1) O documento discute a indissolubilidade do casamento segundo a perspectiva bíblica, destacando que Deus designou o casamento para ser uma união permanente entre homem e mulher.
2) Jesus ensinou que o casamento cria uma unidade onde os cônjuges se tornam "uma só carne", condenando o divórcio exceto em casos de adultério.
3) A família é fundamental para a sociedade e tem proteção do Estado, sendo o lar natural do ser humano para suprir necessidades emocionais e impedir
1. O CASAMENTO É PARA
SEMPRE
PRA LUCIANA EVANGELISTA
LIÇÃO 5
2. TEXTO ÁUREO
“Assim não são
mais dois, mas
uma só carne.
Portanto, o que
Deus ajuntou não
separe o homem.”
(Mt 19.6)
3. VERDADE PRÁTICA A vontade de
Deus para o
casamento é que
ele seja vitalício.
Na continuidade
do Sermão do
Monte, Jesus
condena o
adultério.
4. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE (Mateus 5.27-32)
27 – Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério.
28 – Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a
cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela.
29 – Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para
longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que todo
o teu corpo seja lançado no inferno.
30 – E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti,
porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que todo o teu
corpo seja lançado no inferno.
31 – Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, que lhe dê carta de
desquite.
32 – Eu, porém , vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser
por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar
com a repudiada comete adultério.
5. INTRODUÇÃO
No Sermão do Monte, em que Jesus evidencia a justiça e o caráter do
discípulo acima da postura dos escribas e fariseus, a preservação do
casamento foi muito bem destacada. Ao evocar o sétimo mandamento,
“não adulterarás” (Êx 20.14), a intenção do Mestre é colocar o
casamento no seu devido lugar, como foi designado pelo próprio Deus
(Gn 2.24). Na continuidade do seu ensino, Jesus expressa que tudo
começa no coração. Assim, cai por terra as teorias quanto ao divórcio,
as evasivas criada por aqueles que pensam em se separar de seu
cônjuge, visto que, os que realmente são dominados pelos valores
ensinados por Cristo, procuram, em tudo, a preservação da pureza, da
vida conjugal (Hb 13.4) e do verdadeiro lar cristão. Em Mateus 5.27-32,
Jesus esclarece que não há espaço para uma moral dupla, como deseja
uma sociedade degenerada.
6. Palavra-chave
Casamento
“casamento é para sempre”,
devemos entender que se
trata de uma instituição
terrena, que finda quando há a
passagem para a dimensão da
eternidade, como se costuma
dizer, “até que a morte os
separe” (Rm.7:2).
7. I- A CONDENAÇÃO DO ADULTÉRIO
1- Definição de adultério. No grego temos o verbo moichéuo, “cometer
adultério”, “ser um adúltero”, “ter relação ilícita com a mulher de
outro”; da mulher: “permitir adultério, ser devassa”. Biblicamente, o
adultério é definido como uma relação sexual que um homem casado
tem com uma mulher que não é sua esposa ou vice-versa. A idolatria
era chamada, figuradamente, de adultério (Jr 3.8,9; Ez 23.37). Jamais
se deve pensar que as ordens divinas em relação ao adultério fossem
pesadas demais; na verdade, por meio dessas prescrições da Lei, o que
se colimava era preservar o casamento, a fidelidade conjugal, a família.
O mandamento “não adulterarás” trata-se de um dique que preserva a
fidelidade conjugal e a família, a célula mater da sociedade.
8. Adultério (fonte: Google)
1. JURÍDICO (TERMO)
violação, transgressão da regra de fidelidade conjugal imposta aos cônjuges pelo
contrato matrimonial, cujo princípio consiste em não se manterem relações carnais
com outrem fora do casamento.
2. POR EXTENSÃO
infidelidade estabelecida por relação carnal com outro(a) parceiro(a) que não o(a)
companheiro(a) habitual.
3. FIGURADO (SENTIDO)•FIGURADAMENTE
frm. junção, união de elementos contrários ou destoantes.
"o a. da virtude com o pecado"
4. frm. p.us. adulteração, falsificação de (alguma coisa).
"a. das moedas, de documentos"
5. ANTIGO
m.q. ADÚLTERO ('pessoa').
