O documento discute incentivos à inovação no Brasil, incluindo a Lei de Inovação Federal e a Lei Paulista de Inovação. Também aborda os incentivos diretos e indiretos à inovação, como subvenções econômicas e incentivos fiscais da Lei do Bem.
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Aula Incentivos à Inovação USP EACH Dez 2009 Eduardo Grizendi V 1
1. Incentivos à Inovação
A Lei de Inovação e
a Lei do Bem
Eduardo Grizendi
Professor Titular
egrizendi@inatel.br
Blog: www.eduardogrizendi.blogspot.com
São Paulo, Dezembro de 2009
2. Agenda
• Conceitos de inovação
• O processo de inovação
• O Modelo de inovação aberta (“Open Innovation”).
• A Lei Federal de Inovação.
• Os Incentivos Diretos à Inovação - A Subvenção Econômica
• A Lei Paulista de Inovação
• A Lei do Bem
• Os Incentivos Indiretos à Inovação - Os Incentivos Fiscais à Inovação da Lei
do Bem.
• Caminhos para inovação - as oportunidades trazidas pelo Modelo de “Open
Innovation”
• Caminhos para inovação - as oportunidades trazidas pela Lei de Inovação
• Conclusões
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 2
3. A Inovação segundo Schumpeter
(TDE, 1911)
• Novas combinações de meios produtivos (“materiais e
forças”) aparecendo descontinuamente, gerando
desenvolvimento (“realização de novas combinações”):
– Introdução de um novo bem ou de uma nova qualidade de
um bem
– Introdução de um novo método de produção
– Abertura de um novo mercado
– Conquista de uma nova fonte de oferta de matérias-primas
ou de bens manufaturados
– Estabelecimento de uma nova organização de qualquer
indústria
• Invenção # Inovação
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4. A Inovação Tecnológica de Produto ou
Processo (TPP) segundo o Manual de Oslo
(1997)
• Inovações Tecnológicas em Produtos e Processos (TPP):
implantações de produtos e processos tecnologicamente novos e
substanciais melhorias tecnológicas em produtos e processos.
– O termo “produto” é usado para cobrir tanto bens como serviços;
• Inovação tecnológica de produto pode assumir duas formas
abrangentes:
– Produtos tecnologicamente novos;
– Produtos tecnologicamente aprimorados;
• Inovação tecnológica de processo é a adoção de métodos de
produção novos ou significativamente melhorados, incluindo
métodos de entrega dos produtos.
• A inovação TPP precisa ser distinguida de:
– Inovação organizacional;
– Outras mudanças em produtos e processo;
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5. A Inovação Tecnológica segundo o
Manual da PINTEC 2009
• Introdução no mercado de um produto (bem ou serviço)
tecnologicamente novo ou substancialmente aprimorado ou
• Introdução na empresa, de um processo produtivo
tecnologicamente novo ou substancialmente aprimorado;
• Se refere a produto e/ou processo novo (ou substancialmente
aprimorado) para a empresa, não sendo, necessariamente, novo
para o mercado de atuação;
• Pode ter sido:
– Desenvolvida pela empresa ou
– Ter sido adquirida de outra empresa/instituição que a desenvolveu.
• Pode resultar de:
– pesquisas e desenvolvimentos tecnológicos realizados no interior das
empresas (P&D);
– novas combinações de tecnologias existentes;
– aplicação de tecnologias existentes em novos usos ou
– utilização de novos conhecimentos adquiridos pela empresa.
