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Edson de Passos Rogério Guilengue
Influência da moringa oleífera nos Parâmetros Hematológicos de Coelhos
Licenciatura em Agro-pecuária
Universidade Pedagógica
Maputo
2019
Edson de Passos Rogério Guilengue
Influência da moringa oleífera nos Parâmetros Hematológicos de Coelhos
Licenciatura em Agro-pecuária
Monografia a ser apresentada ao Departamento de
Ciências - Agro-Pecuária, Escola Superior Técnica
para obtenção de grau de Licenciatura em Agro-
Pecuária com Habilitação em Extensão Rural
Supervisor: MSc. Manuel Bata
Universidade Pedagógica
Maputo
2019
Índice Pág.
LISTA DE ABREVIATURAS .........................................................................................................i
LISTA DE TABELAS .....................................................................................................................ii
LISTA DE FIGURAS.....................................................................................................................iii
Declaração de Hora.........................................................................................................................iv
Dedicatória.......................................................................................................................................v
Agradecimentos ..............................................................................................................................vi
Resumo...........................................................................................................................................vii
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 1
1.1. Problema do estudo e justificava...................................................................................... 3
1.2. Objectivos......................................................................................................................... 4
1.3. Hipóteses .......................................................................................................................... 4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................ 5
2.1. Características nutricionais da moringa oleífera.................................................................. 5
2.2. Composição sanguínea e funções dos seus componentes ................................................ 7
2.3. Valores hematológicos normais ....................................................................................... 8
2.4. Influência da dieta na composição hematológica............................................................... 10
2.5. Métodos de avaliação de sangue ........................................................................................ 11
2.6. Glóbulos brancos ou leucócitos (GB) ................................................................................ 11
2.7. Glóbulos vermelhos (GV) .................................................................................................. 15
2.8. Plaquetas............................................................................................................................. 18
2.9. Contagem diferencial de células ........................................................................................ 19
2.10. Factores que afectam os parâmetros hematológicos ........................................................ 19
3. MATERIAIS E MÉTODOS.................................................................................................. 22
3.1. Caracterização da área de estudo ....................................................................................... 22
3.2. Delineamento experimental................................................................................................ 22
3.3. Formulação e balanceamento das dietas ............................................................................ 23
3.4. Recolha de amostras, transporte e processamento hematológico ...................................... 23
3.5. Determinação dos parâmetros hematológicos.................................................................... 24
3.6. Quantificação dos leucócitos.............................................................................................. 24
3.7. Análise de dados................................................................................................................. 25
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................................... 26
4.1. Determinação da proporção dos globos brancos e vermelhos em coelhos alimentados com
ração incluída diferentes níveis de moringa oleífera ................................................................ 26
4.2. Contribuição dos diferentes tipos de dieta na proporção dos glóbulos brancos e
vermelhos. ................................................................................................................................. 30
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................................................ 32
5.1. Conclusão........................................................................................................................... 32
5.2. Recomendações.................................................................................................................. 32
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS ........................................................................................ 33
Anexos
Apêndices
i
LISTA DE ABREVIATURAS
GB Glóbulos brancos (leucócitos)
Lynph Linfócitos
Mon Monócitos
Gran Granulócitos
GV Glóbulos vermelhos ou hemácias (eritrócitos)
HGB Hemoglobina
HCT Hematócrito
VGM Volume globular médio
HGM Hemoglobina globular média
CHGM Concentração de hemoglobina globular média.
