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Diversão&arte • Brasília, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 • CORREIO BRAZILIENSE • 3
Concordo que
houve avanços,
mas são muito
pequenos para que
a gente possa
bater no peito e
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a 7ª economia
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Justin Timberlake: novo rei do pop aposta em shows simples
O(novo)reidopop
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O ano de 2013 tem tudo para
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tria fonográfica. Quatro anos
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Rio, o cantor lança, hoje, a segun-
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>>Ponto-a-ponto LUIZRUFFATO
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» NAHIMA MACIEL
L
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quência a realidade seja mais
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contratantobarato.Estámaispara
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queestivemosnaiminênciadedar
umpassoàfrentenosentidopolí-
tico, econômico e social no país,
masagentenãodeu.Podeserque
eu esteja equivocado — e quero
estarequivocado—,podeserque
ainda vamos dar esse passo, mas
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ços, mas são muito pequenos pa-
raqueagente possa bater nopei-
to e dizer ‘ah, somos a 7ª econo-
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so se relaciona com a realidade
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nho e conversou com o Diversão
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cos a trazer a classe C para a lite-
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DESILUSÃOXLITERATURA
Minha desilusão não é com a
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vamente. Tiramos 42 milhões de
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o que queremos do país. E como
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DEMOCRACIAXFRUSTRAÇÃO
Nossos ricos continuam ri-
quíssimos, nunca estiveram tão
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nhumacontradiçãoentreosmui-
toricoseogovernodoPT.Nofun-
do, há um problema estrutural
mesmo. Não vai ser um governo
petista, dois governos petistas,
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com vários governos que vão re-
solver porque os problemas es-
truturais são muito pesados e os
passos que são dados são muito
limitados. Ninguém duvida de
que o grande problema político
doBrasiléaestruturapolíticaque
herdamos da ditadura militar.To-
do mundo fala em fazer uma re-
forma política, mas ninguém faz.
E sem essa reforma, as outras não
vão acontecer porque você tem
que ficar o tempo inteiro fazendo
negociações. Negociar é da de-
mocracia, mas no Brasil não se
negocia pela democracia, se ne-
gociaporprivilégios.Porquenos-
so Congresso é tão ruim do ponto
de vista da qualidade dos políti-
cos? Porque fazer política no Bra-
sil é muito caro e as pessoas bem
intencionadas não conseguem
arrecadar dinheiro. Temos uns
pobres muito ruins também. Não
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pessoais. Todo mundo no Brasil
pensa individualmente, ninguém
pensacoletivamente.
COLETIVOXINDIVIDUAL
Herdamos uma cultura extre-
mamente estranha que é de apro-
priação do bem público. Isso é
uma coisa da nobreza ibérica: um
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eapropriaçãodobempúblicopa-
ra interesse privado. Nosso inte-
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tido de se dar bem. A gente fala
muito dos americanos. Eu fui es-
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Luiz Ruffato no Correio Braziliense 30 set 2013

