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O fruto do Espírito
Gálatas 5.16-26
Texto:
Mas o Espírito de Deus produz o amor, a alegria, a paz, a paciência, a delicadeza,
a bondade, a fidelidade, a humildade e o domínio próprio. E contra essas coisas
não existe lei. — Gálatas 5.22-23 NTLH
Contexto dentro da Carta. Paulo volta a repetir aquilo que afirmou no início do capítulo (v.1),
que o chamado dos gálatas era para liberdade e não para a escravidão. Só que este vez a
escravidão à qual refere não é a vida regida pela lei (demonstrada pelo desejo de se circuncidar),
mas é a vida dominada pela natureza humana, o que ele chama literalmente de “carne”. A
“carne”, então, possui um duplo sentido nesta carta. Por um lado, pode se referir à nossa
“natureza humana”, isto é, a inclinação para fazer o mal. Por outro lado, pode ser uma alusão ao
ato da circuncisão, que é a remoção dum pouquinho de “carne” do órgão sexual masculino. O
que é irônico neste uso duplo de Paulo, é que a lei que exige a circuncisão, surgiu justamente
para frear a inclinação da natureza humana pelo pecado. Entretanto, Paulo usa a mesma palavra,
“carne”, para se referir a ambos, ao pecado, e à lei da circuncisão. Também ele chama o
exercício dos dois, da lei e da inclinação para o pecado, de “obra”, isto é, as “obras” da carne e as
“obras” da lei, enquanto descreve a vida vivida pelo Espírito Santo como uma vida que evidencia
o “fruto” do Espírito. Finalmente, Paulo afirma que tanto as obras da “carne” quanto as obras da
“lei” tem por trás “deuses que não são deuses” ou “poderes espirituais fracos e sem valor” (4.3,
10 ) que escravizam, enquanto por trás da vida crucificada tem por trás o “Espirito de Deus” que
liberta (5.1, 5, 13). Tudo isto tem o efeito de associar a vida regida pela lei à vida regida pelo
pecado—uma associação certamente surpreendente para pessoas de formação farisaicas—e
contrastar esta vida pela lei/pecado com a vida pelo Espírito. Isto é a maneira que Paulo
apresenta a questão.
Mas em capítulo 5, logo antes da passagem sobre as obras da carne versus o fruto do Espírito,
Paulo faz um apelo prático e pastoral para os crentes das igrejas da Galácia: parem de brigar
(5.13-15). Evidentemente os crentes não foram todos persuadidos pelos judaizantes. Alguns
davam razão para Paulo também e isso criava uma situação de conflito entre pontos de vista
dentro daquelas igrejas, alguns se considerando superiores aos outros, uma atitude que Paulo
volta a combater em outras igrejas também, notoriamente a igreja de Corinto, mas também as
igreas de Roma e outras. Parece que o mundo religioso é um verdadeiro adubo para a cultivação
de soberba espiritual! Este é o contexto que levou Paulo a contrastar as obras da carne com o
fruto do Espírito.
Em Gálatas 5.13-15, Paulo está dizendo que a liberdade que temos em Cristo não é liberdade
apenas de certas coisas. Essencialmente é uma liberdade para um jeito de viver. Isto é, não se
deve conceber a liberdade cristã tanto em termos apenas negativos (“sou livre para não fazer isto
e aquilo”) quanto em termos positivos (“sou livre para fazer isto e aquilo”). Mas como sabemos
o que podemos e devemos fazer? E aí Paulo simplesmente cita o mandamento central do
comportamento cristão: “Ame os outros como você ama a você mesmo” (v.15), lembrando tanto
o Antigo Testamento em Lv 19.18 quanto as palavras de Jesus registradas em Mc 12.31. Somos
livres para servir uns aos outros! Paulo disse isto no versículo 13. Para a família da fé, o
propósito da liberdade é nos fornecer a possibilidade de servir. No conceito popular, a liberdade
existe para que não precisemos mais servir ninguém! Que diferença!
E porque Paulo falou isto? Porque os gálatas estavam brigando de modo feio entre si, quem sabe
por causa das diferenças entre os seguidores dos judaizantes e os ainda fiéis a Paulo. Seja qual
foi a ocasião da briga, Paulo pede um cessar fogo, e não só isto. Afirma que a mesma fé que nos
une ao Messias, nos une também uns aos outros e deverá caracterizar a nossa convivência.
Em Gálatas 5.16-26 e diante das brigas na igreja, alimentadas por sentimentos de superioridade
de conhecimento ou superioridade de lugar dentro do povo de Deus, Paulo pede que o povo
escolha...
vv.16-17. Só pode ser um ou outro. É impossível reconciliar dois modos de agir, literalmente, as
obras da carne, por um lado, e o fruto do Espírito, por outro lado. Estes dois, Paulo disse, são
irreconciliáveis, são inimigos, são opostos. Por isto, Paulo afirma, “se a Espírito de Deus guia
vocês, então não estão debaixo da lei” (6.18). Que quer dizer? Precisamos elaborar um
pouquinho...
v.18. Guiados pelo Espírito. Ser guiado (passivamente) pelo Espírito é andar (ativamente) pelo
Espírito e assim andar no poder de repreender o desejo da “carne”, ou da natureza humana, e
assim se conformar cada vez mais à semelhança do Messias (2Co 3.18). Estar debaixo da lei é
conhecer a censura da natureza humana mas sem o poder de reprimi-la. Por isso, o “Espírito” é
contra a “carne” tanto no sentido de desejos pecaminosos da natureza humana quanto no sentido
da lei que censura estes desejos mas é impotente para reprimi-los. Deixar-se guiar pelo Espírito
traz libertação do desejo da carne, da escravidão da lei e do poder do pecado (Rm 6.14). Isto é a
verdadeira graça de Deus, literalmente numa pessoa, o Espírito de Deus, e não algo impessoal.
