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MÓDULO TEÓRICO DE
SALVAMENTO TERRESTRE
CFSD 2014
Operações de salvamento
• Remoção de pessoas, animais, bens ou ainda
na recuperação de corpos.
• Serviço altamente especializado, exigindo dos
socorristas preparo físico, técnico e
psicológico.
Operações de salvamento
• O salvamento e o APH são interligados por
natureza da profissão.
• Os executantes de ambas as atividades são
denominados “socorristas”.
• Pode-se dizer que os serviços de salvamento
consistem na: remoção cuidadosa de pessoas,
animais e/ou objetos dos mais variados
sinistros e do APH, antes que os cuidados
médicos sejam prestados.
Operações de salvamento
Ferramentas, Equipamentos e Acessórios
Ferramenta:
Objeto que serve para realizar uma tarefa com a energia que
provém do operador. Exemplos: barra, martelo e pá.
Equipamento:
Máquina ou aparelho que serve para realizar uma tarefa e a ação
consiste na transformação da energia para aumentar a
capacidade de trabalho. Exemplos: motosserra e moto cortador.
Acessório:
Objeto que pode agregado a um equipamento ou ferramenta,
permite ampliar ou melhorar as capacidades operativas ou
realizar uma tarefa.
Exemplo: Balde, correntes para a motosserra, extensão elétrica.
Desencarcerador Hidráulico
• É composto por uma bomba hidráulica, que acionada
por um motor 4 tempos à gasolina, pressuriza um
sistema formado por mangueiras com sistemas de
engate rápido e várias ferramentas hidráulicas, estas
servirão no desencarceramento das vítimas,
executando afastamentos, cortes e tracionamentos.
• O conjunto de salvamento pode ser utilizado em
acidentes envolvendo veículos, desabamentos,
arrombamentos, ou até mesmo em trabalhos
submersos, dentro do limite de 40m de profundidade
Referência o conjunto de salvamento Lukas.
Desencarcerador Hidráulico
• Todos os motores deverão trabalhar com inclinação
máxima de 15° e os desencarceradores possuem
conjunto de correntes com engates, com capacidade
para 80KN e comprimento de aproximadamente 2m.
Componentes do Desencarcerador
• Bomba hidráulica
• Cortadores
• Expansores
• Ferramenta combinada
• Cilindro expansor ou
cilindro de resgate
Desencarcerador SC 350 E
Lukas elétrico
Com motor externo, tem força de corte de 360KN e de
expansão de 350KN, autonomia de 30min e cerca de
75min para carregar totalmente sua bateria.
Macaco Hidráulico
Aparelho destinado ao levantamento de cargas
através do deslocamento de um êmbolo que sobe
impulsionado pela pressão do óleo hidráulico.
Almofadas Pneumáticas
Almofadas Pneumáticas
• Indicado para salvamento em eventos de colisão
de veículos, desabamentos. O sistema opera com
os cilindros usados nas máscaras autônomas,
somado as almofadas e os reguladores de
pressão. O sistema funciona com a utilização do
ar comprimido nos cilindros a alta pressão que
passa pelo regulador de pressão, reduzindo a
pressão de 3.000 para 125Psi, que é a pressão de
trabalho. Depois o ar segue para a almofada, que
é inflada sob controle do bombeiro.
Almofadas Pneumáticas
Almofadas Pneumáticas
• O equipamento possui a válvula de controle e
válvula de segurança (VCVS) que é formada
por um sistema duplo de segurança e controle
de ar e é usada para inflar ou esvaziar as
almofadas, capaz de controlar a operação de
duas almofadas individualmente, as duas
válvulas de alívio da pressão são fabricadas
com regulagem de 87Psi ou 118Psi
dependendo da aplicação, para prevenir um
enchimento acima do possível.
Almofadas Pneumáticas
Almofadas Pneumáticas
• O sistema vem acompanhado por três
mangueiras: duas mangueiras (uma vermelha
e outra amarela) são conectadas entre a VCVS.
Todas as almofadas, mangueiras e reguladores
são equipados com conexões de engate rápido
fabricados em tamanho especial para evitar
conexões erradas.
Almofadas Pneumáticas
• São muitos os tamanhos e formatos de
almofadas de ar MAXIFORCE, cada uma é
indicada para uma determinada carga ou
situação, contudo todas possuem um X no
centro indicando o local correto de
posicionamento da almofada no centro da
carga. O que garantirá o maior deslocamento
e uma melhor estabilidade.
Tirfor
• Durante várias décadas o uso do Tirfor constituiu-se
como o elemento chave das operações de
desencarceramento. Ancorado em postes, árvores ou
mesmo na viatura de salvamento, por intermédio da
tração de um cabo de aço que passava pelo seu interior
e era tracionado pela ação conjugada de dois
mordentes em trabalho alternado.
• Produzido pela filial brasileira da empresa alemã
CIDAM, o nome Tirfor se tornou de uso corrente e de
terminologia técnica ao invés de “Sistema de
Tracionamento de Cabos de Aço”
Tirfor
• É um aparelho manual de tração e içamento
de cargas, que trabalhando com cabo de aço,
desenvolve uma força nominal que vai de 750
Kg até 4000 Kg, conforme o seu tipo.
Linga
• Cabo curto de aço com alças em suas extremidades,
que tem por objetivo laçar algum objeto para
transporte, içamento ou arrasto.
Gerador à gasolina
• Equipamento formado por um motor à explosão
destinado a fornecer corrente elétrica aos
materiais operacionais, comumente usado para
garantir a iluminação do local do evento.
Motosserra
• Este equipamento é essencial nos eventos de
corte de árvore, já que facilita o corte dos
galhos e troncos, agilizando o trabalho, mas
em momento algum devem ser afastadas as
técnicas e nem o fator segurança, afinal o
bombeiro não pode permitir a velocidade
influenciar no fator segurança. A motosserra é
composta de um motor a explosão e um sabre
com corrente.
Motosserra
• Nunca coloque a motosserra em funcionamento de
forma suspensa, pois dessa forma, poderá ferir-se ou
outra pessoa que estiver próxima. Cuidado redobrado
quando a utilização do equipamento for feito no alto
da árvore devendo o operador possuir o conhecimento
técnico e o domínio da motosserra.
Moto-cortador
• Equipamento com o funcionamento semelhante ao da
motosserra, contudo usado para cortes de chapas. É
possível a utilização de vários tipos de discos, mas na
corporação, utiliza-se o disco misto para corte (corta ferro e
aço), o que capacita o equipamento ao salvamento de
pessoas em acidentes automobilísticos, ou para
arrombamentos de portas de aço, ou ainda outras
situações onde caiba sua utilização, como para o corte de
vergalhões em desabamentos.
Rádio Transceptor Portátil
• Equipamento indispensável para eventos mais
complexos por facilitar a comunicação entre os
membros da equipe de salvamento, e membros de
outras equipes, já que facilita a coordenação da
prestação do socorro. As viaturas de salvamento
devem estar equipadas com este equipamento.
Oxi-explosímetro
• Instrumento portátil e de fácil utilização para a
detecção da alteração da concentração de oxigênio,
presença de gases combustíveis, CO e H2S. Sempre que
houver alterações destas naturezas na atmosfera o
mesmo dispara um alarme luminoso e sonoro.
Lanternas
• Aparelho destinado à iluminação, alimentado por
pilhas ou baterias, destina-se a iluminação de
pequenas áreas nas operações de salvamento.
• Em áreas classificadas é fundamental para a
segurança da operação a utilização de lanternas
intrinsecamente seguras.
Tripé
• Formado por três peças tubulares, que possuem
encaixe na parte superior, que os mantém unidos,
formando uma estrutura piramidal estável. Ele é muito
útil para o içamento de cargas, especialmente em
poços.
Tripé
• Para a sua utilização deve-se adaptar uma roldana no
centro do aparelho para içar a carga, o que permite a
utilização de cordas ou de cabos de aço.
Cabo ou corda
• A corda é formada por fios unidos e torcidos uns
sobre os outros, formando um conjunto uniforme
e resistente à tração. Existem vários tipos de
cordas, principalmente em função do material
usado em sua fabricação, entre eles temos os
cabos de fibras de origem animal (seda, crina e
couro), os cabos de fibra vegetal (manilha, sisal e
cânhamo), os de fibra sintética (nylon, seda,
polietilenos, poliamida, poliéster, etc.) e os de
fibra mineral (aço).
Cabo ou corda
• Normalmente diâmetros de 9 a 11mm e comprimentos
variando em 30, 50, 100 ou 200m dependendo do seu
uso. Podem ser estáticas ou semi estáticas (mais
usadas em salvamentos em alturas) e dinâmicas
(usadas em salvamento em montanhas).
• Cabo solteiro: Cabo de 6 a 8mm de diâmetro e de
comprimento reduzido (1,5 a 3 m).
Partes da corda
• a) Fibra: Matéria básica da corda;
• b) Fio: Conjunto de fibras;
• c) Cordão: Conjunto de fios;
• d) Capa: É a camada externa de uma corda, que tem
como finalidade a flexibilidade e a proteção da alma;
• e) Alma: Trata-se da parte interna da corda, que é
protegida pela capa, tem como finalidade a resistência
e a elasticidade da corda;
• f) Chicote: Ponta solta da corda;
• g) Falcaça: É o agrupamento dos cordões na
extremidade da corda para evitar que este desacoche;
• h) Firme: Parte livre da corda próxima à ancoragem.
Mosquetão
• Conector de peça metálica (aço ou duroaluminio) constituída de
um anel com abertura e gatilho para ser utilizado em
ancoragens e no cinto de descida.
• Existem modelos com utilidades específicas: simétrico,
assimétrico. Também diferem entre si dependendo do tipo de
trava que pode ser de rosca ou automática.
• Possuem resistências diferentes, sempre como a inscrição da
sua capacidade expressa em KN, gravada ao longo do corpo ou
dorso, cujo valor do mesmo é de 100Kg para cada 1KN.
• Os mosquetões sem trava, no CBMERJ, são conhecidos como
molas.
Aparelho oito
Peça com formato do algarismo oito, usado como freio
para a descida de pessoas e cargas.
Polias
• Conhecidas no CBMERJ como patescas, são utilizadas
em içamentos de cargas, transposição de obstáculos,
sistemas de força e salvamento com plano inclinado.
