2. HISTÓRIA ENSINO MÉDIO
Ronaldo Vainfas; Sheila de Castro Faria; Jorge Ferreira;
Georgina dos Santos – 1º ano ensino médio
3. HISTÓRIA ENSINO MÉDIO| Volume 1 – 4º Bimestre
Unidade 5 – A Colonização nos tempos do Mercantilismo
NESSA UNIDADE:
● América Espanhola
● A exploração dos indígenas
● Império colonial português
● Engenhos e escravos no Brasil
● A Nova Inglaterra
● O tabaco da Virgínia
● Os quacres na Pensilvânia
● O Mercantilismo
● África escravista
● O tráfico africano
4. HISTÓRIA ENSINO MÉDIO| Volume 1 – 4º Bimestre
CAPÍTULO 16 – MECANISMOS DE EXPLORAÇÃO COLONIAL NA AMÉRICA
ALBUM
ART/LATINSTOCK
Nesta fonte indígena, os espanhóis foram representados como os organizadores do
trabalho agrícola e artesanal, mostrando que eles tinham consciência da situação colonial
imposta pelos conquistadores. Detalhe de página do códice de Osuna, 1563. Biblioteca
Nacional, Madri, Espanha.
• Conquista da América Espanhola – grandes fluxos
de ouro indo para a Europa
• Adelantados - espanhóis a quem a coroa confiava
terras nas colônias
Sistemas de Trabalho
• Repartimiento – acordo entre funcionários reais e
donos de terras nas colônias
• Mita – uso de mão de obra indígena na
mineração e na agricultura
5. HISTÓRIA ENSINO MÉDIO| Volume 1 – 4º Bimestre
CAPÍTULO 16 – MECANISMOS DE EXPLORAÇÃO COLONIAL NA AMÉRICA
CONTROLE E MONOPÓLIO
PORTAL
DOS
MAPAS
Fonte: Atlas da história do mundo. São Paulo: Folha da Manhã, 1995.
• Estabelecimento de uma forte máquina
administrativa e fiscal – Vice Reinos
• Vice Reinado de Nova Espanha (1535)
• Vice Reinado do Peru (1544)
• Também foram criados territórios com um forte
caráter militar
• Capitania Geral do Chile
• Capitania Geral da Venezuela
Criação do Regime de Porto Único - Sevilha
6. HISTÓRIA ENSINO MÉDIO| Volume 1 – 4º Bimestre
CAPÍTULO 16 – MECANISMOS DE EXPLORAÇÃO COLONIAL NA AMÉRICA
AÇÚCAR E ESCRAVIDÃO NO BRASIL COLÔNIA
GEORG
MARCGRAF.
SÉCULO
XVII.
Gravura de Willem Piso e Georg Markgraf, publicada na obra Historia Naturalis
Brasiliae, em 1648. Coleção particular.
Período Pré-Colonial (1500-1530)
• Exploração do pau-brasil
• Constantes incursões de reinos estrangeiros – França
• Contato com índios para contrabandear o pau-brasil
Período Colonial (1530-1822)
• Efetivação do domínio português sobre o território
brasileiro
• Produção de gêneros agrários para exportação - açúcar
7. HISTÓRIA ENSINO MÉDIO| Volume 1 – 4º Bimestre
CAPÍTULO 16 – MECANISMOS DE EXPLORAÇÃO COLONIAL NA AMÉRICA
O MUNDO DOS ENGENHOS E DOS ESCRAVOS
JOHANN
MORITZ
RUGENDAS.
O
NAVIO
NEGREIRO,
1835
Em O navio negreiro, de 1835, Johann Moritz Rugendas apresenta cenas comuns nos
navios negreiros, então chamados de tumbeiros: um negro morto ou doente é carregado
por tripulantes, enquanto outro recebe água de um púcaro. Convém notar, ainda, que há
mais homens do que mulheres no porão. Assim era a demografia do tráfico: 2 ou 3
homens para cada mulher transportada para as Américas. Coleção particular.