  • 1. C M Y K CMYK Diversão&arte • Brasília, segunda-feira, 30 de setembro de 2013 • CORREIO BRAZILIENSE • 3 Concordo que houve avanços, mas são muito pequenos para que a gente possa bater no peito e dizer ‘ah, somos a 7ª economia do mundo’” Total de vendas, na primeira semana, da 1ª parte de The 20/20 experience 1MILHÃO DE CÓPIAS Total de visualizações do clipe de Take back tonigh 7,6MILHÕES www.correiobraziliense.com.br Confira o clipe da música Take back the night. MÚSICA Justin Timberlake: novo rei do pop aposta em shows simples O(novo)reidopop » LUIZ PRISCO O ano de 2013 tem tudo para marcar um novo ciclo na indús- tria fonográfica. Quatro anos após a morte de Michael Jackson, o trono do mundo pop finalmen- te tem um forte candidato: Justin Timberlake. Depois de perfor- mances de tirar o fôlego noVideo MusicAwards(VMA)enoRockin Rio, o cantor lança, hoje, a segun- da parte do disco The 20/20 expe- rience e se consagra como o prin- cipal popstar da atual geração. Disponibilizado há uma se- mana para audição em strea- ming, o novo álbum é um com- plemento ao anterior. Nele, o cantor continua apostando na parceria com grandes nomes da indústria fonográfica, como os produtores e rappers Jay-Z e Timbaland. De acordo com Erin Coulehan, da Rolling Stone, o artista acertou nas escolhas do novo trabalho. “Timberlake canta com desejo predatório e fantasioso em músicas como True blood e na recentemente lançada T.K.O, além de trazer versos em parceria com Jay-Z, em Murder, e com Drake, em Cabaret”, disse o crítico. As publicações norte-ameri- canas especializadas em músi- ca pop já sacramentaram o ex- integrante do N’Sync como o novo rei do pop. Toda a empol- gação em torno de Justin não é exagerada. Os números do can- tor realmente chamam a aten- ção: em uma semana de ven- das, a primeira parte de The 20/20 experience vendeu quase 1 milhão de cópias. O lançamento de hoje tam- bém promete ter números im- pactantes. O primeiro clipe do disco, Take back the night, lança- do há pouco mais de um mês, já conta com cerca de 7,6 milhões de visualizações no YouTube. Usuário assíduo das redes so- ciais, o cantor conta com 26,3 milhões de seguidores no Twit- ter e 27 milhões no Facebook. Semcomparações Justin não é Michael Jackson. No entanto, alguns elementos que marcaram um dos maiores astros pop de todos os tempos estão presentes no atual rei do pop. Timberlake também aposta em coreografias, em uma sonori- dade que une o R&B aos metais, e lança videoclipes com mega- produções (ver crítica ao lado). Uma diferença entre os dois popstars é a simplicidade de Justin em suas apresentações. Quem o viu no Rock in Rio pode notar que o cantor dispensa a pirotecnia nos palcos e ganha a platéia com as músicas e a ban- da de apoioTheTennessee Kids. Crítica// ★★★★ Omundopopfoitomadodeas- saltoemmarço,comolançamento de The 20/20 experience, aclama- do por crítica e público,flertando comumamisturadeliciosadeR&B e soul.Do mesmo forno é servida a continuação.Noprimeiromomen- to,a impressão é de que são sobras dotrabalhoanterior.Mesmoassim, o sabor ainda é marcante.A dan- çanteTakebackthenightéumpri- mor(inegávelsuadefesanolegado pop de Michael Jackson). True bloodeTKOconquistamfacilmen- te.OálbumencerranaótimaNota bad thing. Na sobremesa,a faixa escondidaPairofwingséarrepian- te.As cartas da música pop estão nas mãos de Justin Timberlake.O ouvinte não tem opção além de se render.(Tomaz de Alvarenga,es- pecialparaoCorreio) Popirresistível Justin Timberlake — The 20/20 experience 2 of 2 RCA, 11 faixas/ US$ 10 RCA/Divulgação Ysuyoshi Chiba/AFP - 16/9/13 >>Ponto-a-ponto LUIZRUFFATO O escritor fala do seu novo trabalho e lamenta o fato de o país não avançar mais rumo a uma democracia verdadeira UmBrasil quepatina » NAHIMA MACIEL L uiz Ruffato acaba de che- gar de Nova Déli. Foi à ci- dade indiana a convite do Departamento de Portu- guêsdeumauniversidadeeretor- nouumtantochocadocomoque viunaÍndia.Osnúmerossãosem- pre superlativos nesse país de 1,23 bilhão de pessoas. Quando aterrissou