9. Rabinos Judeus
(Pr Caramuru Afonso Francisco – Portal EBD)
"Entre os rabinos judeus, tecnicamente só poderia haver adultério
entre alguém e uma mulher casada, diante do que constava de
Lv.18:20, que fala tão somente em “não se deitar com mulher do teu
próximo para cópula”, a exigir, portanto, que se tivesse uma mulher
casada e o coito vagínico, pois é isto que significa cópula, no original
hebraico, “shakhabh” (()(שכב cujo significado é “ deixar cair, emitir de
sêmen” (Bíblia de Estudo Palavra Chave. Dicionário do Antigo
Testamento, n. 7903, p.1964). Não foi, portanto, à toa, que levaram os
fariseus à presença de Jesus uma mulher casada apanhada em
adultério (Jo.8:3). Tal interpretação, porém, não tinha o respaldo
divino, como se vê claramente na condenação divina ao adultério
praticado por Davi (II Sm.12:1-10).
10. I- A CONDENAÇÃO DO ADULTÉRIO
2- A posição de Jesus quanto ao adultério. Para Jesus, a gênese do
adultério está no coração, começando com um olhar cobiçoso e
pensamentos impuros que levam à prática sexual ilícita. O
posicionamento do Mestre vai além de tudo o que, no Antigo
Testamento, era permitido ao homem: divorciar-se de sua mulher (Dt
24.1). Cristo vai ao cerne da questão, e fala de um coração profano e
contaminado, capaz de olhar cobiçosamente para uma mulher e, sem
motivo, conceder carta de divórcio à esposa. No seu Sermão, Jesus
evidencia a importância de homens e mulheres absterem-se de
pensamentos impuros, tanto fora como dentro do casamento, pois é
dessa forma que se consegue manter a pureza em três níveis: sexual,
moral e social. Precisamos ter a consciência de que, perante Deus, com
o bem expressou Cristo, uma intenção errada é tão pecaminosa quanto
um ato, por isso, devemos sempre buscar pensamentos puros e bons
(Fp 4.8 ).
11. Filipenses 4.8
“Quanto ao mais, irmãos,
tudo o que é verdadeiro,
tudo o que é honesto,
tudo o que é justo, tudo o
que é puro, tudo o que é
amável, tudo o que é de
boa fama, se há alguma
virtude, e se há algum
louvor, nisso pensai.”
12. I- A CONDENAÇÃO DO ADULTÉRIO
3- Os males do adultério. O adultério sempre é prejudicial para a
estrutura familiar, e qualquer infidelidade no relacionamento a dois
sempre será ruim, pois gera desconfiança, feridas emocionais,
desvalorização, desrespeito, fraqueza e queda na vida espiritual. Por isso,
é importante evitar tanto a prática do ato como os pensamentos
indevidos. Além disso, os prejuízos espirituais são ainda maiores. Não
havendo pureza em seus pensamentos, nem havendo lealdade com seu
cônjuge, o relacionamento entra em perigo e deturpam a mente do
cristã o que, tendo a mente de Cristo, só deve pensar coisas bobas (1 Co
2.16). O adultério deve ser evitado a todo custo, pois suas consequências
são devastadoras; além de ser pecado, fere a santidade de Deus (Pv 5.3-
8)
13. II – O QUE REGE O CORAÇÃO REGERÁ O
CORPO
1- O que procede do coração. O pecado não está restrito apenas ao
ato, mas também a pensamentos impuros, malignos, cuja fonte é o
coração (Mt 15.19). Do hebraico, “coração”; lebab, fala do homem
interiormente, vontade, alma, inteligência. Trata-se do lugar dos
desejos, das emoções e paixões. No seu aspecto figurativo, o coração
refere-se ao caráter moral. Um cristão que tem o coração transformado
tem um viver totalmente diferente, visto que seu coração é regido pela
Palavra (Cl 3.16).
14. O patriarca Jó, um servo de Deus anterior à própria formação de
Israel, ensinava que devemos ter um concerto com os nossos
olhos para não os fixar em uma virgem (Jó 31:1). Mesmo sendo
homem abastado, o mais rico de todo o Oriente (Jó 1:3) e, dentro
da cultura então vigente (lembremos que Jó era um gentio), onde
prevalecia a poligamia, pudesse ter à sua disposição quantas
mulheres bem quisesse, Jó, como era “sincero, reto, temente a
Deus e se desviava do mal” (Jó 1:1), tinha feito um concerto com
os seus olhos, de não os fixar em nenhuma virgem, ou seja, tinha
um compromisso de não permitir que houvesse qualquer ocasião
para desejar uma mulher que não fosse a sua.
