BLOG DE JAMILDO - Chesfiano apresenta proposta Contra A UnificaçãO Da Eletrobras
1. Senhores,
Estamos em um momento importante da historia desta Empresa. Começamos a entender
isto um pouco tarde, porém acredito que podem existir modificações nos planos do
PMDB, ou de Zé Antonio. Quando o Presidente Lula pronunciou sua frese de que
queria a Eletrobrás semelhante à Petrobras, fizemos uma discussão na DE. Desta
discussão saiu um documento que o Diretor de Engenharia ficou de encaminhar aos
escalões do Governo, em particular a assessora da Ministra Dilma.
Nossa proposta era para fortalecer a Eletrobrás fortalecendo as Empresas Regionais,
principalmente a CHESF.
Naquele momento tínhamos conhecimento de um documento que proponha a
concentração do poder na Eletrobrás, com criação da Eletrobrás Distribuição, Eletrobrás
Transmissão, Eletrobrás Geração, Eletrobrás Nuclear e a continuação da Itaipu dentro
da Eletrobrás, pois esta é binacional e seu controle ou qualquer modificação deve passar
pelo Paraguai.
Segundo informações o Megalomaníaco encontrou este documento, elaborado por uma
consultora, que só falava em economia de administração quando da concentração. Ele
disse é por ai o caminho. É claro que aquela idéia encontrou respaldo no caráter de
Megalomaníaco, que deve ser “ESTOU ONDE ESTAR O PODER”. Esta proposta
agrada a Deus e o Diabo, pois quando, se assim acontecer, os Neoliberais chegarem ao
poder e forem privatizar, mais ainda, o setor Elétrico, ele deve argumentar, para
permanecer no poder, que foi ele idéia dele concentrar o setor Elétrico, quase Estatal,
para puder facilitar a Privatização.
A estratégia de implementação, não sei quem definiu, porem estar sendo eficiente.
Lançou a migalha para os trabalhadores de que uma Eletrobrás unificada passava por
salários unificados, os bestalhões dos trabalhadores, ajudados por representantes
desinteressados voltaram suas forças para a equiparação salarial. Enquanto isto, na
calada da noite sem que as Diretorias das Empresas soubessem, emitiu o primeiro
grande passo, mudou os Estatutos das Empresas, tirando o poder do conselho destas e
concentrando no Conselho da Eletrobrás.
Poucas pessoas sabiam do que realmente iria acontecer. Os trabalhadores e seus
representantes estavam preocupados com o PCR.
Em pequenas reuniões cobramos reações de companheiros e de outros não
companheiros, porem “aliados”, não existiu ou se existiu não teve eco.
Estamos neste momento, depois de outras deliberações do Conselho da Eletrobrás,
vendo a consolidação da hegemonia do poder do Sistema Eletrobrás no centro do Rio de
Janeiro. Estamos querendo reagir ao monstro criado e articulado na hoste do PMDB
com o aval do PT.
Para que possamos melhor reagir devemos entender o contexto em que estamos
metidos.
Do lado de cá
Temos hoje um grupo de pessoas que estão interessados no PCR, ou seja,
independentemente do Crachá que venha a colocar no peito só interessa se vão receber
um salário que atenda suas necessidades, alguns de sobrevivência e outros mais do que
isto.
Um segundo grupo que necessitam de afirmar, na categoria, sua posição política de
oposição ao atual Governo e ou ao sindicato. Este grupo utilizará todos os motivos para
que sua intenção seja concretizada.
2. Por fim um terceiro e pequeno grupo que ver nesta unificação da Eletrobrás uma grande
perda para a Região Nordeste, uma abertura maior ainda nas diferenças Regionais.
Conseqüências de perda Política, Econômica e Social.
Estou classificando os interesses e não as pessoas. As pessoas, em si, podem ter um
misto de tudo isto, porém se tiver uma assembléia na Frente da Chesf, iremos ter os
discursos dos legítimos representantes destes interesses isoladamente.
Minha preocupação é de como devemos unir estes interesses e concentrá-los em uma
única ou poucas ações para unir forças.
Estou sabendo que existiu reunião de um grupo que vai realizar uma baixa assinada, ou
coisa parecida, para protestar contra o PCR.
Ficamos mandando notas sem maiores efeitos e o segundo grupo ta de lá para cá e de cá
para lá.
Nossos representantes legais, reunidos para planejar. Sabemos que quando eles
terminarem o planejamento o “tempo passou pela janela”
Não devemos desprezar as diversas motivações e sim devemos utilizá-las de forma
organizada em cima de ações concretas.
Do lado de lá
O lado de lá é amplo, porém como acontece do nosso lado, tem diferenças nos
objetivos.
