William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
Textos do principezinho e o confinamento 10 lh4
1. O PRINCIPEZINHO E O CONFINAMENTO
Recentemente, durante o confinamento, o Principezinho veio visitar um jovem ao
planeta Terra, como fizera algumas décadas antes, com o piloto perdido no deserto.
Chegando à Terra, o Pequeno Príncipe observa que não existe muito movimento nas
ruas, a maioria das pessoas está em suas casas e as que estão na rua usam máscaras
e/ou viseiras.
Então, aproxima-se do jovem que parecia estar a sair da escola e inicia com ele uma
conversa que o iria pôr a par dos últimos acontecimentos.
− Amigo, reparo que tem uma máscara na cara, assim como todos os outros
terráqueos com quem me cruzei. Pergunto-me se será alguma moda mais
recente que me tenha escapado.
O jovem, sorriu e rapidamente explicou ao Principezinho o motivo do uso da máscara:
− Principezinho, não imaginas como está o nosso planeta! Então, não é que fomos
invadidos por um vírus chamado Covid 19 que se transmite pelas gotículas que
saem da nossa boca ou pelo contacto das nossas mãos. A vida na Terra mudou
muito…
O Principezinho interrompeu-o de imediato, exclamando:
− Que tragédia! Nunca imaginei que se tratasse de algo tão grave.
− Pois, e o pior é que devido à sua fácil transmissão, vemo-nos obrigados a um
afastamento físico das pessoas. É doloroso não podermos abraçar ou mostrar
qualquer tipo de afeto através do contacto físico. Nem nós sabíamos a falta que
alguns gestos tão simples nos faziam.
Depois de refletir um pouco sobre aquilo que acabara de descobrir, o Principezinho
aconselhou o jovem antes de se despedir dizendo-lhe:
− Meu caro amigo, é nas situações difíceis que o Homem demonstra a sua
capacidade de se adaptar a novas circunstâncias. Se não conseguem fisicamente
demonstrar afeto, façam-no através da palavra. Pois, ao longo dos anos, a História
mostrou-nos que esta foi, é e será sempre uma das maiores forças do ser humano.
Por isso, despeço-me dizendo “Gosto de ti”.
Inês Mendes, 10LH4
2. DIÁLOGO ENTRE MIM E O PRINCIPEZINHO SOBRE O CONFINAMENTO E AS NOSSAS ESPERANÇAS SOBRE O
FUTURO.
Eu estava a chegara casa, depois de um dia longo de escola, quando, de repente, vejo
um avião a parar perto da minha casa. Imediatamente, dirijo-me a ele. Reparo que sai
de lá um menino e uma raposa, por sinal muito vaidosa!
Começa a olhar em volta até os nossos olhares se encontrarem. Eu, aterrorizada,
escondo-me atrás de um arbusto.
Ele vem a correr e quando chega perto de mim diz:
− Não tenhas medo, eu só preciso de umas informações.
Eu, com um pouco de receio, saí do arbusto e, lentamente, fui em direção a ele e
perguntei-lhe:
− Quem és tu?
− Olá, eu chamo-me Principezinho, venho do Asteroide B612, que caiu neste
planeta…devido a essa tragédia tenho procurado vários planetas para me instruir
e dedicar o meu tempo a conhecer cada um deles. E tu quem és?
− Comparado com a vida que tu tens não sou ninguém, mas eu chamo-me Filomena,
sou uma simples estudante do 10º ano, que acaba de chegar a casa depois de um
dia longo de aulas.
− Como se chama este planeta?
− Chama-se Terra ou como muitos gostam de chamar o Planeta Azul.
− Explica-me uma coisa Filomena, o que é isso que tens na cara?
− É uma máscara.
− Porque estás a usá-la?
− Devido a um vírus que invadiu as nossas vidas.
− Um vírus! O que é isso?
− É um bichinho pequeno que anda nos nossos corpos, fazendo-nos sentir mal.
− Faz-nos sentir mal de que maneira?
− Neste caso, o coronavírus, nome do vírus, faz-nos ter tosse, febre e falta de
paladar.
