Mesa diretora da assembleia legislativa do Ceará e projeto Alance
1.
2. MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ
José Albuquerque
Tin Gomes
Lucílvio Girão
Sérgio Aguiar
Manoel Duca
João Jaime
Dedé Teixeira
Presidente
1º Vice-Presidente
2º Vice-Presidente
1º Secretário
2º Secretário
3º Secretário
4º Secretário
UNIVERSIDADE DO PARLAMENTO CEARENSE
Patrícia Saboya
Professor Teodoro
Lindomar Soares
Silvana Figueiredo
Presidente
Vice-Presidente
Diretora de Gestão e Ensino
Diretora Técnica
EQUIPE DE ELABORAÇÃO E COORDENAÇÃO DO PROJETO ALANCE
Lindomar Soares
Silvana Figueiredo
Fábio Frota
3.
4. Índice
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação
Linguagens e Códigos I .............................................................................................................
Redação ...................................................................................................................................
Linguagens e Códigos II ............................................................................................................
Análise Combinatória ................................................................................................................
Unidade de Medida ...................................................................................................................
Noções de Estatística ...............................................................................................................
História Geral ............................................................................................................................
História do Brasil .......................................................................................................................
Física .........................................................................................................................................
Química .....................................................................................................................................
Biologia ......................................................................................................................................
07 a 10
11 a 19
20 a 29
31 a 35
36 a 42
43 a 57
59 a 71
72 a 78
80 a 84
85 a 102
103 a 107
Matemática e suas Tecnologias
Ciências Humanas e suas Tecnologias
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
5.
6. 6
MÓDULO III
LINGUAGENS, CÓDIGOS
E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
• PROF. SINVAL
• PROF. VICENTE JÚNIOR
• PROF. WALMIR NETO
PROJETO ALCANCE ENEM 2014
7. 7
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E
REDAÇÃO
LINGUAGENS E CÓDIGOS I
SINVAL
AULA 01
Competência de área 4 – Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de signifi-cação
e integrador da organização do mundo e da própria identidade.
H12 - Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios
culturais.
H13 - Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões
de beleza e preconceitos.
H14 - Reconhecer o valor da diversidade artística e das interrelações de elementos que se apre-sentam
nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos.
QUESTÃO 01 - 1. Sobre este quadro, A Negra, pintado por Tarsila do Amaral em 1923, é possível afirmar
que:
a) se constituiu numa manifestação isolada, não podendo ser associada a outras mudanças da cultura
brasileira do período.
b) representou a subordinação, sem criatividade, dos padrões da pintura brasileira às imposições
das correntes internacionais.
c) estava relacionado a uma visão mais ampla de nacionalização das formas de expressão cultural, in-clusive
da pintura.
d) foi vaiado, na sua primeira exposição, porque a artista pintou uma mulher negra nua, em desacordo
com os padrões morais da época.
e) demonstrou o isolamento do Brasil em relação à produção artística da América Latina, que não
passara por inovações.
QUESTÃO 02 - Com base na imagem do pintor expressionista Edvard Munch, o conhecidíssimo quadro
O grito, e nos conhecimentos sobre o Expressionismo, assinale a alternativa correta.
a) A pintura expressionista trabalha com partes de uma mesma imagem, recompondo-as e utilizando-
-as ao mesmo tempo, a fim de criar várias perspectivas e dar a impressão de que um objeto pode
ser visto ao mesmo tempo sob todos os ângulos.
b) Pintando diretamente sobre a tela branca, utilizando somente cores puras justapostas em vez de
misturá-las previamente na paleta, os pintores expressionistas buscavam obter a vibração da luz;
8. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E
REDAÇÃO
8
SINVAL
pesquisavam os cambiantes efeitos da luz na atmosfera e nos objetos a fim de fixá-los na tela.
c) A proposta do Expressionismo é de que a arte flua livremente a partir do inconsciente, da livre
associação, com a incorporação de elementos ilógicos do sonho, da fantasia, sem se submeter a
qualquer teoria vigente e a nenhuma lógica.
d) O expressionista é inclinado a deformar a realidade de modo cruel, caricatural, muitas vezes hilário;
o exagero, a distorção e a dramaticidade das formas, linhas e cores revelam uma atitude emocional
do artista.
e) O movimento expressionista propõe a construção de valores burgueses, utilizando-se do lirismo
para afirmar conceitos da sociedade; suas manifestações são intencionalmente ordenadas e obje-tivam
LINGUAGENS E CÓDIGOS I
conquistar a crítica.
QUESTÃO 03 - Oxímoro (ou paradoxo) é uma construção textual que agrupa significados que se excluem
mutuamente. Para Garfield, a frase de saudação de Jon (tirinha abaixo) expressa o maior de todos os
oxímoros.
Folha de S. Paulo. 31 de julho de 2000.
Nas alternativas abaixo, estão transcritos versos retirados do poema “O operário em construção”. Pode-
-se afirmar que ocorre um oxímoro em
(A) “Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.”
(B) “... a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.”
(C) “Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.”
(D) “... o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.”
(E) “Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.”
MORAES, Vinícius de. Antologia Poética. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
QUESTÃO 04 - A discussão sobre gramática na classe está “quente”. Será que os brasileiros sabem
gramática? A professora de Português propõe para debate o seguinte texto:
PRA MIM BRINCAR
Não há nada mais gostoso do que o mim sujeito de verbo no infinito. Pra mim brincar.
As cariocas que não sabem gramática falam assim. Todos os brasileiros deviam de querer falar
como as cariocas que não sabem gramática.
– As palavras mais feias da língua portuguesa são quiçá, alhures e miúde.
(BANDEIRA, Manuel, Seleta em prosa e verso. Org.: Emanuel de Moraes.
4ª ed. Rio de Janeiro, José Olympio, 1986 .Pág. 19)
9. 9
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E
REDAÇÃO
LINGUAGENS E CÓDIGOS I
SINVAL
Com a orientação da professora e após o debate sobre o texto de Manuel Bandeira, os alunos chegaram
à seguinte conclusão:
a) uma das propostas mais ousadas do Modernismo foi a busca da identidade do povo brasileiro e o
registro, no texto literário, da diversidade das falas brasileiras.
b) apesar de os modernistas registrarem as falas regionais do Brasil, ainda foram preconceituosos em
relação às cariocas.
c) a tradição dos valores portugueses foi a pauta temática do movimento modernista.
d) Manuel Bandeira e os modernistas brasileiros exaltaram em seus textos o primitivismo da nação
brasileira.
e) Manuel Bandeira considera a diversidade dos falares brasileiros uma agressão à Língua Portugue-sa.
QUESTÃO 05 - Érico Veríssimo relata, em suas memórias, um episódio da adolescência que teve influ-ência
significativa em sua carreira de escritor.
Lembro-me de que certa noite - eu teria uns quatorze anos, quando muito - encarregaram-me de
segurar uma lâmpada elétrica à cabeceira da mesa de operações, enquanto um médico fazia os primeiros
curativos num pobre diabo que soldados da Polícia Municipal haviam “carneado”. (...) Apesar do horror e
da náusea, continuei firme onde estava, talvez pensando assim: se esse caboclo pode agüentar tudo isso
sem gemer, por que não hei de poder ficar segurando esta lâmpada para ajudar o doutor a costurar esses
talhos e salvar essa vida?(...)
Desde que, adulto, comecei a escrever romances, tem-me animado até hoje a idéia de que o
menos que o escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua
lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos
ladrões, aos assassinos e aos tiranos.
Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica,
acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal
de que não desertamos nosso posto.
VERÍSSIMO, Érico. Solo de Clarineta. Tomo l. Porto Alegre: Editora Globo, 1978.
Neste texto, por meio da metáfora da lâmpada que ilumina a escuridão, Érico Veríssimo define como uma
das funções do escritor e, por extensão, da literatura:
a) criar a fantasia. b) permitir o sonho.
c) denunciar o real. d) criar o belo. e) fugir da náusea
SONETO DE FIDELIDADE
De tudo ao meu amor serei atento
Antes e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou ao seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama.
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
(MORAES, Vinícius de. Antologia poética.
São Paulo: Cia das Letras, 1992)
10. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E
REDAÇÃO
QUESTÃO 06 - A palavra mesmo pode assumir diferentes significados, de acordo com a sua função na
frase.
Assinale a alternativa em que o sentido de mesmo equivale ao que se verifica no 3º. verso da 1ª. estrofe
do poema de Vinícius de Moraes.
a) “Pai, para onde fores, / irei também trilhando as mesmas ruas...” (Augusto dos Anjos)
b) “Agora, como outrora, há aqui o mesmo contraste da vida interior, que é modesta, com a exterior,
que é ruidosa.” (Machado de Assis)
c) “Havia o mal, profundo e persistente, para o qual o remédio não surtiu efeito, mesmo em doses va-riáveis.”
10
SINVAL
LINGUAGENS E CÓDIGOS I
(Raimundo Faoro)
d) “Mas, olhe cá, Mana Glória, há mesmo necessidade de fazê-lo padre?” (Machado de Assis)
e) Vamos de qualquer maneira, mas vamos mesmo. (Aurélio)
Um pouco de ortografia:
QUESTÃO 07 - O acento gráfico de “pôr”:
a) destina-se a diferenciar a forma verbal da preposição (por) e foi mantido pela reforma ortográfica.
b) pode ser suprimido, o que deverá ocorrer, segundo a reforma ortográfica, até 2012.
c) sempre existirá, porquanto a palavra se enquadra na regra dos monossílabos acentuados.
d) é absolutamente desnecessário, por isso foi abolido pela reforma ortográfica.
e) pode ser suprimido, independentemente do critério da ambiguidade semântica que possa gerar.
:: GABARITO DE APRENDIZAGEM ::
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
11. 11
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E
REDAÇÃO
REDAÇÃO
VICENTE
JÚNIOR
AULA 02
II – Os modelos do ENEM e sua validade para outros concursos:
Modelo ENEM:
Abordagem direta ou
indireta do tema.
Lançamento de uma tese
ou ponto de vista a ser
defendido.
A_____________________________
_______________________ .B. _______
_________________________________
_________________________________
_______________________________.
B_____________________________
_____________________ .B. _________
_________________________________
_________________________________
______________________________.
C_____________________________
____________.B ___________________
_________________________________
_________________________________
______________________________.
D_____________________________
_________________________________
_________________________________
______ .B._________________________
______________________.
Apresentação do 1º.
argumento em favor do
ponto de vista defendido,
possibilitando a progressão
do texto e do tema.
Apresentação do 2º.
argumento em favor do
ponto de vista defendido,
encaminhando o texto para
um desfecho sobre o tema.
Solução da problemática
articulada com a discussão,
com os argumentos
apresentados. Ser inovador
não é uma regra, mas
diferencia os bons textos.
“Tudo muda depois que a gente passa no vestibular. Quando fui
aprovado em Direito, minha mãe deixou de me chamar de
vagabundo e passou a me chamar de Doutor”. (Vestibulando)
12. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E
REDAÇÃO
tem, na verdade, a quantidade de parágrafos que seu autor achar que ela deve ter. Mas, no caso dos
vestibulares algumas observações são válidas:
1. A criação de um TF (tópico frasal) que direciona cada parágrafo;
2. Períodos curtos, que fazem com que o bom parágrafo tenha, no mínimo, dois pontos finais dentro
dele, um que delimita o TF e outro que encerra o parágrafo;
3. A divisão aristotélica em três partes (Introdução - Desenvolvimento - Conclusão);
4. O Desenvolvimento deve ser dividido em dois ou mais parágrafos;
5 .O último parágrafo com um tópico frasal (TF) conclusivo, indicando que não há mais nada a ser dito
sobre o assunto.