Vou resumir, simplesmente, o lado de lá em Diretoria da CHESF, da Eletrobrás e no
Governo, particularizado em PT/PMDB.
A necessidade atual do Governo é a eleição de Dilma. Fazer o sucessor. Para mim é
legitimo e votarei no sentido de que Lula faça seu sucessor.
Neste caminho o PMDB é o aliado mais importante por isto o PT não pode comprar
briga com o PMDB, como o MME foi entregue ao PMDB e este tem a hegemonia do
Ministério, as pessoas do PT que estão nele ou dança de acordo com a musica ou cai
fora, entrega o cargo.
O PMDB não tem, no momento, por que ver questões regionais, pois as suas forças
políticas estão concentradas no Sudeste e no Norte do Brasil, e tem na Eletronorte
os seus quadro estabelecidos há muito tempo. A Eletronorte tem sua sede em Brasília e
assim a região Norte já se acomodou com a situação e esta Região tem na expansão da
fronteira agrícola e mineral problemas maiores para resolver ou investimentos muitos
maiores. Basta ver a quantidade de navios nos portos de São Luis e outros da Região.
Sarney como representante político da Região domina com nomeações o Setor Elétrico
e tira dele os recursos necessários para as campanhas eleitorais. Nada irá mudar para os
setores do PMDB com a unificação da Eletrobrás, ao contrario poderá e deve melhorar
para o PMDB do sudeste.
Em resumo a Região Norte tem em Brasília seus empregados e seu poder Político.
O setor do PMDB de Pernambuco é Jarbas, este se encontra na oposição do Governo
Estadual e Federal. Ele sim poderia, como faz, o segundo grupo do nosso lado, fechar
fileira contra a Super Eletrobrás. Como ele é Privatista não se incomoda, pois quando
retornar ao poder, se acontecer, será mais fácil privatizar uma empresa com ações na
bolsa do que quatro Empresas Regionais e um ativo, sem valor, que seria a Eletrobrás.
Não duvido nada se estes atuais democratas já não tenham sinalizado para estas forças
as suas reais intenções. Veja o passado do atual Diretor Administrativo da Eletrobrás.
3. Na nossa visão, mesmo que possam existir diferenças de visões na implantação, o
Governo não para o processo, a não ser se existir uma reação da sociedade que leve
Dilma a perder voto, mais do que a perder fonte de recursos para sua campanha.
As Diretorias das Empresas é o reflexo do Governo. A Diretoria da Eletrobrás tem o
domínio de todo o processo estar implantando uma idéia que não foi sua, mas por
“acaso do destino" caiu na sua mão e resolve seus interesses individuais e da força
hegemonica.
A Diretoria da Eletrobrás é de fato o guerreiro que devemos combater. Em particular
seu presidente.
A Diretoria da CHESF também é o Governo, só que, por se tratar de pessoas da região,
poderiam ter a capacidade de ver melhor o prejuízo que teremos em relação a todos os
pontos aqui citados.
Poder Político – Manter na região a indicação de pessoas de quadros dos políticos da
região, bons empregos de seus correligionários. Não será com a concentração no Rio de
Janeiro do Sistema Eletrobrás que esta pratica irá acabar. Os políticos da região sudeste
é que farão.
Li em um Jornal comentários de que só os políticos do Nordeste poderiam reclamar da
Eletrobrás forte, por que eles perderiam as indicações. Pois nem isto estar acontecendo,
o que seria legitimo, pois as indicações irão ficar para os políticos do Sudeste.
Na medida em que o poder for concentrado a Democracia será de poucos. Se for
legitimo e correto concentrar o poder, deveremos acabar com os Municípios e suas
Empresas, o Estado e suas Empresas e concentrar tudo na Federação.
O poder se faz pelo exercício dele e é colocado na pratica por quem ocupa o cargo.
No Brasil o poder político estar concentrado nos políticos que tem mandato, no
executivo quem tem os cargos e na Justiça por quem tem os cargos. O único poder e o
maior de todos que é exercido de maneira não formal é o do dinheiro, quando comprar
benesses ou envereda pela corrupção. O poder Econômico é exercido formalmente pela
pessoa que detêm cargos de Direção nas Empresas Privadas, ou altos cargos nos
conselhos delas.
A Região perderá os empregos de engenharia de projeto e construção de geração e
transmissão, suprimento, finanças e de administração. Todas as empresas locais que
vivem a prestar serviços a Chesf tanto de consultoria ou das atividades mais simples,
como limpeza, serão encerradas ou drasticamente reduzidas.