PLT Plaquetas
VPM Volume plaquetário médio
PCT Plaquetócrito
N.j Neutrófilos jovens
N.a Neutrófilos adultos
Eos Eosinófilos
Bas Basófilos
DCC Delineamento completamente casualizado
g/dL Grama por decilitro
NaCl Cloreto de sódio
ANOVA Análise de variância
EDTA ácido etilenodiamina tetracético
CV Coeficiente de variação
ii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Perfis normais de parâmetros hematológicos ................................................................ 9
Tabela 2: Perfis normais para contagem diferencial de células ..................................................... 9
Tabela 3: Quantidade (Kg) dos ingredientes usados na formulação das dietas por tratamento .. 23
Tabela 4: Análise de variância de parâmetros hematologicos (GB) em cada tratamento ..….…26
Tabela 5: Análise de variância de parâmetros hematologicos (GV e PLT) em cada tratamento.28
iii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Imagem ilustrativa de linfócitos a objectiva de 100x ................................................. 14
Figura 2: Imagem ilustrativa de monócito de coelho, objectiva 100x......................................... 15
Figura 3: Relacção linear entre diferentes tipos de dieta incluída moringa oleífera e os glóbulos
brancos .......................................................................................................................................... 30
Figura 4: Relacção linear entre diferentes tipos de dieta incluída moringa oleífera e os glóbulos
vermelhos...................................................................................................................................... 31
iv
Declaração de Hora
Declaro que esta Monografia é resultado de investigação e da orientação do supervisor. O seu
conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas
notas e na bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção
de qualquer grau académico.
Maputo, Dezembro de 2019
__________________________________________
(Edson de Passos Rogério Guilengue)
v
Dedicatória
Dedico este trabalho a todos os que sempre me ampararam, a família Guilengue e Matável, aos
meus pais por me terem preparado para os desafios da vida e acesso à educação, à minha parceira
Vânia Nhalidede e aos meus irmãos pela força e pela contribuição incondicional ao longo da minha
formação.
vi
Agradecimentos
Em primeiro lugar agradeço à Deus todo poderoso, pelo dom da vida, proteção e por me iluminar
em todos os momentos da minha vida;
Agradeço aos meus pais Rogério Guilengue e Rute Matável pela educação;
Ao meu supervisor Mestre Manuel Bata por ter aceite a trabalhar comigo, e pelos ensinamentos
passados, de forma única, admirável e exemplar;
Aos meus irmãos Abrão Guilengue, Stela Guilengue, Rogério Guilengue Jr, Elton Guilengue,
Nézio Guilengue, Ashley Guilengue, aos tios Júlio Guilengue, Odete Guilengue e à Vânia
Nhalidede, pelo amor, carinho e apoio durante a minha formação;
Aos docentes do departamento de ciências Agropecuária da Universidade Pedagógica, pelo
incentivo, ajuda, confiança, orientação e paciência durante a minha formação e elaboração do
trabalho;
A todos colegas do curso Licenciatura em Agropecuária, especial a turma de 2015, pelo
companheirismo e partilha de conhecimentos científicos e sociais em diversos momentos da vida
académica;
Aos meus amigos, especialmente Inocêncio Sarmento, Victorino Mathe, Matias Malembe,
Kledsion Monteiro, Eunice Cumbane, Philemon Nyato, Hegino Roque, Hélder Sechene, Arminda
Bango, Denise Mussalafo, Rofina Djedje, Célio Mondlane e Rachid Maholela,
Ao Hospital Escolar Veterinário da Universidade Eduardo Mondlane, especialmente a Prof.
Doutora Otília Bambo e a técnica Paula pelo apoio concedido durante o processamento e análise
hematológica;
E a todos que directa ou indirectamente contribuíram na elaboração do presente trabalho, vai o
meu
“Muito obrigado”.
