SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 27
Guidelines for the Acute
Medical Management of Severe
Traumatic Brain Injury in Infants,
   Children, and Adolescents.

                 2012
Introdução

 2ª edição das Diretrizes para o tratamento de
  lactentes, crianças e adolescentes com TCE
  grave
 1ª edição 2003
 27 novas publicações para a 2ª edição
 25 publicações presentes na 1ª edição foram
  excluídas.
Introdução
 Propósito dos critérios de inclusão:
 1- definir claramente a população alvo;
 2- identificar as variáveis independentes (tratamento) e
  as dependentes (resultados);
 3- identificar os alvos do tratamento;
 4- os tamanhos de amostras e delineamento de
  estudos capazes de gerar níveis de evidencia.
 Todas as publicações c/ esses quesitos foram inclíidas
  na biblioteca das diretrizes, independente de sua
  qualidade.
Introdução
 Após inclusão cada estudo foi avaliado com
  base em critérios de qualidade.
 O propósito desses critérios eram determinar
  o potencial de vies e fatores confundidores
  baseado no delineamento de estudo e falhas
  na condução do estudo.
 Independente da qualidade (classe I, II ou III)
  todos os estudos foram usados como
  evidencia.
O que mudou:

 1- Os níveis de recomendação foram trocados
  de : “standard, guideline e option” para “nivel I,
  II e III” respectivamente.
 2- Novos capítulos incluídos:
  neuromonitorização avançada e neuroimagem
  – com o foco maior em manejo do que em
  diagnóstico e prognóstico.
O que mudou:

 3- capítulos retirados: mecanismos de trauma,
  manejo da via aérea perihospitalar,
  estabilização da PA e oxigenação, tecnologias
  de monitorização de PIC e a via para o
  tratamento de HIC.
 4- Maior representatividade das especialidades
  Anestesistas pediatricos, neuro-pediatras e
  neuroradiologistas.
O que mudou:
 5- Capítulos atualizados: Indicações de
  monitorização de PIC, Limiar de PIC para
  tratamento, PPC, profilaxia de convulsões,
  Hiperventilaçãao, Drenagem de LCR, Terapia
  hiperosmolar, Craniectomia descompressiva,
  Barbituricos, Anestésicos, Sedativos e bloq
  neuromusc e corticoides.
 6- Outros: Controle de temperatura 
  Hipotermia e Controle de temperatura.
  Nutrição Glicose e nutrição
Métodos
 Literatura e Revisão:
 Capítulos novos: 1950 – 2009
 Capítulos prévios: 1996 – 2009
 Nova busca: 2009 – 2010
 Critérios de inclusão: TCE grave (glasgow <9), em
  humanos, publicações em lingua inglesa, pacientes
  pediatricos (≤ 18 anos), estudos randomizados
  controlados , coorte, retrospectivos ou prospectivos,
  caso – controle (N ≥ 25), series de casos (N ≥ 5).
Métodos
 A intervenção (variável independente) deveria ser
  especifica para o tópico em questão.
 Resultados deve ser relevantes em relação a
  morbidade ou mortalidade.
 Critérios de exclusão: trauma cerebral penetrante,
  estudos com animais ou cadáveres, lingua não
  inglesa e com idade ≥ 18 anos, estudos com mais
  de 15% de pacientes com outras doenças alem do
  TCE.
Indicações de
Monitorização da
          Pressão
     Intracraniana
Indicações de Monitorização da
          Pressão Intracraniana

