SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 15
Com base no conto “A Besta do Rei”, do livro Pontos e Contos, pelo Espírito
Irmão X. (Momentos de Paz Maria da Luz).
Esse tema nos induz a refletir sobre o papel do seareiro da fraternidade neste
mundo de provas e expiações.
Conta-nos assim o autor:
À frente da assembleia fraternal que examinava a posição difícil dos médiuns
com graves responsabilidades, o velhinho amigo estampou singulares
característicos fisionômicos e narrou: - Sem qualquer propósito de plagiar o
nosso prestimoso Esopo, já ouvi contar a história de uma besta de carga, que
pode ilustrar os nosso comentários de modo significativo. Certo rei da
Mesopotâmia necessitava transportar enorme tesouro de uma cidade para
outra, a benefício dos próprios súditos.
Vastíssima zona do Reino precisava renovar os sistemas de trabalho e
melhorar os processos evolutivos; entretanto, para esse fim, não dispunha de
recursos substanciais. Vocês sabem que, na Terra, toda prosperidade requisita
apoio físico, tanto quanto a luz de uma candeia reclama combustível. Ora,
naquele tempo, os homens não dispunham das facilidades de transporte. Os
filósofos ensinavam a verdade e os poetas já sublimavam a poesia; contudo, a
inteligência do mundo estava muito longe da locomotiva e do avião. O
soberano, assim, atado às injunções da época, determinou fosse procurada
uma besta elogiável para o serviço. Depois de várias pesquisas, surgiu o
animal nas condições desejadas. O muar escolhido podia conservar as manhas
inerentes à espécie, mas devia ser calmo, zurrar apenas em horas de perigo e
corcovear o menos possível.
A jornada seria laboriosa. Dias e noites de marcha forçada, com intensivo
aproveitamento das horas. Aprazada a partida, a besta, em sua ingenuidade de
serviçal, prazerosamente recebeu arreamento brilhante. Deixou o palácio, sob
aclamações festivas. Precedida de carruagens e batedores e seguida de
infantes armados, era ladeada de fidalgos e escrivães, guardas e mordomos,
artesãos e ourives, lanceiros e escudeiros, congregados em rumoroso séquito
para acompanhá-la. A expedição, realmente, era das mais proveitosas. Os
benefícios seriam incalculáveis. Isso, porém, não exonerava a besta do
cansaço natural. As caixas repletas de metal precioso que sustentava eram
para ela peso incômodo e incessante. Em razão disso, a viagem que começou
alegremente transformou-se, pouco a pouco, em peregrinação dolorosa.
Enquanto outros muares podiam comer os legumes frescos de que vinham
carregados para alimento da expedição, a besta honrada e desditosa gemia sob
a carga de ouro maciço. O soberano, se era compreendido por grande parte
dos súditos, possuía também vassalos infiéis que por incapacidade de
entendimento lhe solapavam a autoridade. Por essa razão, o animal sofredor
era objeto de invectivas e achincalhes por parte dos adversários do Rei.
Suarenta e exausta, a infeliz namorava o espelho do Eufrates, sequiosa de uns
goles de água pura; todavia, era obrigada a ver, com absoluta impossibilidade
de satisfazer à sede que a torturava, seus irmãos de rebanho a se refestelarem
rio a dentro. De quando em quando, tangida pelas necessidades naturais,
dirigia-se às margens para lamber alguma gota de água barrenta ou tosar
algum broto de capim verde;
No entanto, não conseguia grande coisa. A comissão encarregada do tesouro
chibateava-a para que tornasse ao meio-fio. Azemeis desapiedados feriam-na
com aguilhões, toda vez que tentava cheirar outro animal, de modo a sentir-se
menos sozinha, porque, no fundo era uma besta como as outras. Nas aldeias
por onde passava, cheia de feridas e desapontamentos, súditos reconhecidos
traziam-lhe forragem especial e preciosa que a infortunada não conseguia
tragar, saudosa da natureza livre. Senhoras leais ao soberano enfeitavam-na
com adornos simbólicos. Cavalheiros respeitáveis, amigos incondicionais do
monarca, exaltavam as virtudes do solípede, pronunciando extensos
discursos, junto de suas orelhas trêmulas. O animal, guindado a situação de
tal brilho, era, porém descendente de sua espécie e não podia trair as leis
evolutivas, não obstante o favor real.
Por semelhante motivo, amarguravam-lhe, não só as considerações e
honrarias indébitas, como também as disputas sem-fim, que se levantavam,
cada dia, em torno de suas patas inseguras. Se varava as portas de alguma
cidade, sua passagem causava distúrbios. Cortesãos generosos intervinham,
discutidores. Exigiam alguns que a besta tomasse a direção norte, outros
solicitavam a direção sul. Matronas entusiastas pediam graças especiais para
o animal e reclamavam modificações. Populares exaltados abeiravam-se das
caixas preciosas, buscando contemplar, à força, as barras de ouro puro.
Vítima da curiosidade e do atrevimento, a besta era compelida a tolerar
golpes incessantes. Se procurava refúgio, ao lado dos artesãos, faminta de
socorro, os ourives protestavam, acreditando que o muar desejava fugir.
Se tentava acolhimento junto dos ourives, para defender-se de alguma sorte,
os artesãos provocavam reação rumorosa, fustigando-a a pontaços. De
quilômetro em quilômetro, o serviço tornava-se mais asfixiante. A besta não
conseguia aliviar-se. Devia transportar o tesouro e não podia comer, repousar
