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Infância – conceito social
CONTEÚDO, METODOLOGIA E PRATICA DE ENSINO NAS CRECHES E
EDUCAÇÃO INFANTIL
Lápis, caderno, chiclete, pião
Sol, bicicleta, skate, calção
Esconderijo, avião, correria, tambor, gritaria, jardim,
confusão
Bola, pelúcia, merenda, crayon
Banho de rio, banho de mar, pula cela, bombom
Tanque de areia, gnomo, sereia, pirata, baleia,
manteiga no pão
Palavra Cantada – Criança não trabalha
Composição: Arnaldo Antunes e Paulo Tatit
Infância – Conceito Social
Ser criança é estar em um período da vida em que surgirão
necessidades especificas desse momento, tais como: afeto,
brincar, bagunçar, alimentação saudável, fazer barulho, andar
descalço...
Ter infância dependerá da forma como a sociedade olha para
a criança e respeita as suas necessidades.
O direito a uma infância saudável está relacionado a questões
politicas, econômicas, afetivas, históricas e sociais.
Infância Atual – Infância Adultizada
Infância Atual – Infância Adultizada
“A infância adultizada” parece ser o sintoma de uma época em que
as distâncias, logo, as diferenças entre as gerações, se tornaram
menos nitidas em um cenário de crescente uniformidade...
Assim, a “adultização da infância” definição impressionista de que
adultos e crianças estão cada vez mais parecidos, denota o
esvaziamento do sentido da longa trajetória que um dia as crianças
tiveram que percorrer para alcançar o lugar de adulto.
Castro ( 2013. p. 58)
Nos trajes, utilizados pelas crianças na Idade Média, também
não se distingue a roupa dos adultos, das vestes usadas pelas
crianças dentro de um mesmo segmento social. O fator
importante a se considerar era a condição social do indivíduo:
servo, nobre ou religioso.
•Imagem -http://patatitralala.blogspot.com/2010/09/o-conceito-de-infancia-atraves-da.html
História do conceito de infância
Infância – em momentos históricos
diferentes
Criança Europeia
Na idade média, no inicio dos tempos modernos,
e por muito tempo ainda nas classes populares,
as crianças misturavam-se com os adultos assim
que eram consideradas capazes de dispensar a
ajuda das mães ou das amas, poucos anos depois
de um desmame tardio – ou seja, aproximadamente, aos sete anos de idade. A partir
desse momento ingressavam imediatamente na grande comunidade dos homens,
participando com seus amigos jovens ou velhos dos trabalhos e dos jogos de todos
os dias. ARIES (1975, P 275).
Imagem -http://patatitralala.blogspot.com/2010/09/o-conceito-de-infancia-atraves-da.html
As crianças participavam da vida adulta
As crianças de estamentos mais baixos
Entre os portugueses ou outros povos da Europa, a alta taxa de
mortalidade infantil verificada no decorrer de toda a Idade Média e
mesmo em períodos posteriores, interferia na relação dos adultos com as
crianças.
A expectativa de vida das crianças portuguesas, entre os séculos XIV e
XVIII, rondava os 14 anos, enquanto !metade dos nascidos vivos morria
antes de completar sete anos”. Isto fazia com que, principalmente entre
os estamentos mais baixos, as crianças fossem consideradas pouco mais
que animais, cuja força de trabalho deveria ser aproveitada ao máximo
enquanto durassem suas curtas vidas.
(Del Priore, História das crianças no Brasil, 2006, p.22)
As grandes embarcações – Grumetes, Crianças Judias, Pajens,
Órfãs do Rei
Infância da Criança Brasileira – Brasil
Colonial
Grumetes
A coroa portuguesa recrutava mão de obra entre as famílias pobres das áreas urbanas
(órfãos desabrigados e famílias de pedintes). Nesse meio, selecionavam-se meninos entre
nove e 16 anos, e não raras vezes, com menor idade, para servir como grumetes nas
embarcações lusitanas. Por serem as crianças camponesas necessárias na faina agricola,
elas eram poupadas.