 Recomendação: fraca
 Nível I e II: poucos estudos para sustentar este
  tópico como nível I ou II
 Nível III: a monitorização da PIC deve ser
  considerada em lactentes e crianças com TCE
  grave.
Indicações de Monitorização da
          Pressão Intracraniana
 Seleção: (update)
 Medline – 1996 – 2010, + literatura recomendada
 Todos os estudos – nível III, 16 estudos (2 moderada,
  14 baixa qualidade) que preencheram os critérios de
  inclusão.
 Estudos:
 observacionais, randomizado controlado (1),
  retrospectivo (6), prospectivo (3), não multicêntricos.
 N: 1089 (22 – 136), Idade: 0 – 19 anos.
Crianças com TCE grave estão sob
      risco de desenvolver HIC?
 Poucos estudos demonstraram alta incidência de
  HIC em crianças com TCE grave.
 Alguns estudos identificaram fatores clínicos que
  em combinação com TCE grave possuem alta
  incidência de HIC. Nestes paciente TC com
  swelling difuso – possui especificidade de 75%
  para presença de HIC.
 HIC (PIC > 20 mmHg) pode ser mais prevalente
  em crianças com TCE grave que não possuem
  movimentação espontânea (80%) em relação as
  que possuem (20%).
Crianças com TCE grave estão sob
     risco de desenvolver HIC?
 Resumo:
 Estes estudos sugerem que crianças com TCE
  grave possuem um risco notavelmente maior
  para evoluir com HIC.
 Não existem marcadores específicos para
  determinar a presença ou ausência de HIC
  sem a monitorização de PIC.
Os trabalhos sobre PIC são úteis no
         tratamento da HIC?
 15 estudos envolvendo 857 crianças mostrou
  associação entra a HIC (PIC >20) uma evolução
  neurológica ruim ou morte.
 1 estudo pequeno (48 pacientes) não conseguiu
  mostrar esta relação.
 Estes estudos sugerem que PIC tem um valor
  prognóstico importante. E também é um componente
  importante da PCC no tratamento direto dos pacientes
  com TCE grave.
O
    tratamento e a monitorização da PIC
          melhoram os resultados?

 2 estudos que combinam estratégias de
  tratamento também sugerem melhora clinica final
  em crianças com sucesso no controle da HIC.
 Estudo prospectivo com 100 crianças com TCE
  grave que foram tratadas com hiperventilação,
  diurético, drenagem de LCR, sedação e
  barbitúricos mostrou melhor prognóstico em 1 ano
  do que as crianças com dificuldade para controle
  de HIC.
Indicações de Monitorização da
          Pressão Intracraniana

 Apesar de representarem só estudos nível III,
  os resultados dos estudos de monitorização da
  PIC, mostram uma associação positiva entre
  um controle adequado da PIC (tratamento da
  HIC) com maior sobrevida e resultados
  neurológicos bons.
Outras fontes:
 Indicações do guidelines dos adultos:
 Nível de evidencia II: PIC deve ser monitorada em
  todos pacientes com TCE grave (glasgow 3- 8) e
  TC de crânio alterada.
 Nível III de evidencia: monitorização da PIC está
  indicada em paciente com TCE grave e TC
  normal, se 2 ou + dos seguintes:
 - idade > 40 anos, posturas unilaterais ou bilaterias
  ou PAS < 90 mmHg.
Outras fontes:
 Pacientes com TCE grave possuem maior risco de
  desenvolver HIC. A combinação de TCE grave com TC
  alterada possui uma maior probabilidade (53% p/ 63%)
  de aumento da PIC.
 O controle da PIC permite o melhor tratamento do TCE
  grave. - muitas medidas clinicas e/ou cirúrgicas para o
  tratamento da HIC podem ter efeitos adversos.
 Protocolos de tratamento de TCE grave em adultos
  que incluem a monitorização da PIC estão associados
  com menores taxas de mortalidade.
Recomendação
 Quatro componentes de evidencia sustentam o
  uso da monitorizaçnao da PIC em TCE grave:
 Relato frequente de alta incidência de HIC em
  crianças com TCE grave
 Associação entre HIC e resultados neurológicos
  ruins
 Protocolos para tratamento de HIC levando a
  melhores resultados clínicos
 Melhores resultados associados com medidas
  para manter a PIC baixa.
Recomendação
 HIC é um diíicil diagnostico e está associada a
  piores resultados neurológicos e morte em
  lactentes e crianças jovens.
 HIC pode estar presente mesmo em lactentes com
  as fontanelas abertas.
 Monitorização da PIC não esta rotineiramente
  indicada em crianças com TCE leve a moderado,
  pode ser indicada em crianças com risco de
  deterioração clínica ou que o EF possa estar
  prejudicado pelo uso de sedação/anestesia/bloq
  neuromuscular.
Limiar para o
tratamento da HIC
Limiar para o tratamento da HIC
 Recomendação: fraca
 Nível I e II: poucos estudos para sustentar este
  capítulo como nível I ou II
 Nível III: tratamento da PIC deve ser considerado a
  partir de 20 mmHg
 Seleção: (update)
 Medline – 1996 – 2010, + literatura recomendada
 Todos os estudos – nível III, 11 estudos (baixa
  qualidade).
Limiar para o tratamento da HIC
 Estudos
 1- multicêntrico, 1 – 2 centros, 9- único centro
 5- retrospectivos, 5 prospectivos, randomizado
  controlado
 N 24 – 136
 Idade: o – 19 anos
Bases Científicas
 Maioria dos estudos avaliou a associação entre os
  resultados finais e os níveis de PIC.
 Na maioria destes estudos o objetivo da terapeutica era
  manter PIC < 20 mmHg (15 -25 mmHg)
 PPC para guiar o tratamento
 Todos os trabalhos, exceto 1, mostraram que a HIC
  sustentada esta mais associada a mortalidade ou piores
  resultados.
 Apesar dos estudos apresentarem grandes diferenças no
  limiar de tratamento da PIC, 8 dos 11 sustentam o limiar de
  20 mmHg para tratamento.
Outras Fontes:
 Guidelines - adultos:
 Nível II de evidência – tratamento deve ser iniciado
  com PIC – 20 mmHg.
 O valor crítico de PIC e sua inter-relação com a PPC e
  outras medidas (cateter de bulbo jugular...) ainda não
  são certos.
 Devido a importância desses outros parâmetros, o
  valor absoluto da PIC é menos importante.
Recomendação
 Existem evidências ( 8 estudos) que elevações
  permanentes da PIC (>20 mmHg) estão associadas a
  piores resultados. Entretanto, ainda não esta bem
  estabelecido qual é o valor absoluto do tratamento da
  PIC para otimizar os resultados.
 Nenhum estudo comparou 2 ou mais valores de PIC.
 Baseado no fato de que os valores normais de PA e de
  PIC são idade – dependente, supõe-se que o limiar
  ideal de tratamento da PIC também deve ser idade –
  dependente (poucos estudos).