São fabricadas em vários modelos.
Ascensor de Punho
• Ou simplesmente ascensor, geralmente utilizado
em cordas simples de 8 a 13mm de diâmetro.
Este equipamento trava na corda para facilitar a
ascensão, são conectados ao cinto do bombeiro
através de fitas tubulares ou cabos solteiros.
Fitas tubulares
• São fabricadas normalmente de polipropileno,
perlon ou nylon, com 3cm de largura e 3mm de
espessura são usadas como ponto de ancoragem
e para a confecção de cintos cadeiras ou
amarrações em vítimas e macas.
CINTOS
• Baudrier:
Equipamento destinado a envolver o bombeiro ou a vítima
dando sustentação ao corpo com segurança e equilíbrio,
fornecendo um ponto de fixação.
• Cinto Paraquedista ou Baudrier Integral:
Equipamento semelhante ao baudrier, no entanto possui
sustentação para a parte superior do corpo, bem como outros
olhais onde o bombeiro pode se ancorar no sistema.
CINTOS
• Cinto Cadeira:
Equipamento inventado pelo 1º Sargento BM Carlos, mais
conhecido também por “Graveto”, militar do
Grupamento de Busca e Salvamento do CBMERJ.
Reciclando partes dos cintos da brigada paraquedista do
exército brasileiro, deu origem a este cinto muito
utilizado em salvamentos em altura, principalmente no
resgate a suicidas, por possuir ganchos de soltura rápida,
facilitando a operação.
Escada prolongável
• Escada composta de alumínio ou fibra de vidro para
garantir resistência e versatilidade, composta de dois
lanços, um fixo e um móvel. O lanço móvel desloca-se
sobre o fixo através de encaixes.
Tesourão
• Ferramenta formada de aço com lâminas que é
utilizada no corte de barras metálicas, fios, cabos,
arames e chapas. O tamanho da ferramenta é
proporcional a sua capacidade de cortar peças de
maior espessura.
Vara de Manobra com Croque na Ponta
• Ferramenta composta por um cabo de fibra subdividido em
partes com 1,5m cada, que servem para prolongar o
equipamento e possuem alta resistência mecânica e
elétrica, possui versatilidade para que a peça na sua ponta
possa ser trocada conforme a necessidade. Deve-se ter o
cuidado para não expô-la a temperaturas muito elevadas,
pois assim ela pode perder sua resistência mecânica e
elétrica.
• A peça na ponta da vara é o croque, ferramenta clássica do
bombeiro em forma de gancho e fisga.
Alavanca:
Equipamento aplicado em vários tipos de salvamentos,
constituído de uma barra de ferro de seção circular ou
octogonal, com comprimento, formas e extremidades
variadas, usado em atividades de arrombamento e
deslocamento de cargas.
Halligan
Também conhecida como Hooligan é uma ferramenta muito
versátil usada para entradas forçadas, foi projetada por um
bombeiro de New York, FDNY, chamado Hugh Halligan em
1948, mais tarde naquele ano, o primeiro protótipo da barra
Halligan foi feita por Peter Clarke (um ferreiro).
• Machado:
Ferramenta de aço com o formato semicircular e de gume
afiado dotado de um cabo de madeira, usado em
arrombamentos e cortes.
• Malho:
Ferramenta em aço de resistência superior aos aços
comuns, possuindo uma extremidade em forma
retangular e seção quadrada conectada a um cabo de
madeira ou ferro, à semelhança de uma marreta,
destinado a trabalhos que exijam grandes esforços de
deslocamento ou deformação, especialmente em
arrombamentos.
• Pá: Ferramenta usada em remoção de material e
escavação, é comum a sua utilização em colisões
quando há o vazamento de combustíveis e óleo, pode
ser quadrada, redonda ou ainda de campanha.
• Cone de sinalização e fita zebrada:
Empregados na sinalização em vias de trânsito
e isolamento da área do evento.
Equipamentos de Proteção Individual
• EPI é todo dispositivo ou produto, de uso
individual utilizado pelo trabalhador, destinado à
proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho. (Norma
Regulamentadora 6 do MTE)
• São de extrema importância e necessidade para
as atividades de bombeiro, um socorrista ferido
perde parte de seu potencial para resgatar uma
vítima e pode vir a se transformar em uma nova
vítima, dificultando muito a operação e
sobrecarregando seus companheiros.
Equipamentos de Proteção Individual
• Capacetes de proteção
• Luvas de proteção (raspa de couro, vaqueta e
procedimento)
• Óculos de proteção
• Botas
• Jardineira
• Capa ou roupa de aproximação
• Cotoveleiras e joelheiras (Estruturas Colapsadas)
Equipamentos de Proteção Individual
• Máscara contra pó (peça facial filtrante- PFF)
• Protetor auricular (inserção )
Equipamentos de Proteção Individual
• Equipamento de Proteção Respiratória:
Equipamento típico de combate a incêndios que
deve ser utilizado sempre nos salvamentos quando
houver risco de contaminação respiratória ou ainda
deficiência de oxigênio na atmosfera do
salvamento.
Desencarceramento
• A missão do bombeiro de salvamento neste
evento é a de retirar as ferragens das vítimas,
permitindo aos bombeiros das viaturas de
socorros de emergências (ASE) o atendimento e a
remoção da vítima ao hospital, contudo se a
viatura de socorro médico não estiver no local, a
guarnição de salvamento deverá atender as
vítimas empregando os conhecimentos
apreendidos na matéria de socorros de urgência
e aguardar no local a chegada da outra viatura
(ASE).
Desencarceramento
• Vale lembrar que em nenhum momento o militar
deve ficar desatento com o fator segurança, por
ser este essencial para uma operação bem
sucedida. São muitos os perigos existentes nas
colisões de veículos, como o de incêndio,
instabilidade dos veículos, ferragens pontiagudas,
estilhaços de vidro, produtos perigosos etc.
Portanto é necessário utilizar os equipamentos
de proteção individual e tomar medidas para
evitar riscos à integridade física dos bombeiros,
da vítima e dos transeuntes.
Desencarceramento
• Deve-se ter sempre em mente que a
prioridade do bombeiro é garantir o acesso às
vítimas, estabilizar e protegê-las de novas
lesões, que poderiam ser ocasionadas por
faísca, vidros, metais e até mesmo pelas
ferramentas de resgate.
Fases do desencarceramento
• Estacionamento das viaturas;
• Sinalização/isolamento do local;
• Uso do EPI;
• Armação da linha de prevenção;
• Estabilização do veículo;
• Desligamento ou corte dos cabos da bateria e
fechamento da válvula do GNV (caso possua);
• Manuseio dos vidros;
• Desencarceramento e resgate das vítimas.
Estacionamento das viaturas
• Sempre que possível, a viatura de salvamento (ABS e ABSL)
deve ser posicionada junto à calçada, a uma distância
mínima de 5 metros à frente do evento, de forma que fique
facilitada a retirada dos equipamentos necessários à
realização das atividades operacionais.
• A viatura de socorro médico (ASE) deverá também ser
posicionada à frente, a uma distância máxima de 5 metros
do ponto da colisão, ficando, entretanto, posicionada junto
à margem interna da via de circulação, de forma que fique
assegurada a sua partida rápida sem maiores
impedimentos em direção à rolagem da pista.
• A viatura de combate a incêndio (ABI, ABT ou AT) deverá se
posicionar, no mínimo, 5 metros à retaguarda do evento.
• No caso de incêndio, as distâncias serão de 20 metros do
ponto de colisão e, caso haja risco de explosão, de, no
mínimo, 200 metros.
Sinalização/isolamento
• A sinalização do local deverá ser feita desde a
distância de 1 x velocidade máxima da pista,
ou seja, em uma pista de velocidade máxima
de 100 km/h, a sinalização deverá se iniciar a
1 x 100 = 100 metros, ou para facilitar a
demarcação dessa distância, adota-se um
passo longo para cada metro, sendo assim, a
distância de isolamento dessa pista ficaria de
100 passos longos.
Sinalização/isolamento
• Essa sinalização deverá ser feita obrigatoriamente
por meio de cones fotoluminescentes , no
mínimo sete cones devem ser utilizados, ficando
o primeiro deles, o mais distante da viatura,
encostado ao meio feio da pista e o último
ficando a uma distância mais larga que a ocupada
pela viatura, tal procedimento, de extrema
importância, serve como prevenção à ocorrência
de outros acidentes secundários. A sinalização
deverá envolver toda a cena do acidente, o local
deverá ser isolado de forma a limitar o acesso
apenas àqueles que trabalham na ocorrência.
Sinalização/isolamento
• No caso de curvas a sinalização deve ter início
antes da mesma, se o acidente ocorrer em
locais de aclive ou declive acentuado, a
sinalização deve ter início no lado oposto do
mesmo, em caso de anormalidades (presença
de chuva, fumaça, neblina, óleo na pista, à
noite, etc.) a distância de sinalização dever ser
dobrada por motivo de segurança.
Sinalização/isolamento
Isolamento - círculos de trabalho
Objetivo: organizar o teatro de operações
• Círculo interno: círculo imaginário de 5 metros, ao
redor do acidente a que se tem acesso: equipes de
salvamento/equipes médicas/ambulância.
• Círculo exterior: área delimitada de 10 metros que
se situa fora do círculo interior e onde estão
demarcadas as seguintes áreas:
• Viatura de desencarceramento/Ambulância;
• Outras viaturas de socorro;
• Depósito de destroços.
Isolamento - círculos de trabalho
Uso do EPI
• Todos os bombeiros deverão estar usando o EPI adequado:
capacete, capa de aproximação, luvas cirúrgicas, luvas de
raspa de couro, equipamento autônomo de respiração
artificial (caso o evento seja pertinente a vazamento de
produtos perigosos);
• Para os casos que envolvam riscos elétricos deverá ser
acrescido o EPI dos seguintes materiais: capacete de
segurança, calçado de segurança, luva de segurança
isolante de borracha, manga de segurança isolante de
borracha, vestimenta condutiva de segurança, multímetro,
croque com cabo isolante, tesourão com cabo isolado,
alicate com cabo isolado, chave de fenda com cabo isolado,
tapete isolante, protetor facial para arco elétrico, óculos de
segurança.