vii
Resumo
O objetivo deste estudo foi a avaliação dos parâmetros hematológicos em coelhos alimentados por
dieta incorporada diferentes níveis de moringa Oleífera, o uso das folhas da moringa na
alimentação de coelhos proporciona um aumento no ganho de peso diário, menor deposição de
gordura na carcaça e diminuiu o nível de colesterol sérico. O estudo durou um ano, Outubro de
2018 à Outubro de 2019 onde Trinta (30) coelhos jovens de ambos os sexos e de raça chichila
foram alocados em gaiolas individuais de 60x50x40 cm aleatoriamente em cinco grupos de
tratamento incluindo um tratamento controle, com seis coelhos em cada tratamento com idades
compreendidas entre 12-14 semanas. Os grupos de tratamento foram designados como T1 (0%)
que não houve inclusão da moringa, T2 (25%), T3 (50%), T4 (100%) que são coelhos alimentados
com dieta incorporada diferentes níveis de moringa oleífera e T5 (controle) que foi administrada
a ração industrial. Foram fornecidos água potável fresca a todos os grupos de tratamento e
desparasitados enquanto o experimento durou. As amostras de sangue foram recolhidas em coelhos
machos em cada tratamento em tubos de vácuo contendo ácido etilenodiamina tetra cético. Os
parâmetros hematológicos examinados incluíram: glóbulos brancos (GB), neutrófilos, linfócitos,
eosinófilos, basófilos e monócitos; glóbulos vermelhos (GV), Hemoglobina (HGB), índices
hematimétricos (VGM, HGM e CHGM)), Hematócrito (HCT) e Plaquetas (PLT). Nestes
parâmetros considerados, a moringa oleífera mostrou valores dentro dos parâmetros
hematologicos normais, nos GV (5.00 - 7.60) e GB (5.2 - 13.5), assim como no grupo de controle.
No entanto, não houve diferenças significativas (P> 0,05). Portanto concluiu-se que a inclusão de
25% moringa oleífera na dieta contribui para a melhoria do estado de saúde de coelhos em
crescimento.
Palavra chave: parâmetros hematologicos, moringa oleífera, dieta, coelhos
1
1. INTRODUÇÃO
O sangue é um líquido avermelhado que compõe o tecido conjuntivo dos animais com sistema
circulatório fechado. Segundo VOIGT (2003), o sangue é responsável pelo transporte de diversos
componentes, dos quais se destacam nutrientes, oxigênio, dióxido de carbono, metabólitos,
anticorpos e hormonas. É composto por 90% de água, 7% de proteínas (globulinas e albumina)
que são imprescindíveis na manutenção da pressão oncótica (RANZANI-PAIVA, 2007).
A composição das células sanguíneas pode ser avaliada não somente pelo desempenho do animal,
rendimento de carcaça e qualidade de carne, mas também são associados outros indicadores, tais
como os parâmetros hematológicos, bioquímicos e indicadores do funcionamento dos órgãos
gastrointestinais (HERNÁNDEZ, 2010). Os parâmetros hematologicos permitem avaliar o estado
do animal assim como investigar a presença de vários metabólitos e outros constituintes,
auxiliando deste modo na detenção de anomalias relacionadas com a ocorrência de estresse
metabólico, factores anti nutricionais, ambientais ou físicos (ADEREMI, 2004).
GBORE & OLATUNBOSUN (2010) apontam que dietas incorporadas folhas de moringa oleífera
(M. oleífera), melhoram a utilização de nutrientes e por via disso os parâmetros hematológicos,
pelo facto de esta ser composto por elevadas proporção nutricionais. Dentre os vários compostos
nutricionais, destacam-se as proteínas, com uma proporção que varia entre 20-35% e apresentam
alta qualidade e quantidades de aminoácidos essenciais (FOIDL N, PAULL R, 2001.) MAKKAR
HPS, BECKER K (1996), indica que as proteínas elevam a actividade cecotrófica dos coelhos e
as folhas da moringa são bem aceites pelos mesmos. Adicionalmente, a moringa também é rica
em vitaminas A, B, C, Ca, Fe, P, aminoácidos e minerais.
ADEREMI (2004), aponta que o estudo dos parâmetros hematológicos é imprescindível, pelo facto
de permitir perceber os estágios fisiológicos críticos, avaliando o estado clínico dos animais, bem
como a perceção dos seus valores normais. Vários factores concorrem para a alteração dos
parâmetros hematológicos normais, dentre os quais a presença de agentes patogénicos ou mesmo
pelo tipo de dieta. Estudos de BELEWU (2010); demostraram a presença de alguns factores anti-
nutricionais nas dietas de soja. Segundo LIENER (1981), sustenta que a presença de factores anti
nutricionais como Ácido Fítico, Rafinose e Estaquiose, Saponinas, interferem negativamente no
desempenho do animal, pelo facto de reduzirem o nível de aproveitamento de nutrientes,
2
resultando em efeitos fisiológicos não desejados, alteração dos processos metabólicos, bem como
a destruição dos órgãos que participam na produção de células, bem como a inibição de
crescimento, hipoglicemia, flatulência ou danos a tecidos como pâncreas ou mesmo do fígado.
