1. Reação ao lixão ainda na Justiça
Escrito por Wilian Oliveira
Sáb, 27 de Março de 2010 23:59 - Última atualização Ter, 30 de Março de 2010 19:17
Em que pese a luta e a determinação dos estudantes itaboraienses que mobilizaram as
diversas correntes sociais da cidade para barrar a instalação de um depósito de lixo na cidade,
já recusado pelos vereadores em primeira votação e após um conflito que durou meses, será
mesmo o MP - Ministério Público quem vai sepultar a idéia. O promotor está pedindo a Câmara
a Ata da reunião onde os vereadores alteraram o zoneamento da cidade, permitindo o então
prefeito, Cosme Salles, garantir aos seus correligionários, a instalação do empreendimento. A
situação complicou para Cosme que, caso não tenha autorização da Câmara, poderá
responder por Improbidade e perder seus direitos e sair do cenário político.
A disputa do lixão, entre a Estre, uma empresa capitaneada pelo empresário Paulo Balbio,
conhecido em Itaboraí como Paulinho da Piscina, principal mentor político nas ultimas duas
décadas em Itaboraí, e a população, ganhou força quando se descobriu irregularidades no
processo. Além da reunião de vereadores no dia 26 de dezembro de 2008, que nenhum
vereador ainda conseguiu provar ter comparecido, se questiona até mesmo falsificação de
documentos.
O lixão, também, teria sido o estopim que quebrou a aliança política que uniu todas as
correntes da cidade, logo assim que se anunciou o Comperj, ficando de comum a eleição de
Sergio Soares para a prefeitura. A entrada de um novo sócio no projeto do lixão teria então
desagradado ao Deputado Alexandre Santos que “peitou” a aliança, tentando eleger prefeito
seu candidato, o também deputado, Audir Santana, uma briga jurídica que parece não ter fim.
O MP, buscado desde o início da contenda, só agora teria acionado a Câmara que sem
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2. Reação ao lixão ainda na Justiça
Escrito por Wilian Oliveira
Sáb, 27 de Março de 2010 23:59 - Última atualização Ter, 30 de Março de 2010 19:17
explicações convincentes deixou de publicar em suas páginas na internet as reuniões, fazendo
aumentar as suspeitas de que nunca houve uma reunião para tratar do assunto que permitiu a
Estre se instalar na cidade.
Nos links do noticiário on line da Câmara de Itaboraí ainda se podia ver, numerado e
seqüencialmente, o trabalho dos vereadores. Mas no período que teria havido a reunião sobre
a qual Cosme Salles promulgou a Lei da Estre, naquele ano registra como último fato
legislativo a diplomação dos novos vereadores. Depois o noticiário já troca de ano, informando
a eleição do novo Presidente da Casa, o vereador Lucas Borges.
Desafeto político de Cosme e seu grupo, o vereador reeleito, Alzenir Santana, quem presidia o
Legislativo na época da contestada reunião, grita aos quatros cantos que nunca houve tal
reunião. “Por isso não se tem ata ou o áudio. Não vão conseguir atender ao promotor” garante.
Alzenir diz que espera somente ser convocado pelo promotor para denunciar o que ele chama
de “quadrilha”, a reunião de Cosme e seus amigos para burlar a lei e perpetrar crimes contra a
cidade, como é o caso do lixão, que é repudiado por todos.
Um grupo de vereadores vem enfrentando o problema, mas como é minoria não vinha
conseguindo colocar o projeto de regulamentação que excluía a proposta da Estre. Alguns
deles viajaram a sede da empresa, em São Paulo, e estranhamente começaram a boicotar as
reuniões, com seguida ausência em plenário. Dia 18 ultimo, todavia, por uma falha de
comunicação os faltosos conseguiram dar quorum e o lixão foi rejeitado na primeira das duas
votações necessárias.
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