− Mas como se transmite esse vírus?
− Através dos espirros, da tosse e do contacto com alguém que seja portador.
3. − Então, é por isso que usas essa máscara, para te protegeres. Mas, então, porque
vais à escola, se se pode transmitir assim tão facilmente?
− Os alunos, no ano passado, ficaram metade do ano letivo em casa sem poder sair…
− Que triste! Então não podias vir à rua brincar, nem ver as rosas?
− Não, tínhamos de ficar em casa para o vírus não se alastrar.
− Como te sentiste? Deve ter sido triste! Não consigo imaginar ficar tanto tempo
sem ver as pessoas que mais gosto.
− Sim, não foi nada fácil! A internet facilitou muito para estar com os meus familiares
e amigos, mas não era a mesma coisa. Era como se eu não tivesse energia
suficiente para continuar, como se estivéssemos numa guerra. As pessoas a
falecerem, a não poderem trabalhar, e todos os países a tentarem fazer o melhor
para si. Mas nós fazemos certos sacrifícios por aqueles que amamos, e foi o que
todos nós fizemos. Mas não valeu de muito, o vírus ainda anda por aí.
− Mas achas que ficar tanto tempo em casa foi o melhor para todos?
− Sim, apesar do vírus não ter desaparecido, mal não deve ter feito, pelo menos eu
ainda não o tive e isso é bom sinal.
− Mas isto deve ser temporário, não?
− Sim, espero que sim! É tudo o que as pessoas querem, para vivermos em paz,
podermos estar com as pessoas que mais amamos e tornar os nossos sonhos
realidade. Com este vírus, muita coisa mudou, pôs as pessoas a pensar no futuro,
e muitas delas estão preparadas para um mundo sem paragens.
De repente ouvimos um som vindo do avião e ele diz:
− Eu tenho de ir, mas espero que corra tudo bem e que esse vírus passe, um dia
volto a passar aqui. Obrigado pelas informações.
− De nada, és sempre bem-vindo aqui, mas só por precaução traz uma máscara
quando voltares.
− Claro.
− Qual vai ser a tua próxima paragem?
− Não sei, podes-me dar alguma sugestão?
− Claro! Há muitos anos atrás, três homens da Terra foram à Lua, não tinha muita
coisa, mas tinha uma vista de cortar o fôlego!!!
4. − Muito bem.
Olhou para a Raposa e disse:
− Raposa, próxima paragem: Lua!
Ana Filomena, 10LH4
O PRINCIPEZINHO
O Principezinho sentia-se abatido naquele planeta distante. Optou, por isso, por se
deslocar para o planeta Terra.
Ao alcançar a Terra observou que ninguém andava na rua! Espantado, decidiu procurar
alguém. Encontrou, então, uma florista, com um acessório invulgar, uma máscara, e
decidiu pedir-lhe algumas:
Principezinho: Bom dia!
Florista: Bom dia, em que posso ajudá-lo?
Principezinho: Qual é o motivo pelo qual não vejo ninguém a circular na rua?
Florista: Estamos a passar uma forte pandemia.
Principezinho: Quando é que isso vai acabar!?
Florista: Ainda não se sabe ao certo, mas estamos a contar que a vacina saia para o
ano.
O Principezinho fica perplexo.
Principezinho: Em que posso ajudar pela luta desta pandemia?
Florista: Deve utilizar máscara, garantir a distância mínima das outras pessoas e
desinfetar as mãos, o resto compete à medicina.
Principezinho: Obrigada pela informação, vou tomar estas medidas.
O Principezinho, zelando pela sua saúde, decide ir para o planeta onde estava, e contar
as notícias a sua amiga rosa.
Ana Cardoso, 10LH4
DIÁLOGO COM O PRINCIPEZINHO
5. Lembro-me de estar em casa a uma sexta-feira, devido ao confinamento, que nos foi
imposto, a pensar na vida antes do Covid e quando poderíamos voltar a ter essa vida.
