O texto A descreve a agitação em uma cidade no fim da tarde, com ruas lotadas de pessoas saindo do trabalho. Os meios de transporte públicos estavam superlotados e as pessoas se empurravam, pisavam e reclamavam umas das outras. O texto B expressa o sentimento de prisão da poetisa na cidade em comparação com a liberdade e beleza da natureza.
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
Fim de tarde na cidade teste 8º ano assobiando à vontadedocx
1. Fim de tarde na cidade
Àquelahorao trânsitocomplicava-se.Aslojas,osescritórios,algumasoficinas,atiravamparaa
rua centenasde pessoas,Eas ruas, as praças, as paragensdoseléctricos,que tinhamsido
planeadasquandonãohavianas lojas, nosescritóriose nasoficinastantagente,ficavam
repletasdummomentoparat» outro. Noslargospasseiosdasgrandespraças havia
encontrões.Aspessoasde aprumotinhamde fecharosolhosàquele desacatoe nãoviam
remédiosenãorecebere dar encontrõestambéme praguejaralgumasvezes.Oseléctricos
apinhavam-se nalinhaàfrente unsdosoutros.Seguiammorosamente,carregadosaté aos
estribose porfora dos estribos,atrás,nosalva-vidas,comastaiscentenasde pessoasque
saltavamàquelahoraapressadamente daslojas,dosescritórios,dasoficinas.Alémdisso,nos
diasbonitoscomoaquele,asruas da Baixaenchiam-se de elegantesque iamdara sua volta,às
cinco horas,pelaslojasde novidadese pelacasade chá, para matar o tempode qualquer
maneira,vercaras conhecidas,cumprimentare sercumprimentadas,e sóvoltavamacasa à
hora do jantar.
A multidãopropunhaumaconfraternizaçãoàforça.Era precisopedirdesculpaaomarçano
que se acabava de pisar,imploraràspessoaspenduradasnoeléctricoque se apertassemum
poucomais para se poderarrumar um pé,nada maisque um pé,numcaminhodo estribo,
muitasvezessorrirpara gente que nuncase tinhavistoantese apeteciainsultar.Oselegantes
2. e as elegantesachavamnaturalmentetudoistomuito aborrecido.Sobretudoanecessidade
absolutade seguirnaquelasplataformasrepletasemque nãoviajavamsócavalheiros,mas
muitoshomenzinhospoucocorrectose onde essesmesmoshomenzinhose mulheresvulgares
deitavamumcheiroinsuportável.Que fazer, noentanto,senãoatirar-se umapessoatambém
para aquele marde gente que empurrava,furava,pisavae barafustavaaté chegar ao carro?
Que fazersenãoempurrar,furar,pisar e barafustartambém?
Mário Dionísio, ODia Cinzento e OutrosContos
Texto B
CIDADE
Cidade,rumore vaivémsempazdas ruas,
Ó vidasuja,hostil,inutilmente gasta,
Saberque existe omar c as praias nuas,
Montanhassem nome e planíciesmaisvastas
Que o maisvasto desejo.
E eu estouemti fechadae apenasvejo
Os murose as paredese nãovejo
Nemo crescerdo mar nemo mudar das luas.
Saberque tomas emti a minhavida
E que arrastas pelasombradasparedes
A minhaalmaque fora prometida
Às ondasbrancas e às florestasverdes.
Sophiade M.B. Andresen, Antologia
I
Lê o textoA e responde àsseguintesperguntas:
1. Caracteriza o ambiente nacidade aofimda tarde.
2. Indicaos factoresque distinguemosgrupossociaisreferidosnotexto.
3. Explicaa frase seguinte:"A multidãopropunhaumaconfraternizaçãoàforça'
4. O textofornece umadeterminadavisãodosmeiosde transporte públicos,
3. a) Combase no texto,refere osinconvenientesdasuautilização,
b) Apontaoutros riscosa que estãosujeitososseusutentes.
II
Lê o textoB e responde àsquestõesseguintes:
1. Indicao efeitoque acidade exerce napoetisa.
2. Caracteriza a vidaemcontacto com a Natureza.
3. "[...] planíciesmaisvastas/Que omaisvastodesejo."
a) Refere odesejoreveladonestesversos.
b) Identificaosgrausdos adjectivoscontidosnessesversos.
4. Faz o esquemarimáticodopoemae classificaosseustiposde rima.
III
Apontaas ideiascomunsaosdoistextosapresentados.
Distingue ostextosA e B ao nível da forma.