Candidatos à prefeitura de Florianópolis discutem propostas para melhorar o transporte público municipal, como implantar corredores de ônibus, reduzir tarifas e estimular o uso do transporte marítimo, integrando a ilha ao continente.
2. POLÍTICA
ECONOMIA
ESPORTE
ÍNDICE
4 7 10
descubra o que os candidatos a
prefeitura têm a dizer sobre o
transporte público
SC é destaque em pesquisa sobre
empreendedorismo
Orlando Scarpelli é selecionado
para ser centro de treinamento na
copa de 2014
3. Política Política
4
4
5
A resposta está na ponta da língua
de muitos florianopolitanos. A mo-
bilidade urbana é uma das maiores
preocupações dos moradores da
Capitaleumdosprincipaistemasda
campanha municipal. Para a estreia
da série Vida Real, o Diário Catarin-
ense convidou os seis candidatos à
Prefeitura de Florianópolis para re-
sponderduasperguntassobreotema.
Com grande parte de seu território
localizado em uma ilha, Florianópo-
lis tem limitações físicas que, soma-
das ao crescente número de veícu-
los, gera congestionamentos diários.
Para especialistas, uma saída é ti-
rar o foco do transporte individual
(carros e motos) e passar a apostar
no transporte de massa. A conta é
simples, um carro pode transpor-
tar, em média, até cinco pessoas,
enquanto que um ônibus tem ca-
pacidade média de 75 passageiros.
Hoje, a cidade conta com apenas um
tipo de transporte coletivo, o ônibus,
em um sistema integrado que gera
polêmica sobre sua eficácia. Neste
contexto,umadasdiscussõesgiraem
torno da aposta em novos modais,
como transporte marítimo e o BRT.
Para o professor da Universidade
Federal de Santa Catarina e coorde-
nador da Câmara de Mobilidade do
Fórum da Cidade, Werner Kraus, a
discussão sobre transporte coletivo
só faz sentido que envolver a região
metropolitanadaGrandeFlorianóp-
olis, sendo que a conexão poderia ser
feita por sistema rodoviário (ônibus),
transporte aquaviário ou até em
soluções a longo prazo, como trens.
Para convencer as pessoas a
deixarem seus carros na garagem e
optarem pelo transporte coletivo,
Kraus avalia que essa troca só
ocorre se o cidadão tem certeza que
chegará mais rápido no seu destino.
— Desta forma, ele aceita viajar em
pé em troca da comodidade de não
precisar dirigir no trânsito caótico.
Por isso precisamos de canaletas
exclusivas para ônibus — defende.
Osdesafiosparaamobilidadeurbana
em Florianópolis é um dos temas
debatidospelomovimentoFloripaTe
Quero Bem. Durante as discussões
sobre o assunto, o comitê consultivo
lançou questões como a redução
da necessidade de deslocamento
das pessoas provocado pela
centralização dos serviços básicos.
Outro ponto foi a qualificação do
transporte, para que se torne mais
sustentável e menos poluente, além
da priorização do transporte ativo,
como bicicletas e caminhadas, e do
coletivo, que deve ser de qualidade,
confortável e com preço acessível.
Candidatos à prefeitura de
Florianópolis falam sobre propostas
para mobilidade urbana
1 - O que o senhor (a) pretende fazer, de forma objetiva, para estimular as pessoas a usarem
mais o transporte coletivo e deixarem os carros em casa?
2-O(A)senhor(a)consideraviávelotransportemarítimo?Sesim,quepercursospoderiam
ser implantados em Florianópolis?
Perguntas
Angela Albino
1 - O cidadão tem que fazer as contas e valer a pena. Tornar o transporte público eficiente, barato e de qualidade é a única
maneira de torná-lo competitivo em relação ao carro. Vamos baratear a tarifa com um Fundo Municipal que separe a passagem
do custo do transporte. Não podemos mais onerar o cidadão que já contribui com a cidade com um alto valor de tarifa. Vamos
melhorar os ônibus e construir vias exclusivas. Não seremos mais reféns de um único modal porque vamos implantar o trans-
porte marítimo e construir e integrar ciclovias investindo no transporte ambientalmente sustentável e integrando os modais.
