SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 37
+




Bioquímica - Universidade Católica de Brasília
            Ciclo do ácido cítrico
            Prof. Dr. Gabriel da Rocha Fernandes
                     Universidade Católica de Brasília
             gabrielf@ucb.br - fernandes.gabriel@gmail.com
+                                           2

    O que devo saber ao fim desta
    aula?
    n Importância   do ciclo de Krebs

    n Funcionamento    da PDH

    n Coenzimas   necessárias

    n Reações   do ciclo

    n Regulação   do cilco de Krebs

    n Cadeia   de transporte de elétros

    n Funcionamento    da sintese de ATP
+                                                               3

    Introdução

    n Em
        condições aeróbicas o piruvato é oxidado a água e gás
     carbônico.

    n Processo   conhecido como respiração celular.

    n Três   estágios principais:
     n Produção   de Acetil-CoA
     n Oxidação   da Acetil-CoA
     n Transferência   de elétrons e fosforilação oxidativa

    n Processo
              evolutivamente recente, aparece junto com as
     cianobactérias.
+                                                                   4

    Estágios



                                    Glicólise
                                                      2!
                                 ΔG’° = -146 kJ/mol


               GLICOSE




                         Oxidação completa (+ 6 O2)
                                                           6 CO2 + 6 H2O!
                                ΔG’° = -2840 kJ/mol
+                                                                        5

    Produção de Acetil-CoA

    n Glicose, ácidos
                    graxos e aminoácidos tem que ser convertidos
     a Acetil-CoA para entrar no ciclo de Krebs.

    n A
       oxidação do piruvato a Acetil-CoA é feita pelo complexo da
     piruvato-desidrogenase (PDH).

    n Conjunto
              de enzimas localizadas na mitocôndria dos
     eucariotos, e no citosol nas bactérias.

    n Intermediários    químicos permanecem ligados ao complexo
     enzimático.

    n Regulação   por modificações covalentes e regulação alostérica.
+                                                                  6

    Produção de Acetil-CoA

    n Reação   geral é uma descarboxilação oxidativa.

    n Irreversível.

    n Um   grupo carboxil é removido em forma de gás carbônico.
+                                                                     7

    As coenzimas

    n A
       reação requer a ação em sequencia de três diferentes
     enzimas.

    n Cinco   diferentes coenzimas ou grupos prostéticos
     n Pirofosfato   de tiamina (TPP)
     n Dinucleotideo    de flavina adenina (FAD)
     n Coenzima   A
     n Dinucleotideo    de nicotinamida adenina (NAD)
     n Lipoato


    n Quatro
            delas vem de vitaminas: tiamina, riboflavina, niacina e
     pantotenato.
+                                           8

    As enzimas

    n Piruvato   desidrogenase (E1)

    n Diidrolipoil   transacetilase (E2)

    n Diidrolipoil   desidrogenase (E3)

    n O
       número de cópias de casa enzima
     varia entre as espécies.

    n E2
        é o ponto de conexão para o
     lipoato, em que se liga a um resíduo
     de Lys.
+                                                                    9

    As enzimas

    n Sítio   ativo de E1 ligado a TPP, e de E2 ligado ao FAD.

    n Duas    proteínas de regulação: uma cinase e uma fosfatase.
+                                                                           10

    A cadeia de reações

    n Etapa   1 - C1 do piruvato sai em forma de CO2, e o C2 se liga a
      TPP.

    n Éa etapa mais lenta e serve para reconhecer a especificidade
      com o substrato.

    n Etapa   2 - Grupo hidroxietil é oxidado a acetato.

    n Os   eletros retirados reduzem o S-S do lipoil a grupos tiol (-SH)

    n Etapa   3 - O acetato é transesterificado a Acetil-CoA.

    n Etapa   4 e 5 - Transferência de eletrons para regenerar o lipoil.
+                         11

    A cadeia de reações
+                                       12

    Reações do ciclo do ácido cítrico
+                                                                        13

    Formação do citrato

    n Condensação   de oxaloacetato e acetil-CoA para formar citrato.

