SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 19
O ícone da face de
Nosso Senhor Jesus
Cristo - (Mandyllion)
CURSO DE MARIOLOGIA
Centro Missionário Redentorista
Organização – Pe. José Grzywacz, CSsR
Salvador – Bahia- Brasil
www.mariologiapopular.blogspot.com
E-mail: jozefgrzywacz@hotmail.com
Existem duas tradições importantes referentes ao início
da iconografia que remontam a era dos apóstolos:
A). É a que «mostra o Caminho» (uma imagem da Mãe
de Deus com Jesus Cristo nos braços atribuído às mãos
do evangelista São Lucas)
B). Do ícone «não feito por mãos humanas» (ícone da
face de Nosso Senhor Jesus Cristo - (Mandyllion)
Estes dois ícones prototípicos, dão testemunho da
encarnação do Filho de Deus na pessoa de Jesus Cristo
e também a deificação da humanidade na pessoa da
Mãe de Deus.
Teologicamente, o ícone como tal se fundamenta, em
primeiro lugar, na Encarnação do Filho de Deus. O
Deus invisível se fez visível e habitou entre nós. Nas
palavras dos Santos Padres: «Deus se fez homem para
que o homem se faça Deus. ». A Igreja anuncia,
mediante a sua arte iconográfica, a verdade eterna e
divina de que Deus se fez homem e habitou entre nós
para a nossa salvação. Em uma linguagem que
equivale a pregação evangélica, o ícone é portador
da graça e também de confissão de fé. Tal como a
palavra escrita pode revelar Deus, assim também a
palavra plasmada em linhas e cores o pode fazer. São
Basílio Magno, do século IV, disse que «o que a
palavra comunica pelo som, o faz o ícone em
silêncio. »
O ícone também dá testemunho do fruto da
Encarnação que é a deificação do ser humano, a
experiência dos santos. Estas duas idéias se
encontram, inclusive, na oração do rito de
bênção de um ícone.
«Senhor Deus, Tu criaste o homem à tua
imagem, mas a queda a manchou, mas, pela
Encarnação de teu Cristo feito homem, Tu a
restauraste e assim restabeleceste a teus santos
a sua primeira dignidade. Venerando-os,
veneramos a tua Imagem e Semelhança e,
através deles Te glorificamos como seu
Arquétipo. »
A Tradição da Igreja afirma que o
primeiro ícone de Cristo apareceu
durante Sua vida terrestre. Era a
imagem que no Ocidente
chamamos de Santa Face e na
Igreja Ortodoxa “Imagem não feita
por mão de homem”
(acheiropoietos). Transcrevemos
AQUIROPITA.
A história do Mandylion
A história do tecido chamado de Mandylion
passa por diversas culturas e países. O padre e
iconógrafo Marcelo Bertani, lembra que a lenda
do Mandylion provavelmente nasceu ao redor
do próprio Santo Sudário, confundindo-se com
este. Um moderno pesquisador do Sudário, após
o teste do carbono 14, diz que é impossível
analisar com certeza a datação correta do Santo
Sudário, pois as bactérias e polens que se
instalam sobre o tecido se renovam a cada
abertura e exposição deste.
Entre os primeiros possuidores do tecido
que contém a imagem do Cristo (conhecido
como Mandylion), estaria a cidade de
Edessa, onde surgiu a lenda que ele teria
sido um presente do próprio Cristo ainda
vivo para o Rei Abgar. Existe aí uma
divergência entre o Mandylion e o Santo
Sudário: sabemos que o Sudário é do
Cristo morto. Porém as coincidências são
muitas e acredita-se que o Mandylion
apresentava somente o rosto pois estava
dobrado.
Conta a lenda, que, acometido de lepra ou
gota, o Rei Abgar de Edessa teria ouvido
sobre as curas milagrosas realizadas por
Jesus na Judéia. O Rei teria insistido para
que um mensageiro (Hannan) levasse até
Jesus uma carta, e o trouxesse até ele.
Existem teorias divergentes sobre as cartas
do Rei Abgar e a resposta enviada por
Jesus, que são citadas por historiadores,
atestando sua falsidade ou veracidade.
Jesus estava na casa de um Religioso Judeu, quando
recebeu o pedido do Rei Abgar através do mensageiro,
e não podendo ir até Edessa, enxugou o rosto em uma
toalha e a entregou ao mensageiro, que encarregou-se
de levá-lo rapidamente ao Rei Abgar. Diz a mensagem
do Cristo que o Rei seria curado, após sua ascensão
aos céus. Era prática das antigas cidades do Oriente