12
VICENTE
JÚNIOR
A caixa com quatro parágrafos é apenas uma sugestão sobre o formato do texto. Uma redação
REDAÇÃO
Discutindo os modelos
O primeiro grande modelo de redação tem fundamentação clássica (tese – antítese – síntese) e
construção eclesiástica, tanto que passou a ser denominada “redação barroca”. Explicando: Aborda-se
diretamente o tema para, em seguida, estabelecer o confronto de ideias, ou seja, um parágrafo de aspec-tos
positivos (os “prós”) e outro de aspectos negativos (os “contras”) sobre aquele assunto. Por fim, um
tipo de síntese ou resgate das ideias colocadas no início do texto. Esse modelo é o mais utilizado pelos
candidatos até hoje em qualquer concurso, inclusive na prova do ENEM. Mas é exatamente por isso, por
não dominar o modelo especifico do ENEM, que o julgamento do candidato, por competências, acaba
prejudicado. Um exemplo bem simples é que no modelo do ENEM há a necessidade de solução para a
problemática discutida, enquanto que em outros modelos isso não precisa acontecer.
Como vimos, a redação do ENEM pressupõe mesmo a aplicação de um modelo bastante específico,
um esquema pré-determinado pelo próprio exame que confirma os postulados de uma educação funda-mentada
em habilidades e competências com vistas à solução de problemas. Se assim não fosse, qual a
finalidade de se cobrar isso? Por exemplo, o tema escolhido para a prova de redação do ENEM normal-mente
constitui uma problemática (individual ou coletiva), normalmente atual e polêmica, que precisa ser
conhecida pelo candidato, discutida com maturidade e, necessariamente, solucionada.
Lembrando que um bom parágrafo possui em média de 3 a 6 linhas, o suficiente para apresentar
um TF (tópico frasal) e seu desenvolvimento, convencionamos que um parágrafo bom, nas redações do
ENEM ou da UECE, terá cinco linhas. Isso não impede que um parágrafo tenha seis ou sete linhas, mas
advertimos que a desproporcionalidade dos parágrafos pode ocasionar erros nas competências 2 e 4.
Por exemplo, um texto que apresente 8 linhas de introdução e 12 linhas de conclusão exige um de-senvolvimento
maior ainda. Então, não haverá espaço suficiente na folha de 30 linhas para escrever o
texto. Outra coisa importante: uma conclusão de 12 linhas também pode significar que parte do Desen-volvimento
ou Argumentação misturou-se com a solução, ou seja, um grave erro nas Competências 2 e 4.
As redações de vestibular, do ENEM, da UECE, do ITA, da UVA ou qualquer outra, exigem poder de
SÍNTESE, ou seja, a capacidade de discutir temas complexos como aborto, corrupção ou pena de morte,
em 25 ou, no máximo, 30 linhas.
Ao contrário do que muita gente pensa, a redação do ENEM não deve ter obrigatoriamente 20
linhas. Para ser corrigido, o texto precisa ter apenas 8 linhas. No entanto, como o candidato que pretende
ser aprovado pode lançar uma tese sobre a problemática, discuti-la e, depois, ainda propor soluções em
um espaço tão diminuto?
Na verdade, nem mesmo em 15 linhas é possível fazer isso, pois se todo desenvolvimento é
maior que a introdução e a conclusão, então, considerando que toda discussão tem, no mínimo, “prós”
e “contras”, é correto que o desenvolvimento possua dois parágrafos de 5 linhas, em média, que, soma-dos
aos de introdução e conclusão resultem em 4 parágrafos (de 5 linhas) para apresentação e o desen-volvimento
de uma tese.
Por causa disso, convencionou-se que a redação do ENEM ou da UECE possui, classicamente,
20 linhas. No entanto, muitos candidatos têm deixado, talvez por esquecimento, de estabelecer, como é
13. 13
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E
REDAÇÃO
REDAÇÃO
VICENTE
JÚNIOR
exigido na competência II, uma relação entre o tema e outras áreas do conhecimento humano. Por causa
disso, desse esquecimento, aconselhamos normalmente que se escreva mais um parágrafo sobre a rela-ção
do tema com outras áreas afins.
Isso faz com que entendamos que uma boa redação do ENEM não tenha 8, nem 15, nem 20, mas
25 linhas, nas quais se observam a apresentação do problema ou tese, a discussão ou desenvolvimento
(dentro da qual surgem os argumentos), a relação do tema com outras áreas e, por fim, uma intervenção
na realidade ou uma solução, como pede o exame.
Sobre os modelos do ENEM
Quanto ao procedimento de escrita e correção do texto do ENEM, é bom que se diga que o próprio
exame convencionou apenas um modelo ou esquema de redação (modelo 1) que é explicado, ensinado
e defendido pela banca que compõe o ENEM. Inclusive é o modelo apresentado no último manual do can-didato,
o Guia do Participante, disponibilizado pelo INEP. Manual esse que notadamente será conhecido e
utilizado pelos professores que eventualmente passarão a corrigir a prova. Vamos então ao MODELO 1.
Modelo 1 (Abordagem direta do tema com lançamento da tese. Em seguida, são colocados os
argumentos e, a partir deles, surgem as soluções.)
• Parágrafo 1 – Abordagem do tema e lançamento da tese (Responde-se por que aquele problema
chegou a tal ponto ou ainda emite-se um juízo de valor a respeito do problema que se transfor-ma
na tese ou ponto de vista do candidato). Na tese é comum atribuir à problemática dois ou três
elementos causadores.
A educação brasileira apresenta graves problemas que se refletem nos péssimos resul-tados
divulgados pelo IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Este descrédito é
nítido principalmente no que toca a péssima remuneração dos professores, que resulta no de-sestímulo
à profissão, e a terrível presença do “bullying” nas escolas, o que confirma o domínio
da violência no espaço educacional. É preciso urgentemente reformular a educação em nosso
país.
• Parágrafo 2 – Argumento 1 – Histórico (Fatos que colaboram com o ponto de vista sobre o proble-ma
+ Relação com outras áreas do Conhecimento Humano).
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• Parágrafo 3 – Argumento 2 – Estatístico (Dados que confirmam a problemática + Relação com
outras áreas do Conhecimento Humano). Uma boa redação sobre “Bullying” exige, por exemplo,
relações com Psicologia, Pedagogia, Sociologia e Direito.
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• Parágrafo 4 – Intervenção (soluções). Desde o momento em que afirmamos sobre a tese que, no
mínimo, dois fatores motivaram a problemática, já encontramos a argumentação, então reforçamos
com fatos ou dados que o comprovem. Em seguida, negando os elementos da argumentação, en-contramos
a solução para a problemática.
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14. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E
REDAÇÃO
por qual motivo aquilo aconteceu (péssima remuneração dos professores; desestímulo à profissão;
presença do “bullying”; domínio da violência).
14
VICENTE
JÚNIOR
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Abordando diretamente a problemática (péssimos resultados da educação), tentamos responder
Dessa forma, depois de listarmos os argumentos, que ilustrarão ou confirmarão a razão da problemá-tica,
descobrimos que cada um deles constitui, na verdade, a ponta de uma solução. Basta transformar o
REDAÇÃO
que antes era causa do problema em algo que seja exatamente o contrário.
Argumentação Solução
Péssima remuneração dos professores → aumento de salário e gratificações
Desestímulo à profissão → valorização do magistério com plano de cargos e
carreiras e concursos
Presença do “bullying” → criação de projetos contra o “bullying”
Domínio da violência → campanhas de prevenção à violência nas escolas
O ENEM chama isso de solução articulada com a tese e com a argumentação. Assim, cada fator
apresentado como argumento, inicialmente, transforma-se, ao final, em um tipo de solução, uma interven-ção
naquela realidade.
15. 15
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E
REDAÇÃO
REDAÇÃO PROPOSTA 01
VICENTE
JÚNIOR
PRÁTICAS DE REDAÇÃO NOTA 1000
Poucos dias depois da divulgação de atos de assédio sexual no metrô de São Paulo e da reve-lação
da existência de uma página intitulada “Encoxadores”, no Facebook, o Ipea (Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada), órgão vinculado ao Governo Federal, divulgou dados de uma pesquisa sobre o
estupro, segundo a qual 65% dos entrevistados (homens e mulheres) concordaram em que mulher que
exibe seu corpo, usando roupas curtas e/ou decotadas, “merece ser atacada”. A partir dos dados, uma
socióloga declarou existir no país uma “cultura do estupro”, que considera a vítima responsável pela
violência (sexual) que sofreu. Acerca do estupro, o Ipea apresentou outro estudo, que você pode ver a
seguir, juntamente com mais informações afins.
Estudantes da UnB (Universidade de Brasília) seguram cartaz com apologia ao estupro durante trote
Mulher com roupa curta merece ser atacada:
Um estudo divulgado nesta quinta-feira (27) pelo Ipea revela que a maioria da população brasileira acre-dita
que “mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas” e que “se as mulheres
soubessem como se comportar, haveria menos estupros”.
[...]
A pesquisa [...] sobre a tolerância social à violência contra as mulheres entrevistou 3.810 pessoas em
todas as unidades da federação durante os meses de maio e junho de 2013, sendo que as próprias mu-lheres
representaram 66,5% do universo de entrevistados.
[...]
Na pesquisa do Ipea, os entrevistados foram questionados se concordavam ou não com frases sobre o
tema. Nada menos que 65% concordaram que a mulher que usa roupa que mostra o corpo merece ser
atacada - 42,7% concordaram totalmente, e 22,4%, parcialmente. [UOL]
Cultura do estupro:
Na opinião da professora do Departamento de Sociologia da PUC-SP Carla Cristina Garcia, os resulta-dos
[da pesquisa] mostram uma inversão de papéis entre mulheres e agressores. “O comportamento da
vítima jamais pode ser apontado como motivo da violência”, alerta. “É preciso acabar com essa cultura
do estupro, que está naturalizada.”
[...]
Segundo Carla, é comum educar a mulher para sobreviver em um mundo sexista e violento, com restri-ções
sobre roupas e lugares que frequenta. “Já as campanhas contra assédio no trabalho e no transpor-te
público, por exemplo, aparecem menos.”
[Estadão/Brasil]
Perfil das vítimas:
Os registros demonstram que 89% das vítimas são do sexo feminino e possuem, em geral, baixa escolari-dade.
Do total, 70% são crianças e adolescentes. “As consequências, em termos psicológicos, para esses
garotos e garotas são devastadoras, uma vez que o processo de formação da autoestima - que se dá
16. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E
REDAÇÃO
exatamente nessa fase - estará comprometido, ocasionando inúmeras vicissitudes nos relacionamentos
sociais desses indivíduos”, aponta a pesquisa.
Em metade das ocorrências envolvendo menores, há um histórico de estupros anteriores. Para o diretor
do Ipea, “o estudo reflete uma ideologia patriarcal e machista que coloca a mulher como objeto de desejo
e propriedade”.
[Ipea]
Com base na leitura dos textos motivadores apresentados e nos conhecimentos construídos ao longo
de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o seguinte tema:
“CULTURA DO ESTUPRO”: A CULPA É DA VÍTIMA?
16
VICENTE
JÚNIOR
Fonte: http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/cultura-do-estupro-a-culpa-e-da-vitima.jhtm
REDAÇÃO PROPOSTA 01
Observações:
Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa;
Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa;
A redação deve ter no máximo 30 linhas escritas;
17. 17
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E
REDAÇÃO
REDAÇÃO PROPOSTA 02
VICENTE
JÚNIOR
PRÁTICAS DE REDAÇÃO NOTA 1000
I - Proposta estilo ENEM
Texto 1
Declaração Universal dos Direitos Humanos
As ideias e valores dos direitos humanos são traçadas através da história antiga e das crenças re-ligiosas
e culturais ao redor do mundo. O primeiro registro de uma declaração dos direitos humanos foi
o cilindro de Ciro, escrito por Ciro, o grande, rei da Pérsia, por volta de 539 a.C..1 Filósofos europeus da
época do Iluminismo desenvolveram teorias da lei natural que influenciaram a adoção de documentos
como a Declaração de Direitos de 1689 da Inglaterra, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cida-dão
de 1789 da França e a Carta de Direitos de 1791 dos Estados Unidos.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os aliados adotaram as Quatro Liberdades: liberdade da palavra
e da livre expressão, liberdade de religião, liberdade por necessidades e liberdade de viver livre do medo.
A Carta das Nações Unidas reafirmou a fé nos direitos humanos, na dignidade e nos valores humanos
das pessoas e convocou a todos seus estados-membros a promover respeito universal e observância dos
direitos humanos e liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião³.