15. II – O QUE REGE O CORAÇÃO REGERÁ O CORPO
2- O homem é o que pensa. É sabido por todos que o homem é o que ele pensa
ou sente. Os pensamentos e ideias que estão no seu “ homem interior” são os
motores que colocam em ação todo o seu corpo e são determinantes para sua
conduta. Desse modo, o homem colherá aquilo que semear (Gl 6.7). O que
semeia o pensamento da cobiça, desejo outra mulher, não demorará para que
concretize isso na prática. A cobiça é algo que começa no coração, é como uma
pequena semente plantada que vai gerar o fruto do pecado. Cada um é
engodado por sua própria cobiça, a qual dará luz ao pecado, que sendo
consumado, leva à morte (Tg 1.14,15).
O Senhor Jesus falou que aquilo que rege o coração se evidenciará no viver
diário de uma pessoa por meio de seus atos (Mt 15.19; Lc 6.45), o que foi muito
bem explicado por Paulo, quando chamou de obras da carne as ações
produzidas por um coração pecaminoso (Gl 5.19-21). Ninguém está isento de
tentações, mas é preciso revestir-se do novo homem interior produzido por
Cristo para jamais cometer os atos pecaminosos por meio do corpo (Ef 4.24; Rm
6.12,13). A saída é pedir para Jesus fazer a transformação e nos dar um novo
coração (Ez 11.19; 18.31).
16. II – O QUE REGE O CORAÇÃO REGERÁ O
CORPO
3- Sujeitando o corpo ao Espírito Santo. O caminho para que o cristão possa
dominar bem o corpo é viver na dependência do Espírito Santo (Gl 5.16).
Jesus fez uso de figuras de linguagem e de modo hiperbólico para mostrar
como se deve fazer para vencer os instintos sexuais. Ao sugerir “Se o teu
olho direito te escandalizar, arranca-o e atira fora para longe de ti” (Mt
5.29a), Cristo não tinha a intenção de incitar alguém a praticar a mutilação
dos membros do corpo. O uso aqui é totalmente metafórico, dando ênfase
de como o cristã o pode crucificar a carne com suas paixões e sujeitar o seu
corpo ao Espírito para que não seja instrumento do pecado (Gl 5.24; Tt 3.3-
5). Jesus não estava falando de cortar algum membro do corpo, pois nada
disso valeria enquanto o coração ainda estivesse cheio de pecado. Um
coração transformado pelo poder de Cristo mostrará atitudes de sacrifício
que visam glorificar a Deus (Rm 12.1; 1 Co 6.20).
17. III- A INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO
1- O casamento na perspectiva bíblica. Sabemos que o casamento é
mais fundamental em todas as instituições sociais (Gn 1.28; 2.24). Na
perspectiva divina, o casamento deve ser uma união permanente, em
que homem e mulher entram em uma aliança a fim de construir uma
união única na mais perfeita intimidade. Não querendo jamais que os
votos do casamento fossem quebrados, Deus deu a ordem: “Não
adulterarás” (Êx 20.14). A singularidade dessa maravilhosa união foi
destacada por Cristo quando falou do vínculo conjugal, expressando
que não são mais dois, mas uma só carne (Mt 19.6). Paulo via essa
união de maneira tão cândida que comparou o amor de Cristo, que se
sacrificou pela Igreja, ao amor do marido para com a sua esposa (Ef
5.25).
18. A família, criada pelo próprio
Deus (Gn.2:23,24), procura
suprir as necessidades
sentimentais, afetivas e
emocionais básicas do ser
humano. A função da família
é, precisamente, impedir
que haja o sentimento de
solidão, que caracterizava
Adão antes da formação da
mulher (Gn.2:20).
19. Os homens, mesmo, sem conhecer a
Palavra de Deus, reconhecem o papel
fundamental que a família exerce na vida
de um homem. A Declaração Universal dos
Direitos do Homem afirma que "…a família
é o núcleo natural e fundamental da
sociedade e tem direito à proteção da
sociedade e do Estado." (artigo XVI, nº 3),
preceito que é repetido pela Constituição
brasileira, que afirma que "…a família, base
da sociedade, tem especial proteção do
Estado…" (art.226).