Engenho – principal unidade produtiva
• Uso abundante da mão de obra escrava africana
ou indígena
• Não era uma unidade autossuficiente – comprava
alimentos de pequenos lavradores
Escravos – principal mão de obra
• Indígenas – primeira opção de mão de obra
• Negros africanos – escolha preferencial
• Eram vendidos na África por tribos litorâneas em
troca de aguardente e fumo
8. HISTÓRIA ENSINO MÉDIO| Volume 1 – 4º Bimestre
CAPÍTULO 16 – MECANISMOS DE EXPLORAÇÃO COLONIAL NA AMÉRICA
COLÔNIAS DA AMÉRICA DO NORTE
BERNARD
FINEGAN
GRIBBLE.
THE
DEPARTURE
OF
THE
PILGRIM
FATHERS.
C.1940.
A viagem do navio Mayflower (flor de maio) é um mito na história dos Estados Unidos.
Nele teriam partido da Inglaterra os puritanos comandados pelo capitão Christopher
Jones. Após 66 dias no mar, alcançaram o rio Hudson, desembarcando na terra da futura
Nova York. Passaram o inverno no navio e seguiram para o norte, onde fundaram
Plymouth. Foi o começo da Nova Inglaterra. Gravura de Bernard Gribble, c. 1940.
Coleção particular.
Colônias da América do Norte – clima temperado
em sua maior parte
• Colônias de povoamento – Puritanos – vítimas de
perseguição religiosa na Inglaterra
• Século XVII – fundação das primeiras colônias
ultramarinas inglesas – Nova Inglaterra
• Todas as colônias possuíam um alto grau de
autonomia da metrópole – Negligência Salutar
• Comércio Triangular e surgimento de
manufaturas
9. HISTÓRIA ENSINO MÉDIO| Volume 1 – 4º Bimestre
CAPÍTULO 16 – MECANISMOS DE EXPLORAÇÃO COLONIAL NA AMÉRICA
Sistema econômico da Idade Moderna
Baseado na compra e venda de produtos (Capitalismo Comercial)
• Acumulação de metais preciosos (Metalismo)
• Manutenção da balança comercial favorável
Exclusivo colonial
• Venda de matéria-prima para a metrópole
• Compra de produtos manufaturados da metrópole
• Metrópole definia o preço dos produtos
• Razão para o fortalecimento das nações coloniais europeias
O MERCANTILISMO
10. HISTÓRIA ENSINO MÉDIO| Volume 1 – 4º Bimestre
CAPÍTULO 17 – A COLONIZAÇÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA
LOPO
HOMEM.
TERRA
BRASILIS.
1515-19.
O mapa Terra Brasilis, de Lopo
Homem (1519), indica, com clareza,
o conhecimento que os portugueses
tinham da costa brasílica, bem
como a importância da extração do
pau-brasil. Departamento de Cartas
e Planos da Biblioteca Nacional da
França, Paris, França.
• 1500-1530 – Período Pré-Colonial
• Exploração do pau-brasil
• Troca de trabalho por bugigangas entre
portugueses e índios – escambo
• Relação amigável entre índios e portugueses
nesse momento
• Náufragos – marinheiros portugueses que se
recusavam a voltar para a metrópole
11. HISTÓRIA ENSINO MÉDIO| Volume 1 – 4º Bimestre
CAPÍTULO 17 – A COLONIZAÇÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
SIMONE
MATIAS
Fonte: Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: MEC, 1980. p. 16.
Necessidade de controlar e povoar o território
para evitar novas invasões estrangeiras
Capitanias Hereditárias:
Donatários tinham o dever de:
• Defender o território
• Aplicar a lei
• Arrecadação de impostos
Donatários tinham o direito de:
• Possuir vasta extensão de terra
• Deixar a terra para seu herdeiro
• Recebiam parte dos impostos
12. HISTÓRIA ENSINO MÉDIO| Volume 1 – 4º Bimestre
CAPÍTULO 17 – A COLONIZAÇÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA
GOVERNO GERAL
AUTORIA
DESCONHECIDA.
