norte do Lago (atrás da Concha Acústica) - SHTN Polo 03, Trecho 01 - Asa Norte Atrações: Banda do Primeiro Beijo, Jeito Moleque e convidado surpresa Classificação indicativa: 16 anos Valor dos ingressos: (Valores referentes à pré-venda/meia-entrada) Homens R$ 60 | Mulheres R$ 40 Pontos de venda: www.producoesr2.com.br Lotação: 3.000 pessoas SÁBADO DE CARNAVAL (14.02) É A DATA ESCOLHIDA PARA A FESTA NESTE ANO, O BLOCO É ANIMADO PELA BANDA DO PRIMEIRO BEIJO, O GRUPO JEITO MOLEQUE E CONVIDADO SURPRESA SHOWS
  • 18. 34 RevistaEstação 35 RevistaEstação GOVERNO REDUZ IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO PARA 430 PRODUTOS A Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior decidiu conceder ou renovar redução do Imposto de Importação sobre 430 produtos sem fabricação no Brasil. Os produtos são equipamentos industriais ou bens de informática e telecomunicações. Produtos dessas duas categorias, utilizados pelo setor produtivo, são abrangidos por regime especial do governo, que permite baixa temporária da alíquota. A inclusão de novos itens como beneficiários pela Camex é constante. É feita análise dos pedidos para redução da alíquota, só concedida após ser comprovado que não há fabricação nacional dos produtos. No caso de máquinas e equipamentos industriais, 412 produtos foram contemplados pela redução do imposto: 59 receberam renovação do benefício. Para esses itens, o Imposto de Importação terá redução da alíquota 14% para 2% até 30 de junho de 2016. Em se tratando dos bens de informática e telecomunicações, 18 produtos estão abrangidos: para um, o benefício foi renovado. A redução da alíquota será de 16%. Cairá para 2%, válida até 31 de dezembro de 2015. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, entre os projetos que serão beneficiados pela redução do imposto estão a implantação de uma nova fábrica de motores em Porto Feliz, São Paulo; a implantação de uma unidade de fabricação de gesso no Rio de Janeiro e o aumento da capacidade de produção de alimentos embutidos em São Gabriel do Oeste, Mato Grosso do Sul. da Redação fotos divulgação NEGÓCIOS
  • 19. 36 RevistaEstação 37 RevistaEstação P rograma lançado pelo governo é uma articulação do conhecimento científico com o sistema produtivo empresarial O Programa Nacional de Plataformas do Conhecimento, lançado pelo governo federal, vai começar a valer a partir de 2015, mas a expectativa do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio Campolina Diniz, é que os primeiros editais sejam lançados ainda neste ano. Em entrevista a jornalistas, o ministro citou as áreas consideradas prioritárias e disse que a aplicação de recursos no programa vai depender de vontade política do governo. De acordo com Clélio Campolina, os INTEGRAÇÃO DE PESQUISADORES E EMPRESAS COMEÇA EM 2015 projetos prioritários do programa são saúde, agricultura e energia. “O projeto é uma articulação de conhecimento científico com o sistema produtivo empresarial. O que constitui a plataforma é a base científica – liderada por um ou mais cientistas, em uma instituição científica – e o sistema empresarial de outro lado”, explicou. Com base no programa, serão lançadas plataformas como medicamentos, vacinas e serviços na área de saúde, por exemplo. Outras previsões de plataformas são em petróleo, engenharia básica e bioenergia na área de energia, e de melhoramento genético e mudanças climáticas na agricultura. O ministro disse que não é possível indicar o valor do orçamento federal que será investido no programa, mas adiantou o cenário com que se trabalha: “Nós temos uma ordem de grandeza que as plataformas deveriam ter da ordem R$ 2 bilhões por ano. É uma estimativa preliminar. Sendo que no primeiro ano, que será em 2015, você não terá essa demanda”, informou. Segundo ele, os exemplos internacionais indicam que cada plataforma pode custar entre US$ 100 milhões e 200 milhões por ano, dependendo da natureza. De acordo com ele, um comitê gestor – integrado pelos ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação – vai definir as plataformas que lançarão os editais. “Será uma composição de uma agência de fomento e uma agência de financiamento. Por exemplo: o CNPQ [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] e o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] lançam uma plataforma conjunta, e vai identificar o que precisa de suporte à pesquisa científica, como laboratórios – que seria o fomento – e o que vai ser financiamento para as empresas”, explicou. Já no que diz respeito aos investimentos, o ministro disse que a parte de financiamento virá de cada uma das instituições que já o fazem no país, e que a parte de fomento vai depender da natureza de cada plataforma. “O sucesso e a quantidade da plataforma vai depender da quantidade de dinheiro que o governo esteja disposto a colocar”, disse, informando que devido a esse motivo o comitê gestor será composto também pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento. “Não vai ter nenhum efeito sobreorçamentode2014.Noorçamentode 2015, vai depender da vontade política do governo de pôr mais ou menos dinheiro”, acrescentou Campolina. O ministro disse ainda que poderão ser convidados especialistas internacionais para julgar, de modo mais criterioso, as plataformas, e elas deverão ter um sistema de acompanhamento para avaliar a sua execução e, se necessário, determinar a sua interrupção, caso não haja desempenho satisfatório. da Redação fotos divulgação CIÊNCIA