Médio se colocar uma imagem sobre a porta da entrada
dos muros da cidade, representando a figura da
divindade ou crença favorita de seu povo. Sabe-se que
em 544 d. C. o tecido com a imagem do Cristo foi
encontrado sobre a porta de Edessa, e muitos
acreditam que tal tecido seja o lençol que foi escondido
durante a perseguição contra os Cristãos.
Sabe-se que durante as perseguições, nos 3
primeiros séculos da cristandade, muitas
relíquias, escrituras e itens cerimoniais foram
destruídos em uma rotina de iconoclasmo. As
perseguições duraram até o tempo do imperador
Constantino.
De fato, o lençol deve ter sido retirado de Edessa
no começo do primeiro século, escondido para
sua proteção durante o reinado de Ma'nu VI, filho
do Rei Abgar, que se converteu do paganismo,
ao ver seu pai curado pelo Mandylion e
convertido ao Cristianismo. Este tecido foi levado
para Constantinopla pelas cruzadas em 1214.
Alguns historiadores ortodoxos acreditam
que cavaleiros das cruzadas foram capazes
de destruir esta imagem sacra (mandylion)
com poderes de cura, em um ímpeto de
iconoclasmo.
Outros historiadores católicos vêem claros
indícios de que estes cavaleiros franceses
o tenham levado até a França, e que este
seja, de fato, o Santo Sudário de Turin,
traçando um trajeto coerente com relatos
históricos.
Este tecido foi levado para Constantinopla
pelas cruzadas em 1214.
Alguns historiadores ortodoxos acreditam
que cavaleiros das cruzadas foram capazes
de destruir esta imagem sacra (mandylion)
com poderes de cura, em um ímpeto de
iconoclasmo. Outros historiadores católicos
vêem claros indícios de que estes
cavaleiros franceses o tenham levado até a
França, e que este seja, de fato, o Santo
Sudário de Turin, traçando um trajeto
coerente
O ícone do Cristo Pantocrator do mosteiro santa
Catarina do Sinai.
No ano de 544 d.C., um lençol com a imagem de Jesus
foi descoberto escondido acima de uma porta, nas
paredes de Edessa. Seis anos após esta descoberta, um
ícone do Pantocrator foi pintado no monastério de Santa
Catarina, no Sinai.
Existem muitas similaridades entre este ícone e o
sudário de Turin, incluindo o posicionamento dos olhos,
nariz e lábios. Quando criamos uma sobreposição entre
as duas imagens, podemos visualizar mais facilmente as
semelhanças.
Note que o cabelo do lado direito cai sobre o ombro,
como na imagem da Santa Síndone. O comprimento do
nariz, a largura dos olhos, o comprimento do pescoço,
enfim, os traços fisionômicos são coincidentes.
É interessante notar que uma brusca mudança na
tradição de representação do Cristo surge logo após a
descoberta do lenço escondido nas paredes de Edessa.
Antes desta descoberta, Cristo era representado como
um jovem pastor com traços do Apolo Grego. Após a
descoberta do Mandylion, Cristo passou a ser
representado em retratos plenamente frontais, com
traços coincidentes ao rosto visível no Santo Sudário,
hoje conservado em Turin, Itália.
A lenda do santo Keramion
Conta-se que quando houve uma invasão
bárbara na cidade-estado de Edessa, (atual Urfa,
na Turquia, fundada em 304 a.C.) o Bispo
colocou o Mandylion dobrado entre duas placas
de cerâmica e o escondeu na muralha da cidade,
para que não fosse destruído.
Diz a lenda até que o Bispo deixou uma lâmpada
de óleo acesa dentro da parede, ao lado do
Sudário, e que esta lâmpada estava acesa,
séculos mais tarde, quando foi reencontrado
O mais espetacular é que a face teria sido
impressa também sobre a cerâmica que
estava sobre ela, em imagem invertida.
Urfa (Edessa) é também a cidade onde
nasceu Abraão, e o local onde ele nasceu
pode ser visitado, ainda hoje, pelos turistas.
Daí a tradição de se fazer a face de Cristo
sem o lenço por trás, sobre um fundo ocre,
para indicar a imagem impressa na
cerâmica, conhecida como o Santo
Keramion.
O ícone da face de
Nosso Senhor Jesus
Cristo - (Mandyllion)
CURSO DE MARIOLOGIA
Centro Missionário Redentorista
Organização – Pe. José Grzywacz, CSsR
Salvador – Bahia- Brasil
www.mariologiapopular.blogspot.com
E-mail: jozefgrzywacz@hotmail.com

