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MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA 
LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ 
José Albuquerque 
Tin Gomes 
Lucílvio Girão 
Sérgio Aguiar 
Manoel Duca 
João Jaime 
Dedé Teixeira 
Presidente 
1º Vice-Presidente 
2º Vice-Presidente 
1º Secretário 
2º Secretário 
3º Secretário 
4º Secretário 
UNIVERSIDADE DO PARLAMENTO CEARENSE 
Patrícia Saboya 
Professor Teodoro 
Lindomar Soares 
Silvana Figueiredo 
Presidente 
Vice-Presidente 
Diretora de Gestão e Ensino 
Diretora Técnica 
EQUIPE DE ELABORAÇÃO E COORDENAÇÃO DO PROJETO ALANCE 
Lindomar Soares 
Silvana Figueiredo 
Fábio Frota
Índice 
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação 
Linguagens e Códigos I ............................................................................................................. 
Redação ................................................................................................................................... 
Linguagens e Códigos II ............................................................................................................ 
Análise Combinatória ................................................................................................................ 
Unidade de Medida ................................................................................................................... 
Noções de Estatística ............................................................................................................... 
História Geral ............................................................................................................................ 
História do Brasil ....................................................................................................................... 
Física ......................................................................................................................................... 
Química ..................................................................................................................................... 
Biologia ...................................................................................................................................... 
07 a 10 
11 a 19 
20 a 29 
31 a 35 
36 a 42 
43 a 57 
59 a 71 
72 a 78 
80 a 84 
85 a 102 
103 a 107 
Matemática e suas Tecnologias 
Ciências Humanas e suas Tecnologias 
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
6 
MÓDULO III 
LINGUAGENS, CÓDIGOS 
E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO 
• PROF. SINVAL 
• PROF. VICENTE JÚNIOR 
• PROF. WALMIR NETO 
PROJETO ALCANCE ENEM 2014
7 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E 
REDAÇÃO 
LINGUAGENS E CÓDIGOS I 
SINVAL 
AULA 01 
Competência de área 4 – Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de signifi-cação 
e integrador da organização do mundo e da própria identidade. 
H12 - Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios 
culturais. 
H13 - Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões 
de beleza e preconceitos. 
H14 - Reconhecer o valor da diversidade artística e das interrelações de elementos que se apre-sentam 
nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos. 
QUESTÃO 01 - 1. Sobre este quadro, A Negra, pintado por Tarsila do Amaral em 1923, é possível afirmar 
que: 
a) se constituiu numa manifestação isolada, não podendo ser associada a outras mudanças da cultura 
brasileira do período. 
b) representou a subordinação, sem criatividade, dos padrões da pintura brasileira às imposições 
das correntes internacionais. 
c) estava relacionado a uma visão mais ampla de nacionalização das formas de expressão cultural, in-clusive 
da pintura. 
d) foi vaiado, na sua primeira exposição, porque a artista pintou uma mulher negra nua, em desacordo 
com os padrões morais da época. 
e) demonstrou o isolamento do Brasil em relação à produção artística da América Latina, que não 
passara por inovações. 
QUESTÃO 02 - Com base na imagem do pintor expressionista Edvard Munch, o conhecidíssimo quadro 
O grito, e nos conhecimentos sobre o Expressionismo, assinale a alternativa correta. 
a) A pintura expressionista trabalha com partes de uma mesma imagem, recompondo-as e utilizando- 
-as ao mesmo tempo, a fim de criar várias perspectivas e dar a impressão de que um objeto pode 
ser visto ao mesmo tempo sob todos os ângulos. 
b) Pintando diretamente sobre a tela branca, utilizando somente cores puras justapostas em vez de 
misturá-las previamente na paleta, os pintores expressionistas buscavam obter a vibração da luz;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E 
REDAÇÃO 
8 
SINVAL 
pesquisavam os cambiantes efeitos da luz na atmosfera e nos objetos a fim de fixá-los na tela. 
c) A proposta do Expressionismo é de que a arte flua livremente a partir do inconsciente, da livre 
associação, com a incorporação de elementos ilógicos do sonho, da fantasia, sem se submeter a 
qualquer teoria vigente e a nenhuma lógica. 
d) O expressionista é inclinado a deformar a realidade de modo cruel, caricatural, muitas vezes hilário; 
o exagero, a distorção e a dramaticidade das formas, linhas e cores revelam uma atitude emocional 
do artista. 
e) O movimento expressionista propõe a construção de valores burgueses, utilizando-se do lirismo 
para afirmar conceitos da sociedade; suas manifestações são intencionalmente ordenadas e obje-tivam 
LINGUAGENS E CÓDIGOS I 
conquistar a crítica. 
QUESTÃO 03 - Oxímoro (ou paradoxo) é uma construção textual que agrupa significados que se excluem 
mutuamente. Para Garfield, a frase de saudação de Jon (tirinha abaixo) expressa o maior de todos os 
oxímoros. 
Folha de S. Paulo. 31 de julho de 2000. 
Nas alternativas abaixo, estão transcritos versos retirados do poema “O operário em construção”. Pode- 
-se afirmar que ocorre um oxímoro em 
(A) “Era ele que erguia casas 
Onde antes só havia chão.” 
(B) “... a casa que ele fazia 
Sendo a sua liberdade 
Era a sua escravidão.” 
(C) “Naquela casa vazia 
Que ele mesmo levantara 
Um mundo novo nascia 
De que sequer suspeitava.” 
(D) “... o operário faz a coisa 
E a coisa faz o operário.” 
(E) “Ele, um humilde operário 
Um operário que sabia 
Exercer a profissão.” 
MORAES, Vinícius de. Antologia Poética. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. 
QUESTÃO 04 - A discussão sobre gramática na classe está “quente”. Será que os brasileiros sabem 
gramática? A professora de Português propõe para debate o seguinte texto: 
PRA MIM BRINCAR 
Não há nada mais gostoso do que o mim sujeito de verbo no infinito. Pra mim brincar. 
As cariocas que não sabem gramática falam assim. Todos os brasileiros deviam de querer falar 
como as cariocas que não sabem gramática. 
– As palavras mais feias da língua portuguesa são quiçá, alhures e miúde. 
(BANDEIRA, Manuel, Seleta em prosa e verso. Org.: Emanuel de Moraes. 
4ª ed. Rio de Janeiro, José Olympio, 1986 .Pág. 19)
9 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E 
REDAÇÃO 
LINGUAGENS E CÓDIGOS I 
SINVAL 
Com a orientação da professora e após o debate sobre o texto de Manuel Bandeira, os alunos chegaram 
à seguinte conclusão: 
a) uma das propostas mais ousadas do Modernismo foi a busca da identidade do povo brasileiro e o 
registro, no texto literário, da diversidade das falas brasileiras. 
b) apesar de os modernistas registrarem as falas regionais do Brasil, ainda foram preconceituosos em 
relação às cariocas. 
c) a tradição dos valores portugueses foi a pauta temática do movimento modernista. 
d) Manuel Bandeira e os modernistas brasileiros exaltaram em seus textos o primitivismo da nação 
brasileira. 
e) Manuel Bandeira considera a diversidade dos falares brasileiros uma agressão à Língua Portugue-sa. 
QUESTÃO 05 - Érico Veríssimo relata, em suas memórias, um episódio da adolescência que teve influ-ência 
significativa em sua carreira de escritor. 
Lembro-me de que certa noite - eu teria uns quatorze anos, quando muito - encarregaram-me de 
segurar uma lâmpada elétrica à cabeceira da mesa de operações, enquanto um médico fazia os primeiros 
curativos num pobre diabo que soldados da Polícia Municipal haviam “carneado”. (...) Apesar do horror e 
da náusea, continuei firme onde estava, talvez pensando assim: se esse caboclo pode agüentar tudo isso 
sem gemer, por que não hei de poder ficar segurando esta lâmpada para ajudar o doutor a costurar esses 
talhos e salvar essa vida?(...) 
Desde que, adulto, comecei a escrever romances, tem-me animado até hoje a idéia de que o 
menos que o escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua 
lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos 
ladrões, aos assassinos e aos tiranos. 
Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, 
acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal 
de que não desertamos nosso posto. 
VERÍSSIMO, Érico. Solo de Clarineta. Tomo l. Porto Alegre: Editora Globo, 1978. 
Neste texto, por meio da metáfora da lâmpada que ilumina a escuridão, Érico Veríssimo define como uma 
das funções do escritor e, por extensão, da literatura: 
a) criar a fantasia. b) permitir o sonho. 
c) denunciar o real. d) criar o belo. e) fugir da náusea 
SONETO DE FIDELIDADE 
De tudo ao meu amor serei atento 
Antes e com tal zelo, e sempre, e tanto 
Que mesmo em face do maior encanto 
Dele se encante mais meu pensamento. 
Quero vivê-lo em cada vão momento 
E em seu louvor hei de espalhar meu canto 
E rir meu riso e derramar meu pranto 
Ao seu pesar ou ao seu contentamento. 
E assim, quando mais tarde me procure 
Quem sabe a morte, angústia de quem vive 
Quem sabe a solidão, fim de quem ama. 
Eu possa me dizer do amor (que tive): 
Que não seja imortal, posto que é chama 
Mas que seja infinito enquanto dure 
(MORAES, Vinícius de. Antologia poética. 
São Paulo: Cia das Letras, 1992)
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E 
REDAÇÃO 
QUESTÃO 06 - A palavra mesmo pode assumir diferentes significados, de acordo com a sua função na 
frase. 
Assinale a alternativa em que o sentido de mesmo equivale ao que se verifica no 3º. verso da 1ª. estrofe 
do poema de Vinícius de Moraes. 
a) “Pai, para onde fores, / irei também trilhando as mesmas ruas...” (Augusto dos Anjos) 
b) “Agora, como outrora, há aqui o mesmo contraste da vida interior, que é modesta, com a exterior, 
que é ruidosa.” (Machado de Assis) 
c) “Havia o mal, profundo e persistente, para o qual o remédio não surtiu efeito, mesmo em doses va-riáveis.” 
10 
SINVAL 
LINGUAGENS E CÓDIGOS I 
(Raimundo Faoro) 
d) “Mas, olhe cá, Mana Glória, há mesmo necessidade de fazê-lo padre?” (Machado de Assis) 
e) Vamos de qualquer maneira, mas vamos mesmo. (Aurélio) 
Um pouco de ortografia: 
QUESTÃO 07 - O acento gráfico de “pôr”: 
a) destina-se a diferenciar a forma verbal da preposição (por) e foi mantido pela reforma ortográfica. 
b) pode ser suprimido, o que deverá ocorrer, segundo a reforma ortográfica, até 2012. 
c) sempre existirá, porquanto a palavra se enquadra na regra dos monossílabos acentuados. 
d) é absolutamente desnecessário, por isso foi abolido pela reforma ortográfica. 
e) pode ser suprimido, independentemente do critério da ambiguidade semântica que possa gerar. 
:: GABARITO DE APRENDIZAGEM :: 
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11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E 
REDAÇÃO 
REDAÇÃO 
VICENTE 
JÚNIOR 
AULA 02 
II – Os modelos do ENEM e sua validade para outros concursos: 
Modelo ENEM: 
Abordagem direta ou 
indireta do tema. 
Lançamento de uma tese 
ou ponto de vista a ser 
defendido. 
A_____________________________ 
_______________________ .B. _______ 
_________________________________ 
_________________________________ 
_______________________________. 
B_____________________________ 
_____________________ .B. _________ 
_________________________________ 
_________________________________ 
______________________________. 
C_____________________________ 
____________.B ___________________ 
_________________________________ 
_________________________________ 
______________________________. 
D_____________________________ 
_________________________________ 
_________________________________ 
______ .B._________________________ 
______________________. 
Apresentação do 1º. 
argumento em favor do 
ponto de vista defendido, 
possibilitando a progressão 
do texto e do tema. 
Apresentação do 2º. 
argumento em favor do 
ponto de vista defendido, 
encaminhando o texto para 
um desfecho sobre o tema. 
Solução da problemática 
articulada com a discussão, 
com os argumentos 
apresentados. Ser inovador 
não é uma regra, mas 
diferencia os bons textos. 
“Tudo muda depois que a gente passa no vestibular. Quando fui 
aprovado em Direito, minha mãe deixou de me chamar de 
vagabundo e passou a me chamar de Doutor”. (Vestibulando)
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E 
REDAÇÃO 
tem, na verdade, a quantidade de parágrafos que seu autor achar que ela deve ter. Mas, no caso dos 
vestibulares algumas observações são válidas: 
1. A criação de um TF (tópico frasal) que direciona cada parágrafo; 
2. Períodos curtos, que fazem com que o bom parágrafo tenha, no mínimo, dois pontos finais dentro 
dele, um que delimita o TF e outro que encerra o parágrafo; 
3. A divisão aristotélica em três partes (Introdução - Desenvolvimento - Conclusão); 
4. O Desenvolvimento deve ser dividido em dois ou mais parágrafos; 
5 .O último parágrafo com um tópico frasal (TF) conclusivo, indicando que não há mais nada a ser dito 
sobre o assunto. 
12 
VICENTE 
JÚNIOR 
A caixa com quatro parágrafos é apenas uma sugestão sobre o formato do texto. Uma redação 
REDAÇÃO 
Discutindo os modelos 
O primeiro grande modelo de redação tem fundamentação clássica (tese – antítese – síntese) e 
construção eclesiástica, tanto que passou a ser denominada “redação barroca”. Explicando: Aborda-se 
diretamente o tema para, em seguida, estabelecer o confronto de ideias, ou seja, um parágrafo de aspec-tos 
positivos (os “prós”) e outro de aspectos negativos (os “contras”) sobre aquele assunto. Por fim, um 
tipo de síntese ou resgate das ideias colocadas no início do texto. Esse modelo é o mais utilizado pelos 
candidatos até hoje em qualquer concurso, inclusive na prova do ENEM. Mas é exatamente por isso, por 
não dominar o modelo especifico do ENEM, que o julgamento do candidato, por competências, acaba 
prejudicado. Um exemplo bem simples é que no modelo do ENEM há a necessidade de solução para a 
problemática discutida, enquanto que em outros modelos isso não precisa acontecer. 
Como vimos, a redação do ENEM pressupõe mesmo a aplicação de um modelo bastante específico, 
um esquema pré-determinado pelo próprio exame que confirma os postulados de uma educação funda-mentada 
em habilidades e competências com vistas à solução de problemas. Se assim não fosse, qual a 
finalidade de se cobrar isso? Por exemplo, o tema escolhido para a prova de redação do ENEM normal-mente 
constitui uma problemática (individual ou coletiva), normalmente atual e polêmica, que precisa ser 
conhecida pelo candidato, discutida com maturidade e, necessariamente, solucionada. 
Lembrando que um bom parágrafo possui em média de 3 a 6 linhas, o suficiente para apresentar 
um TF (tópico frasal) e seu desenvolvimento, convencionamos que um parágrafo bom, nas redações do 
ENEM ou da UECE, terá cinco linhas. Isso não impede que um parágrafo tenha seis ou sete linhas, mas 
advertimos que a desproporcionalidade dos parágrafos pode ocasionar erros nas competências 2 e 4. 
Por exemplo, um texto que apresente 8 linhas de introdução e 12 linhas de conclusão exige um de-senvolvimento 
maior ainda. Então, não haverá espaço suficiente na folha de 30 linhas para escrever o 
texto. Outra coisa importante: uma conclusão de 12 linhas também pode significar que parte do Desen-volvimento 
ou Argumentação misturou-se com a solução, ou seja, um grave erro nas Competências 2 e 4. 
As redações de vestibular, do ENEM, da UECE, do ITA, da UVA ou qualquer outra, exigem poder de 
SÍNTESE, ou seja, a capacidade de discutir temas complexos como aborto, corrupção ou pena de morte, 
em 25 ou, no máximo, 30 linhas. 
Ao contrário do que muita gente pensa, a redação do ENEM não deve ter obrigatoriamente 20 
linhas. Para ser corrigido, o texto precisa ter apenas 8 linhas. No entanto, como o candidato que pretende 
ser aprovado pode lançar uma tese sobre a problemática, discuti-la e, depois, ainda propor soluções em 
um espaço tão diminuto? 
Na verdade, nem mesmo em 15 linhas é possível fazer isso, pois se todo desenvolvimento é 
maior que a introdução e a conclusão, então, considerando que toda discussão tem, no mínimo, “prós” 
e “contras”, é correto que o desenvolvimento possua dois parágrafos de 5 linhas, em média, que, soma-dos 
aos de introdução e conclusão resultem em 4 parágrafos (de 5 linhas) para apresentação e o desen-volvimento 
de uma tese. 
Por causa disso, convencionou-se que a redação do ENEM ou da UECE possui, classicamente, 
20 linhas. No entanto, muitos candidatos têm deixado, talvez por esquecimento, de estabelecer, como é
13 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E 
REDAÇÃO 
REDAÇÃO 
VICENTE 
JÚNIOR 
exigido na competência II, uma relação entre o tema e outras áreas do conhecimento humano. Por causa 
disso, desse esquecimento, aconselhamos normalmente que se escreva mais um parágrafo sobre a rela-ção 
do tema com outras áreas afins. 
Isso faz com que entendamos que uma boa redação do ENEM não tenha 8, nem 15, nem 20, mas 
25 linhas, nas quais se observam a apresentação do problema ou tese, a discussão ou desenvolvimento 
(dentro da qual surgem os argumentos), a relação do tema com outras áreas e, por fim, uma intervenção 
na realidade ou uma solução, como pede o exame. 
Sobre os modelos do ENEM 
Quanto ao procedimento de escrita e correção do texto do ENEM, é bom que se diga que o próprio 
exame convencionou apenas um modelo ou esquema de redação (modelo 1) que é explicado, ensinado 
e defendido pela banca que compõe o ENEM. Inclusive é o modelo apresentado no último manual do can-didato, 
o Guia do Participante, disponibilizado pelo INEP. Manual esse que notadamente será conhecido e 
utilizado pelos professores que eventualmente passarão a corrigir a prova. Vamos então ao MODELO 1. 
Modelo 1 (Abordagem direta do tema com lançamento da tese. Em seguida, são colocados os 
argumentos e, a partir deles, surgem as soluções.) 
• Parágrafo 1 – Abordagem do tema e lançamento da tese (Responde-se por que aquele problema 
chegou a tal ponto ou ainda emite-se um juízo de valor a respeito do problema que se transfor-ma 
na tese ou ponto de vista do candidato). Na tese é comum atribuir à problemática dois ou três 
elementos causadores. 
A educação brasileira apresenta graves problemas que se refletem nos péssimos resul-tados 
divulgados pelo IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Este descrédito é 
nítido principalmente no que toca a péssima remuneração dos professores, que resulta no de-sestímulo 
à profissão, e a terrível presença do “bullying” nas escolas, o que confirma o domínio 
da violência no espaço educacional. É preciso urgentemente reformular a educação em nosso 
país. 
• Parágrafo 2 – Argumento 1 – Histórico (Fatos que colaboram com o ponto de vista sobre o proble-ma 
+ Relação com outras áreas do Conhecimento Humano). 
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• Parágrafo 3 – Argumento 2 – Estatístico (Dados que confirmam a problemática + Relação com 
outras áreas do Conhecimento Humano). Uma boa redação sobre “Bullying” exige, por exemplo, 
relações com Psicologia, Pedagogia, Sociologia e Direito. 
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• Parágrafo 4 – Intervenção (soluções). Desde o momento em que afirmamos sobre a tese que, no 
mínimo, dois fatores motivaram a problemática, já encontramos a argumentação, então reforçamos 
com fatos ou dados que o comprovem. Em seguida, negando os elementos da argumentação, en-contramos 
a solução para a problemática. 
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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E 
REDAÇÃO 
por qual motivo aquilo aconteceu (péssima remuneração dos professores; desestímulo à profissão; 
presença do “bullying”; domínio da violência). 
14 
VICENTE 
JÚNIOR 
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Abordando diretamente a problemática (péssimos resultados da educação), tentamos responder 
Dessa forma, depois de listarmos os argumentos, que ilustrarão ou confirmarão a razão da problemá-tica, 
descobrimos que cada um deles constitui, na verdade, a ponta de uma solução. Basta transformar o 
REDAÇÃO 
que antes era causa do problema em algo que seja exatamente o contrário. 
Argumentação Solução 
Péssima remuneração dos professores → aumento de salário e gratificações 
Desestímulo à profissão → valorização do magistério com plano de cargos e 
carreiras e concursos 
Presença do “bullying” → criação de projetos contra o “bullying” 
Domínio da violência → campanhas de prevenção à violência nas escolas 
O ENEM chama isso de solução articulada com a tese e com a argumentação. Assim, cada fator 
apresentado como argumento, inicialmente, transforma-se, ao final, em um tipo de solução, uma interven-ção 
naquela realidade.
15 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E 
REDAÇÃO 
REDAÇÃO PROPOSTA 01 
VICENTE 
JÚNIOR 
PRÁTICAS DE REDAÇÃO NOTA 1000 
Poucos dias depois da divulgação de atos de assédio sexual no metrô de São Paulo e da reve-lação 
da existência de uma página intitulada “Encoxadores”, no Facebook, o Ipea (Instituto de Pesquisa 
Econômica Aplicada), órgão vinculado ao Governo Federal, divulgou dados de uma pesquisa sobre o 
estupro, segundo a qual 65% dos entrevistados (homens e mulheres) concordaram em que mulher que 
exibe seu corpo, usando roupas curtas e/ou decotadas, “merece ser atacada”. A partir dos dados, uma 
socióloga declarou existir no país uma “cultura do estupro”, que considera a vítima responsável pela 
violência (sexual) que sofreu. Acerca do estupro, o Ipea apresentou outro estudo, que você pode ver a 
seguir, juntamente com mais informações afins. 
Estudantes da UnB (Universidade de Brasília) seguram cartaz com apologia ao estupro durante trote 
Mulher com roupa curta merece ser atacada: 
Um estudo divulgado nesta quinta-feira (27) pelo Ipea revela que a maioria da população brasileira acre-dita 
que “mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas” e que “se as mulheres 
soubessem como se comportar, haveria menos estupros”. 
[...] 
A pesquisa [...] sobre a tolerância social à violência contra as mulheres entrevistou 3.810 pessoas em 
todas as unidades da federação durante os meses de maio e junho de 2013, sendo que as próprias mu-lheres 
representaram 66,5% do universo de entrevistados. 
[...] 
Na pesquisa do Ipea, os entrevistados foram questionados se concordavam ou não com frases sobre o 
tema. Nada menos que 65% concordaram que a mulher que usa roupa que mostra o corpo merece ser 
atacada - 42,7% concordaram totalmente, e 22,4%, parcialmente. [UOL] 
Cultura do estupro: 
Na opinião da professora do Departamento de Sociologia da PUC-SP Carla Cristina Garcia, os resulta-dos 
[da pesquisa] mostram uma inversão de papéis entre mulheres e agressores. “O comportamento da 
vítima jamais pode ser apontado como motivo da violência”, alerta. “É preciso acabar com essa cultura 
do estupro, que está naturalizada.” 
[...] 
Segundo Carla, é comum educar a mulher para sobreviver em um mundo sexista e violento, com restri-ções 
sobre roupas e lugares que frequenta. “Já as campanhas contra assédio no trabalho e no transpor-te 
público, por exemplo, aparecem menos.” 
[Estadão/Brasil] 
Perfil das vítimas: 
Os registros demonstram que 89% das vítimas são do sexo feminino e possuem, em geral, baixa escolari-dade. 
Do total, 70% são crianças e adolescentes. “As consequências, em termos psicológicos, para esses 
garotos e garotas são devastadoras, uma vez que o processo de formação da autoestima - que se dá
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E 
REDAÇÃO 
exatamente nessa fase - estará comprometido, ocasionando inúmeras vicissitudes nos relacionamentos 
sociais desses indivíduos”, aponta a pesquisa. 
Em metade das ocorrências envolvendo menores, há um histórico de estupros anteriores. Para o diretor 
do Ipea, “o estudo reflete uma ideologia patriarcal e machista que coloca a mulher como objeto de desejo 
e propriedade”. 
[Ipea] 
Com base na leitura dos textos motivadores apresentados e nos conhecimentos construídos ao longo 
de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o seguinte tema: 
“CULTURA DO ESTUPRO”: A CULPA É DA VÍTIMA? 