    n Citrato-sintase, irreversível.
+                                                  14

    Formação de isocitrato via cis-
    aconitato
    n Utiliza   um intermediário cis-aconitato.

    n Aconitase, reversível.
+                                               15

    Oxidação do isocitrato a alfa-
    cetoglutarato e CO2
    n Descarboxilização   oxidativa.

    n isocitrato-desidrogenase, irreversível
+                                                                    16

    Oxidação da alfa-cetoglutarato a
    succinil-CoA e CO2
    n Outra   descarboxilação oxidativa.

    n Complexo    alfa-cetoglutarato desidrogenase, irreversível.

    n Complexo    enzimático semelhante a PDH.
+                                                17

    Conversão de succinil-CoA a
    succinato.
    n A
       succinil-CoA, assim como a Acetil-
     CoA, possui uma ligação tioéster com
     uma energia livre de hidrólise grande
     e negativa.

    n Utiliza   isso para a sintese de ATP ou
     GTP.

    n Succinato-tiocinase, reversível.
+                                             18

    Oxidação do succinato a fumarato

    n Oxidação   a fumarato.

    n Succinato-desidrogenase, reversível.
+                                                     19

    Hidratação do fumarato a malato

    n Formação   de estado de transição carbânion.

    n Fumarato-hidratase, reversível.
+                                            20

    Oxidação do malato a oxaloacetato

    n L-malato-desidrogenase, reversível.
+                               21

    Saldo de armazenamento de
    energia
+                                                                                                 22

    Via anfibólica

    n Abastecida   por produtos de outras vias.

    n Muitos
            metabólitos da via são utilizados em outras vias de
                       Princípios de Bioquímica de Lehninger – David L. Nelson & Michael M. Cox



     biossíntese.
+                                                                     23

    Regulação desse equilibrio

    n Piruvato   carboxilase é inativa na ausência de Acetil-CoA.

    n Se
        tem excesso de acetil-CoA, a enzima estimula a conversão
     de piruvato a oxaloacetato.

    n A
       fosfoenolpiruvato caboxilase é ativada por frutose-1,6-
     bifosfato.

    n Frutose-1,6-bifosfato
                         acumula quando o ciclo do ácido cítrico
     processa lentamente o piruvato.

    n O   ciclo em si é regulado por:
     n PDH é inibida alostericamente por metabólitos que sinalizam
       suficiência de energia.
     n Reações   irreversíveis.
+                 24

    Mitocôndria
+                                                                                                                   25

    Transferência de eletrons em
    mitocondrias
                                         Princípios de Bioquímica de Lehninger – David L. Nelson & Michael M. Cox



    n Moléculas     carreadoras de eletrons:
     n Ubiquinona    (Q)
     n Citocromos

     n Proteinas   ferro-enxofre

    n Esses
           carreadores atuam em complexos
     multienzimáticos:
     n Complexo I: NADH a Ubiquinona (NADH-
       desidrogenase)
     n Complexo II: Succinato a Ubiquinona (Succinato-
       desidrogenase)
     n Complexo  III: Ubiquinona ao citocromo c (citocromo c
       oxirredutase)
     n Complexo     IV: Citocromo c para O2 (citocromo oxidase)
+                           26

    Transporte de protons
+                                         27

    Fluxo de elétrons gera energia para
    bombear protons
+                                     28

    Sintese de ATP pela ATP-sintase
+




Bioquímica - Universidade Católica de Brasília
Catabolismo de aminoácidos e ciclo da uréia
            Prof. Dr. Gabriel da Rocha Fernandes
                     Universidade Católica de Brasília
             gabrielf@ucb.br - fernandes.gabriel@gmail.com
+                                                         30

    O que devo saber ao fim desta
    aula?
    n Destinos   metabólicos dos grupos amino

    n Importância   e funcionamento do ciclo da uréia.

    n Destinos   dos esqueletos de carbono
+                                                                                                                  31

    Aminoácidos como fontes de
    energia
                                        Princípios de Bioquímica de Lehninger – David L. Nelson & Michael M. Cox




    n Alguns
            seres vivos são capazes de
     absorver energia através do
     catabolismo de aminoácidos.