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Os 100 acontecimentos mais importantes da história do cristianismo a. kenne...
Os 100 acontecimentos mais importantes da história do cristianismo   a. kenne...Os 100 acontecimentos mais importantes da história do cristianismo   a. kenne...
Os 100 acontecimentos mais importantes da história do cristianismo a. kenne...
Milly Barbosa
 

Mais procurados (19)

História do cristianismo ii - Um resumo histórico
História do cristianismo ii - Um resumo históricoHistória do cristianismo ii - Um resumo histórico
História do cristianismo ii - Um resumo histórico
 
3ª Aula de História da Igreja
3ª Aula de História da Igreja3ª Aula de História da Igreja
3ª Aula de História da Igreja
 
INTRODUÇÃO A HISTÓRIA DA IGREJA - CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA
INTRODUÇÃO A HISTÓRIA DA IGREJA - CURSO BÁSICO EM TEOLOGIAINTRODUÇÃO A HISTÓRIA DA IGREJA - CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA
INTRODUÇÃO A HISTÓRIA DA IGREJA - CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA
 
Os tipos de cruz
Os tipos de cruzOs tipos de cruz
Os tipos de cruz
 
4ª Aula de História da Igreja
4ª Aula de História da Igreja4ª Aula de História da Igreja
4ª Aula de História da Igreja
 
Aula 1 A Igreja Apostólica
Aula 1 A Igreja ApostólicaAula 1 A Igreja Apostólica
Aula 1 A Igreja Apostólica
 
Lista de heresias da Igreja Católica
Lista de heresias da Igreja CatólicaLista de heresias da Igreja Católica
Lista de heresias da Igreja Católica
 
Os 100 acontecimentos mais importantes da história do cristianismo a. kenne...
Os 100 acontecimentos mais importantes da história do cristianismo   a. kenne...Os 100 acontecimentos mais importantes da história do cristianismo   a. kenne...
Os 100 acontecimentos mais importantes da história do cristianismo a. kenne...
 
Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média Cristã
Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média CristãAula 4 - Quarto Período - A Idade Média Cristã
Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média Cristã
 
Trasfigur..
Trasfigur..Trasfigur..
Trasfigur..
 
Aula 6 - A Igreja Moderna
Aula 6 - A Igreja Moderna Aula 6 - A Igreja Moderna
Aula 6 - A Igreja Moderna
 
historia da igreja
 historia da igreja  historia da igreja
historia da igreja
 
Seminário sobre a história da igreja. parte 1 a origem da igreja
Seminário sobre a história da igreja. parte 1   a origem da igrejaSeminário sobre a história da igreja. parte 1   a origem da igreja
Seminário sobre a história da igreja. parte 1 a origem da igreja
 
8 o cristianismo na idade média -8ª aula
8   o cristianismo na idade média -8ª aula8   o cristianismo na idade média -8ª aula
8 o cristianismo na idade média -8ª aula
 
História da igreja antiga
História da igreja antigaHistória da igreja antiga
História da igreja antiga
 
Panorama da História do Cristianismo
Panorama da História do CristianismoPanorama da História do Cristianismo
Panorama da História do Cristianismo
 
Historia da igreja aula 1
Historia da igreja aula 1Historia da igreja aula 1
Historia da igreja aula 1
 
História da Igreja Moderna
História da Igreja ModernaHistória da Igreja Moderna
História da Igreja Moderna
 
1º Aula de História da Igreja
1º Aula de História da Igreja1º Aula de História da Igreja
1º Aula de História da Igreja
 