O Cilindro de Ciro e considerado a Primeira Declaração dos Direitos Humanos registrada na História.
Quando as atrocidades cometidas pela Alemanha nazista tornaram-se conhecidas depois da Se-gunda
Guerra, o consenso entre a comunidade mundial era de que a Carta das Nações Unidas não tinha
definido suficientemente os direitos a que se referia4 5 Uma declaração universal que especificasse os
direitos individuais era necessária para dar efeito aos direitos humanos.
Atualmente, existem declarações de direitos humanos em níveis Nacional e Estadual. O Ceará,
por exemplo, organiza geralmente uma CONFERÊNICA ESTADUAL DE DIREITOS HUMANOS, enfati-zando
os principais tópicos da Declaração Universal.
18. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E
REDAÇÃO
18
CONFERÊNCIA ESTADUAL DOS DIREITOS HUMANOS/ OAB-CE
Artigos Destacados
VICENTE
JÚNIOR
45. Criação do Fundo Estadual de Promoção de Políticas Públicas de Direitos Humanos, cujos recursos
serão destinados a:
I – implantação e manutenção dos Centros de Atendimentos às Vítimas de Violações de Direitos
Humanos: atendimento jurídico, psicológico e social;
II – manutenção do Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas do Estado do Ceará – PROVI-TA-
CE;
III – manutenção do Conselho de Defesa dos Direitos Humanos;
IV – implementação do Programa Estadual de Direitos Humanos;
V – criação de programas de políticas públicas de direitos humanos entre o Estado e organizações
da sociedade civil;
VI – financiamento de pesquisa e publicações sobre políticas públicas de direitos humanos. O Fundo
Estadual de Promoção das Políticas Públicas de Direitos Humanos será constituído das seguintes
fontes de recursos:
I – os valores das taxas judiciais repassados à Associação Cearense dos Magistrados – ACM, à
Associação Cearense do Ministério Público – ACMP, e à Caixa de Assistência dos Advogados –
CAACE;
II – dotação orçamentária própria com recursos do Tesouro Estadual;
III – receitas oriundas de convênios, contratos e acordos celebrados entre o Estado e instituições
públicas ou privadas;
IV – doações. A administração do Fundo seria realizada através de um conselho deliberativo, consti-tuído
paritariamente entre representantes do governo estadual e da sociedade civil.
In. http://oabce.org.br/
Texto 2
Jovem negro é agredido e acorrentado em poste no Rio de Janeiro
Um rapaz foi agredido, deixado nu e preso com uma trava de bicicleta a um poste, no Flamengo
(zona sul do Rio), na noite da última sexta-feira, 31. Os bombeiros foram chamados e precisaram usar
um maçarico para libertar o rapaz, encaminhado ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro. A mulher
que socorreu o rapaz divulgou o caso na internet e foi criticada porque ele, negro, seria integrante de uma
gangue que pratica assaltos na zona sul. O rapaz estava sem documentos, segundo os bombeiros, e o
caso não chegou a ser registrado na polícia.
“Os bombeiros chegaram e socorreram o rapaz, mas eu não acompanhei mais o caso. Quando
divulguei as fotos na internet, muita gente veio dizer que ele é ladrão, que tinha que ser punido mesmo.
Os furtos na região (do Flamengo) aumentaram muito, eu sei disso, mas não sei quem é o rapaz. Se hou-ver
cometido algum crime, quem deve prender é a polícia. Não é possível que as pessoas queiram fazer
justiça com as próprias mãos”, diz Yvonne, fundadora de uma ONG que atende crianças e adolescentes
REDAÇÃO PROPOSTA 02
19. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E
REDAÇÃO
moradores de áreas de risco. “Não importa quem é a pessoa, não tem cabimento deixar preso num pos-te.
Eu faria a mesma coisa ainda que fosse um cachorro, um gato, qualquer bicho”, afirma. (O Estadão
19
03/02/2014).
Texto 3
• Com base na leitura dos textos motivadores apresentados e nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma culta da língua portu-guesa
sobre o seguinte tema:
DIREITOS HUMANOS NO BRASIL
REDAÇÃO PROPOSTA 02
VICENTE
JÚNIOR
20. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E
REDAÇÃO
AULA 03
H22 - Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos.
QUESTÃO 01. H22 (Ueg 2013 - Adaptada)
Acudiro. Nhola tinha ânsia, tonteira, celeração, corpo largado, não via nada, nem a lampa da candeia. Dei
chá de goiabeira. Esperei clareá o dia, bandiei o corgo, fui na casa da Delíria. Aí falei:
— Delíria, me prouve um insonso de sal, Nhola tá ruim...
Delíria me pruveu o sal.
Eu fiz um engrossado de farinha de milho, Nhola comeu, descansou, miorou e falou:
— Nunca comi comesinho tão bão. Louvado seja Deus.
Nóis demos gaitada... Aí correu mundo que Nhola teve vertige de fraqueza, falta de cumê... A casa se
encheu de vizinho. Cada um trazendo uma coisa pra nóis. Até pedaço de capado e cuia de sal; café pilado
e açúcar branco.
Nóis fiquemo tão contente... Nhola dava gaitada... virou uma infância.
A temática da pobreza
a) é abordada de maneira análoga nos dois textos, pois o primeiro sugere ajuda humanitária entre as
classes sociais, e o segundo explicita um drama de ordem moral.
b) é tratada de modo igual em ambos os textos, uma vez que os problemas aos quais aludem não são
minimizados por quaisquer ações governamentais.
c) está relacionada a um problema de impossível solução nos quadrinhos e a uma questão político-
-religiosa no excerto literário.
d) surge associada a uma questão político-social nos quadrinhos e a um entrave social suavizado pela
caridade no texto de Cora Coralina.
e) se destaca, em ambos os textos, pela forma como a população se compadece das necessidades
alheias, alicerçadas pela desigualdade social.
H1 - Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracteri-zação
20
WALMIR
NETO
CORALINA, Cora. Quadrinhos da vida. In: Estórias da casa velha da ponte. 13. ed. São Paulo: Global, 2006. p.
39-40.
LINGUAGENS E CÓDIGOS II
dos sistemas de comunicação
QUESTÃO 02. H1 (Unifesp 2013 – Adaptada)
Examine a tira.
21. O efeito de humor na situação apresentada decorre do fato de a personagem, no segundo quadrinho,
considerar que “carinho” e “caro” sejam vocábulos:
a) originados de um mesmo verbo. b) formados por diferentes processos.
c) derivados de vocábulos distintos. d) cognatos, oriundos de uma mesma raiz.
e) pertencentes a campos semânticos adversos.
A charge acima tem como objetivo:
a) destacar a presunção do consumidor quando este revela sua “esperteza” em comprar carro com IPI
baixo e IOF reduzido.
b) condenar a alienação do interlocutor por desconhecer as atuais formas facilitadas de pagamento
propostas pelo governo.
c) contestar a visão excessivamente materialista da sociedade de consumo a qual vê o automóvel
como um fetiche.
d) satirizar a postura paternalista que a população espera do governo nas relações econômicas.
e) enaltecer o modelo econômico de redução de IPI e IOF para incentivar o desenvolvimento da indús-tria
H18 - Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e
estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos.
QUESTÃO 04.H18 (Uepb 2013 - Adaptada)
Mais do que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social onde o artista expressa grafica-mente
sua visão sobre determinadas situações cotidianas através do humor e da sátira. Para entender
uma charge, não é preciso ser necessariamente uma pessoa culta, basta estar atualizado com o que
21
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E
REDAÇÃO
WALMIR
NETO
H23 - Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público alvo, pela
análise dos procedimentos argumentativos utilizados.
QUESTÃO 03.H23 (Espm 2013 - Adaptada)
brasileira.
LINGUAGENS E CÓDIGOS II
22. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E
REDAÇÃO
acontece ao seu redor. A exemplo das manifestações populares que reuniram 864 mil pessoas nas seis
cidades-sede da Copa das Confederações durante o torneio de 2013 e tendo por base a charge apresen-tada,
é possível inferir que:
a) A torcida brasileira teme que o fluxo turístico durante a realização da copa acelere o crescimento
dos problemas sociais no Brasil.
b) A Copa do Mundo com todo seu fulgor ocupa completamente a mente do brasileiro, desviando-lhe
a atenção de questões sociais internas.
c) A alegria do brasileiro, em relação à copa do mundo, é do tamanho do Brasil e extrapola o poder que
o torcedor tem de analisar criticamente a realidade do país.
d) O brilho da Copa do Mundo não ofusca a mente do povo brasileiro em relação aos problemas sociais
existentes.
e) O esporte, como mecanismo de fuga da realidade, tem sido uma constante na história do povo
brasileiro.
22
WALMIR
NETO
LINGUAGENS E CÓDIGOS II
José
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José ?
e agora, você ?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José ?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José ?
[...]
Carlos Drummond de Andrade
QUESTÃO 05. H18
Considerando-se os recursos estilísticos que concorrem para a progressão temática nessas estrofes da
poesia de Carlos Drummond de Andrade, percebe-se que a coesão do texto é construída, principalmente,
a partir
a) da inversão de termos em “sorrir já não pode”, verso 18.
b) do tratamento “você” conferido a José nos versos 7, 8 e 10.
c) do emprego de verbos no pretérito com o advérbio “agora”.
d) da quebra de paralelismo semântico no uso da conjunção “e”.
e) da repetição de palavras e estruturas sintáticas.
H21 - Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não-verbais utilizados com a
finalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos.
QUESTÃO 06.H21 (Insper 2013 - Adaptada)
No anúncio publicitário, os recursos verbais e não verbais foram relacionados com a finalidade de tornar
23. pública uma nova postura ao associar
a) a apresentação da necessidade de buscar “respostas sustentáveis” e a referência à produção de
energia eólica.
b) a referência ao “Brasil do amanhã” e a representação de uma alternativa para a preservação da
água.
c) a alusão ao futuro próspero do Brasil e a imagem do mar com fartura de peixes.
d) a referência às “respostas sustentáveis” e a sugestão de uma alternativa para impedir a pesca pre-datória.
e) a referência ao “Brasil do amanhã” e a representação do país submerso no mar.
H24 - Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do públi-co,
QUESTÃO 07. H24
O resto é saber se a Capitu da Praia da Glória já estava dentro da de Mata-cavalos, ou se esta foi muda-da
naquela por efeito de algum caso incidente. Jesus, filho de Sirach, se soubesse dos meus primeiros
ciúmes, dir-me-ia, como no seu cap. IX, vers. I: “Não tenhas ciúmes de tua mulher para que ela não se
meta a enganar-te com a malícia que aprender de ti”. Mas eu creio que não, 1e tu concordarás comigo;
se te lembras bem da Capitu menina, hás de reconhecer que uma estava dentro da outra, 2como a fruta
dentro da casca.
23
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E
REDAÇÃO
WALMIR
NETO
tais como a intimidação, sedução, comoção, chantagem, entre outras.
LINGUAGENS E CÓDIGOS II
Machado de Assis, D.Casmurro
Para convencer o leitor da relevância do ponto de vista do narrador protagonista, nesse fragmento de D.
Casmurro, Machado usou como estratégia argumentativa
a) Manifestar nas entrelinhas a insegurança afetiva de Bentinho.
b) Retomar o comportamento de Capitu, suspeito desde a infância.
c) Buscar a cumplicidade do leitor em relação à fala de Jesus (ref.1).
d) Reforçar as ideias do narrador através do discurso bíblico citado.
e) Deixar dúbio o discurso de Bentinho: “como a fruta dentro da casca” (ref. 2).
H10 - Reconhecer, nas diferentes manifestações da cultura corporal, fatores de construção de iden-tidade
e expressões de valores sociais.
QUESTÃO 08. H10
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?
Cecília Meireles MEIRELES, C. Obra poética. Volume 4. Biblioteca luso-brasileira: Série brasileira. Companhia J.
Aguilar Editora. 1958. p 10.