    n Aminoácidos    são provenientes de
     várias fontes:
     n Renovação   das proteinas (proteassomo)
     n Degradação   de proteínas da dieta.
     n Degradação   de proteínas teciduais.
+                             32

    Destino dos metabólitos
+                                       33

    Aminoácidos carreadores de
    amônia
    n O
       grupo amino do glutamato
     deve ser removido e excretado.

    n Nohepatócito, o glutamato é
     transportado para a mitocondria
     onde sofre uma desaminação
     oxidativa.

    n No
        musculo esquelético, a
     alanina é o carreador de amônia.

    n Ciclo   glicose-alanina.
+                                                                                   34

    O ciclo da uréia

    n Eliminação   da amônia (tóxica).

    n O
       primeiro passo é converter a amônia livre a um carbamoil-
     fosfato.

    n Daí   seguem-se cinco etapas:
     n Carbamoil   fosfato doa o grupo carbamoil para a ornitina, formando
       citrulina. (mitocôndria)
     n Condensação   entre grupo amino de um aspartato e o carbonil da
       citrulina, formando arginino-succinato. (2 etapas)
     n Clivagem   do arginino-succinato para formar arginina e succinato livres.
     n Clivagem   da arginina formando uréia e ornitina.
+                      35

    O ciclo da uréia
+                                     36

    Integração com o ciclo do ácido
    cítrico
+                                37

    Degradação dos aminoácidos

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Transporte de elétrons e fosforilação oxidativa
Transporte de elétrons e fosforilação oxidativaTransporte de elétrons e fosforilação oxidativa
Transporte de elétrons e fosforilação oxidativawashington carlos vieira
 
Metabolismo energético respiração aeróbia e fermentação
Metabolismo energético respiração aeróbia e fermentaçãoMetabolismo energético respiração aeróbia e fermentação
Metabolismo energético respiração aeróbia e fermentaçãoMatheus Oliveira Santana
 
Degradação do ácido pirúvico em aerobiose
Degradação do ácido pirúvico em aerobioseDegradação do ácido pirúvico em aerobiose
Degradação do ácido pirúvico em aerobioseguest018b8f
 
Aula 7 resp cel
Aula 7   resp celAula 7   resp cel
Aula 7 resp celMARCIAMP
 
2ª e 3ª etapas da Respiração Celular
2ª e 3ª etapas da Respiração Celular2ª e 3ª etapas da Respiração Celular
2ª e 3ª etapas da Respiração CelularAdriana Quevedo
 
Metabolismos Energético
Metabolismos EnergéticoMetabolismos Energético
Metabolismos Energéticoarvoredenoz
 
Aula 1 fosforilação oxidativa
Aula 1 fosforilação oxidativaAula 1 fosforilação oxidativa
Aula 1 fosforilação oxidativaGlaucia Moraes
 
B 3.ObtençãO De Energia Unidade 3
B 3.ObtençãO De Energia Unidade 3B 3.ObtençãO De Energia Unidade 3
B 3.ObtençãO De Energia Unidade 3Cidalia Aguiar
 
Aminoácidos, peptídeos e proteínas
Aminoácidos, peptídeos e proteínasAminoácidos, peptídeos e proteínas
Aminoácidos, peptídeos e proteínasMarcia Azevedo
 
Metabolismo energético cte e fosforilação oxidativa final
Metabolismo energético   cte e fosforilação oxidativa finalMetabolismo energético   cte e fosforilação oxidativa final
Metabolismo energético cte e fosforilação oxidativa finalMi Castro
 
Metabolismo para Enfermagem Parte 1
Metabolismo para Enfermagem Parte 1Metabolismo para Enfermagem Parte 1
Metabolismo para Enfermagem Parte 1Adriana Quevedo
 
Atp, fotossintese, fermentação e respiração
Atp, fotossintese, fermentação e respiraçãoAtp, fotossintese, fermentação e respiração
Atp, fotossintese, fermentação e respiraçãomarinadapieve
 