16 
VICENTE 
JÚNIOR 
Fonte: http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/cultura-do-estupro-a-culpa-e-da-vitima.jhtm 
REDAÇÃO PROPOSTA 01 
Observações: 
Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa; 
Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa; 
A redação deve ter no máximo 30 linhas escritas;
17 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E 
REDAÇÃO 
REDAÇÃO PROPOSTA 02 
VICENTE 
JÚNIOR 
PRÁTICAS DE REDAÇÃO NOTA 1000 
I - Proposta estilo ENEM 
Texto 1 
Declaração Universal dos Direitos Humanos 
As ideias e valores dos direitos humanos são traçadas através da história antiga e das crenças re-ligiosas 
e culturais ao redor do mundo. O primeiro registro de uma declaração dos direitos humanos foi 
o cilindro de Ciro, escrito por Ciro, o grande, rei da Pérsia, por volta de 539 a.C..1 Filósofos europeus da 
época do Iluminismo desenvolveram teorias da lei natural que influenciaram a adoção de documentos 
como a Declaração de Direitos de 1689 da Inglaterra, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cida-dão 
de 1789 da França e a Carta de Direitos de 1791 dos Estados Unidos. 
Durante a Segunda Guerra Mundial, os aliados adotaram as Quatro Liberdades: liberdade da palavra 
e da livre expressão, liberdade de religião, liberdade por necessidades e liberdade de viver livre do medo. 
A Carta das Nações Unidas reafirmou a fé nos direitos humanos, na dignidade e nos valores humanos 
das pessoas e convocou a todos seus estados-membros a promover respeito universal e observância dos 
direitos humanos e liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião³. 
O Cilindro de Ciro e considerado a Primeira Declaração dos Direitos Humanos registrada na História. 
Quando as atrocidades cometidas pela Alemanha nazista tornaram-se conhecidas depois da Se-gunda 
Guerra, o consenso entre a comunidade mundial era de que a Carta das Nações Unidas não tinha 
definido suficientemente os direitos a que se referia4 5 Uma declaração universal que especificasse os 
direitos individuais era necessária para dar efeito aos direitos humanos. 
Atualmente, existem declarações de direitos humanos em níveis Nacional e Estadual. O Ceará, 
por exemplo, organiza geralmente uma CONFERÊNICA ESTADUAL DE DIREITOS HUMANOS, enfati-zando 
os principais tópicos da Declaração Universal.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E 
REDAÇÃO 
18 
CONFERÊNCIA ESTADUAL DOS DIREITOS HUMANOS/ OAB-CE 
Artigos Destacados 
VICENTE 
JÚNIOR 
45. Criação do Fundo Estadual de Promoção de Políticas Públicas de Direitos Humanos, cujos recursos 
serão destinados a: 
I – implantação e manutenção dos Centros de Atendimentos às Vítimas de Violações de Direitos 
Humanos: atendimento jurídico, psicológico e social; 
II – manutenção do Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas do Estado do Ceará – PROVI-TA- 
CE; 
III – manutenção do Conselho de Defesa dos Direitos Humanos; 
IV – implementação do Programa Estadual de Direitos Humanos; 
V – criação de programas de políticas públicas de direitos humanos entre o Estado e organizações 
da sociedade civil; 
VI – financiamento de pesquisa e publicações sobre políticas públicas de direitos humanos. O Fundo 
Estadual de Promoção das Políticas Públicas de Direitos Humanos será constituído das seguintes 
fontes de recursos: 
I – os valores das taxas judiciais repassados à Associação Cearense dos Magistrados – ACM, à 
Associação Cearense do Ministério Público – ACMP, e à Caixa de Assistência dos Advogados – 
CAACE; 
II – dotação orçamentária própria com recursos do Tesouro Estadual; 
III – receitas oriundas de convênios, contratos e acordos celebrados entre o Estado e instituições 
públicas ou privadas; 
IV – doações. A administração do Fundo seria realizada através de um conselho deliberativo, consti-tuído 
paritariamente entre representantes do governo estadual e da sociedade civil. 
In. http://oabce.org.br/ 
Texto 2 
Jovem negro é agredido e acorrentado em poste no Rio de Janeiro 
Um rapaz foi agredido, deixado nu e preso com uma trava de bicicleta a um poste, no Flamengo 
(zona sul do Rio), na noite da última sexta-feira, 31. Os bombeiros foram chamados e precisaram usar 
um maçarico para libertar o rapaz, encaminhado ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro. A mulher 
que socorreu o rapaz divulgou o caso na internet e foi criticada porque ele, negro, seria integrante de uma 
gangue que pratica assaltos na zona sul. O rapaz estava sem documentos, segundo os bombeiros, e o 
caso não chegou a ser registrado na polícia. 
“Os bombeiros chegaram e socorreram o rapaz, mas eu não acompanhei mais o caso. Quando 
divulguei as fotos na internet, muita gente veio dizer que ele é ladrão, que tinha que ser punido mesmo. 
Os furtos na região (do Flamengo) aumentaram muito, eu sei disso, mas não sei quem é o rapaz. Se hou-ver 
cometido algum crime, quem deve prender é a polícia. Não é possível que as pessoas queiram fazer 
justiça com as próprias mãos”, diz Yvonne, fundadora de uma ONG que atende crianças e adolescentes 
REDAÇÃO PROPOSTA 02
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E 
REDAÇÃO 
moradores de áreas de risco. “Não importa quem é a pessoa, não tem cabimento deixar preso num pos-te. 
Eu faria a mesma coisa ainda que fosse um cachorro, um gato, qualquer bicho”, afirma. (O Estadão 
19 
03/02/2014). 
Texto 3 
• Com base na leitura dos textos motivadores apresentados e nos conhecimentos construídos ao 
longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma culta da língua portu-guesa 
sobre o seguinte tema: 
DIREITOS HUMANOS NO BRASIL 
REDAÇÃO PROPOSTA 02 
VICENTE 
JÚNIOR
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E 
REDAÇÃO 
AULA 03 
H22 - Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos. 
QUESTÃO 01. H22 (Ueg 2013 - Adaptada) 
Acudiro. Nhola tinha ânsia, tonteira, celeração, corpo largado, não via nada, nem a lampa da candeia. Dei 
chá de goiabeira. Esperei clareá o dia, bandiei o corgo, fui na casa da Delíria. Aí falei: 
— Delíria, me prouve um insonso de sal, Nhola tá ruim... 
Delíria me pruveu o sal. 
Eu fiz um engrossado de farinha de milho, Nhola comeu, descansou, miorou e falou: 
— Nunca comi comesinho tão bão. Louvado seja Deus. 
Nóis demos gaitada... Aí correu mundo que Nhola teve vertige de fraqueza, falta de cumê... A casa se 
encheu de vizinho. Cada um trazendo uma coisa pra nóis. Até pedaço de capado e cuia de sal; café pilado 
e açúcar branco. 
Nóis fiquemo tão contente... Nhola dava gaitada... virou uma infância. 
A temática da pobreza 
a) é abordada de maneira análoga nos dois textos, pois o primeiro sugere ajuda humanitária entre as 
classes sociais, e o segundo explicita um drama de ordem moral. 
b) é tratada de modo igual em ambos os textos, uma vez que os problemas aos quais aludem não são 
minimizados por quaisquer ações governamentais. 
c) está relacionada a um problema de impossível solução nos quadrinhos e a uma questão político- 
-religiosa no excerto literário. 
d) surge associada a uma questão político-social nos quadrinhos e a um entrave social suavizado pela 
caridade no texto de Cora Coralina. 
e) se destaca, em ambos os textos, pela forma como a população se compadece das necessidades 
alheias, alicerçadas pela desigualdade social. 
H1 - Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracteri-zação 
20 
WALMIR 
NETO 
CORALINA, Cora. Quadrinhos da vida. In: Estórias da casa velha da ponte. 13. ed. São Paulo: Global, 2006. p. 
39-40. 
LINGUAGENS E CÓDIGOS II 
dos sistemas de comunicação 
QUESTÃO 02. H1 (Unifesp 2013 – Adaptada) 
Examine a tira.
O efeito de humor na situação apresentada decorre do fato de a personagem, no segundo quadrinho, 
considerar que “carinho” e “caro” sejam vocábulos: 
a) originados de um mesmo verbo. b) formados por diferentes processos. 
c) derivados de vocábulos distintos. d) cognatos, oriundos de uma mesma raiz. 
e) pertencentes a campos semânticos adversos. 
A charge acima tem como objetivo: 
a) destacar a presunção do consumidor quando este revela sua “esperteza” em comprar carro com IPI 
baixo e IOF reduzido. 
b) condenar a alienação do interlocutor por desconhecer as atuais formas facilitadas de pagamento 
propostas pelo governo. 
c) contestar a visão excessivamente materialista da sociedade de consumo a qual vê o automóvel 
como um fetiche. 
d) satirizar a postura paternalista que a população espera do governo nas relações econômicas. 
e) enaltecer o modelo econômico de redução de IPI e IOF para incentivar o desenvolvimento da indús-tria 
H18 - Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e 
estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos. 
QUESTÃO 04.H18 (Uepb 2013 - Adaptada) 
Mais do que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social onde o artista expressa grafica-mente 
sua visão sobre determinadas situações cotidianas através do humor e da sátira. Para entender 
uma charge, não é preciso ser necessariamente uma pessoa culta, basta estar atualizado com o que 
21 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E 
REDAÇÃO 
WALMIR 
NETO 
H23 - Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público alvo, pela 
análise dos procedimentos argumentativos utilizados. 
QUESTÃO 03.H23 (Espm 2013 - Adaptada) 
brasileira. 
LINGUAGENS E CÓDIGOS II
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E 
REDAÇÃO 
acontece ao seu redor. A exemplo das manifestações populares que reuniram 864 mil pessoas nas seis 
cidades-sede da Copa das Confederações durante o torneio de 2013 e tendo por base a charge apresen-tada, 
é possível inferir que: 
a) A torcida brasileira teme que o fluxo turístico durante a realização da copa acelere o crescimento 
dos problemas sociais no Brasil. 
b) A Copa do Mundo com todo seu fulgor ocupa completamente a mente do brasileiro, desviando-lhe 
a atenção de questões sociais internas. 
c) A alegria do brasileiro, em relação à copa do mundo, é do tamanho do Brasil e extrapola o poder que 
o torcedor tem de analisar criticamente a realidade do país. 
d) O brilho da Copa do Mundo não ofusca a mente do povo brasileiro em relação aos problemas sociais 
existentes. 
e) O esporte, como mecanismo de fuga da realidade, tem sido uma constante na história do povo 
brasileiro. 
22 
WALMIR 
NETO 
LINGUAGENS E CÓDIGOS II 
José 
E agora, José? 
A festa acabou, 
a luz apagou, 
o povo sumiu, 
a noite esfriou, 
e agora, José ? 
e agora, você ? 
você que é sem nome, 
que zomba dos outros, 
você que faz versos, 
que ama protesta, 
e agora, José ? 
Está sem mulher, 
está sem discurso, 
está sem carinho, 
já não pode beber, 
já não pode fumar, 
cuspir já não pode, 
a noite esfriou, 
o dia não veio, 
o bonde não veio, 
o riso não veio, 
não veio a utopia 
e tudo acabou 
e tudo fugiu 
e tudo mofou, 
e agora, José ? 
[...] 
Carlos Drummond de Andrade 
QUESTÃO 05. H18 
Considerando-se os recursos estilísticos que concorrem para a progressão temática nessas estrofes da 
poesia de Carlos Drummond de Andrade, percebe-se que a coesão do texto é construída, principalmente, 
a partir 
a) da inversão de termos em “sorrir já não pode”, verso 18. 
b) do tratamento “você” conferido a José nos versos 7, 8 e 10. 
c) do emprego de verbos no pretérito com o advérbio “agora”. 
d) da quebra de paralelismo semântico no uso da conjunção “e”. 
e) da repetição de palavras e estruturas sintáticas. 
H21 - Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não-verbais utilizados com a 
finalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos. 
QUESTÃO 06.H21 (Insper 2013 - Adaptada) 
No anúncio publicitário, os recursos verbais e não verbais foram relacionados com a finalidade de tornar
pública uma nova postura ao associar 
a) a apresentação da necessidade de buscar “respostas sustentáveis” e a referência à produção de 
energia eólica. 
b) a referência ao “Brasil do amanhã” e a representação de uma alternativa para a preservação da 
água. 
c) a alusão ao futuro próspero do Brasil e a imagem do mar com fartura de peixes. 
d) a referência às “respostas sustentáveis” e a sugestão de uma alternativa para impedir a pesca pre-datória. 
e) a referência ao “Brasil do amanhã” e a representação do país submerso no mar. 
H24 - Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do públi-co, 
QUESTÃO 07. H24 
O resto é saber se a Capitu da Praia da Glória já estava dentro da de Mata-cavalos, ou se esta foi muda-da 
naquela por efeito de algum caso incidente. Jesus, filho de Sirach, se soubesse dos meus primeiros 
ciúmes, dir-me-ia, como no seu cap. IX, vers. I: “Não tenhas ciúmes de tua mulher para que ela não se 
meta a enganar-te com a malícia que aprender de ti”. Mas eu creio que não, 1e tu concordarás comigo; 
se te lembras bem da Capitu menina, hás de reconhecer que uma estava dentro da outra, 2como a fruta 
dentro da casca. 
23 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E 
REDAÇÃO 
WALMIR 
NETO 
tais como a intimidação, sedução, comoção, chantagem, entre outras. 
LINGUAGENS E CÓDIGOS II 
Machado de Assis, D.Casmurro 
Para convencer o leitor da relevância do ponto de vista do narrador protagonista, nesse fragmento de D. 
Casmurro, Machado usou como estratégia argumentativa 
a) Manifestar nas entrelinhas a insegurança afetiva de Bentinho. 
b) Retomar o comportamento de Capitu, suspeito desde a infância. 
c) Buscar a cumplicidade do leitor em relação à fala de Jesus (ref.1). 
d) Reforçar as ideias do narrador através do discurso bíblico citado. 
e) Deixar dúbio o discurso de Bentinho: “como a fruta dentro da casca” (ref. 2). 
H10 - Reconhecer, nas diferentes manifestações da cultura corporal, fatores de construção de iden-tidade 
e expressões de valores sociais. 
QUESTÃO 08. H10 
Retrato 
Eu não tinha este rosto de hoje, 
assim calmo, assim triste, assim magro, 
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo. 
Eu não tinha estas mãos sem força, 
tão paradas e frias e mortas; 
eu não tinha este coração que nem se mostra. 
Eu não dei por esta mudança, 
tão simples, tão certa, tão fácil: 
Em que espelho ficou perdida a minha face? 
Cecília Meireles MEIRELES, C. Obra poética. Volume 4. Biblioteca luso-brasileira: Série brasileira. Companhia J. 
Aguilar Editora. 1958. p 10. 
A percepção que a autora tem de si (autoimagem corporal e a sua corporeidade) se desdobra em ques-tões 
existenciais que têm origem na: 
a) precariedade da existência humana e da vida que se transforma com o tempo. 
b) compreensão das imposições da sociedade que prima por uma aparência jovem. 
c) confiança no futuro, ofuscada pelas mudanças hormonais. 
d) aceitação das mudanças físicas que acompanham a fase adulta. 
e) compensação que a experiência de vida tem sobre a aparência física. 
Silvana trabalha no setor de FGTS da CEF e passa parte do seu dia diante do computador. Ao final do dia,
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E 
REDAÇÃO 
o corpo denuncia os desconfortos oriundos dos “ossos do ofício”, e ela só pensa em deitar e descansar o 
tronco, os braços e as pernas. Preocupado com a saúde dela, um amigo enviou-lhe por e-mail a seguinte 
imagem: 
QUESTÃO 09. H10 
Sabedor da necessidade de transformações de hábitos corporais em função das necessidades cinestési-cas 
peculiares ao cargo por ela exercido, o amigo de Silvana, através de sua atitude, 
a) propôs a criação de um grupo de ginástica laboral entre os funcionários que trabalham sentados por 
longos períodos. 
b) destacou a importância do alongamento dos músculos para a preservação da saúde corporal. 
c) sugeriu a adequação da postura corporal à atividade exercida para minimizarem-se danos à saúde 
física. 
d) reiterou a repercussão negativa, na produtividade, da falta de informação dos funcionários no am-biente 
24 
WALMIR 
NETO 
http://www.portalsaofrancisco.com.br (acessado em 3/3/2014) 
LINGUAGENS E CÓDIGOS II 
de trabalho. 
e) elucidou o benefício que traz à saúde a compra de móveis que sigam padrões rígidos de controle 
de qualidade. 
H22 - Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos. 
QUESTÃO 10. H22 (Insper 2012 - Adaptada) 
Equivoca-se quem pensa que falar bem é falar claro. A arte da retórica reside, na verdade, na 
habilidade de confundir. Afinal, se digo algo e você entende de cara, vai logo se achando mais inteligente 
do que eu: mau negócio. Se, contudo, sou capaz de temperar as frases mais simples com um molho de 
obscuridade, com uma calculada pitada de empulhação, o ouvinte pensará que sei mais do que revelo: 
ponto para mim. 
Vejamos: você entra numa farmácia, pergunta se tem Aspirina e o funcionário responde com um peremp-tório 
“não”. O que você pensará? Que aquela é uma farmácia ruim. Se, porém, ele disser que “no caso, 
Aspirina a gente não vai tá tendo, hoje”, a coisa muda completamente de figura. O “no caso” sugere que, 
numa situação normal, ele teria Aspirina. Logo, “hoje”, estamos numa situação anormal. Qual seria essa 
situação? Haveria um surto de enxaqueca no bairro? Boatos de que a Copa e as Olimpíadas levariam 
à falta de ácido acetilsalicílico teriam desencadeado uma busca frenética pelo produto? Você não sabe, 
ele sabe, e, num segundo, o que era uma farmácia vagabunda transforma-se numa farmácia sob estado 
de exceção, enquanto você, em vez de um cliente insatisfeito, torna-se um náufrago à deriva no mar da 
especulação. 
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1210201104.htm 
Entre os seguintes provérbios, qual deles melhor resume a concepção do autor sobre a retórica? 
a) Eloquência é a arte de aumentar coisas pequenas. 
b) Casa de ferreiro, espeto de pau. 
c) Calar é a sabedoria dos tolos. 
d) Nem tudo que reluz é ouro. 
e) Falem bem ou falem mal, mas falem de mim, que estão fazendo propaganda.
H23 - Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público alvo, pela análise 
dos procedimentos argumentativos utilizados. 
QUESTÃO 11. H23 
Boa noite, Dra. Mónica 
Infelizmente não consigo abrir os ficheiros de imagens. 
A escolha do tratamento que se queira atribuir a alguém geralmente considera as situações espe-cíficas 
de uso social. Uma das características do funcionamento das formas de tratamento, na interação, 
é a possibilidade de serem negociadas pelos locutores para as adaptarem ao contexto de comunicação e 
à dinâmica interlocutiva. No exemplo transcrito anteriormente, através de um fórum online, uma formanda 
dirige-se à formadora usando o tratamento doutora, seguindo uma norma formal que ainda se adota em 
Portugal: os indivíduos que têm um diploma universitário podem ser tratados por doutor ou doutora. No 
entanto, a formadora sugere a eliminação desse tratamento com a finalidade de: 
a) reduzir o distanciamento em relação à formanda. 
b) ressaltar a importância do estatus socioprofissional para o discurso. 
c) tornar o discurso não familiar a exemplo do emprego do comando “esqueça”. 
d) denunciar o tratamento desrespeitoso que permeia a linguagem midiática. 
e) comparar a postura do professor dentro e fora do contexto educacional. 
H20 - Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da iden-tidade 
Leia o fragmento extraído do texto Trezentas Onças, incluído em Contos Gauchescos, de Simões 
Eh-pucha! patrício, eu sou mui rude... a gente vê caras, não vê corações...; pois o meu, dentro do 
peito, naquela hora, estava como um espinilho ao sol, num descampado, no pino do meio-dia: era luz de 
deus por todos os lados!... E já todo no meu sossego de homem, meti a pistola no cinto. Fechei um baio, 
bati o isqueiro e comecei a pitar. 
Considerando que as variedades linguísticas existentes no Brasil constituem patrimônio cultural, 
nas palavras de Simões Lopes Neto, a presença de termos regionais, de linguagem figurada e de ditado 
popular, contribui para: 
a) a caracterização da identidade e do estado de espírito do personagem. 
b) o reconhecimento das mudanças sofridas pela vegetação. 
c) a identificação de um momento anterior a um crime. 
d) a apresentação do senário em que o fato narrado se desenvolve. 
e) o desenvolvimento de um raciocínio lógico através de termos técnicos e científicos. 
QUESTÃO 13.H20. 
A HISTÓRIA DO PORTUGUÊS BRASILEIRO 
A discussão sobre as distinções entre o português de Portugal e o do Brasil se mantém até hoje. 
O brasileiro incorporou empréstimos de termos não só das línguas indígenas e africanas, mas do francês, 
do espanhol, do italiano, do inglês. A influência indígena propiciou a criação de expressões idiomáticas, 
como “andar na pindaíba” e “estar de tocaia”, que são marcas linguísticas de uma cultura específica. Dos 
africanos herdamos palavras da culinária como abará, acarajé e vatapá; e, no candomblé, ficaram orixá, 
exú, oxossi, iansã. Mas a maior parte do vocabulário brasileiro advém do português europeu com dife-renças 
fonéticas notáveis e distinções semânticas em palavras como “estação” e “trem”, que em Portugal 
25 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E 
REDAÇÃO 
WALMIR 
NETO 
Boa noite, Agostinha 
Vou tentar colocá-las de outra forma (esqueça o Dra.!). 
Boa noite e bom fim-de-semana! 
nacional. 
QUESTÃO 12. H20 
Lopes Neto. 
LINGUAGENS E CÓDIGOS II
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E 
REDAÇÃO 
são “gare” e “comboio”. Para o linguista brasileiro Mário Perini, professor convidado da Universidade do 
Mississipi, nos EUA, as mudanças na língua são naturais, e pode até ser que um dia a fala do brasileiro 
chegue a ser considerada um idioma distinto do português europeu. “É o que fatalmente acontece quando 
duas comunidades linguísticas se separam geograficamente”, afirma Perini. 
Segundo o texto, as variedades presentes no patrimônio linguístico do português brasileiro são importan-tes 
para a preservação da memória nacional e têm sua história associada 
a) aos índios, aos negros, às imigrações e ao espaço geográfico. 
b) ao fato de o Brasil ter sido colonizado por países localizados na Europa. 
c) ao dinamismo da língua que extrapola limites geográficos em prol do poder. 
d) às danças, hábitos alimentares e crenças dos colonizadores. 
e) a expressões idiomáticas, marcas linguísticas e diferenças fonéticas. 
H9 - Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades coti-dianas 
26 
WALMIR 
NETO 
http://www.comciencia.br/reportagens /linguagem/ling03.htm – Acessado em 8/3/2014 
LINGUAGENS E CÓDIGOS II 
de um grupo social. 
Movimentar-se e manter uma postura correta 
A saúde e o bem-estar de um indivíduo dependem da sua capacidade de se mover e mobilizar os mem-bros. 
A mobilização de todas as partes do corpo, através de movimentos coordenados e a manutenção de 
um bom alinhamento corporal, permite ao organismo desempenhar eficazmente todas as suas funções 
(respiração, circulação, eliminação), estimulando o apetite e reduzindo a fadiga. Alguns doentes estão tão 
inativos que a saúde se deteriora. A força muscular reduz-se significativamente a partir dos 70 – 80 anos, 
aumentando o risco de pneumonia, úlceras, problemas de pressão, incontinência, défices cognitivos, 
depressão e osteoporose. Pesquisas científicas envolvendo dança e idosos comprovam, por exemplo, as 
contribuições desta para a saúde física e mental daqueles, principalmente no que se refere aos ganhos 
ligados à força, ritmo, agilidade, equilíbrio e flexibilidade. 
http://voluntariadohospitalar.blogspot.com.br/2008/11/as-necessidades-humanas-bsicas.html 
QUESTÃO 14.H9 
Com base na pesquisa científica citada no texto, verifica-se que a dança, deve ser vista como uma: 
a) forma de lazer e diversão para que as pessoas deem mais atenção à saúde e ao bem-estar. 
b) fonte de saúde física e mental para os idosos, os quais perdem força muscular entre 70 – 80 anos. 
c) alternativa de prevenção de doenças específicas de pessoas idosas. 
d) opção contrária à ociosidade por promover a eficiência das funções corporais em pessoas inativas. 
e) necessidade básica dos jovens e adultos para a prevenção de doenças específicas de uma faixa 
etária mais avançada. 
