2. 383. Qual é, para o Espírito, a utilidade de passar pela
infância?
- Encarnando-se com o fim de se aperfeiçoar, o Espírito é mais
acessível durante esse tempo às impressões que recebe e que
podem ajudar o seu adiantamento, para o qual devem
contribuir os que estão encarregados da sua educação.
775. Qual seria, para a sociedade, o resultado do relaxamento
dos laços de família?
- Uma recrudescência [renovação com maior intensidade] do
egoísmo.
( O Livro dos Espíritos)
“ Há, pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços
espirituais e as famílias pelos laços corporais.”
2
3. A família é o resultado do largo processo
evolutivo do espírito na extensa trajetória
vencida por meio das sucessivas
reencarnações.
Dessa forma, a família é o alicerce sobre o
qual a sociedade se edifica, sendo o
primeiro educandário do espírito, onde são
aprimoradas as faculdades que desatam os
recursos que lhe dormem latentes.
3
4. É permanente oficina onde se caldeiam os
sentimentos e as emoções, dando-lhes a direção
correta e a orientação segura para os
empreendimentos do futuro.
Por essa razão, é que não se vive na família ideal,
aquela na qual se gostaria de conviver com
espíritos nobres e ricos de sabedoria, mas no
grupo onde melhormente são atendidas as
necessidades de evolução.
4
5. Não poucas vezes, no grupo do doméstico ressumam as
reminiscências perturbadoras do Além ou de outras
existências, que devem ser trabalhadas pelo cinzel da
misericórdia, da tolerância e da compaixão, a fim de que
sejam arquivadas como diferentes emoções enobrecidas,
que irão contribuir em favor do progresso de todos.
De inspiração divina, a família é a oportunidade superior do
entendimento e da vera fraternidade, de onde surgirá o
grupo maior, equilibrado e rico de valores, que é a sociedade.
5
6. O termo “família” é derivado do latim “famulus”,
que significa “escravo doméstico”.
Este termo foi criado na Roma Antiga para designar
um novo grupo social que surgiu entre as tribos
latinas, ao serem introduzidas à agricultura e também
escravidão legalizada.
9. 9
No fim do século XVI e durante o século XVII vai
surgir um novo sentimento de família que vem
acompanhado de mudanças significativas em
relação às crianças.
“A criança tornou-se um elemento indispensável
da vida cotidiana, e os adultos passaram a se
preocupar com sua educação, carreira e futuro”
(Arié, p. História social da criança e da família, p.270)
10. 10
A Europa como “civilização mais avançada”,
promove/sofre guerras que vão alterar as formas
de relações pessoais e sociais. Impondo um
sentimento de urgência em viver todas as coisas
já.
Neste contexto a família também será alterada, a
criança será entendida como esperança, há uma
extensão da família pelo espírito da
solidariedade, espírito de comunidade e de
cuidado mútuo.
12. Motivações: patriarcal, posse do pai;
o amor começa a ser considerado um dos interesses importantes nos
enlaces matrimoniais.
13. Motivações: mudança no papel da mulher;
mulher no mercado de trabalho, pílula anticoncepcional, divórcio ...
No século XX, anos 50 e 60 = Revolução Sexual.
14. Segundo o historiador e sociólogo FrederichSegundo o historiador e sociólogo Frederich
Engels, escreveu várias obras em parceriaEngels, escreveu várias obras em parceria
com Karl Marx, a família surge na busca dacom Karl Marx, a família surge na busca da
organização da vida social e controle daorganização da vida social e controle da
produção de bens.produção de bens.
15. Sexual – reprodução e perpetuação da espécie.
Econômica – é a unidade produtora e consumidora de bens e serviços.
Cultural – encarregada da educação inicial e repasse da cultura formal.
Espiritual – Segundo Emmanuel, “é nas dificuldades provadas em comum,
nas dores e experiências recebidas na mesma estrada de evolução
redentora, que se olvidam as amarguras do passado longínquo,
transformando-se todos os sentimentos inferiores em expressões
regeneradas e santificantes. Purificadas as afeições, acima dos laços do
sangue, o sagrado instituto da família se perpetua no Infinito, através dos
laços imperecíveis do Espírito”.
