Deteriorações no nível de emprego e no salário real das famílias são constatações amplamente observadas em períodos de recessão econômica. No entanto, os efeitos distributivos que decorrem desse processo, além de difíceis de aferir,
não obedecem a um padrão. Quais classes econômicas são mais afetadas pela atual crise? Como se dá a dinâmica de transição dos domicílios gaúchos entre distintas faixas de poder aquisitivo?
Os impactos da atual recessão na mobilidade de renda dos domicílios gaúchos
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Os impactos da atual
recessão na mobilidade
de renda dos domicílios
gaúchos
Carta de Conjuntura FEE
Jéfferson Colombo
(Pesquisador em Economia)
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Introdução
Quem mais sofre com recessões econômicas?
• A resposta não é trivial
i. Natureza e extensão da crise
ii. Capacidade de execução de políticas anticíclicas
(situação fiscal)
iii. Grau de desigualdade entre a renda do trabalho e
outras rendas
iv. Como a recessão afeta a renda do trabalho e
outras rendas
• A resposta é importante para o gestor público
• Avaliação do caso do Rio Grande do Sul na atual recessão
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Não há consenso sobre um critério “melhor”
• Classificação da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE):
critério de vulnerabilidade, adaptado do Banco Mundial;
i. Probabilidade de retorno (ou permanência) à pobreza
nos próximos 5 anos, calculada para cada percentil da
renda domiciliar per capita.
ii. Para dividir a população em grupos homogêneos:
método da polarização.
• Critério Brasil (Associação Brasileira de Empresas de
Pesquisa): baseado no perfil de consumo de bens duráveis,
educação, condições de moradia, etc.
• Há também outros critérios (Banco Mundial, FGV, etc).
Definição de classes econômicas
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• Renda domiciliar: Microdados da Pesquisa Por Amostra
de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral
• Faixas de renda (estratificação econômica) da
Secretaria de Assuntos Estratégicos – SAE, da
Presidência da República
Fonte dos dados
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Estratificação econômica do SAE
Faixa
Renda domiciliar
(intervalos)
Classe
Extremamente pobre Até R$419
Pobres mas não extremamente pobres R$ 837
Vulnerável R$ 1.504
Baixa classe média R$ 2.280
Média classe média R$ 3.314
Alta classe média R$ 5.268
Baixa classe alta R$ 12.821
Alta classe alta > R$12.821
*Valores atualizados pelo IPCA-Poa até Novembro de 2015, mês no qual estão valoradas as
últimas informações de renda da PNAD Contínua Trimestral.
Baixa
Média
Alta
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Classe Baixa
Proporção dos domicílios gaúchos (%)
Classe Média
Proporção dos domicílios gaúchos (%)
Classe Alta
Proporção dos domicílios gaúchos (%)
28,4
25,9
23,5
21,4
24,7
52,6
53,8
55,7
56,8
54,3
19,0
20,8
22,9
20,6
21,8
21,0
Impactos da crise na renda
dos domicílios gaúchos
Classe
Baixa
Média
Alta Maior que R$5.268
Faixa de renda domiciliar
Até R$1.504
De R$1.504,01 a R$5.268
Classe Alta:
Queda de
3,6% em 2015
Classe Média:
Queda de
4,3% em 2015
Classe Baixa:
Aumento de
15,1% em
2015
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i) Armadilha da classe média
19,6%
6,6%
73,8%
0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0%
Proporção que permaneceu Proporção que melhorou Proporção que piorou
Proporção de domicílios que melhorou, permaneceu e
piorou de classe
Classe Média (2015)
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30,0%
25,7%
19,6%
70,0%
74,3%
80,4%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%
2013
2014
2015
Proporção que permaneceu Proporção que melhorou
ii) Maior rigidez de transição na Classe Baixa
Proporção de domicílios que melhorou e proporção que
permaneceu na mesma classe
Classe Baixa (2013-2015)
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Ressalvas metodológicas
A PNAD Contínua Trimestral engloba apenas a renda habitual
de todos os trabalhos (73,4% da renda total domiciliar, segundo
o Censo 2010)
- Não inclui outras rendas como aposentadorias e pensões,
assistência social, alugueis, juros e dividendos
- Dados do Censo 2010 indicam a importância de cada uma
dessas rendas em cada classe econômica
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Ressalvas metodológicas
Outras Rendas por Classe Econômica:
Estimativa do Censo 2010
Proporção dos domicílios gaúchos (%)
Rótulo
Renda de Benefícios
Sociais
Renda de
Previdência
Renda de Ativos
Financeiros, Alugueis
Classe Baixa 21,0 47,2 12,2
Classe Média 8,2 27,4 10,2
Classe Alta 1,2 28,9 19,6
Média geral 12,5 35,8 12,3
*Rendimento mensal habitual em cada um desses itens, em Julho de 2010.
Renda de Benefícios Sociais engloba duas perguntas no questionário do Censo 2010: se
recebeu renda de Programa Social Bolsa-Família ou Programa de Erradicação do Trabalho
Infantil - PETI e se recebeu renda de Outros Programas Sociais ou de Transferências.
Renda de Previdência refere-se a pensões ou aposentadorias de Instituto de Previdência Social
(Federal, Estadual ou Municipal).
Renda de Ativos Financeiros e Alugueis inclui também pensões ou aposentadorias de
previdência privada.
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Custos de médio e longo prazos da recessão
- Depreciação de capital fixo, obsolescência
- Alto número de falências
- Inovação
- Infraestrutura e investimento
- Financiamentos estudantis, investimentos em educação
- Incentivos de estudar e trabalhar (ex., jovens)
Outras questões importantes
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• A atual recessão impôs uma mudança na trajetória de
crescimento da renda real dos domicílios gaúchos
• A dinâmica de transição de domicílios entre classes
econômicas em 2015 foi assimétrica à esquerda e mais
intensa para as classes menos favorecidas
• Os dados indicam o alto custo social (parcial) deste ciclo
recessivo
• Preocupação com o aprofundamento da crise e os novos
dados referentes a 2016
• Policy implications: reduzir intensidade e duração de ciclos
recessivos futuros
Conclusões
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Fundação de Economia e Estatística
Siegfried Emanuel Heuser
Diretoria
Presidente: Igor Alexandre Clemente de Morais
Diretor Técnico: Martinho Roberto Lazzari
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Obrigado,
Jéfferson Colombo –
jefferson@fee.tche.br
Carta de Conjuntura FEE
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