OLINDA
E
O
PORTO
DE
RECIFE.
C.1586.
Na imagem ao lado, de c. 1586,
Olinda e o porto de Recife. Biblioteca
da Ajuda, Lisboa, Portugal.
• O fracasso das Capitanias Hereditárias
conduziram ao surgimento do Governo Geral
• Criação do Governo Geral – centralização
administrativa e militar
• Bahia – primeira capital brasileira
• Divisão e hierarquização de funções – Capitão-
Mor, Provedor-Mor e Ouvidor-Mor
• Vinda de jesuítas
13. HISTÓRIA ENSINO MÉDIO| Volume 1 – 4º Bimestre
CAPÍTULO 17 – A COLONIZAÇÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA
INVASÕES ESTRANGEIRAS
ANDRÉ
THEVET.
ISLE
ET
FORT
DES
FRANÇOYS.
SÉCULO
XVI.
Ilha e forte dos franceses, gravura presente no livro de André
Thevet, Singularidades da França Antártica, século XVI. Os
franceses construíram o Forte Coligny na ilha que chamaram de
Villegagnon, em homenagem ao comandante da expedição
francesa que fundou a França Antártica. O forte foi conquistado
pelos portugueses em 1560, mas os franceses só foram expulsos
em 1567. Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro (RJ).
• França – principal interessada em povoar regiões
ignoradas do Brasil
França Antártica – Rio de Janeiro
• Aliança entre franceses e os índios Tamoios
• Conflito com os portugueses comandados por Mem
de Sá e Temiminós
• 1567 – franceses são expulsos do Rio de Janeiro
França Equinocial – São Luís
• Tentativa mais frágil de povoamento
• Soldados e indígenas expulsam os franceses em 1615
14. HISTÓRIA ENSINO MÉDIO| Volume 1 – 4º Bimestre
CAPÍTULO 17 – A COLONIZAÇÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA
OS JESUÍTAS
ALBUM/AKG-IMAGES/LATINSTOCK
Aldeia, pintura de Zacharias Wagener, representando um aldeamento jesuítico no
Nordeste do Brasil, 1634. Museu de Gravuras e Desenhos, Berlim, Alemanha.
Companhia de Jesus – surge no contexto da Contra-
Reforma
Objetivo – catequizar os indígenas que viviam no
Brasil
Missões – locais para efetuar a conversão do
indígena ao catolicismo
• Utilizavam a música e o teatro como forma de
atrair os índios para a conversão
• Também lutavam contra o uso do indígena como
mão de obra escrava
15. HISTÓRIA ENSINO MÉDIO| Volume 1 – 4º Bimestre
CAPÍTULO 17 – A COLONIZAÇÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA
AS BANDEIRAS
Reprodução
Fontes: Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: MEC, 1960 p. 22; CAMPOS, Flávio de;
DOLHNIKOFF, Miriam. Atlas — História do Brasil. São Paulo: Scipione, 1994.
Bandeiras – expedições que saíam da região sudeste
em busca de riquezas no interior
• Ouro e pedras preciosas
• Índios para serem escravizados
Consequências
• Expansão das fronteiras brasileiras
• Descoberta de ouro na região hoje conhecida
como Minas Gerais
16. HISTÓRIA ENSINO MÉDIO| Volume 1 – 4º Bimestre
CAPÍTULO 17 – A COLONIZAÇÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA
• 1578 – Morte de D. Sebastião
• 1580 – Felipe II, da Espanha, se declara rei de Portugal e Espanha – União Ibérica
• Espanha passa a interferir nos assuntos coloniais no Brasil
Situação complicadora – relação econômica entre Brasil e Holanda
• Senhores de Engenho vendiam açúcar para comerciantes holandeses
• Holanda e Espanha estavam em Guerra
• Resultado 1: embargo comercial entre Brasil e Holanda
• Resultado 2: invasões holandesas no Brasil
A UNIÃO IBÉRICA
17. HISTÓRIA ENSINO MÉDIO| Volume 1 – 4º Bimestre
CAPÍTULO 17 – A COLONIZAÇÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA
PRESENÇA HOLANDESA NO BRASIL
DE
BAEN.