Esta maior dádiva de Deus, o seu Espírito, nos capacita para vivermos “no” Messias como filhos
“adotados” de Deus (Rm 8.14-15), pertencentes à sua grande e preciosa família.
vv.19-20. As “obras da carne”. Paulo elabora o contraste entre a “carne” e o “Espírito”, dando
exemplos de cada um. Ele faz estas listas de “virtudes e vícios” nas suas outras cartas também
(1Ts 4.3-6; 1Co 5.9-13; 6.9-11; 2Co 12.20-21; Rm 1.29-31; 13.13; Cl 3.5-8; Ef 4.17-19; 5.3-5),
mas esta talvez seja a mais notória. A lista serve para mostrar o tanto que os valores e
comportamentos do mundo ainda se manifestam no meio do povo de Deus e como isso não
deveria ser assim. São estes:
1. imoralidade sexual (Mt 5.32; 19.9; At 15.20, 29; 21.25; 1Co 5.1; 6.18; 1Ts 4.3)
2. impureza (Pv 6.16)
3. ações indecentes
4. adoração de ídolos (1Co 10.14; Cl 3.5)
5. feitiçarias (literalmente “drogas”, mas aqui, ou para envenenar ou enfeitiçar, Êx 7.11; Ap
9.21; 18.23; 21.8; 22.15)
6. inimizades (Mt 5.44; Lc 6.27, 35; Rm 12.20 cf. Pv 25.21)
7. brigas (1Co1.11; 3.3)
8. ciumeiras (Rm 13.13; 1Co 3.3; 2Co 12.20)
9. acessos de raiva (2Co 12.20; Ef 4.31; Cl 3.8)
10. ambição egoísta (2Co 12.20; Rm 2.8; Fp 1.17; 2.3; Tg 3.14, 16)
11. desunião (Rm 16.17)
12. divisões (1Co 11.19; 3.4)
13. invejas (Mt 20.15)
14. bebedeiras (1Co 5.11; 6.10; 1Ts 5.7)
15. farras (Rm 13.13; 1Pe 4.3)
e outras parecidas com essas (isto é, “et cetera, et cetera, et cetera,”)
Esta lista não é exaustiva e além dos vícios comuns de ofensas “graves” nas listas judaicas, é
importante notar que inclui também ofensas “menos graves” como: inimizade, brigas, ciúmes,
acessos de raiva, ambições egoístas, divisões e invejas. Isto se deve à presença destes vícios
específicos na situação que Paulo está combatendo, as brigas dentro das igrejas da Galácia. Para
Paulo, a “carne” não depende tanto de sensualidade quanto da rebelião religiosa na forma de
orgulho espiritual ou “jactância” (Rm 3.27; 1Co 5.6 cf. Tg 4.16).
v.21. O aviso aos praticantes destes vícios é escatológico e severo: “não receberão o Reino de
Deus”. Segundo Atos 14.22, Paulo e Barnabé havia avisado os gálatas que “era preciso passar
por muitos sofrimentos para poder entrar no Reino de Deus”. Na sua carta, os gálatas, pela fé e
pelo Espírito, participam da família do Messias e então da inauguração deste reino que só se
manifestará plenamente no futuro. Permanecer “no” Messias é andar segundo o Espírito, o
oposto de praticar as “obras da carne”. Por isso, se faz necessário um outro jeito de viver, um
viver pelo Espírito evidenciado pelo fruto do Espírito. E para isso, Paulo agora volta a sua
atenção.
vv.22-23. O fruto do Espírito. São nove as características ou “graças” da vida vivida no Espírito,
talvez1
organizadas em três grupos de três. ão são pré-requisitos da nossa aceitação por Deus, e
sim, manifestações espontâneas da mesma (Mt 7.16-20 // Lc 6.43-45). As nove características
naturalmente andam juntas, não como os dons do Espírito (Rm 12.6-8; 1Co 12.8-11). Aonde se
encontra o amor as outras virtudes aparecem logo em seguida e o amor é a cola que une todas
em perfeita harmonia (Cl 3.14). Quando o fruto do Espírito se manifesta na vida daquele que está
“no” Messias, estamos numa esfera onde a lei não tem nada a ver (v.23 cf. 1Tm 1.9). É a esfera
somente do Espírito do Altíssimo, a nossa maior dádiva. Que fruto é este? Vejamos...
primeira tríade: virtudes “exteriores”
• amor (Rm 5.5)
Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus,
daqueles que são chamados segundo o seu propósito. — Romanos 8.28 NTLH
Que o amor de vocês não seja fingido. Odeiem o mal e sigam o que é bom.
1
Esta é a sugestão pela puntuação do texto grego publicado pela Nestle-Aland, 26a edição, mas não
pela UBS. 3a edição.