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6. O Processo de Inovação
O Funil da Inovação
Geração de
Idéias e Elaboração do Projeto de
D1 D2 Estudo Detalhado D3
Identificação de Conceito Desenvolvimento
oportunidades
Ponto de decisão
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 6
B
7. O Processo de Inovação
A seleção de idéias e projetos
Idéias
Idéias
Idéias
Idéias Projetos
Idéias
Protótipo
Projetos
Idéias Idéias Produto
Projetos Protótipo
Idéias
Idéias
Idéias Projetos
Projetos
Idéias
Idéias
Idéias
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8. A Inovação segundo as Leis de
Inovação e do Bem
• Lei de Inovação Federal:
– Art. 2º, IV , inovação: “introdução de novidade ou
aperfeiçoamento no ambiente produtivo ou social que resulte em
novos produtos, processos ou serviços”
• Lei Paulista de Inovação:
– Art.2º, I , inovação tecnológica: “introdução de novidade ou
aperfeiçoamento no ambiente produtivo e/ou social que resulte
em novos processos, produtos ou serviços, bem como em ganho
de qualidade ou produtividade em processos, produtos ou
serviços já existentes, visando ampliar a competitividade no
mercado, bem como a melhoria das condições de vida da maioria
da população, e a sustentabilidade socioambiental;”
• Lei do Bem
– Art. 17º, § 1º, inovação tecnológica: “concepção de novo
produto ou processo de fabricação, bem como a agregação de
novas funcionalidades ou características ao produto ou processo
que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de
qualidade ou produtividade, resultando maior competitividade no
mercado”
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 8
9. A Inovação para a Empresa
@Instituto Inovação (www.institutoinovacao.com.br)
Novo Produto
Melhoria em Produto
Novo Processo
Melhoria em Processo
Novos mercados =
Novas fontes de suprimentos
Mudança organizacional
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10. O conceito de Inovação Aberta
(“Open Innovation”)
Closed Innovation Open Innovation
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 10
12. O conceito de Inovação Aberta
(“Open Innovation”)
Other firm´s
market
Licence, spin out, divest Our new market
Internal technology base
Our current market
Internal/external venture
handling
External technology base External technology insourcing/ spin-in
Henry Chesbrough , 2004
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 12
13. A legislação brasileira de Incentivos à
Inovação
• Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP)
• Lei federal de inovação;
• Leis estaduais de inovação;
– São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amazonas,
Pernambuco, Bahia, Ceará, Amazonas, Sergipe, Mato Grosso,
Paraná, Santa Catarina, ...
• Cap. III da Lei do Bem
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 13
14. 7
A Lei Federal de Inovação
• Lei no. 10.973 de 2 de dezembro de 2004
– “Dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e
tecnológica no ambiente produtivo e dá outras providências”.
– Regulamentada pelo decreto nº 5.563 de 10/2005
• O centro de atenção é a ICT – Instituição Científica e
Tecnológica
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 14
15. A Lei Federal de Inovação
Lei nº 10.973, de 02.12.2004
Dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no
ambiente produtivo e dá outras providências.
I- DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
II - DO ESTÍMULO À CONSTRUÇÃO DE AMBIENTES ESPECIALIZADOS E COOPERATIVOS
DE INOVAÇÃO Lei de Inovação
III - DO ESTÍMULO À PARTICIPAÇÃO DAS ICT NO PROCESSO DE INOVAÇÃO
IV - DO ESTÍMULO À INOVAÇÃO NAS EMPRESAS
V- DO ESTÍMULO AO INVENTOR INDEPENDENTE
VI - DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO
VII - DISPOSIÇÕES FINAIS
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 15
16. 7
O Conceito de ICT
• Lei Federal de Inovação:
– Instituição Científica e Tecnológica - ICT: órgão ou entidade
da administração pública que tenha por missão
institucional, dentre outras, executar atividades de pesquisa
básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico;
• Lei Paulista de Inovação
– Instituição Científica e Tecnológica do Estado de São Paulo -
ICTESP: órgão ou entidade da administração pública
estadual direta ou indireta que tenha por missão
institucional executar atividades ligadas à inovação
tecnológica, à pesquisa científica e tecnológica, ao
desenvolvimento tecnológico, à engenharia não rotineira e à
extensão tecnológica em ambiente produtivo, atuando ou não
na formação de recursos humanos;
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 16
17. A Lei Federal de Inovação
Pontos Principais
• Autoriza a incubação de empresas dentro de ICTs;
• Permite a utilização de laboratórios, equipamentos e instrumentos,
materiais e instalações das ICT’s por empresa;
• Facilita o licenciamento de patentes e transferência de tecnologias
desenvolvidas pelas ICTs;
• Introduz a participação dos pesquisadores das ICTs nas receitas;
• Autoriza a concessão de recursos diretamente para a empresa
(Subvenção Econômica);
• Prevê novo regime fiscal que facilite e incentive as empresas a
investir em P&D (Lei do Bem);
• Autoriza a participação minoritária do capital de EPE cuja
atividade principal seja a inovação;
• Autoriza a instituição de fundos mútuos de investimento
em empresas cuja atividade principal seja a inovação
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18. A Lei Federal de Inovação
Incentivos Diretos e Indiretos
IV - DO ESTÍMULO À INOVAÇÃO NAS EMPRESAS
INCENTIVOS DIRETOS = SUBVENÇÃO ECONÔMICA
Art. 19
A União, as ICT e as agências de fomento promoverão e incentivarão o desenvolvimento de
produtos e processos inovadores em empresas nacionais e nas entidades nacionais de direito
privado sem fins lucrativos voltadas para atividades de pesquisa, mediante a concessão de recursos
financeiros, humanos, materiais ou de infra-estrutura, a serem ajustados em convênios ou
contratos específicos, destinados a apoiar atividades de pesquisa e desenvolvimento, para
atender às prioridades da política industrial e tecnológica nacional. .