H11 - Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de 
desempenho e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos. 
“Numa sociedade, caracterizada por “apertar botões”, as tendências modernas, a mecanização, as ocu-pações 
sedentárias e o uso generalizado de utensílios domésticos levaram a uma exigência diminuída 
da atividade física particularmente no trabalho. Ao mesmo tempo há um aumento espantoso de doenças 
cardiovasculares. 
Os estudos têm mostrado que o risco dessas doenças é aumentado por falta de atividade física satisfató-ria, 
principalmente o exercício, o esporte, que aumenta o rendimento físico das pessoas. Esse aumento 
está associado com uma melhora na eficiência funcional de todas as células do nosso corpo. Essa efici-ência 
funcional, chamada de APTIDÃO FÍSICA, é geralmente vista como um atributo desejável e positivo 
para a saúde.” 
GrupoEscolar.com: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/a-necessidade-de-movimento-do-corpo-humano.html – 
(Texto adaptado, acessado em 3/3/2014)
QUESTÃO 15.H11 
A partir desse contexto, considera-se que: 
a) a adaptação do homem aos recursos tecnológicos da modernidade tem demandado maior prática 
de atividades físicas no trabalho. 
b) as facilidades da era moderna não são suficientes para suprir as necessidades cinestésicas nem 
interacionais no ambiente de trabalho. 
c) a eficiência funcional das células independe do limite de faixa etária e pode ser desenvolvida por 
máquinas e equipamentos tecnológicos. 
d) as atividades físicas precisam ser resgatadas como forma de compensar o “apertar botões” da mo-dernidade 
e) a modernidade evolui junto com as dores de cabeça, o sedentarismo, a obesidade, as lesões por 
esforço repetitivo e as doenças cardiológicas. 
Por meio da linguagem realizamos diferentes ações: divulgamos informações, persuadimos pessoas, 
realizamos comandos, socializamos desconfortos e alegrias, testamos a comunicação, demonstramos 
sentimentos, construímos representações mentais sobre nosso mundo: organizamos nossa vida do dia 
a dia. A função metalinguística, por exemplo, usa o código para explicar ou descrever o próprio código 
linguístico. 
H19 - Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlo-cução. 
QUESTÃO 16.H19 
Considerando as diversas formas de linguagem presentes na comunicação, dentre as imagens seleciona-das 
de http://oqueeh.com.br/ (acessado em 3/3/2014), a que melhor representa a ideia da metalinguagem 
27 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E 
REDAÇÃO 
WALMIR 
NETO 
e de prevenir cardiopatias. 
é: 
a) b) c) 
d) e) 
H26 - Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social. 
Expressões Significados 
Baixo da égua Lugar aonde ninguém quer ir, lugar muito longe 
Balaio de gato Desorganização, confusão 
Bater a caçuleta Morrer 
Cambito Perna fina 
Cão chupando manga Pessoa muita feia 
Caxaprego Lugar muito distante 
Dar o prego Enguiçar 
Dar pitaco Dar opinião 
LINGUAGENS E CÓDIGOS II
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E 
REDAÇÃO 
28 
WALMIR 
NETO 
Expressões Significados 
Alçar a perna Montar a cavalo 
Campo santo Cemitério 
Embretar-se Meter-se em apuros 
Guacho Animal ou pessoa criada sem mãe ou sem leite 
LINGUAGENS E CÓDIGOS II 
materno 
Lindeiro Ao lado de, vizinho 
Maleva Bandido, malfeitor, perverso 
Olada Ocasião, oportunidade 
Expressões Significados 
De rocha Palavra ou assunto com convicção 
Égua de largura Muita sorte 
Essa é da grife do varal Roupa roubada 
Levou o farelo Morreu 
Miudinho Pequeno 
Paga uma aí Paga uma bebida 
Vigia bem Preste muita atenção 
Umborimbora? Vamos embora? 
Zé ruela Abestado, besta 
http:/ /www.portugues.com.br – Acessado em 9/2/2014 
QUESTÃO 17.H26 
Os três quadros de expressões e significados são exemplos de: 
a) linguagem inovadora, praticada em ocasiões em que se pretenda “chocar” através do discurso. 
b) padronização da língua, advinda de fatores, regionais, culturais e contextuais. 
c) linguagem especificamente caipira, da roça, repudiada em textos literários por bons autores. 
d) gírias populares comuns à fala dos jovens em situações as quais exijam mais descontração. 
e) variedades linguísticas usadas por diferentes falantes em contextos adversos. 
H27 - Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de 
comunicação. 
Esteves, O. Itinerário, n° 3. Belo Horizonte, mar./85 
QUESTÃO 18.H27 
A charge é um tipo de texto que, em geral, faz uso da palavra, valendo-se também da imagem, de forma 
humorística para fazer críticas, sobretudo, sociais e políticas. Nessa charge comemorativa do Ano Inter-nacional 
da Criança, evidencia-se 
a) o uso da norma padrão e da linguagem coloquial em diferentes situações de comunicação.
b) a incoerência do uso da norma padrão na linguagem do político diante do tema abordado. 
c) a necessidade de que a comunicação do pivete também fosse processada conforme a norma pa-drão. 
d) a incompreensão do discurso quando a norma padrão é fronteira entre diferentes níveis de escola-ridade. 
e) a linguagem padrão como geradora, nas crianças, de desinteresse pela mensagem veiculada. 
29 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E 
REDAÇÃO 
WALMIR 
NETO 
H28 - Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e 
LINGUAGENS E CÓDIGOS II 
informação. 
https://www.google.com.br/search?q=face+compra+whatsapp (Acessado em 8/2/2014) 
QUESTÃO 19.H28 
Essa imagem que circulou recentemente pelas redes sociais satiriza a aquisição do whatsApp pelo face-book, 
conferindo a Zucker Berg a responsabilidade: 
a) pela quebra de privacidade dos usuários do aplicativo. 
b) pelo ocupação da maior parte do tempo dos jovens. 
c) pela fomentação do “vício digital” nas mentes informatizadas. 
d) pelo aumento de estresse e da competitividade entre internautas. 
e) pela desumanização de jovens que trocam o sono pelas redes sociais. 
H29 - Identificar pela análise de suas linguagens, as tecnologias da comunicação e informação. 
QUESTÃO 20.H29 
O WhatsApp é uma ferramenta que funciona no Android, BlackBerry, iOS, Nokia e Windows Phone. Com 
o WhatsApp, você 
a) tem uma forma específica para comentar e curtir fotos compartilhadas em grupo ou de forma per-sonalizada. 
b) verifica acesso a conteúdo Premium, conteúdo não Premium, serviços, recursos, Atualização Auto-mática, 
Central de Mensagens e outros serviços personalizados. 
c) associa o nome de uma conta pré-existente e o ID de usuário a informações de identificação pessoal 
para ter opções de conteúdo, produtos, serviços e softwares. 
d) não precisa criar uma conta, inventar um apelido nem sair adicionando contatos, pois o programa 
utiliza a linha telefônica como identificação e puxa as pessoas da agenda como contatos. 
e) se integra a outras redes sociais como Delicious, Digg, Facebook, Flickr, Twitter e YouTube, sendo- 
-lhe atribuído um perfil ao qual é possível adicionar informações, amigos, fotos e compartilhá-las. 
:: GABARITO :: 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
30 
MÓDULO III 
MATEMÁTICA 
E SUAS TECNOLOGIAS 
• PROF. RAUL BRITO 
• PROF. ROBÉRIO BARCELAR 
• PROF. PEDRO EVARISTO 
PROJETO ALCANCE ENEM 2014
31 
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS 
ANÁLISE COMBINATÓRIA 
RAUL BRITO 
AULA 04 
QUESTÃO 01 - Princípio Fundamental da Contagem 
Em inúmeras situações do cotidiano, nos deparamos com problemas de contagem. Por exemplo: 
» Ao preencher volante de jogo da mega sena, de quantas maneiras diferentes é possível escolher 6 
números ? 
» Ao escolher 6 algarismos para compor uma senha de um cartão magnético, de quantas maneiras 
diferentes podemos fazê-lo ? 
» No último campeonato estadual de futebol, ficaram 4 equipes para disputar a etapa final. Se cada 
uma jogou com todas as demais uma única vez, quantas partidas ocorreram nessa fase ? 
» As placas dos veículos nacionais atualmente são compostas de 3 letras seguidas de 4 algarismos. 
Quantas placas diferentes tal sistema comporta ? 
Como a contagem direta desses eventos é, em geral, impraticável, a Matemática recorre a técni-cas 
indiretas de contagem. 
Esse conjunto de técnicas é chamado análise combinatória e iniciaremos seu estudo apresentan-do 
o princípio fundamental de contagem. 
Considere o seguinte problema: 
“Um rapaz quer se vestir usando uma calça e uma camisa. Sabendo que ele possui 3 calças (1 
branca, 1 azul e 1 preta) e 2 camisas (1 vermelha e 1 amarela), de quantas maneiras diferentes ele pode-rá 
se vestir?” 
Resolução: 
As possíveis combinações são: 
1. calça branca e camisa vermelha. 
2. calça branca e camisa amarela. 
3. calça azul e camisa vermelha. 
4. calça azul e camisa amarela. 
5. calça preta e camisa vermelha. 
6. calça preta e camisa amarela. 
Ou seja, 2 x 3 = 6 possibilidades 
Considere um segundo exemplo: 
Para viajar de uma cidade A para uma cidade C, por uma rodovia, deve-se passar necessaria-mente 
por uma cidade B. Se há 3 rodovias ligando A a B e 4 rodovias ligando B a C, quantas opções 
diferentes há para se ir de A até C ? 
Solução: 
As possíveis trajetórias são: 
1. 1 à 4 7. 2 à 6 
2. 1 à 5 8. 2 à 7 
3. 1 à 6 9. 3 à 4 
4. 1 à 7 10. 3 à 5 
5. 2 à 4 11. 3 à 6 
6. 2 à 5 12. 3 à 7 
Ou seja, 3 x 4 = 12 possibilidades
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS 
conhecido com princípio multiplicativo, que pode ser enunciado assim: 
“Se um evento A pode ocorrer de m maneiras distintas e se, para cada uma dessas m maneiras, um 
outro evento B pode ocorrer de n modos diferentes, então o número de maneiras de ocorrer o evento 
A seguido do evento B é m∙n.” 
QUESTÃO 02 - Combinações Simples e Arranjos Simples: 
32 
RAUL BRITO 
Os dois exemplos vistos ilustram o que chamamos princípio fundamental da contagem, também 
Vamos agora apresentar duas situações que ocorrem frequentemente quando resolvemos pro-blemas 
de contagem: os arranjos simples e as combinações simples. Vamos introduzi-los a partir de um 
ANÁLISE COMBINATÓRIA 
problema. 
Seja o conjunto E = {a, b, c}. Com os elementos de E vamos obter os seguintes agrupamentos: 
Todos os subconjuntos de E com 2 elementos: 
{a, b}, {a, c}, {b, c} 
Todas as seqüências com 2 elementos de E: 
(a, b), (b, a), (a, c), (c, a), (b, c), (c, b) 
Observe que esses dois tipos de agrupamentos diferem num aspecto básico. 
No caso dos subconjuntos, não é levada em conta a ordem em que os elementos são escritos, isto 
é, alterando-se a ordem dos elementos de um subconjunto, este não se altera. 
Assim: {a, b} = {b, a} {b, c} = {c, b} 
Porém, no caso das seqüências, a mudança da ordem dos elementos gera uma outra seqüência. 
Assim: (a, b) ≠ (b, a) (b, c) ≠ (c, b) 
Os agrupamentos do 1o tipo, os subconjuntos, são chamados combinações simples, enquanto 
que os dos 2o tipo, as seqüências, são chamados arranjos simples. Nos dois casos, a palavra simples se 
refere ao fato de que os agrupamentos são formados por elementos distintos. 
Observações !!! 
A diferenciação entre combinações e arranjos será de fundamental importância na resolução dos pro-blemas 
de contagem daqui em diante. Destaquemos mais uma vez que: 
COMBINAÇÕES à a ordem não importa 
ARRANJOS à a ordem importa 
Número de Combinações Simples 
! 
n 
! ( )! 
p n p 
C p 
n 
  
 
Lê-se: combinação de n elementos distintos tomados p a p. 
Número de Arranjos Simples 
! 
n 
( )! 
n p 
Ap 
n 
 
 
Lê-se: arranjo de n elementos distintos tomados p a p. 
Relação entre os Arranjos Simples e as Combinações Simples 
pn 
pn 
A = p!⋅C 
QUESTÃO 03 - Permutação Simples 
É um caso particular de arranjos simples. A permutação de n elementos distintos é o arranjo de n elemen-tos 
distintos tomados n a n. 
nn 
n P = A à P n! n =
33 
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS 
ANÁLISE COMBINATÓRIA 
RAUL BRITO 
Outras Notações 
) ( C C np 
n,p 
pn 
= = 
n,p 
pn 
A = A 
QUESTÃO 04 - Permutações com Repetições 
É o número de permutações de n objetos onde há a repetição de um ou mais elementos. Para ser mais 
objetivo, o primeiro elemento repete-se a1 vezes, o segundo elemento repete-se a2 vezes, ..., o k-ésimo 
elemento repete-se ak vezes. 
P n! 
! ! ... ! 
1 2 k 
, , ... , 
n 
1 2 k 
a ⋅a ⋅ ⋅ a 
a a a = 
Onde n = a1 + a2 + ... + ak 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
QUESTÃO 01 - Uma indústria alimentícia prepara um “buffet” com seus produtos para a apreciação de 
especialistas do setor. São dois tipos de suco, cinco tipos de prato salgado e quatro tipos de sobremesa. 
Cada especialista prova o buffet individualmente e, entre um especialista e outro, o “buffet” é reorganizado 
em ordem diferente, seguindo as seguintes instruções: 
I. Sucos, salgados e sobremesas devem ser dispostos em linha. 
II. Cada tipo de produto deve ser agrupado de modo conjunto. Os sucos devem ficar juntos, assim 
como os pratos salgados e as sobremesas, ou seja, não se devem intercalar produtos de tipos di-ferentes. 
III. A sequência dos tipos de produto pode ser alterada, ou seja, pode ser iniciada com os sucos, ou 
com os pratos salgados, ou ainda, pelas sobremesas. 
De quantas maneiras diferentes o “buffet” pode ser composto? 
a) 34560 b) 34260 c) 34500 d) 34680 
QUESTÃO 02 - Do alto de uma torre dispomos de 5 bandeiras distintas que utilizamos para emitir mensagens de 
sinalização. Cada mensagem está associada ao hasteamento de 1 ou mais bandeiras. Quantas mensagens pode-mos 
emitir com essas 5 bandeiras? 
a) 325 b) 345 c) 355 d) 365 
QUESTÃO 03 - Usando os algarismos 2, 3, 4, 5 e 6 e sem repeti-los, quantos números de 5 dígitos e pares nós 
podemos formar maiores que 40000? 
a) 39 b) 40 c) 41 d) 42 
QUESTÃO 04 - A figura mostra a planta de um bairro de uma cidade. Uma pessoa quer caminhar do pon-to 
A ao ponto B por um dos percursos mais curtos. Assim, ela caminhará sempre nos sentidos de baixo 
para cima ou da esquerda para a direita. O número de percursos diferentes que essa pessoa poderá 
fazer de A até B é: 
a) 95 040. b) 40 635. c) 924. d) 792. 
QUESTÃO 05 -Três homens e três mulheres vão ocupar 3 degraus de uma escada partirar uma foto. 
Essas pessoas devem se colocar de maneira que em cada degrau fique apenas um casal. Nessas condi-ções, 
de quantas maneiras diferentes elas podem se arrumar? 
a) 1.080 b) 720 c) 360 d) 288
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS 
RAUL BRITO 
QUESTÃO 06 - Dos 30 candidatos ao preenchimento de 4 vagas em certa empresa, sabe-se que 18 são 
do sexo masculino, 13 são fumantes e 7 são mulheres que não fumam. De quantos modos podem ser 
selecionados 2 homens e 2 mulheres entre os não fumantes? 
a) 40 b) 945 c) 2380 d) 3780 
QUESTÃO 07 - Maria deve criar uma senha de 4 dígitos para sua conta bancária. Nessa senha, somente 
os algarismos 1,2,3,4,5 podem ser usados e um mesmo algarismo pode aparecer mais de uma vez. Con-tudo, 
34 
supersticiosa, Maria não quer que sua senha contenha o número 13, isto é, o algarismo 1 seguido 
imediatamente pelo algarismo 3. De quantas maneiras distintas Maria pode escolher sua senha ? 
a) 550 b) 551 c) 552 d) 553 
QUESTÃO 08 - Seis pessoas classificadas para a etapa final de um concurso concorrem a seis prêmios: 
2 deles distintos, correspondentes ao primeiro e segundo lugares da classificação, e 4 iguais, como prê-mios 
de consolação aos demais classificados. De quantos modos poderá ocorrer a premiação dessas 
pessoas? 
a) 80 b) 60 c) 40 d) 30 
QUESTÃO 09 - 
Considere como um único conjunto as 8 crianças - 4 meninos e 4 meninas - personagens da tirinha. A par-tir 
desse conjunto, podem-se formar n grupos, não vazios, que apresentam um número igual de meninos 
e de meninas. Qual é o maior valor de n? 
a) 68 b) 69 c) 70 d) 71 
QUESTÃO 10 - Duas retas denominadas r e s são paralelas. A reta r possui 7 pontos discriminados e a 
reta s possui 5 pontos discriminados. Quantos triângulos podemos formar tendo como vértices pontos 
dessas 2 retas ? 
a) 170 b) 175 c) 165 d) 180 
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 
QUESTÃO 01 - Se uma sala possui 6 janelas, quantos são os modos distintos de manter pelo menos uma 
delas aberta? 
a) 61 b) 62 c) 63 d) 64 
QUESTÃO 02 - Assinale a alternativa na qual consta a quantidade de números inteiros formados por três 
algarismos distintos, escolhidos dentre 1, 3, 5, 7 e 9, e que são maiores que 200 e menores que 800. 
a) 30 b) 36 c) 42 d) 48 e) 54 
QUESTÃO 03 - Quantos anagramas da palavra JANEIRO têm as consoantes juntas e em ordem alfabé-tica? 
a) 24 b) 52 c) 120 d) 720 e) 840 
QUESTÃO 04 - Com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6 são formados números de 5 algarismos distintos. 
Entre eles, determine quantos são divisíveis por 5: 
a) 110 b) 120 c) 130 d) 140 
ANÁLISE COMBINATÓRIA
35 
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS 
QUESTÃO 05 - A figura mostra uma tela quadrada de arame, onde se encontram, em vértices opostos, 
uma aranha e uma formiga: 
B D (Formiga) 
C 
A (Aranha) E 
A aranha se desloca, sobre a tela, em direção à formiga, sempre andando para cima e/ou para a direita 
(nunca volta). O número de distintas possíveis trajetórias da aranha, passando pelo centro C da tela, até 
chegar à formiga, é: 
a) 16 b) 20 c) 30 d) 36 
QUESTÃO 06 - O gerente de uma empresa faz a cada semana a análise da contabilidade de uma das 
8 filiais, buscando surpreender os funcionários da filial. Para isso, cada 8 semanas ele sorteia em que 
ordem fará as análises, mantendo secreta essa ordem. O número de possibilidades, nessa situação, é: 
8! 
a) 88 b) 8! c) 82 d) 
2! 6! 
e) 2.8 
QUESTÃO 07 - O número de anagramas da palavra UNIFOR que começam por vogal e terminam por 
consoante é: 
a) 720 b) 452 c) 360 d) 216 e) 180 
QUESTÃO 08 - Quantos anagramas da palavra SIMPLES começam e terminam pela letra S? 
a) 5 b) 24 c) 120 d) 360 e) 720 
QUESTÃO 09 - Um químico possui 10 tipos de substâncias. De quantos modos possíveis poderá asso-ciar 
6 dessas substâncias se, entre as 10, duas somente, não podem ser juntas porque produzem mistura 
explosiva ? 
a) 80 b) 120 c) 140 d) 160 
QUESTÃO 10 - O comprador de certo modelo de automóvel pode escolher entre 6 cores e 4 itens opcio-nais. 
O número total de opções distintas, com pelo menos um item opcional, é: 
a) 24 b) 36 c) 48 d) 72 e) 90 
:: GABARITO EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM :: 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
:: GABARITO EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES:: 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
C B C B D B D C C E 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
ANÁLISE COMBINATÓRIA 
RAUL BRITO
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS ROBÉRIO 
36 
BARCELAR 
UNIDADE DE MEDIDAS 
AULA 05 
Medidas de Comprimento 
x10 
km hm dam m dm cm mm 
:10 
Medidas de Superfície 
x100 
km² hm² dam² m² dm² cm² mm² 
:100 
Unidades Agrárias 
hectare (ha) = hm2 are (a) = dam2 centiare (ca) = m2 
Medidas de Volume 
x1000 
km³ hm³ dam³ m³ dm³ cm³ mm³ 
:1000 
Medidas de Capacidade 
x10 
kl hl dal l dl cl ml 
:10 
Medidas de Massa 
x10 
kg hg dag g dg cg mg 
:10 
Medidas de Tempo 
1 hora = 60 minutos = 3600 segundos 
1 minuto = 60 segundos 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
QUESTÃO 01. (OBMEP-2006) - Aninha nasceu com 3,250 quilogramas. A figura mostra Aninha sendo 
pesada com um mês de idade. Quanto ela engordou, em gramas, em seu primeiro mês de vida? 
a) 550 b) 650 c) 750 d) 850 e) 950
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS ROBÉRIO 
BARCELAR 
QUESTÃO 02. (Enem 2011) - O dono de uma oficina mecânica precisa de um pistão das partes de um 
motor, de 68 mmde diâmetro, para o conserto de um carro. Para conseguir um, esse dono vai até um 
ferro velho e lá encontra pistões com diâmetros iguais a 68,21 mm ; 68,102 mm ; 68,001 mm; 68,02 mm e 
68,012 mm. Para colocar o pistão no motor que está sendo consertado, o dono da oficina terá de adquirir 
aquele que tenha o diâmetro mais próximo do que ele precisa. Nessa condição, o dono da oficina deverá 
comprar o pistão de diâmetro: 
a) 68,21mm b) 68,102 mm c) 68,02mm 
d) 68,012 mm e) 68,001mm 
QUESTÃO 03. (OMBEP-2011) - Um queijo foi partido em quatro pedaços de mesmo peso. Três desses 
pedaços pesam o mesmo que um pedaço mais um peso de 0,8 kg. Qual era o peso do queijo inteiro? 
a) 1,2 kg b) 1,5 kg c) 1,6 kg 
d) 1,8 kg e) 2,4 kg 
QUESTÃO 04. (OBMEP-2011) - Quantos copos de 130 mililitros é possível encher, até a borda, com dois 
litros de água? 
a) 11 b) 12 c) 13 
d) 14 e) 15 
QUESTÃO 05. (OBM-2004) - Imagine uma pilha com cem milhões de folhas de papel sulfite, cada uma 
com 0,1 milímetro de espessura. Assinale a alternativa mais próxima da altura da pilha. 
a) a sua altura. 
b) o comprimento do maior animal do mundo, a baleia azul, que é cerca de 29 metros. 
c) a altura do edifício mais alto do mundo, o Petronas Tower, que tem 88 andares. 
d) a altura do pico mais alto do mundo, o Monte Everest, que é 8848 metros. 
e) a distância do planeta Terra à Lua, que é muito maior que todas as alternativas anteriores. 
QUESTÃO 06. (Ifsc 2011) - 
O consumo de água das residências que possuem água encanada é medido 
por um aparelho chamado hidrômetro. O hidrômetro utiliza, como unidade de 
medida, o metro cúbico. Em diversos municípios catarinenses, essa leitura é 
feita mensalmente no hidrômetro para que cada consumidor tome conheci-mento 
37 
UNIDADE DE MEDIDA 
de seu consumo de água e para que a CASAN (Companhia Catari-nense 
de Águas e Saneamento) possa emitir a fatura mensal de pagamento. 