ou banhar-se. O narrador sorriu, fez longa pausa e concluiu:
- O serviço foi realizado. Finda a jornada de sacrifício, a besta foi desarreada.
A riqueza beneficiou a todos. Houve alegria geral no espírito coletivo. Mais
possibilidades de trabalho, mais ânimo entre o povo. A besta, contudo, não
era o mesmo animal do início. Trazia o corpo coberto de chagas
sanguinolentas. Não sabia trotear quanto os outros muares. A forragem rica ou
o capim verde não mais a interessavam.
Ignorava o caminho da estrebaria. Afligia-se e assustava-se, tanto na
cavalariça, como na pastagem refrescante. Orneava a esmo ou corria de um
lado para outro, sem que ninguém a entendesse. Aos servidores do rei, pouco
importava o destino de tão extravagante animal.
A essa altura da narrativa, o velhinho fez uma pausa, e, endereçando a nós
outros o seu olhar percuciente e límpido, perguntou: - Vocês não acham o
médium de responsabilidade, em nossos dias, muito semelhante a besta do
rei? Sorrimos todos, entreolhando-nos surpresos, mas a curiosa interrogação
ficou no ar.
REFLEXÃO:
Cada um de nós, que vivemos encarnados neste planeta de provas e
expiações, temos uma cruz para carregar; um fardo para transportar; o jugo,
isto é, o direcionador que nos é imposto, fruto de nossa natureza evolutiva,
que pode ser mais ou menos doloroso e trazer sofrimento mais ou menos
intenso, em função da capacidade que temos de aceitá-lo ou rejeitá-lo em
nossa vida. Jesus nos indica que, para vencermos a aflição e a sobrecarga em
nossas vidas, devemos aprender com Ele a suportar o fardo que nos é próprio.
Muitos são os seareiros que aceitam sobre si a carga do trabalho necessário
para transformar gradativamente os velhos costumes em novas luzes, em
mensagens de exemplos de virtude e consolação.
Aceitam o convite de Jesus no “vinde a mim” e mergulham no trabalho
movidos pela esperança de evolução e esclarecimento. Dedicam-se a obra
evangélica; respondem ao convite de amor com perseverança, apesar dos
percalços do caminho. Outros, entretanto, apesar de receberem o mesmo
convite, permanecem como terra rasa, que, ao receber a semente da Boa
Nova, germinam com rapidez, mas por falta de perseverança e determinação,
ou pela incapacidade de compreenderem, abandonam a jornada, fazendo
morrer a planta que acabara de nascer, por manterem-se ligados aos valores
do mundo. Mas existem aqueles que permanecem à margem do processo,
como meros observadores; críticos; questionadores; concordando e
descordando pelos caminhos tomados pelos seareiros da fraternidade.
Nada fazem para melhorar o mundo em que vivem, mas opinam sobre tudo,
como se conseguissem construir com meras palavras. Na realidade, destroem
mais do que constroem. Costumo dizer que no mundo há quatro tipos de
pessoas: as que apenas falam; as que apenas fazem; as que falam e fazem, e
as que nem falam nem fazem. A situação ideal para o seareiro da fraternidade
é a daquele companheiro que é capaz de falar, de discutir, de disseminar os
valores do amor, mas também conseguem converter suas ideias, suas
intenções em ações, construindo um mundo melhor, pautado na caridade.
Assim, parece fácil a qualquer um de nós, medir em que classe nos
enquadramos, e, a partir daí, escolher o caminho que nos conduzirá a efetiva
evolução.
Vejamos: se apenas falamos, opinamos, criticamos, carecemos de obras para
substanciar as nossas intenções. Palavras, o vento leva. Existe até aquele
ditado popular que diz: “De bens intencionados, o inferno está cheio”; se
apenas fazemos e não nos preocupamos em disseminar, em dividir o nosso
exemplo, em dividir o nosso trabalho, ajudando o companheiro do caminho a
ampliar a sua percepção, carecemos de mais participações nas questões do
desenvolvimento das ideias na divulgação dos valores morais; se não fazemos
e nem falamos, carecemos acordar para a nossa destinação e traçar nosso
caminho pela busca de objetivos claros. Precisamos vencer a inércia que nos
mantém como meros expectadores.
Em todos os tempos, podemos encontrar pessoas abnegadas na destinação de
seus princípios e determinadas na construção de um mundo melhor. Todas
elas, sem exceção, sofreram o combate das trevas através da crítica ferina, da
calúnia, da perseguição. Algumas, apesar de sublimes seareiros da
fraternidade, foram castigadas e martirizadas pelos seguidores da ignorância
que temem a luz. Jesus foi o maior deles. Mas apesar da dor a que foi
submetido, deixou palavras e atos, a verdade que ilumina os caminhos e que
redime os sofredores que ainda se mantêm prisioneiros da ignorância. O que
importa na realidade é aquilo que cada um de nós é capaz de edificar com
seus exemplos e suas palavras e suas ações.
Aquele que recebe um mandato mediúnico, muitas vezes, pode ser
comparado à Besta do rei. Dedicam sua existência ao cumprimento da
missão, e conseguem concluí-la. Mas no caminho não têm direito a vida
comum, como um de sua espécie. Mas, o que importa para eles, entretanto, é
o dever cumprido, é a melhoria do mundo em que vivem.
Muita Paz!
Meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br
Com estudos comentados de O Livro dos Espíritos e de O Evangelho
Segundo o Espiritismo.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