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Comunicação B2C para Hospitais - Elis Forgerini - case Hospital Albert Einstein
Comunicação B2C para Hospitais - Elis Forgerini - case Hospital Albert EinsteinComunicação B2C para Hospitais - Elis Forgerini - case Hospital Albert Einstein
Comunicação B2C para Hospitais - Elis Forgerini - case Hospital Albert EinsteinEmpreender Saúde
 
Plano De Comunicao Para O Hospital So Marcos
Plano De Comunicao Para O Hospital So MarcosPlano De Comunicao Para O Hospital So Marcos
Plano De Comunicao Para O Hospital So MarcosmatildeRodrigues
 
Protocolos rotinas.pdfpediatria
Protocolos rotinas.pdfpediatriaProtocolos rotinas.pdfpediatria
Protocolos rotinas.pdfpediatriaMarisa Caixeta
 
Plano de Comunicação Institucional
Plano de Comunicação InstitucionalPlano de Comunicação Institucional
Plano de Comunicação Institucionalcarlosaugrib
 
Projeto de Implantação: Comunicação Interna
Projeto de Implantação: Comunicação InternaProjeto de Implantação: Comunicação Interna
Projeto de Implantação: Comunicação Internatalitavallim
 
Plano de Comunicação Interna
Plano de Comunicação InternaPlano de Comunicação Interna
Plano de Comunicação InternaStéphani Oliveira
 

Destaque (8)

4. Case: Competitividade através dos processos de certificação
4. Case: Competitividade através dos processos de certificação4. Case: Competitividade através dos processos de certificação
4. Case: Competitividade através dos processos de certificação
 
Comunicação B2C para Hospitais - Elis Forgerini - case Hospital Albert Einstein
Comunicação B2C para Hospitais - Elis Forgerini - case Hospital Albert EinsteinComunicação B2C para Hospitais - Elis Forgerini - case Hospital Albert Einstein
Comunicação B2C para Hospitais - Elis Forgerini - case Hospital Albert Einstein
 
Plano De Comunicao Para O Hospital So Marcos
Plano De Comunicao Para O Hospital So MarcosPlano De Comunicao Para O Hospital So Marcos
Plano De Comunicao Para O Hospital So Marcos
 
Protocolos rotinas.pdfpediatria
Protocolos rotinas.pdfpediatriaProtocolos rotinas.pdfpediatria
Protocolos rotinas.pdfpediatria
 