VI – DISPOSIÇÕES FINAIS
INCENTIVOS INDIRETOS = INCENTIVOS FISCAIS
Art. 28
A União fomentará a inovação na empresa mediante a concessão de incentivos fiscais com vistas
na consecução dos objetivos estabelecidos nesta Lei.
O Poder Executivo encaminhará ao Congresso Nacional, em até 120 (cento e vinte) dias, contados da
publicação desta Lei, projeto de lei para atender o previsto no caput deste artigo.
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 18
19. Os Editais Finep de Subvenção Econômica
Chamada Pública Subvenção Econômica 2009
• Áreas e Recursos Disponíveis
• No mínimo 40% dos recursos disponíveis para esta seleção serão dedicados a
pequenas empresas e
• No mínimo 30% a empresas localizadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 19
20. A Lei Paulista de Inovação
LEI COMPLEMENTAR Nº 1049, DE 19 DE JUNHO DE 2008
Dispõe sobre medidas de incentivo à inovação tecnológica, à pesquisa
Científica e tecnológica, ao desenvolvimento tecnológico, à engenharia
não-rotineira e à extensão tecnológica em ambiente produtivo,
no Estado de São Paulo, e dá outras providências correlatas.
Capítulo I - Das Disposições Preliminares
Capítulo II - Do Sistema Paulista de Inovação Tecnológica;
Capítulo III - Do Estímulo à Participação das ICTESPs no Processo de Inovação
Tecnológica;
Capítulo IV - Do Estímulo à Participação do Pesquisador Público no Processo de Inovação
Tecnológica;
Capítulo V - Do Estímulo à Participação do Inventor Independente no Processo de
Inovação Tecnológica;
Capítulo VI - Do Estímulo à Participação de Empresas no Processo de Inovação
Tecnológica;
Capítulo VII - Da Participação do Estado em Empresas de Inovação Tecnológica;
Capítulo VIII - Da Participação do Estado em Fundos de Investimento;
Capítulo IX - Dos Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresa de Base Tecnológica;
Capítulo X - Das Disposições Finais
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 20
21. As Chamadas PIPE/ Fapesp de
Subvenção Econômica
• Programa de Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas - PIPE/FAPESP
• Apóia pesquisas inovadoras a executadas por pequenas empresas (até 100
empregados), instaladas no Estado de São Paulo;
• Projetos desenvolvidos por pesquisadores vinculados às empresas ou não;
• Dispensa contrapartida;
• O pesquisador deverá se dedicar prioritariamente à execução do projeto e
ter presença substancial dentro da empresa.
• Programa estruturado em Fases
– FASE 1: Fase de realização de pesquisas sobre a viabilidade técnica das idéias propostas
(até R$ 125 mil)
– FASE 2: Fase de desenvolvimento da parte principal da pesquisa (até R$ 500 mil)
– FASE 3: Fase de desenvolvimento de novos produtos comerciais baseados nas fases
anteriores
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 21
22. 7
A Lei do Bem
• MP do Bem, depois Lei do Bem (Capítulo III da Lei nº 11.196
11/2005)
– Prevista na Lei de inovação
– Cria incentivos fiscais de apoio às atividades de pesquisa,
desenvolvimento e inovação tecnológica das empresas.
– Regulamentada pelo decreto nº 5.798 de 06/2006.
• Vários capítulos na MP e na Lei do Bem
– “Institui o .. ; dispõe sobre incentivos fiscais para a inovação
tecnológica; altera o ...”.
