O que é uma Pesquisa Bibliográfica? De que modo ela se confunde com a Revisão Bibliográfica e de Literatura? Quais suas principais etapas, vantagens e desvantagens?
1. C L Á U D I A A L V E S D A S I L V A
J A I L M A N U N E S V . D E O L I V E I R A
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM EDUCAÇÃO (POSEDUC) - 2014
COMPONENTE CURRICULAR: PESQUISA EM EDUCAÇÃO
DISCENTES: GILSON RICARDO E MARIA DA CONCEIÇÃO
SEMINÁRIO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO
11/12/2014
2. O ESTUDO COMO PESQUISA
Deficiências de preparo básico;
Exigência de uma maior autonomia na
efetivação da aprendizagem;
Postura de auto-atividade didática crítica e
rigorosa.
Projeto de trabalho individualizado para obter os
instrumentos necessários.
Percepção de que faz parte de uma
comunidade viva e não apenas um anônimo na
sala de aula.
3. O ESTUDO COMO PESQUISA
SERÁ QUE O ESTUDANTE SABE LER BEM?
SABE DECIDIR SOBRE O QUE DEVE SER LEMBRADO?
CONSEGUE IDENTIFICAR AS IDEIAS CENTRAIS
EXPOSTAS PELO AUTOR?
O QUE FAZ QUANDO COMEÇA A LER UM TEXTO
PELA PRIMEIRA VEZ?
O QUE FAZ QUANDO TERMINA DE LÊ-LO?
Identificar fraquezas e a busca do
crescimento.
4. O ESTUDO COMO PESQUISA
“[...] o estudo aparece para o aluno como forma de
pesquisa, apresentado comumente nas
modalidades de pesquisa bibliográfica e pesquisa
documental. Tais métodos são caminhos para
orientar o trabalho acadêmico para um saber
sempre mais, ‘para uma incorporação rica de
informações, a fim de que, no domínio desse
conhecimento, possa pensar globalmente a
realidade e analisá-la com rigor e crítica’”
(Carvalho, 1997, p. 99 apud Martins, 2010, p. 138).
5. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
A pesquisa bibliográfica leva ao aprendizado sobre
uma determinada área.
Ideia de que se trata de um estudo de textos
impressos. É procurar no âmbito dos livros e
documentos escritos as informações necessárias
para progredir no estudo de um tema de interesse.
ETIMOLOGIA: BIBLIO = LIVRO / GRAFIA = ESCRITA
6. DIFERENCIANDO PESQUISA
BIBLIOGRÁFICA
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
“Leituras iniciais, que
visam arregimentar
informações, entender
mais detalhadamente o
assunto, para auxiliar na
proposição da pesquisa,
definição do problema e
objetivos”
(MICHEL 2009, p. 41)
REVISÃO DE LITERATURA
“Tipo de trabalho
monográfico, cujo
propósito é buscar o
estado da arte do assunto,
aumentar o conhecimento
do pesquisador no tema.
Ou seja, o seu propósito é
verificar o estágio teórico
em que o assunto se
encontra no momento
atual, com o propósito de
levantar suas novas
abordagens, visões,
aplicações, atualizações”
7. ESTUDO EXPLORATÓRIO OU PESQUISA
BIBLIOGRÁFICA
• “Pode ser considerado uma forma de pesquisa, na
medida em que se caracteriza pela busca,
recorrente a documentos, de uma resposta a uma
dúvida, uma lacuna de conhecimento. Esse tipo
de pesquisa procura explicar um problema a partir
de referências teóricas publicadas em
documentos, dispensando a elaboração de
hipóteses” (MICHEL 2009, p. 40)
8. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
“É um conjunto de materiais escritos/gravados,
mecânica ou eletronicamente, que contêm
informações já elaboradas e publicadas por
outros autores [...] são fontes bibliográficas os
livros (de leitura corrente ou de referências , tais
como dicionários, enciclopédias, anuários etc.),
as publicações periódicas (jornais, revistas,
panfletos etc.), fitas gravadas de áudio e vídeo,
páginas de web sites, relatórios de
simpósios/seminários, anais de congressos etc. a
utilização total ou parcial de quaisquer destas
fontes é o que caracteriza uma pesquisa como
bibliográfica”. (SANTOS 2001, p. 29).
9. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
É necessário conhecer as
fontes e os métodos para
se chegar mais
rapidamente e com
segurança à informação
desejada. E um método
eficiente é a pesquisa
bibliográfica.
Todas as áreas de pesquisa,
independentemente de sua
classificação, supõem e
exigem uma pesquisa
bibliográfica prévia.
Visa ao levantamento
dos trabalhos realizados
sobre o tema estudado
no momento; pode
identificar e selecionar os
métodos e técnicas a
serem utilizados, para
coletar dados gerais ou
específicos, além de
fornecer subsídios para a
redação da introdução e
revisão da literatura.
10. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
IMPORTANTE
Consideradas as limitações, é interessante que o
estudante adquira livros e revistas especializadas em
sua área de estudo a fim de complementar e
fundamentar sua formação.
Os livros recomendados pelo professor da disciplina
também é uma forma de pesquisa bibliográfica
circunstancial, verificando quais são interessantes
para aquisição e compor a sua biblioteca particular.
11. FASES DA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Segundo Marconi e Lakatos (2010), há 8 fases:
1. Escolha do tema
2. Elaboração do plano
de trabalho
3. Identificação
4. Localização
5. Compilação
6. Fichamento
7. Análise e
interpretação
8. Redação
12. FATORES NA ESCOLHA DO TEMA
INTERNOS:
Selecionar um assunto de
acordo com as inclinações
de quem se propõe a
elaborar um trabalho
científico;
Optar por um assunto
compatível com as
qualificações pessoais;
Encontrar um objeto que
mereça ser investigado
cientificamente e tenha
condições de ser formulado e
delimitado em função da
pesquisa.