3
1.1. Problema do estudo e justificava
Vários estudos, têm avaliado a influência do uso da moringa oleífera na dieta dos animais, porém
a maior parte dos estudos usa a moringa oleífera como suplemento e apresenta resultados
satisfatórios. AYA (2013) aponta que estudos em coelhos criados no sistema intensivo recebendo
dieta comercial, para experimentos, tem consistentemente baixas concentrações de volume
globular médio (VGM), glóbulos vermelhos (GV), valores de hemoglobina (HGB), e contagem de
linfócitos, quando comparados aqueles mantidos soltos, onde apresentam exercícios aumentados
e dietas naturais.
Para além dos altos custos e a fraca disponibilidade da ração industrial, a sua qualidade nutricional
tem contribuído na alteração dos parâmetros hematologicos dos coelhos, o que surge a
identificação de uma fonte alimentar alternativa que para além de menor custo de produção
comparactivamente a ração peletizada a sua disponibilidade é imediata, e por via disso o seu alto
valor nutricional melhora os parâmetros hematologicos dos coelhos. A moringa oleífera muita das
vezes é desperdiçada, e por sua vez esta pode ser aproveitada na alimentação animal devido o seu
alto valor nutricional.
A avaliação dos parâmetros hematológicos é de grande importância pois tem constituído uma
prática rotineira em trabalhos de clínica, uma vez que para além de permitirem o diagnóstico
precoce de doenças, também auxiliam na detenção de sinais clínicos da alteração hematológica,
fornecendo um suporte para a percepção do estado clinico do animal. Segundo FOIDL et al. (2001)
& ODETOLA et al. (2012), sustentam que pelo facto de a M. oleífera ser uma leguminosa cujas
folhas, raízes, frutos, flores e sementes disporem de alto teor de proteína bruta (PB) (20% a 35%),
aminoácidos essenciais, vitaminas A, B, C e E, minerais como ferro, cálcio, zinco e selénio e
antioxidantes como â-caroteno, existe a possibilidade dos animais suplementados com esta planta,
apresentarem elevada imunidade e resistência a doenças.
DUKES (1955), documenta que os valores hematológicos podem ser influênciados pelo tipo de
dieta. ISAAC (2013), refere que os valores hematológicos, nomeadamente: células vermelhas,
glóbulos brancos ou leucócitos, volume globular médio de hemoglobina e concentração média de
hemoglobina são valiosos na determinação da presença de factores anti nutricionais. Porém, são
escassos estudos referentes a influência de dietas incluídas moringa nos parâmetros hematológicos
4
de coelhos. Por outro lado, a moringa é uma planta altamente explorada para alimentação dos
animais, tanto dos coelhos, assim como em várias outras espécies. É nesta vertente que o presente
estudo se propõe em avaliar a influência da inclusão de diferentes níveis de M. oleífera nos
parâmetros hematológicos de coelhos. Pois em alguns casos a hematologia em coelhos deve se a
nutrição, assim a incorporação de diferentes níveis de M. oleífera pode apresentar resultados com
maior resistência a doenças. Os dados do estudo, permitirão perceber níveis de inclusão da
moringa na dieta de coelhos que satisfazem os parâmetros hematológicos desejáveis.
1.2. Objectivos
1.2.1. Geral
 Estudar a hematologia em coelhos alimentados por dieta incorporada diferentes níveis de
moringa oleífera.