– Capítulo III - DOS INCENTIVOS À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
• O centro de atenção é a empresa
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 22
23. Os principais Incentivos Fiscais da Lei do
Bem
• Dedução de 100% dos dispêndios com Inovação Tecnológica da Base de calculo (BC) do
IR e da CSLL;
• Dedução de mais 60% (100+60=160%) dos dispêndios com Inovação Tecnológica da
Base de calculo (BC) do IR e da CSLL;
• Dedução de mais 20% (160+20=180%) dos dispêndios com Inovação Tecnológica da
Base de calculo (BC) do IR e da CSLL, incrementando o número de pesquisadores (RH);
• Dedução de mais 20% (180+20=200%) dos dispêndios com Inovação Tecnológica da
Base de calculo (BC) do IR e da CSLL, através de pagamentos vinculados a patente
concedida ou cultivar registrado;
• Redução de 50% de IPI na aquisição de equipamentos, máquinas, aparelhos e
instrumentos novos, destinados à P&D de Inovação Tecnológica;
• Depreciação Acelerada integral no ano da aquisição, de equipamentos, máquinas,
aparelhos e instrumentos novos, destinados à P&D de Inovação Tecnológica;
• Amortização Acelerada na aquisição de bens intangíveis, vinculados exclusivamente às
atividades destinados à P&D de Inovação Tecnológica;
• Crédito do imposto de renda retido na fonte, de remessas para o exterior de royalties,
assistência técnica ou científica e de serviços especializados, de contratos de
transferência de tecnologia;
• Redução a zero da alíquota do imposto sobre a renda retido na fonte nas remessas
efetuadas para o exterior destinadas ao registro e manutenção de marcas, patentes e
cultivares”.
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 23
24. Dispêndios contratadas com instituição de
pesquisa
• Dispêndios com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de
inovação tecnológica contratadas com instituição de pesquisa
– § 1º. O disposto no inciso I do caput deste artigo [refere-se ao Art.
3º, I do Decreto] aplica-se também aos dispêndios com pesquisa
tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica contratadas
no País com universidade, instituição de pesquisa ou inventor
independente de que trata o inciso IX do art. 2o da Lei no 10.973,
de 2 de dezembro de 2004, desde que a pessoa jurídica que efetuou
o dispêndio fique com a responsabilidade, o risco empresarial, a
gestão e o controle da utilização dos resultados dos dispêndios.
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 24
25. Alterações na Lei do Bem
• A Lei Rouanet da Inovação (Lei nº. 11.487 de 05/2006):
– Regulamentada pelo Decreto nº 6.260, de 11/2007
– Contempla projetos com ICTs públicas;
• A Lei nº 11.774 de 09/2008 (antiga MP no. 428):
– Altera a Lei do Bem para contemplar também empresas que utilizam da
Lei de Informática;
– Introduz a Depreciação integral;
• A Lei nº 11.908, de 03/2009 (decorrente do Projeto de Lei
de Conversão nº 30 de 2008 )
– Capacitação de SW para os setores de TI
• O Decreto nº 6.909 de 07/2009:
– Detalha/estende para CSLL o tratamento contábil da Depreciação
integral e Amortização Acelerada
– Ajuste no conceito de Micro e Pequena Empresa
– Detalha a alteração da Lei do Bem, para empresas da Lei de
Informática
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 25
26. Resumo dos Incentivos Fiscais da Lei do
Bem
Principais Incentivos Fiscais da Lei do Bem
Dedução Adicional de
60% automático
10% com incremento de <= 5 % dos pesquisadores
20% com incremento de > 5 % dos pesquisadores
BC do IRPJ & CSLL 20% para patente
concedida
Depreciação Integral no ano de aquisição de equipamentos
Amortização acelerada para ativos intangíveis
Redução de
IPI 50% na aquisição de equipamentos
Redução a
0 (zero) em remessas para registro e manutenção de
IR Retido na Fonte patentes
Crédito de
IR Retido na Fonte 10% em remessas para pagamento dev royalties e assistência técnica
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 26
27. Resumo dos benefícios dos incentivos
fiscais da Lei do Bem
Estimativa dos Benefícios da Lei do Bem
Recuperação de
Despesas Operacionais com M.O. interna