004 aminoacido
004 aminoacido004 aminoacido
004 aminoacidoRaul Tomé
 
Aminoácidos e proteínas
Aminoácidos e proteínasAminoácidos e proteínas
Aminoácidos e proteínasLuis Ribeiro
 

Mais procurados (20)

Transporte de elétrons e fosforilação oxidativa
Transporte de elétrons e fosforilação oxidativaTransporte de elétrons e fosforilação oxidativa
Transporte de elétrons e fosforilação oxidativa
 
Ciclo de krebs
Ciclo de krebsCiclo de krebs
Ciclo de krebs
 
Metabolismo energético respiração aeróbia e fermentação
Metabolismo energético respiração aeróbia e fermentaçãoMetabolismo energético respiração aeróbia e fermentação
Metabolismo energético respiração aeróbia e fermentação
 
Degradação do ácido pirúvico em aerobiose
Degradação do ácido pirúvico em aerobioseDegradação do ácido pirúvico em aerobiose
Degradação do ácido pirúvico em aerobiose
 
Aminoµcidos
AminoµcidosAminoµcidos
Aminoµcidos
 
Bioquimica - Aula 8
Bioquimica - Aula 8Bioquimica - Aula 8
Bioquimica - Aula 8
 
Aula 7 resp cel
Aula 7   resp celAula 7   resp cel
Aula 7 resp cel
 
Bioquimica Mirian Ribeiro
Bioquimica Mirian RibeiroBioquimica Mirian Ribeiro
Bioquimica Mirian Ribeiro
 
2ª e 3ª etapas da Respiração Celular
2ª e 3ª etapas da Respiração Celular2ª e 3ª etapas da Respiração Celular
2ª e 3ª etapas da Respiração Celular
 
Ciclo de Krebs
Ciclo de KrebsCiclo de Krebs
Ciclo de Krebs
 
Metabolismos Energético
Metabolismos EnergéticoMetabolismos Energético
Metabolismos Energético
 
Aula 1 fosforilação oxidativa
Aula 1 fosforilação oxidativaAula 1 fosforilação oxidativa
Aula 1 fosforilação oxidativa
 
B 3.ObtençãO De Energia Unidade 3
B 3.ObtençãO De Energia Unidade 3B 3.ObtençãO De Energia Unidade 3
B 3.ObtençãO De Energia Unidade 3
 
Metabolismo energético das células
Metabolismo energético das célulasMetabolismo energético das células
Metabolismo energético das células
 
Aminoácidos, peptídeos e proteínas
Aminoácidos, peptídeos e proteínasAminoácidos, peptídeos e proteínas
Aminoácidos, peptídeos e proteínas
 
Metabolismo energético cte e fosforilação oxidativa final
Metabolismo energético   cte e fosforilação oxidativa finalMetabolismo energético   cte e fosforilação oxidativa final
Metabolismo energético cte e fosforilação oxidativa final
 
Metabolismo para Enfermagem Parte 1
Metabolismo para Enfermagem Parte 1Metabolismo para Enfermagem Parte 1
Metabolismo para Enfermagem Parte 1
 
Atp, fotossintese, fermentação e respiração
Atp, fotossintese, fermentação e respiraçãoAtp, fotossintese, fermentação e respiração
Atp, fotossintese, fermentação e respiração
 
004 aminoacido
004 aminoacido004 aminoacido
004 aminoacido
 
Aminoácidos e proteínas
Aminoácidos e proteínasAminoácidos e proteínas
Aminoácidos e proteínas
 

Destaque

Trabajo final redes sociales
Trabajo final redes socialesTrabajo final redes sociales
Trabajo final redes socialesRomina Sfardini
 
Capitulo 2 mistérios ocultos de um demônio
Capitulo 2 mistérios ocultos de um demônioCapitulo 2 mistérios ocultos de um demônio
Capitulo 2 mistérios ocultos de um demônioLuizzinhah
 
Gestion de tecnologíapresentación
Gestion de tecnologíapresentaciónGestion de tecnologíapresentación
Gestion de tecnologíapresentaciónjuventud-al-dia
 