Armação da linha de prevenção
• Antes de qualquer procedimento de
abordagem do veículo, deverá ser armada
uma linha de prevenção com esguicho de
vazão regulável (EVR) ou, se for o caso, o
mangotinho, em carga (pressurizada) e
fechado, com o corpo de bomba funcionando
em regime de baixa rotação.
Estabilização do veículo
• Deverá ser feita antes da abordagem dos veículos
acidentados a estabilização dos mesmos contra
tombamento, esmagamento do teto, deslizamento ou
contra qualquer outro movimento que venha a pôr em
risco o sucesso da operação, o que deverá ser feito pela
utilização de calços, cunhas, escoras, cabos, fitas tubulares,
cabos de aço ou outros dispositivos aplicáveis.
• Deverá haver uma estabilização progressiva, ou seja, uma
estabilização da área à medida que for progredindo a
operação, visto que algumas partes do veículo são retiradas
e sua estabilidade pode ficar comprometida. Cabe ao
Comandante da Operação alertar seus comandados para
observarem sempre esse detalhe.
Estabilização do veículo
Desligamento da bateria e
fechamento do GNV
• Deverá ser feito, com a prevenção de uma linha direta,
o corte da alimentação de energia elétrica do veículo,
retirando primeiramente o cabo ligado ao borne
negativo (-) da bateria.
• Atualmente, alguns automóveis são equipados com
sistema suplementares de retenção, ou seja, airbags,
possuindo várias siglas de identificação, como “SIR”,
“SRS”, “SIPS”. Porém, no caso de corte de energia, estes
se mantêm ativos por aproximadamente trinta
minutos, em virtude dos veículos possuírem
acumuladores eletrônicos, portanto assegurar que
ninguém se coloque entre o volante e/ou console e a
vítima.
Desligamento da bateria e
fechamento do GNV
• Na falta de protetores de airbag, as equipes de
salvamento poderão utilizar fitas tubulares e/ou cabos
solteiros, envolvendo o volante, reduzindo assim a
probabilidade de ocorrer lesões devido ao seu
acionamento.
Manuseio dos vidros
• Os vidros podem ser: removidos, partidos ou cortados.
Dependendo da situação, não será necessária a quebra
dos vidros, o que poderá dificultar ainda mais as ações
de salvamento. Basta apenas retirá-los, caso a situação
assim permitir, utilizando facas para a remoção de
borrachas, chaves de fenda para remoção de metais e
ainda borrachas tipo “ventosas’ para segurar o vidro
impedindo assim a sua queda.
• Caso seja necessária a quebra dos vidros, estes deverão
ser eliminados de fora para dentro; uma proteção
transparente, segura e maleável deve ser utilizada para
proteger a vítima e as equipes de salvamento.
Abertura de acessos
• Permite que a equipe de atendimento pré-
hospitalar se aproxime da vítima para prestar os
cuidados necessários. Após o veículo se encontrar
estabilizado e seguro, devem ser utilizados os
acessos já existentes, permitindo uma rápida
abordagem, ou seja, portas, para-brisas, janelas
etc.
• Caso seja necessário o Comandante de Operações
ordenará que cortes estratégicos sejam feitos e
acessos sejam criados para chegar à vítima, até
terminarem as operações.
Desencarceramento
• No caso de incêndio, simultaneamente ao combate às
chamas, utilizando o esguicho regulável na posição de
jato neblinado, produzir uma “cortina d’água” entre o
fogo e o acidentado e efetuar o salvamento. Porém,
nos casos de menor potencial ígneo, poderão ser
utilizados extintores correspondentes.
• Caso o veículo seja movido a GNV e não havendo
chamas envolvendo o cilindro, a válvula deverá ser
fechada. Caso o cilindro de um veículo esteja
envolvido em chamas, sua válvula não deverá ser
fechada.
Desencarceramento
• Para efeito de entendimento, as barras de sustentação
do teto de qualquer veículo são denominadas pilares,
levando em consideração inicial o pilar A, próximo do
vidro dianteiro e, por conseguinte pilares B, C e D,
quantos forem.
Desencarceramento
Regra básica!
Remover as ferragens da vítima e nunca a vítima das ferragens.
Tipos de Remoção:
• Remoção do teto: frontal, lateral, a retaguarda ou totalmente.
• Remoção da porta: pela maçaneta e pela dobradiça.
• Afastamento do painel.
Abertura em “concha”: veículo tombado lateralmente, formando
um ângulo de 90º em relação ao solo aproximadamente.
Atropelamento com vítima sob o veículo:
Levantar o veículo utilizando cilindros extensivos, macacos e/ou
expansores hidráulicos e estabilizar progressivamente.
Corte de árvore
O serviço de corte de árvore, realizado pelo CBMERJ,
compreende o abate ou retirada e o desbaste ou poda, só se
aplicando em situações emergenciais, acontecimentos
mórbidos e inesperados, que, por sua natureza imutável e de
risco extremo, requerem tratamento imediato.
Risco iminente:
Perigo ou possibilidade de perigo que está em via de efetivação
imediata.
Corte de árvore
Abate seccionado: utilizado quando não for possível efetuar a
queda livre da árvore, consiste em seccionar a árvore em pedaços
menores, utilizando-se de técnicas variadas.
Corte de abate pleno: realizado acima do corte direcional,
mantendo uma faixa de fratura igual a 1/10 do diâmetro da árvore.
Sistema de elevador: técnica de corte que consiste em remover os
galhos parcialmente, aos pedaços, em vez de abatê-los totalmente
de um só golpe. Essa técnica deve ser empregada amarrando-se o
galho ou a parte da árvore que se vai cortar em ponto fixo da
própria árvore ou outro ponto de apoio seguro, efetuando-se em
seguida o corte. A adoção dessa técnica evita que a parte cortada
caia de uma só vez.
Entalhe direcional: é o entalhe feito para determinar a direção da
queda do tronco, formada pela mesa (base horizontal) e a boca
(corte oblíquo) onde se retira uma cunha em direção ao centro.
Corte de árvore
Nem toda solicitação para a realização da atividade
de corte de árvore requer, necessariamente, a
efetiva execução pelo CBMERJ, nas hipóteses em
que não forem constatadas a incidência de risco
iminente, a atividade competirá a Engenheiro
Agrônomo, segundo o art. 6º, letra “f”, do Decreto
Federal nº 23.196, de 12 de outubro de 1933, cuja
infração consta sedimentada no art. 6º, alíneas “a”
e “e”, c/c o art. 76, todos da Lei Federal nº 5.194, de
24 de dezembro de 1966.
Corte de árvore
Em casos de solicitação de “ameaça de queda”,
requer a avaliação de profissional com habilitação
legal (Engenheiro Agrônomo), pelo fato de não
termos em nossos quadros tal profissional, a análise
da situação fitossanitária da árvore se torna
impossível. Portanto, quanto às solicitações de
“ameaça de queda”, é imprescindível que seja
apresentado ao CBMERJ um relatório do
profissional habilitado, atestando que o vegetal se
encontra em risco de queda iminente,
caracterizando a natureza emergencial do serviço.
Corte de árvore
• Corte de abate: Para a queda, dependendo da situação
e necessidade, poderão ser utilizados materiais
auxiliares de tração: Tirfor, guinchos, cabos, polias.
• Após o serviço, os BM deverão deixar livres vias e
passagens no local do evento. Não é
responsabilidade do CBMERJ a retirada e o
transporte dos troncos e galhos cortados.
• A tensão, a lubrificação e a afiação da corrente da
motosserra devem ser observadas antes e após o
corte; deve-se testar a motosserra antes de
qualquer situação real. Para o içamento da
motosserra, a mesma deverá estar em
funcionamento e com o freio da corrente
acionado. Quando a motosserra for transportada
em terreno plano ou aclive, deve ser conduzida
com o sabre voltado para trás. Ao abastecer, não
derramar combustível nem fumar.
Corte de árvore
• Somente o operador deve manusear a
motosserra desde sua preparação até o corte.
O operador deve possuir condições físicas,
psicológicas e técnicas para realizar o serviço.
Durante o corte, as garras da motosserra
devem estar firmadas, garantindo maior
controle do equipamento. Deve-se ter muita
atenção com os troncos rachados, pois estes
podem facilmente soltar lascas.
Cuidados com árvores próximas a rede
elétrica
É necessário manter distância mínima necessária de um ponto
energizado para que uma pessoa possa se movimentar, inclusive
manipulando equipamentos ou ferramentas não isolantes, sem o
risco de abertura de arco elétrico em relação ao seu corpo.
Fonte: manual MTB-35 do Corpo de Bombeiros Militar do Estado
de São Paulo.
• Nestes casos, torna-se importante que a companhia de
eletricidade local seja acionada e apoie o CBMERJ devido à
complexidade do evento. Se não for possível a interrupção do
fornecimento de energia, solicitar junto à companhia o apoio
de equipe especializada.
Cuidados com árvores próximas a rede
elétrica
Operações com elevadores
• Equipamentos de transporte de cargas e pessoas e
consistem basicamente de uma cabina suspensa por
meio de cabos de aço que correm sobre uma polia de
tração adequada e sobre trilhos acionada por um
motor dentro de uma caixa de corrida que levam aos
pavimentos de acesso . Na outra extremidade, cabos
de aço sustentam um contrapeso.
• Casa de máquinas: É o nome dado ao local onde
normalmente são instalados os equipamentos; abriga
os aparelhos que comandam e controlam o elevador
(máquina de tração, limitador de velocidade, painel de
comando, quadro de força e controle).
Operações com elevadores
Operações com elevadores
Fica definido que:
pessoas retidas: compreendem aquelas no
interior da cabina do elevador parado por
qualquer motivo;
pessoas presas: compreendem aquelas
prensadas entre ferragens ou prensadas entre a
cabina e o pavimento ou ainda entre a cabina e
as paredes da caixa de corrida.
Operações com elevadores
As operações com elevadores podem ser
classificadas em:
• Retiradas de pessoas do interior das cabinas;
• Acidentes com as vítimas presas entre a
cabina e o piso dos pavimentos;
• Vítima presa às ferragens ou ao contrapeso;
• Vítima no interior do fosso.
Operações com elevadores
• Poço: É a parte inferior da caixa de corrida (fosso), onde
ficam instalados dispositivos de segurança (para-choque)
para proteção de limites de percurso do elevador; existem
três tipos de para-choques: hidráulico, de molas e de
borracha.