Destaque

btec4 tv advert analysis
btec4 tv advert analysisbtec4 tv advert analysis
btec4 tv advert analysis
mdrummond13
 
argia eta soinua
argia eta soinuaargia eta soinua
argia eta soinua
109109
 
Rinko - Towards a Rubust Modeling of Temporal Interest Change for Behavioral ...
Rinko - Towards a Rubust Modeling of Temporal Interest Change for Behavioral ...Rinko - Towards a Rubust Modeling of Temporal Interest Change for Behavioral ...
Rinko - Towards a Rubust Modeling of Temporal Interest Change for Behavioral ...
Anchuuu Annaka
 
3 Columbus Circle
3 Columbus Circle3 Columbus Circle
3 Columbus Circle
Emerge212
 
La bomba de hiroshiima
La bomba de hiroshiimaLa bomba de hiroshiima
La bomba de hiroshiima
Mishell Yépez
 

Destaque (20)

Dampakpostfnegtfpolekorba 160125162040
Dampakpostfnegtfpolekorba 160125162040Dampakpostfnegtfpolekorba 160125162040
Dampakpostfnegtfpolekorba 160125162040
 
Ate 7° 2015
Ate 7°  2015Ate 7°  2015
Ate 7° 2015
 
Trabalho de literatura clássica by Doug.Albert
Trabalho de literatura clássica by Doug.AlbertTrabalho de literatura clássica by Doug.Albert
Trabalho de literatura clássica by Doug.Albert
 
FCBASDSU2015
FCBASDSU2015FCBASDSU2015
FCBASDSU2015
 
ORG_CHART
ORG_CHARTORG_CHART
ORG_CHART
 
TcpTunnel
TcpTunnelTcpTunnel
TcpTunnel
 
El hada peluda.
El hada peluda.El hada peluda.
El hada peluda.
 
btec4 tv advert analysis
btec4 tv advert analysisbtec4 tv advert analysis
btec4 tv advert analysis
 
argia eta soinua
argia eta soinuaargia eta soinua
argia eta soinua
 
Catalogo mee
Catalogo meeCatalogo mee
Catalogo mee
 
Using the Cloud to your Advantage
Using the Cloud to your AdvantageUsing the Cloud to your Advantage
Using the Cloud to your Advantage
 
介護サービス向上のための テキスト分析と センシング実験について
介護サービス向上のためのテキスト分析とセンシング実験について介護サービス向上のためのテキスト分析とセンシング実験について
介護サービス向上のための テキスト分析と センシング実験について
 
Tarea meta (1)
Tarea meta (1)Tarea meta (1)
Tarea meta (1)
 
Disease monitoring in wheat through remotely sensed data
Disease monitoring in wheat through remotely sensed dataDisease monitoring in wheat through remotely sensed data
Disease monitoring in wheat through remotely sensed data
 
Rinko - Towards a Rubust Modeling of Temporal Interest Change for Behavioral ...
Rinko - Towards a Rubust Modeling of Temporal Interest Change for Behavioral ...Rinko - Towards a Rubust Modeling of Temporal Interest Change for Behavioral ...
Rinko - Towards a Rubust Modeling of Temporal Interest Change for Behavioral ...
 
3 Columbus Circle
3 Columbus Circle3 Columbus Circle
3 Columbus Circle
 
Matematicas (1)
Matematicas (1)Matematicas (1)
Matematicas (1)
 
La bomba de hiroshiima
La bomba de hiroshiimaLa bomba de hiroshiima
La bomba de hiroshiima
 
Cristiano ronaldo
Cristiano ronaldoCristiano ronaldo
Cristiano ronaldo
 
Koser - Portfolio e Serviços
Koser - Portfolio e ServiçosKoser - Portfolio e Serviços
Koser - Portfolio e Serviços
 

Semelhante a Nsps 11 mandyllion Jozef Grzywacz

Arte na idade média
Arte na idade médiaArte na idade média
Arte na idade média
CEF16
 
estudosobrenatalpowerpoint1-160104101545.pdf
estudosobrenatalpowerpoint1-160104101545.pdfestudosobrenatalpowerpoint1-160104101545.pdf
estudosobrenatalpowerpoint1-160104101545.pdf
Tiago Silva
 
HISTÓRIA DA ARTE: CRISTÃ PRIMITIVA E ARTE BIZANTINA
HISTÓRIA DA ARTE: CRISTÃ PRIMITIVA E ARTE BIZANTINAHISTÓRIA DA ARTE: CRISTÃ PRIMITIVA E ARTE BIZANTINA
HISTÓRIA DA ARTE: CRISTÃ PRIMITIVA E ARTE BIZANTINA
Carlos Benjoino Bidu
 