Plano de Comunicação Institucional
Plano de Comunicação InstitucionalPlano de Comunicação Institucional
Plano de Comunicação Institucional
 
Projeto de Implantação: Comunicação Interna
Projeto de Implantação: Comunicação InternaProjeto de Implantação: Comunicação Interna
Projeto de Implantação: Comunicação Interna
 
Plano de Comunicação Interna
Plano de Comunicação InternaPlano de Comunicação Interna
Plano de Comunicação Interna
 
COMO É QUE SE FAZ UM PLANO DE COMUNICAÇÃO?
COMO É QUE SE FAZ UM PLANO DE COMUNICAÇÃO? COMO É QUE SE FAZ UM PLANO DE COMUNICAÇÃO?
COMO É QUE SE FAZ UM PLANO DE COMUNICAÇÃO?
 

Semelhante a Guidelines for managing severe pediatric traumatic brain injury

Campanha sobrevivendo à sepse 2012 mais atualizado
Campanha sobrevivendo à sepse 2012   mais atualizadoCampanha sobrevivendo à sepse 2012   mais atualizado
Campanha sobrevivendo à sepse 2012 mais atualizadoDaniel Valente
 
Avaliacao de-gravidade-de-pneumonia-da-comunidade-em-sala-de-em y-th9req
Avaliacao de-gravidade-de-pneumonia-da-comunidade-em-sala-de-em y-th9reqAvaliacao de-gravidade-de-pneumonia-da-comunidade-em-sala-de-em y-th9req
Avaliacao de-gravidade-de-pneumonia-da-comunidade-em-sala-de-em y-th9reqAdsandroPortela1
 
Tratamento da HP - JPED 2006
Tratamento da HP - JPED 2006Tratamento da HP - JPED 2006
Tratamento da HP - JPED 2006gisa_legal
 
Microbiologia trabalho final
Microbiologia   trabalho finalMicrobiologia   trabalho final
Microbiologia trabalho finalMarina Sousa
 
Has na infância jped 2003
Has na infância jped 2003Has na infância jped 2003
Has na infância jped 2003gisa_legal
 
21277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-1
21277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-121277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-1
21277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-1Reila Silva
 
Revista diabetes portugual
Revista diabetes portugualRevista diabetes portugual
Revista diabetes portugualSantos de Castro
 
2012 cma prevenção quaternaria
2012 cma prevenção quaternaria2012 cma prevenção quaternaria
2012 cma prevenção quaternariaLeonardo Savassi
 
Análise do perfil epidemiológico de um grupo de pacientes portadores de doenç...
Análise do perfil epidemiológico de um grupo de pacientes portadores de doenç...Análise do perfil epidemiológico de um grupo de pacientes portadores de doenç...
Análise do perfil epidemiológico de um grupo de pacientes portadores de doenç...Vilma Rodrigues
 
Como usamos as evidências no TelessaúdeRS.
Como usamos as evidências no TelessaúdeRS.Como usamos as evidências no TelessaúdeRS.
Como usamos as evidências no TelessaúdeRS.Eno Filho
 
Módulo 6 - Aula 4
Módulo 6 - Aula 4Módulo 6 - Aula 4
Módulo 6 - Aula 4agemais
 
Tese ana c. melchiors
Tese ana c. melchiorsTese ana c. melchiors
Tese ana c. melchiorsLASCES UFPR
 
Efetividade clínica comparativa e custo-efetividade do análogo de insulina Gl...
Efetividade clínica comparativa e custo-efetividade do análogo de insulina Gl...Efetividade clínica comparativa e custo-efetividade do análogo de insulina Gl...
Efetividade clínica comparativa e custo-efetividade do análogo de insulina Gl...REBRATSoficial
 
protocolo-de-tratamento.pdf
protocolo-de-tratamento.pdfprotocolo-de-tratamento.pdf
protocolo-de-tratamento.pdfAguiarneto3
 

Semelhante a Guidelines for managing severe pediatric traumatic brain injury (20)

Campanha sobrevivendo à sepse 2012 mais atualizado
Campanha sobrevivendo à sepse 2012   mais atualizadoCampanha sobrevivendo à sepse 2012   mais atualizado
Campanha sobrevivendo à sepse 2012 mais atualizado
 