[Especial] 70 edições da Revista Nintendo Blast
[Especial] 70 edições da Revista Nintendo Blast[Especial] 70 edições da Revista Nintendo Blast
[Especial] 70 edições da Revista Nintendo BlastGabriel Leles
 

Destaque (8)

Trabajo final redes sociales
Trabajo final redes socialesTrabajo final redes sociales
Trabajo final redes sociales
 
Capitulo 2 mistérios ocultos de um demônio
Capitulo 2 mistérios ocultos de um demônioCapitulo 2 mistérios ocultos de um demônio
Capitulo 2 mistérios ocultos de um demônio
 
Gestion de tecnologíapresentación
Gestion de tecnologíapresentaciónGestion de tecnologíapresentación
Gestion de tecnologíapresentación
 
La bibliotecocina
La bibliotecocina La bibliotecocina
La bibliotecocina
 
Diodo
DiodoDiodo
Diodo
 
Alcalinizaci n milagrosa
Alcalinizaci n milagrosaAlcalinizaci n milagrosa
Alcalinizaci n milagrosa
 
[Especial] 70 edições da Revista Nintendo Blast
[Especial] 70 edições da Revista Nintendo Blast[Especial] 70 edições da Revista Nintendo Blast
[Especial] 70 edições da Revista Nintendo Blast
 
Estados de excepción elisaul piña
Estados de excepción elisaul piñaEstados de excepción elisaul piña
Estados de excepción elisaul piña
 

Semelhante a Bioquimica - Aula 7

Metabolismo de Lipídeos. pdf.pdf
Metabolismo de Lipídeos. pdf.pdfMetabolismo de Lipídeos. pdf.pdf
Metabolismo de Lipídeos. pdf.pdfLorezzoGomez
 
Acetil co a e ciclo de krebs
Acetil co a e ciclo de krebsAcetil co a e ciclo de krebs
Acetil co a e ciclo de krebsGeraldo Cardoso
 
Metabolismo De Lipídios Veterinária
Metabolismo De Lipídios    VeterináriaMetabolismo De Lipídios    Veterinária
Metabolismo De Lipídios VeterináriaAdriana Quevedo
 
bioenergética no metabolismo das plantas
bioenergética no metabolismo das plantasbioenergética no metabolismo das plantas
bioenergética no metabolismo das plantasJeanMarcelo21
 
Metabolismo energético
Metabolismo energéticoMetabolismo energético
Metabolismo energéticoMARCIAMP
 
Apostila i bioquímica iii
Apostila i   bioquímica iiiApostila i   bioquímica iii
Apostila i bioquímica iiiLeonardo Duarte
 
Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.
Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.
Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.Inacio Mateus Assane
 
Guião de correção dos exercícios de bioquímica, sobre metabolismo, cíclo cítr...
Guião de correção dos exercícios de bioquímica, sobre metabolismo, cíclo cítr...Guião de correção dos exercícios de bioquímica, sobre metabolismo, cíclo cítr...
Guião de correção dos exercícios de bioquímica, sobre metabolismo, cíclo cítr...Inacio Mateus Assane
 
Processos de obtenção de energia - Parte II
Processos de obtenção de energia - Parte IIProcessos de obtenção de energia - Parte II
Processos de obtenção de energia - Parte IILarissa Yamazaki
 
Características Gerais Enzimática
Características Gerais EnzimáticaCaracterísticas Gerais Enzimática
Características Gerais EnzimáticaAline Paiva
 
Características e funções Gerais Enzimática
Características e funções Gerais EnzimáticaCaracterísticas e funções Gerais Enzimática
Características e funções Gerais EnzimáticaAline Paiva
 
Anexo correiomensagem 531371_anexocorreiomensagem-528226-processos-bioenerget...
Anexo correiomensagem 531371_anexocorreiomensagem-528226-processos-bioenerget...Anexo correiomensagem 531371_anexocorreiomensagem-528226-processos-bioenerget...
Anexo correiomensagem 531371_anexocorreiomensagem-528226-processos-bioenerget...Ericlene Farias
 