(Del Priore, História das crianças no Brasil, 2006, p.22)
Crianças Judias
Outro método de recrutamento de grumetes para servirem a bordo das
embarcações portuguesas era o rápido de crianças judias arrancadas à
força de seu pais. Estas , ao contrário das recrutadas entre as crianças
carentes portuguesas, eram jogadas nos navios a revelia de seus pais
(Del Priore, História das crianças no Brasil, 2006, p.22)
Pagens
Diferentes dos Grumetes, embora na mesma faixa etária, ou talvez um pouco mais jovens, as
crianças embarcadas como Pagens da nobreza tinham um cotidiano um pouco menos árduo,
e muito mais chances de alcançar os melhores cargos da marinha, sobretudo servindo algum
oficial da embarcação.
(Del Priore, História das crianças no Brasil, 2006, p.22)
As Órfãs “Del Rei”
Dada a falta de mulheres brancas nas possessões portuguesas, a Coroa procurou reunir
meninas pobres de “ 14 a 30 anos” nos orfanatos de Lisboa e Porto, a fim de enviá-
lassobretudo à Índia – no Brasil a prática de amancebar-se com as nativas suavizava o
problema da constituição de famílias. O baixo número de meninas embarcadas, fazia
com que a presença das órfãs do rei a bordo, que ao contrário das passageiras, não
tinham quem zelasse por elas, causava grande alvoroço na população masculina. Como
o estupro de meninas pobres, maiores de 14 anos, dificilmente era punido, as meninas
órfas poderiam ser violadas por grupos de marinheiros.
(Del Priore, História das crianças no Brasil, 2006, p.22)
Educação dos Jesuítas no Brasil Escravista
A ama de Leite
O abandono das crianças na roda
dos expostos
Nos primeiros meses o leite da mãi
será sempre a alimentação mais
natural, e toda a mãi deve
amamentar seu filho por si mesma,
no caso de o poder fazer; fazendo-
se substituir por uma ama de leite,
ella não somente falta ao seu dever,
mas também obriga a proceder da
mesma forma aquela que abandona
o seu próprio filho para amamentar
o de outrem.
Movimento dos higienistas – a mamadeira,
a valorização da maternidade
A morte da criança pequena
Ó como estou feliz! Ó como estou feliz, pois que morreu o último
dos meus filhos. Que feliz estou. Quando eu morrer e chegar diante
dos portões do céu, nada me impedirá de entrar, pois que ali
estarão cinco criancinhas a me rodear e a puxar-me pela saia
exclamando: 'Entra mamãe, entra! Ó que feliz que sou!, repetiu
ainda rindo à grande. (LUCCOCK, 1975, P.80 apud CIVILETTI,
1991)
Brincadeiras entre Crianças negras e
brancas
Crianças, brancas, negras e indigenas
•Para a criança escrava a partir de seis a doze anos ela parece desempenhar
pequenas atividades, mas dos doze anos em diante as meninas e meninos
escravos eram vistos como adultos, no que se refere ao trabalho e a
sexualidade.
•A partir dos seis anos o menino branco, era iniciado no aprendizado do latim,
gramática e boas maneiras, nos colégios religiosos. A vara de marmelo, a
palmatória se incumbiam de transformar o antigo anjinho numa miniatura de
adulto precoce.