14 maria de magdala
14 maria de magdala14 maria de magdala
14 maria de magdalasidneyjorge
 
O Pecado Contra o Espírito Santo - Horatius Bonar
O Pecado Contra o Espírito Santo - Horatius BonarO Pecado Contra o Espírito Santo - Horatius Bonar
O Pecado Contra o Espírito Santo - Horatius BonarSilvio Dutra
 
AMPLITUDE - Revista Crista de Literatura e Artes
AMPLITUDE - Revista Crista de Literatura e ArtesAMPLITUDE - Revista Crista de Literatura e Artes
AMPLITUDE - Revista Crista de Literatura e ArtesSammis Reachers
 
A incompreensão dos homens
A incompreensão dos homensA incompreensão dos homens
A incompreensão dos homensHelio Cruz
 
Brasil Coracao Do Mundo Patria Do Evangelho
Brasil Coracao Do Mundo Patria Do EvangelhoBrasil Coracao Do Mundo Patria Do Evangelho
Brasil Coracao Do Mundo Patria Do Evangelhojosyespirita
 
Livro brasil coração do mundo pátria do evangelho chico xavier
Livro brasil coração do mundo pátria do evangelho   chico xavierLivro brasil coração do mundo pátria do evangelho   chico xavier
Livro brasil coração do mundo pátria do evangelho chico xavierAdri Nzambi
 
Contos phantásticos - Teófilo Braga
Contos phantásticos - Teófilo BragaContos phantásticos - Teófilo Braga
Contos phantásticos - Teófilo BragaLuciana Fernandes
 
Os quinhentos da galileia
Os quinhentos da galileiaOs quinhentos da galileia
Os quinhentos da galileiaFatoze
 
Eça de queiroz as cidades e as serras
Eça de queiroz   as cidades e as serrasEça de queiroz   as cidades e as serras
Eça de queiroz as cidades e as serrasCamila Duarte
 
004 cronicas de alem tumulo - humberto de campos - chico xavier - ano 1937
004 cronicas de alem tumulo - humberto de campos - chico xavier - ano 1937004 cronicas de alem tumulo - humberto de campos - chico xavier - ano 1937
004 cronicas de alem tumulo - humberto de campos - chico xavier - ano 1937Everton Ferreira
 
4 crônicas de além túmulo (chico xavier - humberto de campos)
4   crônicas de além túmulo (chico xavier - humberto de campos)4   crônicas de além túmulo (chico xavier - humberto de campos)
4 crônicas de além túmulo (chico xavier - humberto de campos)luisbramao
 
E book de Gil Vicente, Auto da Feira
E book de Gil Vicente, Auto da FeiraE book de Gil Vicente, Auto da Feira
E book de Gil Vicente, Auto da FeiraCarla Crespo
 
O aprendiz de assassino robin hobb - vol i
O aprendiz de assassino   robin hobb - vol iO aprendiz de assassino   robin hobb - vol i
O aprendiz de assassino robin hobb - vol idantenero4
 
As Sete Canções de T. A. Barron
As Sete Canções de T. A. BarronAs Sete Canções de T. A. Barron
As Sete Canções de T. A. BarronNanda Soares
 
Resenha espirita on line 127
Resenha espirita on line 127Resenha espirita on line 127
Resenha espirita on line 127MRS
 
12 um céptico
12   um céptico12   um céptico
12 um cépticoFatoze
 
Povo de Deus e o teatro
Povo de Deus e o teatroPovo de Deus e o teatro
Povo de Deus e o teatroEdilson Gomes
 

Mais procurados (20)

14 maria de magdala
14 maria de magdala14 maria de magdala
14 maria de magdala
 
O Pecado Contra o Espírito Santo - Horatius Bonar
O Pecado Contra o Espírito Santo - Horatius BonarO Pecado Contra o Espírito Santo - Horatius Bonar
O Pecado Contra o Espírito Santo - Horatius Bonar
 
AMPLITUDE - Revista Crista de Literatura e Artes
AMPLITUDE - Revista Crista de Literatura e ArtesAMPLITUDE - Revista Crista de Literatura e Artes
AMPLITUDE - Revista Crista de Literatura e Artes
 
A incompreensão dos homens
A incompreensão dos homensA incompreensão dos homens
A incompreensão dos homens
 
Brasil Coracao Do Mundo Patria Do Evangelho
Brasil Coracao Do Mundo Patria Do EvangelhoBrasil Coracao Do Mundo Patria Do Evangelho
Brasil Coracao Do Mundo Patria Do Evangelho
 