A10 artepaleocristã_HARTEI
A10 artepaleocristã_HARTEIA10 artepaleocristã_HARTEI
A10 artepaleocristã_HARTEI
Camila
 
estudosobrenatalpowerpoint1-160104101545.pptx
estudosobrenatalpowerpoint1-160104101545.pptxestudosobrenatalpowerpoint1-160104101545.pptx
estudosobrenatalpowerpoint1-160104101545.pptx
Tiago Silva
 
Religiões, Seitas e Heresias - Aula 6
Religiões, Seitas e Heresias - Aula 6Religiões, Seitas e Heresias - Aula 6
Religiões, Seitas e Heresias - Aula 6
PIBJA
 

Semelhante a Nsps 11 mandyllion Jozef Grzywacz (20)

A sinagoga de satanas
A sinagoga de satanasA sinagoga de satanas
A sinagoga de satanas
 
Nsps 10 história datas Jozef Grzywacz
Nsps 10 história datas Jozef GrzywaczNsps 10 história datas Jozef Grzywacz
Nsps 10 história datas Jozef Grzywacz
 
Arte na idade média
Arte na idade médiaArte na idade média
Arte na idade média
 
Quero ver teu rosto
Quero ver teu rostoQuero ver teu rosto
Quero ver teu rosto
 
Arte bizantina
Arte bizantinaArte bizantina
Arte bizantina
 
Arte bizantina / Toulouse Lautrec 3º ano Médio
Arte bizantina / Toulouse Lautrec 3º ano MédioArte bizantina / Toulouse Lautrec 3º ano Médio
Arte bizantina / Toulouse Lautrec 3º ano Médio
 
Arte bizantina 1º ano Novo Colégio
Arte bizantina 1º ano Novo ColégioArte bizantina 1º ano Novo Colégio
Arte bizantina 1º ano Novo Colégio
 
Livro
LivroLivro
Livro
 
estudosobrenatalpowerpoint1-160104101545.pdf
estudosobrenatalpowerpoint1-160104101545.pdfestudosobrenatalpowerpoint1-160104101545.pdf
estudosobrenatalpowerpoint1-160104101545.pdf
 
HISTÓRIA DA ARTE: CRISTÃ PRIMITIVA E ARTE BIZANTINA
HISTÓRIA DA ARTE: CRISTÃ PRIMITIVA E ARTE BIZANTINAHISTÓRIA DA ARTE: CRISTÃ PRIMITIVA E ARTE BIZANTINA
HISTÓRIA DA ARTE: CRISTÃ PRIMITIVA E ARTE BIZANTINA
 
A10 artepaleocristã_HARTEI
A10 artepaleocristã_HARTEIA10 artepaleocristã_HARTEI
A10 artepaleocristã_HARTEI
 
estudosobrenatalpowerpoint1-160104101545.pptx
estudosobrenatalpowerpoint1-160104101545.pptxestudosobrenatalpowerpoint1-160104101545.pptx
estudosobrenatalpowerpoint1-160104101545.pptx
 
7 o cristianismo após a queda de roma -7ª aula
7   o cristianismo após a queda de roma -7ª aula7   o cristianismo após a queda de roma -7ª aula
7 o cristianismo após a queda de roma -7ª aula
 
Religiões, Seitas e Heresias - Aula 6
Religiões, Seitas e Heresias - Aula 6Religiões, Seitas e Heresias - Aula 6
Religiões, Seitas e Heresias - Aula 6
 
Paganismo
PaganismoPaganismo
Paganismo
 
ARTE BIZANTINA - sheila de souza.pdf
ARTE BIZANTINA - sheila de souza.pdfARTE BIZANTINA - sheila de souza.pdf
ARTE BIZANTINA - sheila de souza.pdf
 
Pascoa 2.pptx
Pascoa 2.pptxPascoa 2.pptx
Pascoa 2.pptx
 
Paganismo, um elemento sutil, oculto e devastador
Paganismo, um elemento sutil, oculto e devastadorPaganismo, um elemento sutil, oculto e devastador
Paganismo, um elemento sutil, oculto e devastador
 