Avaliacao de-gravidade-de-pneumonia-da-comunidade-em-sala-de-em y-th9req
Avaliacao de-gravidade-de-pneumonia-da-comunidade-em-sala-de-em y-th9reqAvaliacao de-gravidade-de-pneumonia-da-comunidade-em-sala-de-em y-th9req
Avaliacao de-gravidade-de-pneumonia-da-comunidade-em-sala-de-em y-th9req
 
Tratamento da HP - JPED 2006
Tratamento da HP - JPED 2006Tratamento da HP - JPED 2006
Tratamento da HP - JPED 2006
 
Microbiologia trabalho final
Microbiologia   trabalho finalMicrobiologia   trabalho final
Microbiologia trabalho final
 
14757 45935-1-sm
14757 45935-1-sm14757 45935-1-sm
14757 45935-1-sm
 
Aula r1 has 24-05_2014
Aula r1   has  24-05_2014Aula r1   has  24-05_2014
Aula r1 has 24-05_2014
 
Has na infância jped 2003
Has na infância jped 2003Has na infância jped 2003
Has na infância jped 2003
 
21277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-1
21277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-121277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-1
21277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-1
 
Revista diabetes portugual
Revista diabetes portugualRevista diabetes portugual
Revista diabetes portugual
 
2012 cma prevenção quaternaria
2012 cma prevenção quaternaria2012 cma prevenção quaternaria
2012 cma prevenção quaternaria
 
Hipertensão
HipertensãoHipertensão
Hipertensão
 
Análise do perfil epidemiológico de um grupo de pacientes portadores de doenç...
Análise do perfil epidemiológico de um grupo de pacientes portadores de doenç...Análise do perfil epidemiológico de um grupo de pacientes portadores de doenç...
Análise do perfil epidemiológico de um grupo de pacientes portadores de doenç...
 
369
369369
369
 
Como usamos as evidências no TelessaúdeRS.
Como usamos as evidências no TelessaúdeRS.Como usamos as evidências no TelessaúdeRS.
Como usamos as evidências no TelessaúdeRS.
 
Módulo 6 - Aula 4
Módulo 6 - Aula 4Módulo 6 - Aula 4
Módulo 6 - Aula 4
 
Tese ana c. melchiors
Tese ana c. melchiorsTese ana c. melchiors
Tese ana c. melchiors
 
Consenso criança e adolescente suplemento 02 - 2011
Consenso criança e adolescente   suplemento 02 - 2011Consenso criança e adolescente   suplemento 02 - 2011
Consenso criança e adolescente suplemento 02 - 2011
 
Efetividade clínica comparativa e custo-efetividade do análogo de insulina Gl...
Efetividade clínica comparativa e custo-efetividade do análogo de insulina Gl...Efetividade clínica comparativa e custo-efetividade do análogo de insulina Gl...
Efetividade clínica comparativa e custo-efetividade do análogo de insulina Gl...
 
depressao em jovens.pdf
depressao em jovens.pdfdepressao em jovens.pdf
depressao em jovens.pdf
 
protocolo-de-tratamento.pdf
protocolo-de-tratamento.pdfprotocolo-de-tratamento.pdf
protocolo-de-tratamento.pdf
 