em São Paulo, Ruffato até achou que a capital paulista era pouco populosa se compara- da às metrópoles indianas. Sim, temgentedemaisnomundo,mas isso não é necessariamente um problema. E o escritor mineiro aproveitou a experiência — e o choque — para bolar o discurso programado para a Feira do Livro de Frankfurt, que tem abertura marcada para o próximo dia 9 e esteanohomenageiaoBrasil. Ruffato é o orador — e tam- bém alvo de críticas que questio- nam o porquê da escolha dos 70 autores da lista de convidados para se apresentar na feira — e pensou em costurar um discurso no qual mescla a literatura e a di- versidade de leituras possibilita- das pela ficção.“Esse é um ponto do meu discurso: ver o outro co- mo inimigo ou como aquele que dáavocêoestatutodeexistência, porque eu só sou se você me re- conhece. Se você não existir, eu simplesmente não existo porque ninguém me dá o estatuto de gente. Mas você existir também me incomoda profundamente. É muito curioso isso”, diz. A lista de 70 autores que com- põem a comitiva oficial de convi- dados para Frankurft foi elabora- da pelo Ministério da Cultura, sob curadoria do crítico Manuel da Costa Pinto; do coordenador de programação, Antonio Marti- nelli; e da professora Antonieta Cunha. Desse total, 21 vêm de São Paulo, 12 do Rio de Janeiro e 12 de Minas Gerais (o brasiliense Nicolas Behr é um dos convida- dos). Entre eles, há apenas dois negros e um índio. Os números, admite Ruffato, refletem a reali- dade brasileira quando se trata de literatura. “Esses três lugares devem significar 60% a 70% da população brasileira. Em termos de presença econômica, deve re- presentaratémaisdoqueisso.Is- so reflete muito nossa desorgani- zação”, garante o escritor. “Por exemplo, quantos autores negros tem? Isso é culpa da curadoria? De jeito nenhum. É que não tem. Não tem porque, na nossa socie- dade, não tem mesmo.” Ruffato não dá muito ouvido às outras críticas, aquelas que questionam os nomes. “Nunca são coisas sérias. São sempre pessoais. Quando alguém fala ‘por que não chamaram fulano?’ na verdade queria falar ‘por que não me chamaram?’. Acho que se tivessem chamado 700 nomes haveria7.000falando‘ah,chama- ram só 700’”, avisa. A literatura vai até bem na vi- da do escritor. Ele trocou a edito- ra Record pela Companhia das Letras, que este ano começa a re- publicar sua obra. O primeiro, Eles eram muitos cavalos, já está na 10ª edição. Em 2014, o autor lança Flores artificiais, o nono ro- mance. Dessa vez, ele avisa que resolveu se afastar da zona de conforto. Conhecido pelo trato com personagens pobres e dis- tantes da classe média que povoa o romance contemporâneo bra- sileiro, Ruffato vai, desta vez, es- crever sobre a elite. Lembranças O novo romance é também uma brincadeira com a noção de autoria: o escritor aparece na narrativa como alguém que aju- da o personagem a escrever his- tórias. Na ficção, o mundo ima- ginário e o real muitas vezes se encontram, embora com fre- quência a realidade seja mais umacriaçãodoautor.Ruffatoan- da bastante impressionado com algumas abordagens de conheci- dos que juram serem as histórias do mineiro memórias comparti- lhadas. Outro dia, um colega de escola disse ter reconhecido to- dasaslembrançasdainfânciaem um dos romances do escritor. Es- se é o barato da literatura: cada texto é um texto que depende da experiência do leitor. Já na vida real, Ruffato não en- contratantobarato.Estámaispara a desilusão.