EXTERNOS:
A disponibilidade do tempo para
realizar uma pesquisa completa
e aprofundada;
A existência de obras pertinentes
ao assunto em número suficiente
para o estudo global do tema;
Consultar especialistas da área,
para uma orientação tanto na
escolha quanto na análise e
interpretação da
documentação específica.
13. ELABORAÇÃO DO PLANO DE
TRABALHO
• Sempre se começa com um referencial mínimo,
constituído a partir dos livros que consultou para
decidir pelo tema e mediante a anotação da
própria bibliografia que é apresentada nesses
livros.
• De posse dessa bibliografia mínima começa a
fase da pesquisa bibliográfica propriamente dita.
Nesse tipo de pesquisa, independentemente do
tema escolhido, o aluno não escapa de ter que
procurar por obras a partir dos conceitos
escolhidos, bem como de outros que advirão
dessa própria busca.
14. IDENTIFICAÇÃO/
LOCALIZAÇÃO/COMPILAÇÃO
Após identificados e
localizados os materiais a
serem estudados, é preciso
compilá-los de forma a
selecionar aqueles que
servirão para o trabalho.
Buscar nos livros, em seus
sumários; resumos de
artigos etc.; de modo que
seja feita uma primeira
leitura que auxilie a decidir
o que permanece e o que
será eliminado.
Após essa localização –
coleta do material, não é
preciso ler todos eles, mas
com base naquilo que é
pertinente, selecionar o que
pode ser útil. Tal estratégia
viabiliza a pesquisa em
bibliotecas, já que não será
possível levar para casa todos
os títulos encontrados.
Ainda, permite saber quais
capítulos pode-se fotocopiar;
que obras esgotadas pode-se
obter etc.
15. FICHAMENTO
• “A ficha, sendo de fácil manipulação, permite a
ordenação do assunto, ocupa pouco espaço e
pode ser transportada de um lugar para outro. Até
certo ponto, leva o indivíduo a por ordem no seu
material. Possibilita ainda uma seleção constante
da documentação e de seu ordenamento”
(Marconi e Lakatos, 2010, p. 30).
• Enquanto estiver lendo e colocando as marcas no
texto, o aluno deve ir, simultaneamente, fichando o
texto, e anotando aqueles grifos que entender
importantes e que deverão ser utilizados na
redação.
16. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO
• “A primeira fase da análise e da interpretação é a
crítica do material bibliográfico, sendo considerado um
juízo de valor sobre determinado material científico.
Divide-se em crítica externa e interna” (Marconi e
Lakatos, 2010, p. 30).
• “A crítica externa é feita sobre ‘o significado, a
importância e o valor histórico de um documento,
considerado em si mesmo e em função do trabalho que
está sendo elaborado [sua tradução]’” (idem).
Abrange:
a) crítica do texto;
b) crítica da autenticidade;
c) crítica da proveniência.
17. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO
“A crítica interna é aquela que aprecia o sentido e o
valor do conteúdo” (Marconi e Lakatos, 2010, p. 31).
Compreende:
a) crítica de interpretação ou hermenêutica (qual o
sentido que o autor quis exprimir, os problemas colocados
e as soluções propostas);
b) crítica do valor interno do conteúdo (juízo sobre a
autoridade do autor e o valor que representa o trabalho
e as ideias nele contidas).
• Segunda fase (decomposição dos elementos essenciais
e sua classificação); Terceira fase (generalização) e
Quarta fase (análise crítica).
• “Finalmente, a interpretação exige a comprovação ou
refutação das hipóteses. Ambas só podem ocorrer com
base nos dados coletados” (idem).
18. REDAÇÃO
A redação da pesquisa bibliográfica varia de
acordo com o tipo de trabalho científico que
se deseja apresentar, o que pode ser uma
monografia, um artigo científico, um
memorial, ou outros.
19. VANTAGENS E DESVANTAGENS
A pesquisa bibliográfica é fundamentada nos conhecimentos
de biblioteconomia, documentação e bibliografia. Sua
finalidade é colocar o pesquisador em contato com o que já
se produziu e registrou a respeito do seu tema de pesquisa.
• A principal vantagem é por permitir ao investigador a
cobertura ampliada de fenômenos, principalmente
quando a pesquisa requer dados dispersos pelo espaço
e indispensável para realização de estudos históricos.
• A principal desvantagem advém do perigo de se obter
informações equivocadas ou errôneas. Pode ser sanado
buscando-se o maior número de fontes possíveis e
realizando a análise e interpretação sérias.
20. FONTES CONSULTADAS
• MARCONI, Marina de A. e LAKATOS, Eva Maria.
Pesquisa bibliográfica e resumos. In: Fundamentos
de metodologia científica. 7ª edição – São Paulo:
Atlas, 2010, p. 26-56.
• MARTINS, Rosilda Baron. Metodologia Científica –
como tornar mais agradável a elaboração de
trabalhos acadêmicos. 1ª ed. (2004) 5ª reimp.
Curitiba: Juruá, 2010. 278 p.
• Comparação com outros dois métodos. Disponível
em: <http://pesquisabibliografica.blogspot.com.br/2004/06/comparao-
com-outros-dois-mtodos.html> Acesso em 23 nov. 2014
21. FONTES CONSULTADAS
• MICHEL, Maria Helena. Metodologia e pesquisa
científica em Ciências Sociais. 2.ed. São Paulo:
Atlas, 2009.
• SANTOS, Antônio Raimundo dos. Metodologia
científica: a construção do conhecimento. 2 ed. –
Rio de Janeiro: DP&A editora, 2001.