• Limitador de velocidade: Tem a finalidade de travar o
elevador em caso de aumento de velocidade acima do
padrão de segurança, impedindo, assim, uma eventual
queda livre do elevador.
Operações com elevadores
• Quadro de comandos: Onde são gerenciadas as
informações elétricas do elevador para a realização dos
comandos de parada e partida. Constituído de bobinas,
relês, transformadores e chaves de força.
Operações com elevadores
• Máquina de tração: Conjunto motriz que tem a finalidade
de realizar a força no transporte vertical. Constituído de
motor-gerador, sistema de tração, coroa sem fim, freio
eletromecânico, polia de tração e cabos de tração.
Operações com elevadores
• Guarnição padrão: mínimo três Bombeiros. O
Chefe da Guarnição deverá abrir e operar junto à
porta de pavimento mais próxima da cabina
(andar imediatamente superior ou inferior), os
outros dois componentes da guarnição deverão
operar na casa de máquinas do elevador.
• O contrapeso vem a ter sua carga igual ao peso
da cabina acrescido de metade do valor do peso
da capacidade total do equipamento, ou seja,
terá o peso igual ao da cabina com metade de sua
carga.
Operações com elevadores
ATENÇÃO!
Se a quantidade de passageiros for menor que a
metade da capacidade da cabina, a tendência da
cabina será subir, pois estará mais leve que o
contrapeso, sendo então as vítimas serão retiradas
pelo andar imediatamente superior. Se a
quantidade de passageiros for maior que a metade
da capacidade da cabina, a tendência da cabina
será descer, pois estará mais pesada que o
contrapeso, as vítimas são retiradas, então, pelo
andar imediatamente inferior.
Operações com elevadores
Dados a serem coletados:
1) Causa do acidente;
2) Tipo de acidente;
3) Quantidade de vítimas;
4) Empresa e contato do técnico;
5) Responsável pela edificação no local;
6) Existência de chave de emergência da porta de
pavimento;
7) Riscos potenciais para o atendimento da ocorrência
(incêndio, rompimento de cabos, curtos-circuitos etc.).
Operações com elevadores
Material necessário:
rádios, chaves de elevador, lanternas, desencarcerador,
material de salvamento em altura.
Acionar de imediato o apoio necessário guarnição de
emergência pré-hospitalar, policiamento (acionado de
imediato em caso de acidente com vítimas fatais), assistência
técnica responsável pelo elevador.
Conduta operacional para vítimas
retidas no interior da cabina
a) Localizar a posição da cabina em relação aos
pavimentos;
b) Dividir a guarnição, devidamente equipada com rádios
transceptores e lanternas, entre a casa de máquinas e o
local próximo à cabina com as vítimas;
c) Na casa de máquinas deverá ser efetuado o corte da
energia elétrica do elevador, por meio do desligamento
da chave geral correspondente;
d) Em caso de dúvida, desligam-se as chaves de todos os
elevadores, a chave geral da casa de máquinas ou ainda
os disjuntores do quadro de energia situado geralmente
no andar térreo, após evacuar as demais cabinas;
Conduta operacional para vítimas
retidas no interior da cabina
e) Simultaneamente às ações desenvolvidas na casa de
máquinas, deverá ser procedida a abertura da porta do
andar mais próximo à cabina com as vítimas.
f) O nivelamento será processado por meio da liberação
do freio hidromecânico e rotação lenta e contínua do
volante de inércia da máquina de tração;
Conduta operacional para vítimas
retidas no interior da cabina
g) Logo após o nivelamento da cabina com o andar,
comunicar aos operadores da casa de máquinas que
parem a operação, freando novamente o elevador, o que
permitirá o destravamento e a abertura da porta da
cabina de forma mecânica, girando a polia ou
movimentando a lança do controlador de porta,
dependendo do modelo.
Entradas Forçadas e Arrombamentos
• A entrada forçada é o ato pelo qual o militar adentra em
um recinto fechado valendo-se de meios não
convencionais, sempre buscando o menor dano possível no
patrimônio alheio, ou seja, deve-se evitar o arrombamento.
• As entradas forçadas e arrombamentos são procedimentos
realizados pelo bombeiro e que possuem o seguinte
amparo legal.
• A Constituição Federal estabelece exceções à
inviolabilidade domiciliar. Assim, a casa é asilo inviolável do
indivíduo; ninguém pode penetrar nela sem consentimento
do morador, salvo em caso de flagrante delito, desastre,
para prestar socorro ou ainda durante o dia, por
determinação judicial.
Entradas Forçadas e Arrombamentos
• Faz-se necessária a cautela de todos os bens de um
domicílio antes de passá-lo a autoridade competente que
assumirá o local.
• Após a realização das atividades, resguardando o local, não
permitindo o acesso de pessoas estranhas a ele e
acautelamento dos bens, o domicílio deve ser entregue à
autoridadecompetente e/ou proprietário, finalizando as
atividades de bombeiro militar, certificando-se de ter
cumprido todas as anotações devidas para confecção do
relatório, principalmente os dados do responsável
recebedor do local de evento.
• Vale ressaltar que, no caso de ocorrência de crime, o
domicílio deverá ser entregue somente à autoridade
competente.
Entradas Forçadas e Arrombamentos
SEMPRE VERIFIQUE AS ENTRADAS E SE AS
MESMAS NÃO SE ENCONTRAM ABERTAS ; )
Entradas Forçadas e Arrombamentos
• Abertura de Portas Comuns:
Primeiramente deve-se verificar o sentido da abertura da
porta, que pode ser para dentro do ambiente ou para
fora dele, quando para fora do ambiente é comum as
dobradiças estarem à mostra, então deve-se retirar os
pinos para que a porta ou janela se solte. Com a porta
abrindo para dentro do ambiente, deve-se num primeiro
momento identificar onde estão os trincos e fechaduras
forçando a porta de cima à baixo, já que a porta oferecerá
resistência nestes pontos. Depois o militar deve colocar a
ponta da alavanca imediatamente acima ou abaixo do
trinco e forçando-o no sentido da porta deverá abri-la,
depois se repete o procedimento com todos os outros
trincos e fechaduras.
Entradas Forçadas e Arrombamentos
Entradas Forçadas e Arrombamentos
Abertura de Portas de Enrolar: Possuem dois tipos de travas,
uma junto ao chão e outra nas laterais. A trava junto ao solo
pode ser cortado com o tesourão (cadeado), ou pode estar
presa por uma trava tipo cilindro que prende a porta à argola,
que deve ser golpeada com o malho. Se não estiver a mostra
usa-se o desencarcerador (entre a porta e o chão). As travas
laterais devem ser cortadas com o moto cortador.
Entradas Forçadas e Arrombamentos
Abertura de Portas de Vidro: Podem ser encontradas portas de
vidro comum e de vidro temperado, a de vidro comum vem
circundada por uma moldura onde se encontram a fechadura
e as dobradiças, esta porta não pode sofrer impacto, torção ou
compressão, senão pode se partir, portanto a única alternativa
do bombeiro para abrir esta porta sem quebrar o painel de
vidro é foçando com a chave de grifo o tambor da fechadura
ou retirar os pinos da dobradiça. Caso o vidro seja temperado
deve-se buscar outros métodos de entrada evitando a quebra
do vidro por que esta porta tem um custo bem superior ao da
de vidro comum, além de que, a porta de vidro temperado é
bem mais resistente. Caso tenha que quebrar o vidro deve-se
golpear a porta na proximidade das dobradiças e fechadura.
Entradas Forçadas e Arrombamentos
Abertura de Janelas com painéis de vidro: Num primeiro
momento deve o bombeiro buscar a abertura da janela sem
quebrar o vidro forçando a moldura no sentido de sua
abertura, não sendo possível a abertura, deve-se quebrar um
dos painéis de vidro e proceder a liberação dos trincos ou
trancas. No caso de janelas duplas de deslocamento
horizontal, o bombeiro deve buscar a trava que fica entre as
folhas, em todos os casos se não encontrar outra alternativa o
bombeiro deve quebrar apenas uma das partes de vidro e
abrir o fecho, se houver risco de ferir alguém com este
procedimento, o bombeiro deve colar fitas adesivas no vidro
antes de quebrá-lo.
Entradas Forçadas e Arrombamentos
Abertura de Grades: As grades podem ser cortadas com o
moto cortador ou com as pinças hidráulicas do
desencarcerador.
Abertura de paredes: A abertura de paredes é feita com
malho, talhadeira e alavanca. Deve-se ter cuidado em não
atingir paredes estruturais, colunas e vigas, por que o
arrombamento destas podem comprometer a estabilidade da
edificação.
Entradas Forçadas e Arrombamentos
Abertura de paredes em estruturas colapsadas: Em estruturas
colapsadas alguns cuidados devem ser seguidos, para tanto, com
uma tinta spray traça-se um triângulo de 1m de lado a 10cm do piso
(dessa maneira a resistência da parede será mantida), faz-se então
um orifício para comunicação e após resposta positiva de vítimas em
seu interior o restante do triângulo será arrombado permitindo a
passagem dos socorristas. Caso a parede possua risco de colapso ela
deverá ser escorada antes desse procedimento.
Entradas Forçadas e Arrombamentos
Abertura de Telhados: Para andar no telhado o bombeiro precisa ser
auxiliado por uma escada que servirá na distribuição de seu peso
pela estrutura fixa do telhado. Depois de se posicionar no local de
entrada, será efetuada a retirada das telhas.
Entradas Forçadas e Arrombamentos
Arrombamento de lajes: Caso seja necessário o arrombamento de
lajes o bombeiro demarcará um quadrado de 1m de lado onde ela
será quebrada, mais uma vez a tinta spray deve ser utilizada, para
evitar que este pedaço caia em cima de alguma vítima um orifício
será feito e por ele passará uma alavanca com um cabo para segurar
o quadrado maior quando este for solto. O tripé deve ser usado para
facilitar o içamento e descida de materiais e pessoas.
Entradas Forçadas e Arrombamentos
Abertura de forros: Os forros podem ser feitos de madeira, gesso,
cerâmica, painéis de metal etc. Na sua retirada o bombeiro deve
puxá-los para baixo com o auxílio do croque.