Quando, numa forma de entusiasmo e curiosidade, digo em voz alta:
No Asteroide B-612, onde o Principezinho está não existe Covid!
Logo a seguir vou falar com a minha mãe sobre o Principezinho, até que ela sugere
que eu o vá visitar e assim foi!
Quando acabou o confinamento, fui visitar o meu amigo. Mal cheguei com máscara
ele ficou confuso, dizendo-me:
− Na Terra, já chegou o Carnaval?
Respondendo, enquanto me rio:
− Bem…o Carnaval já passou, mas quem veio e ainda não se foi é o Coronavírus.
− Há um vírus na Terra, foi por isso que não me vieste ver mais cedo?
− Sim, infelizmente foi por isso, nós estamos em tempos pandémicos e nestes
meses tivemos de estar fechados em casa! Logo, não te podia visitar!
− Como e onde nasceu esse vírus? Como estás a lidar com isso?
− Olha, o primeiro caso foi descoberto na China e desde aí, nunca mais parou.
Espalhou-se e já matou muita gente! Logo, para nossa segurança, ficámos três
meses em casa.
− Como conseguiste? - perguntou o principezinho.
− Sinceramente, não sei! Mas a verdade é que teve de ser assim, apesar de, no
verão, o tempo ser bom e pudemos sair de casa, no entanto, não tendo uma
vida normal. Foi bastante difícil, não só por ter aulas a distância, durante um
mês, o que me fazia ficar preocupada com os trabalhos, pois tinha medo de ter
um erro informático e eles não fossem entregues, como ficar sem saber o que
fazer e as saudades da família não acabavam!
− Nem quero imaginar o que passaste, mas pensa que isso já acabou e agora há
um futuro para a frente.
− Nesse futuro, ele ainda pode estar ativo, mas esperemos saber viver com ele,
nem que tenhamos consequências. A população tem de respeitar mais a DGS.
− Concordo contigo! - disse o Principezinho.
− Vamos lutar todos para vermos o futuro juntos!
6. Beatriz Teixeira, 1OLH4
DIÁLOGO COM O PRINCIPEZINHO SOBRE O CONFINAMENTO
Estava ao pé do mercado, quando um rapaz, com uma raposa, veio ter comigo. Estava
sem máscara e parecia perdido. Ao aproximar-se de mim, disse:
− Olá! Chamo-me Principezinho, e tu?
− Olá, chamo-me Carlos.
− Prazer em conhecer-te Carlos, podes-me dar algumas informações?
− Claro!
− Obrigado, então, em que planeta aterrei?
Confuso respondi:
− No planeta Terra, mas, como assim, “em que planeta aterrei”?
− Ah, é que eu não sou deste planeta, eu venho do Asteroide B612.
− E porque vieste aqui?
− Decidi viajar pelos planetas, porém o meu avião avariou e tive de aterrar aqui. Já
agora, conheces alguém que me possa ajudar a repará-lo?
− Não, não conheço ninguém.
-Ah, ok. Olha o que é essa coisa na tua cara?
Apontei para a minha máscara e perguntei:
− Isto?
− Sim!
− Isto é uma máscara.
− E para que serve?
− É para nos proteger, também devias usar uma!
− Para nos proteger do quê?
− Do coronavírus.
− O que é isso?
− É um vírus que tem se espalhado pelo mundo, ultimamente!
− E o que tenho de fazer para não o apanhar?
− Basta manter o distanciamento social, lavar e desinfetar as mãos
frequentemente, usares proteção e ficares o máximo em casa.
7. − Ok, obrigado por me avisares, mas essas medidas parecem chatas, não podes
estar com os teus amigos, vir cá para fora brincar e tens de ficar com isso a
atrapalhar a respiração.
− Sim, são chatas, mas são essenciais para isto tudo acabar o mais depressa
possível.
− Pois, eu vou ver se encontro alguém que me ajude a consertar o meu avião.
− Ok, adeus!
− Adeus Carlos, obrigado pelas informações. Um dia, quando isto tudo passar,
regresso ao teu planeta.
− Ok, serás bem-vindo.
