Palestra no VI Fórum sobre Competência em Informação: pesquisas e práticas no estado do Rio de Janeiro.
Palestra íntegra disponível em https://www.youtube.com/enriquemuriel
+ Info: www.enriquemuriel.com
3. DESINFORMAÇÃO
A desinformação é um assunto complexo,
sem soluções mágicas, que precisa de
numerosas frentes para ser combatido.
• Hyperpartisan Media (Kalsnes & Larsson, 2019)
• Echo Chambers (Sunstein, 2007)
• Trench warfare dynamics (Karlsen, Steen-Johnsen, Wollebæk
& Enjolras, 2017)
• Polarization (Campbell, Leister & Zenou, 2019)
• Vieses (Matute, 2019)…
• Alguns apontamentos de possíveis soluções (Muriel-Torrado,
2019)
4. DESINFORMAÇÃO.
EXEMPLO
Pesquisa com grupos da ultradireita de 6 países em
Facebook durante 4 meses (AVAAZ, 2019):
• 700 páginas e grupos suspeitos reportados com
• + 35 milhões de pessoas gerando
• + 75 milhões de interações.
Principais Táticas:
• Contas fake e duplicadas;
• Forte coordenação no compartilhamento de noticias de sites
“alternativos”;
• Reciclagem de seguidores;
• Nomes de páginas como isca.
5. DESINFORMAÇÃO.
EXEMPLO
Romero (2020), autor de Routledge Handbook of
Conspiracy Theories:
"Para o crente nestas teorias [de conspiração], não há
provas que possam ser apresentadas para a refutá-la.
A teoria é indestrutível enquanto essa fé existir".
“Os estudos não permitem concluir que os
crente sejam de um nível educativo baixo”
6. SOCIEDADE DA
INFORMAÇÃO
Exemplos do nosso contexto (BRISOLA; DOYLE, 2019):
• Hiperinformação: volume que dificulta a filtragem e
seleção
• Hipervelocidade: dificuldade de se aprofundar em um
assunto
• Pós-modernidade: relativização da ciência, verdade e
realidade
• Economia da atenção: somos mercadorias para
“trabalhar” e consumir anúncios
• Ignorância ostensiva: estimulação da mediocridade
• Fetichismo da imagem: as imagens substituem o
contexto e o aprofundamento de uma visão crítica
sobre os eventos...
10. ACESSO A INTERNET
Domicílios com internet 79,1% (IBGE,
2018)
• Celular: 99,2%
• Computador: 48,1%
Tipos de conexão:
• Móvel 3G ou 4G: 80,2%
• Usuários da fixa: 75,9%
Qual velocidade /
plano de dados?
Quais modelos?
12. FONTES. JORNAIS
Os usuarios…
• entendem o que lêm?
• Enxergam a linha editorial?
• Diferenciam opinião vs. fato?
• publi vs. noticias?
• terão uma conta/pagarão?
• caem nos clickbaits?
• pagarão por jornais com pontos
de vista diferentes dos seus?
14. FONTES. CIÊNCIA
Com a ciência acontecem alguns
problemas similares:
• Conhecemos o método científico?
• Quem tem acesso à ciencia? Quanto
custa?
• Entendemos a ciência? Qual área?
16. FONTES. CIÊNCIA
“Probleminhas” com o libro de Lynn de IQ Nacional
(Richardson, 2004):
• Para 101 países se estima o IQ nacional pelos
países vizinhos
• Dos 185 países existem “evidencias diretas” do IQ
nacional de 81:
• Barbados: teste a 108 crianças de 9-15 anos.
• Colômbia: 104 crianças de 5-17 anos
• Equador: 50 crianças de 13-16- anos
• Egito: 129 crianças de 6-12 anos…
18. FONTES. CIÊNCIA.
UM ARTIGO
“We have found, in both human and non-human
animals, that darker pigmentation is associated
with higher levels of aggression and sexuality
(and in humans with lower IQ). Lighter pigmentation
is associated with the slow reproductive strategy (K)
including lower birth rates, less infant mortality, less
violent crime, less HIV/AIDS, plus higher IQ, higher
income, and greater longevity.”