Entradas Forçadas e Arrombamentos
Abertura de divisórias: Muito comuns em escritórios, são
empregadas para compartimentar os ambientes, podem ser retiradas
com o emprego de duas alavancas, uma na parte de cima da placa e
outra próxima ao chão.
Módulo teórico de
SALVAMENTO TERRESTRE
Fonte: Manual Básico de Bombeiro Militar vol.2
1º Edição Revista e Atualizada Rio de Janeiro – 2014
Edição ST Wendell Agosto de 2014
CFSD 2014

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Módulo de Salvamento Terrestre com Ferramentas e Equipamentos

  • 1. MÓDULO TEÓRICO DE SALVAMENTO TERRESTRE CFSD 2014
  • 2. Operações de salvamento • Remoção de pessoas, animais, bens ou ainda na recuperação de corpos. • Serviço altamente especializado, exigindo dos socorristas preparo físico, técnico e psicológico.
  • 3. Operações de salvamento • O salvamento e o APH são interligados por natureza da profissão. • Os executantes de ambas as atividades são denominados “socorristas”. • Pode-se dizer que os serviços de salvamento consistem na: remoção cuidadosa de pessoas, animais e/ou objetos dos mais variados sinistros e do APH, antes que os cuidados médicos sejam prestados.
  • 5. Ferramentas, Equipamentos e Acessórios Ferramenta: Objeto que serve para realizar uma tarefa com a energia que provém do operador. Exemplos: barra, martelo e pá. Equipamento: Máquina ou aparelho que serve para realizar uma tarefa e a ação consiste na transformação da energia para aumentar a capacidade de trabalho. Exemplos: motosserra e moto cortador. Acessório: Objeto que pode agregado a um equipamento ou ferramenta, permite ampliar ou melhorar as capacidades operativas ou realizar uma tarefa. Exemplo: Balde, correntes para a motosserra, extensão elétrica.
  • 6. Desencarcerador Hidráulico • É composto por uma bomba hidráulica, que acionada por um motor 4 tempos à gasolina, pressuriza um sistema formado por mangueiras com sistemas de engate rápido e várias ferramentas hidráulicas, estas servirão no desencarceramento das vítimas, executando afastamentos, cortes e tracionamentos. • O conjunto de salvamento pode ser utilizado em acidentes envolvendo veículos, desabamentos, arrombamentos, ou até mesmo em trabalhos submersos, dentro do limite de 40m de profundidade Referência o conjunto de salvamento Lukas.
  • 7. Desencarcerador Hidráulico • Todos os motores deverão trabalhar com inclinação máxima de 15° e os desencarceradores possuem conjunto de correntes com engates, com capacidade para 80KN e comprimento de aproximadamente 2m.
  • 8. Componentes do Desencarcerador • Bomba hidráulica • Cortadores • Expansores • Ferramenta combinada • Cilindro expansor ou cilindro de resgate
  • 9. Desencarcerador SC 350 E Lukas elétrico Com motor externo, tem força de corte de 360KN e de expansão de 350KN, autonomia de 30min e cerca de 75min para carregar totalmente sua bateria.
  • 10. Macaco Hidráulico Aparelho destinado ao levantamento de cargas através do deslocamento de um êmbolo que sobe impulsionado pela pressão do óleo hidráulico.
  • 12. Almofadas Pneumáticas • Indicado para salvamento em eventos de colisão de veículos, desabamentos. O sistema opera com os cilindros usados nas máscaras autônomas, somado as almofadas e os reguladores de pressão. O sistema funciona com a utilização do ar comprimido nos cilindros a alta pressão que passa pelo regulador de pressão, reduzindo a pressão de 3.000 para 125Psi, que é a pressão de trabalho. Depois o ar segue para a almofada, que é inflada sob controle do bombeiro.
  • 14. Almofadas Pneumáticas • O equipamento possui a válvula de controle e válvula de segurança (VCVS) que é formada por um sistema duplo de segurança e controle de ar e é usada para inflar ou esvaziar as almofadas, capaz de controlar a operação de duas almofadas individualmente, as duas válvulas de alívio da pressão são fabricadas com regulagem de 87Psi ou 118Psi dependendo da aplicação, para prevenir um enchimento acima do possível.
  • 16. Almofadas Pneumáticas • O sistema vem acompanhado por três mangueiras: duas mangueiras (uma vermelha e outra amarela) são conectadas entre a VCVS. Todas as almofadas, mangueiras e reguladores são equipados com conexões de engate rápido fabricados em tamanho especial para evitar conexões erradas.
  • 17. Almofadas Pneumáticas • São muitos os tamanhos e formatos de almofadas de ar MAXIFORCE, cada uma é indicada para uma determinada carga ou situação, contudo todas possuem um X no centro indicando o local correto de posicionamento da almofada no centro da carga. O que garantirá o maior deslocamento e uma melhor estabilidade.
  • 18. Tirfor • Durante várias décadas o uso do Tirfor constituiu-se como o elemento chave das operações de desencarceramento. Ancorado em postes, árvores ou mesmo na viatura de salvamento, por intermédio da tração de um cabo de aço que passava pelo seu interior e era tracionado pela ação conjugada de dois mordentes em trabalho alternado. • Produzido pela filial brasileira da empresa alemã CIDAM, o nome Tirfor se tornou de uso corrente e de terminologia técnica ao invés de “Sistema de Tracionamento de Cabos de Aço”
  • 19. Tirfor • É um aparelho manual de tração e içamento de cargas, que trabalhando com cabo de aço, desenvolve uma força nominal que vai de 750 Kg até 4000 Kg, conforme o seu tipo.
  • 20. Linga • Cabo curto de aço com alças em suas extremidades, que tem por objetivo laçar algum objeto para transporte, içamento ou arrasto.
  • 21. Gerador à gasolina • Equipamento formado por um motor à explosão destinado a fornecer corrente elétrica aos materiais operacionais, comumente usado para garantir a iluminação do local do evento.
  • 22. Motosserra • Este equipamento é essencial nos eventos de corte de árvore, já que facilita o corte dos galhos e troncos, agilizando o trabalho, mas em momento algum devem ser afastadas as técnicas e nem o fator segurança, afinal o bombeiro não pode permitir a velocidade influenciar no fator segurança. A motosserra é composta de um motor a explosão e um sabre com corrente.
  • 23. Motosserra • Nunca coloque a motosserra em funcionamento de forma suspensa, pois dessa forma, poderá ferir-se ou outra pessoa que estiver próxima. Cuidado redobrado quando a utilização do equipamento for feito no alto da árvore devendo o operador possuir o conhecimento técnico e o domínio da motosserra.
  • 24. Moto-cortador • Equipamento com o funcionamento semelhante ao da motosserra, contudo usado para cortes de chapas. É possível a utilização de vários tipos de discos, mas na corporação, utiliza-se o disco misto para corte (corta ferro e aço), o que capacita o equipamento ao salvamento de pessoas em acidentes automobilísticos, ou para arrombamentos de portas de aço, ou ainda outras situações onde caiba sua utilização, como para o corte de vergalhões em desabamentos.
  • 25. Rádio Transceptor Portátil • Equipamento indispensável para eventos mais complexos por facilitar a comunicação entre os membros da equipe de salvamento, e membros de outras equipes, já que facilita a coordenação da prestação do socorro. As viaturas de salvamento devem estar equipadas com este equipamento.
  • 26. Oxi-explosímetro • Instrumento portátil e de fácil utilização para a detecção da alteração da concentração de oxigênio, presença de gases combustíveis, CO e H2S. Sempre que houver alterações destas naturezas na atmosfera o mesmo dispara um alarme luminoso e sonoro.
  • 27. Lanternas • Aparelho destinado à iluminação, alimentado por pilhas ou baterias, destina-se a iluminação de pequenas áreas nas operações de salvamento. • Em áreas classificadas é fundamental para a segurança da operação a utilização de lanternas intrinsecamente seguras.
  • 28. Tripé • Formado por três peças tubulares, que possuem encaixe na parte superior, que os mantém unidos, formando uma estrutura piramidal estável. Ele é muito útil para o içamento de cargas, especialmente em poços.
  • 29. Tripé • Para a sua utilização deve-se adaptar uma roldana no centro do aparelho para içar a carga, o que permite a utilização de cordas ou de cabos de aço.
  • 30. Cabo ou corda • A corda é formada por fios unidos e torcidos uns sobre os outros, formando um conjunto uniforme e resistente à tração. Existem vários tipos de cordas, principalmente em função do material usado em sua fabricação, entre eles temos os cabos de fibras de origem animal (seda, crina e couro), os cabos de fibra vegetal (manilha, sisal e cânhamo), os de fibra sintética (nylon, seda, polietilenos, poliamida, poliéster, etc.) e os de fibra mineral (aço).
  • 31. Cabo ou corda • Normalmente diâmetros de 9 a 11mm e comprimentos variando em 30, 50, 100 ou 200m dependendo do seu uso. Podem ser estáticas ou semi estáticas (mais usadas em salvamentos em alturas) e dinâmicas (usadas em salvamento em montanhas). • Cabo solteiro: Cabo de 6 a 8mm de diâmetro e de comprimento reduzido (1,5 a 3 m).
  • 32. Partes da corda • a) Fibra: Matéria básica da corda; • b) Fio: Conjunto de fibras; • c) Cordão: Conjunto de fios; • d) Capa: É a camada externa de uma corda, que tem como finalidade a flexibilidade e a proteção da alma; • e) Alma: Trata-se da parte interna da corda, que é protegida pela capa, tem como finalidade a resistência e a elasticidade da corda; • f) Chicote: Ponta solta da corda; • g) Falcaça: É o agrupamento dos cordões na extremidade da corda para evitar que este desacoche; • h) Firme: Parte livre da corda próxima à ancoragem.
  • 33. Mosquetão • Conector de peça metálica (aço ou duroaluminio) constituída de um anel com abertura e gatilho para ser utilizado em ancoragens e no cinto de descida. • Existem modelos com utilidades específicas: simétrico, assimétrico. Também diferem entre si dependendo do tipo de trava que pode ser de rosca ou automática. • Possuem resistências diferentes, sempre como a inscrição da sua capacidade expressa em KN, gravada ao longo do corpo ou dorso, cujo valor do mesmo é de 100Kg para cada 1KN. • Os mosquetões sem trava, no CBMERJ, são conhecidos como molas.