Carlos Martins, 10LH4
CONVERSA COM O PRINCIPEZINHO
O principezinho estava entusiasmado, pois estava a caminho da Terra.
Quando chegou, ficou perplexo, pois não estava quase ninguém nas ruas e as poucas
que viu estavam a usar alguma coisa estranha a tapar a cara.
Curioso, decidiu parar uma senhora e perguntar-lhe:
− Desculpe estar a incomodar, mas o que é isto? – apontando para a máscara - e
por que é que não há ninguém na rua?
A senhora, pensando que o Principezinho estava a tentar gozar com ela, ignorou-o. Ele
continuou a questionar:
− Para é que serve isso tudo? Onde estão as pessoas?
A senhora acabou por respondeu e explicou tudo.
O Principezinho ficou triste, mas também confuso! Como é que um vírus poderia impedir
as pessoas de viver normalmente?
A senhora conseguiu ver que o Principezinho estava triste e convidou-o a dar uma volta.
Durante esse passeio, o Principezinho voltou a perguntar:
− Sabe quando é que isto acaba? Não se sente triste por não poder conviver
normalmente?
A senhora respondeu com as lágrimas nos olhos que o seu marido tinha morrido devido
ao vírus e os seus filhos estavam longe, portanto não tinha ninguém para conviver.
8. O Principezinho, ainda mais triste, disse-lhe que agora ela tinha um amigo com quem
podia conviver. Ambos sorriram.
− Sabes, na vida, às vezes temos de perder, para percebermos o que temos. Acho
que quando a vida voltar ao normal, as pessoas vão ser mais solidárias e vão
valorizar mais coisas e as pessoas.
O principezinho olhou para ela e respondeu:
− Espero que sim.
Cássia Fonseca, 10LH4
PRINCIPEZINHO
O Principezinho, na sua descoberta pelos planetas, passou no planeta Terra e como as
suas cores o chamaram à atenção, decidiu conhecê-lo.
Quando chegou, não avistou ninguém na rua e achou um pouco estranho! Por isso,
continuou o seu caminho para ver se encontrava alguém que o pudesse esclarecer. Na
sua longa caminhada, acabou por encontrar um GNR a quem pediu informações:
− Boa tarde, será que me podia dar uma informação
− Sim claro
− Vim viajar e reparei que não está ninguém na rua! O que se passa?
− Bem, há uns meses que apareceu um vírus perigoso e é preciso ter muito
cuidado!
− Não acredito! E é preciso ter algum cuidado… em que consiste esse cuidado?
− É um vírus contagioso, que se transmite pelas mãos e, por isso, a utilização da
máscara que protege o contágio através da boca e do nariz, para que as mãos
estejam bem protegidas usamos o gel desinfetante e, por último, temos que nos
manter com uma distância de 2 metros uns dos outros.
− Nunca imaginei, mas com estas medidas porque é que as pessoas não andam na
rua?
− Estamos a atravessar uma forte pandemia e, nos últimos tempos, temos tido um
aumento elevado de casos e mortes e o governo decidiu que as pessoas
deveriam permanecer em confinamento durante o fim-de-semana.
9. − Não tinha a noção de como isto estava por aqui e confesso que fiquei bastante
preocupado. O que posso fazer para ajudar?
− Encontrar a vacina – disse ironicamente.
− Eu gostava de o fazer, mas não sou cientista. No entanto, hei de ter uma ideia!
Obrigada pela ajuda e tenha um resto de um bom dia.
− De nada, estamos aqui para isso.
O Principezinho, perplexo com a situação, desabafou consigo próprio:
− Eu tenho que fazer alguma coisa para ajudar o mundo!
Continuou a sua visita, mas, como é claro, com a máscara, sempre pensativo até
encontrar uma ideia que ajude o planeta Terra.
Ana Sofia, 10LH4
O PRINCIPEZINHO E O CONFINAMENTO
Era um dia solarengo de agosto, quando decidi dar um belo passeio matinal pela Penha.