e serviços de terceiros entre 20,4 a 34%
Despesas Operacionais com ICTs entre 17 e 85%
Remessas no exterior 10% ou alíquota 0 (zero)
Ativos – instalações ganho financeiro da depreciação integral
Ativos - máquinas e equipamentos ganho financeiro da depreciação integral
ganho financeiro da amortização
Ativos intangíveis acelerada
Redução de
Ativos -máquinas e equipamentos 50% do IPI
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 27
28. Atividades de pesquisa tecnológica e
desenvolvimento de inovação tecnológica
da Lei do Bem
• Pesquisa básica dirigida: os trabalhos executados com o objetivo de adquirir
conhecimentos quanto à compreensão de novos fenômenos, com vistas ao
desenvolvimento de produtos, processos ou sistemas inovadores;
• Pesquisa aplicada: os trabalhos executados com o objetivo de adquirir novos
conhecimentos, com vistas ao desenvolvimento ou aprimoramento de produtos,
processos e sistemas;
• Desenvolvimento experimental: os trabalhos sistemáticos delineados a partir
de conhecimentos pré-existentes, visando a comprovação ou demonstração da
viabilidade técnica ou funcional de novos produtos, processos, sistemas e serviços
ou, ainda, um evidente aperfeiçoamento dos já produzidos ou estabelecidos;
• Tecnologia industrial básica: aquelas tais como a aferição e calibração de
máquinas e equipamentos, o projeto e a confecção de instrumentos de medida
específicos, a certificação de conformidade, inclusive os ensaios correspondentes,
a normalização ou a documentação técnica gerada e o patenteamento do produto
ou processo desenvolvido; e
• Serviços de apoio técnico: aqueles que sejam indispensáveis à implantação e à
manutenção das instalações ou dos equipamentos destinados, exclusivamente, à
execução de projetos de pesquisa, desenvolvimento ou inovação tecnológica, bem
como à capacitação dos recursos humanos a eles dedicados;).
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 28
29. Exemplo de aplicação da Lei do Bem
IPI (Alíquota de 10%) 100.000,00
Projeto Modelo:
Desconto de 50%: (Art.: 3º, Inc.: II): 50.000,00
Compra de Equipamentos: 1.000.000,00
Depreciação acelerada integral:
Total de despesas operacionais do Projeto: 1.000.000,00
Normal 10%: 100.000,00
Serviços de Terceiros: 600.000,00
Acelerada Integral: 1.000.000,00
RH da empresa alocado ao projeto 300.000,00
IR - 25%: 250.000,00
Remessa para registro de patentes no exterior:
100.000,00 Ganho financeiro 10% (chute!): 25.000,00
Total de dispêndios do Projeto: 2.000.000,00 IRRF remessas ao exterior:
IR sobre remessa -15%: 15.000,00
Ganho redução a zero: 15.000,00
Exclusão da BC do IR:
60% das despesas operacionais do IR:(Caput Art.8º) 600.000,00
IR - 25%: 150.000,00
Exclusão da BC da CS:
60% das despesas operacionais do IR:(Caput Art.8º) 600.000,00
CS - 9%: 54.000,00
Ganho total na operação: 294.000,00
14,70 %
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 29
30. Segregação da contabilidade e Informações ao
MCT
• Art. 10. Os dispêndios e pagamentos de que tratam os arts.
3º ao 9º:
I - deverão ser controlados contabilmente em contas específicas;
e
• Art. 14. A pessoa jurídica beneficiária dos incentivos de que
trata este Decreto fica obrigada a prestar ao Ministério da
Ciência e Tecnologia, em meio eletrônico, conforme
instruções por este estabelecidas, informações sobre seus
programas de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de
inovação tecnológica, até 31 de julho de cada ano.
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 30
31. Formulário MCT
5 DISPÊNDIOS DO PROGRAMA
RECURSOS PRÓPRIOS: FINANCIAMENTOS: FONTE DO FINANCIAMENTO:
% %
DISPÊNDIOS DO PROGRAMA
ANTES DE PREENCHER, LER AS OBSERVAÇÕES ABAIXO COM ATENÇÃO:
A. Incluir apenas os dispêndios realizados com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, enquadrados no inciso I e §1º do Art. 3º, exceto
OBRAS CIVIS.
B. Não incluir RECURSOS NÃO REEMBOLSÁVEIS oriundos de órgãos ou Entidades do Poder Público, conforme §2º do Art. 3º.
C. Os dispêndios realizados para remessas por tecnologias do exterior não são passíveis do usufruto dos incentivos do Art 8º".