Recentemente, foi aprovada uma lei que considera como consumo mínimo 
residencial o equivalente a 10m3 ao mês. Considerando que o consumo 
mensal de uma residência é de 600 litros, então essa residência terá pago em litros durante um ano sem 
consumir, o equivalente a... 
a) 48000 litros. b) 112800 litros. c) 4800 litros. 
d) 11280 litros. e) 1128 litros. 
QUESTÃO 07. (OBMEP-2007) - Quando Bruno chegou a escola, um dos dois relógios de sua sala esta-va 
marcando 06h 50min e o outro 7h 10min. A professora avisou que um dos relógios estava atrasado 3 
minutos e o outro estava adiantado. Quantos minutos o outro relógio estava adiantado? 
a) 3 minutos 
b)10 minutos 
c)13 minutos 
d)17 minutos 
e) 23 minutos
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS 
QUESTÃO 08. (Cefet-MG-2011) - A África do Sul, país sede da Copa do Mundo de 2010, possui 1.219.912 
km2 de extensão territorial. Essa área, em m2 , é: 
a) 1.219.912 x 102 b) 121,9912 x 103 
c) 12.199,12 x 105 d) 1.219.912 x 106 
QUESTÃO 09. (Enem 2011) - Um mecânico de uma equipe de corrida necessita que as seguintes medi-das 
realizadas em um carro sejam obtidas em metros: 
a) distância a entre os eixos dianteiro e traseiro; 
b) altura b entre o solo e o encosto do piloto. 
Ao optar pelas medidas a e b em metros, obtêm-se, respectivamente, 
a) 0,23 e 0,16 b) 2,3 e 1,6 c) 23 e 16 d) 230 e 160 e) 2300 
e 1600 
QUESTÃO 10. (Enem 2011) - Café no Brasil - O consumo atingiu o maior nível da história no ano pas-sado: 
a β 
38 
os brasileiros beberam o equivalente a 331 bilhões de xícaras. 
Veja. Ed. 2158. 31 mar. 2010. 
Considere que a xícara citada na noticia seja equivalente a, aproximadamente, 120 mL de café. 
Suponha que em 2010 os brasileiros bebam ainda mais café, aumentando o consumo em 1/5 do que foi 
consumido no ano anterior. De acordo com essas informações, qual a previsão mais aproximada para o 
consumo de café em 2010? 
a) 8 bilhões de litros. b) 16 bilhões de litros. c) 32 bilhões de litros. 
d) 40 bilhões de litros. e) 48 bilhões de litros. 
PRISMAS 
PRISMA RETO 
É todo poliedro tal que: 
a) duas faces são polígonos congruentes entre si, situadas em planos paralelos distintos (BASES); 
b) as demais faces são retângulos (FACES LATERAIS). 
e : planos paralelos dist int os 
. 
h distância entre e altura do prisma 
: a β 
( ). 
ÁREAS E VOLUME 
Área Lateral ( ) L A : soma das áreas das faces laterais. 
Área da Base ( ) B A : área de uma base. 
Área Total ( ) T A : 2. T L B A = A + A 
ROBÉRIO 
BARCELAR 
UNIDADE DE MEDIDAS
39 
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS 
Volume (V ) : . B V = A h 
PRISMA REGULAR 
É todo prisma reto cuja base é um polígono regular de n lados. 
Área Lateral: . L F A = n A Área Total: 2 T L B A = A + A Volume: . B V = A h 
Prisma Oblíquo 
As arestas laterais não são perpendiculares aos planos das bases. 
A B 
C 
D E 
Áreas e Volumes 
• Área Lateral → É a soma das áreas das faces laterais. 
• Área Total → É a soma da área lateral com as áreas das bases. 
• Volume → É o produto da área da base pela altura. 
Casos Particulares: 
a) Prisma regular é aquele cujas bases são polígonos regulares. 
b) Paralelepípedo reto retângulo ou ortoedro: 
Área Total: A = 2 ab + 2 ac + 2 bc 
t Volume: V = abc 
Diagonal: 
d = a2 + b2 + c2 
c) Cubo 
ROBÉRIO 
BARCELAR 
UNIDADE DE MEDIDA
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS 
Área Lateral: 
40 
A = 4a2  
Área Total: 
6 2 t A= a 
ROBÉRIO 
BARCELAR 
Volume: V = a3 
Diagonal da Face: 2 f D = a 
Diagonal do Cubo: d = a 3 
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 
QUESTÃO 01. (UNICAMP-Adaptada) - A figura abaixo apresenta um prisma reto cujas bases são hexá-gonos 
regulares. Os lados dos hexágonos medem 5 cm cada um e a altura do prisma mede 10 cm. 
Calcule o volume do prisma. 
a) 375 3 cm3 b) 350 3 cm3 c) 325 3 cm3 d) 300 3 cm3 e) 275 3 cm3 
QUESTÃO 02. (PUCSP) - Um tanque de uso industrial tem a forma de um prisma cuja base é um trapézio 
isósceles. Na figura a seguir, são dadas as dimensões, em metros, do prisma: 
O volume desse tanque, em metros cúbicos, é: 
a) 50 b) 60 c) 80 d) 100 e) 120 
QUESTÃO 03. (Fatec) - A figura a seguir é um prisma reto, cuja base é um triângulo equilátero de 10 2 
cm de lado e cuja altura mede 5 cm. Se M é o ponto médio de aresta DF, o seno do ângulo BME é: 
a) 
5 b) 
5 
7 c) 
7 
3 d) 
2 
1 
4 
2 
e) 
5 
QUESTÃO 04. (ENEM) - Para confeccionar, em madeira, um cesto de lixo que comporá o ambiente 
decorativo de uma sala de aula, um marceneiro utilizará, para as faces laterais, retângulos e trapézios 
isósceles e, para o fundo, um quadrilátero, com os lados de mesma medida e ângulos retos. 
Qual das figuras representa o formato de um cesto que possui as características estabelecidas? 
UNIDADE DE MEDIDAS
ROBÉRIO 
BARCELAR 
41 
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS 
QUESTÃO 05. (ENEM) - Uma metalúrgica recebeu uma encomenda para fabricar, em grande quantida-de, 
uma peça com o formato de um prisma reto com base triangular, cujas dimensões da base são 6 cm, 
8 cm e 10 cm e cuja altura é 10 cm. Tal peça deve ser vazada de tal maneira que a perfuração na forma 
de um cilindro circular reto seja tangente às suas faces laterais, conforme mostra a figura. 
O raio da perfuração da peça é igual a: 
a) 1 cm. b) 2 cm. c) 3 cm. d) 4 cm. e) 5 cm. 
QUESTÃO 06. (ENEM) - Um porta-lápis de madeira foi construído no formato cúbico, seguindo o mode-lo 
ilustrado a seguir. 
O cubo de dentro é vazio. A aresta do cubo maior mede 12 cm e a do cubo menor, que é interno, mede 
8 cm. 
O volume de madeira utilizado na confecção desse objeto foi de: 
a) 12 cm3 b) 64 cm3 c) 96 cm3 d) 1 216 cm3 e) 1 728 cm3 
QUESTÃO 07. (ENEM) - A siderúrgica “Metal Nobre” produz diversos objetos maciços utilizando o ferro. 
Um tipo especial de peça feita nessa companhia tem o formato de um paralelepípedo retangular, de acor-do 
com as dimensões indicadas na figura que segue. 
O produto das três dimensões indicadas na peça resultaria na medida da grandeza: 
a) massa. b) volume. c) superfície. d) capacidade. e) comprimento. 
QUESTÃO 08. (VUNESP-Adaptada) - Calcular o volume de um paralelepípedo retângulo, sabendo que 
suas dimensões são proporcionais a 9, 12 e 20, e que a diagonal mede 100 m. 
a) 138 240 m3 b) 136 146 m3 c) 134 234 m3 d) 132 456 m3 e) 130 864 m3 
QUESTÃO 09. (Fuvest-SP) - Dois blocos de alumínio, em forma de cubo, com arestas medindo 10 cm 
e 6 cm, são levados juntos à fusão e em seguida o alumínio líquido é moldado como um paralelepípedo 
reto de arestas 8 cm, 8 cm e x cm. O valor de x é: 
a) 16 m b) 17 m c) 18 m d) 19 m e) 20 m 
QUESTÃO 10. (Mackenzie-SP) - Um prisma regular triangular tem todas as arestas congruentes e 48 m2 
de área lateral. Seu volume vale: 
a) 16 m3 b) 32 m3 c) 64 m3 d) 
4 3m3 e) 3 16 3m 
UNIDADE DE MEDIDA
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS 
ROBÉRIO 
BARCELAR 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM - Comentários e Soluções 
01 - Solução: - A balança mostra que o peso de Aninha com um mês de idade é de 4,1 quilos, ou seja, 4100 gramas. Aninha nasceu com 
3250 gramas, logo ela engordou 4100 - 3250 = 850 gramas em seu primeiro mês de vida. 
Comentário: usamos aqui a palavra peso em lugar de massa devido a seu emprego coloquial. Opção correta: d 
02 - Solução: O menor valor apresentado é o mais próximo de 68 mm. Logo, o dono da oficina levará o pistão de 68,001m. Opção 
correta: e 
03 - Solução: Se tirarmos um pedaço de queijo de cada um dos pratos da balança, ela continua equilibrada, pois todos os pedaços têm 
o mesmo peso. Logo, dois pedaços de queijo pesam 0,8 kg; como o queijo foi partido em quatro pedaços, vemos que o queijo inteiro 
pesa 2x 0,8 = 1,6 kg. Opção correta: c 
04 - Solução: Observamos que 2 litros equivalem a 2000 mililitros. 
Como 2000 = 15 x 130 + 50, é possível encher completamente 15 copos de 130 mililitros e ainda restam 50 mililitros na jarra. Opção 
correta: e 
05 - Solução: Veja, que se multiplicarmos 0,1mm x 100000000 = 10000000 mm= 10000 m. Ou seja, é um valor comparável a altura do 
pico mais alto do mundo, o Monte Everest. Opção correta: d 
06 - Solução: Lembrando que 600 litros = 0,6m3 , e de acordo com o enunciado ,ficou sem consumir 12.(10 – 0,6) = 112,8m3 = 112.800 
litros Opção correta: b. 
07 - Solução: - Em primeiro lugar, notamos que o relógio quadrado não pode estar atrasado, pois nesse caso a hora correta seria 
7h13mim e portanto o relógio redondo também estaria atrasado. Logo, o relógio que está atrasado é o redondo e a hora correta é 
6h53mim. Concluímos que o relógio quadrado está adiantado em 7h10mim - 6h53mim = 17mim. Opção correta: d 
08 - Solução: 1.219.912 km² = 1.219.912.106m². Opção correta: d 
09 - Solução: Transformando as medidas dadas em metros, temos: 2300 mm= 2300. 10-3 m = 2,3 m 160 cm = 160.10-2 m = 1,6m. 
Opção correta: b 
10 - Solução: 120 ml = 0,12 litro (333 x 109 x 0,12 ) ( 1 + 1/5) = 47,592 x 109 litros. Aproximadamente 48 bilhões de litros. Opção 
correta: e 
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES - Comentários e Soluções 
01 - Solução: 2 
42 
3.5 3 .10 375 3 3 
2 
V = = cm 
02 - Solução: ( 8 + 
2 ) .4 
3 V = .5 = 
100 
m 
2 
03 - Solução: 
( ) 
2 
  
2 5 2 10 2 3 2 25 150 175 5 7 
BM BM BM 
= +   ⇒ = + = ⇒ = 
2 
  
ˆ 5 7 
= = = 
5 7 7 
Sen BME BE 
BM 
04 - Solução: A figura descrita é a figura da alternativa C. 05 - Solução: 
6 8 10 2 
raio + − 
= = 
cm 2 
06 - Solução: 123 −83 =1216 cm3 
07 - Solução: O produto das três dimensões indicadas na peça resulta no volume da peça. 
08 - Solução: 
( ) ( ) ( ) 
( )( )( ) 
2 2 2 2 
k k k k k 
100 9 12 20 10000 625 4 
= + + ⇒ = ⇒ = 
= = 3 
09 - Solução: 
V 9.4 12.4 20.4 138240 
m 
103 + 63 = 8.8.x⇒ x =19 m 
10 - Solução: 
2 
x = ⇒ x 
= 
2 
V = = 
m 
3 
3 48 4 
4 3.4 16 3 
4 
:: GABARITO EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM :: 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
D E C E D B D D B E 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
:: GABARITO EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES :: 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
A D B C B D B A D E 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
UNIDADE DE MEDIDAS
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS PEDRO 
EVARISTO 
A estatística é uma área dos conhecimento que utiliza teorias probabilísticas para explicação de 
eventos, estudos e experimentos. Tem por objetivo obter, organizar e analisar dados, determinar as cor-relações 
que apresentem, tirando delas suas consequências para descrição e explicação do que passou 
A estatística é também uma ciência e prática de desenvolvimento de conhecimento humano atra-vés 
do uso de dados empíricos. Baseia-se na teoria estatística, um ramo da matemática aplicada. Na te-oria 
estatística, a aleatoriedade e incerteza são modeladas pela teoria da probabilidade. Algumas práticas 
estatísticas incluem, por exemplo, o planejamento, a sumarização e a interpretação de observações. Por-que 
o objetivo da estatística é a produção da “melhor” informação possível a partir dos dados disponíveis, 
Estuda-se estatística para aplicar seus conceitos como auxílio nas tomadas de decisão diante 
de incertezas, justificando cientificamente as decisões. Os princípios estatísticos são utilizados em uma 
grande variedade de situações – no governo, nos negócios e na indústria, bem como no âmbito da ciên-cias 
sociais, biológicas e físicas. A estatística presta-se a aplicações operacionais e de pesquisas, sendo 
A Estatística compreende o planejamento e a execução de pesquisas, a descrição e a análise dos 
Conforme o próprio nome indica, a estatística descritiva tem por finalidade descrever as unidades 
de observação coletadas na amostra. Ela permite fazer comentários simples, da maneira mais informativa 
possível, usando métodos numéricos e métodos gráficos. 
A análise exploratória de dados é a fase inicial do processo de estudo dos elementos coletados 
nas amostras. Nessa etapa de avaliação, utilizam-se técnicas que resumem e classificam o conjunto de 
dados coletados para que se obtenham as informações pertinentes que serão utilizadas na fase final do 
processo, a chamada inferência estatística, também conhecida como análise confirmatória de dados. 
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA OU ESTATÍSTICA INDUTIVA 
A inferência estatística refere-se a um processo de generalização, a partir de resultados particu-lares. 
Consiste em obter e generalizar conclusões, ou seja, inferir propriedades para o todo com base na 
parte, no particular. A amostragem é um exemplo vivo do adágio. “Não é preciso comer um bolo inteiro 
para saber se é bom”. Os exemplos familiares são muitos. Mergulhar a ponta do pé na água para avaliar a 
temperatura da piscina. Folhear um novo livro. Testar um novo carro. Há, além disso, inúmeros exemplos 
da aplicação de tal conceito na indústria, no comércio e em repartições públicas. 
POPULAÇÃO E AMOSTRA 
Dois conceitos utilizados largamente em Estatística são população ou universo estatístico e amos-tra. 
O conjunto da totalidade dos indivíduos sobre o qual se faz uma inferência recebe o nome de 
população ou universo. Em linguagem mais formal, a população é o conjunto constituído por todos os 
indivíduos que apresentem pelo menos uma característica comum, cujo comportamento interessa anali-sar 
(inferir). Essas características da população são comumente chamadas de parâmetros, os quais são 
43 
AULA 06 
INTRODUÇÃO 
e previsão e organização do futuro. 
alguns autores sugerem que a estatística é um ramo da teoria da decisão. 
efetiva não só em experimentos de laboratório, mas também em estudos fora dele. 
resultados e a formulação de predições com base nesses resultados. 
Estatística é o campo do conhecimento científico que trata da coleta e análise de dados com o fim 
de se obter conclusões para tomada de decisões. 
A Estatística pode ser dividida em: 
• Estatística Descritiva ou Dedutiva; 
• Inferência Estatística ou Indutiva. 
ESTATÍSTICA DESCRITIVA OU ESTATÍSTICA DEDUTIVA 
POPULAÇÃO OU UNIVERSO ESTATÍSTICO 
NOÇÕES DE ESTATÍSTICA
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS PEDRO 
44 
EVARISTO 
NOÇÕES DE ESTATÍSTICA 
valores fixos e ordinariamente desconhecidos. 
Quanto ao número de elementos, a população pode ser finita e infinita. 
População finita é aquela em que o número de unidades de observação pode ser contado e é 
limitado. 
Exemplos de população finita: 
• alunos matriculados nas escolas públicas estaduais; 
• todas as declarações de Imposto de Renda recebidas pela Receita Federal; 
• todos os crimes relatados pelas Secretarias de Segurança Pública. 
Uma população é infinita se a quantidade de unidades de observação é ilimitado, ou a sua composição é 
tal que as unidades da população não podem ser contados. 
Exemplo de população infinita: 
• Gases, líquidos e alguns sólidos, como o talco, porque as unidades não podem ser identificadas 
e contadas. 
AMOSTRA 
A amostra pode ser definida como um subconjunto, uma parte selecionada da totalidade de obser-vações 
abrangidas pela população. As características da amostra são chamadas de estatísticas descriti-vas. 
Exemplos: 
• Dez alunos matriculados no curso de Estatística, escolhidos aleatoriamente; 
• 20% dos habitantes de Fortaleza com renda entre 10 e 30 salários mínimos, escolhidos ao acaso, 
para estudo da situação sócio-econômica. 
CENSO E AMOSTRAGEM 
Um censo envolve um exame de todos os elementos de um dado grupo, ao passo que a amostra-gem 
envolve o estudo de apenas uma parte dos elementos. 
A amostragem é, pois, o processo através do qual, pelo estudo da amostra, são estudadas as 
características da população. A amostragem pode ser sem reposição e com reposição. 
Amostragem sem reposição é quando não há repetições de elementos na amostra, ou seja, cada ele-mento 
não pode ser escolhido mais de uma vez. 
Exemplo de amostragem sem reposição 
• Em uma pesquisa eleitoral, pouco anterior a uma eleição, para que se conheça a intenção de voto 
das pessoas entrevistadas, estas devem ser ouvidas apenas uma vez, porque, em uma eleição, 
o voto é individual. 
Amostragem com reposição é quando há repetições de elementos na amostra, ou seja, cada elemen-to 
pode ser escolhido mais de uma vez. 
Exemplo de amostragem com reposição 
• Quando se deseja saber quanto tempo uma pessoa fica em uma fila de banco, a mesma pessoa 
pode ser observada duas ou mais vezes, a cada vez que retorna ao banco. 
À primeira vista pode parecer que a inspeção completa ou total de todos os itens de uma popu-lação 
seja mais conveniente do que a inspeção de apenas uma amostra deles. Na prática, o contrário é 
que é quase sempre válido; a amostragem é preferível ao censo. 
VARIÁVEL 
Em Estatística, a variável é uma atribuição de um número a cada característica da unidade de 
observação, ou seja, é o objeto da pesquisa, é aquilo que estamos investigando.
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS PEDRO 
EVARISTO 
Algumas variáveis como sexo, grau de instrução e estado civil, apresentam como possíveis reali-zações 
uma qualidade (ou atributo) do indivíduo pesquisado. São denominadas de Variáveis Qualitativas. 
Outras variáveis tais como tempo na empresa, idade e salário, apresentam como possíveis valores, nú-meros 
45 
TIPOS DE VARIÁVEIS 
resultantes de uma contagem ou mensuração. Estas são chamadas Variáveis Quantitativas. 
CLASSIFICAÇÃO DAS VARIÁVEIS EM ESTATÍSTICA 
NOÇÕES DE ESTATÍSTICA 
V A R I Á V E I S 
QUALITATIVAS - (ATRIBUTOS) QUANTITATIVAS - (NUMÉRICAS) 
NOMINAIS ORDINAIS DISCRETAS CONTÍNUAS 
EXEMPLOS: 
- sexo; 
- cor; 
- raça; 
- religião; 
- naturalidade; 
- estado civil. 
EXEMPLOS: 
- grau de instrução; 
- status social; 
- conceito escolar; 
- hierarquia; 
- patente do exército. 
EXEMPLOS: 
- nº de funcionários; 
- quantidade de alunos; 
- no de equipamentos. 
EXEMPLOS: 
- peso; 
- altura; 
- salário; 
- comprimento. 
LINK: 
A Variável Discreta é possível contar, mas a variável contínua não. Esta última é obtida no proce-dimento 
de mensuração, ou seja, devemos pesar, medir, etc. 
Na Variável Ordinal há uma ordenação natural das unidades, na variável nominal não existe essa 
ordenação natural. 
SÉRIES ESTATÍSTICAS 
Uma vez coletados os dados de todas as variáveis envolvidas em determinado estudo, o passo 
seguinte é descobrir o que os dados da amostra têm a dizer a respeito do que está sendo investigado. 
Olhar uma extensa listagem de dados não permite praticamente qualquer conclusão; é preciso utilizar 
medidas, tabelas ou gráficos que resumam e mostrem o comportamento das variáveis, permitindo inter-pretações 
práticas. Em outras palavras, devem-se utilizar técnicas que mostrem as informações contidas 
nas variáveis. 
Reunindo, pois, os valores em tabelas compactas, consegue-se apresentá-los e descrever-lhes a 
variação mais eficientemente. Essa condensação dos valores permite ainda a utilização de representação 
gráfica, que normalmente representa uma forma mais útil e elegante de apresentação da característica 
analisada. 
Uma série estatística define-se como toda e qualquer coleção de dados estatísticos referentes a 
uma mesma ordem de classificação quantitativa. 
Para diferenciar uma série estatística de outra há de se levar em conta três características na ta-bela: 
fenômeno, local e época. 
• A Época (fator temporal ou cronológico) a que se refere o fenômeno analisado. 
• O Local (fator espacial ou geográfico) onde o fenômeno acontece. 
• O Fenômeno (espécie do fato ou fator especificativo) que é descrito. 
• Logo, ao nos defrontarmos com uma série estatística, deveremos apresentar respostas às seguin-tes 
perguntas: O quê? Onde? Quando? 
Na série estatística, haverá sempre um elemento que sofrerá variações. A partir deste elemento, 
estabeleceremos uma classificação. 
SÉRIE TEMPORAL 
A série temporal, igualmente chamada série cronológica, série histórica , série evolutiva ou mar-cha, 
identifica-se pelo caráter variável do fator cronológico. Assim, deve-se ter: a característica variável é 
o tempo (Quando?), permanecendo fixos o local (Onde?) e o fenômeno estudado (O quê?).
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS PEDRO 
POPULAÇÃO BRASILEIRA NAS ÚLTIMAS DÉCADAS - (VALOR APROXIMADO EM MILHÕES) 
46 
Ano R$ 
1950 51 
1960 70 
1970 93 
1980 119 
1990 146 
2000 170 
2010 192 
Fonte: IBGE 
SÉRIE GEOGRÁFICA 
Também denominada série territorial, série espacial ou série de localização, a série geográfica 
apresenta como elemento ou caráter variável somente o fator geográfico. Assim: a característica variável 
é o local (Onde?), , permanecendo fixos o tempo(Quando?) e o fenômeno estudado (O quê?). 
QUANTIDADE DE COPAS DO MUNDO DE FUTEBOL - REALIZADAS EM CADA CONTINENTE 
CONTINENTE Nº DE COPAS 
Europa 10 
América do Sul 4 
América do Norte 3 
Ásia 1 
África 1 
América Central 0 
Oceania 0 
Fonte: FIFA 
SÉRIE ESPECÍFICA 
A série específica recebe também outras denominações: série categórica ou série por categoria, 
onde a característica variável é o fenônemo (O quê?), permanecendo fixos o tempo (Quando?) e o local 
(Onde?). 