A percepção que a autora tem de si (autoimagem corporal e a sua corporeidade) se desdobra em ques-tões
existenciais que têm origem na:
a) precariedade da existência humana e da vida que se transforma com o tempo.
b) compreensão das imposições da sociedade que prima por uma aparência jovem.
c) confiança no futuro, ofuscada pelas mudanças hormonais.
d) aceitação das mudanças físicas que acompanham a fase adulta.
e) compensação que a experiência de vida tem sobre a aparência física.
Silvana trabalha no setor de FGTS da CEF e passa parte do seu dia diante do computador. Ao final do dia,
24. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E
REDAÇÃO
o corpo denuncia os desconfortos oriundos dos “ossos do ofício”, e ela só pensa em deitar e descansar o
tronco, os braços e as pernas. Preocupado com a saúde dela, um amigo enviou-lhe por e-mail a seguinte
imagem:
QUESTÃO 09. H10
Sabedor da necessidade de transformações de hábitos corporais em função das necessidades cinestési-cas
peculiares ao cargo por ela exercido, o amigo de Silvana, através de sua atitude,
a) propôs a criação de um grupo de ginástica laboral entre os funcionários que trabalham sentados por
longos períodos.
b) destacou a importância do alongamento dos músculos para a preservação da saúde corporal.
c) sugeriu a adequação da postura corporal à atividade exercida para minimizarem-se danos à saúde
física.
d) reiterou a repercussão negativa, na produtividade, da falta de informação dos funcionários no am-biente
24
WALMIR
NETO
http://www.portalsaofrancisco.com.br (acessado em 3/3/2014)
LINGUAGENS E CÓDIGOS II
de trabalho.
e) elucidou o benefício que traz à saúde a compra de móveis que sigam padrões rígidos de controle
de qualidade.
H22 - Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos.
QUESTÃO 10. H22 (Insper 2012 - Adaptada)
Equivoca-se quem pensa que falar bem é falar claro. A arte da retórica reside, na verdade, na
habilidade de confundir. Afinal, se digo algo e você entende de cara, vai logo se achando mais inteligente
do que eu: mau negócio. Se, contudo, sou capaz de temperar as frases mais simples com um molho de
obscuridade, com uma calculada pitada de empulhação, o ouvinte pensará que sei mais do que revelo:
ponto para mim.
Vejamos: você entra numa farmácia, pergunta se tem Aspirina e o funcionário responde com um peremp-tório
“não”. O que você pensará? Que aquela é uma farmácia ruim. Se, porém, ele disser que “no caso,
Aspirina a gente não vai tá tendo, hoje”, a coisa muda completamente de figura. O “no caso” sugere que,
numa situação normal, ele teria Aspirina. Logo, “hoje”, estamos numa situação anormal. Qual seria essa
situação? Haveria um surto de enxaqueca no bairro? Boatos de que a Copa e as Olimpíadas levariam
à falta de ácido acetilsalicílico teriam desencadeado uma busca frenética pelo produto? Você não sabe,
ele sabe, e, num segundo, o que era uma farmácia vagabunda transforma-se numa farmácia sob estado
de exceção, enquanto você, em vez de um cliente insatisfeito, torna-se um náufrago à deriva no mar da
especulação.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1210201104.htm
Entre os seguintes provérbios, qual deles melhor resume a concepção do autor sobre a retórica?
a) Eloquência é a arte de aumentar coisas pequenas.
b) Casa de ferreiro, espeto de pau.
c) Calar é a sabedoria dos tolos.
d) Nem tudo que reluz é ouro.
e) Falem bem ou falem mal, mas falem de mim, que estão fazendo propaganda.
25. H23 - Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público alvo, pela análise
dos procedimentos argumentativos utilizados.
QUESTÃO 11. H23
Boa noite, Dra. Mónica
Infelizmente não consigo abrir os ficheiros de imagens.
A escolha do tratamento que se queira atribuir a alguém geralmente considera as situações espe-cíficas
de uso social. Uma das características do funcionamento das formas de tratamento, na interação,
é a possibilidade de serem negociadas pelos locutores para as adaptarem ao contexto de comunicação e
à dinâmica interlocutiva. No exemplo transcrito anteriormente, através de um fórum online, uma formanda
dirige-se à formadora usando o tratamento doutora, seguindo uma norma formal que ainda se adota em
Portugal: os indivíduos que têm um diploma universitário podem ser tratados por doutor ou doutora. No
entanto, a formadora sugere a eliminação desse tratamento com a finalidade de:
a) reduzir o distanciamento em relação à formanda.
b) ressaltar a importância do estatus socioprofissional para o discurso.
c) tornar o discurso não familiar a exemplo do emprego do comando “esqueça”.
d) denunciar o tratamento desrespeitoso que permeia a linguagem midiática.
e) comparar a postura do professor dentro e fora do contexto educacional.
H20 - Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da iden-tidade
Leia o fragmento extraído do texto Trezentas Onças, incluído em Contos Gauchescos, de Simões
Eh-pucha! patrício, eu sou mui rude... a gente vê caras, não vê corações...; pois o meu, dentro do
peito, naquela hora, estava como um espinilho ao sol, num descampado, no pino do meio-dia: era luz de
deus por todos os lados!... E já todo no meu sossego de homem, meti a pistola no cinto. Fechei um baio,
bati o isqueiro e comecei a pitar.
Considerando que as variedades linguísticas existentes no Brasil constituem patrimônio cultural,
nas palavras de Simões Lopes Neto, a presença de termos regionais, de linguagem figurada e de ditado
popular, contribui para:
a) a caracterização da identidade e do estado de espírito do personagem.
b) o reconhecimento das mudanças sofridas pela vegetação.
c) a identificação de um momento anterior a um crime.
d) a apresentação do senário em que o fato narrado se desenvolve.
e) o desenvolvimento de um raciocínio lógico através de termos técnicos e científicos.
QUESTÃO 13.H20.
A HISTÓRIA DO PORTUGUÊS BRASILEIRO
A discussão sobre as distinções entre o português de Portugal e o do Brasil se mantém até hoje.
O brasileiro incorporou empréstimos de termos não só das línguas indígenas e africanas, mas do francês,
do espanhol, do italiano, do inglês. A influência indígena propiciou a criação de expressões idiomáticas,
como “andar na pindaíba” e “estar de tocaia”, que são marcas linguísticas de uma cultura específica. Dos
africanos herdamos palavras da culinária como abará, acarajé e vatapá; e, no candomblé, ficaram orixá,
exú, oxossi, iansã. Mas a maior parte do vocabulário brasileiro advém do português europeu com dife-renças
fonéticas notáveis e distinções semânticas em palavras como “estação” e “trem”, que em Portugal
25
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E
REDAÇÃO
WALMIR
NETO
Boa noite, Agostinha
Vou tentar colocá-las de outra forma (esqueça o Dra.!).
Boa noite e bom fim-de-semana!
nacional.
QUESTÃO 12. H20
Lopes Neto.
LINGUAGENS E CÓDIGOS II
26. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E
REDAÇÃO
são “gare” e “comboio”. Para o linguista brasileiro Mário Perini, professor convidado da Universidade do
Mississipi, nos EUA, as mudanças na língua são naturais, e pode até ser que um dia a fala do brasileiro
chegue a ser considerada um idioma distinto do português europeu. “É o que fatalmente acontece quando
duas comunidades linguísticas se separam geograficamente”, afirma Perini.
Segundo o texto, as variedades presentes no patrimônio linguístico do português brasileiro são importan-tes
para a preservação da memória nacional e têm sua história associada
a) aos índios, aos negros, às imigrações e ao espaço geográfico.
b) ao fato de o Brasil ter sido colonizado por países localizados na Europa.
c) ao dinamismo da língua que extrapola limites geográficos em prol do poder.
d) às danças, hábitos alimentares e crenças dos colonizadores.
e) a expressões idiomáticas, marcas linguísticas e diferenças fonéticas.
H9 - Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades coti-dianas
26
WALMIR
NETO
http://www.comciencia.br/reportagens /linguagem/ling03.htm – Acessado em 8/3/2014
LINGUAGENS E CÓDIGOS II
de um grupo social.
Movimentar-se e manter uma postura correta
A saúde e o bem-estar de um indivíduo dependem da sua capacidade de se mover e mobilizar os mem-bros.
A mobilização de todas as partes do corpo, através de movimentos coordenados e a manutenção de
um bom alinhamento corporal, permite ao organismo desempenhar eficazmente todas as suas funções
(respiração, circulação, eliminação), estimulando o apetite e reduzindo a fadiga. Alguns doentes estão tão
inativos que a saúde se deteriora. A força muscular reduz-se significativamente a partir dos 70 – 80 anos,
aumentando o risco de pneumonia, úlceras, problemas de pressão, incontinência, défices cognitivos,
depressão e osteoporose. Pesquisas científicas envolvendo dança e idosos comprovam, por exemplo, as
contribuições desta para a saúde física e mental daqueles, principalmente no que se refere aos ganhos
ligados à força, ritmo, agilidade, equilíbrio e flexibilidade.
http://voluntariadohospitalar.blogspot.com.br/2008/11/as-necessidades-humanas-bsicas.html
QUESTÃO 14.H9
Com base na pesquisa científica citada no texto, verifica-se que a dança, deve ser vista como uma:
a) forma de lazer e diversão para que as pessoas deem mais atenção à saúde e ao bem-estar.
b) fonte de saúde física e mental para os idosos, os quais perdem força muscular entre 70 – 80 anos.
c) alternativa de prevenção de doenças específicas de pessoas idosas.
d) opção contrária à ociosidade por promover a eficiência das funções corporais em pessoas inativas.
e) necessidade básica dos jovens e adultos para a prevenção de doenças específicas de uma faixa
etária mais avançada.
H11 - Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de
desempenho e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos.
“Numa sociedade, caracterizada por “apertar botões”, as tendências modernas, a mecanização, as ocu-pações
sedentárias e o uso generalizado de utensílios domésticos levaram a uma exigência diminuída
da atividade física particularmente no trabalho. Ao mesmo tempo há um aumento espantoso de doenças
cardiovasculares.
Os estudos têm mostrado que o risco dessas doenças é aumentado por falta de atividade física satisfató-ria,
principalmente o exercício, o esporte, que aumenta o rendimento físico das pessoas. Esse aumento
está associado com uma melhora na eficiência funcional de todas as células do nosso corpo. Essa efici-ência
funcional, chamada de APTIDÃO FÍSICA, é geralmente vista como um atributo desejável e positivo
para a saúde.”
GrupoEscolar.com: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/a-necessidade-de-movimento-do-corpo-humano.html –
(Texto adaptado, acessado em 3/3/2014)
27. QUESTÃO 15.H11
A partir desse contexto, considera-se que:
a) a adaptação do homem aos recursos tecnológicos da modernidade tem demandado maior prática
de atividades físicas no trabalho.
b) as facilidades da era moderna não são suficientes para suprir as necessidades cinestésicas nem
interacionais no ambiente de trabalho.
c) a eficiência funcional das células independe do limite de faixa etária e pode ser desenvolvida por
máquinas e equipamentos tecnológicos.
d) as atividades físicas precisam ser resgatadas como forma de compensar o “apertar botões” da mo-dernidade
e) a modernidade evolui junto com as dores de cabeça, o sedentarismo, a obesidade, as lesões por
esforço repetitivo e as doenças cardiológicas.
Por meio da linguagem realizamos diferentes ações: divulgamos informações, persuadimos pessoas,
realizamos comandos, socializamos desconfortos e alegrias, testamos a comunicação, demonstramos
sentimentos, construímos representações mentais sobre nosso mundo: organizamos nossa vida do dia
a dia. A função metalinguística, por exemplo, usa o código para explicar ou descrever o próprio código
linguístico.
H19 - Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlo-cução.
QUESTÃO 16.H19
Considerando as diversas formas de linguagem presentes na comunicação, dentre as imagens seleciona-das
de http://oqueeh.com.br/ (acessado em 3/3/2014), a que melhor representa a ideia da metalinguagem
27
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E
REDAÇÃO
WALMIR
NETO
e de prevenir cardiopatias.
é:
a) b) c)
d) e)
H26 - Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social.