Amem uns aos outros com o amor de irmãos em Cristo e se esforcem para tratar
uns aos outros com respeito. — Romanos 12.9-10 NTLH
ão fiquem devendo nada a ninguém. A única dívida que vocês devem ter é a de
amar uns aos outros. Quem ama os outros está obedecendo à lei. Os seguintes
mandamentos: “ ão cometa adultério, não mate, não roube, não cobice” —esses e
ainda outros mais são resumidos num mandamento só: “Ame os outros como você
ama a você mesmo.” Quem ama os outros não faz mal a eles. Portanto, amar é
obedecer a toda a lei.. — Romanos 13.8-10 NTLH
...mas o amor nos faz progredir na fé. — 1 Coríntios 8.1b NTLH
Que tudo o que vocês fizerem seja feito com amor. — 1 Coríntios 16.14 NTLH
Pois, quando estamos unidos com Cristo Jesus, não faz diferença nenhuma estar ou
não estar circuncidado. O que importa é a fé que age por meio do amor....Porém
vocês, irmãos, foram chamados para serem livres. Mas não deixem que essa
liberdade se torne uma desculpa para permitir que a natureza humana domine
vocês. Pelo contrário, que o amor faça com que vocês sirvam uns aos outros.
Pois a lei inteira se resume em um mandamento só: “Ame os outros como você
ama a você mesmo.”— Gálatas 5.6, 13-14 NTLH
Que a vida de vocês seja dominada pelo amor, assim como Cristo nos amou e deu
a sua vida por nós, como uma oferta de perfume agradável e como um sacrifício
que agrada a Deus! — Efésios 5.1 NTLH
Deus é amor. Aquele que vive no amor vive unido com Deus, e Deus vive unido
com ele. — 1 João 4.16b NTLH
Quem ama é paciente e bondoso.
Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso.
Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas.
Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, mas se alegra
quando alguém faz o que é certo.
Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência.
O amor é eterno. Existem mensagens espirituais, porém elas durarão pouco. Existe
o dom de falar em línguas estranhas, mas acabará logo. Existe o conhecimento,
mas também terminará. — 1 Coríntios 13.4-8 NTLH
• alegria (Ne 8.10; Rm 5.2; 15.13; Hb 12.2) (mais profundo que “prazer”, nasce da alma)
A palavra para alegria é chara e se deriva de charis, é palavra para “graça” cujo origem
está em Deus. Isto sugere que a “alegria”, algo que todos desejam, nasce e se alimenta
dum íntimo relacionamento com Deus. Quem se procura alegria de qualquer outra fonte,
na melhor de hipóteses, poderá encontrar algo até prazeroso, pelo menos por um tempo,
mas não o estado duradouro e bem interiorizado de alegria. Exemplos bíblicos de alegria
incluem: a mulher estéril que fica grávida (Sl 113.9); cantando (Is 52.9)
A alegria que o SE HOR dá fará com que vocês fiquem fortes. — Ne 8.10b NTLH
E não somente isso, mas também nós nos alegramos por causa daquilo que Deus
fez por meio do nosso Senhor Jesus Cristo, que agora nos tornou amigos de Deus.
— Romanos 5.11 NTLH
Pois o Reino de Deus não é uma questão de comida ou de bebida, mas de viver
corretamente, em paz e com a alegria que o Espírito Santo dá. — Romanos 14.17
NTLH
É possivel experimentar este tipo de alegria, que nasce do Espírito de Deus, até mesmo
em meio de sofrimento:
E vocês seguiram o nosso exemplo e o exemplo do Senhor Jesus. Embora tenham
sofrido muito, vocês receberam a mensagem com aquela alegria que vem do
Espírito Santo. — 1 Tessalonicenses 1.6
• paz (Fp 4.7; Cl 3.15; Pv 6.19; 1Co 7.15; Ef 2.14-18). A paz não é a ausência de conflito,
mas a presença de Deus não importa o conflito. Paulo usa a palavra, eirēnē, derivada
provavelmente de eírō, que significa “juntar” (pérolas num colar)
Felizes as pessoas que trabalham pela paz, pois Deus as tratará como seus filhos.
— Mateus 5.9
E que a paz que Cristo dá dirija vocês nas suas decisões, pois foi para essa paz que
Deus os chamou a fim de formarem um só corpo. — Colossenses 3.15 NTLH
...pois Deus não quer que nós vivamos em desordem e sim em paz. — 1 Coríntios
14.33 NTLH
Façam tudo para conservar, por meio da paz que une vocês, a união que o Espírito
dá. — Efésios 4.3 NTLH
o que depender de vocês, façam todo o possível para viver em paz com todas as
pessoas. — Romanos 12.18 NTLH
segunda tríade: virtudes “sociais”
• paciência (o oposto de pavio curto, ou “longanimidade”, uma qualidade de Deus2
,
literalmente, “lento em irar-se”, Lc 18.7; 1Co 13.4; Cl 1.11; 3.12; 1Ts 5.14; Pv 19.11). A
dica de literalemnte “respirar fundo” é descrição de paciência. Um “hobby” ajuda a
desenvolver paciência: a jardinagem, a pintura, a pesca...atividades cujos resultados não
vêm rápido. Tem que esperar.
2
No hebraico, sem nenhuma desrespeito, Deus é “narigão”, ou de “narinas cumpridas”, pois é aí que a
ira ou o fogo “se respire”.