2 - Florianópolis precisa se voltar de frente para o mar. Vale lembrar que a última tentativa de implantar esse modal foi feita pelo
governo de Frente Popular, em 1993, com um projeto piloto que saía do trapiche da beira-mar e ia até Ingleses. Esse modal é
uma saída para o dramático problema da mobilidade e uma das maneiras para aliviar o tráfego nas pontes facilitando o deslo-
camento de moradores e trabalhadores. Definir os trajetos depende de estudos mais criteriosos, que envolva também o tipo de
embarcação. Mas nossa determinação política é muito clara: vamos fazer o transporte marítimo.
Elson Pereira
1 - A frente de Esquerda promoverá mudança estrutural no Sistema de Transporte Municipal; priorizará o transporte coletivo
de massa intermodal (terrestre e marítimo), com qualidade, confortável, confiável, com acessibilidade universal, financiado
pelo conjunto da sociedade, na busca gradativa da implantação da Tarifa Zero; para isto criará o Fundo Municipal de Mobili-
dade Urbana de modo a financiar as iniciativas de melhoria da mobilidade urbana com recursos oriundos de diversas fontes:
recursos orçamentários, retorno do IPVA, Zona Azul, propaganda veiculada em ônibus etc e criará a Companhia de Transporte
Coletivo Municipal.
2 - Nenhuma medida será executada sem profundo planejamento participativo. Será executado um estudo de viabilidade
técnica-econômica para a implantação do transporte marítimo nas baías Norte e Sul, integrando a parte continental à ilha de
Santa Catarina e buscando a conexão com os demais municípios da área conurbada. Os percursos e a localização dos terminais
dependerá de estudos de demandas comunitárias e de pesquisa Origem-Destino; os terminais seguirão o princípio da intermo-
dalidade (terão estacionamentos para carros e bicicletas e conexão com o transporte coletivo terrestre) e terá tarifa integrada
com o transporte coletivo terrestre.
4. 7
Economia
6
Política
Gean Loureiro
Gilmar Salgado
Janaína Deitos
1 - Para que as pessoas deixem o carro em casa, precisamos de um transporte coletivo eficiente e barato. A tarifa única, implan-
tada no atual governo, foi um grande ganho para a população e os empregadores. Vou trabalhar para baratear ainda mais este
valor. Quanto à eficiência, eu entendo como rapidez e conforto. É neste sentido que vejo o transporte coletivo no meu governo.
O sistema de BRT se mostrou o mais eficaz na nossa cidade. Vamos implantá-lo. Ele terá calhas exclusivas, permitindo que se
desloque rapidamente. Além disso, vamos investir em outros modais de transporte como o marítimo, além de ampliar ciclovias
com segurança.
2 - Com certeza. Neste ano, quando fui secretário de Governo de Florianópolis, articulei a primeira reunião entre os prefeitos
e o Governo do Estado para implantação do transporte marítimo na Grande Florianópolis. Está bem encaminhado, e acredito
que ainda neste ano saia uma autorização provisória para o modal. Contratamos uma empresa para estudar o melhor ponto de
embarque e desembarque: nos fundos do Centrosul. Naquele local, já existe uma passarela integrando com o Centro e o Ticen.
No meu primeiro ano de mandato, será realidade, e terá integração com o transporte coletivo rodoviário. O transporte maríti-
mo será, inicialmente, integrado com Palhoça, São José e Biguaçu.
1 - Para as pessoas usarem mais o transporte coletivo, ele tem que ser de qualidade e barato. Tem que ter mais linhas, mais
horários, ônibus melhores e passe livre para estudantes e desempregados. Hoje o transporte de Florianópolis enriquece um
grupo de empresários, que financiam campanhas eleitorais, e não atende aos trabalhadores e a maioria da população. O PSTU
propõe a municipalização dos transportes. A prefeitura deve retirar as empresas das mãos dos empresários e construir uma
empresa única, administrada por Conselhos Populares. Só assim poderemos ter um transporte de qualidade.
2 - Municipalizando o transporte é possível sim implantar o transporte marítimo. Uma empresa municipal única que gerencie
todo transporte coletivo pode implantar transporte marítimo integrado aos ônibus. E vamos construir Conselhos Populares
onde população vai decidir que percursos são necessários. Agora na campanha todos os candidatos vão falar que é preciso ter
transporte marítimo, no entanto, mais uma vez a hipocrisia vem à tona, pois há mais de vinte anos fala-se em transporte ma-
rítimo, mas quando eleitos, assumem o governo e nada acontece, pois governam para os ricos e poderosos.