Guidelines for managing severe pediatric traumatic brain injury

  • 1. Guidelines for the Acute Medical Management of Severe Traumatic Brain Injury in Infants, Children, and Adolescents. 2012
  • 2. Introdução  2ª edição das Diretrizes para o tratamento de lactentes, crianças e adolescentes com TCE grave  1ª edição 2003  27 novas publicações para a 2ª edição  25 publicações presentes na 1ª edição foram excluídas.
  • 3. Introdução  Propósito dos critérios de inclusão:  1- definir claramente a população alvo;  2- identificar as variáveis independentes (tratamento) e as dependentes (resultados);  3- identificar os alvos do tratamento;  4- os tamanhos de amostras e delineamento de estudos capazes de gerar níveis de evidencia.  Todas as publicações c/ esses quesitos foram inclíidas na biblioteca das diretrizes, independente de sua qualidade.
  • 4. Introdução  Após inclusão cada estudo foi avaliado com base em critérios de qualidade.  O propósito desses critérios eram determinar o potencial de vies e fatores confundidores baseado no delineamento de estudo e falhas na condução do estudo.  Independente da qualidade (classe I, II ou III) todos os estudos foram usados como evidencia.
  • 5. O que mudou:  1- Os níveis de recomendação foram trocados de : “standard, guideline e option” para “nivel I, II e III” respectivamente.  2- Novos capítulos incluídos: neuromonitorização avançada e neuroimagem – com o foco maior em manejo do que em diagnóstico e prognóstico.
  • 6. O que mudou:  3- capítulos retirados: mecanismos de trauma, manejo da via aérea perihospitalar, estabilização da PA e oxigenação, tecnologias de monitorização de PIC e a via para o tratamento de HIC.  4- Maior representatividade das especialidades Anestesistas pediatricos, neuro-pediatras e neuroradiologistas.
  • 7. O que mudou:  5- Capítulos atualizados: Indicações de monitorização de PIC, Limiar de PIC para tratamento, PPC, profilaxia de convulsões, Hiperventilaçãao, Drenagem de LCR, Terapia hiperosmolar, Craniectomia descompressiva, Barbituricos, Anestésicos, Sedativos e bloq neuromusc e corticoides.  6- Outros: Controle de temperatura  Hipotermia e Controle de temperatura. Nutrição Glicose e nutrição
  • 8. Métodos  Literatura e Revisão:  Capítulos novos: 1950 – 2009  Capítulos prévios: 1996 – 2009  Nova busca: 2009 – 2010  Critérios de inclusão: TCE grave (glasgow <9), em humanos, publicações em lingua inglesa, pacientes pediatricos (≤ 18 anos), estudos randomizados controlados , coorte, retrospectivos ou prospectivos, caso – controle (N ≥ 25), series de casos (N ≥ 5).
  • 9. Métodos  A intervenção (variável independente) deveria ser especifica para o tópico em questão.  Resultados deve ser relevantes em relação a morbidade ou mortalidade.  Critérios de exclusão: trauma cerebral penetrante, estudos com animais ou cadáveres, lingua não inglesa e com idade ≥ 18 anos, estudos com mais de 15% de pacientes com outras doenças alem do TCE.
  • 10. Indicações de Monitorização da Pressão Intracraniana
  • 11. Indicações de Monitorização da Pressão Intracraniana  Recomendação: fraca  Nível I e II: poucos estudos para sustentar este tópico como nível I ou II  Nível III: a monitorização da PIC deve ser considerada em lactentes e crianças com TCE grave.
  • 12. Indicações de Monitorização da Pressão Intracraniana  Seleção: (update)  Medline – 1996 – 2010, + literatura recomendada  Todos os estudos – nível III, 16 estudos (2 moderada, 14 baixa qualidade) que preencheram os critérios de inclusão.  Estudos:  observacionais, randomizado controlado (1), retrospectivo (6), prospectivo (3), não multicêntricos.  N: 1089 (22 – 136), Idade: 0 – 19 anos.
  • 13. Crianças com TCE grave estão sob risco de desenvolver HIC?  Poucos estudos demonstraram alta incidência de HIC em crianças com TCE grave.  Alguns estudos identificaram fatores clínicos que em combinação com TCE grave possuem alta incidência de HIC. Nestes paciente TC com swelling difuso – possui especificidade de 75% para presença de HIC.  HIC (PIC > 20 mmHg) pode ser mais prevalente em crianças com TCE grave que não possuem movimentação espontânea (80%) em relação as que possuem (20%).
  • 14. Crianças com TCE grave estão sob risco de desenvolver HIC?  Resumo:  Estes estudos sugerem que crianças com TCE grave possuem um risco notavelmente maior para evoluir com HIC.  Não existem marcadores específicos para determinar a presença ou ausência de HIC sem a monitorização de PIC.