GASTO ANUAL DAS ESCUDERIAS DE FÓRMULA 1 - NO ANO DE 2007 (MILHÕES DE DOLARES) 
Investimentos US$ 
Toyota 446 
McLaren 433 
Ferrari 415 
Honda 398 
Renault 394 
BMW Sauber 367 
Red Bukk Racing 165 
Williams 160 
Toro Rosso 128 
Force Índia 121 
Fonte: Site F1 Fanatic 
SÉRIE MISTA 
Estas são séries que resultam de uma combinação de, pelo menos, duas das séries vistas. 
INVESTIMENTOS EM INFRA-ESTRUTURA, EDUCAÇÃO E SAÚDE 
NO MUNICÍPIO “X” EM 2009 E 2010 (MILHÕES DE REAIS) 
INVESTIMENTOS ANOS 
2008 2009 
Infra-Estrutura 15 18 
Educação 10 12 
Saúde 12 15 
DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS 
Na distribuição de frequências os dados são ordenados em classes ou não, segundo a magnitude, 
permanecendo constantes o fenômeno (O quê?), o tempo (Quando?) e o local (Onde?). 
EVARISTO 
NOÇÕES DE ESTATÍSTICA
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS PEDRO 
47 
NÚMERO DE EMPREGADOS POR CLASSES 
DE SALÁRIOS NA INDÚSTRIA “ABC” 
SALÁRIOS (R$) NO DE EMPREGADOS 
500 a 750 150 
750 a 1000 180 
1000 a 1250 200 
1250 a 1500 50 
1500 a 1750 90 
TOTAL 670 
TIPOS DE GRÁFICO 
O gráfico estatístico tem como principal objetivo, apresentar de forma clara e rápida os dados de 
uma série. Com poucas palavras e de maneira ágil, é possível apresentar os dados da série em estudo. 
Para que um gráfico seja realmente útil, deve ter simplicidade, clareza e veracidade. 
HISTOGRAMAS, POLÍGONOS DE FREQUÊNCIA E OGIVA: 
Usadas para representar distribuições de freqüência. 
NÚMEROS DE ALUNOS POR CLASSE DE NOTAS 
GRÁFICO EM LINHA: 
Observações feitas ao longo do tempo, tais como as séries históricas ou temporais. 
VARIAÇÃO DO DOLAR EM 2009 
GRÁFICO EM COLUNAS: 
Representa uma série através de retângulo dispostos horizontalmente (em barras) ou verticalmen-te 
(em colunas). 
OS 10 MAOIRES PONTUADORES DA HISTÓRIA DA F1 
GRÁFICO EM SETORES: 
Construído em um círculo, que é dividido em setores correspondentes aos termos, de forma que 
cada um dos dados é proporcional ao ângulo de abertura do setor correspondente. 
EVARISTO 
NOÇÕES DE ESTATÍSTICA
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS PEDRO 
Usada principalmente quando se quer salientar a proporção dos dados. 
48 
EMBALAGENS UTILIZADAS PELA POPULAÇÃO DA CIDADE A 
CARTOGRAMA: 
EVARISTO 
Deve representar os dados sobre um mapa, afim de associar o dado a região representada. 
AVANÇO DA GRIPE A ATÉ MAIO 2009 
PICTOGRAMAS: 
Usa figuras associadas ao tema, que têm relação direta com a área que está sendo pesquisada, 
ou seja, é uma forma de escrita pela qual são transmitidas idéias através de desenhos. Esse tipo de re-presentação 
não é muito precisa, pois é mais destinada ao grande público, por ser mais atrativo. 
NÚMERO DE TÍTULOS DAS ATUAIS EQUIPES DE F1 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM: 
QUESTÃO 01 - Julgue o item seguinte. 
I. Por Estatística Descritiva entende-se um conjunto de ferramentas, tais como gráficos e tabelas, cujo 
objetivo é apresentar, de forma resumida, um conjunto de observações. 
II. Um censo consiste no estudo de todos os indivíduos da população considerada. 
III. Como a realização de um censo tipicamente é muito onerosa e(ou) demorada, muitas vezes é con-veniente 
estudar um subconjunto próprio da população, denominado amostra. 
Podemos afirmar que: 
a) Todos estão falsos b) Apenas I e II são verdadeiros 
c) Apenas I e III são verdadeiros d) Apenas II e III são verdadeiros 
e) Todos são verdadeiros 
CONCENTRAÇÃO POPULACIONAL 
A Ásia abriga mais de 60% da população mundial, com quase 4 bilhões de pessoas. A China e 
a Índia sozinhas abrigam 21% e 17% respectivamente. Essa classificação é seguida da África com 840 
milhões de pessoas, 12,7% da população mundial. As 710 milhões de pessoas da Europa a fazem abrigar 
10,8% da população mundial. A América do Norte abriga 514 milhões (8%), a América do Sul, 371 milhões 
NOÇÕES DE ESTATÍSTICA
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  • 1.
  • 2. MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ José Albuquerque Tin Gomes Lucílvio Girão Sérgio Aguiar Manoel Duca João Jaime Dedé Teixeira Presidente 1º Vice-Presidente 2º Vice-Presidente 1º Secretário 2º Secretário 3º Secretário 4º Secretário UNIVERSIDADE DO PARLAMENTO CEARENSE Patrícia Saboya Professor Teodoro Lindomar Soares Silvana Figueiredo Presidente Vice-Presidente Diretora de Gestão e Ensino Diretora Técnica EQUIPE DE ELABORAÇÃO E COORDENAÇÃO DO PROJETO ALANCE Lindomar Soares Silvana Figueiredo Fábio Frota
  • 3.
  • 4. Índice Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação Linguagens e Códigos I ............................................................................................................. Redação ................................................................................................................................... Linguagens e Códigos II ............................................................................................................ Análise Combinatória ................................................................................................................ Unidade de Medida ................................................................................................................... Noções de Estatística ............................................................................................................... História Geral ............................................................................................................................ História do Brasil ....................................................................................................................... Física ......................................................................................................................................... Química ..................................................................................................................................... Biologia ...................................................................................................................................... 07 a 10 11 a 19 20 a 29 31 a 35 36 a 42 43 a 57 59 a 71 72 a 78 80 a 84 85 a 102 103 a 107 Matemática e suas Tecnologias Ciências Humanas e suas Tecnologias Ciências da Natureza e suas Tecnologias
  • 5.
  • 6. 6 MÓDULO III LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO • PROF. SINVAL • PROF. VICENTE JÚNIOR • PROF. WALMIR NETO PROJETO ALCANCE ENEM 2014
  • 7. 7 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO LINGUAGENS E CÓDIGOS I SINVAL AULA 01 Competência de área 4 – Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de signifi-cação e integrador da organização do mundo e da própria identidade. H12 - Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais. H13 - Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos. H14 - Reconhecer o valor da diversidade artística e das interrelações de elementos que se apre-sentam nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos. QUESTÃO 01 - 1. Sobre este quadro, A Negra, pintado por Tarsila do Amaral em 1923, é possível afirmar que: a) se constituiu numa manifestação isolada, não podendo ser associada a outras mudanças da cultura brasileira do período. b) representou a subordinação, sem criatividade, dos padrões da pintura brasileira às imposições das correntes internacionais. c) estava relacionado a uma visão mais ampla de nacionalização das formas de expressão cultural, in-clusive da pintura. d) foi vaiado, na sua primeira exposição, porque a artista pintou uma mulher negra nua, em desacordo com os padrões morais da época. e) demonstrou o isolamento do Brasil em relação à produção artística da América Latina, que não passara por inovações. QUESTÃO 02 - Com base na imagem do pintor expressionista Edvard Munch, o conhecidíssimo quadro O grito, e nos conhecimentos sobre o Expressionismo, assinale a alternativa correta. a) A pintura expressionista trabalha com partes de uma mesma imagem, recompondo-as e utilizando- -as ao mesmo tempo, a fim de criar várias perspectivas e dar a impressão de que um objeto pode ser visto ao mesmo tempo sob todos os ângulos. b) Pintando diretamente sobre a tela branca, utilizando somente cores puras justapostas em vez de misturá-las previamente na paleta, os pintores expressionistas buscavam obter a vibração da luz;
  • 8. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO 8 SINVAL pesquisavam os cambiantes efeitos da luz na atmosfera e nos objetos a fim de fixá-los na tela. c) A proposta do Expressionismo é de que a arte flua livremente a partir do inconsciente, da livre associação, com a incorporação de elementos ilógicos do sonho, da fantasia, sem se submeter a qualquer teoria vigente e a nenhuma lógica. d) O expressionista é inclinado a deformar a realidade de modo cruel, caricatural, muitas vezes hilário; o exagero, a distorção e a dramaticidade das formas, linhas e cores revelam uma atitude emocional do artista. e) O movimento expressionista propõe a construção de valores burgueses, utilizando-se do lirismo para afirmar conceitos da sociedade; suas manifestações são intencionalmente ordenadas e obje-tivam LINGUAGENS E CÓDIGOS I conquistar a crítica. QUESTÃO 03 - Oxímoro (ou paradoxo) é uma construção textual que agrupa significados que se excluem mutuamente. Para Garfield, a frase de saudação de Jon (tirinha abaixo) expressa o maior de todos os oxímoros. Folha de S. Paulo. 31 de julho de 2000. Nas alternativas abaixo, estão transcritos versos retirados do poema “O operário em construção”. Pode- -se afirmar que ocorre um oxímoro em (A) “Era ele que erguia casas Onde antes só havia chão.” (B) “... a casa que ele fazia Sendo a sua liberdade Era a sua escravidão.” (C) “Naquela casa vazia Que ele mesmo levantara Um mundo novo nascia De que sequer suspeitava.” (D) “... o operário faz a coisa E a coisa faz o operário.” (E) “Ele, um humilde operário Um operário que sabia Exercer a profissão.” MORAES, Vinícius de. Antologia Poética. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. QUESTÃO 04 - A discussão sobre gramática na classe está “quente”. Será que os brasileiros sabem gramática? A professora de Português propõe para debate o seguinte texto: PRA MIM BRINCAR Não há nada mais gostoso do que o mim sujeito de verbo no infinito. Pra mim brincar. As cariocas que não sabem gramática falam assim. Todos os brasileiros deviam de querer falar como as cariocas que não sabem gramática. – As palavras mais feias da língua portuguesa são quiçá, alhures e miúde. (BANDEIRA, Manuel, Seleta em prosa e verso. Org.: Emanuel de Moraes. 4ª ed. Rio de Janeiro, José Olympio, 1986 .Pág. 19)
  • 9. 9 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO LINGUAGENS E CÓDIGOS I SINVAL Com a orientação da professora e após o debate sobre o texto de Manuel Bandeira, os alunos chegaram à seguinte conclusão: a) uma das propostas mais ousadas do Modernismo foi a busca da identidade do povo brasileiro e o registro, no texto literário, da diversidade das falas brasileiras. b) apesar de os modernistas registrarem as falas regionais do Brasil, ainda foram preconceituosos em relação às cariocas. c) a tradição dos valores portugueses foi a pauta temática do movimento modernista. d) Manuel Bandeira e os modernistas brasileiros exaltaram em seus textos o primitivismo da nação brasileira. e) Manuel Bandeira considera a diversidade dos falares brasileiros uma agressão à Língua Portugue-sa. QUESTÃO 05 - Érico Veríssimo relata, em suas memórias, um episódio da adolescência que teve influ-ência significativa em sua carreira de escritor. Lembro-me de que certa noite - eu teria uns quatorze anos, quando muito - encarregaram-me de segurar uma lâmpada elétrica à cabeceira da mesa de operações, enquanto um médico fazia os primeiros curativos num pobre diabo que soldados da Polícia Municipal haviam “carneado”. (...) Apesar do horror e da náusea, continuei firme onde estava, talvez pensando assim: se esse caboclo pode agüentar tudo isso sem gemer, por que não hei de poder ficar segurando esta lâmpada para ajudar o doutor a costurar esses talhos e salvar essa vida?(...) Desde que, adulto, comecei a escrever romances, tem-me animado até hoje a idéia de que o menos que o escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal de que não desertamos nosso posto. VERÍSSIMO, Érico. Solo de Clarineta. Tomo l. Porto Alegre: Editora Globo, 1978. Neste texto, por meio da metáfora da lâmpada que ilumina a escuridão, Érico Veríssimo define como uma das funções do escritor e, por extensão, da literatura: a) criar a fantasia. b) permitir o sonho. c) denunciar o real. d) criar o belo. e) fugir da náusea SONETO DE FIDELIDADE De tudo ao meu amor serei atento Antes e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou ao seu contentamento. E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama. Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure (MORAES, Vinícius de. Antologia poética. São Paulo: Cia das Letras, 1992)
  • 10. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO QUESTÃO 06 - A palavra mesmo pode assumir diferentes significados, de acordo com a sua função na frase. Assinale a alternativa em que o sentido de mesmo equivale ao que se verifica no 3º. verso da 1ª. estrofe do poema de Vinícius de Moraes. a) “Pai, para onde fores, / irei também trilhando as mesmas ruas...” (Augusto dos Anjos) b) “Agora, como outrora, há aqui o mesmo contraste da vida interior, que é modesta, com a exterior, que é ruidosa.” (Machado de Assis) c) “Havia o mal, profundo e persistente, para o qual o remédio não surtiu efeito, mesmo em doses va-riáveis.” 10 SINVAL LINGUAGENS E CÓDIGOS I (Raimundo Faoro) d) “Mas, olhe cá, Mana Glória, há mesmo necessidade de fazê-lo padre?” (Machado de Assis) e) Vamos de qualquer maneira, mas vamos mesmo. (Aurélio) Um pouco de ortografia: QUESTÃO 07 - O acento gráfico de “pôr”: a) destina-se a diferenciar a forma verbal da preposição (por) e foi mantido pela reforma ortográfica. b) pode ser suprimido, o que deverá ocorrer, segundo a reforma ortográfica, até 2012. c) sempre existirá, porquanto a palavra se enquadra na regra dos monossílabos acentuados. d) é absolutamente desnecessário, por isso foi abolido pela reforma ortográfica. e) pode ser suprimido, independentemente do critério da ambiguidade semântica que possa gerar. :: GABARITO DE APRENDIZAGEM :: 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
  • 11. 11 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO REDAÇÃO VICENTE JÚNIOR AULA 02 II – Os modelos do ENEM e sua validade para outros concursos: Modelo ENEM: Abordagem direta ou indireta do tema. Lançamento de uma tese ou ponto de vista a ser defendido. A_____________________________ _______________________ .B. _______ _________________________________ _________________________________ _______________________________. B_____________________________ _____________________ .B. _________ _________________________________ _________________________________ ______________________________. C_____________________________ ____________.B ___________________ _________________________________ _________________________________ ______________________________. D_____________________________ _________________________________ _________________________________ ______ .B._________________________ ______________________. Apresentação do 1º. argumento em favor do ponto de vista defendido, possibilitando a progressão do texto e do tema. Apresentação do 2º. argumento em favor do ponto de vista defendido, encaminhando o texto para um desfecho sobre o tema. Solução da problemática articulada com a discussão, com os argumentos apresentados. Ser inovador não é uma regra, mas diferencia os bons textos. “Tudo muda depois que a gente passa no vestibular. Quando fui aprovado em Direito, minha mãe deixou de me chamar de vagabundo e passou a me chamar de Doutor”. (Vestibulando)
  • 12. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO tem, na verdade, a quantidade de parágrafos que seu autor achar que ela deve ter. Mas, no caso dos vestibulares algumas observações são válidas: 1. A criação de um TF (tópico frasal) que direciona cada parágrafo; 2. Períodos curtos, que fazem com que o bom parágrafo tenha, no mínimo, dois pontos finais dentro dele, um que delimita o TF e outro que encerra o parágrafo; 3. A divisão aristotélica em três partes (Introdução - Desenvolvimento - Conclusão); 4. O Desenvolvimento deve ser dividido em dois ou mais parágrafos; 5 .O último parágrafo com um tópico frasal (TF) conclusivo, indicando que não há mais nada a ser dito sobre o assunto. 12 VICENTE JÚNIOR A caixa com quatro parágrafos é apenas uma sugestão sobre o formato do texto. Uma redação REDAÇÃO Discutindo os modelos O primeiro grande modelo de redação tem fundamentação clássica (tese – antítese – síntese) e construção eclesiástica, tanto que passou a ser denominada “redação barroca”. Explicando: Aborda-se diretamente o tema para, em seguida, estabelecer o confronto de ideias, ou seja, um parágrafo de aspec-tos positivos (os “prós”) e outro de aspectos negativos (os “contras”) sobre aquele assunto. Por fim, um tipo de síntese ou resgate das ideias colocadas no início do texto. Esse modelo é o mais utilizado pelos candidatos até hoje em qualquer concurso, inclusive na prova do ENEM. Mas é exatamente por isso, por não dominar o modelo especifico do ENEM, que o julgamento do candidato, por competências, acaba prejudicado. Um exemplo bem simples é que no modelo do ENEM há a necessidade de solução para a problemática discutida, enquanto que em outros modelos isso não precisa acontecer. Como vimos, a redação do ENEM pressupõe mesmo a aplicação de um modelo bastante específico, um esquema pré-determinado pelo próprio exame que confirma os postulados de uma educação funda-mentada em habilidades e competências com vistas à solução de problemas. Se assim não fosse, qual a finalidade de se cobrar isso? Por exemplo, o tema escolhido para a prova de redação do ENEM normal-mente constitui uma problemática (individual ou coletiva), normalmente atual e polêmica, que precisa ser conhecida pelo candidato, discutida com maturidade e, necessariamente, solucionada. Lembrando que um bom parágrafo possui em média de 3 a 6 linhas, o suficiente para apresentar um TF (tópico frasal) e seu desenvolvimento, convencionamos que um parágrafo bom, nas redações do ENEM ou da UECE, terá cinco linhas. Isso não impede que um parágrafo tenha seis ou sete linhas, mas advertimos que a desproporcionalidade dos parágrafos pode ocasionar erros nas competências 2 e 4. Por exemplo, um texto que apresente 8 linhas de introdução e 12 linhas de conclusão exige um de-senvolvimento maior ainda. Então, não haverá espaço suficiente na folha de 30 linhas para escrever o texto. Outra coisa importante: uma conclusão de 12 linhas também pode significar que parte do Desen-volvimento ou Argumentação misturou-se com a solução, ou seja, um grave erro nas Competências 2 e 4. As redações de vestibular, do ENEM, da UECE, do ITA, da UVA ou qualquer outra, exigem poder de SÍNTESE, ou seja, a capacidade de discutir temas complexos como aborto, corrupção ou pena de morte, em 25 ou, no máximo, 30 linhas. Ao contrário do que muita gente pensa, a redação do ENEM não deve ter obrigatoriamente 20 linhas. Para ser corrigido, o texto precisa ter apenas 8 linhas. No entanto, como o candidato que pretende ser aprovado pode lançar uma tese sobre a problemática, discuti-la e, depois, ainda propor soluções em um espaço tão diminuto? Na verdade, nem mesmo em 15 linhas é possível fazer isso, pois se todo desenvolvimento é maior que a introdução e a conclusão, então, considerando que toda discussão tem, no mínimo, “prós” e “contras”, é correto que o desenvolvimento possua dois parágrafos de 5 linhas, em média, que, soma-dos aos de introdução e conclusão resultem em 4 parágrafos (de 5 linhas) para apresentação e o desen-volvimento de uma tese. Por causa disso, convencionou-se que a redação do ENEM ou da UECE possui, classicamente, 20 linhas. No entanto, muitos candidatos têm deixado, talvez por esquecimento, de estabelecer, como é
  • 13. 13 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO REDAÇÃO VICENTE JÚNIOR exigido na competência II, uma relação entre o tema e outras áreas do conhecimento humano. Por causa disso, desse esquecimento, aconselhamos normalmente que se escreva mais um parágrafo sobre a rela-ção do tema com outras áreas afins. Isso faz com que entendamos que uma boa redação do ENEM não tenha 8, nem 15, nem 20, mas 25 linhas, nas quais se observam a apresentação do problema ou tese, a discussão ou desenvolvimento (dentro da qual surgem os argumentos), a relação do tema com outras áreas e, por fim, uma intervenção na realidade ou uma solução, como pede o exame. Sobre os modelos do ENEM Quanto ao procedimento de escrita e correção do texto do ENEM, é bom que se diga que o próprio exame convencionou apenas um modelo ou esquema de redação (modelo 1) que é explicado, ensinado e defendido pela banca que compõe o ENEM. Inclusive é o modelo apresentado no último manual do can-didato, o Guia do Participante, disponibilizado pelo INEP. Manual esse que notadamente será conhecido e utilizado pelos professores que eventualmente passarão a corrigir a prova. Vamos então ao MODELO 1. Modelo 1 (Abordagem direta do tema com lançamento da tese. Em seguida, são colocados os argumentos e, a partir deles, surgem as soluções.) • Parágrafo 1 – Abordagem do tema e lançamento da tese (Responde-se por que aquele problema chegou a tal ponto ou ainda emite-se um juízo de valor a respeito do problema que se transfor-ma na tese ou ponto de vista do candidato). Na tese é comum atribuir à problemática dois ou três elementos causadores. A educação brasileira apresenta graves problemas que se refletem nos péssimos resul-tados divulgados pelo IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Este descrédito é nítido principalmente no que toca a péssima remuneração dos professores, que resulta no de-sestímulo à profissão, e a terrível presença do “bullying” nas escolas, o que confirma o domínio da violência no espaço educacional. É preciso urgentemente reformular a educação em nosso país. • Parágrafo 2 – Argumento 1 – Histórico (Fatos que colaboram com o ponto de vista sobre o proble-ma + Relação com outras áreas do Conhecimento Humano). ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ • Parágrafo 3 – Argumento 2 – Estatístico (Dados que confirmam a problemática + Relação com outras áreas do Conhecimento Humano). Uma boa redação sobre “Bullying” exige, por exemplo, relações com Psicologia, Pedagogia, Sociologia e Direito. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ • Parágrafo 4 – Intervenção (soluções). Desde o momento em que afirmamos sobre a tese que, no mínimo, dois fatores motivaram a problemática, já encontramos a argumentação, então reforçamos com fatos ou dados que o comprovem. Em seguida, negando os elementos da argumentação, en-contramos a solução para a problemática. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________
  • 14. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO por qual motivo aquilo aconteceu (péssima remuneração dos professores; desestímulo à profissão; presença do “bullying”; domínio da violência). 14 VICENTE JÚNIOR ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ Abordando diretamente a problemática (péssimos resultados da educação), tentamos responder Dessa forma, depois de listarmos os argumentos, que ilustrarão ou confirmarão a razão da problemá-tica, descobrimos que cada um deles constitui, na verdade, a ponta de uma solução. Basta transformar o REDAÇÃO que antes era causa do problema em algo que seja exatamente o contrário. Argumentação Solução Péssima remuneração dos professores → aumento de salário e gratificações Desestímulo à profissão → valorização do magistério com plano de cargos e carreiras e concursos Presença do “bullying” → criação de projetos contra o “bullying” Domínio da violência → campanhas de prevenção à violência nas escolas O ENEM chama isso de solução articulada com a tese e com a argumentação. Assim, cada fator apresentado como argumento, inicialmente, transforma-se, ao final, em um tipo de solução, uma interven-ção naquela realidade.