1 - Reduzir radicalmente o tempo de deslocamento e o preço da passagem. Incorporamos ao Plano de Governo a proposta do
novo Plano Diretor. Será chamado de sistema “Rapidinho”, que será nossa principal obra de infraestrutura. Uma rede ativa de
corredores com linhas exclusivas de ônibus Norte-Sul, Ilha-Continente e o corredor circular do centro da cidade, totalmente
integrado e informatizado. Uma passagem paga dará direito a usar qualquer ônibus do sistema durante 2 horas sem limite de
utilização neste período. Para operar o sistema será criada a Empresa Pública de Transporte Coletivo.
2 - Sim, é viável. Temos a experiência do transporte lacustre da Costa da Lagoa. O transporte marítimo precisa ser da região
metropolitana de Florianópolis porque diminuirá o fluxo de veículos nesta região, melhorando a mobilidade urbana. Os trajetos
serão nas baias norte e sul, contemplando a ilha e o continente, com pontos de embarque integrados ao Sistema RAPINHO. Os
itinerários demandam um estudo mais completo, mas propomos inicialmente, Ribeirão, Tapera, Aeroporto, Centro, Cacupé,
Santo Antônio de Lisboa, Sambaqui, Jurerê, Canasvieiras, Coqueiros, Itaguaçu, Abraão, Estreito e Balneário.
Cesar Souza Jr
1 - Temos hoje um transporte público municipal ineficiente e muito caro. A passagem de ônibus de Florianópolis é a segunda
mais cara das capitais do país. Nossa meta é trazer para entre as cinco mais baratas. Como se faz isso? Abrindo o sistema para
uma nova licitação. Na nossa administração as obras irão privilegiar o ônibus, e não apenas o automóvel. Não adianta fazer um
elevado se esse elevado não conta com uma calha exclusiva para ônibus. Isso é improvisação, e a cidade está cansada de improv-
isação. Outra proposta é utilizar 20% do Fundo Municipal de Trânsito na implantação de ciclovias.
2 - O transporte marítimo é absolutamente viável, mas para ser eficiente deve estar integrado com o transporte coletivo e tam-
bém no conceito de região metropolitana. De nada adianta trazer as pessoas de barco e largar em um descampado afastado do
Centro. É preciso ter um sistema de ônibus que ofereça um deslocamento rápido e seguro até o destino final. Como prefeito da
Capital, vou assumir a responsabilidade de chamar os demais prefeitos das cidades litorâneas da nossa região para fazermos de
uma vez por todas um plano de transporte marítimo eficaz e viável, ligando Florianópolis a Palhoça, São José e Biguaçu.
Com 18 mil veículos comercializados,
julhoregistraomaiorvolumedevendas
da série histórica em Santa Catarina
Mês também registrou o melhor resultado da séria e a previsão é agosto repetir a dose
Desde 21 maio, quando começou a
redução do IPI para automóveis, o setor
vive seus melhores momento em Santa
Catarina. Os números de julho, que serão
divulgados oficialmente na segunda-
feira, mostram que o melhor resultado
para o mês em toda a série histórica.
No período, foram vendidos 18 mil
carro e comerciais leves, alta de 14,59%
na comparação com julho de 2011. A
Fenabrave-SC, entidade que reúne os
donos de concessionárias, informou
que junho apresentou o melhor
resultado para o mês desde 2001,
quando a pesquisa começou a ser feita.
Foram 19,1 mil veículos comercializados.
A previsão é que agosto também
seja o melhor da história, afirma
Ademir Antônio Saorin, presidente
da Fenabrave-SC. Ele diz que se o
benefício fiscal for mantido, a estimativa
é de crescimento em torno de 5%.
Caso o governo mantenha o prazo de
encerrar o corte do IPI em 31 de agosto,
Ademir acredita que haverá queda de
10% no volume de vendas no restante do
ano. A redução brusca é atribuída ao forte
impacto que o imposto tem no preço final.
O presidente da Fenabrave-SC ressalta
que o desempenho estadual está bastante
acima da média nacional. Enquanto o
Brasil registra alta de 3,1% nas vendas
neste ano, o Estado apresenta crescimento
de 8,78%. Ademir justifica que mesmo
com a redução do IPI estar em vigência
desde maio, ainda há demanda reprimida.
Os números positivos são consequência
do alto poder aquisitivo da população
catarinense. O consultor da indústria
automotiva João Carlos Rodrigues
afirma que o resultado não surpreende
porque SC é considerado um dos
mercados de maior potencial no país.