Sejam sempre humildes, bem educados e pacientes, suportando uns aos outros com
amor. — Efésios 4.2 NTLH
Vocês precisam ter paciência para poder fazer a vontade de Deus e receber o que
ele promete. — Hebreus 10.6 NTLH
Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais. (At.6.8.)
Estêvão e Filipe haviam sido eleitos pela comunidade de Jerusalém para
servir as mesas das viúvas helenistas. Logo, a primeira tarefa que estes
homens tiveram diante deles foi caracterizada pela pequenez (aos olhos
humanos) e pelo anonimato. Essa tarefa certamente exigia, entre outras
coisas, humildade.
Quando lemos acerca da continuidade do ministério destes homens vemos
Deus levando-os das pequenas tarefas para obras muito maiores. Estêvão
tornar-se-ia o primeiro mártir cristão e Filipe, o primeiro evangelista a
romper as barreiras culturais e levar o evangelho a outros lugares. A estes
homens foi concedida a primazia de exercerem papéis que os próprios
apóstolos exerceriam posteriormente. Mas tudo começou com a humildade
em servir nas pequenas e anônimas tarefas.
Dediquemo-nos com humildade às tarefas que Deus tem colocado diante de
nós e deixemos para Ele o conduzir-nos, por meio delas, conforme o seu
querer, a obras ainda maiores. — Retirado de “Devocionais Para Todas as
Estações” (Editora Ultimato, 2005).
• delicadeza (Sl 34.8; 136.1; 1Pe 2.3; Lc 6.35; Rm 2.4; 11.22; 2Sm 9.3; Ef 4.32; 1Co
13.4). Não se refere a indecisão, a fraqueza em afirmar-se, a covardia ou ser medroso. Ao
mesmo tempo, a delicadeza é uma recusa de usar a força, quer verbal quer físico, para
ferir alguém.
Pelo contrário, sejam bons e atenciosos uns para com os outros. E perdoem uns
aos outros, assim como Deus, por meio de Cristo, perdoou vocês. — Efésios 4.31
NTLH
• bondade (Mt 20.15; 2 Ts 1.11) “fazer o bem” ou literalmente “ser útil” para os outros
terceira tríade: virtudes “interiores”
• fidelidade (1Co 4.2; 12.9; Rm 12.3, 6; 2Co 6.15; Lc 12.42; Mt 25.14-30; Lc 19.11-27;
16.10)
• humildade (Sl 37.11 cf. Mt 5.5; T 3.2)
Moisés era um homem humilde, o mais humilde do mundo. — Números 12.3 NTLH
Sejam meus seguidores e aprendam comigo porque sou bondoso e tenho um
coração humilde; e vocês encontrarão descanso. — Mateus 11.29 NTLH cf.
Marcos 3.5
Felizes as pessoas humildes, pois receberão o que Deus tem prometido. — Mateus
5.5 NTLH
• domínio próprio (1Co 7.9; cf. 2Tm 4.1-5). Uma chave importante do domínio próprio é
a cobrança dos outros e a sua disposição e humildade de ser cobrado.
Todo atleta que está treinando agüenta exercícios duros porque quer receber uma
coroa de folhas de louro, uma coroa que, aliás, não dura muito. Mas nós queremos
receber uma coroa que dura para sempre. Por isso corro direto para a linha final.
Também sou como um lutador de boxe que não perde nenhum golpe. Eu trato o
meu corpo duramente e o obrigo a ser completamente controlado para que, depois
de ter chamado outros para entrarem na luta, eu mesmo não venha a ser eliminado
dela. — 1 Coríntios 9.25-27
Vale mais ter paciência do que ser valente; é melhor saber se controlar do que
conquistar cidades inteiras. — Provérbios 16.32 NTLH
Quem não sabe se controlar é tão sem defesa como uma cidade sem muralhas. —
Provérbios 25.28 NTLH
vv.24-26. Resumo. Que quer dizer tudo isto? Negativamente para aqueles que creêm e assim
estão “no” Messias, eles próprios “crucificaram” os desejos da sua natureza humana, a sua
“carne”. Isto é, consideram estes desejos como parte do passado e como mortos (Rm 6.5-14). E
positivamente, os mesmos se entregam ao Espírito de Deus para serem controlados por ele.
Assim, nas mãos dEle, não há como nos orgulhamos, nem sentir superioridade ou inveja do
outro, pois o nosso viver provem não de nós e unicamente do nosso esforço (lei), mas procede,
em tudo, de Deus.
Conclusão
Há outras listas do fruto da vida cristã:
1 Coríntios 13.4-8 (já lido acima)
Por último, meus irmãos, encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece
elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente.
— Filipenses 4.8 NTLH
Vocês são o povo de Deus. Ele os amou e os escolheu para serem dele. Portanto,
vistam-se de misericórdia, de bondade, de humildade, de delicadeza e de paciência.