Fotossintese e respiração celular
Fotossintese e respiração celularFotossintese e respiração celular
Fotossintese e respiração celulargil junior
 
Fotossintese e respiração celular
Fotossintese e respiração celularFotossintese e respiração celular
Fotossintese e respiração celulargil junior
 

Semelhante a Bioquimica - Aula 7 (20)

Metabolismo de Lipídeos. pdf.pdf
Metabolismo de Lipídeos. pdf.pdfMetabolismo de Lipídeos. pdf.pdf
Metabolismo de Lipídeos. pdf.pdf
 
Acetil co a e ciclo de krebs
Acetil co a e ciclo de krebsAcetil co a e ciclo de krebs
Acetil co a e ciclo de krebs
 
Ciclo de krebs iq usp
Ciclo de krebs   iq uspCiclo de krebs   iq usp
Ciclo de krebs iq usp
 
1°Série Respiracao
1°Série Respiracao 1°Série Respiracao
1°Série Respiracao
 
Respiracao 240809
Respiracao 240809Respiracao 240809
Respiracao 240809
 
Metabolismo De Lipídios Veterinária
Metabolismo De Lipídios    VeterináriaMetabolismo De Lipídios    Veterinária
Metabolismo De Lipídios Veterinária
 
bioenergética no metabolismo das plantas
bioenergética no metabolismo das plantasbioenergética no metabolismo das plantas
bioenergética no metabolismo das plantas
 
Metabolismo energético
Metabolismo energéticoMetabolismo energético
Metabolismo energético
 
Aula ciclo de krebs
Aula ciclo de krebsAula ciclo de krebs
Aula ciclo de krebs
 
Apostila i bioquímica iii
Apostila i   bioquímica iiiApostila i   bioquímica iii
Apostila i bioquímica iii
 
Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.
Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.
Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.
 
Guião de correção dos exercícios de bioquímica, sobre metabolismo, cíclo cítr...
Guião de correção dos exercícios de bioquímica, sobre metabolismo, cíclo cítr...Guião de correção dos exercícios de bioquímica, sobre metabolismo, cíclo cítr...
Guião de correção dos exercícios de bioquímica, sobre metabolismo, cíclo cítr...
 
Carboidrato
CarboidratoCarboidrato
Carboidrato
 
Processos de obtenção de energia - Parte II
Processos de obtenção de energia - Parte IIProcessos de obtenção de energia - Parte II
Processos de obtenção de energia - Parte II
 
Características Gerais Enzimática
Características Gerais EnzimáticaCaracterísticas Gerais Enzimática
Características Gerais Enzimática
 
Características e funções Gerais Enzimática
Características e funções Gerais EnzimáticaCaracterísticas e funções Gerais Enzimática
Características e funções Gerais Enzimática
 
Anexo correiomensagem 531371_anexocorreiomensagem-528226-processos-bioenerget...
Anexo correiomensagem 531371_anexocorreiomensagem-528226-processos-bioenerget...Anexo correiomensagem 531371_anexocorreiomensagem-528226-processos-bioenerget...
Anexo correiomensagem 531371_anexocorreiomensagem-528226-processos-bioenerget...
 
Ciclo de Krebs.pdf
Ciclo de Krebs.pdfCiclo de Krebs.pdf
Ciclo de Krebs.pdf
 
Fotossintese e respiração celular
Fotossintese e respiração celularFotossintese e respiração celular
Fotossintese e respiração celular
 
Fotossintese e respiração celular
Fotossintese e respiração celularFotossintese e respiração celular
Fotossintese e respiração celular
 