Ele acredita que o cenário favorável do
setor será mantido pois o governo federal
dá sinais de que deve prorrogar a redução
deIPI.Lembraquejáhouvedeclaraçõesde
que se houver garantia de manutenção de
empregos e de geração de riqueza Brasília
mantém os incentivos. O mais provável é
estender o corte no imposto até outubro.
O benefício fiscal vai até dia 31 de agosto
5. 8 9
Economia Economia
Em um cenário nacional de recorde na cri-
ação de empresas, Santa Catarina se posi-
ciona como o terceiro estado do país com o
maior crescimento no número de negócios.
No primeiro semestre deste ano, foram aber-
tas quase 40 mil empresas, no Estado, 21% a
mais que no primeiro semestre de 2011. E os
grandes responsáveis por este desempenho
foram os microempreendedores individuais.
Os dados são do Instituto Brasileiro de
Planejamento Tributário (IBPT), que fez
o censo do empreendedorismo brasileiro
no período, comparando-o com os resul-
tados de 2011 e 2010 (veja gráfico abaixo).
Do total de novos negócios em Santa
Catarina, no primeiro semestre, 24.119
foram de microempreendedores individ-
uais (MEI). O número representa 61%
dos empreendimentos criados neste ano.
O MEI é o profissional que trabalha por conta
própria e que se regulamenta como pequeno
empresário,emitindonotafiscalepodendocon-
trataratéumfuncionário.Ofaturamentomáx-
imodonegóciodeveserdeR$60milporano.
O gerente de mercado do Sebrae-SC, Spyros
Diamantaras, explica por que os microem-
preendedores individuais se destacaram no
estudo. A economia de Santa Catarina, ele
argumenta, tem como algumas de suas ativi-
dades mais importantes os serviços, ligados
ao turismo, principalmente, e ao comércio.
E justamente as duas são campo para a in-
formalidade. Mas, a partir da aprovação da
lei complementar, em 2008, que criou uma
série de facilidades para os microempreende-
dores, muitos informais começaram a con-
siderar os o custo-benefício da regularização.
— Ao se formalizar, o empresário passa a
ter acesso a auxílios sociais. Mais do que
isso, consegue abrir uma conta bancária
em nome do negócio, fazer empréstimos e
emitir notas fiscais. E o custo mensal em im-
postos é de somente R$ 35 — argumentou.
Spyrus ilustrou a relação entre crescimento
do negócio e formalização citando um dado
registrado pelo Sebrae-SC: cerca de 70% dos
MEIS do Estado pretendem subir o seu fatu-
ramento para R$ 70 mil ao ano, em 2012.
Mas enquanto os microempreendedores
individuais ganharam força e puxaram
o aumento de novos negócios em SC, o
restante de empresas sofreu uma retração,
em 2012. O número de novos negócios,
sem considerar os MEIs, caiu de 17.114,
no primeiro semestre de 2011, para 15.391,
no primeiro semestre deste ano no Estado.
Masarealidadenãoéapenasestadual.Oavan-
ço dos microempreendedores e o recuo das
empresasmaioresforamidentificadosemtodo
o país. Para o presidente do conselho superior
e coordenador de estudos do IBPT, Gilberto
Luiz do Amaral, o resultado de um milhão
de negócios criados no primeiro semestre de
2012 representa um cenário de copo meio
cheioemeiovazioparaaeconomiabrasileira.
—Seconsiderarmostodososempreendimen-
tos criados no período, inclusive MEIs, houve
um crescimento de 34% dos novos negócios,
o que demonstra uma maior formalização
dos empreendedores individuais, principal-
mente para obtenção dos direitos previden-
ciários, sem contudo representar maior ger-
açãodeempregos.Masaoconsiderarsomente
os empreendimentos de outras naturezas,
houve uma retração de 19% nos novos negó-
cios em todo o país — afirma o especialista.
Padariarecheadacomnovidades
O empreendedor Thiago Ribeiro, de 19 anos, e outros três es-
pecialistas estudaram juntos Panificação e Confeitaria no In-
stituto Federal de Santa Catarina (IF-SC) e se tornaram os
primeiros alunos do curso a abrirem um negócio próprio.
Thiago, além de ter se apaixonado pelo ofício nas aulas do IF-SC,
percebeu a demanda por padarias de qualidade no Centro de Flori-
anópolis, e a grande aceitação do ramo entre os moradores da Ilha.