  • 34. Aparelho oito Peça com formato do algarismo oito, usado como freio para a descida de pessoas e cargas.
  • 35. Polias • Conhecidas no CBMERJ como patescas, são utilizadas em içamentos de cargas, transposição de obstáculos, sistemas de força e salvamento com plano inclinado. São fabricadas em vários modelos.
  • 36. Ascensor de Punho • Ou simplesmente ascensor, geralmente utilizado em cordas simples de 8 a 13mm de diâmetro. Este equipamento trava na corda para facilitar a ascensão, são conectados ao cinto do bombeiro através de fitas tubulares ou cabos solteiros.
  • 37. Fitas tubulares • São fabricadas normalmente de polipropileno, perlon ou nylon, com 3cm de largura e 3mm de espessura são usadas como ponto de ancoragem e para a confecção de cintos cadeiras ou amarrações em vítimas e macas.
  • 38. CINTOS • Baudrier: Equipamento destinado a envolver o bombeiro ou a vítima dando sustentação ao corpo com segurança e equilíbrio, fornecendo um ponto de fixação. • Cinto Paraquedista ou Baudrier Integral: Equipamento semelhante ao baudrier, no entanto possui sustentação para a parte superior do corpo, bem como outros olhais onde o bombeiro pode se ancorar no sistema.
  • 39. CINTOS • Cinto Cadeira: Equipamento inventado pelo 1º Sargento BM Carlos, mais conhecido também por “Graveto”, militar do Grupamento de Busca e Salvamento do CBMERJ. Reciclando partes dos cintos da brigada paraquedista do exército brasileiro, deu origem a este cinto muito utilizado em salvamentos em altura, principalmente no resgate a suicidas, por possuir ganchos de soltura rápida, facilitando a operação.
  • 40. Escada prolongável • Escada composta de alumínio ou fibra de vidro para garantir resistência e versatilidade, composta de dois lanços, um fixo e um móvel. O lanço móvel desloca-se sobre o fixo através de encaixes.
  • 41. Tesourão • Ferramenta formada de aço com lâminas que é utilizada no corte de barras metálicas, fios, cabos, arames e chapas. O tamanho da ferramenta é proporcional a sua capacidade de cortar peças de maior espessura.
  • 42. Vara de Manobra com Croque na Ponta • Ferramenta composta por um cabo de fibra subdividido em partes com 1,5m cada, que servem para prolongar o equipamento e possuem alta resistência mecânica e elétrica, possui versatilidade para que a peça na sua ponta possa ser trocada conforme a necessidade. Deve-se ter o cuidado para não expô-la a temperaturas muito elevadas, pois assim ela pode perder sua resistência mecânica e elétrica. • A peça na ponta da vara é o croque, ferramenta clássica do bombeiro em forma de gancho e fisga.
  • 43. Alavanca: Equipamento aplicado em vários tipos de salvamentos, constituído de uma barra de ferro de seção circular ou octogonal, com comprimento, formas e extremidades variadas, usado em atividades de arrombamento e deslocamento de cargas. Halligan Também conhecida como Hooligan é uma ferramenta muito versátil usada para entradas forçadas, foi projetada por um bombeiro de New York, FDNY, chamado Hugh Halligan em 1948, mais tarde naquele ano, o primeiro protótipo da barra Halligan foi feita por Peter Clarke (um ferreiro).
  • 44. • Machado: Ferramenta de aço com o formato semicircular e de gume afiado dotado de um cabo de madeira, usado em arrombamentos e cortes. • Malho: Ferramenta em aço de resistência superior aos aços comuns, possuindo uma extremidade em forma retangular e seção quadrada conectada a um cabo de madeira ou ferro, à semelhança de uma marreta, destinado a trabalhos que exijam grandes esforços de deslocamento ou deformação, especialmente em arrombamentos.
  • 45. • Pá: Ferramenta usada em remoção de material e escavação, é comum a sua utilização em colisões quando há o vazamento de combustíveis e óleo, pode ser quadrada, redonda ou ainda de campanha.
  • 46. • Cone de sinalização e fita zebrada: Empregados na sinalização em vias de trânsito e isolamento da área do evento.
  • 47. Equipamentos de Proteção Individual • EPI é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. (Norma Regulamentadora 6 do MTE) • São de extrema importância e necessidade para as atividades de bombeiro, um socorrista ferido perde parte de seu potencial para resgatar uma vítima e pode vir a se transformar em uma nova vítima, dificultando muito a operação e sobrecarregando seus companheiros.
  • 48. Equipamentos de Proteção Individual • Capacetes de proteção • Luvas de proteção (raspa de couro, vaqueta e procedimento) • Óculos de proteção • Botas • Jardineira • Capa ou roupa de aproximação • Cotoveleiras e joelheiras (Estruturas Colapsadas)
  • 49. Equipamentos de Proteção Individual • Máscara contra pó (peça facial filtrante- PFF) • Protetor auricular (inserção )
  • 50. Equipamentos de Proteção Individual • Equipamento de Proteção Respiratória: Equipamento típico de combate a incêndios que deve ser utilizado sempre nos salvamentos quando houver risco de contaminação respiratória ou ainda deficiência de oxigênio na atmosfera do salvamento.
  • 51. Desencarceramento • A missão do bombeiro de salvamento neste evento é a de retirar as ferragens das vítimas, permitindo aos bombeiros das viaturas de socorros de emergências (ASE) o atendimento e a remoção da vítima ao hospital, contudo se a viatura de socorro médico não estiver no local, a guarnição de salvamento deverá atender as vítimas empregando os conhecimentos apreendidos na matéria de socorros de urgência e aguardar no local a chegada da outra viatura (ASE).
  • 52. Desencarceramento • Vale lembrar que em nenhum momento o militar deve ficar desatento com o fator segurança, por ser este essencial para uma operação bem sucedida. São muitos os perigos existentes nas colisões de veículos, como o de incêndio, instabilidade dos veículos, ferragens pontiagudas, estilhaços de vidro, produtos perigosos etc. Portanto é necessário utilizar os equipamentos de proteção individual e tomar medidas para evitar riscos à integridade física dos bombeiros, da vítima e dos transeuntes.
  • 53. Desencarceramento • Deve-se ter sempre em mente que a prioridade do bombeiro é garantir o acesso às vítimas, estabilizar e protegê-las de novas lesões, que poderiam ser ocasionadas por faísca, vidros, metais e até mesmo pelas ferramentas de resgate.
  • 54. Fases do desencarceramento • Estacionamento das viaturas; • Sinalização/isolamento do local; • Uso do EPI; • Armação da linha de prevenção; • Estabilização do veículo; • Desligamento ou corte dos cabos da bateria e fechamento da válvula do GNV (caso possua); • Manuseio dos vidros; • Desencarceramento e resgate das vítimas.
  • 55. Estacionamento das viaturas • Sempre que possível, a viatura de salvamento (ABS e ABSL) deve ser posicionada junto à calçada, a uma distância mínima de 5 metros à frente do evento, de forma que fique facilitada a retirada dos equipamentos necessários à realização das atividades operacionais. • A viatura de socorro médico (ASE) deverá também ser posicionada à frente, a uma distância máxima de 5 metros do ponto da colisão, ficando, entretanto, posicionada junto à margem interna da via de circulação, de forma que fique assegurada a sua partida rápida sem maiores impedimentos em direção à rolagem da pista. • A viatura de combate a incêndio (ABI, ABT ou AT) deverá se posicionar, no mínimo, 5 metros à retaguarda do evento. • No caso de incêndio, as distâncias serão de 20 metros do ponto de colisão e, caso haja risco de explosão, de, no mínimo, 200 metros.
  • 56. Sinalização/isolamento • A sinalização do local deverá ser feita desde a distância de 1 x velocidade máxima da pista, ou seja, em uma pista de velocidade máxima de 100 km/h, a sinalização deverá se iniciar a 1 x 100 = 100 metros, ou para facilitar a demarcação dessa distância, adota-se um passo longo para cada metro, sendo assim, a distância de isolamento dessa pista ficaria de 100 passos longos.
  • 57. Sinalização/isolamento • Essa sinalização deverá ser feita obrigatoriamente por meio de cones fotoluminescentes , no mínimo sete cones devem ser utilizados, ficando o primeiro deles, o mais distante da viatura, encostado ao meio feio da pista e o último ficando a uma distância mais larga que a ocupada pela viatura, tal procedimento, de extrema importância, serve como prevenção à ocorrência de outros acidentes secundários. A sinalização deverá envolver toda a cena do acidente, o local deverá ser isolado de forma a limitar o acesso apenas àqueles que trabalham na ocorrência.
  • 58. Sinalização/isolamento • No caso de curvas a sinalização deve ter início antes da mesma, se o acidente ocorrer em locais de aclive ou declive acentuado, a sinalização deve ter início no lado oposto do mesmo, em caso de anormalidades (presença de chuva, fumaça, neblina, óleo na pista, à noite, etc.) a distância de sinalização dever ser dobrada por motivo de segurança.
  • 60. Isolamento - círculos de trabalho Objetivo: organizar o teatro de operações • Círculo interno: círculo imaginário de 5 metros, ao redor do acidente a que se tem acesso: equipes de salvamento/equipes médicas/ambulância. • Círculo exterior: área delimitada de 10 metros que se situa fora do círculo interior e onde estão demarcadas as seguintes áreas: • Viatura de desencarceramento/Ambulância; • Outras viaturas de socorro; • Depósito de destroços.
  • 61. Isolamento - círculos de trabalho
  • 62. Uso do EPI • Todos os bombeiros deverão estar usando o EPI adequado: capacete, capa de aproximação, luvas cirúrgicas, luvas de raspa de couro, equipamento autônomo de respiração artificial (caso o evento seja pertinente a vazamento de produtos perigosos); • Para os casos que envolvam riscos elétricos deverá ser acrescido o EPI dos seguintes materiais: capacete de segurança, calçado de segurança, luva de segurança isolante de borracha, manga de segurança isolante de borracha, vestimenta condutiva de segurança, multímetro, croque com cabo isolante, tesourão com cabo isolado, alicate com cabo isolado, chave de fenda com cabo isolado, tapete isolante, protetor facial para arco elétrico, óculos de segurança.