RETRATO
DE
MAURICIO
DE
NASSAU.
1665.
Retrato de Maurício de Nassau (1665).
Pintura de Johannes de Baen. Museu
Mauritshuis, Haia, Holanda.
• Salvador (1624-1625) – primeira invasão holandesa
• Rápida intervenção de tropas espanholas acabam com a invasão
• Recife (1630-1654) – segunda invasão holandesa
• Procuram fazer aliança com os senhores de engenho
• Garantia de produção açucareira – empréstimos a juros baixos
• Conquista de territórios africanos pertencentes a Portugal –
fornecimento de mão-de-obra escrava garantido
• Maurício de Nassau – “europeização” de Recife – busca de maior
proximidade com os senhores de engenho
18. HISTÓRIA ENSINO MÉDIO| Volume 1 – 4º Bimestre
CAPÍTULO 17 – A COLONIZAÇÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA
INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA
VÍCTOR
MEIRELES.
BATALHA
DE
GUARARAPES.
1879.
A segunda Batalha dos Guararapes, no início de 1649, preparou a vitória luso-brasileira
sobre os holandeses, expulsos de Pernambuco em 1654, após controlarem a região por
quase 25 anos. A Batalha de Guararapes. Pintura de Victor Meirelles, 1879. Museu
Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro (RJ).
• 1644 – Nassau retorna à Holanda
• Cobrança sobre os empréstimos feitos aos
senhores de engenho – ameaça de tomar as
terras
• Senhores de engenho se unem para expulsar os
holandeses – início da Insurreição
Pernambucana
• 1654 – insurretos tomam o Recife – expulsão
definitiva dos holandeses
19. HISTÓRIA ENSINO MÉDIO| Volume 1 – 4º Bimestre
CAPÍTULO 17 – A COLONIZAÇÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA
ZUMBI E A GUERRA DOS PALMARES
MANUEL
VÍTOR
DE
AZEVEDO
FILHO.
ZUMBI.
1970.
Zumbi (1970), pintura de Manuel Vítor de Azevedo Filho.
Quilombos – núcleos de resistência à escravidão criados por
escravos fugidos
• Relatos de fugas massivas durante a época da Insurreição
Pernambucana
Palmares – maior símbolo de resistência à escravidão durante
esse período
• 1695 – destruição de Palmares
20. HISTÓRIA ENSINO MÉDIO| Volume 1 – 4º Bimestre
CAPÍTULO 18 – OS POVOS AFRICANOS E OS EUROPEUS
SIMONE
MATIAS
Fonte: Atlas da história
do mundo. São Paulo:
Folha da Manhã, 1995.
p. 162-163.
Feitorias – primeiro ponto de contato entre
africanos e europeus
• Interesses portugueses por ouro e escravos, em
troca de fumo e aguardente
• Escravismo era uma prática comum na África
• Tribos nômades do maghreb – principais
mercadores de escravos
21. HISTÓRIA ENSINO MÉDIO| Volume 1 – 4º Bimestre
CAPÍTULO 18 – OS POVOS AFRICANOS E OS EUROPEUS
PRINCIPAIS PONTOS DE COMPRA DE ESCRAVOS
ALBUM/AKG-IMAGES/LATINSTOCK
Houve tentativas dos soberanos do Congo de estabelecer alianças comerciais
com outros reinos europeus além dos portugueses. Nesta imagem, d. Álvaro,
rei do Congo, recebe um embaixador holandês, em 1642. Gravura de Olfert
Dapper, 1686. Coleção particular.
• Sul do Cabo Branco – localização das principais e
maiores feitorias portuguesas
• Congo – contato entre o rei do Congo e
traficantes de escravos portugueses
• Tentativa de conversão das populações do Congo
• Angola – domínio português completo –
fundação da Capitania de Angola
• Golfo de Benim – a costa dos escravos, um dos
principais centros fornecedores