Rushton & Templer (2012). Do pigmentation and the melanocortin
system modulate aggression and sexuality in humans as they do in
other animals? Personality and Individual Differences.
Usam IQ de
Flynn
19. CONSIDERAÇÕES
FINAIS
• Informação vs. a informação que eu quero
• Nossos usuários entendem os contextos dos
jornais, da ciência, da comunicação
científica…
• Temos recursos (acesso + tempo +
dinheiro) para buscar/contrastar info?
• Nossas principais fontes de informação hoje:
jornais e periódicos científicos estarão
disponíveis para os usuários?
20. OBRIGADO.
Obrigado por escutar,
obrigado por pensar,
obrigado compartilhar.
enriquemuriel.com
enrique.muriel@ufsc.br
@enriquemuriel
2020
Creative Commons - Atribuição-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
21. BIBLIOGRAFIA
BRISOLA, A.; DOYLE, A. Critical Information Literacy as a Path to Resist “Fake News”: Understanding Disinformation as the Root Problem, Open Information
Science, v. 3, n. 1, p. 274-286, 2019.
Campbell, Leister & Zenou. (2019). Social Media and Polarization. https://economics.uq.edu.au/files/15694/Zenou-Y-Social-Media-and-Polarization.pdf
Elsevier's racism problem: How white nationalist pseudoscience goes mainstream (2020). Science versus Propaganda.
https://www.youtube.com/watch?v=wWwK04AWGcg&feature=youtu.be
IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2014-2015.
https://brasilemsintese.ibge.gov.br/trabalho/horas-trabalhadas.html
Kalsnes, B. & Larsson, A.O. (2019). Facebook News Use During the 2017 Norwegian Elections—Assessing the Influence of Hyperpartisan News. Journalism
Practice. 10.1080/17512786.2019.1704426
Karlsen, R., Steen-Johnsen, K., Wollebæk, D., & Enjolras, B. (2017). Echo chamber and trench warfare dynamics in online debates. European Journal of
Communication, 32(3), 257–273. https://doi.org/10.1177/0267323117695734
Muriel-Torrado, E. (2019). Fake News: Pós-verdadeiro ou falso [video] http://enriquemuriel.prof.ufsc.br/fake-news-pos-verdadeiro-ou-falso-video/
Nickerson, R.S. (1998). Confirmation bias: A ubiquitous phenomenon in many guises. Review of General Psychology, 2(2), 175-220. https://doi.org/10.1037/1089-
2680.2.2.175
Retratos da Leitura no Brasil (2016). https://d3nv1jy4u7zmsc.cloudfront.net/wp-
content/uploads/2016/10/Retratos_da_Leitura_2016_apresenta%C3%A7%C3%A3o_lan%C3%A7amento_16-05_v2.pdf
Reuters Institute Digital News Report. (2020). https://reutersinstitute.politics.ox.ac.uk/sites/default/files/2020-06/DNR_2020_FINAL.pdf
Richardson, K. IQ and the Wealth of Nations. Heredity 92, 359–360 (2004). https://doi.org/10.1038/sj.hdy.6800418
Romero, A. (2020). Para el creyente en una teoría conspirativa, no existe prueba que la invalide. Ctxt.es. https://ctxt.es/es/20200601/Politica/32215/Andres-
Villena-entrevista-Alejandro-Romero-bulos-teorias-conspirativas.htm#.XusM1r7vTdE.facebook
Taber, C.S. & Lodge, M. (2006). Motivated skepticism in the evaluation of political beliefs. American Journal of Political Science 50(3): 755–769.
Todos os ícones de : https://www.flaticon.com
Meus agradecimentos a Magali N Alloatti pelas contribuições!