Ensaios visuais, é um dos testes não destrutivos .
que permite o inspector verificar a qualidade da solda por meio dos olhos. Caso existir uma anomalia a mesma peça poderá ainda ser retificado , por não destruir o material , ela é muito usada.O ensaio visual foi o primeiro método de ensaios não-destrutivos aplicado pelo homem. É certamente o ensaio mais usado de todos, em todos os ramos da Engenharia. A história do exame visual de objetos, pertences, metais, etc, remonta a mais remota antiguidade. Por este motivo, pode-se imaginar que seja o ensaio mais simples de todos; entretanto, na moderna época em que vivemos, ensaio ainda é fundamental.
Todos os modernos métodos de ensaios não-destrutivos, não fizeram do ensaio visual um ensaio obsoleto. Por muitos anos ainda será utilizado, dele dependendo, como vamos ver, informações de alta importância para a segurança e economia industriais. O ensaio visual é simples de ser aplicado, fácil de ser aprendido e, quando sua aplicação é bem projetada, ele é um dos mais econômicos. Entretanto, insistimos: um método de ensaio não-destrutivo não é concorrente de outro; logo, o ensaio visual tem uma enorme área de aplicação, porém, jamais poderemos usar apenas o ensaio visual em inspeções de peças de responsabilidade. O ensaio visual é necessário mas não suficiente, como qualquer outro método. Pela sua simplicidade, ele nunca poderá deixar de ser aplicado à inspeção.
A inspeção visual tem grande importância na condução de outros ensaios, como por exemplo, nas radiografias das soldas , de estruturas, de componentes e órgãos de máquinas. Cada tipo de inspeção visual necessita de um profissional com conhecimentos práticos, treinado e qualificado através de provas.
O ensaio visual é executado por uma serie de inspeções visuais sobre as superfícies dos objetos avaliados. Dessas inspeções visuais é gerado um laudo sobre a aparência da superfície, formatos, dimensões e descontinuidades grosseiras sobre as mesmas. O cuidadoso exame visual, nos fornece informação referente à necessidade de prosseguimento dos ensaios não-destrutivos por outros métodos. De fato, examinando-se um objeto superficialmente e constatando-se a inexistência de defeitos superficiais, o objeto pode ser conduzido para outro tipo de inspeção. Uma boa aparência, bom grau de acabamento, inexistência de defeitos na superfície não autoriza ninguém a concluir sobre o bom estado do mesmo, no que diz respeito ao seu interior.
Ao se inspecionar uma peça metálica pelo método visual e nela se constatando a presença de uma trinca ou furo, a mesma pode ser recusada (por força de especificações) e nenhum outro ensaio não-destrutivo deve ser mais utilizado. A peça deve ser rejeitada. E claro que uma peça cujo exame visual já a condenou, pode e deve ser inspecionada por outros métodos, com o intuito de se verificar as causas do defeito. Isto poderá se traduzir em, economia e avanço para a empresa no futuro.Os ensaios ocorrerão durante o recebimento de máterias
2. PO – 020/00
PROCEDIMENTO PARA ENSAIO
VISUAL DE SOLDA
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1. OBJETIVO
Este procedimento descreve os requisitos mínimos e padroniza a rotina para o ensaio
visual direto e dimensional de juntas preparadas para a soldagem e de juntas
soldadas.
2. APLICABILIDADE
Áreas envolvidas:
Setor de Controle de Qualidade.
3. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
ABENDE – NA-001 – Qualificação de Pessoal em Ensaios Não Destrutivos;
ABNT NBR 14482 – Critérios para a qualificação e certificação de inspetores de
soldagem;
ABNT NM-ISO 9712 - Ensaio Não Destrutivo - Qualificação e Certificação de
Pessoal;
API 650 – Welded Steel Tanks for Oil Storage - Edição 1998- Add. 2005;
ASME B 31.1 - Power Piping – 2006;
ASME B 31.3 - Process Piping – 2006;
ASME Seção V - Edição 2007 – Nondestructive Examination (Artigo 6);
ASME Seção V - Edição 2007 – Nondestructive Examination (Artigo 9);
ASME Seção VIII - Divisão 1 Edição 2007 – Pressure Vessels (Apêndice 8);
ASTM E-165 -2002 – Standard Test Method for Liquid Penetrant Examination;
AWS C4.1 – 77 – Surface Roughness Guide for Oxigen Cutting;
AWS D1.1 – Edição 2006 – Structural Welding Code – Steel;
ISO 8501-1-1998 – Steel Surfaces;
PETROBRAS N-133 – J - Soldagem;
PETROBRAS N-1438 – D – Terminologia de Soldagem;
PETROBRAS N-1590 – G - Ensaio Não destrutivo – Qualificação de Pessoal;
PETROBRAS N-1597 – E - Ensaio Não Destrutivo – Visual;
PETROBRAS N-1738 – B – Descontinuidades em Juntas Soldadas, Fundidos,
Forjados e Laminados;
4. RESPONSABILIDADES
4.1 Inspetores de Solda
• Garantir que somente sejam utilizados consumíveis de soldagem que tenham sido
aprovados na inspeção de recebimento, conforme o procedimento “PO-006 –
Procedimento de Inspeção, Recebimento, Estocagem e Controle de Consumíveis de
Soldagem”;
• Executar a inspeção visual de ajuste e inspeção visual de solda durante a pré-
fabricação das peças no pipe-shop e na montagem de campo;
• Cumprir todos os parâmetros indicados neste procedimento;
3. PO – 020/00
PROCEDIMENTO PARA ENSAIO
VISUAL DE SOLDA
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• Identificar as descontinuidades reprováveis, encaminhar para reparo e reexaminá-las
até que estejam em condições aceitáveis.
4.2 Coordenador da Qualidade
• Disponibilizar inspetores devidamente treinados e qualificados para a execução do
ensaio;
• Administrar a adequada aplicação deste procedimento;
• Aprovar os registros e relatório pertinentes.
• Implementar o Sistema de Garantia da Qualidade buscando adequar este
procedimento operacional aprimorando e desenvolvendo o pessoal envolvido através
de treinamento direcionado.
4.3 Do Supervisor de Produção
• Providenciar apoio de pessoal e equipamentos para a preparação da superfície para
a inspeção;
• Providenciar os reparos quando solicitados pelo pessoal do CQ.
4.4 Do Chefe da Obra
• Supervisionar o cumprimento das atividades de produção de acordo com os
requisitos dos procedimentos;
• Administrar e assegurar os recursos e meios necessários para correta realização dos
processos;
• Assistir ao Coordenador da Qualidade, buscando otimizar a produtividade através da
implementação dos procedimentos e treinamentos direcionados à todos os
envolvidos.
5 CONSIDERAÇÕES SOBRE SMS
Na realização das atividades deverá ser dada ênfase às medidas de prevenção,
objetivando uma atuação em conformidade com nossos compromissos de SMS e de
acordo com a legislação.
5.1 Requisitos de Segurança
• A execução da inspeção será mediante Permissão de Trabalho. Verificar se as
atividades de manutenção em paralelo não oferecem risco durante a inspeção;
• Observar cuidados adequados com manuseio de materiais a fim de evitar quedas
sobre os pés;
• Eliminar os esforços físicos inadequados;
• Evitar lesão pessoal por corpo estranho nos olhos, cortes, ferimentos e impactos de
objetos no crânio e batidas contra equipamentos;
• Evitar impactos de partículas volantes nos olhos;
• Minimizar os efeitos do ruído que poderá estar presente no ambiente de trabalho;
4. PO – 020/00
PROCEDIMENTO PARA ENSAIO
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• Eliminar quedas em movimentação em altura.
5.2 Medidas Preventivas
• Óculos de segurança com protetor lateral;
• Protetor Auricular;
• Sapato de segurança com biqueira;
• Capacete;
• Luvas mistas (de raspa ou vaqueta);
• Cinto de segurança tipo pára-quedista com duplo talabarte;
• Placas de advertência sobre E.P.I.’s necessários no local;
5.3 Requisitos de Meio Ambiente
• Deverá ser promovida a prevenção da poluição, usando a filosofia de melhoria
contínua, o atendimento à legislação e às normas ambientais;
• Em caso de geração de resíduos o descarte adequado imediato para material
metálico é em recipiente amarelo para o armazenamento temporário até a
determinação do envio para reciclagem.
