O filme Tempos Modernos, dirigido por Charlie Chaplin em 1936, faz uma crítica ao capitalismo e ao modelo de produção industrial da época, retratando de forma cômica as duras condições de trabalho dos operários em uma grande fábrica durante a Grande Depressão. O filme mostra os operários sendo constantemente vigiados e pressionados a manter um ritmo alucinante de trabalho, levando ao esgotamento e acidentes. A solidariedade entre os trabalhadores é inexistente e eles são tratados como máquinas, enquanto
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
Tempos modernos
1. TEMPOS MODERNOS
FICHA TÉCNICA DO FILME
Título do filme: TEMPOS MODERNOS
País de Produção: E.U.A .
Diretor: CHARLIE CHAPLIM
Ano de produção: 1936
Duração: 85 minutos
Distribuidora: CONTINENTAL HOME
VÍDEO
Assunto: A condição do operário na
grande indústria durante a depressão dos
anos 30.
Resumo: O filme faz uma crítica ao
capitalismo e ao modelo industrial.
ROTEIRO:
O presidente da fábrica, do seu escritório,
comandava e vigiava tudo. As ordens eram
passadas a um funcionário que se encarregava de
repassá-las aos operários que executavam o que era
mandado. Era um trabalho meramente mecânico. O
ritmo de trabalho dos operários era determinado pela velocidade das máquinas, que
ficava a cargo de um técnico que a controlava. Todo trabalho era em série, visando só a
produtividade. Portanto o trabalho intelectual era exercido por quem comandava e o
trabalho manual por aqueles que trabalhavam pesados: os operários.
Os operários eram controlados através do sistema de cartão de ponto , pelo circuito
interno de TV. A todo momento , os operários eram vigiados tendo apenas os intervalos
do lanche que também era pré-determinado, ao toque da sineta voltavam ao ritmo
alucinante de produção contínua.
Sendo um processo de produção fragmentado, para aumentar o desempenho do
operário a produção é dividida em várias operações. Cada operário executa uma única
etapa, cada um tendo uma função específica e sempre do mesmo jeito, o que o aliena
do processo de trabalho.
Com a própria mecanização, o trabalho desqualifica-se a partir do momento em que
é só chegar com uma carta de apresentação, não passavam por um processo de
treinamento, de qualificação. Eram totalmente dominados.
Durante o filme percebi que não havia solidariedade nas pessoas envolvidas no
processo de produção.
O ritmo de trabalho era tão acelerado que levava o sujeito a ter até mesmo um
comportamento inadequado, pois a dura jornada de trabalho, a mecanização das ações, o
despreparo profissional, tudo isto levava o individuo a um cansaço muito grande, o
trabalhador não podia perder muito tempo . Em ocorrência disto havia muitos acidentes
de trabalho. Com a cena do filme nos mostra.
No filme, podemos perceber que nas indústrias não utilizavam mão-de-obra
qualificada, todo comportamento era mecânico e o que interessava para os donos das
2. indústrias não era o sujeito e sim o produto final. Tudo que era feito visava o lucro. A
produção sempre em ritmo bem acelerado.
O movimento sindicalista luta por melhores condições de trabalho e salários para os
operários. Começava aí uma luta de classes.
O filme é uma metáfora daquela sociedade ( sociedade capitalista), como seria o século
XXI.
"O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém, desviamo-nos dele. A
cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e
tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a
época da produção veloz, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina,
que produz em grande escala, tem provocado a escassez. Nossos conhecimentos
fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia
e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade; mais do
que de inteligência, precisamos de afeição e doçura! Sem essas virtudes, a vida será
de violência e tudo estará perdido."
(Charles Chaplin, em discurso proferido no final do filme O grande ditador.)