Diferenças entre a criança livre e a
criança escrava
•Infância e Trabalho
•Infância e Consumo
•Infância e ausência de tempo livre
•Infância e ausência de espaço para brincar
em grupo
•Infância e ausência de oportunidade de
interação entre crianças fora do ambiente
escolar
Desafios para a Infância Atual
Infância e Consumo
Infância e Direito
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Infância e Ludicidade
Infância e Afeto
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Infância - conceito social e histórico

  • 1. Infância – conceito social CONTEÚDO, METODOLOGIA E PRATICA DE ENSINO NAS CRECHES E EDUCAÇÃO INFANTIL
  • 2. Lápis, caderno, chiclete, pião Sol, bicicleta, skate, calção Esconderijo, avião, correria, tambor, gritaria, jardim, confusão Bola, pelúcia, merenda, crayon Banho de rio, banho de mar, pula cela, bombom Tanque de areia, gnomo, sereia, pirata, baleia, manteiga no pão Palavra Cantada – Criança não trabalha Composição: Arnaldo Antunes e Paulo Tatit
  • 3. Infância – Conceito Social Ser criança é estar em um período da vida em que surgirão necessidades especificas desse momento, tais como: afeto, brincar, bagunçar, alimentação saudável, fazer barulho, andar descalço... Ter infância dependerá da forma como a sociedade olha para a criança e respeita as suas necessidades. O direito a uma infância saudável está relacionado a questões politicas, econômicas, afetivas, históricas e sociais.
  • 4. Infância Atual – Infância Adultizada
  • 5. Infância Atual – Infância Adultizada “A infância adultizada” parece ser o sintoma de uma época em que as distâncias, logo, as diferenças entre as gerações, se tornaram menos nitidas em um cenário de crescente uniformidade... Assim, a “adultização da infância” definição impressionista de que adultos e crianças estão cada vez mais parecidos, denota o esvaziamento do sentido da longa trajetória que um dia as crianças tiveram que percorrer para alcançar o lugar de adulto. Castro ( 2013. p. 58)
  • 6. Nos trajes, utilizados pelas crianças na Idade Média, também não se distingue a roupa dos adultos, das vestes usadas pelas crianças dentro de um mesmo segmento social. O fator importante a se considerar era a condição social do indivíduo: servo, nobre ou religioso. •Imagem -http://patatitralala.blogspot.com/2010/09/o-conceito-de-infancia-atraves-da.html História do conceito de infância
  • 7. Infância – em momentos históricos diferentes Criança Europeia Na idade média, no inicio dos tempos modernos, e por muito tempo ainda nas classes populares, as crianças misturavam-se com os adultos assim que eram consideradas capazes de dispensar a ajuda das mães ou das amas, poucos anos depois de um desmame tardio – ou seja, aproximadamente, aos sete anos de idade. A partir desse momento ingressavam imediatamente na grande comunidade dos homens, participando com seus amigos jovens ou velhos dos trabalhos e dos jogos de todos os dias. ARIES (1975, P 275). Imagem -http://patatitralala.blogspot.com/2010/09/o-conceito-de-infancia-atraves-da.html
  • 8. As crianças participavam da vida adulta
  • 9. As crianças de estamentos mais baixos Entre os portugueses ou outros povos da Europa, a alta taxa de mortalidade infantil verificada no decorrer de toda a Idade Média e mesmo em períodos posteriores, interferia na relação dos adultos com as crianças. A expectativa de vida das crianças portuguesas, entre os séculos XIV e XVIII, rondava os 14 anos, enquanto !metade dos nascidos vivos morria antes de completar sete anos”. Isto fazia com que, principalmente entre os estamentos mais baixos, as crianças fossem consideradas pouco mais que animais, cuja força de trabalho deveria ser aproveitada ao máximo enquanto durassem suas curtas vidas. (Del Priore, História das crianças no Brasil, 2006, p.22)
  • 10. As grandes embarcações – Grumetes, Crianças Judias, Pajens, Órfãs do Rei Infância da Criança Brasileira – Brasil Colonial