1.2.2. Específicos
 Determinar a proporção dos glóbulos brancos e vermelhos em coelhos alimentados por ração
incorporada diferentes níveis de moringa oleífera;
 Avaliar a contribuição de diferentes tipos de dietas com proporções dos glóbulos brancos e
glóbulos vermelhos.
Questão científica
 Qual é o nível óptimo de inclusão da moringa na ração, que estimule os parâmetros
hematológicos satisfatórios em coelhos?
1.3. Hipóteses
Em pelo menos um dos tratamentos com 25, 50, e 100% de moringa oleífera os coelhos apresentem
parâmetros hematológicos superiores aos alimentados com rações comerciais.
Em pelo menos um dos tratamentos com 25, 50, e 100% de moringa oleífera se verifique uma
relação positiva muito forte entre o consumo da ração e os parâmetros hematológicos.
5
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Características nutricionais da moringa oleífera
As características nutricionais e socioeconômicas da moringa oleífera, fazem dessa planta uma
excelente opção para ser usada como forragem fresca para os animais. Além disso, apresenta uma
alta produtividade de matéria fresca por unidade de área, em comparação com outras culturas
forrageiras, o que permitiria aos pequenos produtores o acesso à suplementação alimentar de forma
mais barata e melhoria da economia em pequena escala da produção (MAKKAR & BECKER,
1996).
A moringa oleífera possui grande potencial nutricional, o teor proteico de suas folhas pode variar
de 20 a 35%, sendo ricas em aminoácidos essenciais (BECKER, 1996). Além dos altos teores de
proteína, as folhas ainda apresentam conteúdo significativo de fibra, compostos antioxidantes, tais
como polifenóis e vitaminas, sendo também ricas em carotenoides e cálcio, por sua vez o
conhecimento do valor energético dos alimentos é de extrema importância para as formulações de
rações que visem ao ótimo desempenho dos animais (MAKKAR & BECKER, 1996).
2.1.1. Uso da moringa oleifera como suplemento alimentar para animais
Nos continentes Asiático e Africano, a utilização de M. oleifera como suplemento é bastante
antiga. A moringa mleifera tem sido relatada como componente de grande valor na alimentação
dos animais, devido a seu potencial adequado de aminoácidos, teor de proteína bruta e alto nível
de vitaminas e outros compostos necessários à saúde e seu baixo nível de compostos anti-
nutricionais (MAKKAR, 1996).
A produção da moringa oleífera para administração na alimentação de animais, é considerada
viável por requerer tecnologia acessível e barata, mesmo para pequenos agricultores, além do
que, a produção pode ser estocada para uso durante a estação seca, ou seja, pode ser processada
nos períodos de alto rendimento da produção e guardadas para o período de falta de chuva, quando
ocorre escassez alimentar, também tem recebido atenção especial de pesquisadores, com
resultados promissores, a administração destes compostos a partir de folhagens de moringa
oleífera na produção de coelhos, ovinos, caprinos, suínos, bovinos e peixes (MAKKAR, 1996).
6
A alimentação é um processo natural dos animais que envolve a busca, a escolha e o consumo de
um ou vários alimentos, enquanto a nutrição é resultado da absorção e da utilização dos nutrientes,
a nível celular, daquele alimento. Aproximadamente 70% do custo total do sistema de produção
cunícola, é relativo à alimentação dos animais.
A alimentação dos coelhos independentemente do seu propósito (carne, pele, pelos, crias ou
reprodutores) deve ser fornecida de acordo com a idade e peso dos animais. Deve ser
bem equilibrada, ou seja, deve possuir determinada quantidade de proteínas, hidratos de
carbono, gorduras, sais minerais e vitaminas, dentro de determinadas proporções para que
o animal consiga sustentar o seu peso e manter sua produção (BECKER, 1996).
Os coelhos que não são submetidos à produção intensiva necessitam apenas da
ração de conservação, enquanto que os de engorda, fêmeas em gestação, fêmeas em
lactação, reprodutores e produtores de pelo necessitam de uma ração de produção
(BECKER, 1996).