Paganismo uma mal oculto dentro das igrejas
Paganismo uma mal oculto dentro das igrejasPaganismo uma mal oculto dentro das igrejas
Paganismo uma mal oculto dentro das igrejas
 
O percurso da arte cristã - Maria
O percurso da arte cristã -  MariaO percurso da arte cristã -  Maria
O percurso da arte cristã - Maria
 

Mais de Pe. José Grzywacz

Nsps 5 iconografia geral Jozef Grzywacz
Nsps 5 iconografia geral Jozef GrzywaczNsps 5 iconografia geral Jozef Grzywacz
Nsps 5 iconografia geral Jozef Grzywacz
Pe. José Grzywacz
 

Mais de Pe. José Grzywacz (11)

Nsps 13 150 jubileu datas Jozef Grzywacz
Nsps 13 150 jubileu datas Jozef GrzywaczNsps 13 150 jubileu datas Jozef Grzywacz
Nsps 13 150 jubileu datas Jozef Grzywacz
 
Nsps 12 historia e explicacao manaus Jozef Grzywacz
Nsps 12 historia e explicacao manaus Jozef GrzywaczNsps 12 historia e explicacao manaus Jozef Grzywacz
Nsps 12 historia e explicacao manaus Jozef Grzywacz
 
Nsps 8 gestos Jozef Grzywacz
Nsps 8 gestos Jozef GrzywaczNsps 8 gestos Jozef Grzywacz
Nsps 8 gestos Jozef Grzywacz
 
A explicação dos detalhes do ícone do Perpétuo Socorro. ANO JUBILAR Mãe do P...
A explicação dos detalhes do ícone do Perpétuo Socorro. ANO JUBILAR  Mãe do P...A explicação dos detalhes do ícone do Perpétuo Socorro. ANO JUBILAR  Mãe do P...
A explicação dos detalhes do ícone do Perpétuo Socorro. ANO JUBILAR Mãe do P...
 
Nsps 6 iconografia ortodoxa
Nsps 6  iconografia ortodoxaNsps 6  iconografia ortodoxa
Nsps 6 iconografia ortodoxa
 
Nsps 5 iconografia geral Jozef Grzywacz
Nsps 5 iconografia geral Jozef GrzywaczNsps 5 iconografia geral Jozef Grzywacz
Nsps 5 iconografia geral Jozef Grzywacz
 
Nsps 4 arte em geral Pe. Jozef Grzywacz
Nsps 4  arte em geral Pe. Jozef GrzywaczNsps 4  arte em geral Pe. Jozef Grzywacz
Nsps 4 arte em geral Pe. Jozef Grzywacz
 
Nsps 3 espiritualidade mariana cssr
Nsps 3 espiritualidade mariana cssrNsps 3 espiritualidade mariana cssr
Nsps 3 espiritualidade mariana cssr
 
Nsps 2 detalhes do ícone do Perpétuo Socorro - Jozef Grzywacz
Nsps 2 detalhes do ícone do Perpétuo Socorro - Jozef GrzywaczNsps 2 detalhes do ícone do Perpétuo Socorro - Jozef Grzywacz
Nsps 2 detalhes do ícone do Perpétuo Socorro - Jozef Grzywacz
 
Nsps 1 História quadros - Pe. Jozef Grzywacz, CSsR
Nsps 1 História quadros - Pe. Jozef Grzywacz, CSsRNsps 1 História quadros - Pe. Jozef Grzywacz, CSsR
Nsps 1 História quadros - Pe. Jozef Grzywacz, CSsR
 
Nsps história quadros
Nsps história quadrosNsps história quadros
Nsps história quadros
 

Último

O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVExpansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
lenapinto
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
tatianehilda
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
TailsonSantos1
 

Último (20)

Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedAula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
 
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptAula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdfAula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
 
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptxCópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVExpansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 