6 CONDIÇÃO SUPERFICIAL
6.1 Estado das superfícies
6.1.1 Juntas preparadas para soldagem – as superfícies a serem ensaiadas deverão estar
isentas de óleo, graxa, carepas, corrosão, tinta e outros resíduos que possam
interferir na qualidade da solda. O verniz de proteção dos biséis não necessita ser
removido desde que o método de aplicação e a marca comercial estejam
qualificados no procedimento de soldagem, ou se é desejada a permanência para
qualificação de procedimentos. Irregularidades resultantes do oxicorte ou do corte
com eletrodos de carvão devem ser removidas, bem como os resíduos de carbono e
escórias. O grau de rugosidade máximo será igual a 2, conforme padrão AWS C4.1 –
77. Além dos biséis, uma faixa de no mínimo 20 mm para cada lado do chanfro deve
estar limpa;
6.1.2 Juntas soldadas – as superfícies a serem ensaiadas e uma faixa de 20 mm para
cada lado deverão estar isentas de escórias, corrosões, respingos, aberturas de
arco, graxa, óleo, tinta, etc.
7 MÉTODO DE PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE
7.1 As superfícies dos biséis e das juntas soldadas serão preparadas por
esmerilhamento ou escovamento, jateamento ou limpeza química conforme a Tabela
1, atendendo aos requisitos de estado da superfície detalhado no item 6.1;
5. PO – 020/00
PROCEDIMENTO PARA ENSAIO
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7.2 Quando o material a ser preparado for aço inoxidável austenítico e ligas de níquel, as
ferramentas e produtos devem atender aos seguintes requisitos:
• Ser de aço inoxidável ou revestida com este material;
• Os discos de corte e/ou desbaste devem ter a alma de nylon;
• Os produtos solventes não devem conter frações de elementos contaminantes (cloro
e flúor para aços inoxidáveis austeníticos e titânio, e enxofre para as ligas à base de
níquel), acima dos limites estabelecidos pelo ASME Section V – Art. 6.
Tabela 1 – Padrões de Limpeza
ESTADO INICIAL DA SUPERFÍCIE PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE
Tipo
Classificação
ISO 8501-1-98
Tipo de
Preparação
Padrão Mínimo
ISO 8501-1-98
Padrão Mínimo
Requerido
Solda com escória --
Esmerilhamento
ou Escovamento
-- Livre de Escória
Tubo ou chapa com
carepa de laminação
A / B Jateamento A As 2 ½ Livre de Carepa
Tubo ou chapa com
oxidação
C ou D Escovamento C St3 ou D St3 --
Superfície com graxa,
óleo, tinta e etc..
--
Limpeza química
com solvente,
raspagem e etc..
-- Limpa
Chanfro para soldagem -- Esmerilhamento --
Ao metal
brilhante
8 ILUMINAÇÃO
8.1 A iluminação pode ser natural ou artificial com o auxílio de lâmpadas ou lanternas;
8.2 Sempre que possível, a luz deve incidir de forma perpendicular em relação à
superfície a ser ensaiada. Para a identificação e/ou realce da descontinuidade
podem ser adotados ângulos de incidência de luz que proporcionem contraste
adequado as irregularidades;
8.3 A luminosidade mínima a ser mantida durante o ensaio deve ser de 1000 lux. A
intensidade deve ser verificada na superfície a ser ensaiada utilizando-se um
luxímetro calibrado.
9 INSTRUMENTOS
9.1 Para o ensaio dimensional de juntas preparadas para soldagem e de juntas soldadas
podem ser utilizados os seguintes instrumentos:
• Calibre de desalinhamento (High-low);
• Calibre de solda múltiplas funções – padrão FBTS ou similar (conforme Figura 1);
• Alicate Volt-Amperímetro;
• Paquímetro;
6. PO – 020/00
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• Goniômetro;
• Calibre para verificação da abertura da raiz;
• Gabaritos específicos a configurações típicas;
• Escala;
• Trena.