  • 15. Os trabalhos sobre PIC são úteis no tratamento da HIC?  15 estudos envolvendo 857 crianças mostrou associação entra a HIC (PIC >20) uma evolução neurológica ruim ou morte.  1 estudo pequeno (48 pacientes) não conseguiu mostrar esta relação.  Estes estudos sugerem que PIC tem um valor prognóstico importante. E também é um componente importante da PCC no tratamento direto dos pacientes com TCE grave.
  • 16. O tratamento e a monitorização da PIC melhoram os resultados?  2 estudos que combinam estratégias de tratamento também sugerem melhora clinica final em crianças com sucesso no controle da HIC.  Estudo prospectivo com 100 crianças com TCE grave que foram tratadas com hiperventilação, diurético, drenagem de LCR, sedação e barbitúricos mostrou melhor prognóstico em 1 ano do que as crianças com dificuldade para controle de HIC.
  • 17. Indicações de Monitorização da Pressão Intracraniana  Apesar de representarem só estudos nível III, os resultados dos estudos de monitorização da PIC, mostram uma associação positiva entre um controle adequado da PIC (tratamento da HIC) com maior sobrevida e resultados neurológicos bons.
  • 18. Outras fontes:  Indicações do guidelines dos adultos:  Nível de evidencia II: PIC deve ser monitorada em todos pacientes com TCE grave (glasgow 3- 8) e TC de crânio alterada.  Nível III de evidencia: monitorização da PIC está indicada em paciente com TCE grave e TC normal, se 2 ou + dos seguintes:  - idade > 40 anos, posturas unilaterais ou bilaterias ou PAS < 90 mmHg.
  • 19. Outras fontes:  Pacientes com TCE grave possuem maior risco de desenvolver HIC. A combinação de TCE grave com TC alterada possui uma maior probabilidade (53% p/ 63%) de aumento da PIC.  O controle da PIC permite o melhor tratamento do TCE grave. - muitas medidas clinicas e/ou cirúrgicas para o tratamento da HIC podem ter efeitos adversos.  Protocolos de tratamento de TCE grave em adultos que incluem a monitorização da PIC estão associados com menores taxas de mortalidade.
  • 20. Recomendação  Quatro componentes de evidencia sustentam o uso da monitorizaçnao da PIC em TCE grave:  Relato frequente de alta incidência de HIC em crianças com TCE grave  Associação entre HIC e resultados neurológicos ruins  Protocolos para tratamento de HIC levando a melhores resultados clínicos  Melhores resultados associados com medidas para manter a PIC baixa.
  • 21. Recomendação  HIC é um diíicil diagnostico e está associada a piores resultados neurológicos e morte em lactentes e crianças jovens.  HIC pode estar presente mesmo em lactentes com as fontanelas abertas.  Monitorização da PIC não esta rotineiramente indicada em crianças com TCE leve a moderado, pode ser indicada em crianças com risco de deterioração clínica ou que o EF possa estar prejudicado pelo uso de sedação/anestesia/bloq neuromuscular.
  • 23. Limiar para o tratamento da HIC  Recomendação: fraca  Nível I e II: poucos estudos para sustentar este capítulo como nível I ou II  Nível III: tratamento da PIC deve ser considerado a partir de 20 mmHg  Seleção: (update)  Medline – 1996 – 2010, + literatura recomendada  Todos os estudos – nível III, 11 estudos (baixa qualidade).
  • 24. Limiar para o tratamento da HIC  Estudos  1- multicêntrico, 1 – 2 centros, 9- único centro  5- retrospectivos, 5 prospectivos, randomizado controlado  N 24 – 136  Idade: o – 19 anos
  • 25. Bases Científicas  Maioria dos estudos avaliou a associação entre os resultados finais e os níveis de PIC.  Na maioria destes estudos o objetivo da terapeutica era manter PIC < 20 mmHg (15 -25 mmHg)  PPC para guiar o tratamento  Todos os trabalhos, exceto 1, mostraram que a HIC sustentada esta mais associada a mortalidade ou piores resultados.  Apesar dos estudos apresentarem grandes diferenças no limiar de tratamento da PIC, 8 dos 11 sustentam o limiar de 20 mmHg para tratamento.
  • 26. Outras Fontes:  Guidelines - adultos:  Nível II de evidência – tratamento deve ser iniciado com PIC – 20 mmHg.  O valor crítico de PIC e sua inter-relação com a PPC e outras medidas (cateter de bulbo jugular...) ainda não são certos.  Devido a importância desses outros parâmetros, o valor absoluto da PIC é menos importante.
  • 27. Recomendação  Existem evidências ( 8 estudos) que elevações permanentes da PIC (>20 mmHg) estão associadas a piores resultados. Entretanto, ainda não esta bem estabelecido qual é o valor absoluto do tratamento da PIC para otimizar os resultados.  Nenhum estudo comparou 2 ou mais valores de PIC.  Baseado no fato de que os valores normais de PA e de PIC são idade – dependente, supõe-se que o limiar ideal de tratamento da PIC também deve ser idade – dependente (poucos estudos).