Não fiquem irritados uns com os outros e perdoem uns aos outros, caso alguém
tenha alguma queixa contra outra pessoa. Assim como o Senhor perdoou vocês,
perdoem uns aos outros. E, acima de tudo, tenham amor, pois o amor une
perfeitamente todas as coisas. E que a paz que Cristo dá dirija vocês nas suas
decisões, pois foi para essa paz que Deus os chamou a fim de formarem um só
corpo. E sejam agradecidos. Que a mensagem de Cristo, com toda a sua riqueza,
viva no coração de vocês! Ensinem e instruam uns aos outros com toda a
sabedoria. Cantem salmos, hinos e canções espirituais; louvem a Deus, com
gratidão no coração. — Colossenses 3.12-16 NTLH

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O fruto do Espírito: amor, alegria e paz

  • 1. O fruto do Espírito Gálatas 5.16-26 Texto: Mas o Espírito de Deus produz o amor, a alegria, a paz, a paciência, a delicadeza, a bondade, a fidelidade, a humildade e o domínio próprio. E contra essas coisas não existe lei. — Gálatas 5.22-23 NTLH Contexto dentro da Carta. Paulo volta a repetir aquilo que afirmou no início do capítulo (v.1), que o chamado dos gálatas era para liberdade e não para a escravidão. Só que este vez a escravidão à qual refere não é a vida regida pela lei (demonstrada pelo desejo de se circuncidar), mas é a vida dominada pela natureza humana, o que ele chama literalmente de “carne”. A “carne”, então, possui um duplo sentido nesta carta. Por um lado, pode se referir à nossa “natureza humana”, isto é, a inclinação para fazer o mal. Por outro lado, pode ser uma alusão ao ato da circuncisão, que é a remoção dum pouquinho de “carne” do órgão sexual masculino. O que é irônico neste uso duplo de Paulo, é que a lei que exige a circuncisão, surgiu justamente para frear a inclinação da natureza humana pelo pecado. Entretanto, Paulo usa a mesma palavra, “carne”, para se referir a ambos, ao pecado, e à lei da circuncisão. Também ele chama o exercício dos dois, da lei e da inclinação para o pecado, de “obra”, isto é, as “obras” da carne e as “obras” da lei, enquanto descreve a vida vivida pelo Espírito Santo como uma vida que evidencia o “fruto” do Espírito. Finalmente, Paulo afirma que tanto as obras da “carne” quanto as obras da “lei” tem por trás “deuses que não são deuses” ou “poderes espirituais fracos e sem valor” (4.3, 10 ) que escravizam, enquanto por trás da vida crucificada tem por trás o “Espirito de Deus” que liberta (5.1, 5, 13). Tudo isto tem o efeito de associar a vida regida pela lei à vida regida pelo pecado—uma associação certamente surpreendente para pessoas de formação farisaicas—e contrastar esta vida pela lei/pecado com a vida pelo Espírito. Isto é a maneira que Paulo apresenta a questão. Mas em capítulo 5, logo antes da passagem sobre as obras da carne versus o fruto do Espírito, Paulo faz um apelo prático e pastoral para os crentes das igrejas da Galácia: parem de brigar (5.13-15). Evidentemente os crentes não foram todos persuadidos pelos judaizantes. Alguns davam razão para Paulo também e isso criava uma situação de conflito entre pontos de vista dentro daquelas igrejas, alguns se considerando superiores aos outros, uma atitude que Paulo volta a combater em outras igrejas também, notoriamente a igreja de Corinto, mas também as igreas de Roma e outras. Parece que o mundo religioso é um verdadeiro adubo para a cultivação de soberba espiritual! Este é o contexto que levou Paulo a contrastar as obras da carne com o fruto do Espírito. Em Gálatas 5.13-15, Paulo está dizendo que a liberdade que temos em Cristo não é liberdade apenas de certas coisas. Essencialmente é uma liberdade para um jeito de viver. Isto é, não se deve conceber a liberdade cristã tanto em termos apenas negativos (“sou livre para não fazer isto e aquilo”) quanto em termos positivos (“sou livre para fazer isto e aquilo”). Mas como sabemos o que podemos e devemos fazer? E aí Paulo simplesmente cita o mandamento central do comportamento cristão: “Ame os outros como você ama a você mesmo” (v.15), lembrando tanto
  • 2. o Antigo Testamento em Lv 19.18 quanto as palavras de Jesus registradas em Mc 12.31. Somos livres para servir uns aos outros! Paulo disse isto no versículo 13. Para a família da fé, o propósito da liberdade é nos fornecer a possibilidade de servir. No conceito popular, a liberdade existe para que não precisemos mais servir ninguém! Que diferença! E porque Paulo falou isto? Porque os gálatas estavam brigando de modo feio entre si, quem sabe por causa das diferenças entre os seguidores dos judaizantes e os ainda fiéis a Paulo. Seja qual foi a ocasião da briga, Paulo pede um cessar fogo, e não só isto. Afirma que a mesma fé que nos une ao Messias, nos une também uns aos outros e deverá caracterizar a nossa convivência. Em Gálatas 5.16-26 e diante das brigas na igreja, alimentadas por sentimentos de superioridade de conhecimento ou superioridade de lugar