Figura 1 – Modelo de Calibre de múltiplas funções.
9.2 Para o ensaio visual podem ser utilizados os seguintes instrumentos:
• Lupa com dioptria até 2,5 vezes;
• Espelho de face plana ou côncava, com ou sem haste de extensão.
10 MÉTODO DE ENSAIO
10.1 O ensaio visual deve ser realizado pelo método direto. Para o método direto o
inspetor deve ter um acesso visual à superfície em exame para que a vista se
localize à uma distância máxima de 600 mm, e a um ângulo de observação de, no
mínimo, 30 graus em relação à superfície ensaiada, conforme figura 2. Espelhos
podem ser utilizados para melhorar o ângulo de visão e lupas podem ser utilizadas
para ajudar na visualização;
Figura 2 – Campo de Visão.
7. PO – 020/00
PROCEDIMENTO PARA ENSAIO
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10.2 Caso o acesso visual à superfície não permita o exame visual direto, conforme item
10.1, o ensaio visual remoto pode ser utilizado, devendo ser qualificado um
procedimento detalhando a técnica, instrumentos e equipamentos a serem utilizados.
11 SEQÜÊNCIA DE REALIZAÇÃO DO ENSAIO
11.1 Verificar se o metal de base esta de acordo com o especificado, para os casos de
aços inoxidáveis, aços ligas, ligas de cobre, ligas patenteadas e níquel, deve ser
realizada a conferência dos mesmos conforme o procedimento “PO 018 –
Procedimento de Identificação de Ligas Metálicas e Metais”.
11.2 Verificar se a preparação e limpeza da superfície são adequadas;
11.3 Verificar se a intensidade luminosa na superfície a ser ensaiada é satisfatória;
11.4 Identificar a IEIS aplicável ao serviço realizado;
11.5 Efetuar a inspeção visual e dimensional da junta preparada para a soldagem,
verificando as dimensões, variáveis e tolerâncias estabelecidas nas instruções de
execução e inspeção de soldagem (IEIS) aplicável, quanto a:
• Ângulo do bisel;
• Ângulo do chanfro;
• Abertura da raiz;
• Altura da face da raiz;
• Profundidade de preparação;
• Desalinhamento;
• Dupla laminação;
• Rugosidade excessiva;
• Pontos e estados de corrosão;
• Pré-aquecimento (quando aplicável).
11.6 Durante a soldagem efetuar a verificação das variáveis de soldagem estabelecidas
nas instruções de execução e inspeção de soldagem (IEIS) aplicáveis, quanto a:
• Processos utilizados na raiz, enchimento e acabamento;
• Classificação e diâmetro do consumível;
• Faixas de espessura e diâmetro qualificadas;
• Posição e progressão da soldagem;
• Polaridade, corrente e tensão;
• Vazão de gás (quando aplicável);
• Temperatura Interpasse (quando aplicável);
• Pós Aquecimento (quando aplicável).
8. PO – 020/00
PROCEDIMENTO PARA ENSAIO
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11.7 Efetuar a inspeção visual e dimensional da junta soldada, observando a existência de
descontinuidades inaceitáveis e verificando as dimensões e tolerâncias
estabelecidas nos documentos de referência, tais como:
• Abertura de arco;
• Trincas;
• Falta de fusão;
• Falta de penetração;
• Crateras;
• Ângulo excessivo de reforço;
• Concavidade;
• Concavidade excessiva;
• Convexidade excessiva;
• Embicamento;
• Mordedura;
• Mordedura na raiz;
• Penetração excessiva;
• Perfuração;
• Poro superficial;
• Rechupe de cratera;
• Reforço excessivo;
• Respingos;
• Sobreposição;
• Solda em ângulo assimétrico;
• Deformação angular;
• Deposição insuficiente.