  • 11. Grumetes A coroa portuguesa recrutava mão de obra entre as famílias pobres das áreas urbanas (órfãos desabrigados e famílias de pedintes). Nesse meio, selecionavam-se meninos entre nove e 16 anos, e não raras vezes, com menor idade, para servir como grumetes nas embarcações lusitanas. Por serem as crianças camponesas necessárias na faina agricola, elas eram poupadas. (Del Priore, História das crianças no Brasil, 2006, p.22)
  • 12. Crianças Judias Outro método de recrutamento de grumetes para servirem a bordo das embarcações portuguesas era o rápido de crianças judias arrancadas à força de seu pais. Estas , ao contrário das recrutadas entre as crianças carentes portuguesas, eram jogadas nos navios a revelia de seus pais (Del Priore, História das crianças no Brasil, 2006, p.22)
  • 13. Pagens Diferentes dos Grumetes, embora na mesma faixa etária, ou talvez um pouco mais jovens, as crianças embarcadas como Pagens da nobreza tinham um cotidiano um pouco menos árduo, e muito mais chances de alcançar os melhores cargos da marinha, sobretudo servindo algum oficial da embarcação. (Del Priore, História das crianças no Brasil, 2006, p.22)
  • 14. As Órfãs “Del Rei” Dada a falta de mulheres brancas nas possessões portuguesas, a Coroa procurou reunir meninas pobres de “ 14 a 30 anos” nos orfanatos de Lisboa e Porto, a fim de enviá- lassobretudo à Índia – no Brasil a prática de amancebar-se com as nativas suavizava o problema da constituição de famílias. O baixo número de meninas embarcadas, fazia com que a presença das órfãs do rei a bordo, que ao contrário das passageiras, não tinham quem zelasse por elas, causava grande alvoroço na população masculina. Como o estupro de meninas pobres, maiores de 14 anos, dificilmente era punido, as meninas órfas poderiam ser violadas por grupos de marinheiros. (Del Priore, História das crianças no Brasil, 2006, p.22)
  • 15. Educação dos Jesuítas no Brasil Escravista
  • 16.
  • 17. A ama de Leite
  • 18.
  • 19. O abandono das crianças na roda dos expostos
  • 20. Nos primeiros meses o leite da mãi será sempre a alimentação mais natural, e toda a mãi deve amamentar seu filho por si mesma, no caso de o poder fazer; fazendo- se substituir por uma ama de leite, ella não somente falta ao seu dever, mas também obriga a proceder da mesma forma aquela que abandona o seu próprio filho para amamentar o de outrem. Movimento dos higienistas – a mamadeira, a valorização da maternidade
  • 21. A morte da criança pequena Ó como estou feliz! Ó como estou feliz, pois que morreu o último dos meus filhos. Que feliz estou. Quando eu morrer e chegar diante dos portões do céu, nada me impedirá de entrar, pois que ali estarão cinco criancinhas a me rodear e a puxar-me pela saia exclamando: 'Entra mamãe, entra! Ó que feliz que sou!, repetiu ainda rindo à grande. (LUCCOCK, 1975, P.80 apud CIVILETTI, 1991)
  • 22. Brincadeiras entre Crianças negras e brancas
  • 24.
  • 25.
  • 26.
  • 27. •Para a criança escrava a partir de seis a doze anos ela parece desempenhar pequenas atividades, mas dos doze anos em diante as meninas e meninos escravos eram vistos como adultos, no que se refere ao trabalho e a sexualidade. •A partir dos seis anos o menino branco, era iniciado no aprendizado do latim, gramática e boas maneiras, nos colégios religiosos. A vara de marmelo, a palmatória se incumbiam de transformar o antigo anjinho numa miniatura de adulto precoce. Diferenças entre a criança livre e a criança escrava
  • 28. •Infância e Trabalho •Infância e Consumo •Infância e ausência de tempo livre •Infância e ausência de espaço para brincar em grupo •Infância e ausência de oportunidade de interação entre crianças fora do ambiente escolar Desafios para a Infância Atual
  • 30. Infância e Direito Infância e Cultura Infância e Ludicidade Infância e Afeto Infância e Expressão Infância tempo de ser já! Aspectos que precisamos valorizar e garantir: