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A Pesquisa que Ensina:
Projetos NEPSO e Rato de Biblioteca
2020/2021
Índice
Introdução……………………………………………………………………………………………………………...……5
Projetos NEPSO
Qual é a profissão dos nossos pais?.....................................................................................................7
Covideiras—Euro confinado, futuro indeterminado……………………………………………..……11
T4L—Technology for Life………………………………………………………………………………….…..15
Offline—Chupetas Digitais: o Impacto das Redes Sociais………………………………………..…19
Intolerantes Entusiastas—Fanatismo: uma doença ou um sentimento?..............................23
Viúvas Negras—Luto: da revolta à superação…………………………………………………….…..27
Tolerância Zero—Mutilação Genital Feminina…………………………………………………….…..31
Submersos—Sociedade Obscura: Deep Web—a face oculta da Internet……………….….…35
Alienígenas—A Vida Alienígena………………………………………………………………………….…39
Pegada Ecológica—Quem sai aos seus…………………………………………………………….….…43
Direitos Humanos: um combate à desumanidade……………………………………………..…….47
Almas Prisioneiras—O Mundo depois das grades………………………………………….…….….51
Liga Portuguesa contra o Cancro—do Conhecimento à Ação…………………..…….….….…...55
Dentro da nossa Cabeça—Saúde mental nos jovens……………………………………….....…...59
E se as abelhas desaparecessem?....................................................................................................63
Separar para Reciclar………………………………………………………………………………......…….67
Biodiversidade na Minha Terra—Carvalho Alvarinho………………………………………...……71
Projetos Rato de Biblioteca
Comboio da Esperança…………………………………………………………………………………….…75
Profissões e Profissionais-...do passado para o futuro……………………………………...……79
À descoberta do mundo animal: animal escolhido veio do ovo ou tem umbigo?...............83
Tempos……………………………………………………………………………………………………..……..87
Viagens na minha terra………………………………………………………………………………...…….91
Animais em vias de extinção—Tadinenses, vamos tentar salvar os animais?...................95
Missão Possível—Alimentação Saudável………………………………………………………………99
NaturArte………………………………………………………………………………………………………...103
Às Voltas com a Rota do Românico………………………………………………………………………107
Os Turistas—Ecoturismo…………………………………………………………………..…………..……111
O Impacto da pandemia nas profissões……………………………………………………………..…115
Introdução
Este e-book é uma compilação dos projetos desenvolvidos no ano letivo de
2020/2021, no âmbito do programa A Pesquisa que Ensina. Este programa visa tirar parti-
do da estatística e das técnicas de investigação utilizadas na área dos estudos de mercado
como ferramenta pedagógica, incentivando os alunos a pesquisar e aprender de forma au-
tónoma, criando o seu próprio conhecimento e estimulando o pensamento crítico, bem co-
mo o trabalho em equipa.
Dentro d’A Pesquisa que Ensina, existem duas modalidades: o NEPSO—Nossa Escola
Pesquisa Sua Opinião— e o Rato de Biblioteca. No primeiro, os alunos fazem um estudo de
opinião ou sondagem, procurando responder a uma pergunta ou resolver algum problema
na sua escola/comunidade, enquanto que, no segundo, faz-se uma pesquisa bibliográfica,
aprofundando um tema em fontes secundárias, aqui, procurando obter informação diver-
sificada e verificada de origens credíveis.
Neste ano letivo de 2020/2021, foi incontornável a pandemia e todas as adaptações
que tiveram de ser levadas a cabo para conseguirmos continuar a desenvolver estes pro-
jetos. As dificuldades foram múltiplas, mas os grupos perseveraram e a maioria conseguiu
chegar ao fim. No total, tivemos 28 projetos finalizados este ano, 17 do NEPSO e 11 do Rato
de Biblioteca. No NEPSO, tivemos apenas um trabalho na categoria do Pré-escolar e 1º Ci-
clo, seis de alunos do 2º e 3º Ciclo, mas a maioria (dez) foram de alunos do Ensino Secun-
dário, muitos deles no 12º ano. O Rato de Biblioteca é mais popular entre os alunos mais
novos. Neste ano, seis dos projetos foram dos níveis de ensino Pré-escolar e 1º Ciclo, qua-
tro foram do 2º e 3º Ciclo e apenas um foi do Ensino Secundário. Isto envolveu a participa-
ção de 1568 alunos, 344 no NEPSO e 1224 no Rato de Biblioteca (163 destes alunos são re-
petidos pois participaram em ambas as modalidades com o mesmo tema), orientados por
mais de 120 professores.
Nesta coleção, iremos apresentar cada trabalho, mostrando um pequeno resumo das
suas principais características, aprendizagens obtidas, conclusões tiradas e como traba-
lhou cada grupo.
Área Temática
Sociedade
Grau de Ensino
Pré-escolar e 1º Ciclo
Título do Estudo
Qual é a profissão dos nossos pais?
Programa
NEPSO
Localidade
Vila Real
Escola
JI/EB nº 3 de Vila Real (Corgo)
Professor Coordenador
Dulcídia Cruz
Alunos envolvidos
163
Professores envolvidos
15
Disciplinas envolvidas
Todas
2020-2021
Ano Letivo
Imagens
Contextualização
A Maria João, do 3º ano, referiu numa reunião de turma que o seu irmão mais velho lhe disse que as profissões dos
pais pertencem a vários setores económicos. Ela decidiu investigar o que era setor económico e referiu que na Wikipédia en-
controu a seguinte informação:
“A composição clássica dos setores da economia é a seguinte:
• Primário: envolve a extração e/ou produção de matérias-primas, como o milho, o carvão, a madeira ou o ferro. Exemplos
de trabalhadores do setor primário podem ser um mineiro de carvão e um pescador.
• Secundário: envolve a transformação de matérias-primas em bens, como a fabricação de aço para carros ou têxteis para
roupas. Exemplos de trabalhadores do setor secundário podem ser um construtor civil e um costureiro.
• Terciário: envolve o fornecimento de serviços a consumidores e/ou empresas, como o baby-sitting, o cinema ou o bancário.
Exemplos de trabalhadores do setor terciário podem ser um lojista e um contabilista.“
O Filipe pediu a palavra e referiu que tinha percebido que a profissão do seu pai , que é agricultor, pertence ao setor
primário. E que era o único da escola. Com a informação dada pela Maria João, cada um ficou, então, de tentar enquadrar a
profissão dos pais nos respetivos setores da economia.
O pai da Margarida e da Madalena (que é militar) fez a apresentação da sua profissão com um vídeo motivacional so-
bre a sua profissão, da sua autoria. Foi fabuloso ver como se desloca, como treina o corpo e como prepara as armas para as
missões que realiza. No final todos os alunos queriam ser militares.
Ser especialista em controlo de Pragas ou Desinfestação, Desratização, Desbaratização, Desinsetização e Controlo de
Aves é uma profissão muito delicada dado que tem a ver com a saúde das pessoas e da população. É essa a profissão do pai
do Francisco. Controla as populações de ratos, baratas, moscas, mosquitos, pulgas, percevejos das camas, formigas, rataza-
nas, aves, peixinhos prata, térmitas, vespas, processionárias do pinheiro, gorgulhos, traças, bichos da madeira, toupeiras e
aranhas. Foi com uma enorme amabilidade que nos mostrou os utensílios/ferramentas de trabalho e explicou algumas das
formas de controlo das pragas.
O pai da Leonor e da Beatriz é professor de música no Conservatório de Música de Vila Real e brindou-nos com um pe-
queno concerto.
Os pais da Marta e da Maria Clara falaram da sua profissão: optometristas. Alertaram-nos para os cuidados a ter com a
nossa visão e como. Disseram-nos ainda como é constituído o olho humano. Trouxeram um protótipo do mesmo para manu-
searmos, observarmos e analisarmos.
O pai do Filipe veio falar da agricultura biológica, que é uma forma de tratar a terra e cultivar os produtos sem utilizar
produtos químicos prejudiciais para a saúde e para o meio ambiente. Explicou-nos que, na sua quinta, ele cultiva os produtos
com base em fertilizantes naturais, faz um sistema rotativo de cultura de produtos, faz compostagem e controla as pragas e
insetos com a utilização de plantas aromáticas. No final, sugeriu-nos o uso e orientou-nos na sua colocação, na horta vertical
da escola, de um sistema de rega capilar, utilizando para tal garrafões de água de plástico e cordel.
O pai do Bruno e da Luana veio falar-nos da sua profissão – apicultor. Apresentou-nos um vídeo da sua autoria e ficá-
mos a saber que as abelhas se organizam em colónias. Dentro das colónias, há uma abelha rainha por colmeia e o seu traba-
lho é pôr ovos e governar a colmeia; as operárias, que são todas as abelhas do sexo feminino têm como função: recolher co-
mida e água, cuidar das larvas, proteger a colmeia e os zangões. Estes são os únicos machos da colmeia e têm a função de
fecundar a rainha virgem. Ficámos a saber um pouco mais sobre a produção do mel e utensílios que são necessários para a
sua recolha.
Objetivos
 Conhecer as profissões dos nossos pais.
 Descobrir qual é a profissão de cada um deles;
 Identificar em que setor da economia se enquadram es-
sas profissões.
 Conhecer a relação dos nossos pais com a sua profissão:
 Saber qual foi o motivo que os levou a escolhê-la;
 Saber se estão satisfeitos com a sua profissão;
 Descobrir que profissão gostariam de ter, se pudessem
escolher outra;
 Saber se consideram que a profissão que têm é justa-
mente paga;
 Saber se consideram a sua profissão uma profissão de
futuro, atual ou em vias de extinção.
 Saber se os nossos pais conhecem profissões extintas ou
em vias de extinção:
 Descobrir se os nossos pais identificam algumas profis-
sões já extintas ou em vias de extinção;
 Saber se eles sabem relacionar essas profissões com as
atividades inerentes a cada uma;
 Saber se eles relacionam ferramentas e utensílios ligados
a cada uma dessas profissões.
 Saber se os nossos pais conhecem profissões emergen-
tes: -
 Descobrir se os nossos pais conhecem algumas das atuais
profissões emergentes;
 Saber se eles sabem relacionar essas profissões com as
atividades inerentes a cada uma;
 Saber se eles relacionam ferramentas e utensílios ligados
a cada uma dessas profissões.
Metodologia
As entrevistas serão enviados por email, aos pais, na aplicação da Fundação Vox Populi para
preenchimento.
Universo
O universo é constituído pelos 309 pais dos alunos da escola JI/EB nº3 de Vila Real-Corgo,
localizada no distrito, concelho e freguesia de Vila Real.
Amostra
Não temos amostra já que iremos entrevistar todos os pais
Não tem.
A maioria dos pais da escola JI/EB nº3 de Vila Real (Corgo) fazem o enquadramento da sua profissão
no setor da economia a que pertence (terciário). Na escola os pais têm uma ampla variedade de profis-
sões, cerca de 18% são professores. O motivo da escolha da profissão foi a sua afinidade com a atividade.
Mais de metade dos entrevistados estão satisfeitos com a sua profissão, pelo que não mudariam de ativi-
dade, considerando mesmo terem uma profissão com futuro, consideram
que o seu ordenado está aquém das expetativas.
No que se refere ao conhecimento das profissões mais antigas têm um maior da profissão de ferreiro.
Colchoeira é a profissão menos conhecida. Relativamente às profissões emergentes a maioria dos pais
conhecem ou ouviram falar do Youtuber, do influencer, do comércio online e de especialistas em inteli-
gência artificial (51,6%), achando estas profissões relevantes na economia atual.
Principais Conclusões
Este projeto ganhou o Prémio de Melhor Trabalho na categoria do Pré-escolar e 1º Ciclo.
Observações
Propostas de Ação
Área Temática
Economia
Grau de Ensino
Ensino Secundário
Título do Estudo
Covideiras - “Euro confinado, futuro indeterminado”
Programa
NEPSO
Localidade
Caldas das Taipas
Escola
Escola Secundária de Caldas das Taipas
Professor Coordenador
Gil Santos
Alunos envolvidos
5
Professores envolvidos
1
Disciplinas envolvidas
Economia A
2020-2021
Ano Letivo
Imagens
Contextualização
Quando surgiu a COVID-19, doença provocada pelo Corona Vírus (SARS-COV-2) a economia portuguesa tinha recupe-
rado, em larga medida, da crise anterior.
No final de 2019, o PIB real de Portugal tinha registado o seu 25º trimestre de expansão ininterrupta. O emprego to-
tal tinha aumentado desde o final do ano de 2013, a taxa de desemprego estava no nível mais baixo desde o ano de 2002,
os salários reais tinham crescido, depois de uma década de quase estagnação. Pela primeira vez em 50 anos, o saldo orça-
mental foi positivo, ao mesmo tempo que a dívida pública, seguia uma tendência descendente e a balança corrente perma-
necia equilibrada.
No setor bancário, o crédito malparado a empresas desceu significativamente, passando de 15,5% do crédito total
em 2015 para 6,5% em 2019, o que evidencia uma melhoria significativa do balanço das instituições financeiras. No início
de 2020, a economia e a sociedade portuguesa ainda se caraterizavam por vários problemas estruturais e por uma pesada
situação decorrente da crise anterior, crise financeira de 2008. Contudo, desenvolvimentos recentes sugeriam que Portugal
estava gradualmente a corrigir muitas das suas fragilidades sociais e económicas. Os indicadores de conjuntura apontavam
para perspetivas positivas para a economia e para o emprego.
O setor do turismo depois de quase duplicar o seu peso entre os anos de 2014 e 2019, continuou a bater recordes: as
receitas na hotelaria verificavam crescimentos em termos homólogos. A produção na indústria transformadora apresenta-
va melhorias desde o último mês do ano de 2019 e o desemprego registado teve uma queda mais significativa no mês de
janeiro do que a da registada no mês seguinte face ao mês homólogo do ano anterior.1
Em suma, nas vésperas da pandemia, a nossa economia encontrava-se estabilizada face aos efeitos causados pela
crise anterior. Foram registados os melhores valores nas várias situações analisadas. Estávamos a avançar significativamen-
te e a responder de forma positiva às fragilidades a que estivemos expostos.
A crise da COVID-19 espalhou-se rapidamente por todo o mundo em setembro e outubro de 2019, provocando a
maior revolução nos comportamentos das pessoas e afetando significativamente a economia. Estamos diante de um tipo
totalmente novo de crise. E assim, as comparações com crises anteriores (por exemplo, de 2008) não são relevantes.
O colapso estendeu-se a todos os indicadores de confiança estimados pelo INE. No primeiro trimestre de 2020, o PIB
real caiu 2,4% (em termos homólogos) e 3,9% (face ao trimestre anterior).
Se esta crise durar, a economia mundial enfrenta a maior ameaça dos últimos dois séculos. Mas a profundidade e a
duração da recessão dependem do sucesso das medidas adotadas para impedir a disseminação do COVID-19, dos efeitos
das políticas para aliviar os problemas de liquidez nas empresas, e para apoiar as famílias com dificuldades financeiras.
Também depende de como as empresas reagem e se preparam para a retoma. Estamos numa crise onde a palavra veloci-
dade é muitíssimo visível. Vão ser as empresas ágeis e com capacidade de mudança que irão apanhar as oportunidades no
novo mundo pós-covid.
Objetivos
A. Colher a opinião das pessoas de Guimarães sobre o impacto que a
COVID-19 pode ter no negócio dos pequenos empresários
(comerciantes e industriais) de Guimarães.
A.1 Identificar as principais dificuldades que as pessoas de Guimarães
acham que os pequenos empresários locais enfrentam nos seus negó-
cios devido à COVID-19;
A.2 Identificar as principais vantagens que as pessoas de Guimarães
acham que os pequenos empresários locais têm nos seus negócios
devido à COVID-19;
A.3 Identificar as principais desvantagens que as pessoas de Guima-
rães acham que os pequenos empresários locais têm nos seus negó-
cios devido à COVID-19;
B. Compreender como a COVID-19 afetou o consumo das famílias de
Guimarães.
B.1 Conhecer a influência que a COVID-19 tem nos níveis de consumo
das famílias de Guimarães;
B.2 Perceber como a COVID-19 altera o nível de consumismo das fa-
mílias de Guimarães;
B.3 Perceber como a COVID-19 muda o nível de consumerismo das
famílias de Guimarães;
B.4 Identificar as principais mudanças operadas nos comportamentos
de consumo da população residente no concelho de Guimarães em
função da pandemia;
C. Perceber os principais efeitos da pandemia no emprego das famí-
lias de Guimarães;
C.1 Perceber se as pessoas de Guimarães perderam o emprego por
causa da pandemia;
C.2 Perceber se as pessoas de Guimarães tiveram de mudar de em-
prego por causa da pandemia;
C.3 Perceber se a pandemia obrigou a que as pessoas empregadas
passassem a operar na modalidade de teletrabalho.
C.4 Perceber os principais impactos que a COVID 19 provocou nos
comportamentos das pessoas no contexto do seu trabalho. 41
D. Perceber o efeito da pandemia nos níveis de rendimento disponí-
vel das famílias de Guimarães;
D.1 Perceber se as pessoas de Guimarães perderam rendimento por
causa da pandemia;
D.2 Perceber se as pessoas de Guimarães ganharam rendimento por
causa da pandemia.
Metodologia
Os questionários serão aplicados via correio eletrónico para autopreenchimento.
Universo
População do concelho de Guimarães entre os 15 e os 64 anos.
Amostra
150 habitantes do concelho de Guimarães com idades compreendidas entre os 15 e os 64
anos.
Pretendemos estar disponíveis para prestar serviços na nossa localidade dando primazia à segurança dos mais
vulneráveis e garantindo que todos se encontrem com as condições necessárias para atravessar esta situação pandémi-
ca, sobretudo a população mais idosa.
Para isso...
•Propomo-nos a integrar equipas de voluntariado na prestação de apoios a pessoas e instituições/entidades para reco-
lha de bens primários (alimentos, medicamentos, produtos de higiene) e distribuindo-os pelos mais carenciados.
•Organizar e dinamizar, em parceria com a Junta de Freguesia de Caldelas sessões de entretenimento e informação
nos centros sociais e nos lares, proporcionando, aos mais idosos, momentos de interação e empatia.
Concluímos que obtivemos resposta para todos os nossos objetivos, apesar de que, em al-
guns casos, as respostas não foram totalmente claras.
 No caso das hipóteses que elaborámos inicialmente, constatamos que, de um modo geral,
foram confirmadas.
 Analisando de uma forma generalizada todas as questões, conseguimos ter em conta as vari-
adas situações em que a população vimaranense se encontra dadas as circunstâncias pandé-
micas e a forma como vivem ou como lidam com a parte económica, consumismo, consume-
rismo, situação de emprego, e rendimentos disponíveis. Não esquecendo das principais mu-
danças no modo como se trabalha, nomeadamente, a prática do teletrabalho e as medidas
adotadas com objetivo de proporcionar um ambiente seguro nos locais de trabalho.
Principais Conclusões
O projeto ganhou o Prémio de Melhor Proposta de Ação na categoria do 2º Ciclo ao Secundário.
Observações
Propostas de Ação
Área Temática
Tecnologia
Grau de Ensino
Ensino Secundário
Título do Estudo
T4L—Technology for Life
Programa
NEPSO
Localidade
Caldas das Taipas
Escola
Escola Secundária de Caldas das Taipas
Professor Coordenador
Gil Santos
Alunos envolvidos
5
Professores envolvidos
1
Disciplinas envolvidas
Economia A
2020-2021
Ano Letivo
Imagens
Contextualização
A Tecnologia é o resultado da envolvência da ciência e da engenharia que engloba um conjunto de instrumentos,
métodos e técnicas que visam a resolução de problemas. A tecnologia é uma aplicação prática do conhecimento científico
em diversas áreas de pesquisa e consiste no conjunto de técnicas, habilidades, métodos e processos usados na produção
de bens ou serviços, ou na realização objetivos, como por exemplo em investigações científicas. O termo tecnologia pode
ser usado para representar tanto o domínio de técnicas e processos, quanto a implementação de funcionalidades em má-
quinas para que essas possam ser operadas sem o pleno conhecimento do seu funcionamento interno. O termo
“Tecnologia” é uma combinação da palavra grega techne “arte, artesanato”, com logotipo, “palavra”, que significava na
Grécia um discurso sobre as artes, tanto em teorias quanto em práticas.
A tecnologia, como base do desenvolvimento humano, teve origem na pré-história através da descoberta e uso do
fogo e das primeiras ferramentas dos homens. Quando o termo apareceu pela primeira vez no século XVII, foi usado para
representar apenas uma discussão das artes aplicadas, e gradualmente essas "artes" tornaram-se no objeto da designação.
A tecnologia era definida por frases como por exemplo “os meios ou atividades pelas quais o homem procura mudar ou
manipular seu ambiente”. Mesmo essas definições gerais foram criticadas por observadores que apontavam para a cres-
cente dificuldade de distinguir entre pesquisa científica e atividade tecnológica. No entanto, a tecnologia surgiu muito an-
tes de haver métodos de escrita.
Ao longo dos anos a tecnologia tem verificado avanços incomensuráveis. Avanços que não trazem somente vanta-
gens. Uma diversidade de pesquisas científicas mostram que vários problemas emocionais e neurológicos têm origem no
uso das tecnologias. Estes problemas surgem devido ao uso excessivo, por vezes irracional, diário das novas tecnologias.
Segundo estes estudos, quanto menor a idade, menos tempo deve ser despendido nas novas tecnologias. As crianças têm
de crescer a brincar. No entanto, a realidade que encontramos e com a qual nos deparamos é bastante diferente.
Estes avanços também representam riscos para o meio ambiente. Um dos grandes problemas que atualmente afeta
o ambiente é a poluição do ar, do solo e da água. Estes problemas surgem, na sua maioria, devido à produção e ao consu-
mo em massa potenciado pelo desenvolvimento tecnológico. Quanto mais a tecnologia avança, mais as pessoas conso-
mem, todavia, este consumismo pesa demasiado no nosso ambiente e por isso queremos consumidores educados e consci-
entes, verdadeiros consumeristas.
A nossa relação com a tecnologia é cada vez mais forte no nosso dia-a-dia. Apesar de ainda existirem pessoas que
não são, ou simplesmente não se sentem dependentes de smartphones, a tecnologia está cada vez mais presente no nosso
quotidiano, modificando e impondo comportamentos e gostos pessoais e coletivos. Calcula-se que por volta de 2025 os
smartphones serão obsoletos, devido ao uso da realidade aumentada. Assim sendo, nessa época será possível implementar
a realidade aumentada em pulseiras ou outras joias, tornando-se inexistente a necessidade de carregar um smartphone.
Em conclusão, o futuro certamente será repleto de surpresas e avanços que transformarão a vida das pessoas ainda
mais, tendo a tecnologia um papel fundamental no desenvolvimento quer do mundo, quer da sociedade.
Objetivos
Perceber a relação da população de Guimarães com a tecnologia
→ Indagar sobre o impacto da tecnologia na vida das pessoas de Guimarães
→ Conhecer a opinião das pessoas de Guimarães quanto ao impacto das tecnologias
na produção de bens e serviços
→ Perceber se a população de Guimarães acredita que a evolução da tecnologia vai
proporcionar no curto prazo novas possibilidades a certos níveis
Metodologia
O inquérito por questionário será́ aplicado recorrendo ao suporte digital.
Universo
População do concelho de Guimarães entre os 15 e os 64 anos.
Amostra
A nossa investigação permitiu-nos perceber que a tecnologia representa um papel fundamental no quotidiano das
pessoas. Muitas das vezes, nomeadamente nas faixas etárias mais envelhecidas, esta não é utilizada de forma eficiente,
visto que muitos dos indivíduos que se inserem nestas faixas etárias não têm um conhecimento tão profundo acerca da tec-
nologia, nem acerca da sua utilização.
Por conseguinte, uma iniciativa que nós sugerimos para que estas pessoas fiquem mais informadas acerca da tenolo-
gia é a organização e o desenvolvimento de workshops, em pareceria com a Junta de Freguesia e com a nossa Escola no âm-
bito da educação de adultos (Centro Qualifica) para dotar os info-excluídos de conhecimentos básicos, de forma a que pos-
sam usar as novas tecnologias nos contextos que se mostrem mais necessários.
Outra iniciativa seria distribuir panfletos pra informar os cidadãos de Guimarães, acerca das vantagens das energias
renováveis.
Analisando de uma forma generalizada todas as perguntas, podemos refletir um pouco sobre a opinião da população
de Guimarães e sobre os assuntos relacionados com a tecnologia. Ao longo da análise das respostas percebemos que a opi-
nião das pessoas das diferentes faixas etárias varia muito. Ao comparar os resultados no que diz respeito às idades, observa-
mos que tanto a população mais idosa como a mais jovem possui um leque bastante variado de conhecimentos no que diz
respeito aos temas abordado, uma vez que todos os dados obtidos são bastante semelhantes em todas as respostas analisa-
das. De um modo geral observamos também que grande parte da população que foi inquirida sabe o que é a tecnologia com
63% dos jovens, e 67% dos adultos escolheram a opção correta, o que representa mais de metade do total de inquiridos.
No contexto do uso da tecnologia, a população de Guimarães afirma utilizar as tecnologias mais em casa. Existe assim,
uma relação entre as respostas obtidas e o período em que os questionários foram aplicados, visto que, nos encontrávamos
num período de confinamento. A nível da melhoria da qualidade de vida da população inquirida, é possível constatar que a
nível financeiro a tecnologia não representa grandes benefícios, mas a nível pessoal, escolar e profissional esta possuí uma
grande importância, devido essencialmente à sua evolução. Temos como exemplo o empréstimo de portáteis efetuado pelo
Ministério da Educação, visando um melhor sucesso escolar dos alunos.
Principais Conclusões
Observações
Propostas de Ação
Área Temática
Novas Tecnologias
Grau de Ensino
Ensino Secundário
Título do Estudo
Offline - Chupetas Digitais: O Impacto das Redes Sociais
Programa
NEPSO
Localidade
Caldas das Taipas
Escola
Escola Secundária de Caldas das Taipas
Professor Coordenador
Lídia Santos
Alunos envolvidos
4
Professores envolvidos
1
Disciplinas envolvidas
Sociologia/Economia C
2020-2021
Ano Letivo
Imagens
Contextualização
As Redes Sociais são plataformas virtuais, como sites e aplicações, constituídas por pessoas ou organizações, ligadas
por um ou vários tipos de relações, onde vários grupos de pessoas ou empresas se relacionam através do envio de mensa-
gens, da partilha de conteúdos como fotografias, vídeos, músicas, notícias e também valores e objetivos comuns. Atual-
mente, existem diferentes redes sociais, sendo as mais conhecidas e utilizadas pelo mundo inteiro o Facebook, Twitter, Ins-
tagram, Youtube, Snapchat e Pinterest. Cada uma destas diferentes plataformas tem um propósito e um público-alvo espe-
cífico, sendo a principal função destas ferramentas ligar pessoas e partilhar diversos tipos de conteúdo.
Os primeiros relatos de serviços que possuem características de sociabilizar dados surgiram durante o ano de 1969,
com o desenvolvimento da tecnologia e o lançamento do CompuServe. Este foi um dos primeiros serviços comerciais online
de ligação à internet a nível internacional, e durante os anos 80, foi um dos principais vendedores de conteúdos como notí-
cias, desporto, meteorologia, etc. Foi também um serviço que popularizou a troca de figuras e imagens, principalmente em
formato GIF.
Nos anos 2000, a internet teve um incremento a nível profissional e também a nível pessoal, com isso, as redes soci-
ais estimularam uma massa de utilizadores. O social media tem ganhado, ao longo do tempo, um papel fundamental na
interação social. Estas são caracterizadas primariamente pela auto-geração do seu desenho, pela sua horizontalidade e a
sua descentralização. Estas permitem estabelecer contatos pessoais, partilhar e desenvolver conhecimentos profissionais,
procurar emprego, partilhar fotografias e vídeos e também divulgar produtos e serviços para compra e venda.
Um ponto em comum entre os diversos tipos de redes sociais é o de diversas informações, conhecimentos, interes-
ses e esforços com o propósito de encontrar objetivos comuns. A intensificação da formação das redes sociais, nesse senti-
do, reflete um processo de fortalecimento da sociedade civil, num contexto de maior participação democrática e mobiliza-
ção social.
O número de utilizadores da internet e, consequentemente, das redes sociais cresce cada vez mais. Atualmente, es-
tamos tão embrenhados no mundo digital que imaginar um mundo sem tecnologia seria um verdadeiro pesadelo e esta é a
garantia de que realmente se deu uma nova revolução industrial. As novas tecnologias não fazem parte unicamente da vida
pessoal de cada um, a internet trouxe também uma revolução para a economia e para o mercado de trabalho mundial. A
maioria das empresas, marcas e negócios necessitam de utilizar as redes sociais como ferramentas de expansão, informa-
ção, marketing, comunicação, etc. A quarta revolução industrial, causada pelas novas tecnologias e redes sociais, fundiu o
mundo físico e digital e trouxe, tal como já foi referido, todo um conjunto de novas profissões e de diferentes funções den-
tro daquelas que já existem.
As gerações mais novas nasceram neste meio, no meio das tecnologias e, consequentemente, no processo de expan-
são do social media, o que faz com que seja difícil, nos dias atuais, encontrar um aluno que não utilize uma rede social e
que não goste de a usar. Sendo assim, algumas instituições de ensino começaram a utilizá-las para seu próprio proveito,
como instrumento de comunicação entre os jovens e os docentes, como meio de exposição de avaliações e como mecanis-
mos de ensino, aproveitando-se de muitas das aplicações que são apelativas para os jovens.
Objetivos
1. Descobrir se a população de Guimarães utiliza redes sociais
2. Estudar a influência que a utilização das redes sociais tem na população de Guimarães
3. Compreender se a população de Guimarães conhece as principais estratégias utilizadas pelos
criadores das redes sociais para incentivar o uso destas
4. Investigar se a população de Guimarães tem consciência do impacto das redes sociais na eco-
nomia
5. Perceber se a população de Guimarães conhece o conceito de globalização nas redes sociais
Metodologia
Universo
População do concelho de Guimarães com 15 ou mais anos.
Amostra
Total 15-24 anos 25-64 anos 65 ou mais anos
HM H M HM H M HM H M HM H M
170 82 88 25 13 12 117 57 60 28 12 16
100% 47,98% 52,02% 15% 7,67% 7,29% 69% 33,43% 35,39% 16% 6,88% 9,34%
 Desenvolver diversos projetos e atividades, em que estes apresentam o nosso tema, em palestras e apresenta-
ções, quer sejam feitas fisicamente ou através de vídeos, na nossa escola ou a todas aquelas que mostrarem inte-
resse em explorar este assunto.
 Elaboração de uma plataforma digital, com o objetivo de por lá todo o nosso trabalho de investigação, de modo a
todos os cidadãos terem acesso a toda a informação do nosso trabalho, quando e onde quiserem.
 Realização de uma semana em Guimarães dedicada às redes sociais, com atividades e sessões, nas quais iremos
explorar e aprofundar este tema, com o objetivo de transmitir o máximo de informação e conhecimento para os
interessados. Esta atividade é exclusiva para alunos que frequentam o ensino secundário, sendo que o itinerário
para esta semana é um dos anexos no final do trabalho.
 A maioria da população de Guimarães utiliza redes sociais com frequência.
 A utilização das redes sociais varia com a idade da população de Guimarães pois diferentes faixas etárias encon-
tram diferentes usos nas redes sociais.
 A população de Guimarães utiliza redes sociais para comunicar entre si; manter-se atualizada sobre diferentes
temas da atualidade; partilhar conquistas, opiniões, sentimentos e interesses.
 Para a maior parte da população de Guimarães as redes sociais são indispensáveis.
 A população de Guimarães tem consciência do impacto das redes sociais, mas não o suficiente.
 A inteligência artificial é uma tecnologia que permite que diferentes sistemas simulem uma inteligência similar à
humana. Este avanço tecnológico consegue tomar decisões autónomas baseadas nos padrões recolhidos numa
enorme base de dados.
 As redes sociais beneficiam do uso da Inteligência Artificial quando esta é usada para antecipar uma escolha/
publicação do utilizador. Por outras palavras, a IA manipula e prevê os comportamentos dos utilizadores das re-
des sociais.
Principais Conclusões
Observações
Propostas de Ação
Área Temática
Comportamento/Sociedade
Grau de Ensino
Ensino Secundário
Título do Estudo
Intolerantes Entusiastas – Fanatismo – Uma doença ou um sentimento?
Programa
NEPSO
Localidade
Caldas das Taipas
Escola
Escola Secundária de Caldas das Taipas
Professor Coordenador
Lídia Santos
Alunos envolvidos
4
Professores envolvidos
1
Disciplinas envolvidas
Sociologia/Economia C
2020-2021
Ano Letivo
Imagens
Contextualização
Na Psicologia, os fanáticos são considerados seres dotados de determinadas características relacionadas com raiva,
ódio e violência. O fanatismo é entendido como um estado psicológico de fervor excessivo, irracional e persistente por algo
ou alguém, desde uma religião, a um partido político ou a uma banda musical, etc. Este fervor, a paixão por uma determi-
nada causa, pode levar o indivíduo ao delírio.
Algumas características relacionadas com estes indivíduos são, entre outras: agressividade excessiva; preconceitos varia-
dos; mentalidade fechada a outras ideias; individualismo intenso. O indivíduo fanático tende a ter uma visão unilateral e
rígida do mundo, considerando que o mal reside naquilo e/ou naqueles que contrariam o seu modo de pensar. Isto faz com
que o fanático adote condutas irracionais e agressivas que podem até chegar a extremos violentos e perigosos. Contudo, o
apego ou a adoração por qualquer coisa ou tema, não configura, necessariamente, fanatismo. Para se ser considerado fa-
nático, é preciso que a conduta do indivíduo seja marcada pelo radicalismo e pela intolerância perante todos aqueles que
não compartilhem as suas crenças ou ideais.
O fanatismo tem uma origem religiosa, sendo a palavra proveniente do latim “fanaticus” que significa “inspirado pelos deu-
ses”. Para os romanos, um fanático era o indivíduo inspirado pela divindade, para os gregos, era um “entousiastés”1, do
qual deriva, então, o termo em português “entusiasmo” ou “entusiasta”. Com o passar do tempo, estes dois termos come-
çaram a perder a sua ligação o termo “fanatismo” tornou-se sinónimo de exaltação cega e perigosa, uma conotação mais
negativa, e o termo “entusiasmo” manteve o seu sentido positivo, como uma apreciação mais moderada.
 Fanatismo religioso: um dos que tem gerado mais controvérsias ao longo da história. Sob a influência deste tipo de
fanatismo geraram-se genocídios, conflitos bélicos, atos terroristas, etc.;
 Fanatismo desportivo: admiração excessiva por um clube de futebol ou outro qualquer desporto;
 Fanatismo político: fervor por um partido político ou uma ideologia;
 Fanatismo artístico: uma obsessão exagerada por alguma figura pública ou corrente artística.
A psicologia social já analisa o comportamento fanático há pelo menos dois séculos, esta tem um olhar preocupado diante
todas as convicções de uma pessoa fanática. Para tentar entender como funciona o cérebro das pessoas fanáticas, várias
foram as disciplinas que se dispuseram a investigar o tema. Alguns estudiosos indicam que um dos fatores que pode desen-
cadear os comportamentos fanáticos é a dopamina, um neurotransmissor intimamente vinculado à forma como manifesta-
mos as emoções e que se ativa quando o organismo obtém uma sensação de prazer. Por outro lado, psicólogos especializa-
dos em comportamentos violentos afirmam que é mais fácil que um fanático mude o foco do seu fanatismo do que passe a
adotar um comportamento tolerante. Isso estaria associado a uma estrutura mental adquirida, permeada por distorções
cognitivas.
Objetivos
1. Perceber se a população do concelho de Guimarães tem conhecimento do que é o fanatismo.
2. Recolher os diferentes pontos de vista que a população do nosso concelho tem perante os indivíduos faná-
ticos.
3. Verificar quais são os diferentes tipos de fanatismo que a população do concelho de Guimarães acha que
existem.
4. Perceber quais são as consequências associadas aos comportamentos fanáticos que a população considera
mais prejudiciais.
5. Averiguar o que a população de Guimarães acha que pode ser feito para a prevenção dos diferentes tipos
de fanatismo.
6. Articular a opinião da população de Guimarães com a perspetiva de Voltaire dada na sua obra “Tratado so-
bre a tolerância”
7. Analisar a opinião da população de Guimarães quanto à influência de certas caraterísticas pessoais na inci-
dência do fanatismo.
Metodologia
Universo
População do concelho de Guimarães com 15 ou mais anos.
Amostra
 Colaboração com alguns clubes de futebol da nossa região para implementar ini-
ciativas de sensibilização para os adeptos em relação ao Fanatismo desportivo.
 Desenvolver sessões com a sociedade visando criar um ambiente onde possam
ser partilhadas histórias relacionadas com o fanatismo, anonimamente ou não.
 Analisando em primeiro lugar a pergunta que move o
nosso estudo, “Fanatismo, uma doença ou um senti-
mento?”, o grupo partiu do princípio que o fenómeno
em questão é um sentimento complexo que engloba
emoções como entusiasmo, obsessão e adoração. No
entanto, concordamos que este sentimento pode an-
dar de mão dada com diversas doenças como a depres-
são entre outras.
 Quanto à nossa segunda hipótese, delineamos algumas
dimensões que o fanatismo poderia tomar, entre elas
enunciamos a religião, o desporto, a arte e a política.
As respostas dos nossos inquiridos englobam maiorita-
riamente os fanatismos religioso e desportivo sendo
que estes tiveram valores acima dos 80% (86,6% e
84,6%, respetivamente).
 O grupo considerou que as razões que levam um indivi-
duo a ser fanático são: a relação com algo ou alguém,
quer seja pessoalmente, através de familiares e ami-
gos, como também através de qualquer meio de comu-
nicação ou até mesmo o contacto com a sociedade ao
seu redor.
 O grupo colocou, ainda, em hipótese que o individuo
fanático adquire o traço do fanatismo após experiên-
cias e vivências, algo que foi confirmado pela popula-
ção inquirida com uma percentagem de 79,6%. Conclu-
ímos, assim, que, de acordo com as opiniões deste es-
tudo, o fenómeno fanatismo é proveniente das influ-
ências externas ao individuo e não é algo hereditário.
Principais Conclusões
Observações
Propostas de Ação
Área Temática
Sentimentos
Grau de Ensino
Ensino Secundário
Título do Estudo
Viúvas Negras – Luto: da Revolta à Superação
Programa
NEPSO
Localidade
Caldas das Taipas
Escola
Escola Secundária de Caldas das Taipas
Professor Coordenador
Lídia Santos
Alunos envolvidos
5
Professores envolvidos
1
Disciplinas envolvidas
Sociologia/ Economia C
2020-2021
Ano Letivo
Imagens
Contextualização
A condição última de todo o ser vivente é a morte, pois marca o fim da vida. Apesar da vida e da morte,
respetivamente, poderem ser compreendidas como a “não morte e a não vida” uma não é necessariamente a
negação da outra. Pelo contrário, são aspetos complementares do binómio vida-morte: a morte como reflexo da
vida e a vida como reflexo da morte, revelando-se assim fatores não intercambiáveis.
Na sociedade ocidental, há uma tendência de afastamento da ideia da morte, com uma falsa crença de
imortalidade. Por meio de avanços dos conhecimentos e tecnologias médicas na prevenção e no tratamento das
doenças, houve um aumento considerável na expectativa de vida da população. As pessoas vivem até uma idade
avançada e geralmente são encaminhadas para morrer no hospital, em vez de em casa, como ocorria no passa-
do, o que torna mais comum aos profissionais lidarem com estas situações. Considera-se também, que há um
grau de antecipação e de autocontrolo, o qual torna a vida previsível e cómoda. No passado, a morte era tida co-
mo um acontecimento corriqueiro e familiar, hoje ela é ocultada, mantida por trás dos bastidores da vida social.
Os sentimentos e sua expressão transformaram-se, e a morte passou a ser vista com distanciamento, quase sem-
pre ocultada da vida do dia-a-dia.
Nem todas as culturas tratam a morte como uma coisa triste ou má. Em alguns casos, até é tida como uma
passagem para um lugar melhor. E a ideia do que vem em seguida influencia a forma como a pessoa encarará a
morte. Algumas culturas indígenas comemoram a morte, já que para eles é considerado um ritual de passagem
para um mundo melhor, por isso dançam e festejam quando alguém parte.
O luto serve especialmente para reaprender a viver com as perdas que sofremos, apesar de ser difícil de
enfrentar e superar. Há quem vivencie o luto com maior ou menor dificuldade. Para superar qualquer perda, te-
mos que viver o luto, passando por um processo, que pode ser consciente ou não. Este processo é inevitavel-
mente doloroso, traz tristeza e sentimentos que podem ser muito intensos.
Os funerais são importantes para o processo de luto, pois contribuem para a consciencialização das pesso-
as, em relação à morte do indivíduo. Para além disso, oferecem a oportunidade de estabelecer ligações, de expri-
mir, partilhar sentimentos acerca da pessoa que faleceu, sendo uma forma de despedida. É uma forma de reunir
famílias e outros enlutados que se apoiam mutuamente.
Objetivos
 Perceber se a população de Guimarães sabe o que é o luto
 Perceber que sentimentos as pessoas de Guimarães associam ao luto
 Colher a opinião dos indivíduos sobre a importância do processo do luto
 Perceber se a população de Guimarães conhece o processo do luto em diferen-
tes culturas.
 E por fim, perceber como a população de Guimarães lida com o luto no contexto
pandémico do Covid-19.
Metodologia
O inquérito por questionário, que serão aplicados em suporte digital, por autopreenchi-
mento.
Universo
População do concelho de Guimarães com 15 ou mais anos.
Amostra
 Implementar no nosso concelho, desde a utilização de panfletos, cartazes ou vídeos de propaganda às
instituições de apoio existentes, até à criação de mais centros ou reuniões de apoio no concelho para a
ajuda e acompanhamento dos sofridos.
 Realização de palestras de sensibilização e apoio a pessoas que passem pelo luto é algo que achamos
importante e que gostaríamos de implementar no nosso concelho, em conjunto com a câmara munici-
pal e também com as escolas do concelho, pois achámos que este tema devia ser mais abordado nos
mais novos, pretendendo assim que estes saibam que têm ajuda caso estejam a passar pelo processo
do luto.
Analisando de modo geral todas as questões, podemos refletir um pouco sobre a população residente
em Guimarães e qual a posição tomada em relação a assuntos como o tema do nosso trabalho. Ao longo de
toda a análise, o nosso grupo apercebeu-se que na maioria nas questões não existe uma grande discrepância
de opiniões, que por grupos etários, quer por sexo.
A única questão em que a diferença de pontos de vistas mais se verificou foi na pergunta 1.3. (“Das se-
guintes opções quais as que conhece ou já ouviu falar?”), em que o sexo masculino demonstrou um grande
desconhecimento nos tipos de luto existentes, em contrapartida com o sexo feminino, em que grande parte
conhecia pelo menos uma das opções enunciadas.
Desta forma, podemos assumir que a população residente em Guimarães, globalmente apresenta-se
ciente da importância do luto e do seu processo, como podemos concluir através na questão 1.(“Acha impor-
tante ou não a passagem pelo processo do luto, de modo a conseguir superar a perda?”
Principais Conclusões
Observações
Propostas de Ação
Área Temática
Saúde
Grau de Ensino
Ensino Secundário
Título do Estudo
Tolerância Zero - Mutilação Genital Feminina
Programa
NEPSO
Localidade
Caldas das Taipas
Escola
Escola Secundária de Caldas das Taipas
Professor Coordenador
Lídia Santos
Alunos envolvidos
5
Professores envolvidos
1
Disciplinas envolvidas
Sociologia/Economia C
2020-2021
Ano Letivo
Imagens
Contextualização
A mutilação genital feminina consiste na remoção ou no corte deliberado da genitália feminina exter-
na, por razões não médicas e é frequentemente efetuada com recurso a lâminas de barbear, pedaços de vi-
dro, facas, tesouras e outros instrumentos cortantes não esterilizados. Esta prática leva à remoção total ou
parcial dos lábios genitais e do clitóris. É importante referir que, em muitos casos, estes instrumentos cirúr-
gicos têm um carácter sagrado e são transmitidos de geração em geração.
Segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) estima-se que mais de 130 a 140 milhões
de raparigas e meninas já foram submetidas à MGF e que cerca de 3 milhões se encontram anualmente em
risco de vir a sofrer esta prática.
O registo mais antigo desta prática encontra-se num papiro exposto no Museu Britânico, em Londres,
do ano de 163 A.C. Vários outros registos, nomeadamente de historiadores gregos, colocam a origem da
prática no Antigo Egipto e, posteriormente, na África Oriental.
Os fundamentos para a prática da MGF relacionam-se com questões socioculturais e económicas, po-
dendo mesmo ter origem num símbolo de herança e identidade de um grupo étnico específico. Estas razões
encontram-se intimamente ligadas à desvalorização do estatuto socioeconómico da mulher e ao casamento
como garantia de futuro. Nos países e comunidades onde se pratica a MGF é, antes de tudo, uma tradição
cultural enraizada, o que dificulta a alteração de comportamentos por parte das estruturas de poder. Na ver-
tente social, a mutilação do órgão genital feminino é visto como um passaporte para o mundo dos adultos.
As meninas que não estejam dispostas à sujeição desta barbárie, serão apontadas, podendo num futuro pró-
ximo sofrer a humilhação daquela negação. Em termos religiosos, este ato ainda é considerado por muitas
crenças como uma tradição normal e aconselhável, inculcada pelo processo de socialização e, portanto, acei-
te como uma vivência normal.
Do ponto de vista da prática sexual, a MGF leva à limitação da sexualidade da mulher, logo é conside-
rada uma garantia de fidelidade. Acredita-se que esta prática seca a vontade sexual da mulher, garantindo
um casamento fiel e seguro.
A MGF priva a mulher do direito à sua integridade física, vivência da sexualidade e maternidade plena,
além de constituir uma prática que degrada cruelmente a vida das mulheres, colocando-as em risco constan-
te, violando também alguns dos seus direitos. A resolução de junho de 2012 (ONU) pediu o fim da MGF na
Europa e mundo.
Objetivos
1. Perceber o que é que as pessoas do concelho de Guimarães sabem sobre a Mutilação Genital Feminina
(MGF)
2. Descobrir se as pessoas do concelho de Guimarães conhecem os contextos geográficos das práticas de
MGF
3. Colher a opinião das pessoas do concelho de Guimarães sobre as principais razões que explicam a prática
da MGF
4. Colher a opinião das pessoas do concelho de Guimarães sobre as principais consequências desta prática
da MGF
5. Saber se as pessoas do concelho de Guimarães consideram que esta prática de MGF sacrifica os direitos
das mulheres
6. Descobrir a opinião das pessoas do concelho de Guimarães sobre esta prática em Portugal;
7. Investigar se as pessoas do concelho de Guimarães conhecem a posição da Organização Mundial de Saú-
de (OMS) relativamente à prática da MGF
Metodologia
Após realizarmos o pré-teste, iremos aplicar os questionários via correio eletrónico para au-
topreenchimento.
Universo
População do concelho de Guimarães entre os 15 e os 64 anos.
Amostra
Com o intuito de realizarmos alguma iniciativa que possibilitasse o combate à Mutilação Genital Femini-
na, decidimos desenvolver uma atividade de sensibilização que consiste na apresentação de uma peça dra-
mática, onde iremos interpretar várias histórias verídicas de vítimas da MGF.
Esta iniciativa, desenvolver-se-á de forma recorrente, com objetivo deste projeto alcançar o máximo de pes-
soas possíveis e assim tornar este tema cada vez menos alvo de tabu.
Toda a nossa investigação centrou-se na elaboração de um trabalho que tem como tema base a Mutila-
ção Genital Feminina, bem como o impacto que esta prática traz para a população do concelho de Guima-
rães.
Analisando de uma forma mais generalizada as perguntas, é possível reparar que a população de Gui-
marães, é maioritariamente contra a prática da MGF.
O objetivo principal do nosso trabalho 1. “Perceber o que é que as pessoas do concelho de Guimarães
sabem sobre a Mutilação Genital Feminina (MGF).”, foi cumprido com sucesso, na medida em que esta fase
do trabalho permitiu-nos perceber que a maioria da população de Guimarães sabe ou tem conhecimento em
que consiste a prática da MGF.
Ao longo da análise das perguntas do nosso inquérito, conseguimos ter a perceção que respondemos a
todos objetivos com êxito. No caso das hipóteses que elaboramos no início deste projeto, concluímos que, de
um modo geral, todas se verificaram corretas e confirmadas.
Principais Conclusões
Observações
Propostas de Ação
Área Temática
Tecnologia
Grau de Ensino
Ensino Secundário
Título do Estudo
Submersos – Sociedade Obscura: Deep Web – a face oculta da Internet
Programa
NEPSO
Localidade
Caldas das Taipas
Escola
Escola Secundária de Caldas das Taipas
Professor Coordenador
Lídia Santos
Alunos envolvidos
4
Professores envolvidos
1
Disciplinas envolvidas
Sociologia/Economia C
2020-2021
Ano Letivo
Imagens
Contextualização
A internet é como um iceberg, no qual existe uma parte que está à vista de todos e uma parte que está submersa,
sendo neste contexto a parte superior a “Surface Web” e a parte inferior a “Deep Web”.
Embora a Deep Web pareça uma invenção deste novo milénio, a sua história remonta mais longe do que se pode
imaginar. A Deep Web surgiu da necessidade de uma busca pelo anonimato na internet. Alguns pioneiros construíram e
desenvolveram este autêntico covil escondido da internet com conteúdos que vão do mais inofensivo ao totalmente ilegal
e perigoso. A ideia de uma rede de comunicações online anónima, núcleo da Deep Web, remonta à década de 1960 com a
criação da ARPANET (Advanced Research Projects Agency Network). Trata-se de uma rede experimental de computadores
criada na década de 1960 que foi o precursor da Internet e, mais tarde, da Deep Web.
O período de tempo entre 1960 e 1990 destacou-se por uma procura crescente no acesso privado à internet, longe
do controlo do governo, a qualquer conteúdo que se desejasse. O TOR é o motor de busca mais usado para aceder à Deep
Web. Na década de 1990, os pesquisadores David Goldschlag, Mike Reed e Paul Syverson, do Laboratório de Pesquisa
Naval dos EUA, começaram a desenvolver uma maneira de direcionar o tráfego pela internet da forma mais anónima
possível, em resposta à crescente preocupação da falta de segurança na internet. Essa falta de segurança, em parte devida
à novidade que constituía a internet, criou pesadelos para a vigilância do governo. Goldschlag, Reed e Syverson visavam
direcionar o tráfego da Internet anonimamente através de vários servidores e criptografá-lo ao longo do caminho, chaman-
do à sua ideia “Onion Routing8”. Quando o TOR foi lançado em 2002, foi propositadamente mantido como um software
livre e aberto. À medida que o TOR ganhava popularidade, os seus usuários começaram a exigir que os seus criadores abo-
lissem a censura, permitindo que aqueles que vivem sob governos opressivos publicassem os seus pensamentos e acedes-
sem a sites restritos livremente. Isso motivou os criadores do TOR a começar a desenvolver uma maneira de contornar as
restrições governamentais para que seus usuários pudessem aceder a sites restritos do governo.
O mercado da Deep Web é um dos maiores mercados quando se trata de transações online e também é um dos mais
difíceis de encontrar devido à privacidade de cada usuário que é encriptada à entrada do mesmo. Por isso, também é bas-
tante perigoso pois, como já referido anteriormente, devido a essa “privacidade” ninguém sabe quem está por trás de cada
utilizador que por lá é encontrado.
O Bitcoin é, sem margem para dúvidas, a criptomoeda mais famosa e mais utilizada atualmente, e vem sendo aplica-
da em diversos setores e mercados, seja como forma de pagamento, seja como reserva de valor. É notável como o seu uso
começou a ser popularizado em mercados negros, como a Deep e a Dark Web. A Silk Road foi um mercado acessível atra-
vés da Deep Web que utilizava a rede TOR, assegurando assim o anonimato de compradores e vendedores no comércio de
produtos ilícitos, particularmente estupefacientes. O site foi lançado em fevereiro de 2011. A partir de 2012, as vendas
anuais eram estimadas em 22 milhões de dólares norte-americanos.
Objetivos
 Saber quantos alunos da ESCT conhecem ou já ouviram falar da Deep Web.
 Saber se os alunos da ESCT conhecem os riscos que se apresentam no acesso à Deep Web.
 Saber o grau de envolvimento dos alunos da ESCT com o tema Deep Web.
 Saber se os alunos da ESCT consideram que a Deep Web tem pontos positivos.
 Saber quais são os pontos positivos que os alunos da ESCT consideram que a Deep Web
tem.
 Saber o número de alunos da ESCT que já conseguiram aceder à Deep Web.
 Saber se os alunos da ESCT que acederam à Deep Web tomaram as precauções necessárias.
Metodologia
Os questionários serão aplicados via correio eletrónico para serem autopreenchidos.
Universo
Alunos que frequentam a Escola Secundária de Caldas das Taipas no ano letivo 2020/2021.
Amostra
Uma iniciativa que sugeríamos era que a ESCT em conjunto com alguma força policial integra-
da no combate ao Cibercrime, planeasse e efetuasse diversas palestras para os alunos da escola,
como o nosso grupo fez em conjunto com o Sr. Inspetor Milton Trigo. Assim como a nossa, estas
palestras serviriam para alertar e para dar conhecimento aos alunos, sobre os perigos e os cuida-
dos no acesso à Deep Web e na utilização da Internet no geral.
Com a nossa investigação conseguimos responder à nossa principal interrogação: “O que se processa na
Deep Web?”. Concluímos que a maioria da população inquirida da ESCT, entende que a Deep Web é um
"lugar" perigoso, com conteúdos perturbadores, de difícil acesso, mas com alguns pontos positivos. Contudo,
não devemos ignorar que ainda existe uma parte da população inquirida que não conhece ou não sabe da
existência da mesma.
O estudo permitiu-nos perceber que os alunos do sexo masculino que frequentam o 12º ano, são os que
mais tem conhecimento sobre a Deep Web, e por outro lado, as alunas do sexo feminino são as que mais des-
conhecem estas camadas submersas da internet.
Através dos resultados obtidos, pelo questionário, foi possível observar que apenas uma pequeníssima
parte dos inquiridos teve a coragem de aceder à Deep Web, e a maior parte apenas tem uma ideia vaga do
que ela é.
Principais Conclusões
Observações
Propostas de Ação
Área Temática
Ciência
Grau de Ensino
Ensino Secundário
Título do Estudo
Alienígenas – A Vida Alienígena
Programa
NEPSO
Localidade
Caldas das Taipas
Escola
Escola Secundária de Caldas das Taipas
Professor Coordenador
Lídia Santos
Alunos envolvidos
4
Professores envolvidos
1
Disciplinas envolvidas
Sociologia
2020-2021
Ano Letivo
Imagens
Contextualização
A vida alienígena (ou extraterrestre) e a que não se origina a partir do planeta Terra e, ainda que possa
ser hipotética, pode variar de organismos simples, como bactérias, até seres mais complexos do que os pró-
prios seres humanos, assumindo varias morfologias.
Cientistas como Carl Sagan e Stephen Hawking acreditam na hipótese de diferentes formas de vida ali-
enígena, quer no sistema solar, quer em todo o universo, dada a sua imensidão. O seu argumento baseia-se,
sobretudo, nas leis físicas consistentes do universo observável, defendendo ser altamente improvável não
existir vida para alem do planeta Terra. O cientista David Kipping recorreu, de facto, a uma técnica estatísti-
ca para avaliar a probabilidade de existir vida inteligente noutro planeta que não o nosso. Todavia, ainda
que muitos cientistas considerem a vida alienígena plausível, não foi encontrada, até ao momento, nenhuma
evidência concreta que prove a sua existência.
A Agencia Espacial Europeia (ESA) e uma organização intergovernamental constituída por 22 Estados-
membros, dedicados a exploração do espaço. Os projetos da Agencia destinam-se, sobretudo, a expansão
das descobertas sobre a Terra, sobre o seu ambiente espacial mais próximo, sobre o sistema solar e sobre o
Universo. Para alem disso, pretendem desenvolver tecnologias e serviços, com base nos satélites, e promo-
ver as industrias europeias.
SETI (sigla em inglês para Search for Extraterrestrial Intelligence) consiste, ainda, num projeto que tem
como objetivo a constante procura por vida inteligente no espaço. Uma das abordagens, denominada radio
SETI, visa analisar sinais de rádio de baixa frequência captados por radiotelescópios terrestres
(principalmente pelo Radiotelescópio de Arecibo), visto que este tipo de sinal não ocorre naturalmente, po-
dendo ser interpretado como evidencia de vida extraterrestre.
Na verdade, a China lançou-se na missão de procurar vida extraterrestre, proporcionando o maior radi-
otelescópio do mundo. FAST, o telescópio chines, foi criado para detetar sinais de radio com origem em pla-
netas longínquos. Todavia, encontrar a localização correta foi um dos maiores desafios do projeto. O local
selecionado, na província de Guizhou, sudoeste da China, apresenta condições privilegiadas. Trata-se de um
vale, rodeado por montanhas, que protegem o telescópio de perturbações magnéticas. O programa espacial
da China já se tornou, de facto, numa das prioridades do governo.
Objetivos
1. Perceber se a população do concelho de Guimarães sabe o que é a vida alienígena
2. Colher a opinião da população acerca da possível existência de vida alienígena
3. Perceber se a população tem conhecimento da ocorrência de eventos relacionados com o fe-
nómeno alienígena
4. Perceber se a população relaciona a existência da Área 51 com o fenómeno alienígena
5. Perceber se a população conhece os principais programas destinados à deteção de vida aliení-
gena
6. Perceber se a população conhece alguma entidade científica envolvida nos projetos de dete-
ção de vida alienígena
7. Perceber se a população relaciona a evolução tecnológica com a tentativa de deteção de vida
alienígena.
Metodologia
O questionário será aplicado em suporte digital, por autopreenchimento, visto que a situa-
ção pandémica atual nos impede de assistir presencialmente ao seu preenchimento.
Universo
População do concelho de Guimarães com 15 ou mais anos.
Amostra
O grupo sugere a realização de uma palestra, onde seriam expostas as principais conclusões da pesquisa
que desenvolveu ao longo do ano letivo. O seu objetivo consistiria, principalmente, em esclarecer, não só
membros da comunidade escolar, mas a população residente no Concelho de Guimarães. Para além de trans-
mitir informação pertinente acerca do intrigante tema selecionado, o grupo pretenderia dinamizar o evento,
exibindo uma dramatização.
Todos os membros envolvidos no projeto manifestam, ainda, interesse em continuar este estudo, pos-
teriormente, e em acompanhar as atualizações referentes a procura de vida alienígena.
 Concluímos que a maioria dos inquiridos tem conhecimento acerca do conceito de vida alienígena, to-
davia, não devemos ignorar o facto de que ainda há uma grande parte da população que não tem co-
nhecimento acerca do mesmo, considerando a vida alienígena não aceitável ou credível.
 A população do concelho de Guimarães não conhece os principais programas destinados à deteção de
vida alienígena.
 A população do concelho de Guimarães não conhece nenhuma entidade científica envolvida nos proje-
tos de deteção de vida alienígena.
 A população do concelho de Guimarães pensa que a evolução tecnológica contribui para a realização de
projetos científicos relacionados com a deteção de vida alienígena.
Principais Conclusões
Observações
Propostas de Ação
Área Temática
Meio Ambiente
Grau de Ensino
3º Ciclo
Título do Estudo
Pegada Ecológica – Quem sai aos seus...
Programa
NEPSO
Localidade
Vila Nova de Famalicão
Escola
Escola Básica 2,3 Júlio Brandão
Professor Coordenador
Sónia Barreiras
Alunos envolvidos
5
Professores envolvidos
2
Disciplinas envolvidas
Ciências Naturais/ Cidadania e Desenvolvimento
2020-2021
Ano Letivo
Imagens
Contextualização
Pegada ecológica “é uma expressão traduzida do inglês ecological footprint e refere-se às quantidades de
terra e água (medida em hectares) que seriam necessárias para sustentar as gerações atuais, tendo em conta to-
dos os recursos materiais e energéticos, gastos por uma determinada população. O termo foi primeiramente usa-
do em 1992 por William Rees, um ecologista e professor canadiano da Universidade de Colúmbia Britânica e o
seu aluno de doutorado Mathis Wackernagel. Em 1995, Wackernagel e Rees publicaram o livro chamado Our
Ecological Footprint: Reducing Human Impact on the Earth” (Wikipédia, 2007).
De uma forma mais sintética, a pegada ecológica mede o uso de terra cultivada, florestas, pastagens e
áreas de pesca para o fornecimento de recursos e absorção de resíduos (dióxido de carbono proveniente da
queima de combustíveis fósseis). A biocapacidade mede a quantidade de área biologicamente produtiva disponí-
vel para regenerar esses recursos e serviços. Assim, permite-nos saber se o nosso planeta suporta ou não o estilo
de vida que temos e a quantidade de planetas Terra que seriam necessários para sustentar a humanidade.
As novas metodologias existentes, com algumas diferenças entre si, baseiam o cálculo da pegada ecológica
nos seguintes itens (Costa, 2008):
 Alimentação – baseada em animais ou plantas e energia associada;
 Abrigo – consumo de energia doméstica, área de habitação, madeira doméstica e madeira como combustí-
vel e energia necessária para a construção;
 Mobilidade – energia associada aos meios de transporte e a área construída associada com estes meios de
transportes;
 Bens e serviços – impactes de energia associada à produção industrial, importações/exportações, serviços
de entrega e o uso de produtos animais, plantas, de madeira e papel.
A pegada ecológica é uma importante ferramenta de avaliação e monitorização para os governos nacionais
e locais, que estão a trabalhar para mitigar os riscos, para se adaptar às alterações climáticas e para fomentar
uma sustentabilidade global. O Dia da Sobrecarga do Planeta (Earth Overshoot Day) marca a data do ano em
que a humanidade terá consumido mais recursos naturais da Terra – incluindo alimentos, fibras, madeira e capa-
cidade de absorção de CO2 da queima de combustíveis fósseis – do que os ecossistemas são capazes de renovar
no ano inteiro. No ano de 2020, o dia da sobrecarga do Planeta ocorreu três semanas mais tarde que no ano de
2019, infelizmente, não ocorreu graças às mudanças de atitude dos cidadãos, mas sim devido à pandemia.
Comparando com os países da União Europeia (com exceção de Malta e Finlândia para os quais não há da-
dos), os resultados indicam que, a partir de 2013, Portugal tinha a 6ª menor Pegada Ecológica per capita en-
tre os 26 países da UE considerados, com 3,9 hectares globais (gha) per capita.
Objetivos
1. Aferir o conhecimento dos alunos e Encarregados
de Educação (EE) do Agrupamento sobre a temática
“Pegada ecológica”
- Saber se conhecem o termo/significado da pegada
ecológica;
- Saber a sua preocupação em conhecer o valor da
sua pegada ecológica.
2. Aferir o conhecimento do valor da pegada ecoló-
gica dos alunos e Encarregados de Educação (EE) do
Agrupamento.
- Conhecer o valor médio da pegada ecológica dos
alunos e EE.
- Conhecer os componentes da pegada ecológica me-
nos sustentáveis dos alunos e EE.
3. Aferir o grau de preocupação, dos alunos e Encar-
regados de Educação (EE) do Agrupamento, para os
valores elevados da pegada ecológica.
- Saber se os alunos e EE conhecem as consequên-
cias, para o Planeta, de valores elevados da pegada
ecológica
- Conhecer o grau de intenção dos alunos e EE, em
mudar os valores da sua pegada ecológica
4. Aferir se os alunos e Encarregados de Educação
(EE) do Agrupamento conhecem formas de diminuir
a sua pegada ecológica.
- Conhecer as formas que os alunos e EE consideram
ter mais impacto na diminuição da pegada ecológica
Metodologia
Para levar acabo o preenchimento do nosso questionário, iremos utilizar a metodologia de entrevista de autopreen-
chimento via digital, uma vez que nesta fase os alunos do agrupamento têm e-mail institucional/plataforma Teams, e es-
tão habituados a realizar tarefas através desta plataforma. Assim, após sorteadas as turmas e alunos por ano de escolari-
dade, é remetido o link de preenchimento do questionário via Teams e os alunos podem responder ao inquérito.
Universo
Universo 1: alunos do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco no ano letivo 2020/2021;
Universo 2: EE dos alunos do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco no ano letivo 2020/2021.
Amostra
Amostra 1: Alunos, é aleatória estratificada, com a mesma proporção de alunos por ano de escolaridade relati-
vamente aos alunos do universo selecionado. Os alunos serão selecionados por turmas, para ser mais fácil apli-
cação dos questionários.
Amostra 2: EE, é aleatória simples, pois os EE serão selecionados do grupo do Universo, sem a divisão por estra-
tos..
 Procure usar mais energias renováveis na sua casa! Desligue todas as luzes quando não as utilizar!
 Nas suas refeições use mais legumes e frutas produzidos localmente!
 Desloque-se mais a pé ou de bicicleta e convide os seus amigos a fazer
 Aplique os 3R’s e faça compostagem!
 Faça férias “cá dentro” explore as belezas naturais de Portugal!
54% dos alunos e EE do AECCB entrevistados sabem o
que é a pegada ecológica
79% dos alunos e EE do AECCB entrevistados estão mui-
to ou muitíssimo interessados em conhecer o valor da sua
pegada ecológica
A maioria dos entrevistados vive em moradia, com mais
3 pessoas, usa eletricidade e possui 6-8 torneiras
A maioria dos entrevistados come carne ou peixe pelo
menos 10 refeições/semana, cozinha em casa e consome
produtos locais.
A maioria dos entrevistados desloca-se de carro para o
emprego/escola que fica até 10km de distância
A maioria dos entrevistados fez as últimas férias em Por-
tugal continental.
A maioria dos entrevistados fez 1 a 3 compras significati-
vas (TV, computador, telemóvel...) no último ano e adqui-
re produtos de baixo consumo energético.
A maioria dos entrevistados procura reduzir o lixo, faz a
triagem e coloca no ecoponto.
A maioria dos entrevistados conhece os componentes
que influenciam negativamente a pegada ecológica, bem
como aqueles que a podem reduzir.
A maioria dos entrevistados obteve uma pegada ecoló-
gica entre os 6-8 que corresponde a 4 a 5 planetas, acima
da média nacional
A maioria dos entrevistados está disposta a mudar as
suas atitudes no dia-a-dia para reduzir a sua pegada.
Principais Conclusões
Observações
Propostas de Ação
Área Temática
Cidadania/Sociedade
Grau de Ensino
3º Ciclo
Título do Estudo
Direitos Humanos: um combate à desumanidade
Programa
NEPSO
Localidade
Vila Nova de Famalicão
Escola
Escola Básica 2, 3 Júlio Brandão
Professor Coordenador
Sónia Barreiras
Alunos envolvidos
4
Professores envolvidos
2
Disciplinas envolvidas
Ciências Naturais/ Cidadania e Desenvolvimento
2020-2021
Ano Letivo
Imagens
Contextualização
De acordo com as Nações Unidas, direitos humanos são direitos inerentes a todos os seres humanos, inde-
pendentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição. Os direitos apli-
cam-se, sem discriminação a todos os seres humanos – são hoje considerados universais, indivisíveis e inaliená-
veis - e incluem o direito à vida e à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão, ao trabalho, à educação,
entre outros. Manifestam a responsabilidade comum e forma como esperamos e merecemos ser tratados como
pessoas, em toda a parte (Nações Unidas, s.d.).
A divisão dos direitos humanos em gerações foi proposta inicialmente em 1979 pelo jurista checo Karel Va-
sak, inspirado nos ideais da Revolução Francesa (Liberdade, igualdade, fraternidade). Uma das divisões que pode
ser usada é a temporal, refletindo a classificação dos direitos humanos ao longo do tempo. Até à atualidade con-
tam-se 5 gerações de classificação dos direitos humanos. Por outro lado, e para facilitar o seu entendimento, os
direitos humanos também podem ser classificados de acordo com o seu significado:
 DIREITOS CIVIS: são o direito à igualdade perante a lei; direito a um julgamento justo; o direito de ir e vir; o
direito de liberdade de opinião, entre os outros.
 DIREITOS POLÍTICOS- são o direito a liberdade de reunião; o direito de associação; o direito de votar e de ser
votado; o direito de pertencer a um partido político; o direito de participar num movimento social, entre outros.
 DIREITOS SOCIAIS- são o direito à previdência social; o direito ao atendimento na saúde e tantos outros direi-
tos neste sentido.
 DIREITOS CULTURAIS- são o direito à educação; o direito de participar na vida cultural; o direito ao progresso
científico e tecnológico, entre outros.
 DIREITOS ECONÓMICOS- são direito há habitação; o direito ao trabalho; o direito à terra; o direito às leis de
trabalho e outros.
 DIREITOS AMBIENTAIS- são os direitos de proteção ou preservação e recuperação do meio ambiente, utilizan-
do recursos naturais sustentáveis. (dhnet, s.d.)
A Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas afirma que “Todos os se-
res humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir
uns para com os outros em espírito e fraternidade” e que nenhum governo, grupo ou indivíduo tem o direito de
fazer qualquer coisa que viole os direitos de outra pessoa. (Wikipédia, 2020) . Na Declaração Universal dos Direi-
tos Humanos estão enunciados 30 artigos que resumem os direitos fundamentais para a vida do ser humano
( (DRE - Diário da República Eletrónico, s.d.).
Objetivos
1. Aferir os conhecimentos dos alunos do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco (AECCB) acerca dos
direitos humanos
- Saber se os alunos conhecem os direitos humanos constantes da Declaração Universal dos Direitos Humanos;
- Saber se os alunos sabem a importância da existência dos direitos humanos
2. Aferir o respeito dos alunos do AECCB pela aplicação dos direitos humanos
- Saber se os alunos já se sentiram violados nos seus direitos;
- Saber se na escola algum direito humano já foi violado;
- Saber se os alunos concordam com a punição no caso de violação dos direitos humanos
3. Aferir o envolvimento dos alunos do AECCB na aplicação dos direitos humanos
- Saber se os alunos já denunciaram violações de direitos humanos
- Saber o grau de envolvimento dos alunos em iniciativas que promovam a divulgação dos direitos humanos
Metodologia
Para levar acabo o preenchimento do nosso questionário, iremos utilizar a metodologia de
entrevista de autopreenchimento via digital. Assim, após sorteadas as turmas e alunos por ano
de escolaridade, é remetido o link de preenchimento do questionário via Teams e os alunos po-
dem responder.
Universo
Alunos da Escola Básica 2, 3 Júlio Brandão e da Escola Secundária Camilo Castelo Branco no
ano letivo 2020/2021.
Amostra
Ano 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º TOTAL
Nº de alunos 29 29 32 31 31 35 37 33 257
Não apresentaram
 74% dos alunos inquiridos conhecem a Declaração
Universal dos Direitos Humanos
 76% dos inquiridos dão a definição correta de Direitos
Humanos
 49% dos alunos inquiridos sabem que existem 30 Di-
reitos Humanos
 Os Direitos Humanos que os alunos mais referem
são: Direito à Vida; Direito à Liberdade e Direito à Igual-
dade
 67,8 % dos alunos do agrupamento inquiridos refe-
rem que os seus Direitos Humanos nunca foram viola-
dos
 22,5% dos inquiridos conhecem alguém cujos Direitos
Humanos foram violados e a maioria denunciou a um
adulto.
 23,3 % dos inquiridos referem que os seus Direitos
Humanos foram violados, mas a maioria não denunciou
a ninguém
 51,3 % dos alunos inquiridos não conhecem nenhum
aluno cujos Direitos Humanos foram violados
 90,1 % dos alunos do agrupamento inquiridos concor-
dam que haja uma punição para quem viola os Direitos
Humanos de alguém
 72,7% dos alunos inquiridos nunca participaram em
campanhas relativas aos Direitos Humanos.
27, 1% dos alunos inquiridos já participaram em cam-
panhas relativas aos Direitos Humanos.
61, 3% dos alunos inquiridos está disposto a partici-
par!.
Principais Conclusões
Observações
Propostas de Ação
Área Temática
Sociedade
Grau de Ensino
Ensino Secundário
Título do Estudo
Almas Prisioneiras – O Mundo Depois das Grades
Programa
NEPSO
Localidade
Caldas das Taipas
Escola
Escola Secundária de Caldas das Taipas
Professor Coordenador
Lídia Santos
Alunos envolvidos
4
Professores envolvidos
1
Disciplinas envolvidas
Sociologia
2020-2021
Ano Letivo
Imagens
Contextualização
Relativamente ao sentido etimológico do termo “prisão” ele significa, um lugar/edifício fechado destinado
à reclusão de pessoas. Esta instituição, também conhecida como cadeia, pertence ao sistema de justiça, e as pes-
soas que encontramos nestes estabelecimentos foram condenadas por algum tipo de delito ou aguardam julga-
mento. Estas instituições têm como objetivo, não só proteger a sociedade de indivíduos que podem ameaçar a
sua segurança, como também reeducá-los para mais tarde se integrarem na sociedade.
A doutrina considera várias espécies de prisões:
 A prisão para cumprimento de pena acontece após uma condenação cujo veredicto é final não podendo inter-
por recurso.
 A prisão preventiva ocorre quando o arguido não foi condenado, mas também ainda não existe total certeza
dessa condenação. O indivíduo pode ser preso em qualquer fase da investigação. Esta medida de coação exige na
sua aplicação, entre outros critérios, que o ato criminal seja especialmente perigoso e que também possa consti-
tuir um crime punível com pena de prisão superior a 5 anos, acompanhado por fortes evidências que o arguido
cometeu o crime. Esta tem prazos máximos bastante extensos. A condenação também pode aplicar-se a uma
pessoa que se encontra irregularmente no território nacional ou contra a qual haja um processo de extradição ou
de expulsão.
 A prisão temporária tem um prazo de cinco dias, regra geral, mas pode estender-se. Ocorre durante a fase da
investigação ou, do inquérito policial. Esta é pedida para que o Ministério Público ou a polícia possam colher as
provas para posteriormente aplicar a prisão preventiva ao sujeito.
 A detenção é uma medida cautelar da polícia. Pode ser ordenada pelo Ministério Público, ou pelo juiz. A situa-
ção mais comum é ser pela polícia. Envolve também, como todas as outras, a privação de liberdade, e não pode
exceder a duração estritamente necessária. Nenhum sujeito pode ficar detido mais de 48h, sem ser presente a
um juiz.
 A prisão domiciliária é um regime de detenção de um indivíduo na sua própria residência. É controlada através
de vários meios, um deles a pulseira eletrónica. Acontece em casos em que os indivíduos já foram julgados e
após ter cumprido parte da sua pena na cadeia.
 A prisão perpétua não existe em todos os países devido ao facto de que essa, de certa forma, retira a liberda-
de a esses sujeitos porque excedem um certo período de anos, que varia de país para país. É uma sentença de
prisão por um crime muitíssimo grave, obrigando a que o indivíduo seja proibido de liberdade para o resto da sua
vida. Alguns dos crimes que podem ter uma sentença a prisão perpétua são: Assassinato, Genocídio, Terrorismo,
Abuso infantil severo, Violação e tráfico de seres humanos.
O conceito de prisão como instituição existe desde o aparecimento das primeiras civilizações. A prisão é
um meio para deter e retirar a liberdade individual de quem é detido por violar de forma grave as leis, interesses
ou regras estabelecidas pelas diferentes sociedades.
Objetivos
1. Descobrir qual a perspetiva da população do concelho de Guimarães sobre a vida
dos presidiários dentro dos estabelecimentos prisionais portugueses.
2. Conhecer junto da população do concelho de Guimarães a sua opinião quanto à
forma como os reclusos vivem depois de cumprirem a sua sentença.
3. Conhecer a perspetiva da população do concelho de Guimarães quanto à forma
como a sociedade recebe os ex-presidiários.
4. Perceber se a população de Guimarães conhece iniciativas para facilitar a integra-
ção dos ex-presidiários na sociedade.
Metodologia
Os questionários serão aplicados em suporte digital, por autopreenchimento.
Universo
População do concelho de Guimarães entre os 15 e os 64 anos de idade.
Amostra
Total 15-24 anos 25-64 anos
HM H M HM H M HM H M
150 74 76 27 14 13 123 60 63
100% 49.06% 50.94% 18% 9.15% 8.70% 82% 39.91% 42.24%
 Poderíamos apresentar o nosso tema e explicar em palestras na nossa escola, como já realizamos atra-
vés do projeto TABU, ou aquelas cujo interesse demonstrem para saberem mais sobre o tema.
 Além disso, poderíamos proceder à entrega de folhetos ou qualquer outro tipo de método que pudesse
compartilhar as informações de nosso tema de uma forma muito mais concisa e imediata. Esses dois
métodos seriam formas igualmente benéficas de transmitir a informação essencial acerca do trabalho.
 Com a primeira questão, pudemos comprovar a nossa
hipótese de que a definição correta de prisão é uma ins-
tituição de justiça que visa proteger a sociedade ao en-
carcerar criminosos e reabilitá-los. Afirmamos isto por-
que os dados sugerem que 72,7% dos inquiridos concor-
dam com essa definição.
 A população de Guimarães está corretamente ciente
das várias atividades que os reclusos praticam na prisão.
Com a questão 1.4, sobre o se o tratamento dos reclu-
sos é bom ou mau, a maioria das respostas foi favorável.
 A maioria dos entrevistados respondeu que os ex-
presidiários são vítimas de discriminação durante seu
processo de reintegração e vida, em que: “Não são tão
facilmente empregados”. (82,6%), “Não têm as oportu-
nidades de integração na sociedade.” (79,1%), “Medo e
desconfiança por parte da sociedade.” (67%), “São afas-
tados pela sociedade” (65,2%).
 Grande parte da população de Guimarães concorda
que os reclusos melhoram o seu comportamento depois
de cumprida a pena de prisão.
 Perguntámos também se os entrevistados empregari-
am um ex-presidiário. A maioria estaria disposta a ofe-
recer essa oportunidade a um ex-presidiário. Onde per-
guntamos “Acha que um ex– presidiário é discriminado
pela sociedade onde cresceu quando volta a viver ne-
la?”, a maioria respondeu que sim, provando que inde-
pendente do processo de reabilitação e do tempo pas-
sado na prisão, continuam a ser discriminados.
Principais Conclusões
Observações
Propostas de Ação
Área Temática
Saúde
Grau de Ensino
Ensino Secundário
Título do Estudo
Liga Portuguesa Contra o Cancro – Do Conhecimento à Ação
Programa
NEPSO
Localidade
Vila das Aves
Escola
Escola Secundária D. Afonso Henriques
Professor Coordenador
Natércia Charruadas
Alunos envolvidos
2
Professores envolvidos
1
Disciplinas envolvidas
Gestão Organização dos Serviços e Cuidados de Saúde/ Comunicação e Relações Interpessoais
2020-2021
Ano Letivo
Imagens
Contextualização
A história da Liga Portuguesa Contra o Cancro cruza-se com o desenvolvimento da sociedade, em particular com as
profundas alterações introduzidas pela Revolução Industrial. No final do século XIX, constatou-se, a nível mundial, um in-
cremento do absentismo nas empresas, provocado por um conjunto de doenças, entre as quais o cancro. Por todo o mun-
do ocidental encetou-se a criação de estruturas de luta contra esta doença, que para além da sua elevada taxa de mortali-
dade, passou a representar um estigma para os doentes, representando mesmo um flagelo social. Em Portugal, em 1923, e
por iniciativa do Prof. Doutor Francisco Gentil, é criado o Instituto Português para o estudo do cancro, com legislação criada
por António Sérgio. O primeiro pavilhão do Instituto Português de Oncologia foi inaugurado em 1927 em Lisboa.
É neste contexto de forte expansão das doenças oncológicas e simultaneamente, de progressos ao nível dos cuida-
dos médicos prestados aos doentes, que em 1931 um conjunto de senhoras, entre elas Mécia Mouzinho de Albuquerque e
a Condessa de Murça criaram a chamada Comissão Iniciativa Particular de Luta Contra o Cancro. Durante dez anos, este
grupo de senhoras, desenvolveu um trabalho notável e bastante inovador para a época, aliando a ideia da prevenção do
cancro e a promoção da saúde. Além disso, organizaram peditórios e cativaram muitas pessoas influentes que se foram
juntando a esta causa.
A 4 de Abril de 1941, é fundada legalmente a Liga Portuguesa Contra o Cancro, assente em dois princípios fundamen-
tais: a Humanização e a Solidariedade.
MISSÃO
A LPCC assume-se como uma entidade de referência nacional no apoio ao doente oncológico e família, na promoção
da saúde, na prevenção do cancro e no estímulo à formação e investigação em oncologia. É uma Organização não Governa-
mental, sem fins lucrativos, declarada de Utilidade Pública e isenta de IRC, habilitada a receber donativos de particulares e
empresas, os quais, mediante o recibo emitido pela Liga, terão enquadramento fiscal em sede de IRS e IRC, respetivamen-
te.
LIGA EM NÚMEROS
Em 2019 estes foram os principais números que resultaram do apoio e da ajuda da LPCC:
 1.291.871€ disponibilizados para aquisição de medicamentos, próteses, transporte para consultas e tratamentos, e ali-
mentação dos doentes mais carenciados.
 554.372€ atribuídos a 23 bolsas de investigação, a 6 centros de investigação e a 236 ações de apoio à formação em on-
cologia.
 339.164 mamografias efetuadas em 29 unidades móveis e 7 fixas.
 25.073 voluntários ligados a esta causa.
 7.850 doentes acompanhados em centros de dia e 180 doentes recebidos em lares da liga.
 7.900 consultas e 1.657 doentes acompanhados no âmbito do programa de consulta de psi-oncologia.
 3.480 chamadas recebidas e e-mails respondidos através da Linha Cancro e Linha Pulmão.
 1.039 ações realizadas, envolvendo 356.309 alunos do ensino básico e secundário e público em geral, para conscienciali-
zação e sensibilização.
 1.084 processos de apoio jurídico resolvidos por uma equipa de 27 juristas.
 78 ações realizadas no âmbito do ensino e educação para profissionais de saúde, envolvendo um total de 1.087 profis-
sionais.14 campanhas de prevenção e 24 conferências.
Objetivos
 Descobrir se a comunidade educativa conhece a LPCC.
 Perceber se os inquiridos conhecem o funcionamento da LPCC, enquanto instituição.
 Investigar o grau de conhecimento que a comunidade tem acerca das atividades desenvolvi-
das pela LPCC.
 Investigar o grau de conhecimento que a comunidade educativa possui sobre o cancro do
colo do útero.
Metodologia
Universo
Este Universo é o conjunto de alunos, corpo docente e não docente da Escola Secundária D.
Afonso Henriques.
Amostra
Ensino Regular Ensino Profissional Pessoal Docente Pessoal Não Docente
250 113 114 75
526
Optamos pela técnica de entrevista de autopreenchimento pela internet, através do
envio aos alunos, pessoal docente e pessoal não docente de um link de acesso ao in-
O nosso plano de ação foi construído pensando uma intervenção na comunidade em três tempos: passado, presen-
te e futuro. Passado porque, antes mesmo de concluir o nosso estudo de opinião sobre a LPCC e o cancro do colo do útero,
adotámos esta causa e aderimos às iniciativas da LPCC ”Onda Rosa” e “Novembro azul” Assim, pesquisamos sobre o cancro
da mama e o cancro da próstata e desenvolvemos várias atividades de sensibilização na escola, que apresentaremos a se-
guir. Ainda a convite da LPCC assinalamos a Semana Europeia da Imunização, desenvolvendo um estudo de caso sobre o
cancro do colo do útero e participando no concurso internacional “As vacinas aproximam-nos”, promovido pela ECL
(Association of European Cancer Leagues).
No presente construímos o nosso estudo de opinião, investigámos, entrevistámos profissionais da LPCC, do IPO e so-
breviventes de cancro, divulgámos pequenos vídeos com estas entrevistas. Para o futuro, criámos um documentário, que
articula todas as ações desenvolvidas e a investigação realizada, para ser utilizado sempre que se pretenda abordar a luta
contra o cancro ou a LPCC.
Acreditávamos que a maioria das pessoas conhece a LPCC, pelo menos de nome e pelos seus já habituais peditórios
nacionais, mas achávamos que se perguntássemos que atividades desenvolve a instituição, a maioria desconheceria o desti-
no dos donativos angariados. De facto, praticamente todos os inquiridos afirmam conhecer ou já ter ouvido falar da LPCC
(96%) e os meios mais apontados para esse conhecimento foram as campanhas de sensibilização promovidas pela institui-
ção (63,3%) ou através da internet (45%). No entanto, quando diretamente questionados sobre o funcionamento da LPCC
63,9% dos entrevistados desconhece como trabalha a instituição, 78,5% os seus meios de financiamento, 61,5% não sabe
que pode ser sócio, 92,7% não conhece as atividades de apoio ao doente oncológico nem as ações de sensibilização realiza-
das (80,7%), ainda que tenham apontado as campanhas como a principal forma de conhecimento da LPCC. Ao longo de toda
a análise e tratamento de dados, o grupo dos 50 anos ou mais destaca-se como sendo o que, na maioria das questões, revela
um conhecimento mais aprofundado sobre a LPCC. Outro dado que despertou a nossa atenção e precisa ser trabalhado fu-
turamente foi o facto de que apenas 30,7% dos docentes sabe da existência de um departamento de educação para a saúde
na LPCC que trabalha diretamente com as escolas na preparação de jovens e educação para a saúde.
No que se refere ao cancro do colo do útero 62,4% dos entrevistados conhece os fatores de risco, mas apenas 43,3%
faz a associação entre o cancro do colo do útero e a infeção por HPV, 47% afirma não saber e 9,6% nega essa associação.
61,3% afirma não conhecer medidas de prevenção. Ao longo de todo o inquérito, os indivíduos do sexo masculino revelam
maior desconhecimento na maioria das questões.
Principais Conclusões
Este trabalho venceu o Prémio de Maior Participação dos Alunos na categoria do 2º Ciclo ao
Secundário.
Observações
Propostas de Ação
Área Temática
Saúde
Grau de Ensino
3º Ciclo
Título do Estudo
Dentro da Nossa Cabeça – Saúde mental nos jovens
Programa
NEPSO
Localidade
Portimão
Escola
Escola Básica e Secundária da Bemposta
Professor Coordenador
Ana Mariano
Alunos envolvidos
20
Professores envolvidos
1
Disciplinas envolvidas
Físico-Química
2020-2021
Ano Letivo
Imagens
Contextualização
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a palavra “saúde” só fica bem definida ao dizermos
que esta “não é simplesmente a ausência de doença ou enfermidade”, como também “um estado de com-
pleto bem-estar físico, mental e social”. (Murthy, et al., 2002)
Tal como o conceito de saúde é bastante abrangente, o de saúde mental também é. De acordo com a
opinião de alguns profissionais de saúde, a saúde mental envolve um pouco de tudo, como a saúde de um
indivíduo no geral; a felicidade; ter boas condições de alimentação, de moradia, financeiras; existir um bom
ambiente familiar; a própria educação de cada um; o sentimento de estar bem consigo mesmo e, também
engloba muitos outros aspetos, por isso podemos concluir que este conceito é muito relativo. (Murthy, et
al., 2002)
Infelizmente, ao contrário da saúde física, a saúde mental não recebe o devido valor, sendo assim igno-
rada e negligenciada pela sociedade. Esta situação não deveria acontecer, porque cada vez mais aparecem
novos casos de doenças mentais, no mundo, e só uma minoria destes casos é que recebe o tratamento ne-
cessário.
“Segundo a Organização Mundial da Saúde, 10 a 20 por cento das crianças e adolescentes apresentam
problemas de saúde mental em todo o mundo. Do mesmo modo, 12 por cento das doenças mundiais são do
foro mental e o valor sobe para 23 por cento nos países desenvolvidos. E se cinco das dez principais causas
de incapacidade são doenças neuropsiquiátricas, a depressão está à frente, com 11,8 por cento de incidên-
cia, seguida dos problemas relacionados com o álcool (3,3 por cento). Na Europa, a depressão e a ansiedade
— que não se excluem mutuamente — são duas das cinco causas de perturbações de saúde entre os mais
novos, e o suicídio lidera a causa de morte entre jovens dos 10 aos 19 anos nos países de rendimentos baixo
e médio, ocupando o segundo lugar nas nações mais ricas da região. Um estudo recente da Eurofound, a
Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho, concluiu que, na UE, 14 por cento
dos jovens corre risco de depressão, sendo que 4 por cento sofrem de depressão crónica.” (Leiderfarb,
2021).
A saúde mental dos adolescentes é por vezes determinada por vários fatores, e quanto maior for a ex-
posição a esses fatores, maior é o potencial impacto na saúde mental. Alguns desses fatores são:
 Conflitos familiares
 Maior exposição ao stress
 Envolvimento com substâncias, como as drogas e o álcool
 Vítimas de bullying ou exposição à violência, incluindo pais agressivos
 Influência das mídia quanto à posição social, aos padrões estéticos e às diferenças de género.
Objetivos
1. Conhecer a opinião dos entrevistados sobre saú-
de mental
1.1. Conhecer o que é para os entrevistados a saúde
mental
1.2. Perceber a relação dos entrevistados com a sua
saúde mental.
1.3. Saber o que os entrevistados acham que se deve
fazer para uma pessoa se manter saudável mental-
mente.
1.4. Verificar qual é a opinião dos entrevistados so-
bre a relação do uso da internet e a saúde mental
das pessoas.
2. Conhecer a forma como o assunto da saúde men-
tal é abordado na nossa sociedade
2.1. Saber como os entrevistados abordam este te-
ma.
2.2. Verificar se os entrevistados acham que os pais
falam sobre este tema com os seus filhos.
3. Conhecer a experiência pessoal dos entrevistados
relativamente à forma como a COVID-19 afetou a
sua saúde mental
3.1. Verificar se, na opinião dos entrevistados, a sua
saúde mental ficou prejudicada ou não com toda es-
ta situação da Covid-19, que levou ao confinamento.
3.2. Conhecer as dificuldades que os entrevistados
sentiram, em relação à sua saúde mental durante
esta pandemia.
3.3. Conhecer o que os entrevistados fizeram para se
manterem saudáveis mentalmente durante esta pan-
demia.
Metodologia
Entrevista de autopreenchimento com acesso através de link enviado por e-mail aos entre-
vistados.
Universo
1º Universo: alunos do 5º ano ao secundário do Agrupamento de Escolas da Bemposta em Porti-
mão (distribuídos por 5 escolas) – 1102 alunos matriculados (em setembro de 2020)
2º Universo: professores e funcionários da EBS da bemposta em Portimão (308 pessoas no total)
Amostra
1º Universo – 323alunos do Agrupamento de escolas da Bemposta
2º Universo – 100 professores e funcionários da EBS da Bemposta
Amostra por quotas, por sexo, idade e ano/profissão.
 A prática de yoga e meditação no âmbito da disci-
plina de educação física;
 Sessões no início e fim de cada período letivo, de
modo a avaliar a situação dos alunos e providenciar re-
cursos para a manutenção da saúde mental dos mes-
mos;
 Redigir guiões para serem aplicados pelos profes-
sores nas aulas de modo a normalizar este assunto, com
preparação de atividades como: Kahoots/ Quizizz e Au-
las exteriores;
 Criação de grupos de convívio extracurriculares
que se especializem na conversa sobre o assunto, de
modo a permitir que os estudantes comuniquem sobre
a sua saúde mental uns com os outros;
 Reforçar a importância de um estilo de vida saudá-
vel e como este permite uma melhor probabilidade de
manutenção de uma boa saúde mental;
 Disponibilização de professores para que os alu-
nos possam conversar sobre a sua situação.
 Na pergunta “Depois de ler a definição acima, em que situação acha que se enquadra a sua saúde mental?” ve-
rificamos que menos de metade dos alunos do 3 ciclo e secundário não consideram a sua saúde mental boa, pelo
contrário os do 2 ciclo, funcionários e professores consideram. Também foi verificado na pergunta seguinte que a
grande maioria das pessoas se preocupa nitidamente com a sua saúde mental.
 A maioria das pessoas (85,5%) considera que a utilização da internet influencia a saúde mental das mesmas,
sendo que este valor está equilibrado entre o sexo masculino e feminino. Porém, a percentagem de alunos do 2º
ciclo que acha que não influencia é superior a todos os outros grupos.
 Grande parte da nossa amostra pensa que o tema “saúde mental” não é muito abordado na comunicação soci-
al, por isso podemos concluir que também acha que este devia ser mais abordado. Porém, a percentagem de pes-
soas que têm esta opinião aumenta à medida que as pessoas são mais velhas.
 Concluímos que a maioria das pessoas (63.6%) já teve a oportunidade de conversar com alguém sobre a saúde
mental e esta percentagem vai aumentando com a idade das pessoas. Ainda assim existe uma grande percenta-
gem (29.3%) de pessoas que não tiveram oportunidade.
Principais Conclusões
Este projeto ganhou o Prémio de Melhor Trabalho NEPSO na categoria do 2º Ciclo ao Secundário.
Muitos parabéns ao grupo!
Observações
Propostas de Ação
Área Temática
Meio Ambiente
Grau de Ensino
3º Ciclo
Título do Estudo
E se as Abelhas Desaparecessem?
Programa
NEPSO
Localidade
Vila Nova de Famalicão
Escola
Escola Básica 2, 3 Júlio Brandão
Professor Coordenador
Catarina Teixeira
Alunos envolvidos
25
Professores envolvidos
2
Disciplinas envolvidas
Cidadania/ Educação Visual/ Ciências Naturais
2020-2021
Ano Letivo
Imagens
A Pesquisa que Ensina 2020/2021
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A Pesquisa que Ensina 2020/2021

  • 1. A Pesquisa que Ensina: Projetos NEPSO e Rato de Biblioteca 2020/2021
  • 2.
  • 3. Índice Introdução……………………………………………………………………………………………………………...……5 Projetos NEPSO Qual é a profissão dos nossos pais?.....................................................................................................7 Covideiras—Euro confinado, futuro indeterminado……………………………………………..……11 T4L—Technology for Life………………………………………………………………………………….…..15 Offline—Chupetas Digitais: o Impacto das Redes Sociais………………………………………..…19 Intolerantes Entusiastas—Fanatismo: uma doença ou um sentimento?..............................23 Viúvas Negras—Luto: da revolta à superação…………………………………………………….…..27 Tolerância Zero—Mutilação Genital Feminina…………………………………………………….…..31 Submersos—Sociedade Obscura: Deep Web—a face oculta da Internet……………….….…35 Alienígenas—A Vida Alienígena………………………………………………………………………….…39 Pegada Ecológica—Quem sai aos seus…………………………………………………………….….…43 Direitos Humanos: um combate à desumanidade……………………………………………..…….47 Almas Prisioneiras—O Mundo depois das grades………………………………………….…….….51 Liga Portuguesa contra o Cancro—do Conhecimento à Ação…………………..…….….….…...55 Dentro da nossa Cabeça—Saúde mental nos jovens……………………………………….....…...59 E se as abelhas desaparecessem?....................................................................................................63 Separar para Reciclar………………………………………………………………………………......…….67 Biodiversidade na Minha Terra—Carvalho Alvarinho………………………………………...……71 Projetos Rato de Biblioteca Comboio da Esperança…………………………………………………………………………………….…75 Profissões e Profissionais-...do passado para o futuro……………………………………...……79 À descoberta do mundo animal: animal escolhido veio do ovo ou tem umbigo?...............83 Tempos……………………………………………………………………………………………………..……..87 Viagens na minha terra………………………………………………………………………………...…….91 Animais em vias de extinção—Tadinenses, vamos tentar salvar os animais?...................95 Missão Possível—Alimentação Saudável………………………………………………………………99 NaturArte………………………………………………………………………………………………………...103 Às Voltas com a Rota do Românico………………………………………………………………………107 Os Turistas—Ecoturismo…………………………………………………………………..…………..……111 O Impacto da pandemia nas profissões……………………………………………………………..…115
  • 4.
  • 5. Introdução Este e-book é uma compilação dos projetos desenvolvidos no ano letivo de 2020/2021, no âmbito do programa A Pesquisa que Ensina. Este programa visa tirar parti- do da estatística e das técnicas de investigação utilizadas na área dos estudos de mercado como ferramenta pedagógica, incentivando os alunos a pesquisar e aprender de forma au- tónoma, criando o seu próprio conhecimento e estimulando o pensamento crítico, bem co- mo o trabalho em equipa. Dentro d’A Pesquisa que Ensina, existem duas modalidades: o NEPSO—Nossa Escola Pesquisa Sua Opinião— e o Rato de Biblioteca. No primeiro, os alunos fazem um estudo de opinião ou sondagem, procurando responder a uma pergunta ou resolver algum problema na sua escola/comunidade, enquanto que, no segundo, faz-se uma pesquisa bibliográfica, aprofundando um tema em fontes secundárias, aqui, procurando obter informação diver- sificada e verificada de origens credíveis. Neste ano letivo de 2020/2021, foi incontornável a pandemia e todas as adaptações que tiveram de ser levadas a cabo para conseguirmos continuar a desenvolver estes pro- jetos. As dificuldades foram múltiplas, mas os grupos perseveraram e a maioria conseguiu chegar ao fim. No total, tivemos 28 projetos finalizados este ano, 17 do NEPSO e 11 do Rato de Biblioteca. No NEPSO, tivemos apenas um trabalho na categoria do Pré-escolar e 1º Ci- clo, seis de alunos do 2º e 3º Ciclo, mas a maioria (dez) foram de alunos do Ensino Secun- dário, muitos deles no 12º ano. O Rato de Biblioteca é mais popular entre os alunos mais novos. Neste ano, seis dos projetos foram dos níveis de ensino Pré-escolar e 1º Ciclo, qua- tro foram do 2º e 3º Ciclo e apenas um foi do Ensino Secundário. Isto envolveu a participa- ção de 1568 alunos, 344 no NEPSO e 1224 no Rato de Biblioteca (163 destes alunos são re- petidos pois participaram em ambas as modalidades com o mesmo tema), orientados por mais de 120 professores. Nesta coleção, iremos apresentar cada trabalho, mostrando um pequeno resumo das suas principais características, aprendizagens obtidas, conclusões tiradas e como traba- lhou cada grupo.
  • 6.
  • 7. Área Temática Sociedade Grau de Ensino Pré-escolar e 1º Ciclo Título do Estudo Qual é a profissão dos nossos pais? Programa NEPSO Localidade Vila Real Escola JI/EB nº 3 de Vila Real (Corgo) Professor Coordenador Dulcídia Cruz Alunos envolvidos 163 Professores envolvidos 15 Disciplinas envolvidas Todas 2020-2021 Ano Letivo Imagens
  • 8. Contextualização A Maria João, do 3º ano, referiu numa reunião de turma que o seu irmão mais velho lhe disse que as profissões dos pais pertencem a vários setores económicos. Ela decidiu investigar o que era setor económico e referiu que na Wikipédia en- controu a seguinte informação: “A composição clássica dos setores da economia é a seguinte: • Primário: envolve a extração e/ou produção de matérias-primas, como o milho, o carvão, a madeira ou o ferro. Exemplos de trabalhadores do setor primário podem ser um mineiro de carvão e um pescador. • Secundário: envolve a transformação de matérias-primas em bens, como a fabricação de aço para carros ou têxteis para roupas. Exemplos de trabalhadores do setor secundário podem ser um construtor civil e um costureiro. • Terciário: envolve o fornecimento de serviços a consumidores e/ou empresas, como o baby-sitting, o cinema ou o bancário. Exemplos de trabalhadores do setor terciário podem ser um lojista e um contabilista.“ O Filipe pediu a palavra e referiu que tinha percebido que a profissão do seu pai , que é agricultor, pertence ao setor primário. E que era o único da escola. Com a informação dada pela Maria João, cada um ficou, então, de tentar enquadrar a profissão dos pais nos respetivos setores da economia. O pai da Margarida e da Madalena (que é militar) fez a apresentação da sua profissão com um vídeo motivacional so- bre a sua profissão, da sua autoria. Foi fabuloso ver como se desloca, como treina o corpo e como prepara as armas para as missões que realiza. No final todos os alunos queriam ser militares. Ser especialista em controlo de Pragas ou Desinfestação, Desratização, Desbaratização, Desinsetização e Controlo de Aves é uma profissão muito delicada dado que tem a ver com a saúde das pessoas e da população. É essa a profissão do pai do Francisco. Controla as populações de ratos, baratas, moscas, mosquitos, pulgas, percevejos das camas, formigas, rataza- nas, aves, peixinhos prata, térmitas, vespas, processionárias do pinheiro, gorgulhos, traças, bichos da madeira, toupeiras e aranhas. Foi com uma enorme amabilidade que nos mostrou os utensílios/ferramentas de trabalho e explicou algumas das formas de controlo das pragas. O pai da Leonor e da Beatriz é professor de música no Conservatório de Música de Vila Real e brindou-nos com um pe- queno concerto. Os pais da Marta e da Maria Clara falaram da sua profissão: optometristas. Alertaram-nos para os cuidados a ter com a nossa visão e como. Disseram-nos ainda como é constituído o olho humano. Trouxeram um protótipo do mesmo para manu- searmos, observarmos e analisarmos. O pai do Filipe veio falar da agricultura biológica, que é uma forma de tratar a terra e cultivar os produtos sem utilizar produtos químicos prejudiciais para a saúde e para o meio ambiente. Explicou-nos que, na sua quinta, ele cultiva os produtos com base em fertilizantes naturais, faz um sistema rotativo de cultura de produtos, faz compostagem e controla as pragas e insetos com a utilização de plantas aromáticas. No final, sugeriu-nos o uso e orientou-nos na sua colocação, na horta vertical da escola, de um sistema de rega capilar, utilizando para tal garrafões de água de plástico e cordel. O pai do Bruno e da Luana veio falar-nos da sua profissão – apicultor. Apresentou-nos um vídeo da sua autoria e ficá- mos a saber que as abelhas se organizam em colónias. Dentro das colónias, há uma abelha rainha por colmeia e o seu traba- lho é pôr ovos e governar a colmeia; as operárias, que são todas as abelhas do sexo feminino têm como função: recolher co- mida e água, cuidar das larvas, proteger a colmeia e os zangões. Estes são os únicos machos da colmeia e têm a função de fecundar a rainha virgem. Ficámos a saber um pouco mais sobre a produção do mel e utensílios que são necessários para a sua recolha.
  • 9. Objetivos  Conhecer as profissões dos nossos pais.  Descobrir qual é a profissão de cada um deles;  Identificar em que setor da economia se enquadram es- sas profissões.  Conhecer a relação dos nossos pais com a sua profissão:  Saber qual foi o motivo que os levou a escolhê-la;  Saber se estão satisfeitos com a sua profissão;  Descobrir que profissão gostariam de ter, se pudessem escolher outra;  Saber se consideram que a profissão que têm é justa- mente paga;  Saber se consideram a sua profissão uma profissão de futuro, atual ou em vias de extinção.  Saber se os nossos pais conhecem profissões extintas ou em vias de extinção:  Descobrir se os nossos pais identificam algumas profis- sões já extintas ou em vias de extinção;  Saber se eles sabem relacionar essas profissões com as atividades inerentes a cada uma;  Saber se eles relacionam ferramentas e utensílios ligados a cada uma dessas profissões.  Saber se os nossos pais conhecem profissões emergen- tes: -  Descobrir se os nossos pais conhecem algumas das atuais profissões emergentes;  Saber se eles sabem relacionar essas profissões com as atividades inerentes a cada uma;  Saber se eles relacionam ferramentas e utensílios ligados a cada uma dessas profissões. Metodologia As entrevistas serão enviados por email, aos pais, na aplicação da Fundação Vox Populi para preenchimento. Universo O universo é constituído pelos 309 pais dos alunos da escola JI/EB nº3 de Vila Real-Corgo, localizada no distrito, concelho e freguesia de Vila Real. Amostra Não temos amostra já que iremos entrevistar todos os pais
  • 10. Não tem. A maioria dos pais da escola JI/EB nº3 de Vila Real (Corgo) fazem o enquadramento da sua profissão no setor da economia a que pertence (terciário). Na escola os pais têm uma ampla variedade de profis- sões, cerca de 18% são professores. O motivo da escolha da profissão foi a sua afinidade com a atividade. Mais de metade dos entrevistados estão satisfeitos com a sua profissão, pelo que não mudariam de ativi- dade, considerando mesmo terem uma profissão com futuro, consideram que o seu ordenado está aquém das expetativas. No que se refere ao conhecimento das profissões mais antigas têm um maior da profissão de ferreiro. Colchoeira é a profissão menos conhecida. Relativamente às profissões emergentes a maioria dos pais conhecem ou ouviram falar do Youtuber, do influencer, do comércio online e de especialistas em inteli- gência artificial (51,6%), achando estas profissões relevantes na economia atual. Principais Conclusões Este projeto ganhou o Prémio de Melhor Trabalho na categoria do Pré-escolar e 1º Ciclo. Observações Propostas de Ação
  • 11. Área Temática Economia Grau de Ensino Ensino Secundário Título do Estudo Covideiras - “Euro confinado, futuro indeterminado” Programa NEPSO Localidade Caldas das Taipas Escola Escola Secundária de Caldas das Taipas Professor Coordenador Gil Santos Alunos envolvidos 5 Professores envolvidos 1 Disciplinas envolvidas Economia A 2020-2021 Ano Letivo Imagens
  • 12. Contextualização Quando surgiu a COVID-19, doença provocada pelo Corona Vírus (SARS-COV-2) a economia portuguesa tinha recupe- rado, em larga medida, da crise anterior. No final de 2019, o PIB real de Portugal tinha registado o seu 25º trimestre de expansão ininterrupta. O emprego to- tal tinha aumentado desde o final do ano de 2013, a taxa de desemprego estava no nível mais baixo desde o ano de 2002, os salários reais tinham crescido, depois de uma década de quase estagnação. Pela primeira vez em 50 anos, o saldo orça- mental foi positivo, ao mesmo tempo que a dívida pública, seguia uma tendência descendente e a balança corrente perma- necia equilibrada. No setor bancário, o crédito malparado a empresas desceu significativamente, passando de 15,5% do crédito total em 2015 para 6,5% em 2019, o que evidencia uma melhoria significativa do balanço das instituições financeiras. No início de 2020, a economia e a sociedade portuguesa ainda se caraterizavam por vários problemas estruturais e por uma pesada situação decorrente da crise anterior, crise financeira de 2008. Contudo, desenvolvimentos recentes sugeriam que Portugal estava gradualmente a corrigir muitas das suas fragilidades sociais e económicas. Os indicadores de conjuntura apontavam para perspetivas positivas para a economia e para o emprego. O setor do turismo depois de quase duplicar o seu peso entre os anos de 2014 e 2019, continuou a bater recordes: as receitas na hotelaria verificavam crescimentos em termos homólogos. A produção na indústria transformadora apresenta- va melhorias desde o último mês do ano de 2019 e o desemprego registado teve uma queda mais significativa no mês de janeiro do que a da registada no mês seguinte face ao mês homólogo do ano anterior.1 Em suma, nas vésperas da pandemia, a nossa economia encontrava-se estabilizada face aos efeitos causados pela crise anterior. Foram registados os melhores valores nas várias situações analisadas. Estávamos a avançar significativamen- te e a responder de forma positiva às fragilidades a que estivemos expostos. A crise da COVID-19 espalhou-se rapidamente por todo o mundo em setembro e outubro de 2019, provocando a maior revolução nos comportamentos das pessoas e afetando significativamente a economia. Estamos diante de um tipo totalmente novo de crise. E assim, as comparações com crises anteriores (por exemplo, de 2008) não são relevantes. O colapso estendeu-se a todos os indicadores de confiança estimados pelo INE. No primeiro trimestre de 2020, o PIB real caiu 2,4% (em termos homólogos) e 3,9% (face ao trimestre anterior). Se esta crise durar, a economia mundial enfrenta a maior ameaça dos últimos dois séculos. Mas a profundidade e a duração da recessão dependem do sucesso das medidas adotadas para impedir a disseminação do COVID-19, dos efeitos das políticas para aliviar os problemas de liquidez nas empresas, e para apoiar as famílias com dificuldades financeiras. Também depende de como as empresas reagem e se preparam para a retoma. Estamos numa crise onde a palavra veloci- dade é muitíssimo visível. Vão ser as empresas ágeis e com capacidade de mudança que irão apanhar as oportunidades no novo mundo pós-covid.
  • 13. Objetivos A. Colher a opinião das pessoas de Guimarães sobre o impacto que a COVID-19 pode ter no negócio dos pequenos empresários (comerciantes e industriais) de Guimarães. A.1 Identificar as principais dificuldades que as pessoas de Guimarães acham que os pequenos empresários locais enfrentam nos seus negó- cios devido à COVID-19; A.2 Identificar as principais vantagens que as pessoas de Guimarães acham que os pequenos empresários locais têm nos seus negócios devido à COVID-19; A.3 Identificar as principais desvantagens que as pessoas de Guima- rães acham que os pequenos empresários locais têm nos seus negó- cios devido à COVID-19; B. Compreender como a COVID-19 afetou o consumo das famílias de Guimarães. B.1 Conhecer a influência que a COVID-19 tem nos níveis de consumo das famílias de Guimarães; B.2 Perceber como a COVID-19 altera o nível de consumismo das fa- mílias de Guimarães; B.3 Perceber como a COVID-19 muda o nível de consumerismo das famílias de Guimarães; B.4 Identificar as principais mudanças operadas nos comportamentos de consumo da população residente no concelho de Guimarães em função da pandemia; C. Perceber os principais efeitos da pandemia no emprego das famí- lias de Guimarães; C.1 Perceber se as pessoas de Guimarães perderam o emprego por causa da pandemia; C.2 Perceber se as pessoas de Guimarães tiveram de mudar de em- prego por causa da pandemia; C.3 Perceber se a pandemia obrigou a que as pessoas empregadas passassem a operar na modalidade de teletrabalho. C.4 Perceber os principais impactos que a COVID 19 provocou nos comportamentos das pessoas no contexto do seu trabalho. 41 D. Perceber o efeito da pandemia nos níveis de rendimento disponí- vel das famílias de Guimarães; D.1 Perceber se as pessoas de Guimarães perderam rendimento por causa da pandemia; D.2 Perceber se as pessoas de Guimarães ganharam rendimento por causa da pandemia. Metodologia Os questionários serão aplicados via correio eletrónico para autopreenchimento. Universo População do concelho de Guimarães entre os 15 e os 64 anos. Amostra 150 habitantes do concelho de Guimarães com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos.
  • 14. Pretendemos estar disponíveis para prestar serviços na nossa localidade dando primazia à segurança dos mais vulneráveis e garantindo que todos se encontrem com as condições necessárias para atravessar esta situação pandémi- ca, sobretudo a população mais idosa. Para isso... •Propomo-nos a integrar equipas de voluntariado na prestação de apoios a pessoas e instituições/entidades para reco- lha de bens primários (alimentos, medicamentos, produtos de higiene) e distribuindo-os pelos mais carenciados. •Organizar e dinamizar, em parceria com a Junta de Freguesia de Caldelas sessões de entretenimento e informação nos centros sociais e nos lares, proporcionando, aos mais idosos, momentos de interação e empatia. Concluímos que obtivemos resposta para todos os nossos objetivos, apesar de que, em al- guns casos, as respostas não foram totalmente claras.  No caso das hipóteses que elaborámos inicialmente, constatamos que, de um modo geral, foram confirmadas.  Analisando de uma forma generalizada todas as questões, conseguimos ter em conta as vari- adas situações em que a população vimaranense se encontra dadas as circunstâncias pandé- micas e a forma como vivem ou como lidam com a parte económica, consumismo, consume- rismo, situação de emprego, e rendimentos disponíveis. Não esquecendo das principais mu- danças no modo como se trabalha, nomeadamente, a prática do teletrabalho e as medidas adotadas com objetivo de proporcionar um ambiente seguro nos locais de trabalho. Principais Conclusões O projeto ganhou o Prémio de Melhor Proposta de Ação na categoria do 2º Ciclo ao Secundário. Observações Propostas de Ação
  • 15. Área Temática Tecnologia Grau de Ensino Ensino Secundário Título do Estudo T4L—Technology for Life Programa NEPSO Localidade Caldas das Taipas Escola Escola Secundária de Caldas das Taipas Professor Coordenador Gil Santos Alunos envolvidos 5 Professores envolvidos 1 Disciplinas envolvidas Economia A 2020-2021 Ano Letivo Imagens
  • 16. Contextualização A Tecnologia é o resultado da envolvência da ciência e da engenharia que engloba um conjunto de instrumentos, métodos e técnicas que visam a resolução de problemas. A tecnologia é uma aplicação prática do conhecimento científico em diversas áreas de pesquisa e consiste no conjunto de técnicas, habilidades, métodos e processos usados na produção de bens ou serviços, ou na realização objetivos, como por exemplo em investigações científicas. O termo tecnologia pode ser usado para representar tanto o domínio de técnicas e processos, quanto a implementação de funcionalidades em má- quinas para que essas possam ser operadas sem o pleno conhecimento do seu funcionamento interno. O termo “Tecnologia” é uma combinação da palavra grega techne “arte, artesanato”, com logotipo, “palavra”, que significava na Grécia um discurso sobre as artes, tanto em teorias quanto em práticas. A tecnologia, como base do desenvolvimento humano, teve origem na pré-história através da descoberta e uso do fogo e das primeiras ferramentas dos homens. Quando o termo apareceu pela primeira vez no século XVII, foi usado para representar apenas uma discussão das artes aplicadas, e gradualmente essas "artes" tornaram-se no objeto da designação. A tecnologia era definida por frases como por exemplo “os meios ou atividades pelas quais o homem procura mudar ou manipular seu ambiente”. Mesmo essas definições gerais foram criticadas por observadores que apontavam para a cres- cente dificuldade de distinguir entre pesquisa científica e atividade tecnológica. No entanto, a tecnologia surgiu muito an- tes de haver métodos de escrita. Ao longo dos anos a tecnologia tem verificado avanços incomensuráveis. Avanços que não trazem somente vanta- gens. Uma diversidade de pesquisas científicas mostram que vários problemas emocionais e neurológicos têm origem no uso das tecnologias. Estes problemas surgem devido ao uso excessivo, por vezes irracional, diário das novas tecnologias. Segundo estes estudos, quanto menor a idade, menos tempo deve ser despendido nas novas tecnologias. As crianças têm de crescer a brincar. No entanto, a realidade que encontramos e com a qual nos deparamos é bastante diferente. Estes avanços também representam riscos para o meio ambiente. Um dos grandes problemas que atualmente afeta o ambiente é a poluição do ar, do solo e da água. Estes problemas surgem, na sua maioria, devido à produção e ao consu- mo em massa potenciado pelo desenvolvimento tecnológico. Quanto mais a tecnologia avança, mais as pessoas conso- mem, todavia, este consumismo pesa demasiado no nosso ambiente e por isso queremos consumidores educados e consci- entes, verdadeiros consumeristas. A nossa relação com a tecnologia é cada vez mais forte no nosso dia-a-dia. Apesar de ainda existirem pessoas que não são, ou simplesmente não se sentem dependentes de smartphones, a tecnologia está cada vez mais presente no nosso quotidiano, modificando e impondo comportamentos e gostos pessoais e coletivos. Calcula-se que por volta de 2025 os smartphones serão obsoletos, devido ao uso da realidade aumentada. Assim sendo, nessa época será possível implementar a realidade aumentada em pulseiras ou outras joias, tornando-se inexistente a necessidade de carregar um smartphone. Em conclusão, o futuro certamente será repleto de surpresas e avanços que transformarão a vida das pessoas ainda mais, tendo a tecnologia um papel fundamental no desenvolvimento quer do mundo, quer da sociedade.
  • 17. Objetivos Perceber a relação da população de Guimarães com a tecnologia → Indagar sobre o impacto da tecnologia na vida das pessoas de Guimarães → Conhecer a opinião das pessoas de Guimarães quanto ao impacto das tecnologias na produção de bens e serviços → Perceber se a população de Guimarães acredita que a evolução da tecnologia vai proporcionar no curto prazo novas possibilidades a certos níveis Metodologia O inquérito por questionário será́ aplicado recorrendo ao suporte digital. Universo População do concelho de Guimarães entre os 15 e os 64 anos. Amostra
  • 18. A nossa investigação permitiu-nos perceber que a tecnologia representa um papel fundamental no quotidiano das pessoas. Muitas das vezes, nomeadamente nas faixas etárias mais envelhecidas, esta não é utilizada de forma eficiente, visto que muitos dos indivíduos que se inserem nestas faixas etárias não têm um conhecimento tão profundo acerca da tec- nologia, nem acerca da sua utilização. Por conseguinte, uma iniciativa que nós sugerimos para que estas pessoas fiquem mais informadas acerca da tenolo- gia é a organização e o desenvolvimento de workshops, em pareceria com a Junta de Freguesia e com a nossa Escola no âm- bito da educação de adultos (Centro Qualifica) para dotar os info-excluídos de conhecimentos básicos, de forma a que pos- sam usar as novas tecnologias nos contextos que se mostrem mais necessários. Outra iniciativa seria distribuir panfletos pra informar os cidadãos de Guimarães, acerca das vantagens das energias renováveis. Analisando de uma forma generalizada todas as perguntas, podemos refletir um pouco sobre a opinião da população de Guimarães e sobre os assuntos relacionados com a tecnologia. Ao longo da análise das respostas percebemos que a opi- nião das pessoas das diferentes faixas etárias varia muito. Ao comparar os resultados no que diz respeito às idades, observa- mos que tanto a população mais idosa como a mais jovem possui um leque bastante variado de conhecimentos no que diz respeito aos temas abordado, uma vez que todos os dados obtidos são bastante semelhantes em todas as respostas analisa- das. De um modo geral observamos também que grande parte da população que foi inquirida sabe o que é a tecnologia com 63% dos jovens, e 67% dos adultos escolheram a opção correta, o que representa mais de metade do total de inquiridos. No contexto do uso da tecnologia, a população de Guimarães afirma utilizar as tecnologias mais em casa. Existe assim, uma relação entre as respostas obtidas e o período em que os questionários foram aplicados, visto que, nos encontrávamos num período de confinamento. A nível da melhoria da qualidade de vida da população inquirida, é possível constatar que a nível financeiro a tecnologia não representa grandes benefícios, mas a nível pessoal, escolar e profissional esta possuí uma grande importância, devido essencialmente à sua evolução. Temos como exemplo o empréstimo de portáteis efetuado pelo Ministério da Educação, visando um melhor sucesso escolar dos alunos. Principais Conclusões Observações Propostas de Ação
  • 19. Área Temática Novas Tecnologias Grau de Ensino Ensino Secundário Título do Estudo Offline - Chupetas Digitais: O Impacto das Redes Sociais Programa NEPSO Localidade Caldas das Taipas Escola Escola Secundária de Caldas das Taipas Professor Coordenador Lídia Santos Alunos envolvidos 4 Professores envolvidos 1 Disciplinas envolvidas Sociologia/Economia C 2020-2021 Ano Letivo Imagens
  • 20. Contextualização As Redes Sociais são plataformas virtuais, como sites e aplicações, constituídas por pessoas ou organizações, ligadas por um ou vários tipos de relações, onde vários grupos de pessoas ou empresas se relacionam através do envio de mensa- gens, da partilha de conteúdos como fotografias, vídeos, músicas, notícias e também valores e objetivos comuns. Atual- mente, existem diferentes redes sociais, sendo as mais conhecidas e utilizadas pelo mundo inteiro o Facebook, Twitter, Ins- tagram, Youtube, Snapchat e Pinterest. Cada uma destas diferentes plataformas tem um propósito e um público-alvo espe- cífico, sendo a principal função destas ferramentas ligar pessoas e partilhar diversos tipos de conteúdo. Os primeiros relatos de serviços que possuem características de sociabilizar dados surgiram durante o ano de 1969, com o desenvolvimento da tecnologia e o lançamento do CompuServe. Este foi um dos primeiros serviços comerciais online de ligação à internet a nível internacional, e durante os anos 80, foi um dos principais vendedores de conteúdos como notí- cias, desporto, meteorologia, etc. Foi também um serviço que popularizou a troca de figuras e imagens, principalmente em formato GIF. Nos anos 2000, a internet teve um incremento a nível profissional e também a nível pessoal, com isso, as redes soci- ais estimularam uma massa de utilizadores. O social media tem ganhado, ao longo do tempo, um papel fundamental na interação social. Estas são caracterizadas primariamente pela auto-geração do seu desenho, pela sua horizontalidade e a sua descentralização. Estas permitem estabelecer contatos pessoais, partilhar e desenvolver conhecimentos profissionais, procurar emprego, partilhar fotografias e vídeos e também divulgar produtos e serviços para compra e venda. Um ponto em comum entre os diversos tipos de redes sociais é o de diversas informações, conhecimentos, interes- ses e esforços com o propósito de encontrar objetivos comuns. A intensificação da formação das redes sociais, nesse senti- do, reflete um processo de fortalecimento da sociedade civil, num contexto de maior participação democrática e mobiliza- ção social. O número de utilizadores da internet e, consequentemente, das redes sociais cresce cada vez mais. Atualmente, es- tamos tão embrenhados no mundo digital que imaginar um mundo sem tecnologia seria um verdadeiro pesadelo e esta é a garantia de que realmente se deu uma nova revolução industrial. As novas tecnologias não fazem parte unicamente da vida pessoal de cada um, a internet trouxe também uma revolução para a economia e para o mercado de trabalho mundial. A maioria das empresas, marcas e negócios necessitam de utilizar as redes sociais como ferramentas de expansão, informa- ção, marketing, comunicação, etc. A quarta revolução industrial, causada pelas novas tecnologias e redes sociais, fundiu o mundo físico e digital e trouxe, tal como já foi referido, todo um conjunto de novas profissões e de diferentes funções den- tro daquelas que já existem. As gerações mais novas nasceram neste meio, no meio das tecnologias e, consequentemente, no processo de expan- são do social media, o que faz com que seja difícil, nos dias atuais, encontrar um aluno que não utilize uma rede social e que não goste de a usar. Sendo assim, algumas instituições de ensino começaram a utilizá-las para seu próprio proveito, como instrumento de comunicação entre os jovens e os docentes, como meio de exposição de avaliações e como mecanis- mos de ensino, aproveitando-se de muitas das aplicações que são apelativas para os jovens.
  • 21. Objetivos 1. Descobrir se a população de Guimarães utiliza redes sociais 2. Estudar a influência que a utilização das redes sociais tem na população de Guimarães 3. Compreender se a população de Guimarães conhece as principais estratégias utilizadas pelos criadores das redes sociais para incentivar o uso destas 4. Investigar se a população de Guimarães tem consciência do impacto das redes sociais na eco- nomia 5. Perceber se a população de Guimarães conhece o conceito de globalização nas redes sociais Metodologia Universo População do concelho de Guimarães com 15 ou mais anos. Amostra Total 15-24 anos 25-64 anos 65 ou mais anos HM H M HM H M HM H M HM H M 170 82 88 25 13 12 117 57 60 28 12 16 100% 47,98% 52,02% 15% 7,67% 7,29% 69% 33,43% 35,39% 16% 6,88% 9,34%
  • 22.  Desenvolver diversos projetos e atividades, em que estes apresentam o nosso tema, em palestras e apresenta- ções, quer sejam feitas fisicamente ou através de vídeos, na nossa escola ou a todas aquelas que mostrarem inte- resse em explorar este assunto.  Elaboração de uma plataforma digital, com o objetivo de por lá todo o nosso trabalho de investigação, de modo a todos os cidadãos terem acesso a toda a informação do nosso trabalho, quando e onde quiserem.  Realização de uma semana em Guimarães dedicada às redes sociais, com atividades e sessões, nas quais iremos explorar e aprofundar este tema, com o objetivo de transmitir o máximo de informação e conhecimento para os interessados. Esta atividade é exclusiva para alunos que frequentam o ensino secundário, sendo que o itinerário para esta semana é um dos anexos no final do trabalho.  A maioria da população de Guimarães utiliza redes sociais com frequência.  A utilização das redes sociais varia com a idade da população de Guimarães pois diferentes faixas etárias encon- tram diferentes usos nas redes sociais.  A população de Guimarães utiliza redes sociais para comunicar entre si; manter-se atualizada sobre diferentes temas da atualidade; partilhar conquistas, opiniões, sentimentos e interesses.  Para a maior parte da população de Guimarães as redes sociais são indispensáveis.  A população de Guimarães tem consciência do impacto das redes sociais, mas não o suficiente.  A inteligência artificial é uma tecnologia que permite que diferentes sistemas simulem uma inteligência similar à humana. Este avanço tecnológico consegue tomar decisões autónomas baseadas nos padrões recolhidos numa enorme base de dados.  As redes sociais beneficiam do uso da Inteligência Artificial quando esta é usada para antecipar uma escolha/ publicação do utilizador. Por outras palavras, a IA manipula e prevê os comportamentos dos utilizadores das re- des sociais. Principais Conclusões Observações Propostas de Ação
  • 23. Área Temática Comportamento/Sociedade Grau de Ensino Ensino Secundário Título do Estudo Intolerantes Entusiastas – Fanatismo – Uma doença ou um sentimento? Programa NEPSO Localidade Caldas das Taipas Escola Escola Secundária de Caldas das Taipas Professor Coordenador Lídia Santos Alunos envolvidos 4 Professores envolvidos 1 Disciplinas envolvidas Sociologia/Economia C 2020-2021 Ano Letivo Imagens
  • 24. Contextualização Na Psicologia, os fanáticos são considerados seres dotados de determinadas características relacionadas com raiva, ódio e violência. O fanatismo é entendido como um estado psicológico de fervor excessivo, irracional e persistente por algo ou alguém, desde uma religião, a um partido político ou a uma banda musical, etc. Este fervor, a paixão por uma determi- nada causa, pode levar o indivíduo ao delírio. Algumas características relacionadas com estes indivíduos são, entre outras: agressividade excessiva; preconceitos varia- dos; mentalidade fechada a outras ideias; individualismo intenso. O indivíduo fanático tende a ter uma visão unilateral e rígida do mundo, considerando que o mal reside naquilo e/ou naqueles que contrariam o seu modo de pensar. Isto faz com que o fanático adote condutas irracionais e agressivas que podem até chegar a extremos violentos e perigosos. Contudo, o apego ou a adoração por qualquer coisa ou tema, não configura, necessariamente, fanatismo. Para se ser considerado fa- nático, é preciso que a conduta do indivíduo seja marcada pelo radicalismo e pela intolerância perante todos aqueles que não compartilhem as suas crenças ou ideais. O fanatismo tem uma origem religiosa, sendo a palavra proveniente do latim “fanaticus” que significa “inspirado pelos deu- ses”. Para os romanos, um fanático era o indivíduo inspirado pela divindade, para os gregos, era um “entousiastés”1, do qual deriva, então, o termo em português “entusiasmo” ou “entusiasta”. Com o passar do tempo, estes dois termos come- çaram a perder a sua ligação o termo “fanatismo” tornou-se sinónimo de exaltação cega e perigosa, uma conotação mais negativa, e o termo “entusiasmo” manteve o seu sentido positivo, como uma apreciação mais moderada.  Fanatismo religioso: um dos que tem gerado mais controvérsias ao longo da história. Sob a influência deste tipo de fanatismo geraram-se genocídios, conflitos bélicos, atos terroristas, etc.;  Fanatismo desportivo: admiração excessiva por um clube de futebol ou outro qualquer desporto;  Fanatismo político: fervor por um partido político ou uma ideologia;  Fanatismo artístico: uma obsessão exagerada por alguma figura pública ou corrente artística. A psicologia social já analisa o comportamento fanático há pelo menos dois séculos, esta tem um olhar preocupado diante todas as convicções de uma pessoa fanática. Para tentar entender como funciona o cérebro das pessoas fanáticas, várias foram as disciplinas que se dispuseram a investigar o tema. Alguns estudiosos indicam que um dos fatores que pode desen- cadear os comportamentos fanáticos é a dopamina, um neurotransmissor intimamente vinculado à forma como manifesta- mos as emoções e que se ativa quando o organismo obtém uma sensação de prazer. Por outro lado, psicólogos especializa- dos em comportamentos violentos afirmam que é mais fácil que um fanático mude o foco do seu fanatismo do que passe a adotar um comportamento tolerante. Isso estaria associado a uma estrutura mental adquirida, permeada por distorções cognitivas.
  • 25. Objetivos 1. Perceber se a população do concelho de Guimarães tem conhecimento do que é o fanatismo. 2. Recolher os diferentes pontos de vista que a população do nosso concelho tem perante os indivíduos faná- ticos. 3. Verificar quais são os diferentes tipos de fanatismo que a população do concelho de Guimarães acha que existem. 4. Perceber quais são as consequências associadas aos comportamentos fanáticos que a população considera mais prejudiciais. 5. Averiguar o que a população de Guimarães acha que pode ser feito para a prevenção dos diferentes tipos de fanatismo. 6. Articular a opinião da população de Guimarães com a perspetiva de Voltaire dada na sua obra “Tratado so- bre a tolerância” 7. Analisar a opinião da população de Guimarães quanto à influência de certas caraterísticas pessoais na inci- dência do fanatismo. Metodologia Universo População do concelho de Guimarães com 15 ou mais anos. Amostra
  • 26.  Colaboração com alguns clubes de futebol da nossa região para implementar ini- ciativas de sensibilização para os adeptos em relação ao Fanatismo desportivo.  Desenvolver sessões com a sociedade visando criar um ambiente onde possam ser partilhadas histórias relacionadas com o fanatismo, anonimamente ou não.  Analisando em primeiro lugar a pergunta que move o nosso estudo, “Fanatismo, uma doença ou um senti- mento?”, o grupo partiu do princípio que o fenómeno em questão é um sentimento complexo que engloba emoções como entusiasmo, obsessão e adoração. No entanto, concordamos que este sentimento pode an- dar de mão dada com diversas doenças como a depres- são entre outras.  Quanto à nossa segunda hipótese, delineamos algumas dimensões que o fanatismo poderia tomar, entre elas enunciamos a religião, o desporto, a arte e a política. As respostas dos nossos inquiridos englobam maiorita- riamente os fanatismos religioso e desportivo sendo que estes tiveram valores acima dos 80% (86,6% e 84,6%, respetivamente).  O grupo considerou que as razões que levam um indivi- duo a ser fanático são: a relação com algo ou alguém, quer seja pessoalmente, através de familiares e ami- gos, como também através de qualquer meio de comu- nicação ou até mesmo o contacto com a sociedade ao seu redor.  O grupo colocou, ainda, em hipótese que o individuo fanático adquire o traço do fanatismo após experiên- cias e vivências, algo que foi confirmado pela popula- ção inquirida com uma percentagem de 79,6%. Conclu- ímos, assim, que, de acordo com as opiniões deste es- tudo, o fenómeno fanatismo é proveniente das influ- ências externas ao individuo e não é algo hereditário. Principais Conclusões Observações Propostas de Ação
  • 27. Área Temática Sentimentos Grau de Ensino Ensino Secundário Título do Estudo Viúvas Negras – Luto: da Revolta à Superação Programa NEPSO Localidade Caldas das Taipas Escola Escola Secundária de Caldas das Taipas Professor Coordenador Lídia Santos Alunos envolvidos 5 Professores envolvidos 1 Disciplinas envolvidas Sociologia/ Economia C 2020-2021 Ano Letivo Imagens
  • 28. Contextualização A condição última de todo o ser vivente é a morte, pois marca o fim da vida. Apesar da vida e da morte, respetivamente, poderem ser compreendidas como a “não morte e a não vida” uma não é necessariamente a negação da outra. Pelo contrário, são aspetos complementares do binómio vida-morte: a morte como reflexo da vida e a vida como reflexo da morte, revelando-se assim fatores não intercambiáveis. Na sociedade ocidental, há uma tendência de afastamento da ideia da morte, com uma falsa crença de imortalidade. Por meio de avanços dos conhecimentos e tecnologias médicas na prevenção e no tratamento das doenças, houve um aumento considerável na expectativa de vida da população. As pessoas vivem até uma idade avançada e geralmente são encaminhadas para morrer no hospital, em vez de em casa, como ocorria no passa- do, o que torna mais comum aos profissionais lidarem com estas situações. Considera-se também, que há um grau de antecipação e de autocontrolo, o qual torna a vida previsível e cómoda. No passado, a morte era tida co- mo um acontecimento corriqueiro e familiar, hoje ela é ocultada, mantida por trás dos bastidores da vida social. Os sentimentos e sua expressão transformaram-se, e a morte passou a ser vista com distanciamento, quase sem- pre ocultada da vida do dia-a-dia. Nem todas as culturas tratam a morte como uma coisa triste ou má. Em alguns casos, até é tida como uma passagem para um lugar melhor. E a ideia do que vem em seguida influencia a forma como a pessoa encarará a morte. Algumas culturas indígenas comemoram a morte, já que para eles é considerado um ritual de passagem para um mundo melhor, por isso dançam e festejam quando alguém parte. O luto serve especialmente para reaprender a viver com as perdas que sofremos, apesar de ser difícil de enfrentar e superar. Há quem vivencie o luto com maior ou menor dificuldade. Para superar qualquer perda, te- mos que viver o luto, passando por um processo, que pode ser consciente ou não. Este processo é inevitavel- mente doloroso, traz tristeza e sentimentos que podem ser muito intensos. Os funerais são importantes para o processo de luto, pois contribuem para a consciencialização das pesso- as, em relação à morte do indivíduo. Para além disso, oferecem a oportunidade de estabelecer ligações, de expri- mir, partilhar sentimentos acerca da pessoa que faleceu, sendo uma forma de despedida. É uma forma de reunir famílias e outros enlutados que se apoiam mutuamente.
  • 29. Objetivos  Perceber se a população de Guimarães sabe o que é o luto  Perceber que sentimentos as pessoas de Guimarães associam ao luto  Colher a opinião dos indivíduos sobre a importância do processo do luto  Perceber se a população de Guimarães conhece o processo do luto em diferen- tes culturas.  E por fim, perceber como a população de Guimarães lida com o luto no contexto pandémico do Covid-19. Metodologia O inquérito por questionário, que serão aplicados em suporte digital, por autopreenchi- mento. Universo População do concelho de Guimarães com 15 ou mais anos. Amostra
  • 30.  Implementar no nosso concelho, desde a utilização de panfletos, cartazes ou vídeos de propaganda às instituições de apoio existentes, até à criação de mais centros ou reuniões de apoio no concelho para a ajuda e acompanhamento dos sofridos.  Realização de palestras de sensibilização e apoio a pessoas que passem pelo luto é algo que achamos importante e que gostaríamos de implementar no nosso concelho, em conjunto com a câmara munici- pal e também com as escolas do concelho, pois achámos que este tema devia ser mais abordado nos mais novos, pretendendo assim que estes saibam que têm ajuda caso estejam a passar pelo processo do luto. Analisando de modo geral todas as questões, podemos refletir um pouco sobre a população residente em Guimarães e qual a posição tomada em relação a assuntos como o tema do nosso trabalho. Ao longo de toda a análise, o nosso grupo apercebeu-se que na maioria nas questões não existe uma grande discrepância de opiniões, que por grupos etários, quer por sexo. A única questão em que a diferença de pontos de vistas mais se verificou foi na pergunta 1.3. (“Das se- guintes opções quais as que conhece ou já ouviu falar?”), em que o sexo masculino demonstrou um grande desconhecimento nos tipos de luto existentes, em contrapartida com o sexo feminino, em que grande parte conhecia pelo menos uma das opções enunciadas. Desta forma, podemos assumir que a população residente em Guimarães, globalmente apresenta-se ciente da importância do luto e do seu processo, como podemos concluir através na questão 1.(“Acha impor- tante ou não a passagem pelo processo do luto, de modo a conseguir superar a perda?” Principais Conclusões Observações Propostas de Ação
  • 31. Área Temática Saúde Grau de Ensino Ensino Secundário Título do Estudo Tolerância Zero - Mutilação Genital Feminina Programa NEPSO Localidade Caldas das Taipas Escola Escola Secundária de Caldas das Taipas Professor Coordenador Lídia Santos Alunos envolvidos 5 Professores envolvidos 1 Disciplinas envolvidas Sociologia/Economia C 2020-2021 Ano Letivo Imagens
  • 32. Contextualização A mutilação genital feminina consiste na remoção ou no corte deliberado da genitália feminina exter- na, por razões não médicas e é frequentemente efetuada com recurso a lâminas de barbear, pedaços de vi- dro, facas, tesouras e outros instrumentos cortantes não esterilizados. Esta prática leva à remoção total ou parcial dos lábios genitais e do clitóris. É importante referir que, em muitos casos, estes instrumentos cirúr- gicos têm um carácter sagrado e são transmitidos de geração em geração. Segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) estima-se que mais de 130 a 140 milhões de raparigas e meninas já foram submetidas à MGF e que cerca de 3 milhões se encontram anualmente em risco de vir a sofrer esta prática. O registo mais antigo desta prática encontra-se num papiro exposto no Museu Britânico, em Londres, do ano de 163 A.C. Vários outros registos, nomeadamente de historiadores gregos, colocam a origem da prática no Antigo Egipto e, posteriormente, na África Oriental. Os fundamentos para a prática da MGF relacionam-se com questões socioculturais e económicas, po- dendo mesmo ter origem num símbolo de herança e identidade de um grupo étnico específico. Estas razões encontram-se intimamente ligadas à desvalorização do estatuto socioeconómico da mulher e ao casamento como garantia de futuro. Nos países e comunidades onde se pratica a MGF é, antes de tudo, uma tradição cultural enraizada, o que dificulta a alteração de comportamentos por parte das estruturas de poder. Na ver- tente social, a mutilação do órgão genital feminino é visto como um passaporte para o mundo dos adultos. As meninas que não estejam dispostas à sujeição desta barbárie, serão apontadas, podendo num futuro pró- ximo sofrer a humilhação daquela negação. Em termos religiosos, este ato ainda é considerado por muitas crenças como uma tradição normal e aconselhável, inculcada pelo processo de socialização e, portanto, acei- te como uma vivência normal. Do ponto de vista da prática sexual, a MGF leva à limitação da sexualidade da mulher, logo é conside- rada uma garantia de fidelidade. Acredita-se que esta prática seca a vontade sexual da mulher, garantindo um casamento fiel e seguro. A MGF priva a mulher do direito à sua integridade física, vivência da sexualidade e maternidade plena, além de constituir uma prática que degrada cruelmente a vida das mulheres, colocando-as em risco constan- te, violando também alguns dos seus direitos. A resolução de junho de 2012 (ONU) pediu o fim da MGF na Europa e mundo.
  • 33. Objetivos 1. Perceber o que é que as pessoas do concelho de Guimarães sabem sobre a Mutilação Genital Feminina (MGF) 2. Descobrir se as pessoas do concelho de Guimarães conhecem os contextos geográficos das práticas de MGF 3. Colher a opinião das pessoas do concelho de Guimarães sobre as principais razões que explicam a prática da MGF 4. Colher a opinião das pessoas do concelho de Guimarães sobre as principais consequências desta prática da MGF 5. Saber se as pessoas do concelho de Guimarães consideram que esta prática de MGF sacrifica os direitos das mulheres 6. Descobrir a opinião das pessoas do concelho de Guimarães sobre esta prática em Portugal; 7. Investigar se as pessoas do concelho de Guimarães conhecem a posição da Organização Mundial de Saú- de (OMS) relativamente à prática da MGF Metodologia Após realizarmos o pré-teste, iremos aplicar os questionários via correio eletrónico para au- topreenchimento. Universo População do concelho de Guimarães entre os 15 e os 64 anos. Amostra
  • 34. Com o intuito de realizarmos alguma iniciativa que possibilitasse o combate à Mutilação Genital Femini- na, decidimos desenvolver uma atividade de sensibilização que consiste na apresentação de uma peça dra- mática, onde iremos interpretar várias histórias verídicas de vítimas da MGF. Esta iniciativa, desenvolver-se-á de forma recorrente, com objetivo deste projeto alcançar o máximo de pes- soas possíveis e assim tornar este tema cada vez menos alvo de tabu. Toda a nossa investigação centrou-se na elaboração de um trabalho que tem como tema base a Mutila- ção Genital Feminina, bem como o impacto que esta prática traz para a população do concelho de Guima- rães. Analisando de uma forma mais generalizada as perguntas, é possível reparar que a população de Gui- marães, é maioritariamente contra a prática da MGF. O objetivo principal do nosso trabalho 1. “Perceber o que é que as pessoas do concelho de Guimarães sabem sobre a Mutilação Genital Feminina (MGF).”, foi cumprido com sucesso, na medida em que esta fase do trabalho permitiu-nos perceber que a maioria da população de Guimarães sabe ou tem conhecimento em que consiste a prática da MGF. Ao longo da análise das perguntas do nosso inquérito, conseguimos ter a perceção que respondemos a todos objetivos com êxito. No caso das hipóteses que elaboramos no início deste projeto, concluímos que, de um modo geral, todas se verificaram corretas e confirmadas. Principais Conclusões Observações Propostas de Ação
  • 35. Área Temática Tecnologia Grau de Ensino Ensino Secundário Título do Estudo Submersos – Sociedade Obscura: Deep Web – a face oculta da Internet Programa NEPSO Localidade Caldas das Taipas Escola Escola Secundária de Caldas das Taipas Professor Coordenador Lídia Santos Alunos envolvidos 4 Professores envolvidos 1 Disciplinas envolvidas Sociologia/Economia C 2020-2021 Ano Letivo Imagens
  • 36. Contextualização A internet é como um iceberg, no qual existe uma parte que está à vista de todos e uma parte que está submersa, sendo neste contexto a parte superior a “Surface Web” e a parte inferior a “Deep Web”. Embora a Deep Web pareça uma invenção deste novo milénio, a sua história remonta mais longe do que se pode imaginar. A Deep Web surgiu da necessidade de uma busca pelo anonimato na internet. Alguns pioneiros construíram e desenvolveram este autêntico covil escondido da internet com conteúdos que vão do mais inofensivo ao totalmente ilegal e perigoso. A ideia de uma rede de comunicações online anónima, núcleo da Deep Web, remonta à década de 1960 com a criação da ARPANET (Advanced Research Projects Agency Network). Trata-se de uma rede experimental de computadores criada na década de 1960 que foi o precursor da Internet e, mais tarde, da Deep Web. O período de tempo entre 1960 e 1990 destacou-se por uma procura crescente no acesso privado à internet, longe do controlo do governo, a qualquer conteúdo que se desejasse. O TOR é o motor de busca mais usado para aceder à Deep Web. Na década de 1990, os pesquisadores David Goldschlag, Mike Reed e Paul Syverson, do Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA, começaram a desenvolver uma maneira de direcionar o tráfego pela internet da forma mais anónima possível, em resposta à crescente preocupação da falta de segurança na internet. Essa falta de segurança, em parte devida à novidade que constituía a internet, criou pesadelos para a vigilância do governo. Goldschlag, Reed e Syverson visavam direcionar o tráfego da Internet anonimamente através de vários servidores e criptografá-lo ao longo do caminho, chaman- do à sua ideia “Onion Routing8”. Quando o TOR foi lançado em 2002, foi propositadamente mantido como um software livre e aberto. À medida que o TOR ganhava popularidade, os seus usuários começaram a exigir que os seus criadores abo- lissem a censura, permitindo que aqueles que vivem sob governos opressivos publicassem os seus pensamentos e acedes- sem a sites restritos livremente. Isso motivou os criadores do TOR a começar a desenvolver uma maneira de contornar as restrições governamentais para que seus usuários pudessem aceder a sites restritos do governo. O mercado da Deep Web é um dos maiores mercados quando se trata de transações online e também é um dos mais difíceis de encontrar devido à privacidade de cada usuário que é encriptada à entrada do mesmo. Por isso, também é bas- tante perigoso pois, como já referido anteriormente, devido a essa “privacidade” ninguém sabe quem está por trás de cada utilizador que por lá é encontrado. O Bitcoin é, sem margem para dúvidas, a criptomoeda mais famosa e mais utilizada atualmente, e vem sendo aplica- da em diversos setores e mercados, seja como forma de pagamento, seja como reserva de valor. É notável como o seu uso começou a ser popularizado em mercados negros, como a Deep e a Dark Web. A Silk Road foi um mercado acessível atra- vés da Deep Web que utilizava a rede TOR, assegurando assim o anonimato de compradores e vendedores no comércio de produtos ilícitos, particularmente estupefacientes. O site foi lançado em fevereiro de 2011. A partir de 2012, as vendas anuais eram estimadas em 22 milhões de dólares norte-americanos.
  • 37. Objetivos  Saber quantos alunos da ESCT conhecem ou já ouviram falar da Deep Web.  Saber se os alunos da ESCT conhecem os riscos que se apresentam no acesso à Deep Web.  Saber o grau de envolvimento dos alunos da ESCT com o tema Deep Web.  Saber se os alunos da ESCT consideram que a Deep Web tem pontos positivos.  Saber quais são os pontos positivos que os alunos da ESCT consideram que a Deep Web tem.  Saber o número de alunos da ESCT que já conseguiram aceder à Deep Web.  Saber se os alunos da ESCT que acederam à Deep Web tomaram as precauções necessárias. Metodologia Os questionários serão aplicados via correio eletrónico para serem autopreenchidos. Universo Alunos que frequentam a Escola Secundária de Caldas das Taipas no ano letivo 2020/2021. Amostra
  • 38. Uma iniciativa que sugeríamos era que a ESCT em conjunto com alguma força policial integra- da no combate ao Cibercrime, planeasse e efetuasse diversas palestras para os alunos da escola, como o nosso grupo fez em conjunto com o Sr. Inspetor Milton Trigo. Assim como a nossa, estas palestras serviriam para alertar e para dar conhecimento aos alunos, sobre os perigos e os cuida- dos no acesso à Deep Web e na utilização da Internet no geral. Com a nossa investigação conseguimos responder à nossa principal interrogação: “O que se processa na Deep Web?”. Concluímos que a maioria da população inquirida da ESCT, entende que a Deep Web é um "lugar" perigoso, com conteúdos perturbadores, de difícil acesso, mas com alguns pontos positivos. Contudo, não devemos ignorar que ainda existe uma parte da população inquirida que não conhece ou não sabe da existência da mesma. O estudo permitiu-nos perceber que os alunos do sexo masculino que frequentam o 12º ano, são os que mais tem conhecimento sobre a Deep Web, e por outro lado, as alunas do sexo feminino são as que mais des- conhecem estas camadas submersas da internet. Através dos resultados obtidos, pelo questionário, foi possível observar que apenas uma pequeníssima parte dos inquiridos teve a coragem de aceder à Deep Web, e a maior parte apenas tem uma ideia vaga do que ela é. Principais Conclusões Observações Propostas de Ação
  • 39. Área Temática Ciência Grau de Ensino Ensino Secundário Título do Estudo Alienígenas – A Vida Alienígena Programa NEPSO Localidade Caldas das Taipas Escola Escola Secundária de Caldas das Taipas Professor Coordenador Lídia Santos Alunos envolvidos 4 Professores envolvidos 1 Disciplinas envolvidas Sociologia 2020-2021 Ano Letivo Imagens
  • 40. Contextualização A vida alienígena (ou extraterrestre) e a que não se origina a partir do planeta Terra e, ainda que possa ser hipotética, pode variar de organismos simples, como bactérias, até seres mais complexos do que os pró- prios seres humanos, assumindo varias morfologias. Cientistas como Carl Sagan e Stephen Hawking acreditam na hipótese de diferentes formas de vida ali- enígena, quer no sistema solar, quer em todo o universo, dada a sua imensidão. O seu argumento baseia-se, sobretudo, nas leis físicas consistentes do universo observável, defendendo ser altamente improvável não existir vida para alem do planeta Terra. O cientista David Kipping recorreu, de facto, a uma técnica estatísti- ca para avaliar a probabilidade de existir vida inteligente noutro planeta que não o nosso. Todavia, ainda que muitos cientistas considerem a vida alienígena plausível, não foi encontrada, até ao momento, nenhuma evidência concreta que prove a sua existência. A Agencia Espacial Europeia (ESA) e uma organização intergovernamental constituída por 22 Estados- membros, dedicados a exploração do espaço. Os projetos da Agencia destinam-se, sobretudo, a expansão das descobertas sobre a Terra, sobre o seu ambiente espacial mais próximo, sobre o sistema solar e sobre o Universo. Para alem disso, pretendem desenvolver tecnologias e serviços, com base nos satélites, e promo- ver as industrias europeias. SETI (sigla em inglês para Search for Extraterrestrial Intelligence) consiste, ainda, num projeto que tem como objetivo a constante procura por vida inteligente no espaço. Uma das abordagens, denominada radio SETI, visa analisar sinais de rádio de baixa frequência captados por radiotelescópios terrestres (principalmente pelo Radiotelescópio de Arecibo), visto que este tipo de sinal não ocorre naturalmente, po- dendo ser interpretado como evidencia de vida extraterrestre. Na verdade, a China lançou-se na missão de procurar vida extraterrestre, proporcionando o maior radi- otelescópio do mundo. FAST, o telescópio chines, foi criado para detetar sinais de radio com origem em pla- netas longínquos. Todavia, encontrar a localização correta foi um dos maiores desafios do projeto. O local selecionado, na província de Guizhou, sudoeste da China, apresenta condições privilegiadas. Trata-se de um vale, rodeado por montanhas, que protegem o telescópio de perturbações magnéticas. O programa espacial da China já se tornou, de facto, numa das prioridades do governo.
  • 41. Objetivos 1. Perceber se a população do concelho de Guimarães sabe o que é a vida alienígena 2. Colher a opinião da população acerca da possível existência de vida alienígena 3. Perceber se a população tem conhecimento da ocorrência de eventos relacionados com o fe- nómeno alienígena 4. Perceber se a população relaciona a existência da Área 51 com o fenómeno alienígena 5. Perceber se a população conhece os principais programas destinados à deteção de vida aliení- gena 6. Perceber se a população conhece alguma entidade científica envolvida nos projetos de dete- ção de vida alienígena 7. Perceber se a população relaciona a evolução tecnológica com a tentativa de deteção de vida alienígena. Metodologia O questionário será aplicado em suporte digital, por autopreenchimento, visto que a situa- ção pandémica atual nos impede de assistir presencialmente ao seu preenchimento. Universo População do concelho de Guimarães com 15 ou mais anos. Amostra
  • 42. O grupo sugere a realização de uma palestra, onde seriam expostas as principais conclusões da pesquisa que desenvolveu ao longo do ano letivo. O seu objetivo consistiria, principalmente, em esclarecer, não só membros da comunidade escolar, mas a população residente no Concelho de Guimarães. Para além de trans- mitir informação pertinente acerca do intrigante tema selecionado, o grupo pretenderia dinamizar o evento, exibindo uma dramatização. Todos os membros envolvidos no projeto manifestam, ainda, interesse em continuar este estudo, pos- teriormente, e em acompanhar as atualizações referentes a procura de vida alienígena.  Concluímos que a maioria dos inquiridos tem conhecimento acerca do conceito de vida alienígena, to- davia, não devemos ignorar o facto de que ainda há uma grande parte da população que não tem co- nhecimento acerca do mesmo, considerando a vida alienígena não aceitável ou credível.  A população do concelho de Guimarães não conhece os principais programas destinados à deteção de vida alienígena.  A população do concelho de Guimarães não conhece nenhuma entidade científica envolvida nos proje- tos de deteção de vida alienígena.  A população do concelho de Guimarães pensa que a evolução tecnológica contribui para a realização de projetos científicos relacionados com a deteção de vida alienígena. Principais Conclusões Observações Propostas de Ação
  • 43. Área Temática Meio Ambiente Grau de Ensino 3º Ciclo Título do Estudo Pegada Ecológica – Quem sai aos seus... Programa NEPSO Localidade Vila Nova de Famalicão Escola Escola Básica 2,3 Júlio Brandão Professor Coordenador Sónia Barreiras Alunos envolvidos 5 Professores envolvidos 2 Disciplinas envolvidas Ciências Naturais/ Cidadania e Desenvolvimento 2020-2021 Ano Letivo Imagens
  • 44. Contextualização Pegada ecológica “é uma expressão traduzida do inglês ecological footprint e refere-se às quantidades de terra e água (medida em hectares) que seriam necessárias para sustentar as gerações atuais, tendo em conta to- dos os recursos materiais e energéticos, gastos por uma determinada população. O termo foi primeiramente usa- do em 1992 por William Rees, um ecologista e professor canadiano da Universidade de Colúmbia Britânica e o seu aluno de doutorado Mathis Wackernagel. Em 1995, Wackernagel e Rees publicaram o livro chamado Our Ecological Footprint: Reducing Human Impact on the Earth” (Wikipédia, 2007). De uma forma mais sintética, a pegada ecológica mede o uso de terra cultivada, florestas, pastagens e áreas de pesca para o fornecimento de recursos e absorção de resíduos (dióxido de carbono proveniente da queima de combustíveis fósseis). A biocapacidade mede a quantidade de área biologicamente produtiva disponí- vel para regenerar esses recursos e serviços. Assim, permite-nos saber se o nosso planeta suporta ou não o estilo de vida que temos e a quantidade de planetas Terra que seriam necessários para sustentar a humanidade. As novas metodologias existentes, com algumas diferenças entre si, baseiam o cálculo da pegada ecológica nos seguintes itens (Costa, 2008):  Alimentação – baseada em animais ou plantas e energia associada;  Abrigo – consumo de energia doméstica, área de habitação, madeira doméstica e madeira como combustí- vel e energia necessária para a construção;  Mobilidade – energia associada aos meios de transporte e a área construída associada com estes meios de transportes;  Bens e serviços – impactes de energia associada à produção industrial, importações/exportações, serviços de entrega e o uso de produtos animais, plantas, de madeira e papel. A pegada ecológica é uma importante ferramenta de avaliação e monitorização para os governos nacionais e locais, que estão a trabalhar para mitigar os riscos, para se adaptar às alterações climáticas e para fomentar uma sustentabilidade global. O Dia da Sobrecarga do Planeta (Earth Overshoot Day) marca a data do ano em que a humanidade terá consumido mais recursos naturais da Terra – incluindo alimentos, fibras, madeira e capa- cidade de absorção de CO2 da queima de combustíveis fósseis – do que os ecossistemas são capazes de renovar no ano inteiro. No ano de 2020, o dia da sobrecarga do Planeta ocorreu três semanas mais tarde que no ano de 2019, infelizmente, não ocorreu graças às mudanças de atitude dos cidadãos, mas sim devido à pandemia. Comparando com os países da União Europeia (com exceção de Malta e Finlândia para os quais não há da- dos), os resultados indicam que, a partir de 2013, Portugal tinha a 6ª menor Pegada Ecológica per capita en- tre os 26 países da UE considerados, com 3,9 hectares globais (gha) per capita.
  • 45. Objetivos 1. Aferir o conhecimento dos alunos e Encarregados de Educação (EE) do Agrupamento sobre a temática “Pegada ecológica” - Saber se conhecem o termo/significado da pegada ecológica; - Saber a sua preocupação em conhecer o valor da sua pegada ecológica. 2. Aferir o conhecimento do valor da pegada ecoló- gica dos alunos e Encarregados de Educação (EE) do Agrupamento. - Conhecer o valor médio da pegada ecológica dos alunos e EE. - Conhecer os componentes da pegada ecológica me- nos sustentáveis dos alunos e EE. 3. Aferir o grau de preocupação, dos alunos e Encar- regados de Educação (EE) do Agrupamento, para os valores elevados da pegada ecológica. - Saber se os alunos e EE conhecem as consequên- cias, para o Planeta, de valores elevados da pegada ecológica - Conhecer o grau de intenção dos alunos e EE, em mudar os valores da sua pegada ecológica 4. Aferir se os alunos e Encarregados de Educação (EE) do Agrupamento conhecem formas de diminuir a sua pegada ecológica. - Conhecer as formas que os alunos e EE consideram ter mais impacto na diminuição da pegada ecológica Metodologia Para levar acabo o preenchimento do nosso questionário, iremos utilizar a metodologia de entrevista de autopreen- chimento via digital, uma vez que nesta fase os alunos do agrupamento têm e-mail institucional/plataforma Teams, e es- tão habituados a realizar tarefas através desta plataforma. Assim, após sorteadas as turmas e alunos por ano de escolari- dade, é remetido o link de preenchimento do questionário via Teams e os alunos podem responder ao inquérito. Universo Universo 1: alunos do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco no ano letivo 2020/2021; Universo 2: EE dos alunos do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco no ano letivo 2020/2021. Amostra Amostra 1: Alunos, é aleatória estratificada, com a mesma proporção de alunos por ano de escolaridade relati- vamente aos alunos do universo selecionado. Os alunos serão selecionados por turmas, para ser mais fácil apli- cação dos questionários. Amostra 2: EE, é aleatória simples, pois os EE serão selecionados do grupo do Universo, sem a divisão por estra- tos..
  • 46.  Procure usar mais energias renováveis na sua casa! Desligue todas as luzes quando não as utilizar!  Nas suas refeições use mais legumes e frutas produzidos localmente!  Desloque-se mais a pé ou de bicicleta e convide os seus amigos a fazer  Aplique os 3R’s e faça compostagem!  Faça férias “cá dentro” explore as belezas naturais de Portugal! 54% dos alunos e EE do AECCB entrevistados sabem o que é a pegada ecológica 79% dos alunos e EE do AECCB entrevistados estão mui- to ou muitíssimo interessados em conhecer o valor da sua pegada ecológica A maioria dos entrevistados vive em moradia, com mais 3 pessoas, usa eletricidade e possui 6-8 torneiras A maioria dos entrevistados come carne ou peixe pelo menos 10 refeições/semana, cozinha em casa e consome produtos locais. A maioria dos entrevistados desloca-se de carro para o emprego/escola que fica até 10km de distância A maioria dos entrevistados fez as últimas férias em Por- tugal continental. A maioria dos entrevistados fez 1 a 3 compras significati- vas (TV, computador, telemóvel...) no último ano e adqui- re produtos de baixo consumo energético. A maioria dos entrevistados procura reduzir o lixo, faz a triagem e coloca no ecoponto. A maioria dos entrevistados conhece os componentes que influenciam negativamente a pegada ecológica, bem como aqueles que a podem reduzir. A maioria dos entrevistados obteve uma pegada ecoló- gica entre os 6-8 que corresponde a 4 a 5 planetas, acima da média nacional A maioria dos entrevistados está disposta a mudar as suas atitudes no dia-a-dia para reduzir a sua pegada. Principais Conclusões Observações Propostas de Ação
  • 47. Área Temática Cidadania/Sociedade Grau de Ensino 3º Ciclo Título do Estudo Direitos Humanos: um combate à desumanidade Programa NEPSO Localidade Vila Nova de Famalicão Escola Escola Básica 2, 3 Júlio Brandão Professor Coordenador Sónia Barreiras Alunos envolvidos 4 Professores envolvidos 2 Disciplinas envolvidas Ciências Naturais/ Cidadania e Desenvolvimento 2020-2021 Ano Letivo Imagens
  • 48. Contextualização De acordo com as Nações Unidas, direitos humanos são direitos inerentes a todos os seres humanos, inde- pendentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição. Os direitos apli- cam-se, sem discriminação a todos os seres humanos – são hoje considerados universais, indivisíveis e inaliená- veis - e incluem o direito à vida e à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão, ao trabalho, à educação, entre outros. Manifestam a responsabilidade comum e forma como esperamos e merecemos ser tratados como pessoas, em toda a parte (Nações Unidas, s.d.). A divisão dos direitos humanos em gerações foi proposta inicialmente em 1979 pelo jurista checo Karel Va- sak, inspirado nos ideais da Revolução Francesa (Liberdade, igualdade, fraternidade). Uma das divisões que pode ser usada é a temporal, refletindo a classificação dos direitos humanos ao longo do tempo. Até à atualidade con- tam-se 5 gerações de classificação dos direitos humanos. Por outro lado, e para facilitar o seu entendimento, os direitos humanos também podem ser classificados de acordo com o seu significado:  DIREITOS CIVIS: são o direito à igualdade perante a lei; direito a um julgamento justo; o direito de ir e vir; o direito de liberdade de opinião, entre os outros.  DIREITOS POLÍTICOS- são o direito a liberdade de reunião; o direito de associação; o direito de votar e de ser votado; o direito de pertencer a um partido político; o direito de participar num movimento social, entre outros.  DIREITOS SOCIAIS- são o direito à previdência social; o direito ao atendimento na saúde e tantos outros direi- tos neste sentido.  DIREITOS CULTURAIS- são o direito à educação; o direito de participar na vida cultural; o direito ao progresso científico e tecnológico, entre outros.  DIREITOS ECONÓMICOS- são direito há habitação; o direito ao trabalho; o direito à terra; o direito às leis de trabalho e outros.  DIREITOS AMBIENTAIS- são os direitos de proteção ou preservação e recuperação do meio ambiente, utilizan- do recursos naturais sustentáveis. (dhnet, s.d.) A Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas afirma que “Todos os se- res humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito e fraternidade” e que nenhum governo, grupo ou indivíduo tem o direito de fazer qualquer coisa que viole os direitos de outra pessoa. (Wikipédia, 2020) . Na Declaração Universal dos Direi- tos Humanos estão enunciados 30 artigos que resumem os direitos fundamentais para a vida do ser humano ( (DRE - Diário da República Eletrónico, s.d.).