O ex-aluno, então, transformou a mercearia do pai na Dona Fulana
PãeseDoces,umapadariapreocupadaemoferecerprodutosdiferentes
do esperado para os seus clientes, como pães de paçoca com doce de
leite,beterrabacomcenoura,açaícomgranola,eoutrasinvenções,além
de doces confeccionados na própria padaria, ao invés de terceirizados.
Desde a inauguração, na segunda-feira, passaram pela
Dona Fulana cerca de 1.500 pessoas, segundo Thia-
go, bem mais do que os colegas estavam esperando.
Empresadentrodosalãodebeleza
ClaudiaSantosTeixeira,de41anos,trabalhahá15anoscomomanicure,
mas há apenas um mês como microempreendedora individual. A for-
malização,alémdelherenderauxíliossociais,acessoaempréstimoseà
assessoriadeumcontador,faztodaadiferençanosseusrendimentosden-
trodosalãoemquetrabalha,nobairroSantaMônica,emFlorianópolis.
Antes, quando tinha somente o alvará da prefeitura para tra-
balhar, ficava com 70% do pagamento de cada serviço, mas
tinha que utilizar material próprio. Hoje, ganha 65% do val-
or total do serviço, mas o material é cedido pelo salão.
Segundo ela, a parceria anterior, aparentemente mais lu-
crativa do que a atual, lhe custava muito mais. Na práti-
ca, a divisão com a empresa dava 50-50, como reforça ela.
— Hoje, as clientes exigem unhas decoradas e esmaltes im-
portados. O material está muito caro. Está valendo mui-
to mais a pena trabalhar como formalizada — afirmou.
SC é destaque nacional em pesquisa
sobre empreendedorismo
Thiago fez da mercearia do pai uma padaria com produtos diferenciados
6. 10 11
Esporte Esporte
Três Centros de Treinamento de
SC são selecionados para abrigar
seleções na Copa de 2014
Guga Kuerten entra para o Hall da
Fama do tênis neste sábado
CTS são compostos por um local de treinamento e um hotel oficial
Manezinho fará companhia a Maria Esther Bueno como os únicos
brasileiros que têm a honraria
Três Centros de Treinamento de Santa
Catarina foram selecionados para
abrigar seleções na Copa de 2014. Os
CTS são locais que servirão como base
para as equipes durante o evento e são
compostos por um local de treina-
mento e um hotel oficial. De acordo
com a lista divulgada pelo Comitê
Organizador Local (COL) do Mun-
dial, estão na lista o Bourbon Joinville
Business / Estádio Municipal Arena
Joinville; Costão do Santinho Resort
Golf SPA / Costão do Santinho
Resort Golf SPA; e Majestic Palace /
Estádio Orlando Scarpelli.
A divulgação foi feita na manhã desta
quarta-feira. O catálogo é apresentado
às seleções classificadas, a quem cabe a
decisão final sobre o local onde ficarão
concentradas. A escolha das seleções
acontecerá após o sorteio dos grupos,
marcado para dezembro de 2013, na
Costa do Sauípe, na Bahia. O prazo
para definição final é janeiro de 2014.
A FIFA ainda abrirá novas janelas para
inscrições de candidatos a CTS nos
próximos meses. Uma segunda versão
do Catálogo de Centros de Treina-
mento de Seleções será divulgada no
primeiro semestre de 2013 e a versão
final no segundo semestre do mesmo
ano.
Até o momento, já chegaram ao
Comitê Organizador Local (COL) 279
inscrições de locais de treinamento.
Nas próximas janelas, mesmo os locais
que não foram incluídos na primeira
versão do catálogo, poderão se ad-
equar e fazer parte da lista.
Estádio Orlando Scarpelli é um dos selecionados
OtenistaGustavoKuertenjáestáem
Newport,RhodeIsland,nosEstados
Unidos, onde entrará para o Hall da
Fama do tênis, neste sábado. Guga
será homenageado por conta de sua
trajetória dentro e fora das quadras
e se juntará a grandes nomes do es-
porte como John McEnroe, Andre
Agassi, Steffi Graf, Pete Sampras,
Martina Navratilova e Björn Borg.