Sentia-me feliz, pois podia caminhar tranquilamente longe de ajuntamentos, máscaras,
desinfetantes, confinamentos e todos os outros tormentos relacionados com a
pandemia de COVID-19 que nos assola. Para meu espanto, avistei alguém ao longe com
um aspeto familiar, porém incomum. Coloquei a máscara e fui-me aproximando até que,
para surpresa minha, percebi que era o Principezinho.
Quando chego perto dele digo-lhe:
− Principezinho? És tu?
− Sim, sou! Mas diz-me, que bizarrice é essa que te cobre a boca e o nariz?
− É uma máscara. - respondo eu. A propósito, onde está a tua?
− Máscara? A minha? O quê? Conta-me lá o motivo de usares isso.
− Então, Principezinho, é o seguinte, neste momento, aqui na Terra, encontramo-
nos em contexto pandémico, o que nos leva a tomar este tipo de medidas de
contingência, como usar máscara, desinfetar as mãos com álcool-gel, e, caso
alguém fique contaminado com o vírus, de nome COVID-19, vírus esse que
pertence ao grupo dos Coronavírus, o mesmo grupo viral ao qual pertence o da
gripe, nós ficamos em isolamento profilático.
10. − Isso é arrasador! Deve ser uma sensação horrível, ficar isolado durante quinze
dias das pessoas que mais amamos, aliás, eu vim para a Terra, mas parece que
estou num filme de ficção científica.
− Concordo contigo, até para nós está a ser inacreditável! Já faleceram imensas
pessoas devido ao maldito Sars CoV 2, mas vamos continuar na luta e penso que,
muito em breve, iremos vencê-lo com a toma da vacina.
Gonçalo Pitães, 10LH4
O PRINCIPEZINHO
O Principezinho estava no seu planeta, acompanhado da sua rosa e a pensar em como
seria o seu futuro, quando decide viajar para o planeta Terra, pois já não o visitava há
algum tempo.
Ao chegar, reparou em algo muito estranho, que estava na cara das pessoas e que
nada mais era do que uma máscara. Achando estranho, decide dirigir-se a uma pessoa
para saber o que se passava.
− Bom dia, podia-me dizer o porquê de toda a gente estar a usar uma máscara?
− Bom dia menino, posso sim, é por causa do novo vírus COVID-19.
− COVID-19?! Que tipo de vírus é esse?
− O COVID é um vírus muito contagioso, que está a mudar o dia a dia da
Humanidade.
− E quando é que esse vírus irá passar?
− Ninguém sabe ao certo, mas aquilo que sabemos, é que os cientistas estão a
trabalhar dia e noite para encontrar uma cura.
− Isso são boas notícias!
− São! Mas nunca se sabe quando irá passar…vamos esperar o melhor.
− Desejo-vos a maior sorte com esse vírus.
E assim, a mulher continuou a andar, e o Principezinho regressou ao seu planeta
esperando que a grande pandemia passasse para a Humanidade voltar ao normal.
Jéssica Andrade, 10LH4
11. PRINCIPEZINHO
Era domingo à tarde e estava uma grande tempestade lá fora. A chuva batia nas
janelas com intensidade, ouvia-se o vento e conseguia-se ver os relâmpagos. Estava
desapontado, pois tinha acabado de sair do confinamento, e era suposto encontrar-me
com uns familiares, mas, com a tempestade tivemos de cancelar.
Decidi estudar, mas, a certa altura, alguém bateu à porta. Fiquei curioso… quem teria
saído de casa com este tempo? Abri a porta e fiquei mesmo contente, era o meu velho
amigo, o Principezinho. Ele entrou e passámos a tarde a falar, sobretudo sobre o
confinamento:
− Sabias que estive em confinamento? -perguntei-lhe eu
− Sim, por isso vim visitar-te - respondeu o principezinho.
− Foi muito complicado, não podia estar com ninguém!
− Deve ter sido mesmo difícil, estar tanto tempo sozinho, como é que passaste o
tempo? questionou-me ele.
− Tive de me distrair com várias coisas, joguei vários jogos, ganhei gosto pela
leitura, aprendi novas coisas e todos os dias fazia chamadas com a minha família
e amigos.