D. Os DISPÊNDIOS realizados deverão ser CONTROLADOS CONTABILMENTE em CONTAS ESPECÍFICAS durante todo o período de execução do Programa,
conforme Art.10.
E. Preencher o Quadro 5.1.1. com os principais EQUIPAMENTOS, considerando as quantidades e os valores envolvidos, adquiridos no ANO DE REFERÊNCIA.
F. Preencher o Quadro 5.1.2. com os SERVIÇOS DE TERCEIROS, especificando os valores contratados ou transferidos, por entidade, no ANO DE REFERÊNCIA.
G. Todos os valores devem ser expressos em Reais (R$).
H. Todos os dispositivos legais citados (itens de A a D) estão dispostos no Decreto nº. 5.798, de 7 de junho de 2006.
I. Incluir os dispêndios efetivados em projeto de pesquisa científica e tecnolôgica e de inovação tecnológica a ser executada por ICT (Instituições Científicas e
Tecnológicas) conforme Art. 19-A da Lei nº 11.196/05.
Ano Anterior ao Ano
5.1. ITENS DE DISPÊNDIOS
de Referência de Referência
1. Recursos Humanos
2. Serviços de Terceiros
2.1. Contratados (§1º do Art. 3º do decreto n° 5.798/06)
Universidades
Instituição de Pesquisa
Inventos Independentes
2.2. Valores Transferidos (Art. 7º e seu §1º do decreto n° 5.798/06)
Microempresas
Empresas de Pequeno Porte
Inventor Independente
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 31
32. Caminhos de inovação - O papel das ICTs
(segundo o Modelo Fechado de Inovação)
Empresa
Modelo Fechado
Foco em D
Comercialização
Desenvolvimento
Pesquisa
Desenvolvimento ICT
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 32
33. Caminhos de inovação - O papel das ICTs
( segundo o Modelo Aberto de Inovação e
alinhado com as leis de Inovação)
Empresa
Modelo Aberto
Foco em P&D&I Comercialização
Desenvolvimento
Scale up
ICT Pesquisa
Spin-out
Desenvolvimento
Comercialização
Oportunidades
Licenciamentos
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 33
34. (Modelo Fechado) X (Modelo Aberto + Lei de
Inovação + Lei do Bem)
Modelo Fechado Modelo Aberto
Foco em D Foco em P&D&I
Empresa
Comercialização
Comercialização
Desenvolvimento
Desenvolvimento Scale up
Pesquisa
ICT Pesquisa
Spin-out
Desenvolvimento
Desenvolvimento
Comercialização
Oportunidades
Licenciamentos
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 34
35. Caminhos para inovação As oportunidades
trazidas pelo Modelo de “Open Innovation”
Other firm´s
market
Licence, spin Our new
out, divest market
Internal
technology base
Internal/external Our current
venture handling market
External technology
insourcing
External technology base
Stolen with pride from Prof Henry Chesbrough UC Berkeley, Open Innovation: Renewing Growth from
Industrial R&D, 10th Annual Innovation Convergence, Minneapolis Sept 27, 2004
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 35
36. A Importância da Geração de Empresas Nascentes e
os Processos de Inovação por “Spin-in” e “Spin-off”.
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 36
37. Conclusões
• Nem toda invenção se traduz em inovação
• A Inovação tem que gerar riqueza
– Trazer “dim dim”, “bufunfa”, ...
• A Lei de Inovação traz conceitos de “Open Innovation” que geram
valor diretamente para as ICTs públicas e, indiretamente, para as
ICTs privadas e Empresas.
• A Lei do Bem é um importante benefício para qualquer empresa
com apuração de lucro real;
• A aplicabilidade da Lei do Bem pode viabilizar novos projetos,
considerando os incentivos fiscais que eles podem trazer;
• O Modelo de “Open Innovation” e a Lei do Inovação e Lei do Bem
trazem novos caminhos para a Inovação
• A Inovação Tecnológica precisa estar bem caracterizada, apoiada
em conceitos sólidos de Processos de Inovação e Política Cientifica
e Tecnológica;
@Eduardo Grizendi 2009 São Paulo, Dezembro de 2009 37
38. Obrigado !!!
Eduardo Grizendi
Blog: www.eduardogrizendi.blogspot.com
São Paulo, Dezembro de 2009