20. III- A INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO
2- O que fazer para que o casamento seja para sempre? Um casal que vive a vida
a dois, em amor, irá construir a mais bela e perfeita união, ainda que enfrente lutas
e reveses nesta vida. O casamento deve ser construído com base em respeito,
amizade, bom tratamento, carinho, dignidade, entre outros. Como bem disse o
apóstolo Pedro (1 Pe 3.7), se tudo isso estiver presente no casamento ele será para
sempre. O casal cristão tem conhecimento de que no aspecto espiritual ambos são
iguais (Gn 1.27; Gl 3.28; Cl 3.10,11), e na vida a dois há obrigações distintas e
específicas a serem cumpridas (1 Co 7.3). “todo o cap. 7 fala sobre o matrimônio”
A união sexual é outro fator preponderante que deve ser levado em consideração
no casamento. Ele deve ser desfrutado pelo homem e pela mulher, casados, em
uma intimidade mais profunda. O verbo “coabitar” fala de relação sexual dentro
do casamento (Gn 4.25), tratada pela Bíblia como algo digno (Hb 13.4). O casal
cristão é consciente de que jamais deve usar o sexo como fazem os ímpios, sem
amor, carinho, respeito, tão somente para dar vazão às suas lascívias (1 Ts 4.3-7).
Portanto, o casal que deseja que seu casamento dure para sempre, deve estar em
comunhão com Deus, e ter uma união marcada pelo amor e uma vida sexual
regrada e sadia.
21. 1 Pedro 3.7 Nova Versão Transformadora
“Da mesma forma, vocês,
maridos, honrem sua esposa.
Sejam compreensivos no
convívio com ela, pois, ainda
que seja mais frágil que
vocês, ela é igualmente
participante da dádiva de
nova vida concedida por
Deus. Tratem-na de maneira
correta, para que nada
atrapalhe suas orações.”
22. III- A INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO
3- Casamento: uma união indissolúvel. Na discussão de Jesus com os líderes religiosos, Ele
destacou os ideais divinos sobre o casamento, isto é, como Deus o havia projetado a fim de
que fosse permanente (Mc 10.9). Há exegetas que gastam tempo e muitas letras para
provar que o divórcio era permitido; buscam elementos históricos nas duas escolas
rabínicas de Shammai e Hillel, sendo que a primeira destacava a questão da impureza no
aspecto mosaico a partir do adultério, permitindo a carta de divórcio. A segunda era mais
liberal, e dizia que qualquer desagrado da parte do marido poderia dissolver o casamento.
Contudo, o melhor seria que tais estudiosos gastassem mais o tempo para falar do
casamento conforme o propósito eterno, atentando para o princípio de tudo. Para Jesus, o
casamento é uma união indissolúvel, e por isso deixou claro que, quanto ao divórcio, não
era um mandamento de Moisés, mas sim uma concessão devido à fraqueza humana, por
causa do pecado (Mt 19.8), pelo padrão baixo e desmoralizante em que muitos estavam
vivendo. Enquanto a Lei permitia o divórcio (Dt 24.1-3), Jesus salienta que isso significava
legalizar o adultério. Sempre é doloroso falar sobre divórcio, visto que já se trata da
destruição de um casamento. Porém , com o servos de Deus, precisamos dizer que a
comunidade de salvos, que quer viver o padrão do Reino de Deus, com suas bem-
aventuranças, precisa entender que o ideal divino é ainda indissolubilidade da vida a dois,
tanto física como espiritualmente, seguindo o padrão divino do Éden: os dois serão uma só
carne (Gn 2.23,24).
23. CONCLUSÃO
Pela Palavra de Deus,
compreendemos que o casamento
é para sempre, mas sua construção
depende de uma vivência com
Deus em um relacionamento
marcado pelo amor. Frente aos
problemas que possam surgir, o
caminho não é o divórcio. Os
cônjuges devem agir com boa
vontade e sacrifícios, buscando
sabedoria divina para que se volte à
verdadeira harmonia, com a
presença de Jesus.