16. Romana - a autoridade do chefe da família, onde a submissão
da esposa e dos filhos ao pai confere ao homem o papel de
chefe.
Medieval - perpetua-se o caráter sacramental do casamento
originado no século XVI.
Portuguesa, temos a solidariedade, o sentimento de sensível
ligação afetiva, abnegação e desprendimento
Influências que marcaram a formação da família
brasileira:
17. 17
DIVERSIDADE ESTRUTURAL MAIS COMUM
FAMÍLIAS TRADICIONAIS> Papai + mamãe + filhos
FAMÍLIAS MONOPARENTAIS>formada por qualquer dos pais e seus
filhos
FAMÍLIAS RECASADAS> novos membros no contexto das Famílias
(padrasto – madrasta)
FAMÍLIAS AMPLIADAS> família nuclear, mais os parentes diretos ou
colaterais, existindo uma extensão das relações entre pais e filhos para
avós, pais e netos
FAMÍLIAS NÃO CONVENCIONAIS> escapa à fórmula biológica de
pai, mãe e filhos morando juntos
FAMÍLIA HOJE
18. Família moderna:
-Valorização da mulher
no mercado de
trabalho
-Filhos na
responsabilidade de
avós ou “amas”
modernas
-Sustento da casa é
compartilhado
-Surgimento de novos
modelos familiares.
19.
20. Século XXI – Crise da Instituição familiar?
Não se trata propriamente do
enfraquecimento da instituição
família, mas:
o surgimento de novos modelos
familiares
novas relações entre os gêneros
perspectiva igualitária, mediante
maior controle da natalidade
inserção massiva da mulher no
mercado de trabalho
21. O homem foi mudando seu
espaço no interior da família,
assumindo inclusive tarefas antes
tipicamente femininas.
A mulher torna-se mais
competente no trabalho,
autônoma e competitiva, ao
mesmo tempo em que o homem
aprende a ser mais cuidadoso e
cuidador nas relações.
Na tradicional divisão de tarefas dentro do lar ocorrem
modificações importantes:
Com o trabalho fora de casa, decorrente da inserção
feminina no mercado de trabalho, o tempo da mulher para
o cuidado dos filhos foi diminuindo
22. O papel da família
No lar, desenvolvem-se a afetividade,
O respeito pelos direitos alheios,
O despertamento para os próprios direitos
sem as extravagâncias nem os absurdos de
atribuir-se méritos a quem realmente não
os possui.
23. A família não é resultado casual de
encontros apressados no mundo físico,
havendo ocorrido nas esferas espirituais
antes do renascimento orgânico, quando
são desenhadas as programações entre os
espíritos comprometidos, positiva ou
negativamente, para os ajustamentos
necessários ao progresso a que todos se
encontram submetidos.
23
24. A aparente falência das uniões consagradas pelo
matrimônio, assim como a de todas aquelas que
frustesceram em descendentes, não é da família,
mas da desestruturação da ética e da moral,
vitimadas pelas mudanças impostas pelos
denominados novos tempos, nos quais,
escravizando-se às paixões dissolventes, os
indivíduos optam pela ansiosa conquista das
coisas e dos fetiches da tecnologia que distraem e
entorpecem. (pag. 10)
24
25. A família, no entanto, vem sobrevivendo
estoicamente aos golpes que lhe têm sido
desferidos, os códigos de ética, lentamente vêm
sendo revividos, aumentando o número de
matrimônios, enquanto diminui o de divórcios, em
respeito à monogamia, a mais elevada expressão
do afeto, no processo da evolução
antropossociopsicológica, à fidelidade e ao respeito
pelo outro ... (pág. 12)
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26. O Livro dos Espíritos
O Evangelho Segundo o Espiritismo
O Consolador – Emmanuel
Constelação Familiar – Joanna de Ângelis
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