  • 49. Objetivos 1. Aferir os conhecimentos dos alunos do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco (AECCB) acerca dos direitos humanos - Saber se os alunos conhecem os direitos humanos constantes da Declaração Universal dos Direitos Humanos; - Saber se os alunos sabem a importância da existência dos direitos humanos 2. Aferir o respeito dos alunos do AECCB pela aplicação dos direitos humanos - Saber se os alunos já se sentiram violados nos seus direitos; - Saber se na escola algum direito humano já foi violado; - Saber se os alunos concordam com a punição no caso de violação dos direitos humanos 3. Aferir o envolvimento dos alunos do AECCB na aplicação dos direitos humanos - Saber se os alunos já denunciaram violações de direitos humanos - Saber o grau de envolvimento dos alunos em iniciativas que promovam a divulgação dos direitos humanos Metodologia Para levar acabo o preenchimento do nosso questionário, iremos utilizar a metodologia de entrevista de autopreenchimento via digital. Assim, após sorteadas as turmas e alunos por ano de escolaridade, é remetido o link de preenchimento do questionário via Teams e os alunos po- dem responder. Universo Alunos da Escola Básica 2, 3 Júlio Brandão e da Escola Secundária Camilo Castelo Branco no ano letivo 2020/2021. Amostra Ano 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º TOTAL Nº de alunos 29 29 32 31 31 35 37 33 257
  • 50. Não apresentaram  74% dos alunos inquiridos conhecem a Declaração Universal dos Direitos Humanos  76% dos inquiridos dão a definição correta de Direitos Humanos  49% dos alunos inquiridos sabem que existem 30 Di- reitos Humanos  Os Direitos Humanos que os alunos mais referem são: Direito à Vida; Direito à Liberdade e Direito à Igual- dade  67,8 % dos alunos do agrupamento inquiridos refe- rem que os seus Direitos Humanos nunca foram viola- dos  22,5% dos inquiridos conhecem alguém cujos Direitos Humanos foram violados e a maioria denunciou a um adulto.  23,3 % dos inquiridos referem que os seus Direitos Humanos foram violados, mas a maioria não denunciou a ninguém  51,3 % dos alunos inquiridos não conhecem nenhum aluno cujos Direitos Humanos foram violados  90,1 % dos alunos do agrupamento inquiridos concor- dam que haja uma punição para quem viola os Direitos Humanos de alguém  72,7% dos alunos inquiridos nunca participaram em campanhas relativas aos Direitos Humanos. 27, 1% dos alunos inquiridos já participaram em cam- panhas relativas aos Direitos Humanos. 61, 3% dos alunos inquiridos está disposto a partici- par!. Principais Conclusões Observações Propostas de Ação
  • 51. Área Temática Sociedade Grau de Ensino Ensino Secundário Título do Estudo Almas Prisioneiras – O Mundo Depois das Grades Programa NEPSO Localidade Caldas das Taipas Escola Escola Secundária de Caldas das Taipas Professor Coordenador Lídia Santos Alunos envolvidos 4 Professores envolvidos 1 Disciplinas envolvidas Sociologia 2020-2021 Ano Letivo Imagens
  • 52. Contextualização Relativamente ao sentido etimológico do termo “prisão” ele significa, um lugar/edifício fechado destinado à reclusão de pessoas. Esta instituição, também conhecida como cadeia, pertence ao sistema de justiça, e as pes- soas que encontramos nestes estabelecimentos foram condenadas por algum tipo de delito ou aguardam julga- mento. Estas instituições têm como objetivo, não só proteger a sociedade de indivíduos que podem ameaçar a sua segurança, como também reeducá-los para mais tarde se integrarem na sociedade. A doutrina considera várias espécies de prisões:  A prisão para cumprimento de pena acontece após uma condenação cujo veredicto é final não podendo inter- por recurso.  A prisão preventiva ocorre quando o arguido não foi condenado, mas também ainda não existe total certeza dessa condenação. O indivíduo pode ser preso em qualquer fase da investigação. Esta medida de coação exige na sua aplicação, entre outros critérios, que o ato criminal seja especialmente perigoso e que também possa consti- tuir um crime punível com pena de prisão superior a 5 anos, acompanhado por fortes evidências que o arguido cometeu o crime. Esta tem prazos máximos bastante extensos. A condenação também pode aplicar-se a uma pessoa que se encontra irregularmente no território nacional ou contra a qual haja um processo de extradição ou de expulsão.  A prisão temporária tem um prazo de cinco dias, regra geral, mas pode estender-se. Ocorre durante a fase da investigação ou, do inquérito policial. Esta é pedida para que o Ministério Público ou a polícia possam colher as provas para posteriormente aplicar a prisão preventiva ao sujeito.  A detenção é uma medida cautelar da polícia. Pode ser ordenada pelo Ministério Público, ou pelo juiz. A situa- ção mais comum é ser pela polícia. Envolve também, como todas as outras, a privação de liberdade, e não pode exceder a duração estritamente necessária. Nenhum sujeito pode ficar detido mais de 48h, sem ser presente a um juiz.  A prisão domiciliária é um regime de detenção de um indivíduo na sua própria residência. É controlada através de vários meios, um deles a pulseira eletrónica. Acontece em casos em que os indivíduos já foram julgados e após ter cumprido parte da sua pena na cadeia.  A prisão perpétua não existe em todos os países devido ao facto de que essa, de certa forma, retira a liberda- de a esses sujeitos porque excedem um certo período de anos, que varia de país para país. É uma sentença de prisão por um crime muitíssimo grave, obrigando a que o indivíduo seja proibido de liberdade para o resto da sua vida. Alguns dos crimes que podem ter uma sentença a prisão perpétua são: Assassinato, Genocídio, Terrorismo, Abuso infantil severo, Violação e tráfico de seres humanos. O conceito de prisão como instituição existe desde o aparecimento das primeiras civilizações. A prisão é um meio para deter e retirar a liberdade individual de quem é detido por violar de forma grave as leis, interesses ou regras estabelecidas pelas diferentes sociedades.
  • 53. Objetivos 1. Descobrir qual a perspetiva da população do concelho de Guimarães sobre a vida dos presidiários dentro dos estabelecimentos prisionais portugueses. 2. Conhecer junto da população do concelho de Guimarães a sua opinião quanto à forma como os reclusos vivem depois de cumprirem a sua sentença. 3. Conhecer a perspetiva da população do concelho de Guimarães quanto à forma como a sociedade recebe os ex-presidiários. 4. Perceber se a população de Guimarães conhece iniciativas para facilitar a integra- ção dos ex-presidiários na sociedade. Metodologia Os questionários serão aplicados em suporte digital, por autopreenchimento. Universo População do concelho de Guimarães entre os 15 e os 64 anos de idade. Amostra Total 15-24 anos 25-64 anos HM H M HM H M HM H M 150 74 76 27 14 13 123 60 63 100% 49.06% 50.94% 18% 9.15% 8.70% 82% 39.91% 42.24%
  • 54.  Poderíamos apresentar o nosso tema e explicar em palestras na nossa escola, como já realizamos atra- vés do projeto TABU, ou aquelas cujo interesse demonstrem para saberem mais sobre o tema.  Além disso, poderíamos proceder à entrega de folhetos ou qualquer outro tipo de método que pudesse compartilhar as informações de nosso tema de uma forma muito mais concisa e imediata. Esses dois métodos seriam formas igualmente benéficas de transmitir a informação essencial acerca do trabalho.  Com a primeira questão, pudemos comprovar a nossa hipótese de que a definição correta de prisão é uma ins- tituição de justiça que visa proteger a sociedade ao en- carcerar criminosos e reabilitá-los. Afirmamos isto por- que os dados sugerem que 72,7% dos inquiridos concor- dam com essa definição.  A população de Guimarães está corretamente ciente das várias atividades que os reclusos praticam na prisão. Com a questão 1.4, sobre o se o tratamento dos reclu- sos é bom ou mau, a maioria das respostas foi favorável.  A maioria dos entrevistados respondeu que os ex- presidiários são vítimas de discriminação durante seu processo de reintegração e vida, em que: “Não são tão facilmente empregados”. (82,6%), “Não têm as oportu- nidades de integração na sociedade.” (79,1%), “Medo e desconfiança por parte da sociedade.” (67%), “São afas- tados pela sociedade” (65,2%).  Grande parte da população de Guimarães concorda que os reclusos melhoram o seu comportamento depois de cumprida a pena de prisão.  Perguntámos também se os entrevistados empregari- am um ex-presidiário. A maioria estaria disposta a ofe- recer essa oportunidade a um ex-presidiário. Onde per- guntamos “Acha que um ex– presidiário é discriminado pela sociedade onde cresceu quando volta a viver ne- la?”, a maioria respondeu que sim, provando que inde- pendente do processo de reabilitação e do tempo pas- sado na prisão, continuam a ser discriminados. Principais Conclusões Observações Propostas de Ação
  • 55. Área Temática Saúde Grau de Ensino Ensino Secundário Título do Estudo Liga Portuguesa Contra o Cancro – Do Conhecimento à Ação Programa NEPSO Localidade Vila das Aves Escola Escola Secundária D. Afonso Henriques Professor Coordenador Natércia Charruadas Alunos envolvidos 2 Professores envolvidos 1 Disciplinas envolvidas Gestão Organização dos Serviços e Cuidados de Saúde/ Comunicação e Relações Interpessoais 2020-2021 Ano Letivo Imagens
  • 56. Contextualização A história da Liga Portuguesa Contra o Cancro cruza-se com o desenvolvimento da sociedade, em particular com as profundas alterações introduzidas pela Revolução Industrial. No final do século XIX, constatou-se, a nível mundial, um in- cremento do absentismo nas empresas, provocado por um conjunto de doenças, entre as quais o cancro. Por todo o mun- do ocidental encetou-se a criação de estruturas de luta contra esta doença, que para além da sua elevada taxa de mortali- dade, passou a representar um estigma para os doentes, representando mesmo um flagelo social. Em Portugal, em 1923, e por iniciativa do Prof. Doutor Francisco Gentil, é criado o Instituto Português para o estudo do cancro, com legislação criada por António Sérgio. O primeiro pavilhão do Instituto Português de Oncologia foi inaugurado em 1927 em Lisboa. É neste contexto de forte expansão das doenças oncológicas e simultaneamente, de progressos ao nível dos cuida- dos médicos prestados aos doentes, que em 1931 um conjunto de senhoras, entre elas Mécia Mouzinho de Albuquerque e a Condessa de Murça criaram a chamada Comissão Iniciativa Particular de Luta Contra o Cancro. Durante dez anos, este grupo de senhoras, desenvolveu um trabalho notável e bastante inovador para a época, aliando a ideia da prevenção do cancro e a promoção da saúde. Além disso, organizaram peditórios e cativaram muitas pessoas influentes que se foram juntando a esta causa. A 4 de Abril de 1941, é fundada legalmente a Liga Portuguesa Contra o Cancro, assente em dois princípios fundamen- tais: a Humanização e a Solidariedade. MISSÃO A LPCC assume-se como uma entidade de referência nacional no apoio ao doente oncológico e família, na promoção da saúde, na prevenção do cancro e no estímulo à formação e investigação em oncologia. É uma Organização não Governa- mental, sem fins lucrativos, declarada de Utilidade Pública e isenta de IRC, habilitada a receber donativos de particulares e empresas, os quais, mediante o recibo emitido pela Liga, terão enquadramento fiscal em sede de IRS e IRC, respetivamen- te. LIGA EM NÚMEROS Em 2019 estes foram os principais números que resultaram do apoio e da ajuda da LPCC:  1.291.871€ disponibilizados para aquisição de medicamentos, próteses, transporte para consultas e tratamentos, e ali- mentação dos doentes mais carenciados.  554.372€ atribuídos a 23 bolsas de investigação, a 6 centros de investigação e a 236 ações de apoio à formação em on- cologia.  339.164 mamografias efetuadas em 29 unidades móveis e 7 fixas.  25.073 voluntários ligados a esta causa.  7.850 doentes acompanhados em centros de dia e 180 doentes recebidos em lares da liga.  7.900 consultas e 1.657 doentes acompanhados no âmbito do programa de consulta de psi-oncologia.  3.480 chamadas recebidas e e-mails respondidos através da Linha Cancro e Linha Pulmão.  1.039 ações realizadas, envolvendo 356.309 alunos do ensino básico e secundário e público em geral, para conscienciali- zação e sensibilização.  1.084 processos de apoio jurídico resolvidos por uma equipa de 27 juristas.  78 ações realizadas no âmbito do ensino e educação para profissionais de saúde, envolvendo um total de 1.087 profis- sionais.14 campanhas de prevenção e 24 conferências.
  • 57. Objetivos  Descobrir se a comunidade educativa conhece a LPCC.  Perceber se os inquiridos conhecem o funcionamento da LPCC, enquanto instituição.  Investigar o grau de conhecimento que a comunidade tem acerca das atividades desenvolvi- das pela LPCC.  Investigar o grau de conhecimento que a comunidade educativa possui sobre o cancro do colo do útero. Metodologia Universo Este Universo é o conjunto de alunos, corpo docente e não docente da Escola Secundária D. Afonso Henriques. Amostra Ensino Regular Ensino Profissional Pessoal Docente Pessoal Não Docente 250 113 114 75 526 Optamos pela técnica de entrevista de autopreenchimento pela internet, através do envio aos alunos, pessoal docente e pessoal não docente de um link de acesso ao in-
  • 58. O nosso plano de ação foi construído pensando uma intervenção na comunidade em três tempos: passado, presen- te e futuro. Passado porque, antes mesmo de concluir o nosso estudo de opinião sobre a LPCC e o cancro do colo do útero, adotámos esta causa e aderimos às iniciativas da LPCC ”Onda Rosa” e “Novembro azul” Assim, pesquisamos sobre o cancro da mama e o cancro da próstata e desenvolvemos várias atividades de sensibilização na escola, que apresentaremos a se- guir. Ainda a convite da LPCC assinalamos a Semana Europeia da Imunização, desenvolvendo um estudo de caso sobre o cancro do colo do útero e participando no concurso internacional “As vacinas aproximam-nos”, promovido pela ECL (Association of European Cancer Leagues). No presente construímos o nosso estudo de opinião, investigámos, entrevistámos profissionais da LPCC, do IPO e so- breviventes de cancro, divulgámos pequenos vídeos com estas entrevistas. Para o futuro, criámos um documentário, que articula todas as ações desenvolvidas e a investigação realizada, para ser utilizado sempre que se pretenda abordar a luta contra o cancro ou a LPCC. Acreditávamos que a maioria das pessoas conhece a LPCC, pelo menos de nome e pelos seus já habituais peditórios nacionais, mas achávamos que se perguntássemos que atividades desenvolve a instituição, a maioria desconheceria o desti- no dos donativos angariados. De facto, praticamente todos os inquiridos afirmam conhecer ou já ter ouvido falar da LPCC (96%) e os meios mais apontados para esse conhecimento foram as campanhas de sensibilização promovidas pela institui- ção (63,3%) ou através da internet (45%). No entanto, quando diretamente questionados sobre o funcionamento da LPCC 63,9% dos entrevistados desconhece como trabalha a instituição, 78,5% os seus meios de financiamento, 61,5% não sabe que pode ser sócio, 92,7% não conhece as atividades de apoio ao doente oncológico nem as ações de sensibilização realiza- das (80,7%), ainda que tenham apontado as campanhas como a principal forma de conhecimento da LPCC. Ao longo de toda a análise e tratamento de dados, o grupo dos 50 anos ou mais destaca-se como sendo o que, na maioria das questões, revela um conhecimento mais aprofundado sobre a LPCC. Outro dado que despertou a nossa atenção e precisa ser trabalhado fu- turamente foi o facto de que apenas 30,7% dos docentes sabe da existência de um departamento de educação para a saúde na LPCC que trabalha diretamente com as escolas na preparação de jovens e educação para a saúde. No que se refere ao cancro do colo do útero 62,4% dos entrevistados conhece os fatores de risco, mas apenas 43,3% faz a associação entre o cancro do colo do útero e a infeção por HPV, 47% afirma não saber e 9,6% nega essa associação. 61,3% afirma não conhecer medidas de prevenção. Ao longo de todo o inquérito, os indivíduos do sexo masculino revelam maior desconhecimento na maioria das questões. Principais Conclusões Este trabalho venceu o Prémio de Maior Participação dos Alunos na categoria do 2º Ciclo ao Secundário. Observações Propostas de Ação
  • 59. Área Temática Saúde Grau de Ensino 3º Ciclo Título do Estudo Dentro da Nossa Cabeça – Saúde mental nos jovens Programa NEPSO Localidade Portimão Escola Escola Básica e Secundária da Bemposta Professor Coordenador Ana Mariano Alunos envolvidos 20 Professores envolvidos 1 Disciplinas envolvidas Físico-Química 2020-2021 Ano Letivo Imagens
  • 60. Contextualização De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a palavra “saúde” só fica bem definida ao dizermos que esta “não é simplesmente a ausência de doença ou enfermidade”, como também “um estado de com- pleto bem-estar físico, mental e social”. (Murthy, et al., 2002) Tal como o conceito de saúde é bastante abrangente, o de saúde mental também é. De acordo com a opinião de alguns profissionais de saúde, a saúde mental envolve um pouco de tudo, como a saúde de um indivíduo no geral; a felicidade; ter boas condições de alimentação, de moradia, financeiras; existir um bom ambiente familiar; a própria educação de cada um; o sentimento de estar bem consigo mesmo e, também engloba muitos outros aspetos, por isso podemos concluir que este conceito é muito relativo. (Murthy, et al., 2002) Infelizmente, ao contrário da saúde física, a saúde mental não recebe o devido valor, sendo assim igno- rada e negligenciada pela sociedade. Esta situação não deveria acontecer, porque cada vez mais aparecem novos casos de doenças mentais, no mundo, e só uma minoria destes casos é que recebe o tratamento ne- cessário. “Segundo a Organização Mundial da Saúde, 10 a 20 por cento das crianças e adolescentes apresentam problemas de saúde mental em todo o mundo. Do mesmo modo, 12 por cento das doenças mundiais são do foro mental e o valor sobe para 23 por cento nos países desenvolvidos. E se cinco das dez principais causas de incapacidade são doenças neuropsiquiátricas, a depressão está à frente, com 11,8 por cento de incidên- cia, seguida dos problemas relacionados com o álcool (3,3 por cento). Na Europa, a depressão e a ansiedade — que não se excluem mutuamente — são duas das cinco causas de perturbações de saúde entre os mais novos, e o suicídio lidera a causa de morte entre jovens dos 10 aos 19 anos nos países de rendimentos baixo e médio, ocupando o segundo lugar nas nações mais ricas da região. Um estudo recente da Eurofound, a Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho, concluiu que, na UE, 14 por cento dos jovens corre risco de depressão, sendo que 4 por cento sofrem de depressão crónica.” (Leiderfarb, 2021). A saúde mental dos adolescentes é por vezes determinada por vários fatores, e quanto maior for a ex- posição a esses fatores, maior é o potencial impacto na saúde mental. Alguns desses fatores são:  Conflitos familiares  Maior exposição ao stress  Envolvimento com substâncias, como as drogas e o álcool  Vítimas de bullying ou exposição à violência, incluindo pais agressivos  Influência das mídia quanto à posição social, aos padrões estéticos e às diferenças de género.
  • 61. Objetivos 1. Conhecer a opinião dos entrevistados sobre saú- de mental 1.1. Conhecer o que é para os entrevistados a saúde mental 1.2. Perceber a relação dos entrevistados com a sua saúde mental. 1.3. Saber o que os entrevistados acham que se deve fazer para uma pessoa se manter saudável mental- mente. 1.4. Verificar qual é a opinião dos entrevistados so- bre a relação do uso da internet e a saúde mental das pessoas. 2. Conhecer a forma como o assunto da saúde men- tal é abordado na nossa sociedade 2.1. Saber como os entrevistados abordam este te- ma. 2.2. Verificar se os entrevistados acham que os pais falam sobre este tema com os seus filhos. 3. Conhecer a experiência pessoal dos entrevistados relativamente à forma como a COVID-19 afetou a sua saúde mental 3.1. Verificar se, na opinião dos entrevistados, a sua saúde mental ficou prejudicada ou não com toda es- ta situação da Covid-19, que levou ao confinamento. 3.2. Conhecer as dificuldades que os entrevistados sentiram, em relação à sua saúde mental durante esta pandemia. 3.3. Conhecer o que os entrevistados fizeram para se manterem saudáveis mentalmente durante esta pan- demia. Metodologia Entrevista de autopreenchimento com acesso através de link enviado por e-mail aos entre- vistados. Universo 1º Universo: alunos do 5º ano ao secundário do Agrupamento de Escolas da Bemposta em Porti- mão (distribuídos por 5 escolas) – 1102 alunos matriculados (em setembro de 2020) 2º Universo: professores e funcionários da EBS da bemposta em Portimão (308 pessoas no total) Amostra 1º Universo – 323alunos do Agrupamento de escolas da Bemposta 2º Universo – 100 professores e funcionários da EBS da Bemposta Amostra por quotas, por sexo, idade e ano/profissão.
  • 62.  A prática de yoga e meditação no âmbito da disci- plina de educação física;  Sessões no início e fim de cada período letivo, de modo a avaliar a situação dos alunos e providenciar re- cursos para a manutenção da saúde mental dos mes- mos;  Redigir guiões para serem aplicados pelos profes- sores nas aulas de modo a normalizar este assunto, com preparação de atividades como: Kahoots/ Quizizz e Au- las exteriores;  Criação de grupos de convívio extracurriculares que se especializem na conversa sobre o assunto, de modo a permitir que os estudantes comuniquem sobre a sua saúde mental uns com os outros;  Reforçar a importância de um estilo de vida saudá- vel e como este permite uma melhor probabilidade de manutenção de uma boa saúde mental;  Disponibilização de professores para que os alu- nos possam conversar sobre a sua situação.  Na pergunta “Depois de ler a definição acima, em que situação acha que se enquadra a sua saúde mental?” ve- rificamos que menos de metade dos alunos do 3 ciclo e secundário não consideram a sua saúde mental boa, pelo contrário os do 2 ciclo, funcionários e professores consideram. Também foi verificado na pergunta seguinte que a grande maioria das pessoas se preocupa nitidamente com a sua saúde mental.  A maioria das pessoas (85,5%) considera que a utilização da internet influencia a saúde mental das mesmas, sendo que este valor está equilibrado entre o sexo masculino e feminino. Porém, a percentagem de alunos do 2º ciclo que acha que não influencia é superior a todos os outros grupos.  Grande parte da nossa amostra pensa que o tema “saúde mental” não é muito abordado na comunicação soci- al, por isso podemos concluir que também acha que este devia ser mais abordado. Porém, a percentagem de pes- soas que têm esta opinião aumenta à medida que as pessoas são mais velhas.  Concluímos que a maioria das pessoas (63.6%) já teve a oportunidade de conversar com alguém sobre a saúde mental e esta percentagem vai aumentando com a idade das pessoas. Ainda assim existe uma grande percenta- gem (29.3%) de pessoas que não tiveram oportunidade. Principais Conclusões Este projeto ganhou o Prémio de Melhor Trabalho NEPSO na categoria do 2º Ciclo ao Secundário. Muitos parabéns ao grupo! Observações Propostas de Ação
  • 63. Área Temática Meio Ambiente Grau de Ensino 3º Ciclo Título do Estudo E se as Abelhas Desaparecessem? Programa NEPSO Localidade Vila Nova de Famalicão Escola Escola Básica 2, 3 Júlio Brandão Professor Coordenador Catarina Teixeira Alunos envolvidos 25 Professores envolvidos 2 Disciplinas envolvidas Cidadania/ Educação Visual/ Ciências Naturais 2020-2021 Ano Letivo Imagens