O manezinho é o segundo bra-
sileiro a entrar para o seleto grupo
de ex-tenistas. A paulista Maria Es-
ther Bueno, que tem no currículo
19 títulos profissionais, entrou para
o Hall da Fama em 1978. Dono de
20 títulos, tricampeão de Roland
Garros e líder por 43 semanas do
ranking da ATP (Associação de
Tenistas Profissionais), Guga teve a
aprovação de mais de 75% da imp-
rensa especializada internacional.
A cerimônia oficial está marcada
para às 14h deste sábado, mas o
Hall da Fama já está preparado
para receber o manezinho. No
museu, há uma sala com vários
objetos cedidos pelo ex-número 1
do mundo, entre eles a réplica do
troféu de Roland Garros de 2001,
um dos tênis usados na conquista
do Grand Slam francês, em 1997,
a taça do Brasil Open de 2004 e o
Prêmio Laranja, dado por jornal-
istas ao atleta que mais demonstra
fair play e acessível aos fãs e à im-
prensa. No domingo, Guga fará
uma exibição, às 10h, ao lado do
norte-americano Martin Todd.
Guga encerrou a carreira precoce-
mente,em2008,porcontaderepeti-
daslesões,mas,aindahoje,continua
envolvido com o esporte. Ao lado
da mãe, Alice Kuerten, o ex-tenista
comanda o Instituto Guga Kuerten,
que tem como um dos pilares dar a
oportunidade para jovens e crian-
ças carentes. A carreira vitoriosa e a
preocupaçãosocialtambémrender-
am ao manezinho o troféu Philippe
Chatrier, um dos prêmios de maior
prestígio no mundo do tênis.
Guga enfrentará Todd Martin em partida comemorativa
7. 12
Esporte
O Figueirense não conseguiu fazer frente à Por-
tuguesa no Canindé e perdeu por 2 a 0 na noite
deste sábado. Bruno Mineiro e Ananias marcar-
am para a equipe paulista, que foi a 11ª posição,
com 16 pontos. Com a sexta derrota consecutiva,
de 13 jogos sem vencer no Brasileiro, o Figuei-
rense continua na lanterna, com oito pontos.
O jogo ainda resultou em duas baixas: o later-
al-esquerdo Guilherme Santos foi expulso e o
goleiro Ricardo torceu o tornozelo direito e di-
ficilmente pega o Flamengo, no meio de semana.
Aos 43 minutos, o volante Doriva – improvisado
na lateral-direita - pegou mais uma bola per-
dida pelo ataque da Portuguesa e sem qualquer
marcação levantou e deu um balão para fora de
campo. Foi como se o jogador quisesse espan-
tar o tédio que foi o primeiro tempo de par-
tida. Antes disto, muitos erros de passes e a
bola disputada entre as duas linhas de volantes.
Na volta do intervalo, a Lusa passou a utilizar
os laterais Luis Ricardo e Marcelo Cordeiro e o
Figueirense não conseguiu resistir à pressão. Em
cobrança de falta, aos 9 minutos, Marcelo Cord-
eiro cobrou forte, Ricardo espalmou para o meio
da área e o atacante Bruno Mineiro abriu o placar.
A reação de Hélio dos Anjos foi colocar Aloisio no
lugar do apagado Pittoni e o time passou a jogar
mais no campo de ataque da Portuguesa. O “Boi
Bandido” quase marcou, após sobra de escanteio,
mas Dida mostrou reflexo. Aos 23 minutos, Guil-
herme Santos foi expulso e o que era difícil ficou
impossível. Em contra-ataque aos 40 minutos, o
time da casa ampliou o marcador, com Ananias.
O Alvinegro ainda perdeu o goleiro Ri-
cardo, que torceu o tornozelo em uma di-
vidida aos 31 minutos – mesmo assim o joga-
dor permaneceu até o final dos 90 minutos.
Figueirense perde para Portuguesa e
se complica ainda mais no Brasileiro
Time acumula 13 jogos sem vencer na competição, com seis derrotas consecutivas
Ficha Técnica
Gols: Bruno Mineiro aos 9 minutos do segundo tempo,
Ananias aos 40 minutos do segundo tempo (P);
Cartão amarelo: Anderson Conceição, Aloisio, Loco Abreu (F)
Cartão vermelho: Guilherme Santos (F)
Arbitragem: Sandro Meira Ricci (PE), auxilicado por Fabiano da
Silva Ramires (ES) e Vanderson Antônio Zanoti (ES).
Público: 1.600
Renda: R$ 39.130