dentro do povo de Deus, Paulo pede que o povo escolha... vv.16-17. Só pode ser um ou outro. É impossível reconciliar dois modos de agir, literalmente, as obras da carne, por um lado, e o fruto do Espírito, por outro lado. Estes dois, Paulo disse, são irreconciliáveis, são inimigos, são opostos. Por isto, Paulo afirma, “se a Espírito de Deus guia vocês, então não estão debaixo da lei” (6.18). Que quer dizer? Precisamos elaborar um pouquinho... v.18. Guiados pelo Espírito. Ser guiado (passivamente) pelo Espírito é andar (ativamente) pelo Espírito e assim andar no poder de repreender o desejo da “carne”, ou da natureza humana, e assim se conformar cada vez mais à semelhança do Messias (2Co 3.18). Estar debaixo da lei é conhecer a censura da natureza humana mas sem o poder de reprimi-la. Por isso, o “Espírito” é contra a “carne” tanto no sentido de desejos pecaminosos da natureza humana quanto no sentido da lei que censura estes desejos mas é impotente para reprimi-los. Deixar-se guiar pelo Espírito traz libertação do desejo da carne, da escravidão da lei e do poder do pecado (Rm 6.14). Isto é a verdadeira graça de Deus, literalmente numa pessoa, o Espírito de Deus, e não algo impessoal. Esta maior dádiva de Deus, o seu Espírito, nos capacita para vivermos “no” Messias como filhos “adotados” de Deus (Rm 8.14-15), pertencentes à sua grande e preciosa família. vv.19-20. As “obras da carne”. Paulo elabora o contraste entre a “carne” e o “Espírito”, dando exemplos de cada um. Ele faz estas listas de “virtudes e vícios” nas suas outras cartas também (1Ts 4.3-6; 1Co 5.9-13; 6.9-11; 2Co 12.20-21; Rm 1.29-31; 13.13; Cl 3.5-8; Ef 4.17-19; 5.3-5), mas esta talvez seja a mais notória. A lista serve para mostrar o tanto que os valores e comportamentos do mundo ainda se manifestam no meio do povo de Deus e como isso não deveria ser assim. São estes: 1. imoralidade sexual (Mt 5.32; 19.9; At 15.20, 29; 21.25; 1Co 5.1; 6.18; 1Ts 4.3) 2. impureza (Pv 6.16) 3. ações indecentes 4. adoração de ídolos (1Co 10.14; Cl 3.5) 5. feitiçarias (literalmente “drogas”, mas aqui, ou para envenenar ou enfeitiçar, Êx 7.11; Ap 9.21; 18.23; 21.8; 22.15) 6. inimizades (Mt 5.44; Lc 6.27, 35; Rm 12.20 cf. Pv 25.21) 7. brigas (1Co1.11; 3.3)
  • 3. 8. ciumeiras (Rm 13.13; 1Co 3.3; 2Co 12.20) 9. acessos de raiva (2Co 12.20; Ef 4.31; Cl 3.8) 10. ambição egoísta (2Co 12.20; Rm 2.8; Fp 1.17; 2.3; Tg 3.14, 16) 11. desunião (Rm 16.17) 12. divisões (1Co 11.19; 3.4) 13. invejas (Mt 20.15) 14. bebedeiras (1Co 5.11; 6.10; 1Ts 5.7) 15. farras (Rm 13.13; 1Pe 4.3) e outras parecidas com essas (isto é, “et cetera, et cetera, et cetera,”) Esta lista não é exaustiva e além dos vícios comuns de ofensas “graves” nas listas judaicas, é importante notar que inclui também ofensas “menos graves” como: inimizade, brigas, ciúmes, acessos de raiva, ambições egoístas, divisões e invejas. Isto se deve à presença destes vícios específicos na situação que Paulo está combatendo, as brigas dentro das igrejas da Galácia. Para Paulo, a “carne” não depende tanto de sensualidade quanto da rebelião religiosa na forma de orgulho espiritual ou “jactância” (Rm 3.27; 1Co 5.6 cf. Tg 4.16). v.21. O aviso aos praticantes destes vícios é escatológico e severo: “não receberão o Reino de Deus”. Segundo Atos 14.22, Paulo e Barnabé havia avisado os gálatas que “era preciso passar por muitos sofrimentos para poder entrar no Reino de Deus”. Na sua carta, os gálatas, pela fé e pelo Espírito, participam da família do Messias e então da inauguração deste reino que só se manifestará plenamente no futuro. Permanecer “no” Messias é andar segundo o Espírito, o oposto de praticar as “obras da carne”. Por isso, se faz necessário um outro jeito de viver, um viver pelo Espírito evidenciado pelo fruto do Espírito. E para isso, Paulo agora volta a sua atenção. vv.22-23. O fruto do Espírito. São nove as características ou “graças” da vida vivida no Espírito, talvez1 organizadas em três grupos de três. ão são pré-requisitos da nossa aceitação por Deus, e sim, manifestações espontâneas da mesma (Mt 7.16-20 // Lc 6.43-45). As nove características naturalmente andam juntas, não como os dons do Espírito (Rm 12.6-8; 1Co 12.8-11). Aonde se encontra o amor as outras virtudes aparecem logo em seguida e o amor é a cola que une todas em perfeita harmonia (Cl 3.14). Quando o fruto do Espírito se manifesta na vida daquele que está “no” Messias, estamos numa esfera onde a lei não tem nada a ver (v.23 cf. 1Tm 1.9). É a esfera somente do Espírito do Altíssimo, a nossa maior dádiva. Que fruto é este? Vejamos... primeira tríade: virtudes “exteriores” • amor (Rm 5.5) Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. — Romanos 8.28 NTLH Que o amor de vocês não seja fingido. Odeiem o mal e sigam o que é bom. 1 Esta é a sugestão pela puntuação do texto grego publicado pela Nestle-Aland, 26a edição, mas não pela UBS. 3a edição.