  • 15. 15 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO REDAÇÃO PROPOSTA 01 VICENTE JÚNIOR PRÁTICAS DE REDAÇÃO NOTA 1000 Poucos dias depois da divulgação de atos de assédio sexual no metrô de São Paulo e da reve-lação da existência de uma página intitulada “Encoxadores”, no Facebook, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão vinculado ao Governo Federal, divulgou dados de uma pesquisa sobre o estupro, segundo a qual 65% dos entrevistados (homens e mulheres) concordaram em que mulher que exibe seu corpo, usando roupas curtas e/ou decotadas, “merece ser atacada”. A partir dos dados, uma socióloga declarou existir no país uma “cultura do estupro”, que considera a vítima responsável pela violência (sexual) que sofreu. Acerca do estupro, o Ipea apresentou outro estudo, que você pode ver a seguir, juntamente com mais informações afins. Estudantes da UnB (Universidade de Brasília) seguram cartaz com apologia ao estupro durante trote Mulher com roupa curta merece ser atacada: Um estudo divulgado nesta quinta-feira (27) pelo Ipea revela que a maioria da população brasileira acre-dita que “mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas” e que “se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros”. [...] A pesquisa [...] sobre a tolerância social à violência contra as mulheres entrevistou 3.810 pessoas em todas as unidades da federação durante os meses de maio e junho de 2013, sendo que as próprias mu-lheres representaram 66,5% do universo de entrevistados. [...] Na pesquisa do Ipea, os entrevistados foram questionados se concordavam ou não com frases sobre o tema. Nada menos que 65% concordaram que a mulher que usa roupa que mostra o corpo merece ser atacada - 42,7% concordaram totalmente, e 22,4%, parcialmente. [UOL] Cultura do estupro: Na opinião da professora do Departamento de Sociologia da PUC-SP Carla Cristina Garcia, os resulta-dos [da pesquisa] mostram uma inversão de papéis entre mulheres e agressores. “O comportamento da vítima jamais pode ser apontado como motivo da violência”, alerta. “É preciso acabar com essa cultura do estupro, que está naturalizada.” [...] Segundo Carla, é comum educar a mulher para sobreviver em um mundo sexista e violento, com restri-ções sobre roupas e lugares que frequenta. “Já as campanhas contra assédio no trabalho e no transpor-te público, por exemplo, aparecem menos.” [Estadão/Brasil] Perfil das vítimas: Os registros demonstram que 89% das vítimas são do sexo feminino e possuem, em geral, baixa escolari-dade. Do total, 70% são crianças e adolescentes. “As consequências, em termos psicológicos, para esses garotos e garotas são devastadoras, uma vez que o processo de formação da autoestima - que se dá
  • 16. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO exatamente nessa fase - estará comprometido, ocasionando inúmeras vicissitudes nos relacionamentos sociais desses indivíduos”, aponta a pesquisa. Em metade das ocorrências envolvendo menores, há um histórico de estupros anteriores. Para o diretor do Ipea, “o estudo reflete uma ideologia patriarcal e machista que coloca a mulher como objeto de desejo e propriedade”. [Ipea] Com base na leitura dos textos motivadores apresentados e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o seguinte tema: “CULTURA DO ESTUPRO”: A CULPA É DA VÍTIMA? 16 VICENTE JÚNIOR Fonte: http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/cultura-do-estupro-a-culpa-e-da-vitima.jhtm REDAÇÃO PROPOSTA 01 Observações: Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa; Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa; A redação deve ter no máximo 30 linhas escritas;
  • 17. 17 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO REDAÇÃO PROPOSTA 02 VICENTE JÚNIOR PRÁTICAS DE REDAÇÃO NOTA 1000 I - Proposta estilo ENEM Texto 1 Declaração Universal dos Direitos Humanos As ideias e valores dos direitos humanos são traçadas através da história antiga e das crenças re-ligiosas e culturais ao redor do mundo. O primeiro registro de uma declaração dos direitos humanos foi o cilindro de Ciro, escrito por Ciro, o grande, rei da Pérsia, por volta de 539 a.C..1 Filósofos europeus da época do Iluminismo desenvolveram teorias da lei natural que influenciaram a adoção de documentos como a Declaração de Direitos de 1689 da Inglaterra, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cida-dão de 1789 da França e a Carta de Direitos de 1791 dos Estados Unidos. Durante a Segunda Guerra Mundial, os aliados adotaram as Quatro Liberdades: liberdade da palavra e da livre expressão, liberdade de religião, liberdade por necessidades e liberdade de viver livre do medo. A Carta das Nações Unidas reafirmou a fé nos direitos humanos, na dignidade e nos valores humanos das pessoas e convocou a todos seus estados-membros a promover respeito universal e observância dos direitos humanos e liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião³. O Cilindro de Ciro e considerado a Primeira Declaração dos Direitos Humanos registrada na História. Quando as atrocidades cometidas pela Alemanha nazista tornaram-se conhecidas depois da Se-gunda Guerra, o consenso entre a comunidade mundial era de que a Carta das Nações Unidas não tinha definido suficientemente os direitos a que se referia4 5 Uma declaração universal que especificasse os direitos individuais era necessária para dar efeito aos direitos humanos. Atualmente, existem declarações de direitos humanos em níveis Nacional e Estadual. O Ceará, por exemplo, organiza geralmente uma CONFERÊNICA ESTADUAL DE DIREITOS HUMANOS, enfati-zando os principais tópicos da Declaração Universal.
  • 18. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO 18 CONFERÊNCIA ESTADUAL DOS DIREITOS HUMANOS/ OAB-CE Artigos Destacados VICENTE JÚNIOR 45. Criação do Fundo Estadual de Promoção de Políticas Públicas de Direitos Humanos, cujos recursos serão destinados a: I – implantação e manutenção dos Centros de Atendimentos às Vítimas de Violações de Direitos Humanos: atendimento jurídico, psicológico e social; II – manutenção do Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas do Estado do Ceará – PROVI-TA- CE; III – manutenção do Conselho de Defesa dos Direitos Humanos; IV – implementação do Programa Estadual de Direitos Humanos; V – criação de programas de políticas públicas de direitos humanos entre o Estado e organizações da sociedade civil; VI – financiamento de pesquisa e publicações sobre políticas públicas de direitos humanos. O Fundo Estadual de Promoção das Políticas Públicas de Direitos Humanos será constituído das seguintes fontes de recursos: I – os valores das taxas judiciais repassados à Associação Cearense dos Magistrados – ACM, à Associação Cearense do Ministério Público – ACMP, e à Caixa de Assistência dos Advogados – CAACE; II – dotação orçamentária própria com recursos do Tesouro Estadual; III – receitas oriundas de convênios, contratos e acordos celebrados entre o Estado e instituições públicas ou privadas; IV – doações. A administração do Fundo seria realizada através de um conselho deliberativo, consti-tuído paritariamente entre representantes do governo estadual e da sociedade civil. In. http://oabce.org.br/ Texto 2 Jovem negro é agredido e acorrentado em poste no Rio de Janeiro Um rapaz foi agredido, deixado nu e preso com uma trava de bicicleta a um poste, no Flamengo (zona sul do Rio), na noite da última sexta-feira, 31. Os bombeiros foram chamados e precisaram usar um maçarico para libertar o rapaz, encaminhado ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro. A mulher que socorreu o rapaz divulgou o caso na internet e foi criticada porque ele, negro, seria integrante de uma gangue que pratica assaltos na zona sul. O rapaz estava sem documentos, segundo os bombeiros, e o caso não chegou a ser registrado na polícia. “Os bombeiros chegaram e socorreram o rapaz, mas eu não acompanhei mais o caso. Quando divulguei as fotos na internet, muita gente veio dizer que ele é ladrão, que tinha que ser punido mesmo. Os furtos na região (do Flamengo) aumentaram muito, eu sei disso, mas não sei quem é o rapaz. Se hou-ver cometido algum crime, quem deve prender é a polícia. Não é possível que as pessoas queiram fazer justiça com as próprias mãos”, diz Yvonne, fundadora de uma ONG que atende crianças e adolescentes REDAÇÃO PROPOSTA 02
  • 19. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO moradores de áreas de risco. “Não importa quem é a pessoa, não tem cabimento deixar preso num pos-te. Eu faria a mesma coisa ainda que fosse um cachorro, um gato, qualquer bicho”, afirma. (O Estadão 19 03/02/2014). Texto 3 • Com base na leitura dos textos motivadores apresentados e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma culta da língua portu-guesa sobre o seguinte tema: DIREITOS HUMANOS NO BRASIL REDAÇÃO PROPOSTA 02 VICENTE JÚNIOR
  • 20. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO AULA 03 H22 - Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos. QUESTÃO 01. H22 (Ueg 2013 - Adaptada) Acudiro. Nhola tinha ânsia, tonteira, celeração, corpo largado, não via nada, nem a lampa da candeia. Dei chá de goiabeira. Esperei clareá o dia, bandiei o corgo, fui na casa da Delíria. Aí falei: — Delíria, me prouve um insonso de sal, Nhola tá ruim... Delíria me pruveu o sal. Eu fiz um engrossado de farinha de milho, Nhola comeu, descansou, miorou e falou: — Nunca comi comesinho tão bão. Louvado seja Deus. Nóis demos gaitada... Aí correu mundo que Nhola teve vertige de fraqueza, falta de cumê... A casa se encheu de vizinho. Cada um trazendo uma coisa pra nóis. Até pedaço de capado e cuia de sal; café pilado e açúcar branco. Nóis fiquemo tão contente... Nhola dava gaitada... virou uma infância. A temática da pobreza a) é abordada de maneira análoga nos dois textos, pois o primeiro sugere ajuda humanitária entre as classes sociais, e o segundo explicita um drama de ordem moral. b) é tratada de modo igual em ambos os textos, uma vez que os problemas aos quais aludem não são minimizados por quaisquer ações governamentais. c) está relacionada a um problema de impossível solução nos quadrinhos e a uma questão político- -religiosa no excerto literário. d) surge associada a uma questão político-social nos quadrinhos e a um entrave social suavizado pela caridade no texto de Cora Coralina. e) se destaca, em ambos os textos, pela forma como a população se compadece das necessidades alheias, alicerçadas pela desigualdade social. H1 - Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracteri-zação 20 WALMIR NETO CORALINA, Cora. Quadrinhos da vida. In: Estórias da casa velha da ponte. 13. ed. São Paulo: Global, 2006. p. 39-40. LINGUAGENS E CÓDIGOS II dos sistemas de comunicação QUESTÃO 02. H1 (Unifesp 2013 – Adaptada) Examine a tira.
  • 21. O efeito de humor na situação apresentada decorre do fato de a personagem, no segundo quadrinho, considerar que “carinho” e “caro” sejam vocábulos: a) originados de um mesmo verbo. b) formados por diferentes processos. c) derivados de vocábulos distintos. d) cognatos, oriundos de uma mesma raiz. e) pertencentes a campos semânticos adversos. A charge acima tem como objetivo: a) destacar a presunção do consumidor quando este revela sua “esperteza” em comprar carro com IPI baixo e IOF reduzido. b) condenar a alienação do interlocutor por desconhecer as atuais formas facilitadas de pagamento propostas pelo governo. c) contestar a visão excessivamente materialista da sociedade de consumo a qual vê o automóvel como um fetiche. d) satirizar a postura paternalista que a população espera do governo nas relações econômicas. e) enaltecer o modelo econômico de redução de IPI e IOF para incentivar o desenvolvimento da indús-tria H18 - Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos. QUESTÃO 04.H18 (Uepb 2013 - Adaptada) Mais do que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social onde o artista expressa grafica-mente sua visão sobre determinadas situações cotidianas através do humor e da sátira. Para entender uma charge, não é preciso ser necessariamente uma pessoa culta, basta estar atualizado com o que 21 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO WALMIR NETO H23 - Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos utilizados. QUESTÃO 03.H23 (Espm 2013 - Adaptada) brasileira. LINGUAGENS E CÓDIGOS II
  • 22. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO acontece ao seu redor. A exemplo das manifestações populares que reuniram 864 mil pessoas nas seis cidades-sede da Copa das Confederações durante o torneio de 2013 e tendo por base a charge apresen-tada, é possível inferir que: a) A torcida brasileira teme que o fluxo turístico durante a realização da copa acelere o crescimento dos problemas sociais no Brasil. b) A Copa do Mundo com todo seu fulgor ocupa completamente a mente do brasileiro, desviando-lhe a atenção de questões sociais internas. c) A alegria do brasileiro, em relação à copa do mundo, é do tamanho do Brasil e extrapola o poder que o torcedor tem de analisar criticamente a realidade do país. d) O brilho da Copa do Mundo não ofusca a mente do povo brasileiro em relação aos problemas sociais existentes. e) O esporte, como mecanismo de fuga da realidade, tem sido uma constante na história do povo brasileiro. 22 WALMIR NETO LINGUAGENS E CÓDIGOS II José E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José ? e agora, você ? você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama protesta, e agora, José ? Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou, e agora, José ? [...] Carlos Drummond de Andrade QUESTÃO 05. H18 Considerando-se os recursos estilísticos que concorrem para a progressão temática nessas estrofes da poesia de Carlos Drummond de Andrade, percebe-se que a coesão do texto é construída, principalmente, a partir a) da inversão de termos em “sorrir já não pode”, verso 18. b) do tratamento “você” conferido a José nos versos 7, 8 e 10. c) do emprego de verbos no pretérito com o advérbio “agora”. d) da quebra de paralelismo semântico no uso da conjunção “e”. e) da repetição de palavras e estruturas sintáticas. H21 - Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não-verbais utilizados com a finalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos. QUESTÃO 06.H21 (Insper 2013 - Adaptada) No anúncio publicitário, os recursos verbais e não verbais foram relacionados com a finalidade de tornar
  • 23. pública uma nova postura ao associar a) a apresentação da necessidade de buscar “respostas sustentáveis” e a referência à produção de energia eólica. b) a referência ao “Brasil do amanhã” e a representação de uma alternativa para a preservação da água. c) a alusão ao futuro próspero do Brasil e a imagem do mar com fartura de peixes. d) a referência às “respostas sustentáveis” e a sugestão de uma alternativa para impedir a pesca pre-datória. e) a referência ao “Brasil do amanhã” e a representação do país submerso no mar. H24 - Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do públi-co, QUESTÃO 07. H24 O resto é saber se a Capitu da Praia da Glória já estava dentro da de Mata-cavalos, ou se esta foi muda-da naquela por efeito de algum caso incidente. Jesus, filho de Sirach, se soubesse dos meus primeiros ciúmes, dir-me-ia, como no seu cap. IX, vers. I: “Não tenhas ciúmes de tua mulher para que ela não se meta a enganar-te com a malícia que aprender de ti”. Mas eu creio que não, 1e tu concordarás comigo; se te lembras bem da Capitu menina, hás de reconhecer que uma estava dentro da outra, 2como a fruta dentro da casca. 23 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO WALMIR NETO tais como a intimidação, sedução, comoção, chantagem, entre outras. LINGUAGENS E CÓDIGOS II Machado de Assis, D.Casmurro Para convencer o leitor da relevância do ponto de vista do narrador protagonista, nesse fragmento de D. Casmurro, Machado usou como estratégia argumentativa a) Manifestar nas entrelinhas a insegurança afetiva de Bentinho. b) Retomar o comportamento de Capitu, suspeito desde a infância. c) Buscar a cumplicidade do leitor em relação à fala de Jesus (ref.1). d) Reforçar as ideias do narrador através do discurso bíblico citado. e) Deixar dúbio o discurso de Bentinho: “como a fruta dentro da casca” (ref. 2). H10 - Reconhecer, nas diferentes manifestações da cultura corporal, fatores de construção de iden-tidade e expressões de valores sociais. QUESTÃO 08. H10 Retrato Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas; eu não tinha este coração que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil: Em que espelho ficou perdida a minha face? Cecília Meireles MEIRELES, C. Obra poética. Volume 4. Biblioteca luso-brasileira: Série brasileira. Companhia J. Aguilar Editora. 1958. p 10. A percepção que a autora tem de si (autoimagem corporal e a sua corporeidade) se desdobra em ques-tões existenciais que têm origem na: a) precariedade da existência humana e da vida que se transforma com o tempo. b) compreensão das imposições da sociedade que prima por uma aparência jovem. c) confiança no futuro, ofuscada pelas mudanças hormonais. d) aceitação das mudanças físicas que acompanham a fase adulta. e) compensação que a experiência de vida tem sobre a aparência física. Silvana trabalha no setor de FGTS da CEF e passa parte do seu dia diante do computador. Ao final do dia,
  • 24. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO o corpo denuncia os desconfortos oriundos dos “ossos do ofício”, e ela só pensa em deitar e descansar o tronco, os braços e as pernas. Preocupado com a saúde dela, um amigo enviou-lhe por e-mail a seguinte imagem: QUESTÃO 09. H10 Sabedor da necessidade de transformações de hábitos corporais em função das necessidades cinestési-cas peculiares ao cargo por ela exercido, o amigo de Silvana, através de sua atitude, a) propôs a criação de um grupo de ginástica laboral entre os funcionários que trabalham sentados por longos períodos. b) destacou a importância do alongamento dos músculos para a preservação da saúde corporal. c) sugeriu a adequação da postura corporal à atividade exercida para minimizarem-se danos à saúde física. d) reiterou a repercussão negativa, na produtividade, da falta de informação dos funcionários no am-biente 24 WALMIR NETO http://www.portalsaofrancisco.com.br (acessado em 3/3/2014) LINGUAGENS E CÓDIGOS II de trabalho. e) elucidou o benefício que traz à saúde a compra de móveis que sigam padrões rígidos de controle de qualidade. H22 - Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos. QUESTÃO 10. H22 (Insper 2012 - Adaptada) Equivoca-se quem pensa que falar bem é falar claro. A arte da retórica reside, na verdade, na habilidade de confundir. Afinal, se digo algo e você entende de cara, vai logo se achando mais inteligente do que eu: mau negócio. Se, contudo, sou capaz de temperar as frases mais simples com um molho de obscuridade, com uma calculada pitada de empulhação, o ouvinte pensará que sei mais do que revelo: ponto para mim. Vejamos: você entra numa farmácia, pergunta se tem Aspirina e o funcionário responde com um peremp-tório “não”. O que você pensará? Que aquela é uma farmácia ruim. Se, porém, ele disser que “no caso, Aspirina a gente não vai tá tendo, hoje”, a coisa muda completamente de figura. O “no caso” sugere que, numa situação normal, ele teria Aspirina. Logo, “hoje”, estamos numa situação anormal. Qual seria essa situação? Haveria um surto de enxaqueca no bairro? Boatos de que a Copa e as Olimpíadas levariam à falta de ácido acetilsalicílico teriam desencadeado uma busca frenética pelo produto? Você não sabe, ele sabe, e, num segundo, o que era uma farmácia vagabunda transforma-se numa farmácia sob estado de exceção, enquanto você, em vez de um cliente insatisfeito, torna-se um náufrago à deriva no mar da especulação. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1210201104.htm Entre os seguintes provérbios, qual deles melhor resume a concepção do autor sobre a retórica? a) Eloquência é a arte de aumentar coisas pequenas. b) Casa de ferreiro, espeto de pau. c) Calar é a sabedoria dos tolos. d) Nem tudo que reluz é ouro. e) Falem bem ou falem mal, mas falem de mim, que estão fazendo propaganda.
  • 25. H23 - Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos utilizados. QUESTÃO 11. H23 Boa noite, Dra. Mónica Infelizmente não consigo abrir os ficheiros de imagens. A escolha do tratamento que se queira atribuir a alguém geralmente considera as situações espe-cíficas de uso social. Uma das características do funcionamento das formas de tratamento, na interação, é a possibilidade de serem negociadas pelos locutores para as adaptarem ao contexto de comunicação e à dinâmica interlocutiva. No exemplo transcrito anteriormente, através de um fórum online, uma formanda dirige-se à formadora usando o tratamento doutora, seguindo uma norma formal que ainda se adota em Portugal: os indivíduos que têm um diploma universitário podem ser tratados por doutor ou doutora. No entanto, a formadora sugere a eliminação desse tratamento com a finalidade de: a) reduzir o distanciamento em relação à formanda. b) ressaltar a importância do estatus socioprofissional para o discurso. c) tornar o discurso não familiar a exemplo do emprego do comando “esqueça”. d) denunciar o tratamento desrespeitoso que permeia a linguagem midiática. e) comparar a postura do professor dentro e fora do contexto educacional. H20 - Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da iden-tidade Leia o fragmento extraído do texto Trezentas Onças, incluído em Contos Gauchescos, de Simões Eh-pucha! patrício, eu sou mui rude... a gente vê caras, não vê corações...; pois o meu, dentro do peito, naquela hora, estava como um espinilho ao sol, num descampado, no pino do meio-dia: era luz de deus por todos os lados!... E já todo no meu sossego de homem, meti a pistola no cinto. Fechei um baio, bati o isqueiro e comecei a pitar. Considerando que as variedades linguísticas existentes no Brasil constituem patrimônio cultural, nas palavras de Simões Lopes Neto, a presença de termos regionais, de linguagem figurada e de ditado popular, contribui para: a) a caracterização da identidade e do estado de espírito do personagem. b) o reconhecimento das mudanças sofridas pela vegetação. c) a identificação de um momento anterior a um crime. d) a apresentação do senário em que o fato narrado se desenvolve. e) o desenvolvimento de um raciocínio lógico através de termos técnicos e científicos. QUESTÃO 13.H20. A HISTÓRIA DO PORTUGUÊS BRASILEIRO A discussão sobre as distinções entre o português de Portugal e o do Brasil se mantém até hoje. O brasileiro incorporou empréstimos de termos não só das línguas indígenas e africanas, mas do francês, do espanhol, do italiano, do inglês. A influência indígena propiciou a criação de expressões idiomáticas, como “andar na pindaíba” e “estar de tocaia”, que são marcas linguísticas de uma cultura específica. Dos africanos herdamos palavras da culinária como abará, acarajé e vatapá; e, no candomblé, ficaram orixá, exú, oxossi, iansã. Mas a maior parte do vocabulário brasileiro advém do português europeu com dife-renças fonéticas notáveis e distinções semânticas em palavras como “estação” e “trem”, que em Portugal 25 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO WALMIR NETO Boa noite, Agostinha Vou tentar colocá-las de outra forma (esqueça o Dra.!). Boa noite e bom fim-de-semana! nacional. QUESTÃO 12. H20 Lopes Neto. LINGUAGENS E CÓDIGOS II
  • 26. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO são “gare” e “comboio”. Para o linguista brasileiro Mário Perini, professor convidado da Universidade do Mississipi, nos EUA, as mudanças na língua são naturais, e pode até ser que um dia a fala do brasileiro chegue a ser considerada um idioma distinto do português europeu. “É o que fatalmente acontece quando duas comunidades linguísticas se separam geograficamente”, afirma Perini. Segundo o texto, as variedades presentes no patrimônio linguístico do português brasileiro são importan-tes para a preservação da memória nacional e têm sua história associada a) aos índios, aos negros, às imigrações e ao espaço geográfico. b) ao fato de o Brasil ter sido colonizado por países localizados na Europa. c) ao dinamismo da língua que extrapola limites geográficos em prol do poder. d) às danças, hábitos alimentares e crenças dos colonizadores. e) a expressões idiomáticas, marcas linguísticas e diferenças fonéticas. H9 - Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades coti-dianas 26 WALMIR NETO http://www.comciencia.br/reportagens /linguagem/ling03.htm – Acessado em 8/3/2014 LINGUAGENS E CÓDIGOS II de um grupo social. Movimentar-se e manter uma postura correta A saúde e o bem-estar de um indivíduo dependem da sua capacidade de se mover e mobilizar os mem-bros. A mobilização de todas as partes do corpo, através de movimentos coordenados e a manutenção de um bom alinhamento corporal, permite ao organismo desempenhar eficazmente todas as suas funções (respiração, circulação, eliminação), estimulando o apetite e reduzindo a fadiga. Alguns doentes estão tão inativos que a saúde se deteriora. A força muscular reduz-se significativamente a partir dos 70 – 80 anos, aumentando o risco de pneumonia, úlceras, problemas de pressão, incontinência, défices cognitivos, depressão e osteoporose. Pesquisas científicas envolvendo dança e idosos comprovam, por exemplo, as contribuições desta para a saúde física e mental daqueles, principalmente no que se refere aos ganhos ligados à força, ritmo, agilidade, equilíbrio e flexibilidade. http://voluntariadohospitalar.blogspot.com.br/2008/11/as-necessidades-humanas-bsicas.html QUESTÃO 14.H9 Com base na pesquisa científica citada no texto, verifica-se que a dança, deve ser vista como uma: a) forma de lazer e diversão para que as pessoas deem mais atenção à saúde e ao bem-estar. b) fonte de saúde física e mental para os idosos, os quais perdem força muscular entre 70 – 80 anos. c) alternativa de prevenção de doenças específicas de pessoas idosas. d) opção contrária à ociosidade por promover a eficiência das funções corporais em pessoas inativas. e) necessidade básica dos jovens e adultos para a prevenção de doenças específicas de uma faixa etária mais avançada. H11 - Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos. “Numa sociedade, caracterizada por “apertar botões”, as tendências modernas, a mecanização, as ocu-pações sedentárias e o uso generalizado de utensílios domésticos levaram a uma exigência diminuída da atividade física particularmente no trabalho. Ao mesmo tempo há um aumento espantoso de doenças cardiovasculares. Os estudos têm mostrado que o risco dessas doenças é aumentado por falta de atividade física satisfató-ria, principalmente o exercício, o esporte, que aumenta o rendimento físico das pessoas. Esse aumento está associado com uma melhora na eficiência funcional de todas as células do nosso corpo. Essa efici-ência funcional, chamada de APTIDÃO FÍSICA, é geralmente vista como um atributo desejável e positivo para a saúde.” GrupoEscolar.com: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/a-necessidade-de-movimento-do-corpo-humano.html – (Texto adaptado, acessado em 3/3/2014)
  • 27. QUESTÃO 15.H11 A partir desse contexto, considera-se que: a) a adaptação do homem aos recursos tecnológicos da modernidade tem demandado maior prática de atividades físicas no trabalho. b) as facilidades da era moderna não são suficientes para suprir as necessidades cinestésicas nem interacionais no ambiente de trabalho. c) a eficiência funcional das células independe do limite de faixa etária e pode ser desenvolvida por máquinas e equipamentos tecnológicos. d) as atividades físicas precisam ser resgatadas como forma de compensar o “apertar botões” da mo-dernidade e) a modernidade evolui junto com as dores de cabeça, o sedentarismo, a obesidade, as lesões por esforço repetitivo e as doenças cardiológicas. Por meio da linguagem realizamos diferentes ações: divulgamos informações, persuadimos pessoas, realizamos comandos, socializamos desconfortos e alegrias, testamos a comunicação, demonstramos sentimentos, construímos representações mentais sobre nosso mundo: organizamos nossa vida do dia a dia. A função metalinguística, por exemplo, usa o código para explicar ou descrever o próprio código linguístico. H19 - Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlo-cução. QUESTÃO 16.H19 Considerando as diversas formas de linguagem presentes na comunicação, dentre as imagens seleciona-das de http://oqueeh.com.br/ (acessado em 3/3/2014), a que melhor representa a ideia da metalinguagem 27 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO WALMIR NETO e de prevenir cardiopatias. é: a) b) c) d) e) H26 - Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social. Expressões Significados Baixo da égua Lugar aonde ninguém quer ir, lugar muito longe Balaio de gato Desorganização, confusão Bater a caçuleta Morrer Cambito Perna fina Cão chupando manga Pessoa muita feia Caxaprego Lugar muito distante Dar o prego Enguiçar Dar pitaco Dar opinião LINGUAGENS E CÓDIGOS II
  • 28. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO 28 WALMIR NETO Expressões Significados Alçar a perna Montar a cavalo Campo santo Cemitério Embretar-se Meter-se em apuros Guacho Animal ou pessoa criada sem mãe ou sem leite LINGUAGENS E CÓDIGOS II materno Lindeiro Ao lado de, vizinho Maleva Bandido, malfeitor, perverso Olada Ocasião, oportunidade Expressões Significados De rocha Palavra ou assunto com convicção Égua de largura Muita sorte Essa é da grife do varal Roupa roubada Levou o farelo Morreu Miudinho Pequeno Paga uma aí Paga uma bebida Vigia bem Preste muita atenção Umborimbora? Vamos embora? Zé ruela Abestado, besta http:/ /www.portugues.com.br – Acessado em 9/2/2014 QUESTÃO 17.H26 Os três quadros de expressões e significados são exemplos de: a) linguagem inovadora, praticada em ocasiões em que se pretenda “chocar” através do discurso. b) padronização da língua, advinda de fatores, regionais, culturais e contextuais. c) linguagem especificamente caipira, da roça, repudiada em textos literários por bons autores. d) gírias populares comuns à fala dos jovens em situações as quais exijam mais descontração. e) variedades linguísticas usadas por diferentes falantes em contextos adversos. H27 - Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação. Esteves, O. Itinerário, n° 3. Belo Horizonte, mar./85 QUESTÃO 18.H27 A charge é um tipo de texto que, em geral, faz uso da palavra, valendo-se também da imagem, de forma humorística para fazer críticas, sobretudo, sociais e políticas. Nessa charge comemorativa do Ano Inter-nacional da Criança, evidencia-se a) o uso da norma padrão e da linguagem coloquial em diferentes situações de comunicação.