  • 63. Armação da linha de prevenção • Antes de qualquer procedimento de abordagem do veículo, deverá ser armada uma linha de prevenção com esguicho de vazão regulável (EVR) ou, se for o caso, o mangotinho, em carga (pressurizada) e fechado, com o corpo de bomba funcionando em regime de baixa rotação.
  • 64. Estabilização do veículo • Deverá ser feita antes da abordagem dos veículos acidentados a estabilização dos mesmos contra tombamento, esmagamento do teto, deslizamento ou contra qualquer outro movimento que venha a pôr em risco o sucesso da operação, o que deverá ser feito pela utilização de calços, cunhas, escoras, cabos, fitas tubulares, cabos de aço ou outros dispositivos aplicáveis. • Deverá haver uma estabilização progressiva, ou seja, uma estabilização da área à medida que for progredindo a operação, visto que algumas partes do veículo são retiradas e sua estabilidade pode ficar comprometida. Cabe ao Comandante da Operação alertar seus comandados para observarem sempre esse detalhe.
  • 66. Desligamento da bateria e fechamento do GNV • Deverá ser feito, com a prevenção de uma linha direta, o corte da alimentação de energia elétrica do veículo, retirando primeiramente o cabo ligado ao borne negativo (-) da bateria. • Atualmente, alguns automóveis são equipados com sistema suplementares de retenção, ou seja, airbags, possuindo várias siglas de identificação, como “SIR”, “SRS”, “SIPS”. Porém, no caso de corte de energia, estes se mantêm ativos por aproximadamente trinta minutos, em virtude dos veículos possuírem acumuladores eletrônicos, portanto assegurar que ninguém se coloque entre o volante e/ou console e a vítima.
  • 67. Desligamento da bateria e fechamento do GNV • Na falta de protetores de airbag, as equipes de salvamento poderão utilizar fitas tubulares e/ou cabos solteiros, envolvendo o volante, reduzindo assim a probabilidade de ocorrer lesões devido ao seu acionamento.
  • 68. Manuseio dos vidros • Os vidros podem ser: removidos, partidos ou cortados. Dependendo da situação, não será necessária a quebra dos vidros, o que poderá dificultar ainda mais as ações de salvamento. Basta apenas retirá-los, caso a situação assim permitir, utilizando facas para a remoção de borrachas, chaves de fenda para remoção de metais e ainda borrachas tipo “ventosas’ para segurar o vidro impedindo assim a sua queda. • Caso seja necessária a quebra dos vidros, estes deverão ser eliminados de fora para dentro; uma proteção transparente, segura e maleável deve ser utilizada para proteger a vítima e as equipes de salvamento.
  • 69. Abertura de acessos • Permite que a equipe de atendimento pré- hospitalar se aproxime da vítima para prestar os cuidados necessários. Após o veículo se encontrar estabilizado e seguro, devem ser utilizados os acessos já existentes, permitindo uma rápida abordagem, ou seja, portas, para-brisas, janelas etc. • Caso seja necessário o Comandante de Operações ordenará que cortes estratégicos sejam feitos e acessos sejam criados para chegar à vítima, até terminarem as operações.
  • 70. Desencarceramento • No caso de incêndio, simultaneamente ao combate às chamas, utilizando o esguicho regulável na posição de jato neblinado, produzir uma “cortina d’água” entre o fogo e o acidentado e efetuar o salvamento. Porém, nos casos de menor potencial ígneo, poderão ser utilizados extintores correspondentes. • Caso o veículo seja movido a GNV e não havendo chamas envolvendo o cilindro, a válvula deverá ser fechada. Caso o cilindro de um veículo esteja envolvido em chamas, sua válvula não deverá ser fechada.
  • 71. Desencarceramento • Para efeito de entendimento, as barras de sustentação do teto de qualquer veículo são denominadas pilares, levando em consideração inicial o pilar A, próximo do vidro dianteiro e, por conseguinte pilares B, C e D, quantos forem.
  • 72. Desencarceramento Regra básica! Remover as ferragens da vítima e nunca a vítima das ferragens. Tipos de Remoção: • Remoção do teto: frontal, lateral, a retaguarda ou totalmente. • Remoção da porta: pela maçaneta e pela dobradiça. • Afastamento do painel. Abertura em “concha”: veículo tombado lateralmente, formando um ângulo de 90º em relação ao solo aproximadamente. Atropelamento com vítima sob o veículo: Levantar o veículo utilizando cilindros extensivos, macacos e/ou expansores hidráulicos e estabilizar progressivamente.
  • 73. Corte de árvore O serviço de corte de árvore, realizado pelo CBMERJ, compreende o abate ou retirada e o desbaste ou poda, só se aplicando em situações emergenciais, acontecimentos mórbidos e inesperados, que, por sua natureza imutável e de risco extremo, requerem tratamento imediato. Risco iminente: Perigo ou possibilidade de perigo que está em via de efetivação imediata.
  • 74. Corte de árvore Abate seccionado: utilizado quando não for possível efetuar a queda livre da árvore, consiste em seccionar a árvore em pedaços menores, utilizando-se de técnicas variadas. Corte de abate pleno: realizado acima do corte direcional, mantendo uma faixa de fratura igual a 1/10 do diâmetro da árvore. Sistema de elevador: técnica de corte que consiste em remover os galhos parcialmente, aos pedaços, em vez de abatê-los totalmente de um só golpe. Essa técnica deve ser empregada amarrando-se o galho ou a parte da árvore que se vai cortar em ponto fixo da própria árvore ou outro ponto de apoio seguro, efetuando-se em seguida o corte. A adoção dessa técnica evita que a parte cortada caia de uma só vez. Entalhe direcional: é o entalhe feito para determinar a direção da queda do tronco, formada pela mesa (base horizontal) e a boca (corte oblíquo) onde se retira uma cunha em direção ao centro.
  • 75. Corte de árvore Nem toda solicitação para a realização da atividade de corte de árvore requer, necessariamente, a efetiva execução pelo CBMERJ, nas hipóteses em que não forem constatadas a incidência de risco iminente, a atividade competirá a Engenheiro Agrônomo, segundo o art. 6º, letra “f”, do Decreto Federal nº 23.196, de 12 de outubro de 1933, cuja infração consta sedimentada no art. 6º, alíneas “a” e “e”, c/c o art. 76, todos da Lei Federal nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966.
  • 76. Corte de árvore Em casos de solicitação de “ameaça de queda”, requer a avaliação de profissional com habilitação legal (Engenheiro Agrônomo), pelo fato de não termos em nossos quadros tal profissional, a análise da situação fitossanitária da árvore se torna impossível. Portanto, quanto às solicitações de “ameaça de queda”, é imprescindível que seja apresentado ao CBMERJ um relatório do profissional habilitado, atestando que o vegetal se encontra em risco de queda iminente, caracterizando a natureza emergencial do serviço.
  • 77. Corte de árvore • Corte de abate: Para a queda, dependendo da situação e necessidade, poderão ser utilizados materiais auxiliares de tração: Tirfor, guinchos, cabos, polias.
  • 78. • Após o serviço, os BM deverão deixar livres vias e passagens no local do evento. Não é responsabilidade do CBMERJ a retirada e o transporte dos troncos e galhos cortados. • A tensão, a lubrificação e a afiação da corrente da motosserra devem ser observadas antes e após o corte; deve-se testar a motosserra antes de qualquer situação real. Para o içamento da motosserra, a mesma deverá estar em funcionamento e com o freio da corrente acionado. Quando a motosserra for transportada em terreno plano ou aclive, deve ser conduzida com o sabre voltado para trás. Ao abastecer, não derramar combustível nem fumar.
  • 79. Corte de árvore • Somente o operador deve manusear a motosserra desde sua preparação até o corte. O operador deve possuir condições físicas, psicológicas e técnicas para realizar o serviço. Durante o corte, as garras da motosserra devem estar firmadas, garantindo maior controle do equipamento. Deve-se ter muita atenção com os troncos rachados, pois estes podem facilmente soltar lascas.
  • 80. Cuidados com árvores próximas a rede elétrica É necessário manter distância mínima necessária de um ponto energizado para que uma pessoa possa se movimentar, inclusive manipulando equipamentos ou ferramentas não isolantes, sem o risco de abertura de arco elétrico em relação ao seu corpo. Fonte: manual MTB-35 do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo. • Nestes casos, torna-se importante que a companhia de eletricidade local seja acionada e apoie o CBMERJ devido à complexidade do evento. Se não for possível a interrupção do fornecimento de energia, solicitar junto à companhia o apoio de equipe especializada.
  • 81. Cuidados com árvores próximas a rede elétrica
  • 82. Operações com elevadores • Equipamentos de transporte de cargas e pessoas e consistem basicamente de uma cabina suspensa por meio de cabos de aço que correm sobre uma polia de tração adequada e sobre trilhos acionada por um motor dentro de uma caixa de corrida que levam aos pavimentos de acesso . Na outra extremidade, cabos de aço sustentam um contrapeso. • Casa de máquinas: É o nome dado ao local onde normalmente são instalados os equipamentos; abriga os aparelhos que comandam e controlam o elevador (máquina de tração, limitador de velocidade, painel de comando, quadro de força e controle).
  • 84. Operações com elevadores Fica definido que: pessoas retidas: compreendem aquelas no interior da cabina do elevador parado por qualquer motivo; pessoas presas: compreendem aquelas prensadas entre ferragens ou prensadas entre a cabina e o pavimento ou ainda entre a cabina e as paredes da caixa de corrida.
  • 85. Operações com elevadores As operações com elevadores podem ser classificadas em: • Retiradas de pessoas do interior das cabinas; • Acidentes com as vítimas presas entre a cabina e o piso dos pavimentos; • Vítima presa às ferragens ou ao contrapeso; • Vítima no interior do fosso.
  • 86. Operações com elevadores • Poço: É a parte inferior da caixa de corrida (fosso), onde ficam instalados dispositivos de segurança (para-choque) para proteção de limites de percurso do elevador; existem três tipos de para-choques: hidráulico, de molas e de borracha. • Limitador de velocidade: Tem a finalidade de travar o elevador em caso de aumento de velocidade acima do padrão de segurança, impedindo, assim, uma eventual queda livre do elevador.