  • 20. 38 RevistaEstação 39 RevistaEstação RESÍDUO DE PEIXE GERA RENDA PARA ARTESÃS BAIANAS M ulheres de Paulo Afonso (BA) reaproveitam pele da tilápia na criação de peças de artesanato Elas são apenas três formando a associação, masotrabalhodessasmulheresvemabrindo um mercado criativo no setor de artesanato cada dia mais ativo na vida do município baiano de Paulo Afonso. A matéria-prima utilizada por elas é retirada da pele da tilápia, peixe cultivado na região do rio São Francisco. Ao invés de ser descartada no lixo, a pele do peixe é reaproveitada na criação das peças de artesanato, como capas de agendas e bolsas. A ideia de reaproveitar a pele da tilápia em artesanato veio de Maria Regina Soares, 48 anos. Antes disso, ela trabalhava com artesanato variado, identificando o seu lado empreendedor. Tanto assim que criou uma loja de artesanato, com o biscuit e bordados, adotando técnicas de decupagem e reciclagem, utilizando garrafas pet, lacres de latinha, papelão e caixas de leite, que eram transformados em pufs, bolsas e lembranças do turismo. Com a parceria da mãe Maria Francisca de Jesus, 77 anos, e a amiga Antônia Elza Santos Lacerda, 55 anos, criou a Associação do Grupo de Artesãos Produtores de Paulo Afonso (Agappa). Três anos depois, um primo que estudava Engenharia de Pesca repassou a Regina uma apostila sobre o beneficiamento da pele da tilápia, para que ela ampliasse melhor a visão empreendedora. “Tentei fazer sozinha e não consegui. Resolvi então procurar os profissionais que mantinham um curso de capacitação sobre a pele da tilápia e aprendi todo o passo a passo de produção e consegui chegar ao ponto certo”, conta ela. Reaproveitar a pele do peixe se tornou um projeto da associação e Regina entrou em contato com uma empresa do município de Paulo Afonso que trabalha com a tilápia e jogava a pele fora. “Mostrei interesse em conseguir a doação das peles. Oficializei tudo e comecei a receber a matéria-prima. Hoje a Agappa recebe da empresa, a cada três meses, cerca de 150 kg de pele já sem escama”, explica. Ao ver que o trabalho estava dando certo, Regina buscou a qualificação de seu trabalho para aprimorar as peças de artesanato. Participou de cursos de capacitação, em que aprendeu a técnica de curtimento da pele da tilápia e o manuseio de peças e artefatos em couro. No segmento de design das peças teve apoio do Sebrae na Bahia, com orientações valiosas da consultoria técnica, além de participar do curso Formação de Preço, para entender o processo de cotação dos produtos confeccionados e atendimento ao cliente. “Não é só comercializar, mas mostrar ao público da região e fora dela o trabalho que é produzido por nós aqui, em Paulo Afonso”, ressalta. Segundo a artesã, a comercialização dos produtos é mais dinâmica durante os meses de dezembro e janeiro, quando há maior fluxo de visitantes em Paulo Afonso, mas, nas férias escolares de julho, também é registrado bom movimento. “O trabalho é manual e demorado, mas sempre nos planejamos para que não falte o produto nesses períodos”, diz ela, acrescentando que há certa aceitação do produto com o público regional. “Mas a curiosidade é mais dos turistas”, completa Regina. PRODUÇÃO Por meio do Sebrae, a Agappa participa – com amostragem de seus produtos – de eventos em várias cidades, como a Feira do Empreendedor, o Congresso Brasileiro de Engenharia de Pesca e o Seminário de Economia Criativa. A produção também atende eventos gastronômicos, a exemplo do Qualitilápia. “No ano passado, ganhamos o troféu do campeonato que aconteceu durante a Copa Vela, quando confeccionamos um barco a vela com couro da tilápia”, lembra, com orgulho. Regina ainda participa do projeto Economia Criativa do Sebrae e uma das estratégias é agregar valor aos produtos da Agappa, com foco na produção associada ao turismo. “Isso promove a cadeia produtiva do turismo local ao artesanato e à gastronomia, sendo na prática, um diferencial competitivo para Paulo Afonso e região”, afirma a analista do Sebrae na Bahia, Nadja Monteiro. Segundo ela, a produção regional da tilápia está na casa das 500 toneladas por mês e representa grande fonte de insumos para gerar mais ocupação e renda às famílias no semiárido baiano. “A atividade garante a sustentabilidade, com o reaproveitamento da pele da tilápia”, finaliza. da Redação fotos divulgação SUSTENTABILIDADE