Bioquimica - Aula 7

  • 1. + Bioquímica - Universidade Católica de Brasília Ciclo do ácido cítrico Prof. Dr. Gabriel da Rocha Fernandes Universidade Católica de Brasília gabrielf@ucb.br - fernandes.gabriel@gmail.com
  • 2. + 2 O que devo saber ao fim desta aula? n Importância do ciclo de Krebs n Funcionamento da PDH n Coenzimas necessárias n Reações do ciclo n Regulação do cilco de Krebs n Cadeia de transporte de elétros n Funcionamento da sintese de ATP
  • 3. + 3 Introdução n Em condições aeróbicas o piruvato é oxidado a água e gás carbônico. n Processo conhecido como respiração celular. n Três estágios principais: n Produção de Acetil-CoA n Oxidação da Acetil-CoA n Transferência de elétrons e fosforilação oxidativa n Processo evolutivamente recente, aparece junto com as cianobactérias.
  • 4. + 4 Estágios Glicólise 2! ΔG’° = -146 kJ/mol GLICOSE Oxidação completa (+ 6 O2) 6 CO2 + 6 H2O! ΔG’° = -2840 kJ/mol
  • 5. + 5 Produção de Acetil-CoA n Glicose, ácidos graxos e aminoácidos tem que ser convertidos a Acetil-CoA para entrar no ciclo de Krebs. n A oxidação do piruvato a Acetil-CoA é feita pelo complexo da piruvato-desidrogenase (PDH). n Conjunto de enzimas localizadas na mitocôndria dos eucariotos, e no citosol nas bactérias. n Intermediários químicos permanecem ligados ao complexo enzimático. n Regulação por modificações covalentes e regulação alostérica.
  • 6. + 6 Produção de Acetil-CoA n Reação geral é uma descarboxilação oxidativa. n Irreversível. n Um grupo carboxil é removido em forma de gás carbônico.
  • 7. + 7 As coenzimas n A reação requer a ação em sequencia de três diferentes enzimas. n Cinco diferentes coenzimas ou grupos prostéticos n Pirofosfato de tiamina (TPP) n Dinucleotideo de flavina adenina (FAD) n Coenzima A n Dinucleotideo de nicotinamida adenina (NAD) n Lipoato n Quatro delas vem de vitaminas: tiamina, riboflavina, niacina e pantotenato.
  • 8. + 8 As enzimas n Piruvato desidrogenase (E1) n Diidrolipoil transacetilase (E2) n Diidrolipoil desidrogenase (E3) n O número de cópias de casa enzima varia entre as espécies. n E2 é o ponto de conexão para o lipoato, em que se liga a um resíduo de Lys.
  • 9. + 9 As enzimas n Sítio ativo de E1 ligado a TPP, e de E2 ligado ao FAD. n Duas proteínas de regulação: uma cinase e uma fosfatase.
  • 10. + 10 A cadeia de reações n Etapa 1 - C1 do piruvato sai em forma de CO2, e o C2 se liga a TPP. n Éa etapa mais lenta e serve para reconhecer a especificidade com o substrato. n Etapa 2 - Grupo hidroxietil é oxidado a acetato. n Os eletros retirados reduzem o S-S do lipoil a grupos tiol (-SH) n Etapa 3 - O acetato é transesterificado a Acetil-CoA. n Etapa 4 e 5 - Transferência de eletrons para regenerar o lipoil.
  • 11. + 11 A cadeia de reações
  • 12. + 12 Reações do ciclo do ácido cítrico
  • 13. + 13 Formação do citrato n Condensação de oxaloacetato e acetil-CoA para formar citrato. n Citrato-sintase, irreversível.
  • 14. + 14 Formação de isocitrato via cis- aconitato n Utiliza um intermediário cis-aconitato. n Aconitase, reversível.
  • 15. + 15 Oxidação do isocitrato a alfa- cetoglutarato e CO2 n Descarboxilização oxidativa. n isocitrato-desidrogenase, irreversível
  • 16. + 16 Oxidação da alfa-cetoglutarato a succinil-CoA e CO2 n Outra descarboxilação oxidativa. n Complexo alfa-cetoglutarato desidrogenase, irreversível. n Complexo enzimático semelhante a PDH.
  • 17. + 17 Conversão de succinil-CoA a succinato. n A succinil-CoA, assim como a Acetil- CoA, possui uma ligação tioéster com uma energia livre de hidrólise grande e negativa. n Utiliza isso para a sintese de ATP ou GTP. n Succinato-tiocinase, reversível.