Nsps 11 mandyllion Jozef Grzywacz

  • 1. O ícone da face de Nosso Senhor Jesus Cristo - (Mandyllion) CURSO DE MARIOLOGIA Centro Missionário Redentorista Organização – Pe. José Grzywacz, CSsR Salvador – Bahia- Brasil www.mariologiapopular.blogspot.com E-mail: jozefgrzywacz@hotmail.com
  • 2.
  • 3. Existem duas tradições importantes referentes ao início da iconografia que remontam a era dos apóstolos: A). É a que «mostra o Caminho» (uma imagem da Mãe de Deus com Jesus Cristo nos braços atribuído às mãos do evangelista São Lucas) B). Do ícone «não feito por mãos humanas» (ícone da face de Nosso Senhor Jesus Cristo - (Mandyllion) Estes dois ícones prototípicos, dão testemunho da encarnação do Filho de Deus na pessoa de Jesus Cristo e também a deificação da humanidade na pessoa da Mãe de Deus.
  • 4. Teologicamente, o ícone como tal se fundamenta, em primeiro lugar, na Encarnação do Filho de Deus. O Deus invisível se fez visível e habitou entre nós. Nas palavras dos Santos Padres: «Deus se fez homem para que o homem se faça Deus. ». A Igreja anuncia, mediante a sua arte iconográfica, a verdade eterna e divina de que Deus se fez homem e habitou entre nós para a nossa salvação. Em uma linguagem que equivale a pregação evangélica, o ícone é portador da graça e também de confissão de fé. Tal como a palavra escrita pode revelar Deus, assim também a palavra plasmada em linhas e cores o pode fazer. São Basílio Magno, do século IV, disse que «o que a palavra comunica pelo som, o faz o ícone em silêncio. »
  • 5. O ícone também dá testemunho do fruto da Encarnação que é a deificação do ser humano, a experiência dos santos. Estas duas idéias se encontram, inclusive, na oração do rito de bênção de um ícone. «Senhor Deus, Tu criaste o homem à tua imagem, mas a queda a manchou, mas, pela Encarnação de teu Cristo feito homem, Tu a restauraste e assim restabeleceste a teus santos a sua primeira dignidade. Venerando-os, veneramos a tua Imagem e Semelhança e, através deles Te glorificamos como seu Arquétipo. »
  • 6. A Tradição da Igreja afirma que o primeiro ícone de Cristo apareceu durante Sua vida terrestre. Era a imagem que no Ocidente chamamos de Santa Face e na Igreja Ortodoxa “Imagem não feita por mão de homem” (acheiropoietos). Transcrevemos AQUIROPITA.
  • 7. A história do Mandylion A história do tecido chamado de Mandylion passa por diversas culturas e países. O padre e iconógrafo Marcelo Bertani, lembra que a lenda do Mandylion provavelmente nasceu ao redor do próprio Santo Sudário, confundindo-se com este. Um moderno pesquisador do Sudário, após o teste do carbono 14, diz que é impossível analisar com certeza a datação correta do Santo Sudário, pois as bactérias e polens que se instalam sobre o tecido se renovam a cada abertura e exposição deste.
  • 8. Entre os primeiros possuidores do tecido que contém a imagem do Cristo (conhecido como Mandylion), estaria a cidade de Edessa, onde surgiu a lenda que ele teria sido um presente do próprio Cristo ainda vivo para o Rei Abgar. Existe aí uma divergência entre o Mandylion e o Santo Sudário: sabemos que o Sudário é do Cristo morto. Porém as coincidências são muitas e acredita-se que o Mandylion apresentava somente o rosto pois estava dobrado.
  • 9. Conta a lenda, que, acometido de lepra ou gota, o Rei Abgar de Edessa teria ouvido sobre as curas milagrosas realizadas por Jesus na Judéia. O Rei teria insistido para que um mensageiro (Hannan) levasse até Jesus uma carta, e o trouxesse até ele. Existem teorias divergentes sobre as cartas do Rei Abgar e a resposta enviada por Jesus, que são citadas por historiadores, atestando sua falsidade ou veracidade.
  • 10. Jesus estava na casa de um Religioso Judeu, quando recebeu o pedido do Rei Abgar através do mensageiro, e não podendo ir até Edessa, enxugou o rosto em uma toalha e a entregou ao mensageiro, que encarregou-se de levá-lo rapidamente ao Rei Abgar. Diz a mensagem do Cristo que o Rei seria curado, após sua ascensão aos céus. Era prática das antigas cidades do Oriente Médio se colocar uma imagem sobre a porta da entrada dos muros da cidade, representando a figura da divindade ou crença favorita de seu povo. Sabe-se que em 544 d. C. o tecido com a imagem do Cristo foi encontrado sobre a porta de Edessa, e muitos acreditam que tal tecido seja o lençol que foi escondido durante a perseguição contra os Cristãos.