11.8 Registrar e avaliar as indicações conforme itens 13 e 14 deste procedimento;
12 QUALIFICAÇÃO DE PESSOAL
O ensaio visual deve ser executado por um inspetor qualificado e certificado pela
ABENDI segundo os requisitos do Sistema Nacional de Qualificação e Certificação
de Pessoal em Ensaios Não Destrutivos (SNQC/END) como EV-N2-S conforme a
Norma ABENDE NA-001 ou pela FBTS segundo os requisitos do Sistema Nacional
de Qualificação e Certificação de Pessoal em Inspeção de Soldagem (SNQC/IS)
como IS-N1 ou IS-N2 conforme a norma ABNT NBR 14482.
13 SISTEMÁTICA DE REGISTROS DOS RESULTADOS
13.1 As áreas inspecionadas serão identificadas através de croqui anexado ao relatório,
com as referências necessárias para que seja possível correlacionar o local ensaiado
e a posição das descontinuidades detectadas, com o relatório e vice-versa;
9. PO – 020/00
PROCEDIMENTO PARA ENSAIO
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13.2 As descontinuidades inaceitáveis pelos critérios de aceitação aplicáveis serão
indicadas com giz de cera, marcador industrial ou pincel atômico na própria peça;
13.3 O formulário para o registro dos resultados do ensaio visual será o FPO1-020;
13.4 Durante as etapas de preparação, soldagem e na inspeção visual, todas as Não
Conformidades detectadas deverão ser tratadas conforme o procedimento “PG 011 –
Procedimento de Tratamento de Não Conformidade, Ação Corretiva e Preventiva”.
14 CRITÉRIO DE REGISTRO E ACEITAÇÃO DE DESCONTINUIDADES
14.1 As descontinuidades detectadas serão avaliadas conforme os critérios da norma de
projeto ou ainda conforme determinado pelo setor de engenharia responsável;
14.2 API Standard 650 – Tanques de Armazenamento
14.3 Para o ensaio visual em tanques de armazenamento, conforme API 650, o critério de
aceitação será conforme as Tabelas 2 e 3 e os sub-item 14.3.1:
Tabela 2 - Altura máxima de reforço para ambos os lados das juntas não pode exceder
Espessuras Soldas verticais Soldas horizontais
Menor que ½ 3/32 (2,5 mm) 1/8 (3,2 mm)
Entre ½ e 1” 1/8 (3,2 mm) 3/16 (4,8 mm)
Maior que 1” 3/16 (4,8 mm) ¼ (6,4 mm)
Tabela 3 - Tolerância para desalinhamento conforme API Standard 650
Juntas Verticais Juntas Horizontais
Espessura do metal de base Tolerância Espessura do metal de base Tolerância
Menor ou igual
a 16 mm
Menor ou igual
a 1,5 mm
Menor ou igual
a 8 mm
Menor ou igual
a 1,5 mm
Maior que 16 mm
10% da espessura
ou 3 mm
(o que for menor)
Maior que 8 mm
20% da espessura
ou 3 mm
(o que for menor)
14.3.1 CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO PATA TANQUES DE ARMAZENAMENTO,
CONFORME API 650
a) As soldas devem apresentar fusão completa e penetração completa;
b) As soldas devem estar livres de trincas de crateras ou quaisquer outras trincas;
c) Não pode haver abertura de arco na solda ou metal adjacente á solda;
d) Mordeduras:
d1) Para juntas verticais, a profundidade máxima das mordeduras deve ser de 0,4 mm;
d2) Para juntas horizontais a profundidade máxima deve ser de 0,8 mm;
d3) Para os demais tipos de juntas, a profundidade deve ser de 0,4 mm;
e) Porosidade: a freqüência de porosidade superficial não deve exceder uma
aglomeração (um ou mais poros) em qualquer comprimento de 100 mm e o diâmetro
de cada aglomeração não deve exceder a 2,5 mm.
10. PO – 020/00
PROCEDIMENTO PARA ENSAIO
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14.4 ASME B31.3 – Tubulações de Processo
Para o ensaio visual de soldas em tubulações de processo, conforme a norma ASME
B31.3, o critério de aceitação de descontinuidades será conforme a Tabela 4:
Tabela 4 – Critério de Aceitação da norma ASME B31.3.