“Tenho a sensação de queestivemosnaiminênciadedar umpassoàfrentenosentidopolí- tico, econômico e social no país, masagentenãodeu.Podeserque eu esteja equivocado — e quero estarequivocado—,podeserque ainda vamos dar esse passo, mas não é o que sinto. Nem o que me parece”, lamenta, ao se lembrar dasmanifestaçõesdejulho. “Concordo que houve avan- ços, mas são muito pequenos pa- raqueagente possa bater nopei- to e dizer ‘ah, somos a 7ª econo- mia do mundo’. Ok. Mas como is- so se relaciona com a realidade do país? Temos problemas com segurança pública, saúde lazer...” Ruffato esteve em Brasília para participar de um debate no Sebi- nho e conversou com o Diversão & Arte sobre a realidade brasileira contemporânea. O escritor — que é torneiro mecânico e filho de um pipoqueiro — se tornou um dos nomes mais importantes da produção atual e um dos pou- cos a trazer a classe C para a lite- ratura de hoje. DESILUSÃOXLITERATURA Minha desilusão não é com a literatura. A literatura é o que me sustenta financeiramente e afeti- vamente. Tiramos 42 milhões de pessoas da pobreza nos últimos 15 anos, mas não demos esse passo à frente para pensar juntos o que queremos do país. E como intelectual, meu papel é de dis- cordar mesmo. DEMOCRACIAXFRUSTRAÇÃO Nossos ricos continuam ri- quíssimos, nunca estiveram tão bem e não é à toa que não há ne- nhumacontradiçãoentreosmui- toricoseogovernodoPT.Nofun- do, há um problema estrutural mesmo. Não vai ser um governo petista, dois governos petistas, três governos petistas e muito menos 50 anos de democracia com vários governos que vão re- solver porque os problemas es- truturais são muito pesados e os passos que são dados são muito limitados. Ninguém duvida de que o grande problema político doBrasiléaestruturapolíticaque herdamos da ditadura militar.To- do mundo fala em fazer uma re- forma política, mas ninguém faz. E sem essa reforma, as outras não vão acontecer porque você tem que ficar o tempo inteiro fazendo negociações. Negociar é da de- mocracia, mas no Brasil não se negocia pela democracia, se ne- gociaporprivilégios.Porquenos- so Congresso é tão ruim do ponto de vista da qualidade dos políti- cos? Porque fazer política no Bra- sil é muito caro e as pessoas bem intencionadas não conseguem arrecadar dinheiro. Temos uns pobres muito ruins também. Não vamosfalarsódaelite.Pobresque votam pensando em seus direitos pessoais. Todo mundo no Brasil pensa individualmente, ninguém pensacoletivamente. COLETIVOXINDIVIDUAL Herdamos uma cultura extre- mamente estranha que é de apro- priação do bem público. Isso é uma coisa da nobreza ibérica: um desprezo profundo pelo trabalho eapropriaçãodobempúblicopa- ra interesse privado. Nosso inte- resse na política é sempre no sen- tido de se dar bem. A gente fala muito dos americanos. Eu fui es- critor residente em Berkley, uma universidade com 60 mil alunos. Andandopelauniversidadeperce- bi hall fulano de tal, banco fulano de tal, praça fulano de tal. São ex- alunosque,quandocomeçarama ganhar dinheiro pensaram“eu te- nho que dar alguma coisa em tro- ca”. Aqui ninguém faz isso. O cara estuda na USP com dinheiro pú- blico,saidelámédicoformadona melhor universidade da América Latina e vai ser médico cobrando R$1.000porumaconsulta.Nunca vai passar pela cabeça dele dar umrealdissoparaauniversidade. Aliás, se ele puder vai fraudar a re- ceita.Continuamoscomamenta- lidade de chegar aqui, pegar todo opau-brasilelevarembora.Quan- do se fala em corrupção, a gente nunca lembra que todos nós so- mos corruptos no dia a dia, seja por omissão, seja por ação. En- quanto não pensarmos que so- mosumpaísequetemosquepen- sar coletivamente, não vamos chegaralugarnenhum. MERCADOLITERÁRIO O mercado ainda é muito amador e os escritores são os principais responsáveis porque continuam com uma mentali- dade de escrever por diletantis- mo. No ano passado, o mercado faturou 5 bilhões de dólares. Só os escritores não ganharam di- nheiro. É um mercado muito pessoal. Temos poucos agentes literários, o que torna as rela- ções pessoais. Isso é péssimo porque são relações de negó- cios. É muito esquisito. Quando você tem um agente, ele vai in- termediar a relação. Sem agen- te, é uma discussão pessoal. O amadorismo é dos escritores principalmente. É uma visão di- letante, elitista. Carlos Vieira/CB/D.A Press LITERATURA