  • 18. + 18 Oxidação do succinato a fumarato n Oxidação a fumarato. n Succinato-desidrogenase, reversível.
  • 19. + 19 Hidratação do fumarato a malato n Formação de estado de transição carbânion. n Fumarato-hidratase, reversível.
  • 20. + 20 Oxidação do malato a oxaloacetato n L-malato-desidrogenase, reversível.
  • 21. + 21 Saldo de armazenamento de energia
  • 22. + 22 Via anfibólica n Abastecida por produtos de outras vias. n Muitos metabólitos da via são utilizados em outras vias de Princípios de Bioquímica de Lehninger – David L. Nelson & Michael M. Cox biossíntese.
  • 23. + 23 Regulação desse equilibrio n Piruvato carboxilase é inativa na ausência de Acetil-CoA. n Se tem excesso de acetil-CoA, a enzima estimula a conversão de piruvato a oxaloacetato. n A fosfoenolpiruvato caboxilase é ativada por frutose-1,6- bifosfato. n Frutose-1,6-bifosfato acumula quando o ciclo do ácido cítrico processa lentamente o piruvato. n O ciclo em si é regulado por: n PDH é inibida alostericamente por metabólitos que sinalizam suficiência de energia. n Reações irreversíveis.
  • 24. + 24 Mitocôndria
  • 25. + 25 Transferência de eletrons em mitocondrias Princípios de Bioquímica de Lehninger – David L. Nelson & Michael M. Cox n Moléculas carreadoras de eletrons: n Ubiquinona (Q) n Citocromos n Proteinas ferro-enxofre n Esses carreadores atuam em complexos multienzimáticos: n Complexo I: NADH a Ubiquinona (NADH- desidrogenase) n Complexo II: Succinato a Ubiquinona (Succinato- desidrogenase) n Complexo III: Ubiquinona ao citocromo c (citocromo c oxirredutase) n Complexo IV: Citocromo c para O2 (citocromo oxidase)
  • 26. + 26 Transporte de protons
  • 27. + 27 Fluxo de elétrons gera energia para bombear protons
  • 28. + 28 Sintese de ATP pela ATP-sintase
  • 29. + Bioquímica - Universidade Católica de Brasília Catabolismo de aminoácidos e ciclo da uréia Prof. Dr. Gabriel da Rocha Fernandes Universidade Católica de Brasília gabrielf@ucb.br - fernandes.gabriel@gmail.com
  • 30. + 30 O que devo saber ao fim desta aula? n Destinos metabólicos dos grupos amino n Importância e funcionamento do ciclo da uréia. n Destinos dos esqueletos de carbono
  • 31. + 31 Aminoácidos como fontes de energia Princípios de Bioquímica de Lehninger – David L. Nelson & Michael M. Cox n Alguns seres vivos são capazes de absorver energia através do catabolismo de aminoácidos. n Aminoácidos são provenientes de várias fontes: n Renovação das proteinas (proteassomo) n Degradação de proteínas da dieta. n Degradação de proteínas teciduais.
  • 32. + 32 Destino dos metabólitos
  • 33. + 33 Aminoácidos carreadores de amônia n O grupo amino do glutamato deve ser removido e excretado. n Nohepatócito, o glutamato é transportado para a mitocondria onde sofre uma desaminação oxidativa. n No musculo esquelético, a alanina é o carreador de amônia. n Ciclo glicose-alanina.
  • 34. + 34 O ciclo da uréia n Eliminação da amônia (tóxica). n O primeiro passo é converter a amônia livre a um carbamoil- fosfato. n Daí seguem-se cinco etapas: n Carbamoil fosfato doa o grupo carbamoil para a ornitina, formando citrulina. (mitocôndria) n Condensação entre grupo amino de um aspartato e o carbonil da citrulina, formando arginino-succinato. (2 etapas) n Clivagem do arginino-succinato para formar arginina e succinato livres. n Clivagem da arginina formando uréia e ornitina.
  • 35. + 35 O ciclo da uréia
  • 36. + 36 Integração com o ciclo do ácido cítrico
  • 37. + 37 Degradação dos aminoácidos