Este documento apresenta o plano de ensino da disciplina "Criação e Produção de Trilhas e Documentários" oferecida pela Faculdade Cambury em 2010. O curso aborda a teoria e prática da trilha sonora e do documentário audiovisual, com foco nas relações entre som e imagem. Serão realizados exercícios práticos de criação de trilhas e produção de documentários, além de discussões teóricas e análises de casos. A avaliação dos alunos inclui provas, trabalhos e participação em at
1. MARCELO RODRIGUES SOUZA RIBEIRO
FACULDADE CAMBURY – 2010/2º
Criação e Produção Produção
Publicitária
de Trilhas e Documentários 80 horas-aula
http://incinerrante.com/cptd/
Marcelo Rodrigues Souza Ribeiro Quarto
marcelo@incinerrante.com período
Bases Tecnológicas Competências
• Criação e feitura de trilhas sonoras. • Analisar trilhas sonoras.
• Audição e análise de trilhas. • Compreender as funções das trilhas
sonoras.
• Funções da trilha sonora. • Compreender as relações do
documentário com o cinema de ficção.
• Vinhetas; produção de trilhas e vinhetas. • Conhecer os diferentes tipos de
montagem / edição.
• A construção do real na tradição do • Relacionar a função do documentário
cinema documentário. com a informação na televisão.
• Relações do documentário com o cinema
de ficção.
• O documentário contemporâneo no Habilidades
cinema e na televisão.
• Diferentes tipos de montagem/edição e • Criar trilhas sonoras.
suas origens cinematográficas.
• O documentário e a informação na • Produzir vinhetas.
televisão.
• Produção de documentários em vídeos. • Produzir documentários em vídeo.
• Análise de vídeos e documentários • Utilizar os diferentes tipos de montagem
e edição.
Objetivos
A disciplina de Criação e Produção de Trilhas e Documentários busca apresentar as
principais questões envolvidas na teoria e na prática audiovisual em relação a dois eixos
articulados: a trilha sonora (entendida com a articulação de música, falas e ruídos entre si
e com imagens visuais) e o documentário (entendido como a organização do discurso
audiovisual em referência ao que se considera realidade). Nesse sentido, são propostas
três linhas de discussão e prática:
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1. Apresentar as definições e usos da trilha sonora que se manifestam na genealogia e
na história do cinema e nas formas audiovisuais contemporâneas (televisão, internet
etc.), realizando experiências práticas (informadas pela discussão conceitual e teórica)
de criação de trilhas.
2. Apresentar as definições e tipos de discurso que caracterizam o documentário na
genealogia e na história do cinema e nas formas audiovisuais contemporâneas
(televisão, internet etc.), realizando experiências práticas (informadas pela discussão
conceitual e teórica) de produção audiovisual.
3. Discutir os usos da trilha sonora no documentário, relacionando-os à questão da
diferença entre documentário e ficção e realizando experiências práticas (informadas
pela discussão conceitual e teórica) de produção de documentário em que a trilha
sonora desempenhe um papel criativo.
Conteúdo programático
Unidade 1: A trilha sonora como dimensão do discurso audiovisual
1.1.) A imagem e o som: conceituações e definições em uma abordagem interdisciplinar
1.2) Genealogias da trilha sonora cinematográfica
1.2.1) Teatro: o melodrama e a ópera
1.2.2) Espetáculos e formas populares: números musicais e música ambiente
1.3) Elementos da trilha sonora cinematográfica
1.3.1) A música: linguagem e expressividade
1.3.2) Os ruídos: realismo e representação
1.3.3) A fala: vozes e corpos em relação
1.3.4) A montagem e a articulação da música, dos ruídos e da fala com as imagens
visuais
Unidade 2: O documentário como forma de discurso audiovisual
2.1) O conceito de documentário
2.1.1) As diferenças entre documentário e ficção
2.1.2) Definição de documentário: representação, conhecimento e realidade
2.1.3) Panorama histórico do cinema documentário: escolas, movimentos e períodos
2.1.4) O documentário contemporâneo: formas e dispositivos audiovisuais
2.2) Os usos da trilha sonora no documentário
2.2.1) A trilha sonora como suplemento de realismo
2.2.2) A trilha sonora como contraponto criativo
2.2.3) A trilha sonora e as potências do falso
Metodologia e atividades de avaliação
As 80 horas-aula da disciplina serão dedicadas a:
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• aulas expositivas e dialógicas baseadas em textos selecionados da bibliografia, com
exibição de imagens, audição de trilhas sonoras e discussão em sala;
• seminários de apresentação de textos por parte de estudantes;
• resumos, resenhas e análises de imagens e trilhas sonoras;
• exercícios em sala, podendo resultar em parte das notas de AD1 e AD2 (avaliações
diversificadas), que valem de 0,0 a 10,0;
• provas individuais e sem consulta, resultando nas notas de AN1 e AN2 (avaliações
normais ou regulares), que valem de 0,0 a 10,0.
Como atividades complementares, serão ou poderão ser realizados:
• discussões via internet por meio de fóruns, chats e outros procedimentos, no Espaço
Virtual de Estudos que se encontra em http://incinerrante.com/eve/.
Cada estudante deverá realizar o cadastramento de usuário ao acessar o Espaço Virtual
de Estudos pela primeira vez, definindo um nome de usuário e uma senha pessoal
(composta de letras e números, com um mínimo de oito caracteres) de sua preferência.
Além disso, apenas no primeiro acesso à área específica para a disciplina de CPTD,
deverá ser informado o código de inscrição divulgado em sala de aula. Qualquer
problema ou dúvida, basta entrar em contato com o professor.
As atividades no Espaço Virtual de Estudos poderão resultar em parte das notas de AD1
e AD2.
O calendário de aulas e atividades, incluindo informações sobre as avaliações, será
divulgado oportunamente por meio do Espaço Virtual de Estudos e na pasta da
disciplina na fotocopiadora.
Critérios para aprovação
1. A frequência mínima é de 75% da carga horária, o que corresponde a 60 horas-aula.
Qualquer estudante que faltar a mais de 25% das aulas, ou 20 horas-aula, está
automaticamente reprovado/a.
2. A média geral mínima para aprovação é de 6,0 pontos. Isso significa que a soma das
notas de AN1, AD1, AN2 e AD2 deve ser maior ou igual a 24.
3. Como critério adicional, a soma das notas de AN1 e AN2 deve ser maior ou igual a
10,0.
Bibliografia básica
AUMONT, Jacques et al. A estética do filme. Campinas: Papirus, 1996.
DANCYGER, Ken. Técnicas de edição para cinema e vídeo: história, teoria e
prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
LINS, Consuelo. O documentário de Eduardo Coutinho. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Editor, 2004.
MACHADO, Arlindo. A arte do vídeo. São Paulo: Brasiliense, 1988.
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MOURA, Edgar Peixoto de. 50 anos: luz, câmera, ação. São Paulo: SENAC, 2005.
NICHOLS, Bill. Introdução ao documentário. Campinas, SP: Papirus, 2005.
RAMOS, Fernão Pessoa (org.). Teoria contemporânea do cinema, volume I: pós-
estruturalismo e filosofia analítica. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2005.
______. Teoria contemporâneo do cinema, volume II: documentário e narratividade
ficcional. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2005.
XAVIER, Ismail (org.). A experiência do cinema: antologia. Rio de Janeiro: Edições
Graal; Embrafilme, 1983.
Bibliografia complementar
ARMES, Roy. On video: o significado do vídeo nos meios de comunicação. São Paulo:
Summus, 1999.
CARRASCO, Ney. Sygkhronos: a formação da poética musical no cinema. S. Paulo: Via
Lettera, 2003.
DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.
DELEUZE, Gilles. A imagem-movimento: cinema 1. São Paulo: Brasiliense, 1995.
______. A imagem-tempo: cinema 2. São Paulo: Brasiliense, 1990.
DUBOIS, Philippe. Cinema, vídeo, Godard. São Paulo: Cosac Naify, 2004.
MASCARELLO, Fernando (org.). História do cinema mundial. Campinas, SP:
Papirus, 2006.
MACHADO, Arlindo. O sujeito na tela: modos de enunciação no cinema e no
ciberespaço. São Paulo: Paulus, 2007.
RODRÍGUEZ, Angel. A dimensão sonora da linguagem audiovisual. São Paulo:
Senac, 2006.
SCHAFER, R. Murray . O ouvido pensante. Campinas: Unesp, 2003.
SHOHAT, Ella; STAM, Robert. Crítica da imagem eurocêntrica: multiculturalismo e
representação. São Paulo: Cosac Naify, 2006.
STAM, Robert. Introdução à teoria do cinema. Campinas, SP: Papirus, 2003.
WATTS, Harris. Direção de câmera: um manual de técnicas de vídeo e cinema. São
Paulo: Summus, 1999.
______. On câmera: curso de produção de filme e vídeo da BBC. São Paulo: Summus,
1990.
XAVIER, Ismail. O discurso cinematográfico: a opacidade e a transparência. 3ª edição
rev. e amp. São Paulo: Paz e Terra, 2005.
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