Até a segunda semana de vida (aos 14 dias), os coelhos se alimentam exclusivamente do leite
materno. Da segunda à terceira semana (14 a 21 dias) começam a provar os alimentos sólidos
(ração e/ou forragem), porém ainda se nutrem principalmente do leite. A partir dos 21 dias,
ingerem cada vez mais sólidos e bebem água, reduzindo a ingestão láctea. Por isso, a água deve
ter alcance facilitado para o filhote, pois este sentirá sede. Os coelhos têm uma estratégia alimentar
única entre os animais domésticos: a cecotrofia. Este fenómeno refere-se à ingestão de cecotrófos
(fezes moles, normalmente excretadas diariamente) pelos animais, o que representa um porte
adicional de proteínas, vitaminas C, K e do complexo B produzido no ceco do animal. Ele ingere
directamente do ânus e necessita desse hábito para nutrir-se. É comum se verificar fezes em pastas
no fundo da gaiola. Essas se referem aos cecotrofos. Outra particularidade do coelho é apresentar
baixo peristaltismo intestinal, necessitando ingerir ração com nível adequado de fibra, para evitar
transtornos intestinais (BECKER, 1996).
As formulações das dietas se baseiam não somente nas exigências nutricionais dos animais, mas
também no preço de mercado. Para diminuir esse custo, tenta-se utilizar os subprodutos produzidos
pelas indústrias agrícolas, já que muitos apresentam grande potencial nutricional para coelhos. Um
exemplo seria a raspa integral de mandioca, a casquinha de soja. Os alimentos podem passar por
alguns processamentos que visam aumentar a disponibilidade de nutrientes que este possui, por
7
isso utiliza-se a ração peletizada, para os coelhos, pois a peletização pode melhorar a absorção de
alguns nutrientes dos alimentos vegetais. Além disso, os coelhos não conseguem comer bem
alimentos muito finos, como rações fareladas, porque os dentes do coelho são em forma de pinça
e uma pinça pega mais fáceis bloquinhos do que farelos. Dessa maneira, é necessário que o
cunicultor adquira rações peletizadas de boa qualidade nutricional. É fundamental que os
cunicultores da região se unam e negociem maiores quantidades com as empresas, a fim de se
baixar o valor pago por quilo de ração. As empresas fabricantes de ração poderão encontrar
maiores informações sobre o processo de formulação de rações para coelhos, assim como os
suplementos para dos mesmos (BECKER, 1996).
2.2. Composição sanguínea e funções dos seus componentes
O sangue faz parte do sistema circulatório, formado também pelo coração e vasos sanguíneos. Sua
principal função é a distribuição dos nutrientes, gás oxigênio e hormonas para as células do corpo.
Enquanto vai passando pelo corpo, ele deixa alimento e oxigênio e recolhe os resíduos (excretas)
produzidos durante o metabolismo das células dos diferentes tecidos. Na maioria dos vertebradoso sangue
é formado pelo plasma (parte líquida do sangue que contém diversas substâncias), hemácias (glóbulos
vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas (fragmentos celulares), (MILLER, 1995).
Os glóbulos e as plaquetas representam 45% da composição do sangue, que circula pelos vasos
sanguíneos (artérias, veias e capilares). As artérias o conduzem do coração para os órgãos e tecidos
do corpo, enquanto nas veias ele flui em sentido inverso. (MILLER, 1995).
Funções:
 Glóbulos vermelhos ou hemácias: transporte de gases
 Glóbulos brancos ou leucócitos: imunidade e defesa
 Plaquetas: coagulação do sangue
2.2.1. Plasma sanguíneo
Plasma sanguíneo é uma solução aquosa amarelada constituída de água, sais minerais e proteínas. Sua
função é transportar essas substâncias pelo corpo. O plasma representa cerca de 55% do volume
8
sanguíneo. A água constitui entre 90 a 93% de sua massa. Osoutros 7% são de proteínas, sais, hormonas,
nutrientes, gases e excreções (MILLER, 1995).
As principais proteínas do plasma são a albumina, com papel importante na manutenção da pressão
osmótica do sangue, e a imunoglobulinas, importantes anticorpos. (SMITH, 1991).
O plasma sanguíneo é composto por: agua, iões (sódio, potássio, magnésio, cloro, bicarbonato),
proteínas (albumina, imonuglobinas, fibrinogénio), substancias transportadoras (glicose, amónia,
aminoácidos, ureia, lípidos, gás oxigénio, gás carbónico, vitaminas, hormonas), (SMITH, 1991).
2.2.2. Hematologia em coelhos
O hemograma contempla a determinação de diversos parâmetros, com a finalidade de avaliar
quantitativa e qualitativamente os componentes celulares do sangue (REBAR & FELDMAN,
2003). Os itens avaliados incluem: contagem de hemácias, hematócrito, determinação da
concentração de hemoglobina, índices hematimétricos, leucócitos totais, contagem diferencial de
leucócitos, contagem de plaquetas e exame microscópico de esfregaço de sangue corado
(MILLER; GONÇALVES, 1995). Na interpretação do hemograma, atenção especial deve ser dada
ao número de eritrócitos, concentração de hemoglobina e hematócrito, assim como aos índices
hematimétricos (VGM, HGM, CHGM) para classificar a anemia e identificar as possibilidades
diagnósticas (SMITH, 1991).
Após classificar a anemia de acordo com os aspectos fisiológicos e morfológicos, na maioria das
vezes, são necessários exames complementares para estabelecer a causa. Os resultados auxiliam a
identificação de doenças de origem primária ou secundária de características agudas ou crônicas
(REBAR; FELDMAN, 2003). Chama a atenção para o facto de que, embora o hemograma tenha
um poder diagnóstico limitado, nas mãos de um clínico que conheça as funções celulares e as bases
fisiopatológicas das doenças, pode ser uma ferramenta importante para a avaliação de diversas
situações, como no diagnóstico e evolução de doenças hematológicas, detecção de quadros
infecciosos e no monitoramento terapêutico (FELDMAN, 2003).
2.3.Valores hematológicos normais
Os valores normais são de extrema importância pois é através dos mesmos, que nos dão perceber
o efeito da alimentação ao nível dos glóbulos e plaquetas, normalmente cada parâmetro
9
hematológico apresenta um valor normal, e quando o valor é baixo, pode causar complicações ao
animal em termos de imunidade à patologias (BURKE J. 1994). o conhecimento dos parâmetros
hematológicos normais é fundamental para a avaliação do estado de saúde, e assim do padrão de
vida dos animais em geral (BURKE J. 1994).
Tabela 1: Perfis normais de parâmetros hematológicos
Valores hematológicos normais
Glóbulos brancos (GB) 5.2 - 13.5
Granulócitos (Gran) 20.2 - 59.3
Glóbulos vermelhos (GV) 5.00 - 7.60
Hemoglobina (HGB) 105 – 170
Hematócrito (HCT) 31.0 -46.0
Volume globular médio (VGM) 56.8 - 66.5
Hemoglobina globular médio (HGM) 20.1 -25.1
Concentração de hemoglobina globular
médio (CHGM)
320 – 370
Linfócitos (LIMPH) 35.2 - 75.6
Plaquetas (PLT) 100 – 712
Fonte: Mindray.
Tabela 2: Perfis normais para contagem diferencial de células
parâmetros normais para a contagem diferencial de células
Neutrófilos jovens (N.J) 0 - 0,2 ˂6
Neutrófilos adultos (N.A) 43 – 80
Monócitos (Mon) 0 - 4
Eosinófilos (Eos) 0 – 8,4
Basófilos (Bas) 0 - 2
Fonte: BURKE J. (1994).