  • 11. Sabe-se que durante as perseguições, nos 3 primeiros séculos da cristandade, muitas relíquias, escrituras e itens cerimoniais foram destruídos em uma rotina de iconoclasmo. As perseguições duraram até o tempo do imperador Constantino. De fato, o lençol deve ter sido retirado de Edessa no começo do primeiro século, escondido para sua proteção durante o reinado de Ma'nu VI, filho do Rei Abgar, que se converteu do paganismo, ao ver seu pai curado pelo Mandylion e convertido ao Cristianismo. Este tecido foi levado para Constantinopla pelas cruzadas em 1214.
  • 12. Alguns historiadores ortodoxos acreditam que cavaleiros das cruzadas foram capazes de destruir esta imagem sacra (mandylion) com poderes de cura, em um ímpeto de iconoclasmo. Outros historiadores católicos vêem claros indícios de que estes cavaleiros franceses o tenham levado até a França, e que este seja, de fato, o Santo Sudário de Turin, traçando um trajeto coerente com relatos históricos.
  • 13. Este tecido foi levado para Constantinopla pelas cruzadas em 1214. Alguns historiadores ortodoxos acreditam que cavaleiros das cruzadas foram capazes de destruir esta imagem sacra (mandylion) com poderes de cura, em um ímpeto de iconoclasmo. Outros historiadores católicos vêem claros indícios de que estes cavaleiros franceses o tenham levado até a França, e que este seja, de fato, o Santo Sudário de Turin, traçando um trajeto coerente
  • 14. O ícone do Cristo Pantocrator do mosteiro santa Catarina do Sinai. No ano de 544 d.C., um lençol com a imagem de Jesus foi descoberto escondido acima de uma porta, nas paredes de Edessa. Seis anos após esta descoberta, um ícone do Pantocrator foi pintado no monastério de Santa Catarina, no Sinai. Existem muitas similaridades entre este ícone e o sudário de Turin, incluindo o posicionamento dos olhos, nariz e lábios. Quando criamos uma sobreposição entre as duas imagens, podemos visualizar mais facilmente as semelhanças.
  • 15. Note que o cabelo do lado direito cai sobre o ombro, como na imagem da Santa Síndone. O comprimento do nariz, a largura dos olhos, o comprimento do pescoço, enfim, os traços fisionômicos são coincidentes. É interessante notar que uma brusca mudança na tradição de representação do Cristo surge logo após a descoberta do lenço escondido nas paredes de Edessa. Antes desta descoberta, Cristo era representado como um jovem pastor com traços do Apolo Grego. Após a descoberta do Mandylion, Cristo passou a ser representado em retratos plenamente frontais, com traços coincidentes ao rosto visível no Santo Sudário, hoje conservado em Turin, Itália.
  • 16.
  • 17. A lenda do santo Keramion Conta-se que quando houve uma invasão bárbara na cidade-estado de Edessa, (atual Urfa, na Turquia, fundada em 304 a.C.) o Bispo colocou o Mandylion dobrado entre duas placas de cerâmica e o escondeu na muralha da cidade, para que não fosse destruído. Diz a lenda até que o Bispo deixou uma lâmpada de óleo acesa dentro da parede, ao lado do Sudário, e que esta lâmpada estava acesa, séculos mais tarde, quando foi reencontrado
  • 18. O mais espetacular é que a face teria sido impressa também sobre a cerâmica que estava sobre ela, em imagem invertida. Urfa (Edessa) é também a cidade onde nasceu Abraão, e o local onde ele nasceu pode ser visitado, ainda hoje, pelos turistas. Daí a tradição de se fazer a face de Cristo sem o lenço por trás, sobre um fundo ocre, para indicar a imagem impressa na cerâmica, conhecida como o Santo Keramion.
  • 19. O ícone da face de Nosso Senhor Jesus Cristo - (Mandyllion) CURSO DE MARIOLOGIA Centro Missionário Redentorista Organização – Pe. José Grzywacz, CSsR Salvador – Bahia- Brasil www.mariologiapopular.blogspot.com E-mail: jozefgrzywacz@hotmail.com