A região perderá o que a CHESF sempre fez, brigar pelo provimento de energia elétrica
para o Nordeste. No planejamento energético as forças políticas e econômicas da
Região Sudeste, que já são fortes, terão maior poder para definir o mercado do sudeste
como prioritário para ser abastecido de energia elétrica. Logo o preço de energia elétrica
no Sudeste será cada vez menor do que o preço da energia no Nordeste, os empresários
irão colocar suas indústrias mais ainda no Sudeste e a diferença de desenvolvimento
regional serão maiores do que é hoje.
Acredito que devemos alertar o Presidente Lula para este fato. Devemos alertar todos os
Políticos para este mecanismo, pois sei que a desinformação é coisa normal neste meio
e poderemos conseguir apoio de alguns de boa vontade com a Região.
A CHESF tem este papel há muitos anos. Discutimos isto quando das usinas do Madeira
e estamos discutindo, neste momento com a usina de Belo Monte. Para que mercado
esta energia será destinada? Perdemos para a usina do Rio Madeira e se a CHESF for
engolida o mesmo acontecerá com a energia de Belo Monte.
4. A energia do Nordeste será resumida nos 10.800 MW de térmicas, que será instalada até
2015, energia cara e poluente.
Estamos tendo dificuldades de implantar Energia Eólica no Nordeste por que o poder de
decisão do planejamento se encontra no sudeste com a sede da EPE no Rio de Janeiro.
A pressão é de todos os lados, até dos fabricantes de Termoelétricas instalados no
sudeste do Pais.
O leilão de Eólica ocorrido em dezembro/2009, só foi possível graças às pressões dos
governadores do Nordeste. Os Governadores necessitam enxergar mais ainda. Não é
apenas a instalação do local do Empreendimento que é importante e sim para onde irá à
energia e quem será beneficiado com ela e que tipo de desenvolvimento ele produz. Por
isto a Chesf tem importância defendendo os interesses Regionais.
Não tenho conhecimento de um processo, feito este da Eletrobrás. O holding absorver
os ativos das suas controladas. Conheço o contrario a holding desenvolve o projeto,
quando este passa de um determinado valor, executa em conjunto com as controladas e
depois passa o ativo para a controlada quando da fase de operação.
As Empresas holding são em geral pequenas ocupando um os dois andares de prédios
ou uma casa com significado histórico para ela. Tem a função de formular negócios de
valores elevados e não concentram administração e engenharia das operadoras.
O que se estar fazendo com as empresas regionais é uma aberração coisa de um
Megalomaníaco como já disseram.
Para se investir no exterior não precisa desarticular e acabar as empresas regionais. Será
necessário apenas conseguir negócios, o que Lula estar fazendo, não sei se são bons.
Todos os empreendimentos que estão sendo montados, no exterior é em conjunto com
empresas construtoras Brasileiras, o que teria de ser, ou com construtoras locais, pois as
empresas do Grupo Eletrobrás não têm mais este conhecimento e muito menos ela a
holding. Estar sendo criadas Empresas de Propósito Especifico - SPE nos Paises do
Investimento e Empresas Investidoras em Paises com benéficos fiscais, logo a tarefa do
holding é de investidora, o que poderia ser realizada com uma estrutura de financistas o
que é próprio. A Engenharia proprietária pode e deve ser realizadas pelas Empresas
Regionais.
O que eles estão fazendo é criar um grande monstro no Rio de Janeiro, coisa que há
muito tempo à sede da Eletrobrás já devia ter passado para Brasília e a sede da
Eletronorte para Belém.
A empresa Eletrobrás terá 30 mil empregados, neste momento, porem como já dizia os
estudos para economizar na administração evitando-se a duplicidade de tarefas que são
executadas nas regiões irão demitir. O processo é simples convidam-se os melhores
quadros das empresas para a sede e o resto completa com trabalhadores do local e
dispensa os das regionais.
Criar uma Empresa nos moldes da Petrobras fui apenas uma figura de linguagem que os
Urubus caíram em cima.
A Petrobras tem outra historia tem uma forma de energia diferente, e concentrada tem
outro processo que criou ao longo do tempo, sempre foi uma empresas única.
A Petrobras investiu em 2009, 65 bilhões. O Sistema Eletrobrás investiu seis bilhões. É
muita a diferença. Somos um país continental temos uma rede elétrica que cobre quase
todo pais e que terá que cobri todo ele em pouco tempo. A construção e o
desenvolvimento de tudo isto foi muito diferente do sistema Petróleo. A CHESF tem 62
anos a Eletrobrás, que pouco interferiu na minha vida de Nordestino, deve ter 49 anos.
5. Senhores devemos nos concentrar nas ações que deve começar com todos vestindo
preto ou uma peça do vestuário no dia 15/03, nesta segunda feira, as 08h30min, na
frente do edifício sede, no hasteamento das Bandeiras.
Abraço, Sebastião Lins.