  • 29. b) a incoerência do uso da norma padrão na linguagem do político diante do tema abordado. c) a necessidade de que a comunicação do pivete também fosse processada conforme a norma pa-drão. d) a incompreensão do discurso quando a norma padrão é fronteira entre diferentes níveis de escola-ridade. e) a linguagem padrão como geradora, nas crianças, de desinteresse pela mensagem veiculada. 29 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO WALMIR NETO H28 - Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e LINGUAGENS E CÓDIGOS II informação. https://www.google.com.br/search?q=face+compra+whatsapp (Acessado em 8/2/2014) QUESTÃO 19.H28 Essa imagem que circulou recentemente pelas redes sociais satiriza a aquisição do whatsApp pelo face-book, conferindo a Zucker Berg a responsabilidade: a) pela quebra de privacidade dos usuários do aplicativo. b) pelo ocupação da maior parte do tempo dos jovens. c) pela fomentação do “vício digital” nas mentes informatizadas. d) pelo aumento de estresse e da competitividade entre internautas. e) pela desumanização de jovens que trocam o sono pelas redes sociais. H29 - Identificar pela análise de suas linguagens, as tecnologias da comunicação e informação. QUESTÃO 20.H29 O WhatsApp é uma ferramenta que funciona no Android, BlackBerry, iOS, Nokia e Windows Phone. Com o WhatsApp, você a) tem uma forma específica para comentar e curtir fotos compartilhadas em grupo ou de forma per-sonalizada. b) verifica acesso a conteúdo Premium, conteúdo não Premium, serviços, recursos, Atualização Auto-mática, Central de Mensagens e outros serviços personalizados. c) associa o nome de uma conta pré-existente e o ID de usuário a informações de identificação pessoal para ter opções de conteúdo, produtos, serviços e softwares. d) não precisa criar uma conta, inventar um apelido nem sair adicionando contatos, pois o programa utiliza a linha telefônica como identificação e puxa as pessoas da agenda como contatos. e) se integra a outras redes sociais como Delicious, Digg, Facebook, Flickr, Twitter e YouTube, sendo- -lhe atribuído um perfil ao qual é possível adicionar informações, amigos, fotos e compartilhá-las. :: GABARITO :: 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
  • 30. 30 MÓDULO III MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS • PROF. RAUL BRITO • PROF. ROBÉRIO BARCELAR • PROF. PEDRO EVARISTO PROJETO ALCANCE ENEM 2014
  • 31. 31 MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS ANÁLISE COMBINATÓRIA RAUL BRITO AULA 04 QUESTÃO 01 - Princípio Fundamental da Contagem Em inúmeras situações do cotidiano, nos deparamos com problemas de contagem. Por exemplo: » Ao preencher volante de jogo da mega sena, de quantas maneiras diferentes é possível escolher 6 números ? » Ao escolher 6 algarismos para compor uma senha de um cartão magnético, de quantas maneiras diferentes podemos fazê-lo ? » No último campeonato estadual de futebol, ficaram 4 equipes para disputar a etapa final. Se cada uma jogou com todas as demais uma única vez, quantas partidas ocorreram nessa fase ? » As placas dos veículos nacionais atualmente são compostas de 3 letras seguidas de 4 algarismos. Quantas placas diferentes tal sistema comporta ? Como a contagem direta desses eventos é, em geral, impraticável, a Matemática recorre a técni-cas indiretas de contagem. Esse conjunto de técnicas é chamado análise combinatória e iniciaremos seu estudo apresentan-do o princípio fundamental de contagem. Considere o seguinte problema: “Um rapaz quer se vestir usando uma calça e uma camisa. Sabendo que ele possui 3 calças (1 branca, 1 azul e 1 preta) e 2 camisas (1 vermelha e 1 amarela), de quantas maneiras diferentes ele pode-rá se vestir?” Resolução: As possíveis combinações são: 1. calça branca e camisa vermelha. 2. calça branca e camisa amarela. 3. calça azul e camisa vermelha. 4. calça azul e camisa amarela. 5. calça preta e camisa vermelha. 6. calça preta e camisa amarela. Ou seja, 2 x 3 = 6 possibilidades Considere um segundo exemplo: Para viajar de uma cidade A para uma cidade C, por uma rodovia, deve-se passar necessaria-mente por uma cidade B. Se há 3 rodovias ligando A a B e 4 rodovias ligando B a C, quantas opções diferentes há para se ir de A até C ? Solução: As possíveis trajetórias são: 1. 1 à 4 7. 2 à 6 2. 1 à 5 8. 2 à 7 3. 1 à 6 9. 3 à 4 4. 1 à 7 10. 3 à 5 5. 2 à 4 11. 3 à 6 6. 2 à 5 12. 3 à 7 Ou seja, 3 x 4 = 12 possibilidades
  • 32. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS conhecido com princípio multiplicativo, que pode ser enunciado assim: “Se um evento A pode ocorrer de m maneiras distintas e se, para cada uma dessas m maneiras, um outro evento B pode ocorrer de n modos diferentes, então o número de maneiras de ocorrer o evento A seguido do evento B é m∙n.” QUESTÃO 02 - Combinações Simples e Arranjos Simples: 32 RAUL BRITO Os dois exemplos vistos ilustram o que chamamos princípio fundamental da contagem, também Vamos agora apresentar duas situações que ocorrem frequentemente quando resolvemos pro-blemas de contagem: os arranjos simples e as combinações simples. Vamos introduzi-los a partir de um ANÁLISE COMBINATÓRIA problema. Seja o conjunto E = {a, b, c}. Com os elementos de E vamos obter os seguintes agrupamentos: Todos os subconjuntos de E com 2 elementos: {a, b}, {a, c}, {b, c} Todas as seqüências com 2 elementos de E: (a, b), (b, a), (a, c), (c, a), (b, c), (c, b) Observe que esses dois tipos de agrupamentos diferem num aspecto básico. No caso dos subconjuntos, não é levada em conta a ordem em que os elementos são escritos, isto é, alterando-se a ordem dos elementos de um subconjunto, este não se altera. Assim: {a, b} = {b, a} {b, c} = {c, b} Porém, no caso das seqüências, a mudança da ordem dos elementos gera uma outra seqüência. Assim: (a, b) ≠ (b, a) (b, c) ≠ (c, b) Os agrupamentos do 1o tipo, os subconjuntos, são chamados combinações simples, enquanto que os dos 2o tipo, as seqüências, são chamados arranjos simples. Nos dois casos, a palavra simples se refere ao fato de que os agrupamentos são formados por elementos distintos. Observações !!! A diferenciação entre combinações e arranjos será de fundamental importância na resolução dos pro-blemas de contagem daqui em diante. Destaquemos mais uma vez que: COMBINAÇÕES à a ordem não importa ARRANJOS à a ordem importa Número de Combinações Simples ! n ! ( )! p n p C p n Lê-se: combinação de n elementos distintos tomados p a p. Número de Arranjos Simples ! n ( )! n p Ap n Lê-se: arranjo de n elementos distintos tomados p a p. Relação entre os Arranjos Simples e as Combinações Simples pn pn A = p!⋅C QUESTÃO 03 - Permutação Simples É um caso particular de arranjos simples. A permutação de n elementos distintos é o arranjo de n elemen-tos distintos tomados n a n. nn n P = A à P n! n =
  • 33. 33 MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS ANÁLISE COMBINATÓRIA RAUL BRITO Outras Notações ) ( C C np n,p pn = = n,p pn A = A QUESTÃO 04 - Permutações com Repetições É o número de permutações de n objetos onde há a repetição de um ou mais elementos. Para ser mais objetivo, o primeiro elemento repete-se a1 vezes, o segundo elemento repete-se a2 vezes, ..., o k-ésimo elemento repete-se ak vezes. P n! ! ! ... ! 1 2 k , , ... , n 1 2 k a ⋅a ⋅ ⋅ a a a a = Onde n = a1 + a2 + ... + ak EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM QUESTÃO 01 - Uma indústria alimentícia prepara um “buffet” com seus produtos para a apreciação de especialistas do setor. São dois tipos de suco, cinco tipos de prato salgado e quatro tipos de sobremesa. Cada especialista prova o buffet individualmente e, entre um especialista e outro, o “buffet” é reorganizado em ordem diferente, seguindo as seguintes instruções: I. Sucos, salgados e sobremesas devem ser dispostos em linha. II. Cada tipo de produto deve ser agrupado de modo conjunto. Os sucos devem ficar juntos, assim como os pratos salgados e as sobremesas, ou seja, não se devem intercalar produtos de tipos di-ferentes. III. A sequência dos tipos de produto pode ser alterada, ou seja, pode ser iniciada com os sucos, ou com os pratos salgados, ou ainda, pelas sobremesas. De quantas maneiras diferentes o “buffet” pode ser composto? a) 34560 b) 34260 c) 34500 d) 34680 QUESTÃO 02 - Do alto de uma torre dispomos de 5 bandeiras distintas que utilizamos para emitir mensagens de sinalização. Cada mensagem está associada ao hasteamento de 1 ou mais bandeiras. Quantas mensagens pode-mos emitir com essas 5 bandeiras? a) 325 b) 345 c) 355 d) 365 QUESTÃO 03 - Usando os algarismos 2, 3, 4, 5 e 6 e sem repeti-los, quantos números de 5 dígitos e pares nós podemos formar maiores que 40000? a) 39 b) 40 c) 41 d) 42 QUESTÃO 04 - A figura mostra a planta de um bairro de uma cidade. Uma pessoa quer caminhar do pon-to A ao ponto B por um dos percursos mais curtos. Assim, ela caminhará sempre nos sentidos de baixo para cima ou da esquerda para a direita. O número de percursos diferentes que essa pessoa poderá fazer de A até B é: a) 95 040. b) 40 635. c) 924. d) 792. QUESTÃO 05 -Três homens e três mulheres vão ocupar 3 degraus de uma escada partirar uma foto. Essas pessoas devem se colocar de maneira que em cada degrau fique apenas um casal. Nessas condi-ções, de quantas maneiras diferentes elas podem se arrumar? a) 1.080 b) 720 c) 360 d) 288
  • 34. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS RAUL BRITO QUESTÃO 06 - Dos 30 candidatos ao preenchimento de 4 vagas em certa empresa, sabe-se que 18 são do sexo masculino, 13 são fumantes e 7 são mulheres que não fumam. De quantos modos podem ser selecionados 2 homens e 2 mulheres entre os não fumantes? a) 40 b) 945 c) 2380 d) 3780 QUESTÃO 07 - Maria deve criar uma senha de 4 dígitos para sua conta bancária. Nessa senha, somente os algarismos 1,2,3,4,5 podem ser usados e um mesmo algarismo pode aparecer mais de uma vez. Con-tudo, 34 supersticiosa, Maria não quer que sua senha contenha o número 13, isto é, o algarismo 1 seguido imediatamente pelo algarismo 3. De quantas maneiras distintas Maria pode escolher sua senha ? a) 550 b) 551 c) 552 d) 553 QUESTÃO 08 - Seis pessoas classificadas para a etapa final de um concurso concorrem a seis prêmios: 2 deles distintos, correspondentes ao primeiro e segundo lugares da classificação, e 4 iguais, como prê-mios de consolação aos demais classificados. De quantos modos poderá ocorrer a premiação dessas pessoas? a) 80 b) 60 c) 40 d) 30 QUESTÃO 09 - Considere como um único conjunto as 8 crianças - 4 meninos e 4 meninas - personagens da tirinha. A par-tir desse conjunto, podem-se formar n grupos, não vazios, que apresentam um número igual de meninos e de meninas. Qual é o maior valor de n? a) 68 b) 69 c) 70 d) 71 QUESTÃO 10 - Duas retas denominadas r e s são paralelas. A reta r possui 7 pontos discriminados e a reta s possui 5 pontos discriminados. Quantos triângulos podemos formar tendo como vértices pontos dessas 2 retas ? a) 170 b) 175 c) 165 d) 180 EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES QUESTÃO 01 - Se uma sala possui 6 janelas, quantos são os modos distintos de manter pelo menos uma delas aberta? a) 61 b) 62 c) 63 d) 64 QUESTÃO 02 - Assinale a alternativa na qual consta a quantidade de números inteiros formados por três algarismos distintos, escolhidos dentre 1, 3, 5, 7 e 9, e que são maiores que 200 e menores que 800. a) 30 b) 36 c) 42 d) 48 e) 54 QUESTÃO 03 - Quantos anagramas da palavra JANEIRO têm as consoantes juntas e em ordem alfabé-tica? a) 24 b) 52 c) 120 d) 720 e) 840 QUESTÃO 04 - Com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6 são formados números de 5 algarismos distintos. Entre eles, determine quantos são divisíveis por 5: a) 110 b) 120 c) 130 d) 140 ANÁLISE COMBINATÓRIA
  • 35. 35 MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS QUESTÃO 05 - A figura mostra uma tela quadrada de arame, onde se encontram, em vértices opostos, uma aranha e uma formiga: B D (Formiga) C A (Aranha) E A aranha se desloca, sobre a tela, em direção à formiga, sempre andando para cima e/ou para a direita (nunca volta). O número de distintas possíveis trajetórias da aranha, passando pelo centro C da tela, até chegar à formiga, é: a) 16 b) 20 c) 30 d) 36 QUESTÃO 06 - O gerente de uma empresa faz a cada semana a análise da contabilidade de uma das 8 filiais, buscando surpreender os funcionários da filial. Para isso, cada 8 semanas ele sorteia em que ordem fará as análises, mantendo secreta essa ordem. O número de possibilidades, nessa situação, é: 8! a) 88 b) 8! c) 82 d) 2! 6! e) 2.8 QUESTÃO 07 - O número de anagramas da palavra UNIFOR que começam por vogal e terminam por consoante é: a) 720 b) 452 c) 360 d) 216 e) 180 QUESTÃO 08 - Quantos anagramas da palavra SIMPLES começam e terminam pela letra S? a) 5 b) 24 c) 120 d) 360 e) 720 QUESTÃO 09 - Um químico possui 10 tipos de substâncias. De quantos modos possíveis poderá asso-ciar 6 dessas substâncias se, entre as 10, duas somente, não podem ser juntas porque produzem mistura explosiva ? a) 80 b) 120 c) 140 d) 160 QUESTÃO 10 - O comprador de certo modelo de automóvel pode escolher entre 6 cores e 4 itens opcio-nais. O número total de opções distintas, com pelo menos um item opcional, é: a) 24 b) 36 c) 48 d) 72 e) 90 :: GABARITO EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM :: 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 :: GABARITO EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES:: 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 C B C B D B D C C E 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 ANÁLISE COMBINATÓRIA RAUL BRITO
  • 36. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS ROBÉRIO 36 BARCELAR UNIDADE DE MEDIDAS AULA 05 Medidas de Comprimento x10 km hm dam m dm cm mm :10 Medidas de Superfície x100 km² hm² dam² m² dm² cm² mm² :100 Unidades Agrárias hectare (ha) = hm2 are (a) = dam2 centiare (ca) = m2 Medidas de Volume x1000 km³ hm³ dam³ m³ dm³ cm³ mm³ :1000 Medidas de Capacidade x10 kl hl dal l dl cl ml :10 Medidas de Massa x10 kg hg dag g dg cg mg :10 Medidas de Tempo 1 hora = 60 minutos = 3600 segundos 1 minuto = 60 segundos EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM QUESTÃO 01. (OBMEP-2006) - Aninha nasceu com 3,250 quilogramas. A figura mostra Aninha sendo pesada com um mês de idade. Quanto ela engordou, em gramas, em seu primeiro mês de vida? a) 550 b) 650 c) 750 d) 850 e) 950
  • 37. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS ROBÉRIO BARCELAR QUESTÃO 02. (Enem 2011) - O dono de uma oficina mecânica precisa de um pistão das partes de um motor, de 68 mmde diâmetro, para o conserto de um carro. Para conseguir um, esse dono vai até um ferro velho e lá encontra pistões com diâmetros iguais a 68,21 mm ; 68,102 mm ; 68,001 mm; 68,02 mm e 68,012 mm. Para colocar o pistão no motor que está sendo consertado, o dono da oficina terá de adquirir aquele que tenha o diâmetro mais próximo do que ele precisa. Nessa condição, o dono da oficina deverá comprar o pistão de diâmetro: a) 68,21mm b) 68,102 mm c) 68,02mm d) 68,012 mm e) 68,001mm QUESTÃO 03. (OMBEP-2011) - Um queijo foi partido em quatro pedaços de mesmo peso. Três desses pedaços pesam o mesmo que um pedaço mais um peso de 0,8 kg. Qual era o peso do queijo inteiro? a) 1,2 kg b) 1,5 kg c) 1,6 kg d) 1,8 kg e) 2,4 kg QUESTÃO 04. (OBMEP-2011) - Quantos copos de 130 mililitros é possível encher, até a borda, com dois litros de água? a) 11 b) 12 c) 13 d) 14 e) 15 QUESTÃO 05. (OBM-2004) - Imagine uma pilha com cem milhões de folhas de papel sulfite, cada uma com 0,1 milímetro de espessura. Assinale a alternativa mais próxima da altura da pilha. a) a sua altura. b) o comprimento do maior animal do mundo, a baleia azul, que é cerca de 29 metros. c) a altura do edifício mais alto do mundo, o Petronas Tower, que tem 88 andares. d) a altura do pico mais alto do mundo, o Monte Everest, que é 8848 metros. e) a distância do planeta Terra à Lua, que é muito maior que todas as alternativas anteriores. QUESTÃO 06. (Ifsc 2011) - O consumo de água das residências que possuem água encanada é medido por um aparelho chamado hidrômetro. O hidrômetro utiliza, como unidade de medida, o metro cúbico. Em diversos municípios catarinenses, essa leitura é feita mensalmente no hidrômetro para que cada consumidor tome conheci-mento 37 UNIDADE DE MEDIDA de seu consumo de água e para que a CASAN (Companhia Catari-nense de Águas e Saneamento) possa emitir a fatura mensal de pagamento. Recentemente, foi aprovada uma lei que considera como consumo mínimo residencial o equivalente a 10m3 ao mês. Considerando que o consumo mensal de uma residência é de 600 litros, então essa residência terá pago em litros durante um ano sem consumir, o equivalente a... a) 48000 litros. b) 112800 litros. c) 4800 litros. d) 11280 litros. e) 1128 litros. QUESTÃO 07. (OBMEP-2007) - Quando Bruno chegou a escola, um dos dois relógios de sua sala esta-va marcando 06h 50min e o outro 7h 10min. A professora avisou que um dos relógios estava atrasado 3 minutos e o outro estava adiantado. Quantos minutos o outro relógio estava adiantado? a) 3 minutos b)10 minutos c)13 minutos d)17 minutos e) 23 minutos
  • 38. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS QUESTÃO 08. (Cefet-MG-2011) - A África do Sul, país sede da Copa do Mundo de 2010, possui 1.219.912 km2 de extensão territorial. Essa área, em m2 , é: a) 1.219.912 x 102 b) 121,9912 x 103 c) 12.199,12 x 105 d) 1.219.912 x 106 QUESTÃO 09. (Enem 2011) - Um mecânico de uma equipe de corrida necessita que as seguintes medi-das realizadas em um carro sejam obtidas em metros: a) distância a entre os eixos dianteiro e traseiro; b) altura b entre o solo e o encosto do piloto. Ao optar pelas medidas a e b em metros, obtêm-se, respectivamente, a) 0,23 e 0,16 b) 2,3 e 1,6 c) 23 e 16 d) 230 e 160 e) 2300 e 1600 QUESTÃO 10. (Enem 2011) - Café no Brasil - O consumo atingiu o maior nível da história no ano pas-sado: a β 38 os brasileiros beberam o equivalente a 331 bilhões de xícaras. Veja. Ed. 2158. 31 mar. 2010. Considere que a xícara citada na noticia seja equivalente a, aproximadamente, 120 mL de café. Suponha que em 2010 os brasileiros bebam ainda mais café, aumentando o consumo em 1/5 do que foi consumido no ano anterior. De acordo com essas informações, qual a previsão mais aproximada para o consumo de café em 2010? a) 8 bilhões de litros. b) 16 bilhões de litros. c) 32 bilhões de litros. d) 40 bilhões de litros. e) 48 bilhões de litros. PRISMAS PRISMA RETO É todo poliedro tal que: a) duas faces são polígonos congruentes entre si, situadas em planos paralelos distintos (BASES); b) as demais faces são retângulos (FACES LATERAIS). e : planos paralelos dist int os . h distância entre e altura do prisma : a β ( ). ÁREAS E VOLUME Área Lateral ( ) L A : soma das áreas das faces laterais. Área da Base ( ) B A : área de uma base. Área Total ( ) T A : 2. T L B A = A + A ROBÉRIO BARCELAR UNIDADE DE MEDIDAS
  • 39. 39 MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS Volume (V ) : . B V = A h PRISMA REGULAR É todo prisma reto cuja base é um polígono regular de n lados. Área Lateral: . L F A = n A Área Total: 2 T L B A = A + A Volume: . B V = A h Prisma Oblíquo As arestas laterais não são perpendiculares aos planos das bases. A B C D E Áreas e Volumes • Área Lateral → É a soma das áreas das faces laterais. • Área Total → É a soma da área lateral com as áreas das bases. • Volume → É o produto da área da base pela altura. Casos Particulares: a) Prisma regular é aquele cujas bases são polígonos regulares. b) Paralelepípedo reto retângulo ou ortoedro: Área Total: A = 2 ab + 2 ac + 2 bc t Volume: V = abc Diagonal: d = a2 + b2 + c2 c) Cubo ROBÉRIO BARCELAR UNIDADE DE MEDIDA
  • 40. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS Área Lateral: 40 A = 4a2  Área Total: 6 2 t A= a ROBÉRIO BARCELAR Volume: V = a3 Diagonal da Face: 2 f D = a Diagonal do Cubo: d = a 3 EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES QUESTÃO 01. (UNICAMP-Adaptada) - A figura abaixo apresenta um prisma reto cujas bases são hexá-gonos regulares. Os lados dos hexágonos medem 5 cm cada um e a altura do prisma mede 10 cm. Calcule o volume do prisma. a) 375 3 cm3 b) 350 3 cm3 c) 325 3 cm3 d) 300 3 cm3 e) 275 3 cm3 QUESTÃO 02. (PUCSP) - Um tanque de uso industrial tem a forma de um prisma cuja base é um trapézio isósceles. Na figura a seguir, são dadas as dimensões, em metros, do prisma: O volume desse tanque, em metros cúbicos, é: a) 50 b) 60 c) 80 d) 100 e) 120 QUESTÃO 03. (Fatec) - A figura a seguir é um prisma reto, cuja base é um triângulo equilátero de 10 2 cm de lado e cuja altura mede 5 cm. Se M é o ponto médio de aresta DF, o seno do ângulo BME é: a) 5 b) 5 7 c) 7 3 d) 2 1 4 2 e) 5 QUESTÃO 04. (ENEM) - Para confeccionar, em madeira, um cesto de lixo que comporá o ambiente decorativo de uma sala de aula, um marceneiro utilizará, para as faces laterais, retângulos e trapézios isósceles e, para o fundo, um quadrilátero, com os lados de mesma medida e ângulos retos. Qual das figuras representa o formato de um cesto que possui as características estabelecidas? UNIDADE DE MEDIDAS