− Então também teve pontos positivos, mas, mesmo assim espero voltar a ficar
confinado.
E passámos a tarde a conversar. Adorei aquele dia!
Enfim, a quarentena é chata, mas, é para o bem da sociedade.
José Rui, 10LH4
PRINCIPEZINHO
Numa bela manhã de verão, acordei com os raios de sol a baterem-me na cara.
Parecia que, naquela manhã, tudo estava perfeito, talvez por ser o meu primeiro dia de
férias. Dirigi-me, então, até ao quarto dos meus filhos para lhes dizer que íamos fazer
um piquenique.
Quando chegámos ao parque, pousámos as coisas à beira de um lindo sobreiro e
fomos jogar à bola. Até que o meu filho mais novo chutou a bola e acertou num senhor
que estava de costas viradas para nós. Dirigi-me até ele e, para meu espanto, era o
Principezinho, um velho amigo meu.
12. − Não te via há tantos anos! Estás a ficar velho meu amigo -disse-lhe eu - soltando
uma gargalhada.
− É verdade, já não te via desde a altura do coronavírus. Foram tempos
difíceis…ainda me lembro que tive de emigrar, pois a minha família passou por
enormes dificuldades financeiras - disse o principezinho.
− Pois, desde aí foi difícil manter o contacto contigo. Ainda me lembro que, na
altura, ficámos 1 ano em quarentena - concluí.
− É verdade, nem podíamos sair de casa, e o pior é que disseram que a quarentena
ia demorar no máximo 3 meses! Tu chegaste a ter Covid-19, não chegaste? -
perguntou-me o Principezinho.
− Cheguei a dar positivo. Acho que foi o meu pai que me infetou, mas quando isso
aconteceu, não demorou muita até haver a cura, por isso até tive sorte -
respondi-lhe.
− Foram tempos difíceis, mas correu tudo bem. Aquele que está ali é o teu filho? -
questionou o principezinho.
− É sim, vais dizer que não saiu aqui ao pai!? - retorqui.
− Por acaso é parecido contigo. Como o tempo passa rápido! Agora, até já tens
filhos. Foi um prazer encontrar-te amigo, mas agora tenho que ir embora -
despediu-se o Principezinho.
− Também foi um prazer reencontrar-te…até um dia!
E foi assim que, num dia normal, encontrei um amigo de longa data, provavelmente
se não houvesse o coronavírus ele não era obrigado a emigrar, mas nem tudo foi
negativo naquela altura, aprendemos a ser melhores pessoas e aprendemos a ajudar o
próximo.
Luís Machado, 10LH4
O PRINCIPEZINHO
13. O Principezinho chega ao planeta Terra e depara-se com um cenário muito estranho. Eu
encontro-o, um pouco confuso e decido ir falar com ele.
Eu: Olá, Principezinho.
Principezinho: Olá! O que está a acontecer com o planeta Terra?
Eu: Estamos a passar uma fase muito complicada.
Principezinho: Como assim?
Eu: Então, estamos a enfrentar uma pandemia chamada Covid19. Temos ataques
racistas, pobreza, e o nosso planeta está cada vez mais poluído.
Principezinho: De onde eu venho, está tudo impecável.
Eu: Tens muita sorte, aqui, com a pandemia, estão muitas pessoas a morrer, temos
todos de usar máscaras, desinfetar as mãos. No confinamento, mal saímos de casa, a
saúde mental das pessoas está muito má.
Principezinho: E agora, como estão as pessoas?