Expressões Significados
Baixo da égua Lugar aonde ninguém quer ir, lugar muito longe
Balaio de gato Desorganização, confusão
Bater a caçuleta Morrer
Cambito Perna fina
Cão chupando manga Pessoa muita feia
Caxaprego Lugar muito distante
Dar o prego Enguiçar
Dar pitaco Dar opinião
LINGUAGENS E CÓDIGOS II
28. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E
REDAÇÃO
28
WALMIR
NETO
Expressões Significados
Alçar a perna Montar a cavalo
Campo santo Cemitério
Embretar-se Meter-se em apuros
Guacho Animal ou pessoa criada sem mãe ou sem leite
LINGUAGENS E CÓDIGOS II
materno
Lindeiro Ao lado de, vizinho
Maleva Bandido, malfeitor, perverso
Olada Ocasião, oportunidade
Expressões Significados
De rocha Palavra ou assunto com convicção
Égua de largura Muita sorte
Essa é da grife do varal Roupa roubada
Levou o farelo Morreu
Miudinho Pequeno
Paga uma aí Paga uma bebida
Vigia bem Preste muita atenção
Umborimbora? Vamos embora?
Zé ruela Abestado, besta
http:/ /www.portugues.com.br – Acessado em 9/2/2014
QUESTÃO 17.H26
Os três quadros de expressões e significados são exemplos de:
a) linguagem inovadora, praticada em ocasiões em que se pretenda “chocar” através do discurso.
b) padronização da língua, advinda de fatores, regionais, culturais e contextuais.
c) linguagem especificamente caipira, da roça, repudiada em textos literários por bons autores.
d) gírias populares comuns à fala dos jovens em situações as quais exijam mais descontração.
e) variedades linguísticas usadas por diferentes falantes em contextos adversos.
H27 - Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de
comunicação.
Esteves, O. Itinerário, n° 3. Belo Horizonte, mar./85
QUESTÃO 18.H27
A charge é um tipo de texto que, em geral, faz uso da palavra, valendo-se também da imagem, de forma
humorística para fazer críticas, sobretudo, sociais e políticas. Nessa charge comemorativa do Ano Inter-nacional
da Criança, evidencia-se
a) o uso da norma padrão e da linguagem coloquial em diferentes situações de comunicação.
29. b) a incoerência do uso da norma padrão na linguagem do político diante do tema abordado.
c) a necessidade de que a comunicação do pivete também fosse processada conforme a norma pa-drão.
d) a incompreensão do discurso quando a norma padrão é fronteira entre diferentes níveis de escola-ridade.
e) a linguagem padrão como geradora, nas crianças, de desinteresse pela mensagem veiculada.
29
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E
REDAÇÃO
WALMIR
NETO
H28 - Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e
LINGUAGENS E CÓDIGOS II
informação.
https://www.google.com.br/search?q=face+compra+whatsapp (Acessado em 8/2/2014)
QUESTÃO 19.H28
Essa imagem que circulou recentemente pelas redes sociais satiriza a aquisição do whatsApp pelo face-book,
conferindo a Zucker Berg a responsabilidade:
a) pela quebra de privacidade dos usuários do aplicativo.
b) pelo ocupação da maior parte do tempo dos jovens.
c) pela fomentação do “vício digital” nas mentes informatizadas.
d) pelo aumento de estresse e da competitividade entre internautas.
e) pela desumanização de jovens que trocam o sono pelas redes sociais.
H29 - Identificar pela análise de suas linguagens, as tecnologias da comunicação e informação.
QUESTÃO 20.H29
O WhatsApp é uma ferramenta que funciona no Android, BlackBerry, iOS, Nokia e Windows Phone. Com
o WhatsApp, você
a) tem uma forma específica para comentar e curtir fotos compartilhadas em grupo ou de forma per-sonalizada.
b) verifica acesso a conteúdo Premium, conteúdo não Premium, serviços, recursos, Atualização Auto-mática,
Central de Mensagens e outros serviços personalizados.
c) associa o nome de uma conta pré-existente e o ID de usuário a informações de identificação pessoal
para ter opções de conteúdo, produtos, serviços e softwares.
d) não precisa criar uma conta, inventar um apelido nem sair adicionando contatos, pois o programa
utiliza a linha telefônica como identificação e puxa as pessoas da agenda como contatos.
e) se integra a outras redes sociais como Delicious, Digg, Facebook, Flickr, Twitter e YouTube, sendo-
-lhe atribuído um perfil ao qual é possível adicionar informações, amigos, fotos e compartilhá-las.
:: GABARITO ::
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
30. 30
MÓDULO III
MATEMÁTICA
E SUAS TECNOLOGIAS
• PROF. RAUL BRITO
• PROF. ROBÉRIO BARCELAR
• PROF. PEDRO EVARISTO
PROJETO ALCANCE ENEM 2014
31. 31
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
ANÁLISE COMBINATÓRIA
RAUL BRITO
AULA 04
QUESTÃO 01 - Princípio Fundamental da Contagem
Em inúmeras situações do cotidiano, nos deparamos com problemas de contagem. Por exemplo:
» Ao preencher volante de jogo da mega sena, de quantas maneiras diferentes é possível escolher 6
números ?
» Ao escolher 6 algarismos para compor uma senha de um cartão magnético, de quantas maneiras
diferentes podemos fazê-lo ?
» No último campeonato estadual de futebol, ficaram 4 equipes para disputar a etapa final. Se cada
uma jogou com todas as demais uma única vez, quantas partidas ocorreram nessa fase ?
» As placas dos veículos nacionais atualmente são compostas de 3 letras seguidas de 4 algarismos.
Quantas placas diferentes tal sistema comporta ?
Como a contagem direta desses eventos é, em geral, impraticável, a Matemática recorre a técni-cas
indiretas de contagem.
Esse conjunto de técnicas é chamado análise combinatória e iniciaremos seu estudo apresentan-do
o princípio fundamental de contagem.
Considere o seguinte problema:
“Um rapaz quer se vestir usando uma calça e uma camisa. Sabendo que ele possui 3 calças (1
branca, 1 azul e 1 preta) e 2 camisas (1 vermelha e 1 amarela), de quantas maneiras diferentes ele pode-rá
se vestir?”
Resolução:
As possíveis combinações são:
1. calça branca e camisa vermelha.
2. calça branca e camisa amarela.
3. calça azul e camisa vermelha.
4. calça azul e camisa amarela.
5. calça preta e camisa vermelha.
6. calça preta e camisa amarela.
Ou seja, 2 x 3 = 6 possibilidades
Considere um segundo exemplo:
Para viajar de uma cidade A para uma cidade C, por uma rodovia, deve-se passar necessaria-mente
por uma cidade B. Se há 3 rodovias ligando A a B e 4 rodovias ligando B a C, quantas opções
diferentes há para se ir de A até C ?
Solução:
As possíveis trajetórias são:
1. 1 à 4 7. 2 à 6
2. 1 à 5 8. 2 à 7
3. 1 à 6 9. 3 à 4
4. 1 à 7 10. 3 à 5
5. 2 à 4 11. 3 à 6
6. 2 à 5 12. 3 à 7
Ou seja, 3 x 4 = 12 possibilidades
32. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
conhecido com princípio multiplicativo, que pode ser enunciado assim:
“Se um evento A pode ocorrer de m maneiras distintas e se, para cada uma dessas m maneiras, um
outro evento B pode ocorrer de n modos diferentes, então o número de maneiras de ocorrer o evento
A seguido do evento B é m∙n.”
QUESTÃO 02 - Combinações Simples e Arranjos Simples:
32
RAUL BRITO
Os dois exemplos vistos ilustram o que chamamos princípio fundamental da contagem, também
Vamos agora apresentar duas situações que ocorrem frequentemente quando resolvemos pro-blemas
de contagem: os arranjos simples e as combinações simples. Vamos introduzi-los a partir de um
ANÁLISE COMBINATÓRIA
problema.
Seja o conjunto E = {a, b, c}. Com os elementos de E vamos obter os seguintes agrupamentos:
Todos os subconjuntos de E com 2 elementos:
{a, b}, {a, c}, {b, c}
Todas as seqüências com 2 elementos de E:
(a, b), (b, a), (a, c), (c, a), (b, c), (c, b)
Observe que esses dois tipos de agrupamentos diferem num aspecto básico.
No caso dos subconjuntos, não é levada em conta a ordem em que os elementos são escritos, isto
é, alterando-se a ordem dos elementos de um subconjunto, este não se altera.
Assim: {a, b} = {b, a} {b, c} = {c, b}
Porém, no caso das seqüências, a mudança da ordem dos elementos gera uma outra seqüência.
Assim: (a, b) ≠ (b, a) (b, c) ≠ (c, b)
Os agrupamentos do 1o tipo, os subconjuntos, são chamados combinações simples, enquanto
que os dos 2o tipo, as seqüências, são chamados arranjos simples. Nos dois casos, a palavra simples se
refere ao fato de que os agrupamentos são formados por elementos distintos.
Observações !!!
A diferenciação entre combinações e arranjos será de fundamental importância na resolução dos pro-blemas
de contagem daqui em diante. Destaquemos mais uma vez que:
COMBINAÇÕES à a ordem não importa
ARRANJOS à a ordem importa
Número de Combinações Simples
!
n
! ( )!
p n p
C p
n
Lê-se: combinação de n elementos distintos tomados p a p.
Número de Arranjos Simples
!
n
( )!
n p
Ap
n
Lê-se: arranjo de n elementos distintos tomados p a p.
Relação entre os Arranjos Simples e as Combinações Simples
pn
pn
A = p!⋅C
QUESTÃO 03 - Permutação Simples
É um caso particular de arranjos simples. A permutação de n elementos distintos é o arranjo de n elemen-tos
distintos tomados n a n.
nn
n P = A à P n! n =
33. 33
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
ANÁLISE COMBINATÓRIA
RAUL BRITO
Outras Notações
) ( C C np
n,p
pn
= =
n,p
pn
A = A
QUESTÃO 04 - Permutações com Repetições
É o número de permutações de n objetos onde há a repetição de um ou mais elementos. Para ser mais
objetivo, o primeiro elemento repete-se a1 vezes, o segundo elemento repete-se a2 vezes, ..., o k-ésimo
elemento repete-se ak vezes.
P n!
! ! ... !
1 2 k
, , ... ,
n
1 2 k
a ⋅a ⋅ ⋅ a
a a a =
Onde n = a1 + a2 + ... + ak
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
QUESTÃO 01 - Uma indústria alimentícia prepara um “buffet” com seus produtos para a apreciação de
especialistas do setor. São dois tipos de suco, cinco tipos de prato salgado e quatro tipos de sobremesa.
Cada especialista prova o buffet individualmente e, entre um especialista e outro, o “buffet” é reorganizado
em ordem diferente, seguindo as seguintes instruções:
I. Sucos, salgados e sobremesas devem ser dispostos em linha.
II. Cada tipo de produto deve ser agrupado de modo conjunto. Os sucos devem ficar juntos, assim
como os pratos salgados e as sobremesas, ou seja, não se devem intercalar produtos de tipos di-ferentes.
III. A sequência dos tipos de produto pode ser alterada, ou seja, pode ser iniciada com os sucos, ou
com os pratos salgados, ou ainda, pelas sobremesas.
De quantas maneiras diferentes o “buffet” pode ser composto?
a) 34560 b) 34260 c) 34500 d) 34680
QUESTÃO 02 - Do alto de uma torre dispomos de 5 bandeiras distintas que utilizamos para emitir mensagens de
sinalização. Cada mensagem está associada ao hasteamento de 1 ou mais bandeiras. Quantas mensagens pode-mos
emitir com essas 5 bandeiras?
a) 325 b) 345 c) 355 d) 365
QUESTÃO 03 - Usando os algarismos 2, 3, 4, 5 e 6 e sem repeti-los, quantos números de 5 dígitos e pares nós
podemos formar maiores que 40000?
a) 39 b) 40 c) 41 d) 42
QUESTÃO 04 - A figura mostra a planta de um bairro de uma cidade. Uma pessoa quer caminhar do pon-to
A ao ponto B por um dos percursos mais curtos. Assim, ela caminhará sempre nos sentidos de baixo
para cima ou da esquerda para a direita. O número de percursos diferentes que essa pessoa poderá
fazer de A até B é:
a) 95 040. b) 40 635. c) 924. d) 792.
QUESTÃO 05 -Três homens e três mulheres vão ocupar 3 degraus de uma escada partirar uma foto.
Essas pessoas devem se colocar de maneira que em cada degrau fique apenas um casal. Nessas condi-ções,
de quantas maneiras diferentes elas podem se arrumar?
a) 1.080 b) 720 c) 360 d) 288
34. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
RAUL BRITO
QUESTÃO 06 - Dos 30 candidatos ao preenchimento de 4 vagas em certa empresa, sabe-se que 18 são
do sexo masculino, 13 são fumantes e 7 são mulheres que não fumam. De quantos modos podem ser
selecionados 2 homens e 2 mulheres entre os não fumantes?
a) 40 b) 945 c) 2380 d) 3780
QUESTÃO 07 - Maria deve criar uma senha de 4 dígitos para sua conta bancária. Nessa senha, somente
os algarismos 1,2,3,4,5 podem ser usados e um mesmo algarismo pode aparecer mais de uma vez. Con-tudo,
34
supersticiosa, Maria não quer que sua senha contenha o número 13, isto é, o algarismo 1 seguido
imediatamente pelo algarismo 3. De quantas maneiras distintas Maria pode escolher sua senha ?
a) 550 b) 551 c) 552 d) 553
QUESTÃO 08 - Seis pessoas classificadas para a etapa final de um concurso concorrem a seis prêmios:
2 deles distintos, correspondentes ao primeiro e segundo lugares da classificação, e 4 iguais, como prê-mios
de consolação aos demais classificados. De quantos modos poderá ocorrer a premiação dessas
pessoas?
a) 80 b) 60 c) 40 d) 30
QUESTÃO 09 -
Considere como um único conjunto as 8 crianças - 4 meninos e 4 meninas - personagens da tirinha. A par-tir
desse conjunto, podem-se formar n grupos, não vazios, que apresentam um número igual de meninos
e de meninas. Qual é o maior valor de n?
a) 68 b) 69 c) 70 d) 71
QUESTÃO 10 - Duas retas denominadas r e s são paralelas. A reta r possui 7 pontos discriminados e a
reta s possui 5 pontos discriminados. Quantos triângulos podemos formar tendo como vértices pontos
dessas 2 retas ?
a) 170 b) 175 c) 165 d) 180
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
QUESTÃO 01 - Se uma sala possui 6 janelas, quantos são os modos distintos de manter pelo menos uma
delas aberta?
a) 61 b) 62 c) 63 d) 64
QUESTÃO 02 - Assinale a alternativa na qual consta a quantidade de números inteiros formados por três
algarismos distintos, escolhidos dentre 1, 3, 5, 7 e 9, e que são maiores que 200 e menores que 800.
a) 30 b) 36 c) 42 d) 48 e) 54
QUESTÃO 03 - Quantos anagramas da palavra JANEIRO têm as consoantes juntas e em ordem alfabé-tica?
a) 24 b) 52 c) 120 d) 720 e) 840
QUESTÃO 04 - Com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6 são formados números de 5 algarismos distintos.
Entre eles, determine quantos são divisíveis por 5:
a) 110 b) 120 c) 130 d) 140
ANÁLISE COMBINATÓRIA
35. 35
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÃO 05 - A figura mostra uma tela quadrada de arame, onde se encontram, em vértices opostos,
uma aranha e uma formiga:
B D (Formiga)
C
A (Aranha) E
A aranha se desloca, sobre a tela, em direção à formiga, sempre andando para cima e/ou para a direita
(nunca volta). O número de distintas possíveis trajetórias da aranha, passando pelo centro C da tela, até
chegar à formiga, é:
a) 16 b) 20 c) 30 d) 36
QUESTÃO 06 - O gerente de uma empresa faz a cada semana a análise da contabilidade de uma das
8 filiais, buscando surpreender os funcionários da filial. Para isso, cada 8 semanas ele sorteia em que
ordem fará as análises, mantendo secreta essa ordem. O número de possibilidades, nessa situação, é:
8!
a) 88 b) 8! c) 82 d)
2! 6!
e) 2.8
QUESTÃO 07 - O número de anagramas da palavra UNIFOR que começam por vogal e terminam por
consoante é:
a) 720 b) 452 c) 360 d) 216 e) 180
QUESTÃO 08 - Quantos anagramas da palavra SIMPLES começam e terminam pela letra S?
a) 5 b) 24 c) 120 d) 360 e) 720
QUESTÃO 09 - Um químico possui 10 tipos de substâncias. De quantos modos possíveis poderá asso-ciar
6 dessas substâncias se, entre as 10, duas somente, não podem ser juntas porque produzem mistura
explosiva ?
a) 80 b) 120 c) 140 d) 160
QUESTÃO 10 - O comprador de certo modelo de automóvel pode escolher entre 6 cores e 4 itens opcio-nais.
O número total de opções distintas, com pelo menos um item opcional, é:
a) 24 b) 36 c) 48 d) 72 e) 90
:: GABARITO EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM ::
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
:: GABARITO EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES::
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
C B C B D B D C C E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
ANÁLISE COMBINATÓRIA
RAUL BRITO
36. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS ROBÉRIO
36
BARCELAR
UNIDADE DE MEDIDAS
AULA 05
Medidas de Comprimento
x10
km hm dam m dm cm mm
:10
Medidas de Superfície
x100
km² hm² dam² m² dm² cm² mm²
:100
Unidades Agrárias
hectare (ha) = hm2 are (a) = dam2 centiare (ca) = m2
Medidas de Volume
x1000
km³ hm³ dam³ m³ dm³ cm³ mm³
:1000
Medidas de Capacidade
x10
kl hl dal l dl cl ml
:10
Medidas de Massa
x10
kg hg dag g dg cg mg
:10
Medidas de Tempo
1 hora = 60 minutos = 3600 segundos
1 minuto = 60 segundos
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
QUESTÃO 01. (OBMEP-2006) - Aninha nasceu com 3,250 quilogramas. A figura mostra Aninha sendo
pesada com um mês de idade. Quanto ela engordou, em gramas, em seu primeiro mês de vida?
a) 550 b) 650 c) 750 d) 850 e) 950
37. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS ROBÉRIO
BARCELAR
QUESTÃO 02. (Enem 2011) - O dono de uma oficina mecânica precisa de um pistão das partes de um
motor, de 68 mmde diâmetro, para o conserto de um carro. Para conseguir um, esse dono vai até um
ferro velho e lá encontra pistões com diâmetros iguais a 68,21 mm ; 68,102 mm ; 68,001 mm; 68,02 mm e
68,012 mm. Para colocar o pistão no motor que está sendo consertado, o dono da oficina terá de adquirir
aquele que tenha o diâmetro mais próximo do que ele precisa. Nessa condição, o dono da oficina deverá
comprar o pistão de diâmetro:
a) 68,21mm b) 68,102 mm c) 68,02mm
d) 68,012 mm e) 68,001mm
QUESTÃO 03. (OMBEP-2011) - Um queijo foi partido em quatro pedaços de mesmo peso. Três desses
pedaços pesam o mesmo que um pedaço mais um peso de 0,8 kg. Qual era o peso do queijo inteiro?
a) 1,2 kg b) 1,5 kg c) 1,6 kg
d) 1,8 kg e) 2,4 kg
QUESTÃO 04. (OBMEP-2011) - Quantos copos de 130 mililitros é possível encher, até a borda, com dois
litros de água?
a) 11 b) 12 c) 13
d) 14 e) 15
QUESTÃO 05. (OBM-2004) - Imagine uma pilha com cem milhões de folhas de papel sulfite, cada uma
com 0,1 milímetro de espessura. Assinale a alternativa mais próxima da altura da pilha.
a) a sua altura.
b) o comprimento do maior animal do mundo, a baleia azul, que é cerca de 29 metros.
c) a altura do edifício mais alto do mundo, o Petronas Tower, que tem 88 andares.
d) a altura do pico mais alto do mundo, o Monte Everest, que é 8848 metros.
e) a distância do planeta Terra à Lua, que é muito maior que todas as alternativas anteriores.
QUESTÃO 06. (Ifsc 2011) -
O consumo de água das residências que possuem água encanada é medido
por um aparelho chamado hidrômetro. O hidrômetro utiliza, como unidade de
medida, o metro cúbico. Em diversos municípios catarinenses, essa leitura é
feita mensalmente no hidrômetro para que cada consumidor tome conheci-mento
37
UNIDADE DE MEDIDA
de seu consumo de água e para que a CASAN (Companhia Catari-nense
de Águas e Saneamento) possa emitir a fatura mensal de pagamento.
Recentemente, foi aprovada uma lei que considera como consumo mínimo
residencial o equivalente a 10m3 ao mês. Considerando que o consumo
mensal de uma residência é de 600 litros, então essa residência terá pago em litros durante um ano sem
consumir, o equivalente a...
a) 48000 litros. b) 112800 litros. c) 4800 litros.
d) 11280 litros. e) 1128 litros.
QUESTÃO 07. (OBMEP-2007) - Quando Bruno chegou a escola, um dos dois relógios de sua sala esta-va
marcando 06h 50min e o outro 7h 10min. A professora avisou que um dos relógios estava atrasado 3
minutos e o outro estava adiantado. Quantos minutos o outro relógio estava adiantado?
a) 3 minutos
b)10 minutos
c)13 minutos
d)17 minutos
e) 23 minutos
38. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÃO 08. (Cefet-MG-2011) - A África do Sul, país sede da Copa do Mundo de 2010, possui 1.219.912
km2 de extensão territorial. Essa área, em m2 , é:
a) 1.219.912 x 102 b) 121,9912 x 103
c) 12.199,12 x 105 d) 1.219.912 x 106
QUESTÃO 09. (Enem 2011) - Um mecânico de uma equipe de corrida necessita que as seguintes medi-das
realizadas em um carro sejam obtidas em metros:
a) distância a entre os eixos dianteiro e traseiro;
b) altura b entre o solo e o encosto do piloto.
Ao optar pelas medidas a e b em metros, obtêm-se, respectivamente,
a) 0,23 e 0,16 b) 2,3 e 1,6 c) 23 e 16 d) 230 e 160 e) 2300
e 1600
QUESTÃO 10. (Enem 2011) - Café no Brasil - O consumo atingiu o maior nível da história no ano pas-sado:
a β
38
os brasileiros beberam o equivalente a 331 bilhões de xícaras.
Veja. Ed. 2158. 31 mar. 2010.
Considere que a xícara citada na noticia seja equivalente a, aproximadamente, 120 mL de café.
Suponha que em 2010 os brasileiros bebam ainda mais café, aumentando o consumo em 1/5 do que foi
consumido no ano anterior. De acordo com essas informações, qual a previsão mais aproximada para o
consumo de café em 2010?
a) 8 bilhões de litros. b) 16 bilhões de litros. c) 32 bilhões de litros.
d) 40 bilhões de litros. e) 48 bilhões de litros.
PRISMAS
PRISMA RETO
É todo poliedro tal que:
a) duas faces são polígonos congruentes entre si, situadas em planos paralelos distintos (BASES);
b) as demais faces são retângulos (FACES LATERAIS).
e : planos paralelos dist int os
.
h distância entre e altura do prisma
: a β
( ).
ÁREAS E VOLUME
Área Lateral ( ) L A : soma das áreas das faces laterais.
Área da Base ( ) B A : área de uma base.
Área Total ( ) T A : 2. T L B A = A + A
ROBÉRIO
BARCELAR
UNIDADE DE MEDIDAS
39. 39
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
Volume (V ) : . B V = A h
PRISMA REGULAR
É todo prisma reto cuja base é um polígono regular de n lados.
Área Lateral: . L F A = n A Área Total: 2 T L B A = A + A Volume: . B V = A h
Prisma Oblíquo
As arestas laterais não são perpendiculares aos planos das bases.
A B
C
D E
Áreas e Volumes
• Área Lateral → É a soma das áreas das faces laterais.
• Área Total → É a soma da área lateral com as áreas das bases.
• Volume → É o produto da área da base pela altura.
Casos Particulares:
a) Prisma regular é aquele cujas bases são polígonos regulares.
b) Paralelepípedo reto retângulo ou ortoedro:
Área Total: A = 2 ab + 2 ac + 2 bc
t Volume: V = abc
Diagonal:
d = a2 + b2 + c2
c) Cubo
ROBÉRIO
BARCELAR
UNIDADE DE MEDIDA
40. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
Área Lateral:
40
A = 4a2
Área Total:
6 2 t A= a
ROBÉRIO
BARCELAR
Volume: V = a3
Diagonal da Face: 2 f D = a
Diagonal do Cubo: d = a 3
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
QUESTÃO 01. (UNICAMP-Adaptada) - A figura abaixo apresenta um prisma reto cujas bases são hexá-gonos
regulares. Os lados dos hexágonos medem 5 cm cada um e a altura do prisma mede 10 cm.
Calcule o volume do prisma.
a) 375 3 cm3 b) 350 3 cm3 c) 325 3 cm3 d) 300 3 cm3 e) 275 3 cm3
QUESTÃO 02. (PUCSP) - Um tanque de uso industrial tem a forma de um prisma cuja base é um trapézio
isósceles. Na figura a seguir, são dadas as dimensões, em metros, do prisma:
O volume desse tanque, em metros cúbicos, é:
a) 50 b) 60 c) 80 d) 100 e) 120
QUESTÃO 03. (Fatec) - A figura a seguir é um prisma reto, cuja base é um triângulo equilátero de 10 2
cm de lado e cuja altura mede 5 cm. Se M é o ponto médio de aresta DF, o seno do ângulo BME é:
a)
5 b)
5
7 c)
7
3 d)
2
1
4
2
e)
5
QUESTÃO 04. (ENEM) - Para confeccionar, em madeira, um cesto de lixo que comporá o ambiente
decorativo de uma sala de aula, um marceneiro utilizará, para as faces laterais, retângulos e trapézios
isósceles e, para o fundo, um quadrilátero, com os lados de mesma medida e ângulos retos.
Qual das figuras representa o formato de um cesto que possui as características estabelecidas?
UNIDADE DE MEDIDAS
41. ROBÉRIO
BARCELAR
41
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÃO 05. (ENEM) - Uma metalúrgica recebeu uma encomenda para fabricar, em grande quantida-de,
uma peça com o formato de um prisma reto com base triangular, cujas dimensões da base são 6 cm,
8 cm e 10 cm e cuja altura é 10 cm. Tal peça deve ser vazada de tal maneira que a perfuração na forma
de um cilindro circular reto seja tangente às suas faces laterais, conforme mostra a figura.
O raio da perfuração da peça é igual a:
a) 1 cm. b) 2 cm. c) 3 cm. d) 4 cm. e) 5 cm.
QUESTÃO 06. (ENEM) - Um porta-lápis de madeira foi construído no formato cúbico, seguindo o mode-lo
ilustrado a seguir.
O cubo de dentro é vazio. A aresta do cubo maior mede 12 cm e a do cubo menor, que é interno, mede
8 cm.
O volume de madeira utilizado na confecção desse objeto foi de:
a) 12 cm3 b) 64 cm3 c) 96 cm3 d) 1 216 cm3 e) 1 728 cm3
QUESTÃO 07. (ENEM) - A siderúrgica “Metal Nobre” produz diversos objetos maciços utilizando o ferro.
Um tipo especial de peça feita nessa companhia tem o formato de um paralelepípedo retangular, de acor-do
com as dimensões indicadas na figura que segue.
O produto das três dimensões indicadas na peça resultaria na medida da grandeza:
a) massa. b) volume. c) superfície. d) capacidade. e) comprimento.
QUESTÃO 08. (VUNESP-Adaptada) - Calcular o volume de um paralelepípedo retângulo, sabendo que
suas dimensões são proporcionais a 9, 12 e 20, e que a diagonal mede 100 m.
a) 138 240 m3 b) 136 146 m3 c) 134 234 m3 d) 132 456 m3 e) 130 864 m3
QUESTÃO 09. (Fuvest-SP) - Dois blocos de alumínio, em forma de cubo, com arestas medindo 10 cm
e 6 cm, são levados juntos à fusão e em seguida o alumínio líquido é moldado como um paralelepípedo
reto de arestas 8 cm, 8 cm e x cm. O valor de x é:
a) 16 m b) 17 m c) 18 m d) 19 m e) 20 m
QUESTÃO 10. (Mackenzie-SP) - Um prisma regular triangular tem todas as arestas congruentes e 48 m2
de área lateral. Seu volume vale:
a) 16 m3 b) 32 m3 c) 64 m3 d)
4 3m3 e) 3 16 3m
UNIDADE DE MEDIDA
42. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
ROBÉRIO
BARCELAR
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM - Comentários e Soluções
01 - Solução: - A balança mostra que o peso de Aninha com um mês de idade é de 4,1 quilos, ou seja, 4100 gramas. Aninha nasceu com
3250 gramas, logo ela engordou 4100 - 3250 = 850 gramas em seu primeiro mês de vida.
Comentário: usamos aqui a palavra peso em lugar de massa devido a seu emprego coloquial. Opção correta: d
02 - Solução: O menor valor apresentado é o mais próximo de 68 mm. Logo, o dono da oficina levará o pistão de 68,001m. Opção
correta: e
03 - Solução: Se tirarmos um pedaço de queijo de cada um dos pratos da balança, ela continua equilibrada, pois todos os pedaços têm
o mesmo peso. Logo, dois pedaços de queijo pesam 0,8 kg; como o queijo foi partido em quatro pedaços, vemos que o queijo inteiro
pesa 2x 0,8 = 1,6 kg. Opção correta: c
04 - Solução: Observamos que 2 litros equivalem a 2000 mililitros.
Como 2000 = 15 x 130 + 50, é possível encher completamente 15 copos de 130 mililitros e ainda restam 50 mililitros na jarra. Opção
correta: e
05 - Solução: Veja, que se multiplicarmos 0,1mm x 100000000 = 10000000 mm= 10000 m. Ou seja, é um valor comparável a altura do
pico mais alto do mundo, o Monte Everest. Opção correta: d
06 - Solução: Lembrando que 600 litros = 0,6m3 , e de acordo com o enunciado ,ficou sem consumir 12.(10 – 0,6) = 112,8m3 = 112.800
litros Opção correta: b.
07 - Solução: - Em primeiro lugar, notamos que o relógio quadrado não pode estar atrasado, pois nesse caso a hora correta seria
7h13mim e portanto o relógio redondo também estaria atrasado. Logo, o relógio que está atrasado é o redondo e a hora correta é
6h53mim. Concluímos que o relógio quadrado está adiantado em 7h10mim - 6h53mim = 17mim. Opção correta: d
08 - Solução: 1.219.912 km² = 1.219.912.106m². Opção correta: d
09 - Solução: Transformando as medidas dadas em metros, temos: 2300 mm= 2300. 10-3 m = 2,3 m 160 cm = 160.10-2 m = 1,6m.
Opção correta: b
10 - Solução: 120 ml = 0,12 litro (333 x 109 x 0,12 ) ( 1 + 1/5) = 47,592 x 109 litros. Aproximadamente 48 bilhões de litros. Opção
correta: e
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES - Comentários e Soluções
01 - Solução: 2
42
3.5 3 .10 375 3 3
2
V = = cm
02 - Solução: ( 8 +
2 ) .4
3 V = .5 =
100
m
2
03 - Solução:
( )
2
2 5 2 10 2 3 2 25 150 175 5 7
BM BM BM
= + ⇒ = + = ⇒ =
2
ˆ 5 7
= = =
5 7 7
Sen BME BE
BM
04 - Solução: A figura descrita é a figura da alternativa C. 05 - Solução:
6 8 10 2
raio + −
= =
cm 2
06 - Solução: 123 −83 =1216 cm3
07 - Solução: O produto das três dimensões indicadas na peça resulta no volume da peça.
08 - Solução:
( ) ( ) ( )
( )( )( )
2 2 2 2
k k k k k
100 9 12 20 10000 625 4
= + + ⇒ = ⇒ =
= = 3
09 - Solução:
V 9.4 12.4 20.4 138240
m
103 + 63 = 8.8.x⇒ x =19 m
10 - Solução:
2
x = ⇒ x
=
2
V = =
m
3
3 48 4
4 3.4 16 3
4
:: GABARITO EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM ::
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
D E C E D B D D B E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
:: GABARITO EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES ::
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
A D B C B D B A D E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
UNIDADE DE MEDIDAS
43. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS PEDRO
EVARISTO
A estatística é uma área dos conhecimento que utiliza teorias probabilísticas para explicação de
eventos, estudos e experimentos. Tem por objetivo obter, organizar e analisar dados, determinar as cor-relações
que apresentem, tirando delas suas consequências para descrição e explicação do que passou
A estatística é também uma ciência e prática de desenvolvimento de conhecimento humano atra-vés
do uso de dados empíricos. Baseia-se na teoria estatística, um ramo da matemática aplicada. Na te-oria
estatística, a aleatoriedade e incerteza são modeladas pela teoria da probabilidade. Algumas práticas
estatísticas incluem, por exemplo, o planejamento, a sumarização e a interpretação de observações. Por-que
o objetivo da estatística é a produção da “melhor” informação possível a partir dos dados disponíveis,
Estuda-se estatística para aplicar seus conceitos como auxílio nas tomadas de decisão diante
de incertezas, justificando cientificamente as decisões. Os princípios estatísticos são utilizados em uma
grande variedade de situações – no governo, nos negócios e na indústria, bem como no âmbito da ciên-cias
sociais, biológicas e físicas. A estatística presta-se a aplicações operacionais e de pesquisas, sendo
A Estatística compreende o planejamento e a execução de pesquisas, a descrição e a análise dos
Conforme o próprio nome indica, a estatística descritiva tem por finalidade descrever as unidades
de observação coletadas na amostra. Ela permite fazer comentários simples, da maneira mais informativa
possível, usando métodos numéricos e métodos gráficos.
A análise exploratória de dados é a fase inicial do processo de estudo dos elementos coletados
nas amostras. Nessa etapa de avaliação, utilizam-se técnicas que resumem e classificam o conjunto de
dados coletados para que se obtenham as informações pertinentes que serão utilizadas na fase final do
processo, a chamada inferência estatística, também conhecida como análise confirmatória de dados.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA OU ESTATÍSTICA INDUTIVA
A inferência estatística refere-se a um processo de generalização, a partir de resultados particu-lares.
Consiste em obter e generalizar conclusões, ou seja, inferir propriedades para o todo com base na
parte, no particular. A amostragem é um exemplo vivo do adágio. “Não é preciso comer um bolo inteiro
para saber se é bom”. Os exemplos familiares são muitos. Mergulhar a ponta do pé na água para avaliar a
temperatura da piscina. Folhear um novo livro. Testar um novo carro. Há, além disso, inúmeros exemplos
da aplicação de tal conceito na indústria, no comércio e em repartições públicas.
POPULAÇÃO E AMOSTRA
Dois conceitos utilizados largamente em Estatística são população ou universo estatístico e amos-tra.
O conjunto da totalidade dos indivíduos sobre o qual se faz uma inferência recebe o nome de
população ou universo. Em linguagem mais formal, a população é o conjunto constituído por todos os
indivíduos que apresentem pelo menos uma característica comum, cujo comportamento interessa anali-sar
(inferir). Essas características da população são comumente chamadas de parâmetros, os quais são
43
AULA 06
INTRODUÇÃO
e previsão e organização do futuro.
alguns autores sugerem que a estatística é um ramo da teoria da decisão.
efetiva não só em experimentos de laboratório, mas também em estudos fora dele.
resultados e a formulação de predições com base nesses resultados.
Estatística é o campo do conhecimento científico que trata da coleta e análise de dados com o fim
de se obter conclusões para tomada de decisões.
A Estatística pode ser dividida em:
• Estatística Descritiva ou Dedutiva;
• Inferência Estatística ou Indutiva.