  • 41. ROBÉRIO BARCELAR 41 MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS QUESTÃO 05. (ENEM) - Uma metalúrgica recebeu uma encomenda para fabricar, em grande quantida-de, uma peça com o formato de um prisma reto com base triangular, cujas dimensões da base são 6 cm, 8 cm e 10 cm e cuja altura é 10 cm. Tal peça deve ser vazada de tal maneira que a perfuração na forma de um cilindro circular reto seja tangente às suas faces laterais, conforme mostra a figura. O raio da perfuração da peça é igual a: a) 1 cm. b) 2 cm. c) 3 cm. d) 4 cm. e) 5 cm. QUESTÃO 06. (ENEM) - Um porta-lápis de madeira foi construído no formato cúbico, seguindo o mode-lo ilustrado a seguir. O cubo de dentro é vazio. A aresta do cubo maior mede 12 cm e a do cubo menor, que é interno, mede 8 cm. O volume de madeira utilizado na confecção desse objeto foi de: a) 12 cm3 b) 64 cm3 c) 96 cm3 d) 1 216 cm3 e) 1 728 cm3 QUESTÃO 07. (ENEM) - A siderúrgica “Metal Nobre” produz diversos objetos maciços utilizando o ferro. Um tipo especial de peça feita nessa companhia tem o formato de um paralelepípedo retangular, de acor-do com as dimensões indicadas na figura que segue. O produto das três dimensões indicadas na peça resultaria na medida da grandeza: a) massa. b) volume. c) superfície. d) capacidade. e) comprimento. QUESTÃO 08. (VUNESP-Adaptada) - Calcular o volume de um paralelepípedo retângulo, sabendo que suas dimensões são proporcionais a 9, 12 e 20, e que a diagonal mede 100 m. a) 138 240 m3 b) 136 146 m3 c) 134 234 m3 d) 132 456 m3 e) 130 864 m3 QUESTÃO 09. (Fuvest-SP) - Dois blocos de alumínio, em forma de cubo, com arestas medindo 10 cm e 6 cm, são levados juntos à fusão e em seguida o alumínio líquido é moldado como um paralelepípedo reto de arestas 8 cm, 8 cm e x cm. O valor de x é: a) 16 m b) 17 m c) 18 m d) 19 m e) 20 m QUESTÃO 10. (Mackenzie-SP) - Um prisma regular triangular tem todas as arestas congruentes e 48 m2 de área lateral. Seu volume vale: a) 16 m3 b) 32 m3 c) 64 m3 d) 4 3m3 e) 3 16 3m UNIDADE DE MEDIDA
  • 42. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS ROBÉRIO BARCELAR EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM - Comentários e Soluções 01 - Solução: - A balança mostra que o peso de Aninha com um mês de idade é de 4,1 quilos, ou seja, 4100 gramas. Aninha nasceu com 3250 gramas, logo ela engordou 4100 - 3250 = 850 gramas em seu primeiro mês de vida. Comentário: usamos aqui a palavra peso em lugar de massa devido a seu emprego coloquial. Opção correta: d 02 - Solução: O menor valor apresentado é o mais próximo de 68 mm. Logo, o dono da oficina levará o pistão de 68,001m. Opção correta: e 03 - Solução: Se tirarmos um pedaço de queijo de cada um dos pratos da balança, ela continua equilibrada, pois todos os pedaços têm o mesmo peso. Logo, dois pedaços de queijo pesam 0,8 kg; como o queijo foi partido em quatro pedaços, vemos que o queijo inteiro pesa 2x 0,8 = 1,6 kg. Opção correta: c 04 - Solução: Observamos que 2 litros equivalem a 2000 mililitros. Como 2000 = 15 x 130 + 50, é possível encher completamente 15 copos de 130 mililitros e ainda restam 50 mililitros na jarra. Opção correta: e 05 - Solução: Veja, que se multiplicarmos 0,1mm x 100000000 = 10000000 mm= 10000 m. Ou seja, é um valor comparável a altura do pico mais alto do mundo, o Monte Everest. Opção correta: d 06 - Solução: Lembrando que 600 litros = 0,6m3 , e de acordo com o enunciado ,ficou sem consumir 12.(10 – 0,6) = 112,8m3 = 112.800 litros Opção correta: b. 07 - Solução: - Em primeiro lugar, notamos que o relógio quadrado não pode estar atrasado, pois nesse caso a hora correta seria 7h13mim e portanto o relógio redondo também estaria atrasado. Logo, o relógio que está atrasado é o redondo e a hora correta é 6h53mim. Concluímos que o relógio quadrado está adiantado em 7h10mim - 6h53mim = 17mim. Opção correta: d 08 - Solução: 1.219.912 km² = 1.219.912.106m². Opção correta: d 09 - Solução: Transformando as medidas dadas em metros, temos: 2300 mm= 2300. 10-3 m = 2,3 m 160 cm = 160.10-2 m = 1,6m. Opção correta: b 10 - Solução: 120 ml = 0,12 litro (333 x 109 x 0,12 ) ( 1 + 1/5) = 47,592 x 109 litros. Aproximadamente 48 bilhões de litros. Opção correta: e EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES - Comentários e Soluções 01 - Solução: 2 42 3.5 3 .10 375 3 3 2 V = = cm 02 - Solução: ( 8 + 2 ) .4 3 V = .5 = 100 m 2 03 - Solução: ( ) 2   2 5 2 10 2 3 2 25 150 175 5 7 BM BM BM = +   ⇒ = + = ⇒ = 2   ˆ 5 7 = = = 5 7 7 Sen BME BE BM 04 - Solução: A figura descrita é a figura da alternativa C. 05 - Solução: 6 8 10 2 raio + − = = cm 2 06 - Solução: 123 −83 =1216 cm3 07 - Solução: O produto das três dimensões indicadas na peça resulta no volume da peça. 08 - Solução: ( ) ( ) ( ) ( )( )( ) 2 2 2 2 k k k k k 100 9 12 20 10000 625 4 = + + ⇒ = ⇒ = = = 3 09 - Solução: V 9.4 12.4 20.4 138240 m 103 + 63 = 8.8.x⇒ x =19 m 10 - Solução: 2 x = ⇒ x = 2 V = = m 3 3 48 4 4 3.4 16 3 4 :: GABARITO EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM :: 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 D E C E D B D D B E 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 :: GABARITO EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES :: 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 A D B C B D B A D E 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 UNIDADE DE MEDIDAS
  • 43. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS PEDRO EVARISTO A estatística é uma área dos conhecimento que utiliza teorias probabilísticas para explicação de eventos, estudos e experimentos. Tem por objetivo obter, organizar e analisar dados, determinar as cor-relações que apresentem, tirando delas suas consequências para descrição e explicação do que passou A estatística é também uma ciência e prática de desenvolvimento de conhecimento humano atra-vés do uso de dados empíricos. Baseia-se na teoria estatística, um ramo da matemática aplicada. Na te-oria estatística, a aleatoriedade e incerteza são modeladas pela teoria da probabilidade. Algumas práticas estatísticas incluem, por exemplo, o planejamento, a sumarização e a interpretação de observações. Por-que o objetivo da estatística é a produção da “melhor” informação possível a partir dos dados disponíveis, Estuda-se estatística para aplicar seus conceitos como auxílio nas tomadas de decisão diante de incertezas, justificando cientificamente as decisões. Os princípios estatísticos são utilizados em uma grande variedade de situações – no governo, nos negócios e na indústria, bem como no âmbito da ciên-cias sociais, biológicas e físicas. A estatística presta-se a aplicações operacionais e de pesquisas, sendo A Estatística compreende o planejamento e a execução de pesquisas, a descrição e a análise dos Conforme o próprio nome indica, a estatística descritiva tem por finalidade descrever as unidades de observação coletadas na amostra. Ela permite fazer comentários simples, da maneira mais informativa possível, usando métodos numéricos e métodos gráficos. A análise exploratória de dados é a fase inicial do processo de estudo dos elementos coletados nas amostras. Nessa etapa de avaliação, utilizam-se técnicas que resumem e classificam o conjunto de dados coletados para que se obtenham as informações pertinentes que serão utilizadas na fase final do processo, a chamada inferência estatística, também conhecida como análise confirmatória de dados. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA OU ESTATÍSTICA INDUTIVA A inferência estatística refere-se a um processo de generalização, a partir de resultados particu-lares. Consiste em obter e generalizar conclusões, ou seja, inferir propriedades para o todo com base na parte, no particular. A amostragem é um exemplo vivo do adágio. “Não é preciso comer um bolo inteiro para saber se é bom”. Os exemplos familiares são muitos. Mergulhar a ponta do pé na água para avaliar a temperatura da piscina. Folhear um novo livro. Testar um novo carro. Há, além disso, inúmeros exemplos da aplicação de tal conceito na indústria, no comércio e em repartições públicas. POPULAÇÃO E AMOSTRA Dois conceitos utilizados largamente em Estatística são população ou universo estatístico e amos-tra. O conjunto da totalidade dos indivíduos sobre o qual se faz uma inferência recebe o nome de população ou universo. Em linguagem mais formal, a população é o conjunto constituído por todos os indivíduos que apresentem pelo menos uma característica comum, cujo comportamento interessa anali-sar (inferir). Essas características da população são comumente chamadas de parâmetros, os quais são 43 AULA 06 INTRODUÇÃO e previsão e organização do futuro. alguns autores sugerem que a estatística é um ramo da teoria da decisão. efetiva não só em experimentos de laboratório, mas também em estudos fora dele. resultados e a formulação de predições com base nesses resultados. Estatística é o campo do conhecimento científico que trata da coleta e análise de dados com o fim de se obter conclusões para tomada de decisões. A Estatística pode ser dividida em: • Estatística Descritiva ou Dedutiva; • Inferência Estatística ou Indutiva. ESTATÍSTICA DESCRITIVA OU ESTATÍSTICA DEDUTIVA POPULAÇÃO OU UNIVERSO ESTATÍSTICO NOÇÕES DE ESTATÍSTICA
  • 44. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS PEDRO 44 EVARISTO NOÇÕES DE ESTATÍSTICA valores fixos e ordinariamente desconhecidos. Quanto ao número de elementos, a população pode ser finita e infinita. População finita é aquela em que o número de unidades de observação pode ser contado e é limitado. Exemplos de população finita: • alunos matriculados nas escolas públicas estaduais; • todas as declarações de Imposto de Renda recebidas pela Receita Federal; • todos os crimes relatados pelas Secretarias de Segurança Pública. Uma população é infinita se a quantidade de unidades de observação é ilimitado, ou a sua composição é tal que as unidades da população não podem ser contados. Exemplo de população infinita: • Gases, líquidos e alguns sólidos, como o talco, porque as unidades não podem ser identificadas e contadas. AMOSTRA A amostra pode ser definida como um subconjunto, uma parte selecionada da totalidade de obser-vações abrangidas pela população. As características da amostra são chamadas de estatísticas descriti-vas. Exemplos: • Dez alunos matriculados no curso de Estatística, escolhidos aleatoriamente; • 20% dos habitantes de Fortaleza com renda entre 10 e 30 salários mínimos, escolhidos ao acaso, para estudo da situação sócio-econômica. CENSO E AMOSTRAGEM Um censo envolve um exame de todos os elementos de um dado grupo, ao passo que a amostra-gem envolve o estudo de apenas uma parte dos elementos. A amostragem é, pois, o processo através do qual, pelo estudo da amostra, são estudadas as características da população. A amostragem pode ser sem reposição e com reposição. Amostragem sem reposição é quando não há repetições de elementos na amostra, ou seja, cada ele-mento não pode ser escolhido mais de uma vez. Exemplo de amostragem sem reposição • Em uma pesquisa eleitoral, pouco anterior a uma eleição, para que se conheça a intenção de voto das pessoas entrevistadas, estas devem ser ouvidas apenas uma vez, porque, em uma eleição, o voto é individual. Amostragem com reposição é quando há repetições de elementos na amostra, ou seja, cada elemen-to pode ser escolhido mais de uma vez. Exemplo de amostragem com reposição • Quando se deseja saber quanto tempo uma pessoa fica em uma fila de banco, a mesma pessoa pode ser observada duas ou mais vezes, a cada vez que retorna ao banco. À primeira vista pode parecer que a inspeção completa ou total de todos os itens de uma popu-lação seja mais conveniente do que a inspeção de apenas uma amostra deles. Na prática, o contrário é que é quase sempre válido; a amostragem é preferível ao censo. VARIÁVEL Em Estatística, a variável é uma atribuição de um número a cada característica da unidade de observação, ou seja, é o objeto da pesquisa, é aquilo que estamos investigando.
  • 45. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS PEDRO EVARISTO Algumas variáveis como sexo, grau de instrução e estado civil, apresentam como possíveis reali-zações uma qualidade (ou atributo) do indivíduo pesquisado. São denominadas de Variáveis Qualitativas. Outras variáveis tais como tempo na empresa, idade e salário, apresentam como possíveis valores, nú-meros 45 TIPOS DE VARIÁVEIS resultantes de uma contagem ou mensuração. Estas são chamadas Variáveis Quantitativas. CLASSIFICAÇÃO DAS VARIÁVEIS EM ESTATÍSTICA NOÇÕES DE ESTATÍSTICA V A R I Á V E I S QUALITATIVAS - (ATRIBUTOS) QUANTITATIVAS - (NUMÉRICAS) NOMINAIS ORDINAIS DISCRETAS CONTÍNUAS EXEMPLOS: - sexo; - cor; - raça; - religião; - naturalidade; - estado civil. EXEMPLOS: - grau de instrução; - status social; - conceito escolar; - hierarquia; - patente do exército. EXEMPLOS: - nº de funcionários; - quantidade de alunos; - no de equipamentos. EXEMPLOS: - peso; - altura; - salário; - comprimento. LINK: A Variável Discreta é possível contar, mas a variável contínua não. Esta última é obtida no proce-dimento de mensuração, ou seja, devemos pesar, medir, etc. Na Variável Ordinal há uma ordenação natural das unidades, na variável nominal não existe essa ordenação natural. SÉRIES ESTATÍSTICAS Uma vez coletados os dados de todas as variáveis envolvidas em determinado estudo, o passo seguinte é descobrir o que os dados da amostra têm a dizer a respeito do que está sendo investigado. Olhar uma extensa listagem de dados não permite praticamente qualquer conclusão; é preciso utilizar medidas, tabelas ou gráficos que resumam e mostrem o comportamento das variáveis, permitindo inter-pretações práticas. Em outras palavras, devem-se utilizar técnicas que mostrem as informações contidas nas variáveis. Reunindo, pois, os valores em tabelas compactas, consegue-se apresentá-los e descrever-lhes a variação mais eficientemente. Essa condensação dos valores permite ainda a utilização de representação gráfica, que normalmente representa uma forma mais útil e elegante de apresentação da característica analisada. Uma série estatística define-se como toda e qualquer coleção de dados estatísticos referentes a uma mesma ordem de classificação quantitativa. Para diferenciar uma série estatística de outra há de se levar em conta três características na ta-bela: fenômeno, local e época. • A Época (fator temporal ou cronológico) a que se refere o fenômeno analisado. • O Local (fator espacial ou geográfico) onde o fenômeno acontece. • O Fenômeno (espécie do fato ou fator especificativo) que é descrito. • Logo, ao nos defrontarmos com uma série estatística, deveremos apresentar respostas às seguin-tes perguntas: O quê? Onde? Quando? Na série estatística, haverá sempre um elemento que sofrerá variações. A partir deste elemento, estabeleceremos uma classificação. SÉRIE TEMPORAL A série temporal, igualmente chamada série cronológica, série histórica , série evolutiva ou mar-cha, identifica-se pelo caráter variável do fator cronológico. Assim, deve-se ter: a característica variável é o tempo (Quando?), permanecendo fixos o local (Onde?) e o fenômeno estudado (O quê?).
  • 46. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS PEDRO POPULAÇÃO BRASILEIRA NAS ÚLTIMAS DÉCADAS - (VALOR APROXIMADO EM MILHÕES) 46 Ano R$ 1950 51 1960 70 1970 93 1980 119 1990 146 2000 170 2010 192 Fonte: IBGE SÉRIE GEOGRÁFICA Também denominada série territorial, série espacial ou série de localização, a série geográfica apresenta como elemento ou caráter variável somente o fator geográfico. Assim: a característica variável é o local (Onde?), , permanecendo fixos o tempo(Quando?) e o fenômeno estudado (O quê?). QUANTIDADE DE COPAS DO MUNDO DE FUTEBOL - REALIZADAS EM CADA CONTINENTE CONTINENTE Nº DE COPAS Europa 10 América do Sul 4 América do Norte 3 Ásia 1 África 1 América Central 0 Oceania 0 Fonte: FIFA SÉRIE ESPECÍFICA A série específica recebe também outras denominações: série categórica ou série por categoria, onde a característica variável é o fenônemo (O quê?), permanecendo fixos o tempo (Quando?) e o local (Onde?). GASTO ANUAL DAS ESCUDERIAS DE FÓRMULA 1 - NO ANO DE 2007 (MILHÕES DE DOLARES) Investimentos US$ Toyota 446 McLaren 433 Ferrari 415 Honda 398 Renault 394 BMW Sauber 367 Red Bukk Racing 165 Williams 160 Toro Rosso 128 Force Índia 121 Fonte: Site F1 Fanatic SÉRIE MISTA Estas são séries que resultam de uma combinação de, pelo menos, duas das séries vistas. INVESTIMENTOS EM INFRA-ESTRUTURA, EDUCAÇÃO E SAÚDE NO MUNICÍPIO “X” EM 2009 E 2010 (MILHÕES DE REAIS) INVESTIMENTOS ANOS 2008 2009 Infra-Estrutura 15 18 Educação 10 12 Saúde 12 15 DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS Na distribuição de frequências os dados são ordenados em classes ou não, segundo a magnitude, permanecendo constantes o fenômeno (O quê?), o tempo (Quando?) e o local (Onde?). EVARISTO NOÇÕES DE ESTATÍSTICA
  • 47. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS PEDRO 47 NÚMERO DE EMPREGADOS POR CLASSES DE SALÁRIOS NA INDÚSTRIA “ABC” SALÁRIOS (R$) NO DE EMPREGADOS 500 a 750 150 750 a 1000 180 1000 a 1250 200 1250 a 1500 50 1500 a 1750 90 TOTAL 670 TIPOS DE GRÁFICO O gráfico estatístico tem como principal objetivo, apresentar de forma clara e rápida os dados de uma série. Com poucas palavras e de maneira ágil, é possível apresentar os dados da série em estudo. Para que um gráfico seja realmente útil, deve ter simplicidade, clareza e veracidade. HISTOGRAMAS, POLÍGONOS DE FREQUÊNCIA E OGIVA: Usadas para representar distribuições de freqüência. NÚMEROS DE ALUNOS POR CLASSE DE NOTAS GRÁFICO EM LINHA: Observações feitas ao longo do tempo, tais como as séries históricas ou temporais. VARIAÇÃO DO DOLAR EM 2009 GRÁFICO EM COLUNAS: Representa uma série através de retângulo dispostos horizontalmente (em barras) ou verticalmen-te (em colunas). OS 10 MAOIRES PONTUADORES DA HISTÓRIA DA F1 GRÁFICO EM SETORES: Construído em um círculo, que é dividido em setores correspondentes aos termos, de forma que cada um dos dados é proporcional ao ângulo de abertura do setor correspondente. EVARISTO NOÇÕES DE ESTATÍSTICA
  • 48. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS PEDRO Usada principalmente quando se quer salientar a proporção dos dados. 48 EMBALAGENS UTILIZADAS PELA POPULAÇÃO DA CIDADE A CARTOGRAMA: EVARISTO Deve representar os dados sobre um mapa, afim de associar o dado a região representada. AVANÇO DA GRIPE A ATÉ MAIO 2009 PICTOGRAMAS: Usa figuras associadas ao tema, que têm relação direta com a área que está sendo pesquisada, ou seja, é uma forma de escrita pela qual são transmitidas idéias através de desenhos. Esse tipo de re-presentação não é muito precisa, pois é mais destinada ao grande público, por ser mais atrativo. NÚMERO DE TÍTULOS DAS ATUAIS EQUIPES DE F1 EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM: QUESTÃO 01 - Julgue o item seguinte. I. Por Estatística Descritiva entende-se um conjunto de ferramentas, tais como gráficos e tabelas, cujo objetivo é apresentar, de forma resumida, um conjunto de observações. II. Um censo consiste no estudo de todos os indivíduos da população considerada. III. Como a realização de um censo tipicamente é muito onerosa e(ou) demorada, muitas vezes é con-veniente estudar um subconjunto próprio da população, denominado amostra. Podemos afirmar que: a) Todos estão falsos b) Apenas I e II são verdadeiros c) Apenas I e III são verdadeiros d) Apenas II e III são verdadeiros e) Todos são verdadeiros CONCENTRAÇÃO POPULACIONAL A Ásia abriga mais de 60% da população mundial, com quase 4 bilhões de pessoas. A China e a Índia sozinhas abrigam 21% e 17% respectivamente. Essa classificação é seguida da África com 840 milhões de pessoas, 12,7% da população mundial. As 710 milhões de pessoas da Europa a fazem abrigar 10,8% da população mundial. A América do Norte abriga 514 milhões (8%), a América do Sul, 371 milhões NOÇÕES DE ESTATÍSTICA