Notas:
1- A informação sobre o tipo de tubulação (normal, fluido D ou esforços cíclicos deve
ser indicada no desenho ou no plano de inspeção).
11. PO – 020/00
PROCEDIMENTO PARA ENSAIO
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2- O critério da Tabela 2 contempla as descontinuidades normalmente detectadas pelo
ensaio visual. As descontinuidades citadas são detectadas, normalmente, por um ou
outro método de END. Esta detecção pode variar em função do tipo de
descontinuidade e do acesso. A seguir são listados os métodos normalmente
utilizados para a avaliação conforme listado na tabela 341.3.2 da norma ASME B31.3
e que devem ser consideradas na avaliação das descontinuidades.
(a) Trincas – Ensaio Visual, radiografia, partículas magnéticas e líquido penetrante;
(b) Falta de Fusão – Ensaio Visual e Radiografia;
(c) Falta de Penetração – Ensaio Visual e Radiografia;
(d) Mordeduras – Ensaio Visual e Radiografia;
(e) Porosidades – Ensaio Visual.
14.5 ASME Seção VIII Divisão 1 - Vasos de Pressão
Para o ensaio visual de soldas em vasos de pressão, conforme a norma ASME
Seção VIII Divisão 1, o critério de aceitação de descontinuidades será conforme a
Tabela 5 e os sub-itens 14.5.1 e 14.5.2:
Tabela 5 – Tolerâncias para desalinhamento e reforços para vasos de pressão conforme ASME VIII Div. 1.
TOLERÂNCIA PARA DESALINHAMENTO TOLERÂNCIA PARA REFORÇO DA SOLDA
ASME SEÇÃO VIII DIVISÃO 1 ASME SEÇÃO VIII DIVISÃO 1
Categoria da junta (mm)
Espessura nominal
do metal de base
(mm)
Espessura
nominal do metal
de base (mm)
Juntas de topo
categoria B e C
(mm)
Outras
soldas
A B, C e D (mm)
0,8
2,4
e ≤ 13 ¼ e ¼ e e < 2,4
13 < e ≤ 19 3 ¼ e 2,4 ≤ e ≤ 4,8 3,2 1,6
19 < e ≤ 38 3 5 4,8 < e ≤ 13 4,0 2,4
38 < e ≤ 51 3 1/8 e 13 < e ≤ 25 4,8 2,4
25 < e ≤ 51 5 3,2
51 < e ≤ 76 6 4
76 < e ≤ 102 6 6
1/16e ou 10 1/8e ou 19
102 < e ≤ 127 6 6
51 < e
(o menor) (o menor)
127 < e 8 8
Notas:
1- e = espessura nominal do membro mais fino da junta;
2- Qualquer desalinhamento dentro das tolerâncias acima deve ser chanfrado a razão
de 3:1, ou seja a extensão “I” (incluindo a solda) deves ser maior ou igual a três
vezes o desalinhamento “y”, conforme mostra a Figura 3.
Figura 3 – Croqui de desalinhamento.
12. PO – 020/00
PROCEDIMENTO PARA ENSAIO
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14.5.1 REDUÇÃO DA ESPESSURA
A redução da espessura é aceitável desde que não exceda 1mm ou 10% da
espessura do componente (o que for menor) e que a espessura remanescente seja
maior que a mínima especificadas para o material, mordeduras são consideradas
como reduções de espessura;
14.5.2 DESCONTINUIDADES
• As juntas de topo devem ter penetração total e fusão completa. Descontinuidades
superficiais são permitidas desde que não comprometam a interpretação do ensaio
radiográfico ou outros ensaios não destrutivos requeridos;
• As soldas de ângulo devem ter penetração total e fusão completa. A redução da
espessura na margem da solda deve atender os requisitos descritos em 14.5.1;
• Concavidades causadas pelo processo de soldagem do lado da raiz em uma solda
circunferencial de topo são permitidas se a espessura resultante na solda for maior
que a espessura do componente mais fino e o contorno da concavidade for suave;
• Trincas não são permitidas.
14.6 AWS D1.1 - Estruturas Metálicas
Para o ensaio visual de estruturas metálicas, conforme a norma AWS D1.1, o critério
de aceitação será conforme Tabela 6 e os sub-itens 14.6.1 a 14.6.7:
Tabela 6 – Critério de Aceitação para Estruturas Metálicas conforme AWS D1.1.
Critérios de Aceitação
Estruturas
estaticamente
carregadas
Estruturas
ciclicamente
carregadas
Juntas
Tubulares
(1)Trincas - A solda não deve apresentar trincas. X X X
(2) Fusão na solda e metal base – Deve exigir uma total fusão
entre as camadas de metal de solda e entre metal de solda e
metal de base.
X X X
(3) Rechupes de Cratera - Todos os Rechupes de cratera
devem estar preenchidos com solda para que o perfil da solda
esteja como especificado, exceto para o final de soldas em
ângulo intermitente situados fora de seu comprimento efetivo.
X X X
(4) Perfil das soldas - Os perfis das soldas devem estar de
acordo com a figuras 4(a) e (b) deste procedimento. Para soldas
de topo a altura máxima do reforço em ambos os lados das
juntas é de 3mm.
X X X
13. PO – 020/00
PROCEDIMENTO PARA ENSAIO
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(5) Tempo para execução do ensaio - O ensaio visual para
todos os aços pode ser realizado imediatamente após a
conclusão e resfriamento da solda. O critério de aceitação para
os aços ASTM A514, A517 e A709 Graus 100 e 100W, deve ser
baseado no ensaio visual realizado após pelo menos 48 horas
após a conclusão da solda.
X X X
(6) Variação dimensional de soldas em ângulo – A dimensão
de uma solda de filete em qualquer solda contínua pode ser
menor que a dimensão nominal (L) sem correção pelos seguintes
valores (U).
L U
Dimensão nominal da solda
especificada – mm (in)
Redução permitida
de “L” – mm (in)
≤ 5 (3/16”) ≤ 2 (1/16”)
6 (1/4”) ≤ 2,5 (3/32”)
≥ 8 (5/16”) ≤ 3 (1/8”)
Em todos os casos a porção de solda com dimensões abaixo do
especificado não deve exceder a 10% do comprimento de solda.
Em soldas de alma com flange (web-to-flange) em vigas mestres
(girdes), reduções (underrun) devem ser proibidas nos términos
para um comprimento igual a duas vezes a largura do flange.
X X X
(7) Mordeduras.
(a) Para materiais com espessura menor que 25mm (1”) as
mordeduras não devem exceder 1mm (1/32”), com as seguintes
exceções: as mordeduras não devem exceder a 2mm (1/16”)
para qualquer comprimento acumulado menor ou igual a 50mm
(2”) em qualquer 300mm (12”). Para materiais com espessura
maior ou igual a 25mm (1”), as mordeduras não devem exceder a
2mm (1/16”) para qualquer comprimento de solda.
X
(b) Em membros primários, mordeduras não devem exceder a
0,25mm (0,01”) de profundidade quando a solda for transversal
aos esforços de tensão (tensile stress), para quaisquer
condições de projeto. Mordeduras não devem exceder a 1mm
(1/32”) de profundidade para todas as outras situações.
X X
(8)Porosidade
(a) Juntas de topo com penetração total transversais aos
esforços de tração não devem ter porosidade visível. Para todas
as outras soldas em chanfro ou em ângulo, o somatório das
porosidades visíveis com 1mm (1/32”) ou mais de diâmetro, não
deve exceder a 10mm (3/8”) em qualquer 25mm (1”) de solda
linear e não deve ter mais que 19mm (3/4”) em qualquer 305mm
(12”) de solda.
X
(b) A quantidade de porosidade em juntas de ângulo não deve
exceder a uma a cada 100mm (4”) de solda e o diâmetro máximo
não deve exceder a 2mm (3/32”).
X X
(c) Juntas de topo com penetração total transversais aos
esforços de tração não devem ter porosidade visível. Para todas
as outras soldas em chanfro a quantidade de porosidade não
deve exceder a uma a cada 100mm (4”) de solda e o diâmetro
máximo não deve exceder a 2mm (3/32”).