ESTATÍSTICA DESCRITIVA OU ESTATÍSTICA DEDUTIVA
POPULAÇÃO OU UNIVERSO ESTATÍSTICO
NOÇÕES DE ESTATÍSTICA
44. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS PEDRO
44
EVARISTO
NOÇÕES DE ESTATÍSTICA
valores fixos e ordinariamente desconhecidos.
Quanto ao número de elementos, a população pode ser finita e infinita.
População finita é aquela em que o número de unidades de observação pode ser contado e é
limitado.
Exemplos de população finita:
• alunos matriculados nas escolas públicas estaduais;
• todas as declarações de Imposto de Renda recebidas pela Receita Federal;
• todos os crimes relatados pelas Secretarias de Segurança Pública.
Uma população é infinita se a quantidade de unidades de observação é ilimitado, ou a sua composição é
tal que as unidades da população não podem ser contados.
Exemplo de população infinita:
• Gases, líquidos e alguns sólidos, como o talco, porque as unidades não podem ser identificadas
e contadas.
AMOSTRA
A amostra pode ser definida como um subconjunto, uma parte selecionada da totalidade de obser-vações
abrangidas pela população. As características da amostra são chamadas de estatísticas descriti-vas.
Exemplos:
• Dez alunos matriculados no curso de Estatística, escolhidos aleatoriamente;
• 20% dos habitantes de Fortaleza com renda entre 10 e 30 salários mínimos, escolhidos ao acaso,
para estudo da situação sócio-econômica.
CENSO E AMOSTRAGEM
Um censo envolve um exame de todos os elementos de um dado grupo, ao passo que a amostra-gem
envolve o estudo de apenas uma parte dos elementos.
A amostragem é, pois, o processo através do qual, pelo estudo da amostra, são estudadas as
características da população. A amostragem pode ser sem reposição e com reposição.
Amostragem sem reposição é quando não há repetições de elementos na amostra, ou seja, cada ele-mento
não pode ser escolhido mais de uma vez.
Exemplo de amostragem sem reposição
• Em uma pesquisa eleitoral, pouco anterior a uma eleição, para que se conheça a intenção de voto
das pessoas entrevistadas, estas devem ser ouvidas apenas uma vez, porque, em uma eleição,
o voto é individual.
Amostragem com reposição é quando há repetições de elementos na amostra, ou seja, cada elemen-to
pode ser escolhido mais de uma vez.
Exemplo de amostragem com reposição
• Quando se deseja saber quanto tempo uma pessoa fica em uma fila de banco, a mesma pessoa
pode ser observada duas ou mais vezes, a cada vez que retorna ao banco.
À primeira vista pode parecer que a inspeção completa ou total de todos os itens de uma popu-lação
seja mais conveniente do que a inspeção de apenas uma amostra deles. Na prática, o contrário é
que é quase sempre válido; a amostragem é preferível ao censo.
VARIÁVEL
Em Estatística, a variável é uma atribuição de um número a cada característica da unidade de
observação, ou seja, é o objeto da pesquisa, é aquilo que estamos investigando.
45. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS PEDRO
EVARISTO
Algumas variáveis como sexo, grau de instrução e estado civil, apresentam como possíveis reali-zações
uma qualidade (ou atributo) do indivíduo pesquisado. São denominadas de Variáveis Qualitativas.
Outras variáveis tais como tempo na empresa, idade e salário, apresentam como possíveis valores, nú-meros
45
TIPOS DE VARIÁVEIS
resultantes de uma contagem ou mensuração. Estas são chamadas Variáveis Quantitativas.
CLASSIFICAÇÃO DAS VARIÁVEIS EM ESTATÍSTICA
NOÇÕES DE ESTATÍSTICA
V A R I Á V E I S
QUALITATIVAS - (ATRIBUTOS) QUANTITATIVAS - (NUMÉRICAS)
NOMINAIS ORDINAIS DISCRETAS CONTÍNUAS
EXEMPLOS:
- sexo;
- cor;
- raça;
- religião;
- naturalidade;
- estado civil.
EXEMPLOS:
- grau de instrução;
- status social;
- conceito escolar;
- hierarquia;
- patente do exército.
EXEMPLOS:
- nº de funcionários;
- quantidade de alunos;
- no de equipamentos.
EXEMPLOS:
- peso;
- altura;
- salário;
- comprimento.
LINK:
A Variável Discreta é possível contar, mas a variável contínua não. Esta última é obtida no proce-dimento
de mensuração, ou seja, devemos pesar, medir, etc.
Na Variável Ordinal há uma ordenação natural das unidades, na variável nominal não existe essa
ordenação natural.
SÉRIES ESTATÍSTICAS
Uma vez coletados os dados de todas as variáveis envolvidas em determinado estudo, o passo
seguinte é descobrir o que os dados da amostra têm a dizer a respeito do que está sendo investigado.
Olhar uma extensa listagem de dados não permite praticamente qualquer conclusão; é preciso utilizar
medidas, tabelas ou gráficos que resumam e mostrem o comportamento das variáveis, permitindo inter-pretações
práticas. Em outras palavras, devem-se utilizar técnicas que mostrem as informações contidas
nas variáveis.
Reunindo, pois, os valores em tabelas compactas, consegue-se apresentá-los e descrever-lhes a
variação mais eficientemente. Essa condensação dos valores permite ainda a utilização de representação
gráfica, que normalmente representa uma forma mais útil e elegante de apresentação da característica
analisada.
Uma série estatística define-se como toda e qualquer coleção de dados estatísticos referentes a
uma mesma ordem de classificação quantitativa.
Para diferenciar uma série estatística de outra há de se levar em conta três características na ta-bela:
fenômeno, local e época.
• A Época (fator temporal ou cronológico) a que se refere o fenômeno analisado.
• O Local (fator espacial ou geográfico) onde o fenômeno acontece.
• O Fenômeno (espécie do fato ou fator especificativo) que é descrito.
• Logo, ao nos defrontarmos com uma série estatística, deveremos apresentar respostas às seguin-tes
perguntas: O quê? Onde? Quando?
Na série estatística, haverá sempre um elemento que sofrerá variações. A partir deste elemento,
estabeleceremos uma classificação.
SÉRIE TEMPORAL
A série temporal, igualmente chamada série cronológica, série histórica , série evolutiva ou mar-cha,
identifica-se pelo caráter variável do fator cronológico. Assim, deve-se ter: a característica variável é
o tempo (Quando?), permanecendo fixos o local (Onde?) e o fenômeno estudado (O quê?).
46. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS PEDRO
POPULAÇÃO BRASILEIRA NAS ÚLTIMAS DÉCADAS - (VALOR APROXIMADO EM MILHÕES)
46
Ano R$
1950 51
1960 70
1970 93
1980 119
1990 146
2000 170
2010 192
Fonte: IBGE
SÉRIE GEOGRÁFICA
Também denominada série territorial, série espacial ou série de localização, a série geográfica
apresenta como elemento ou caráter variável somente o fator geográfico. Assim: a característica variável
é o local (Onde?), , permanecendo fixos o tempo(Quando?) e o fenômeno estudado (O quê?).
QUANTIDADE DE COPAS DO MUNDO DE FUTEBOL - REALIZADAS EM CADA CONTINENTE
CONTINENTE Nº DE COPAS
Europa 10
América do Sul 4
América do Norte 3
Ásia 1
África 1
América Central 0
Oceania 0
Fonte: FIFA
SÉRIE ESPECÍFICA
A série específica recebe também outras denominações: série categórica ou série por categoria,
onde a característica variável é o fenônemo (O quê?), permanecendo fixos o tempo (Quando?) e o local
(Onde?).
GASTO ANUAL DAS ESCUDERIAS DE FÓRMULA 1 - NO ANO DE 2007 (MILHÕES DE DOLARES)
Investimentos US$
Toyota 446
McLaren 433
Ferrari 415
Honda 398
Renault 394
BMW Sauber 367
Red Bukk Racing 165
Williams 160
Toro Rosso 128
Force Índia 121
Fonte: Site F1 Fanatic
SÉRIE MISTA
Estas são séries que resultam de uma combinação de, pelo menos, duas das séries vistas.
INVESTIMENTOS EM INFRA-ESTRUTURA, EDUCAÇÃO E SAÚDE
NO MUNICÍPIO “X” EM 2009 E 2010 (MILHÕES DE REAIS)
INVESTIMENTOS ANOS
2008 2009
Infra-Estrutura 15 18
Educação 10 12
Saúde 12 15
DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS
Na distribuição de frequências os dados são ordenados em classes ou não, segundo a magnitude,
permanecendo constantes o fenômeno (O quê?), o tempo (Quando?) e o local (Onde?).
EVARISTO
NOÇÕES DE ESTATÍSTICA
47. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS PEDRO
47
NÚMERO DE EMPREGADOS POR CLASSES
DE SALÁRIOS NA INDÚSTRIA “ABC”
SALÁRIOS (R$) NO DE EMPREGADOS
500 a 750 150
750 a 1000 180
1000 a 1250 200
1250 a 1500 50
1500 a 1750 90
TOTAL 670
TIPOS DE GRÁFICO
O gráfico estatístico tem como principal objetivo, apresentar de forma clara e rápida os dados de
uma série. Com poucas palavras e de maneira ágil, é possível apresentar os dados da série em estudo.
Para que um gráfico seja realmente útil, deve ter simplicidade, clareza e veracidade.
HISTOGRAMAS, POLÍGONOS DE FREQUÊNCIA E OGIVA:
Usadas para representar distribuições de freqüência.
NÚMEROS DE ALUNOS POR CLASSE DE NOTAS
GRÁFICO EM LINHA:
Observações feitas ao longo do tempo, tais como as séries históricas ou temporais.
VARIAÇÃO DO DOLAR EM 2009
GRÁFICO EM COLUNAS:
Representa uma série através de retângulo dispostos horizontalmente (em barras) ou verticalmen-te
(em colunas).
OS 10 MAOIRES PONTUADORES DA HISTÓRIA DA F1
GRÁFICO EM SETORES:
Construído em um círculo, que é dividido em setores correspondentes aos termos, de forma que
cada um dos dados é proporcional ao ângulo de abertura do setor correspondente.
EVARISTO
NOÇÕES DE ESTATÍSTICA
48. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS PEDRO
Usada principalmente quando se quer salientar a proporção dos dados.
48
EMBALAGENS UTILIZADAS PELA POPULAÇÃO DA CIDADE A
CARTOGRAMA:
EVARISTO
Deve representar os dados sobre um mapa, afim de associar o dado a região representada.
AVANÇO DA GRIPE A ATÉ MAIO 2009
PICTOGRAMAS:
Usa figuras associadas ao tema, que têm relação direta com a área que está sendo pesquisada,
ou seja, é uma forma de escrita pela qual são transmitidas idéias através de desenhos. Esse tipo de re-presentação
não é muito precisa, pois é mais destinada ao grande público, por ser mais atrativo.
NÚMERO DE TÍTULOS DAS ATUAIS EQUIPES DE F1
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM:
QUESTÃO 01 - Julgue o item seguinte.
I. Por Estatística Descritiva entende-se um conjunto de ferramentas, tais como gráficos e tabelas, cujo
objetivo é apresentar, de forma resumida, um conjunto de observações.
II. Um censo consiste no estudo de todos os indivíduos da população considerada.
III. Como a realização de um censo tipicamente é muito onerosa e(ou) demorada, muitas vezes é con-veniente
estudar um subconjunto próprio da população, denominado amostra.
Podemos afirmar que:
a) Todos estão falsos b) Apenas I e II são verdadeiros
c) Apenas I e III são verdadeiros d) Apenas II e III são verdadeiros
e) Todos são verdadeiros
CONCENTRAÇÃO POPULACIONAL
A Ásia abriga mais de 60% da população mundial, com quase 4 bilhões de pessoas. A China e
a Índia sozinhas abrigam 21% e 17% respectivamente. Essa classificação é seguida da África com 840
milhões de pessoas, 12,7% da população mundial. As 710 milhões de pessoas da Europa a fazem abrigar
10,8% da população mundial. A América do Norte abriga 514 milhões (8%), a América do Sul, 371 milhões
NOÇÕES DE ESTATÍSTICA