  • 87. Operações com elevadores • Quadro de comandos: Onde são gerenciadas as informações elétricas do elevador para a realização dos comandos de parada e partida. Constituído de bobinas, relês, transformadores e chaves de força.
  • 88. Operações com elevadores • Máquina de tração: Conjunto motriz que tem a finalidade de realizar a força no transporte vertical. Constituído de motor-gerador, sistema de tração, coroa sem fim, freio eletromecânico, polia de tração e cabos de tração.
  • 89. Operações com elevadores • Guarnição padrão: mínimo três Bombeiros. O Chefe da Guarnição deverá abrir e operar junto à porta de pavimento mais próxima da cabina (andar imediatamente superior ou inferior), os outros dois componentes da guarnição deverão operar na casa de máquinas do elevador. • O contrapeso vem a ter sua carga igual ao peso da cabina acrescido de metade do valor do peso da capacidade total do equipamento, ou seja, terá o peso igual ao da cabina com metade de sua carga.
  • 90. Operações com elevadores ATENÇÃO! Se a quantidade de passageiros for menor que a metade da capacidade da cabina, a tendência da cabina será subir, pois estará mais leve que o contrapeso, sendo então as vítimas serão retiradas pelo andar imediatamente superior. Se a quantidade de passageiros for maior que a metade da capacidade da cabina, a tendência da cabina será descer, pois estará mais pesada que o contrapeso, as vítimas são retiradas, então, pelo andar imediatamente inferior.
  • 91. Operações com elevadores Dados a serem coletados: 1) Causa do acidente; 2) Tipo de acidente; 3) Quantidade de vítimas; 4) Empresa e contato do técnico; 5) Responsável pela edificação no local; 6) Existência de chave de emergência da porta de pavimento; 7) Riscos potenciais para o atendimento da ocorrência (incêndio, rompimento de cabos, curtos-circuitos etc.).
  • 92. Operações com elevadores Material necessário: rádios, chaves de elevador, lanternas, desencarcerador, material de salvamento em altura. Acionar de imediato o apoio necessário guarnição de emergência pré-hospitalar, policiamento (acionado de imediato em caso de acidente com vítimas fatais), assistência técnica responsável pelo elevador.
  • 93. Conduta operacional para vítimas retidas no interior da cabina a) Localizar a posição da cabina em relação aos pavimentos; b) Dividir a guarnição, devidamente equipada com rádios transceptores e lanternas, entre a casa de máquinas e o local próximo à cabina com as vítimas; c) Na casa de máquinas deverá ser efetuado o corte da energia elétrica do elevador, por meio do desligamento da chave geral correspondente; d) Em caso de dúvida, desligam-se as chaves de todos os elevadores, a chave geral da casa de máquinas ou ainda os disjuntores do quadro de energia situado geralmente no andar térreo, após evacuar as demais cabinas;
  • 94. Conduta operacional para vítimas retidas no interior da cabina e) Simultaneamente às ações desenvolvidas na casa de máquinas, deverá ser procedida a abertura da porta do andar mais próximo à cabina com as vítimas. f) O nivelamento será processado por meio da liberação do freio hidromecânico e rotação lenta e contínua do volante de inércia da máquina de tração;
  • 95. Conduta operacional para vítimas retidas no interior da cabina g) Logo após o nivelamento da cabina com o andar, comunicar aos operadores da casa de máquinas que parem a operação, freando novamente o elevador, o que permitirá o destravamento e a abertura da porta da cabina de forma mecânica, girando a polia ou movimentando a lança do controlador de porta, dependendo do modelo.
  • 96. Entradas Forçadas e Arrombamentos • A entrada forçada é o ato pelo qual o militar adentra em um recinto fechado valendo-se de meios não convencionais, sempre buscando o menor dano possível no patrimônio alheio, ou seja, deve-se evitar o arrombamento. • As entradas forçadas e arrombamentos são procedimentos realizados pelo bombeiro e que possuem o seguinte amparo legal. • A Constituição Federal estabelece exceções à inviolabilidade domiciliar. Assim, a casa é asilo inviolável do indivíduo; ninguém pode penetrar nela sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito, desastre, para prestar socorro ou ainda durante o dia, por determinação judicial.
  • 97. Entradas Forçadas e Arrombamentos • Faz-se necessária a cautela de todos os bens de um domicílio antes de passá-lo a autoridade competente que assumirá o local. • Após a realização das atividades, resguardando o local, não permitindo o acesso de pessoas estranhas a ele e acautelamento dos bens, o domicílio deve ser entregue à autoridadecompetente e/ou proprietário, finalizando as atividades de bombeiro militar, certificando-se de ter cumprido todas as anotações devidas para confecção do relatório, principalmente os dados do responsável recebedor do local de evento. • Vale ressaltar que, no caso de ocorrência de crime, o domicílio deverá ser entregue somente à autoridade competente.
  • 98. Entradas Forçadas e Arrombamentos SEMPRE VERIFIQUE AS ENTRADAS E SE AS MESMAS NÃO SE ENCONTRAM ABERTAS ; )
  • 99. Entradas Forçadas e Arrombamentos • Abertura de Portas Comuns: Primeiramente deve-se verificar o sentido da abertura da porta, que pode ser para dentro do ambiente ou para fora dele, quando para fora do ambiente é comum as dobradiças estarem à mostra, então deve-se retirar os pinos para que a porta ou janela se solte. Com a porta abrindo para dentro do ambiente, deve-se num primeiro momento identificar onde estão os trincos e fechaduras forçando a porta de cima à baixo, já que a porta oferecerá resistência nestes pontos. Depois o militar deve colocar a ponta da alavanca imediatamente acima ou abaixo do trinco e forçando-o no sentido da porta deverá abri-la, depois se repete o procedimento com todos os outros trincos e fechaduras.
  • 100. Entradas Forçadas e Arrombamentos
  • 101. Entradas Forçadas e Arrombamentos Abertura de Portas de Enrolar: Possuem dois tipos de travas, uma junto ao chão e outra nas laterais. A trava junto ao solo pode ser cortado com o tesourão (cadeado), ou pode estar presa por uma trava tipo cilindro que prende a porta à argola, que deve ser golpeada com o malho. Se não estiver a mostra usa-se o desencarcerador (entre a porta e o chão). As travas laterais devem ser cortadas com o moto cortador.
  • 102. Entradas Forçadas e Arrombamentos Abertura de Portas de Vidro: Podem ser encontradas portas de vidro comum e de vidro temperado, a de vidro comum vem circundada por uma moldura onde se encontram a fechadura e as dobradiças, esta porta não pode sofrer impacto, torção ou compressão, senão pode se partir, portanto a única alternativa do bombeiro para abrir esta porta sem quebrar o painel de vidro é foçando com a chave de grifo o tambor da fechadura ou retirar os pinos da dobradiça. Caso o vidro seja temperado deve-se buscar outros métodos de entrada evitando a quebra do vidro por que esta porta tem um custo bem superior ao da de vidro comum, além de que, a porta de vidro temperado é bem mais resistente. Caso tenha que quebrar o vidro deve-se golpear a porta na proximidade das dobradiças e fechadura.
  • 103. Entradas Forçadas e Arrombamentos Abertura de Janelas com painéis de vidro: Num primeiro momento deve o bombeiro buscar a abertura da janela sem quebrar o vidro forçando a moldura no sentido de sua abertura, não sendo possível a abertura, deve-se quebrar um dos painéis de vidro e proceder a liberação dos trincos ou trancas. No caso de janelas duplas de deslocamento horizontal, o bombeiro deve buscar a trava que fica entre as folhas, em todos os casos se não encontrar outra alternativa o bombeiro deve quebrar apenas uma das partes de vidro e abrir o fecho, se houver risco de ferir alguém com este procedimento, o bombeiro deve colar fitas adesivas no vidro antes de quebrá-lo.
  • 104. Entradas Forçadas e Arrombamentos Abertura de Grades: As grades podem ser cortadas com o moto cortador ou com as pinças hidráulicas do desencarcerador. Abertura de paredes: A abertura de paredes é feita com malho, talhadeira e alavanca. Deve-se ter cuidado em não atingir paredes estruturais, colunas e vigas, por que o arrombamento destas podem comprometer a estabilidade da edificação.
  • 105. Entradas Forçadas e Arrombamentos Abertura de paredes em estruturas colapsadas: Em estruturas colapsadas alguns cuidados devem ser seguidos, para tanto, com uma tinta spray traça-se um triângulo de 1m de lado a 10cm do piso (dessa maneira a resistência da parede será mantida), faz-se então um orifício para comunicação e após resposta positiva de vítimas em seu interior o restante do triângulo será arrombado permitindo a passagem dos socorristas. Caso a parede possua risco de colapso ela deverá ser escorada antes desse procedimento.
  • 106. Entradas Forçadas e Arrombamentos Abertura de Telhados: Para andar no telhado o bombeiro precisa ser auxiliado por uma escada que servirá na distribuição de seu peso pela estrutura fixa do telhado. Depois de se posicionar no local de entrada, será efetuada a retirada das telhas.
  • 107. Entradas Forçadas e Arrombamentos Arrombamento de lajes: Caso seja necessário o arrombamento de lajes o bombeiro demarcará um quadrado de 1m de lado onde ela será quebrada, mais uma vez a tinta spray deve ser utilizada, para evitar que este pedaço caia em cima de alguma vítima um orifício será feito e por ele passará uma alavanca com um cabo para segurar o quadrado maior quando este for solto. O tripé deve ser usado para facilitar o içamento e descida de materiais e pessoas.
  • 108. Entradas Forçadas e Arrombamentos Abertura de forros: Os forros podem ser feitos de madeira, gesso, cerâmica, painéis de metal etc. Na sua retirada o bombeiro deve puxá-los para baixo com o auxílio do croque.
  • 109. Entradas Forçadas e Arrombamentos Abertura de divisórias: Muito comuns em escritórios, são empregadas para compartimentar os ambientes, podem ser retiradas com o emprego de duas alavancas, uma na parte de cima da placa e outra próxima ao chão.
  • 110. Módulo teórico de SALVAMENTO TERRESTRE Fonte: Manual Básico de Bombeiro Militar vol.2 1º Edição Revista e Atualizada Rio de Janeiro – 2014 Edição ST Wendell Agosto de 2014 CFSD 2014