X X
Obs.: “X” indica que o critério é aplicável e o quadro em branco indica que o critério não é aplicável.
14. PO – 020/00
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14.6.1 PERFIL DA SOLDA (CONFORME ITEM 5.24 DA NORMA AWS D1.1)
Todas as soldas, exceto quando outra forma for permitida devem estar isentas de
trincas, sobreposições ou perfis inaceitáveis, conforme figuras 4(C), (d) e (e);
14.6.2 Solda de Filete – As faces das soldas de filete podem ser levemente conexas, planas
ou levemente côncavas como mostram as figuras 4 (A) e (B). A Figura 4 (C) apresenta
típicas faces de solda inaceitáveis;
Figura 4(A) Perfis de soldas desejáveis (B) Perfis de soldas aceitáveis.
Nota 1: A Convexidade “C”, de uma solda ou superfície individual de um filete com dimensão
“W” não deve exceder aos valores da tabela 7.
Tabela 7 – Convexidade máxima permitida para determinadas dimensões de soldas.
Largura da Face da solda ou da superfície individual Máxima convexidade
do filete (W) (C)
W ≤ 8mm (5/16”) 2mm (1/16”)
W > 8mm (5/16”) até W < 25mm (1”) 3mm (1/8”)
W ≥ 25mm (1”) 5mm ( 3/16”)
Figura 4(C) Perfis de soldas de filete inaceitáveis.
14.6.3 Soldas Intermitentes – Exceto para mordeduras, como permitido pelo código, os
requerimentos de perfil de solda da Figura 4(A) e (B) não devem ser aplicados para
finais de soldas intermitentes fora do seu comprimento efetivo;
15. PO – 020/00
PROCEDIMENTO PARA ENSAIO
VISUAL DE SOLDA
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14.6.4 Convexidade – Exceto para soldas externas em juntas de quina (corner joints), a
convexidade “C” de uma solda ou da superfície de um cordão individual não deve
exceder aos valores dados na Tabela 7;
14.6.5 Soldagem em chanfro ou de topo – A soldagem em chanfro deve ser feita com um
mínimo de reforço na face, exceto quando especificado em outra norma. No caso de
juntas de topo ou de quina, a face do reforço não deve exceder a 3mm (1/8”). Todas
as soldas devem ter uma transição gradual entre o metal de base e a solda, com áreas
de transição livres de mordedura, exceto como permitido por esse código. A figura
4(D) mostra perfis típicos de soldas em chanfro de juntas de topo aceitáveis. A Figura
4(E) mostra perfis típicos de soldas em chanfro de juntas de topo inaceitáveis;
Figura 4 (D) Perfis aceitáveis de soldas em chanfro de juntas de topo.
Nota 2: O reforço “R” não deve exceder a 3mm (1/8”).
Figura 4 (E) Perfis inaceitáveis de soldas em chanfro de juntas de topo.
14.6.6 Superfícies lisas (Reforço Usinado) – Juntas de topo que requerem acabamento liso
devem ser acabadas de forma a não reduzir a espessura mais fina do metal de base
ou do metal de solda em mais do que 1mm (1/32”), ou 5% da espessura do material, a
qual for menor. Reforço remanescente não deve exceder a 1mm (1/32”) em altura.
Entretanto todo o reforço deve ser removido onde a solda forma parte de uma
superfície sobreposta ou de contato. Todo reforço deve ser removido de modo a deixar
a área de transição entre a chapa e a solda, lisa e livre de mordeduras;
14.6.7 Métodos de acabamento e valores – Rebarbação e goivagem podem ser usados
providenciando que sejam seguidos de esmerilhamento. Onde superfícies acabadas
são requeridas, os valores de rugosidade (ver ASME B46.1) não devem exceder a 6,3
µm (250 micro polegadas) e devem ser acabadas paralelas a direção da tensão
16. PO – 020/00
PROCEDIMENTO PARA ENSAIO
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primária. Superfícies preparadas para valores de 3,2 µm (125 micro polegadas) podem
ser acabadas em qualquer direção.