Eu: Sinceramente, não sei Principezinho. Acho que agora que podemos ir à escola, sair
de casa, mas sempre com as devidas proteções, as pessoas estão melhores. Claro que
muitas pessoas gostaram de estar confinadas. Eu, no início, também gostei, mas não
achava que iam ser meses trancados! No início, quando as escolas fecharam, pensei que
íamos ficar em casa 15 dias e, assim, passaram- se os 15 dias mais 15 e por aí fora…
passou um mês e eu, a pessoa mais improvável, já tinha saudades da escola. Não das
aulas, mas sim da escola! Tivemos aulas online e, para ser sincera, acho que ninguém
aprendeu nada com as aulas a distância, mas era como tinha de ser. Não gostava nada,
quando estava em casa, no meu sossego a dormir tão bem, e do nada, começo a receber
trabalhos para fazer, testes…Aulas em que, ainda estava de pijama e, muitas vezes,
ainda a dormir, os professores pediam à turma para ligar a câmara e lá íamos todos
rápido trocar de roupa ou, pelo menos comigo, era assim. Mas, mesmo assim, não foi
um ano mau de todo, pensei que iria ser bem pior.
Querido Principezinho, tenho de regressar a casa. Até um dia! Espero que voltes cá e
que o nosso planeta esteja melhor.
Principezinho: Sim, também eu tenho de partir de novo. Até breve.
Mariana Miranda, 10LH4
CONVERSA COM O PRINCIPEZINHO
14. O Principezinho descansava na sua residência, no Asteroide B612, tendo como
companhia a sua bela rosa e a escuridão e profundeza do universo. Estava inquieto…
precisava de algo mais. Algo que nem um, nem outro lhe poderiam dar. Uma companhia
diferente. E foi, então, que Principezinho voltou à Terra.
Quando chegou, viu algo que certamente não esperava: ruas vazias, quase tão vazias
quanto o vácuo a que estava habituado. Mas ele continuava a ouvir barulho de vozes
humanas. Então, deparou-se com uma escola, a oportunidade ideal para pôr a conversa
em dia. O Principezinho foi ter com um jovem, no portão de saída.
− O que se passa?
− Ah? Como assim? Quem és tu?
− Porque é que as ruas estão tão vazias?
− Porque haveria de ser? É por causa da pandemia. Agora baza, tenho mais que
fazer.
− Pandemia? - perguntou o Principezinho.
Então, o Principezinho sentiu a necessidade de se esclarecer melhor:
− Eu não sou daqui. Venho de outro lugar do universo, muito distante da Terra.
Mas eu tinha saudades, então vim até cá. Só que em vez de ver as ruas cheias de
gente, a euforia do trânsito e a correria das pessoas da casa para o trabalho, eu
vi ruas vazias, e nada mais. Mas vi esta escola, e vi-te à entrada dela. Então
perguntei-te a razão deste sossego. Agora, se puderes, peço-te para me contares
mais sobre ele. Achas que me podes fazer isso?
O rapaz permanece calado por um tempo, com um ar pensativo. Então respondeu:
− Ok, mas aqui não dá. Não está ninguém na minha casa, vamos até lá e eu conto-
te mais.
Quando chegaram à casa do jovem, sentaram-se no sofá. Então, ele começou a narrar
todos os acontecimentos que levaram à realidade que os humanos viviam. Falou de um
tal de SARS-CoV-2, um “bichinho” muito pequeno, que atacava os humanos e os infetava
com uma doença, o COVID-19.
Após o fim do monólogo, ficaram os dois calados por um bom tempo. O Principezinho
pensava sobre a terrível realidade que os humanos viviam. Como é possível um bichinho
15. tão pequenino que não se vê, matar tanta gente, tirar o trabalho às pessoas e erradicar
com toda a energia que se costumava ver?
Então o rapaz disse:
− Mas estão a procurar uma cura.
− Uma cura? – perguntou o Principezinho.
− Sim, uma cura. Algo que pode acabar com a pandemia, o que deixa os humanos
muito esperançosos. Vários cientistas estão a trabalhar nela, mas ainda vai
demorar um pouco até ser usada nas pessoas.
No dia seguinte, o Principezinho despediu-se da Terra, para voltar para o seu lar. Mas
voltava descansado, pois sabia que os humanos já estavam a fazer os possíveis para
acabar com a pandemia.
Assim sendo, a cura era o tempo, e nada mais do que o tempo. Sabia que, em breve
a alegria iria voltar à Terra.
Pedro Ribeiro, 10LH4