  • 4. Amem uns aos outros com o amor de irmãos em Cristo e se esforcem para tratar uns aos outros com respeito. — Romanos 12.9-10 NTLH ão fiquem devendo nada a ninguém. A única dívida que vocês devem ter é a de amar uns aos outros. Quem ama os outros está obedecendo à lei. Os seguintes mandamentos: “ ão cometa adultério, não mate, não roube, não cobice” —esses e ainda outros mais são resumidos num mandamento só: “Ame os outros como você ama a você mesmo.” Quem ama os outros não faz mal a eles. Portanto, amar é obedecer a toda a lei.. — Romanos 13.8-10 NTLH ...mas o amor nos faz progredir na fé. — 1 Coríntios 8.1b NTLH Que tudo o que vocês fizerem seja feito com amor. — 1 Coríntios 16.14 NTLH Pois, quando estamos unidos com Cristo Jesus, não faz diferença nenhuma estar ou não estar circuncidado. O que importa é a fé que age por meio do amor....Porém vocês, irmãos, foram chamados para serem livres. Mas não deixem que essa liberdade se torne uma desculpa para permitir que a natureza humana domine vocês. Pelo contrário, que o amor faça com que vocês sirvam uns aos outros. Pois a lei inteira se resume em um mandamento só: “Ame os outros como você ama a você mesmo.”— Gálatas 5.6, 13-14 NTLH Que a vida de vocês seja dominada pelo amor, assim como Cristo nos amou e deu a sua vida por nós, como uma oferta de perfume agradável e como um sacrifício que agrada a Deus! — Efésios 5.1 NTLH Deus é amor. Aquele que vive no amor vive unido com Deus, e Deus vive unido com ele. — 1 João 4.16b NTLH Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas. Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo. Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência. O amor é eterno. Existem mensagens espirituais, porém elas durarão pouco. Existe o dom de falar em línguas estranhas, mas acabará logo. Existe o conhecimento, mas também terminará. — 1 Coríntios 13.4-8 NTLH • alegria (Ne 8.10; Rm 5.2; 15.13; Hb 12.2) (mais profundo que “prazer”, nasce da alma) A palavra para alegria é chara e se deriva de charis, é palavra para “graça” cujo origem está em Deus. Isto sugere que a “alegria”, algo que todos desejam, nasce e se alimenta dum íntimo relacionamento com Deus. Quem se procura alegria de qualquer outra fonte, na melhor de hipóteses, poderá encontrar algo até prazeroso, pelo menos por um tempo, mas não o estado duradouro e bem interiorizado de alegria. Exemplos bíblicos de alegria incluem: a mulher estéril que fica grávida (Sl 113.9); cantando (Is 52.9)
  • 5. A alegria que o SE HOR dá fará com que vocês fiquem fortes. — Ne 8.10b NTLH E não somente isso, mas também nós nos alegramos por causa daquilo que Deus fez por meio do nosso Senhor Jesus Cristo, que agora nos tornou amigos de Deus. — Romanos 5.11 NTLH Pois o Reino de Deus não é uma questão de comida ou de bebida, mas de viver corretamente, em paz e com a alegria que o Espírito Santo dá. — Romanos 14.17 NTLH É possivel experimentar este tipo de alegria, que nasce do Espírito de Deus, até mesmo em meio de sofrimento: E vocês seguiram o nosso exemplo e o exemplo do Senhor Jesus. Embora tenham sofrido muito, vocês receberam a mensagem com aquela alegria que vem do Espírito Santo. — 1 Tessalonicenses 1.6 • paz (Fp 4.7; Cl 3.15; Pv 6.19; 1Co 7.15; Ef 2.14-18). A paz não é a ausência de conflito, mas a presença de Deus não importa o conflito. Paulo usa a palavra, eirēnē, derivada provavelmente de eírō, que significa “juntar” (pérolas num colar) Felizes as pessoas que trabalham pela paz, pois Deus as tratará como seus filhos. — Mateus 5.9 E que a paz que Cristo dá dirija vocês nas suas decisões, pois foi para essa paz que Deus os chamou a fim de formarem um só corpo. — Colossenses 3.15 NTLH ...pois Deus não quer que nós vivamos em desordem e sim em paz. — 1 Coríntios 14.33 NTLH Façam tudo para conservar, por meio da paz que une vocês, a união que o Espírito dá. — Efésios 4.3 NTLH o que depender de vocês, façam todo o possível para viver em paz com todas as pessoas. — Romanos 12.18 NTLH segunda tríade: virtudes “sociais” • paciência (o oposto de pavio curto, ou “longanimidade”, uma qualidade de Deus2 , literalmente, “lento em irar-se”, Lc 18.7; 1Co 13.4; Cl 1.11; 3.12; 1Ts 5.14; Pv 19.11). A dica de literalemnte “respirar fundo” é descrição de paciência. Um “hobby” ajuda a desenvolver paciência: a jardinagem, a pintura, a pesca...atividades cujos resultados não vêm rápido. Tem que esperar. 2 No hebraico, sem nenhuma desrespeito, Deus é “narigão”, ou de “narinas cumpridas”, pois é aí que a ira ou o fogo “se respire”.
  • 6. Sejam sempre humildes, bem educados e pacientes, suportando uns aos outros com amor. — Efésios 4.2 NTLH Vocês precisam ter paciência para poder fazer a vontade de Deus e receber o que ele promete. — Hebreus 10.6 NTLH Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais. (At.6.8.) Estêvão e Filipe haviam sido eleitos pela comunidade de Jerusalém para servir as mesas das viúvas helenistas. Logo, a primeira tarefa que estes homens tiveram diante deles foi caracterizada pela pequenez (aos olhos humanos) e pelo anonimato. Essa tarefa certamente exigia, entre outras coisas, humildade. Quando lemos acerca da continuidade do ministério destes homens vemos Deus levando-os das pequenas tarefas para obras muito maiores. Estêvão tornar-se-ia o primeiro mártir cristão e Filipe, o primeiro evangelista a romper as barreiras culturais e levar o evangelho a outros lugares. A estes homens foi concedida a primazia de exercerem papéis que os próprios apóstolos exerceriam posteriormente. Mas tudo começou com a humildade em servir nas pequenas e anônimas tarefas. Dediquemo-nos com humildade às tarefas que Deus tem colocado diante de nós e deixemos para Ele o conduzir-nos, por meio delas, conforme o seu querer, a obras ainda maiores. — Retirado de “Devocionais Para Todas as Estações” (Editora Ultimato, 2005). • delicadeza (Sl 34.8; 136.1; 1Pe 2.3; Lc 6.35; Rm 2.4; 11.22; 2Sm 9.3; Ef 4.32; 1Co 13.4). Não se refere a indecisão, a fraqueza em afirmar-se, a covardia ou ser medroso. Ao mesmo tempo, a delicadeza é uma recusa de usar a força, quer verbal quer físico, para ferir alguém. Pelo contrário, sejam bons e atenciosos uns para com os outros. E perdoem uns aos outros, assim como Deus, por meio de Cristo, perdoou vocês. — Efésios 4.31 NTLH • bondade (Mt 20.15; 2 Ts 1.11) “fazer o bem” ou literalmente “ser útil” para os outros terceira tríade: virtudes “interiores” • fidelidade (1Co 4.2; 12.9; Rm 12.3, 6; 2Co 6.15; Lc 12.42; Mt 25.14-30; Lc 19.11-27; 16.10) • humildade (Sl 37.11 cf. Mt 5.5; T 3.2) Moisés era um homem humilde, o mais humilde do mundo. — Números 12.3 NTLH
  • 7. Sejam meus seguidores e aprendam comigo porque sou bondoso e tenho um coração humilde; e vocês encontrarão descanso. — Mateus 11.29 NTLH cf. Marcos 3.5 Felizes as pessoas humildes, pois receberão o que Deus tem prometido. — Mateus 5.5 NTLH • domínio próprio (1Co 7.9; cf. 2Tm 4.1-5). Uma chave importante do domínio próprio é a cobrança dos outros e a sua disposição e humildade de ser cobrado. Todo atleta que está treinando agüenta exercícios duros porque quer receber uma coroa de folhas de louro, uma coroa que, aliás, não dura muito. Mas nós queremos receber uma coroa que dura para sempre. Por isso corro direto para a linha final. Também sou como um lutador de boxe que não perde nenhum golpe. Eu trato o meu corpo duramente e o obrigo a ser completamente controlado para que, depois de ter chamado outros para entrarem na luta, eu mesmo não venha a ser eliminado dela. — 1 Coríntios 9.25-27 Vale mais ter paciência do que ser valente; é melhor saber se controlar do que conquistar cidades inteiras. — Provérbios 16.32 NTLH Quem não sabe se controlar é tão sem defesa como uma cidade sem muralhas. — Provérbios 25.28 NTLH vv.24-26. Resumo. Que quer dizer tudo isto? Negativamente para aqueles que creêm e assim estão “no” Messias, eles próprios “crucificaram” os desejos da sua natureza humana, a sua “carne”. Isto é, consideram estes desejos como parte do passado e como mortos (Rm 6.5-14). E positivamente, os mesmos se entregam ao Espírito de Deus para serem controlados por ele. Assim, nas mãos dEle, não há como nos orgulhamos, nem sentir superioridade ou inveja do outro, pois o nosso viver provem não de nós e unicamente do nosso esforço (lei), mas procede, em tudo, de Deus. Conclusão Há outras listas do fruto da vida cristã: 1 Coríntios 13.4-8 (já lido acima) Por último, meus irmãos, encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente. — Filipenses 4.8 NTLH Vocês são o povo de Deus. Ele os amou e os escolheu para serem dele. Portanto, vistam-se de misericórdia, de bondade, de humildade, de delicadeza e de paciência. Não fiquem irritados uns com os outros e perdoem uns aos outros, caso alguém tenha alguma queixa contra outra pessoa. Assim como o Senhor perdoou vocês,
  • 8. perdoem uns aos outros. E, acima de tudo, tenham amor, pois o amor une perfeitamente todas as coisas. E que a paz que Cristo dá dirija vocês nas suas decisões, pois foi para essa paz que Deus os chamou a fim de formarem um só corpo. E sejam agradecidos. Que a mensagem de Cristo, com toda a sua riqueza, viva no coração de vocês! Ensinem e instruam uns aos outros com toda a sabedoria. Cantem salmos, hinos e canções espirituais; louvem a Deus, com gratidão no coração. — Colossenses 3.12-16 NTLH