Livro brasil coração do mundo pátria do evangelho chico xavier
Livro brasil coração do mundo pátria do evangelho   chico xavierLivro brasil coração do mundo pátria do evangelho   chico xavier
Livro brasil coração do mundo pátria do evangelho chico xavier
 
11 chico xavier-emmanuel-50anosdepois
11 chico xavier-emmanuel-50anosdepois11 chico xavier-emmanuel-50anosdepois
11 chico xavier-emmanuel-50anosdepois
 
Contos phantásticos - Teófilo Braga
Contos phantásticos - Teófilo BragaContos phantásticos - Teófilo Braga
Contos phantásticos - Teófilo Braga
 
Os quinhentos da galileia
Os quinhentos da galileiaOs quinhentos da galileia
Os quinhentos da galileia
 
Eça de queiroz as cidades e as serras
Eça de queiroz   as cidades e as serrasEça de queiroz   as cidades e as serras
Eça de queiroz as cidades e as serras
 
004 cronicas de alem tumulo - humberto de campos - chico xavier - ano 1937
004 cronicas de alem tumulo - humberto de campos - chico xavier - ano 1937004 cronicas de alem tumulo - humberto de campos - chico xavier - ano 1937
004 cronicas de alem tumulo - humberto de campos - chico xavier - ano 1937
 
4 crônicas de além túmulo (chico xavier - humberto de campos)
4   crônicas de além túmulo (chico xavier - humberto de campos)4   crônicas de além túmulo (chico xavier - humberto de campos)
4 crônicas de além túmulo (chico xavier - humberto de campos)
 
E book de Gil Vicente, Auto da Feira
E book de Gil Vicente, Auto da FeiraE book de Gil Vicente, Auto da Feira
E book de Gil Vicente, Auto da Feira
 
Lenda do Xadrez
Lenda do XadrezLenda do Xadrez
Lenda do Xadrez
 
O aprendiz de assassino robin hobb - vol i
O aprendiz de assassino   robin hobb - vol iO aprendiz de assassino   robin hobb - vol i
O aprendiz de assassino robin hobb - vol i
 
As Sete Canções de T. A. Barron
As Sete Canções de T. A. BarronAs Sete Canções de T. A. Barron
As Sete Canções de T. A. Barron
 
Resenha espirita on line 127
Resenha espirita on line 127Resenha espirita on line 127
Resenha espirita on line 127
 
Teste3
Teste3Teste3
Teste3
 
12 um céptico
12   um céptico12   um céptico
12 um céptico
 
Povo de Deus e o teatro
Povo de Deus e o teatroPovo de Deus e o teatro
Povo de Deus e o teatro
 

Semelhante a A Besta do Rei e o Médium de Responsabilidade

A besta do rei
A besta do reiA besta do rei
A besta do reiHelio Cruz
 
6 no mundo-maior-1947
6 no mundo-maior-19476 no mundo-maior-1947
6 no mundo-maior-1947paulasa pin
 
Andre luiz chico xavier - no mundo maior
Andre luiz   chico xavier - no mundo maiorAndre luiz   chico xavier - no mundo maior
Andre luiz chico xavier - no mundo maiorhavatar
 
Andre luiz chico xavier - no mundo maior
Andre luiz   chico xavier - no mundo maiorAndre luiz   chico xavier - no mundo maior
Andre luiz chico xavier - no mundo maiorhavatar
 
Paulo e estevão (psicografia chico xavier espírito emmanuel)
Paulo e estevão (psicografia chico xavier   espírito emmanuel)Paulo e estevão (psicografia chico xavier   espírito emmanuel)
Paulo e estevão (psicografia chico xavier espírito emmanuel)Bruno Bartholomei
 
Libertação (psicografia chico xavier espírito andré luiz)
Libertação (psicografia chico xavier   espírito andré luiz)Libertação (psicografia chico xavier   espírito andré luiz)
Libertação (psicografia chico xavier espírito andré luiz)Luiza Dayana
 
Andre luiz chico xavier - libertação
Andre luiz   chico xavier - libertaçãoAndre luiz   chico xavier - libertação
Andre luiz chico xavier - libertaçãohavatar
 
Chico Xavier - Andre Luiz - Libertação
Chico Xavier - Andre Luiz - LibertaçãoChico Xavier - Andre Luiz - Libertação
Chico Xavier - Andre Luiz - Libertação. Sobrenome
 
( Espiritismo) # - andre luiz - francisco c xavier - a lenda do peixinho ve...
( Espiritismo)   # - andre luiz - francisco c xavier - a lenda do peixinho ve...( Espiritismo)   # - andre luiz - francisco c xavier - a lenda do peixinho ve...
( Espiritismo) # - andre luiz - francisco c xavier - a lenda do peixinho ve...Instituto de Psicobiofísica Rama Schain
 
7 libertacao-1949
7 libertacao-19497 libertacao-1949
7 libertacao-1949paulasa pin
 
Os Heróis da Era Nova
Os Heróis da Era NovaOs Heróis da Era Nova
Os Heróis da Era Novaield
 
Chico xavier [emmanuel]_-_paulo_e_estevão[1]
Chico xavier [emmanuel]_-_paulo_e_estevão[1]Chico xavier [emmanuel]_-_paulo_e_estevão[1]
Chico xavier [emmanuel]_-_paulo_e_estevão[1]Iara Triers
 
Chico xavier [emmanuel]_-_paulo_e_estevão[1]
Chico xavier [emmanuel]_-_paulo_e_estevão[1]Chico xavier [emmanuel]_-_paulo_e_estevão[1]
Chico xavier [emmanuel]_-_paulo_e_estevão[1]Iara Triers
 
Paulo e estevão emmanuel
Paulo e estevão   emmanuelPaulo e estevão   emmanuel
Paulo e estevão emmanuelAntonio SSantos
 
Antiga lenda egípcia do peixinho vermelho
Antiga lenda egípcia do peixinho vermelhoAntiga lenda egípcia do peixinho vermelho
Antiga lenda egípcia do peixinho vermelhocirilox
 

Semelhante a A Besta do Rei e o Médium de Responsabilidade (20)

A besta do rei
A besta do reiA besta do rei
A besta do rei
 
6 no mundo-maior-1947
6 no mundo-maior-19476 no mundo-maior-1947
6 no mundo-maior-1947
 
Andre luiz chico xavier - no mundo maior
Andre luiz   chico xavier - no mundo maiorAndre luiz   chico xavier - no mundo maior
Andre luiz chico xavier - no mundo maior
 
Andre luiz chico xavier - no mundo maior
Andre luiz   chico xavier - no mundo maiorAndre luiz   chico xavier - no mundo maior
Andre luiz chico xavier - no mundo maior
 
Paulo e estevão (psicografia chico xavier espírito emmanuel)
Paulo e estevão (psicografia chico xavier   espírito emmanuel)Paulo e estevão (psicografia chico xavier   espírito emmanuel)
Paulo e estevão (psicografia chico xavier espírito emmanuel)
 
Libertação (psicografia chico xavier espírito andré luiz)
Libertação (psicografia chico xavier   espírito andré luiz)Libertação (psicografia chico xavier   espírito andré luiz)
Libertação (psicografia chico xavier espírito andré luiz)
 
Andre luiz chico xavier - libertação
Andre luiz   chico xavier - libertaçãoAndre luiz   chico xavier - libertação
Andre luiz chico xavier - libertação
 
Chico Xavier - Andre Luiz - Libertação
Chico Xavier - Andre Luiz - LibertaçãoChico Xavier - Andre Luiz - Libertação
Chico Xavier - Andre Luiz - Libertação
 
( Espiritismo) # - andre luiz - francisco c xavier - a lenda do peixinho ve...
( Espiritismo)   # - andre luiz - francisco c xavier - a lenda do peixinho ve...( Espiritismo)   # - andre luiz - francisco c xavier - a lenda do peixinho ve...
( Espiritismo) # - andre luiz - francisco c xavier - a lenda do peixinho ve...
 
7 libertacao-1949
7 libertacao-19497 libertacao-1949
7 libertacao-1949
 
15 chico xavieremmanuel-pauloeestevão
15 chico xavieremmanuel-pauloeestevão15 chico xavieremmanuel-pauloeestevão
15 chico xavieremmanuel-pauloeestevão
 
Libertação andré luiz
Libertação   andré luizLibertação   andré luiz
Libertação andré luiz
 
Libertação
LibertaçãoLibertação
Libertação
 
Os Heróis da Era Nova
Os Heróis da Era NovaOs Heróis da Era Nova
Os Heróis da Era Nova
 
Paulo e estevão
Paulo e estevãoPaulo e estevão
Paulo e estevão
 
Paulo E Estevão
Paulo E EstevãoPaulo E Estevão
Paulo E Estevão
 
Chico xavier [emmanuel]_-_paulo_e_estevão[1]
Chico xavier [emmanuel]_-_paulo_e_estevão[1]Chico xavier [emmanuel]_-_paulo_e_estevão[1]
Chico xavier [emmanuel]_-_paulo_e_estevão[1]
 
Chico xavier [emmanuel]_-_paulo_e_estevão[1]
Chico xavier [emmanuel]_-_paulo_e_estevão[1]Chico xavier [emmanuel]_-_paulo_e_estevão[1]
Chico xavier [emmanuel]_-_paulo_e_estevão[1]
 
Paulo e estevão emmanuel
Paulo e estevão   emmanuelPaulo e estevão   emmanuel
Paulo e estevão emmanuel
 
Antiga lenda egípcia do peixinho vermelho
Antiga lenda egípcia do peixinho vermelhoAntiga lenda egípcia do peixinho vermelho
Antiga lenda egípcia do peixinho vermelho
 

Mais de Helio Cruz

O pior inimigo
O pior inimigoO pior inimigo
O pior inimigoHelio Cruz
 
Entusiasmo e responsabilidade
Entusiasmo e responsabilidadeEntusiasmo e responsabilidade
Entusiasmo e responsabilidadeHelio Cruz
 
A candeia debaixo do alqueire
A candeia debaixo do alqueireA candeia debaixo do alqueire
A candeia debaixo do alqueireHelio Cruz
 
O credor incompassivo
O credor incompassivoO credor incompassivo
O credor incompassivoHelio Cruz
 
O poder das palavras
O poder das palavrasO poder das palavras
O poder das palavrasHelio Cruz
 
A virtude os superiores e os inferiores
A virtude   os superiores e os inferioresA virtude   os superiores e os inferiores
A virtude os superiores e os inferioresHelio Cruz
 
Universidade de amor
Universidade de amorUniversidade de amor
Universidade de amorHelio Cruz
 
A parentela corporal e espiritual
A parentela corporal e espiritualA parentela corporal e espiritual
A parentela corporal e espiritualHelio Cruz
 
O homem e a vida espiritual
O homem e a vida espiritualO homem e a vida espiritual
O homem e a vida espiritualHelio Cruz
 
O dom esquecido
O dom esquecidoO dom esquecido
O dom esquecidoHelio Cruz
 
Dia nacional da caridade
Dia nacional da caridadeDia nacional da caridade
Dia nacional da caridadeHelio Cruz
 
O progresso espiritual
O progresso espiritualO progresso espiritual
O progresso espiritualHelio Cruz
 
Viver para deus
Viver para deusViver para deus
Viver para deusHelio Cruz
 
O Marco inicial do Espiritismo
O Marco inicial do EspiritismoO Marco inicial do Espiritismo
O Marco inicial do EspiritismoHelio Cruz
 
A quaresma e o espiritismo
A quaresma e o espiritismoA quaresma e o espiritismo
A quaresma e o espiritismoHelio Cruz
 
Os nossos julgamentos
Os nossos julgamentosOs nossos julgamentos
Os nossos julgamentosHelio Cruz
 
Sal da terra e luz do mundo
Sal da terra e luz do mundoSal da terra e luz do mundo
Sal da terra e luz do mundoHelio Cruz
 

Mais de Helio Cruz (20)

O pior inimigo
O pior inimigoO pior inimigo
O pior inimigo
 
Entusiasmo e responsabilidade
Entusiasmo e responsabilidadeEntusiasmo e responsabilidade
Entusiasmo e responsabilidade
 
A candeia debaixo do alqueire
A candeia debaixo do alqueireA candeia debaixo do alqueire
A candeia debaixo do alqueire
 
O credor incompassivo
O credor incompassivoO credor incompassivo
O credor incompassivo
 
O poder das palavras
O poder das palavrasO poder das palavras
O poder das palavras
 
Pedir e obter
Pedir e obterPedir e obter
Pedir e obter
 
A virtude os superiores e os inferiores
A virtude   os superiores e os inferioresA virtude   os superiores e os inferiores
A virtude os superiores e os inferiores
 
O peso da luz
O peso da luzO peso da luz
O peso da luz
 
Universidade de amor
Universidade de amorUniversidade de amor
Universidade de amor
 
A parentela corporal e espiritual
A parentela corporal e espiritualA parentela corporal e espiritual
A parentela corporal e espiritual
 
O homem e a vida espiritual
O homem e a vida espiritualO homem e a vida espiritual
O homem e a vida espiritual
 
O dom esquecido
O dom esquecidoO dom esquecido
O dom esquecido
 
Dia nacional da caridade
Dia nacional da caridadeDia nacional da caridade
Dia nacional da caridade
 
Marta e maria
Marta e mariaMarta e maria
Marta e maria
 
O progresso espiritual
O progresso espiritualO progresso espiritual
O progresso espiritual
 
Viver para deus
Viver para deusViver para deus
Viver para deus
 
O Marco inicial do Espiritismo
O Marco inicial do EspiritismoO Marco inicial do Espiritismo
O Marco inicial do Espiritismo
 
A quaresma e o espiritismo
A quaresma e o espiritismoA quaresma e o espiritismo
A quaresma e o espiritismo
 
Os nossos julgamentos
Os nossos julgamentosOs nossos julgamentos
Os nossos julgamentos
 
Sal da terra e luz do mundo
Sal da terra e luz do mundoSal da terra e luz do mundo
Sal da terra e luz do mundo
 

Último

Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxCelso Napoleon
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAInsituto Propósitos de Ensino
 
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...MiltonCesarAquino1
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19PIB Penha
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...PIB Penha
 
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.LucySouza16
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)natzarimdonorte
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................natzarimdonorte
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoRicardo Azevedo
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfJacquelineGomes57
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAMarco Aurélio Rodrigues Dias
 
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfTabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfAgnaldo Fernandes
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPIB Penha
 
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresNilson Almeida
 

Último (18)

Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
 
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina EspíritaMediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
 
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
 
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
 
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITAVICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
 
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
 
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmoAprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
 
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfTabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
 
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
 

A Besta do Rei e o Médium de Responsabilidade

  • 1.
  • 2. Com base no conto “A Besta do Rei”, do livro Pontos e Contos, pelo Espírito Irmão X. (Momentos de Paz Maria da Luz). Esse tema nos induz a refletir sobre o papel do seareiro da fraternidade neste mundo de provas e expiações. Conta-nos assim o autor: À frente da assembleia fraternal que examinava a posição difícil dos médiuns com graves responsabilidades, o velhinho amigo estampou singulares característicos fisionômicos e narrou: - Sem qualquer propósito de plagiar o nosso prestimoso Esopo, já ouvi contar a história de uma besta de carga, que pode ilustrar os nosso comentários de modo significativo. Certo rei da Mesopotâmia necessitava transportar enorme tesouro de uma cidade para outra, a benefício dos próprios súditos.
  • 3. Vastíssima zona do Reino precisava renovar os sistemas de trabalho e melhorar os processos evolutivos; entretanto, para esse fim, não dispunha de recursos substanciais. Vocês sabem que, na Terra, toda prosperidade requisita apoio físico, tanto quanto a luz de uma candeia reclama combustível. Ora, naquele tempo, os homens não dispunham das facilidades de transporte. Os filósofos ensinavam a verdade e os poetas já sublimavam a poesia; contudo, a inteligência do mundo estava muito longe da locomotiva e do avião. O soberano, assim, atado às injunções da época, determinou fosse procurada uma besta elogiável para o serviço. Depois de várias pesquisas, surgiu o animal nas condições desejadas. O muar escolhido podia conservar as manhas inerentes à espécie, mas devia ser calmo, zurrar apenas em horas de perigo e corcovear o menos possível.
  • 4. A jornada seria laboriosa. Dias e noites de marcha forçada, com intensivo aproveitamento das horas. Aprazada a partida, a besta, em sua ingenuidade de serviçal, prazerosamente recebeu arreamento brilhante. Deixou o palácio, sob aclamações festivas. Precedida de carruagens e batedores e seguida de infantes armados, era ladeada de fidalgos e escrivães, guardas e mordomos, artesãos e ourives, lanceiros e escudeiros, congregados em rumoroso séquito para acompanhá-la. A expedição, realmente, era das mais proveitosas. Os benefícios seriam incalculáveis. Isso, porém, não exonerava a besta do cansaço natural. As caixas repletas de metal precioso que sustentava eram para ela peso incômodo e incessante. Em razão disso, a viagem que começou alegremente transformou-se, pouco a pouco, em peregrinação dolorosa.
  • 5. Enquanto outros muares podiam comer os legumes frescos de que vinham carregados para alimento da expedição, a besta honrada e desditosa gemia sob a carga de ouro maciço. O soberano, se era compreendido por grande parte dos súditos, possuía também vassalos infiéis que por incapacidade de entendimento lhe solapavam a autoridade. Por essa razão, o animal sofredor era objeto de invectivas e achincalhes por parte dos adversários do Rei. Suarenta e exausta, a infeliz namorava o espelho do Eufrates, sequiosa de uns goles de água pura; todavia, era obrigada a ver, com absoluta impossibilidade de satisfazer à sede que a torturava, seus irmãos de rebanho a se refestelarem rio a dentro. De quando em quando, tangida pelas necessidades naturais, dirigia-se às margens para lamber alguma gota de água barrenta ou tosar algum broto de capim verde;
  • 6. No entanto, não conseguia grande coisa. A comissão encarregada do tesouro chibateava-a para que tornasse ao meio-fio. Azemeis desapiedados feriam-na com aguilhões, toda vez que tentava cheirar outro animal, de modo a sentir-se menos sozinha, porque, no fundo era uma besta como as outras. Nas aldeias por onde passava, cheia de feridas e desapontamentos, súditos reconhecidos traziam-lhe forragem especial e preciosa que a infortunada não conseguia tragar, saudosa da natureza livre. Senhoras leais ao soberano enfeitavam-na com adornos simbólicos. Cavalheiros respeitáveis, amigos incondicionais do monarca, exaltavam as virtudes do solípede, pronunciando extensos discursos, junto de suas orelhas trêmulas. O animal, guindado a situação de tal brilho, era, porém descendente de sua espécie e não podia trair as leis evolutivas, não obstante o favor real.
  • 7. Por semelhante motivo, amarguravam-lhe, não só as considerações e honrarias indébitas, como também as disputas sem-fim, que se levantavam, cada dia, em torno de suas patas inseguras. Se varava as portas de alguma cidade, sua passagem causava distúrbios. Cortesãos generosos intervinham, discutidores. Exigiam alguns que a besta tomasse a direção norte, outros solicitavam a direção sul. Matronas entusiastas pediam graças especiais para o animal e reclamavam modificações. Populares exaltados abeiravam-se das caixas preciosas, buscando contemplar, à força, as barras de ouro puro. Vítima da curiosidade e do atrevimento, a besta era compelida a tolerar golpes incessantes. Se procurava refúgio, ao lado dos artesãos, faminta de socorro, os ourives protestavam, acreditando que o muar desejava fugir.
  • 8. Se tentava acolhimento junto dos ourives, para defender-se de alguma sorte, os artesãos provocavam reação rumorosa, fustigando-a a pontaços. De quilômetro em quilômetro, o serviço tornava-se mais asfixiante. A besta não conseguia aliviar-se. Devia transportar o tesouro e não podia comer, repousar ou banhar-se. O narrador sorriu, fez longa pausa e concluiu: - O serviço foi realizado. Finda a jornada de sacrifício, a besta foi desarreada. A riqueza beneficiou a todos. Houve alegria geral no espírito coletivo. Mais possibilidades de trabalho, mais ânimo entre o povo. A besta, contudo, não era o mesmo animal do início. Trazia o corpo coberto de chagas sanguinolentas. Não sabia trotear quanto os outros muares. A forragem rica ou o capim verde não mais a interessavam.
  • 9. Ignorava o caminho da estrebaria. Afligia-se e assustava-se, tanto na cavalariça, como na pastagem refrescante. Orneava a esmo ou corria de um lado para outro, sem que ninguém a entendesse. Aos servidores do rei, pouco importava o destino de tão extravagante animal. A essa altura da narrativa, o velhinho fez uma pausa, e, endereçando a nós outros o seu olhar percuciente e límpido, perguntou: - Vocês não acham o médium de responsabilidade, em nossos dias, muito semelhante a besta do rei? Sorrimos todos, entreolhando-nos surpresos, mas a curiosa interrogação ficou no ar. REFLEXÃO:
  • 10. Cada um de nós, que vivemos encarnados neste planeta de provas e expiações, temos uma cruz para carregar; um fardo para transportar; o jugo, isto é, o direcionador que nos é imposto, fruto de nossa natureza evolutiva, que pode ser mais ou menos doloroso e trazer sofrimento mais ou menos intenso, em função da capacidade que temos de aceitá-lo ou rejeitá-lo em nossa vida. Jesus nos indica que, para vencermos a aflição e a sobrecarga em nossas vidas, devemos aprender com Ele a suportar o fardo que nos é próprio. Muitos são os seareiros que aceitam sobre si a carga do trabalho necessário para transformar gradativamente os velhos costumes em novas luzes, em mensagens de exemplos de virtude e consolação.
  • 11. Aceitam o convite de Jesus no “vinde a mim” e mergulham no trabalho movidos pela esperança de evolução e esclarecimento. Dedicam-se a obra evangélica; respondem ao convite de amor com perseverança, apesar dos percalços do caminho. Outros, entretanto, apesar de receberem o mesmo convite, permanecem como terra rasa, que, ao receber a semente da Boa Nova, germinam com rapidez, mas por falta de perseverança e determinação, ou pela incapacidade de compreenderem, abandonam a jornada, fazendo morrer a planta que acabara de nascer, por manterem-se ligados aos valores do mundo. Mas existem aqueles que permanecem à margem do processo, como meros observadores; críticos; questionadores; concordando e descordando pelos caminhos tomados pelos seareiros da fraternidade.
  • 12. Nada fazem para melhorar o mundo em que vivem, mas opinam sobre tudo, como se conseguissem construir com meras palavras. Na realidade, destroem mais do que constroem. Costumo dizer que no mundo há quatro tipos de pessoas: as que apenas falam; as que apenas fazem; as que falam e fazem, e as que nem falam nem fazem. A situação ideal para o seareiro da fraternidade é a daquele companheiro que é capaz de falar, de discutir, de disseminar os valores do amor, mas também conseguem converter suas ideias, suas intenções em ações, construindo um mundo melhor, pautado na caridade. Assim, parece fácil a qualquer um de nós, medir em que classe nos enquadramos, e, a partir daí, escolher o caminho que nos conduzirá a efetiva evolução.
  • 13. Vejamos: se apenas falamos, opinamos, criticamos, carecemos de obras para substanciar as nossas intenções. Palavras, o vento leva. Existe até aquele ditado popular que diz: “De bens intencionados, o inferno está cheio”; se apenas fazemos e não nos preocupamos em disseminar, em dividir o nosso exemplo, em dividir o nosso trabalho, ajudando o companheiro do caminho a ampliar a sua percepção, carecemos de mais participações nas questões do desenvolvimento das ideias na divulgação dos valores morais; se não fazemos e nem falamos, carecemos acordar para a nossa destinação e traçar nosso caminho pela busca de objetivos claros. Precisamos vencer a inércia que nos mantém como meros expectadores.
  • 14. Em todos os tempos, podemos encontrar pessoas abnegadas na destinação de seus princípios e determinadas na construção de um mundo melhor. Todas elas, sem exceção, sofreram o combate das trevas através da crítica ferina, da calúnia, da perseguição. Algumas, apesar de sublimes seareiros da fraternidade, foram castigadas e martirizadas pelos seguidores da ignorância que temem a luz. Jesus foi o maior deles. Mas apesar da dor a que foi submetido, deixou palavras e atos, a verdade que ilumina os caminhos e que redime os sofredores que ainda se mantêm prisioneiros da ignorância. O que importa na realidade é aquilo que cada um de nós é capaz de edificar com seus exemplos e suas palavras e suas ações.
  • 15. Aquele que recebe um mandato mediúnico, muitas vezes, pode ser comparado à Besta do rei. Dedicam sua existência ao cumprimento da missão, e conseguem concluí-la. Mas no caminho não têm direito a vida comum, como um de sua espécie. Mas, o que importa para eles, entretanto, é o dever cumprido, é a melhoria do mundo em que vivem. Muita Paz! Meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br Com estudos comentados de O Livro dos Espíritos e de O Evangelho Segundo o Espiritismo.