10
2.4. Influência da dieta na composição hematológica
O consumo de ração pelos animais é controlado por três principais mecanismos fisiológicos:
volume de ingestão no trato digestivo, densidade energética de nutrientes no sangue e estresse
calórico (BRIDGES, 1992). Portanto, a busca de dietas que viessem a suprir as necessidades dos
animais, despertou o interesse em alguns estudos pelo uso de dietas como moringa oleífera, pois
além de aumentar a densidade energética da dieta sem riscos de distúrbios nutricionais, decorrentes
do aumento da proporção de concentrados a adição de moringa, aumenta a eficiência energética
da dieta (GIGER-REVERDIN, 2003). Com a redução da ingestão de alimentos em virtude do
incremento calórico produzido pela digestão da fibra, os animais entram em balanço energético
negativo, fazendo uso de suas reservas corporais e desencadeando alteração nos seus parâmetros
hematológicos. (LIENER, 1981).
Quatro tratamentos dietéticos foram formulados para conter 0%, 10%, 20% e 30% da casca do
feijão de cacau como um substituto para o milho. O resultado revelou diferenças significativas nos
valores obtidos para as células brancas do sangue. A enzima tratada de cacau pode ser incluída em
coelhos da dieta até os níveis de inclusão de 30% sem qualquer efeito prejudicial sobre os seus
índices hematológicos. (GIGER-REVERDIN, 2003).
Um estudo foi conduzido por ADEREMI (2004) sobre os índices hematológicos de coelhos
alimentados cabaça (bucha) farinha de sementes contendo a 0%, 5%, 10% e 15%. Os parâmetros
hematológicos, como a hemoglobina (HGB), hematócrito (HTC), Contagem de Células Brancas
de sangue (GB) e contagem de glóbulos vermelhos (GV) apresentaram resultados dentro do padrão
normal. ADEREMI (2004) afirma que 5% que foi incluída na dieta de coelhos não teve qualquer
efeito adverso grave em suas características hematológicas, (ADEREMI, 2004).
Também foi realizado um estudo sobre o efeito de cianeto residual processado em casca de
mandioca, os índices hematológicos de coelhos em crescimento, observou-se que com excepção
de neutrófilos e eosinófilos, outros parâmetros hematológicos foram significativamente afectados
pelos tratamentos dietéticos, (GIGER-REVERDIN, 2003).
11
2.5. Métodos de avaliação de sangue
O exame de sangue é responsável por investigar a presença de várias doenças no corpo e que
desempenha um papel vital no estado fisiológico, nutricional e patológico do animal. O diagnostico
do sangue ajuda a distinguir estado normal e de estresse que pode ser nutricional (ADEREMI,
2004).
Os parâmetros hematológicos são bons indicadores do estado fisiológico dos animais, são
excelente meio para a medição de bio marcadores potenciais. Valores hematológicos podem servir
como informação de base para comparações de deficiência de nutrientes, fisiologia e estado de
saúde dos animais de fazenda. Características hematológicas, especialmente, HCT e HGB foram
correlacionados com o estado nutricional do animal (ADEREMI, 2004).
2.6. Glóbulos brancos ou leucócitos (GB)
MUTIS & RAMIREZ (2003) definem leucócitos como um grupo heterogéneo de células do
sangue que são os fatores celulares da resposta imune envolvido na defesa do organismo contra
substâncias estranhas e agentes infeciosos, são originárias da medula óssea e tecido linfoide.
O grupo de leucócitos são as células responsáveis pela defesa do organismo (TAVARES–DIAS &
MORAES, 2004), estes utilizam as vias sanguíneas para realizar o monitoramento de possíveis
infeções ou injúria tecidual; integram diferentes linhagens celulares nas quais são diferenciados
morfologicamente pela presença ou ausência de granulações, assim como pelas suas características
morfológicas e tintoriais (SATAKE et al, 2009).
Para os glóbulos brancos, o exame é muito mais simples. A contagem de leucócitos totais pode ser
realizada manualmente, através de um esfregaço de sangue, ou automatizada, em que todas as
células nucleadas serão contadas como leucócitos. Manualmente também podemos diferenciar e
classificar os leucócitos em basófilos, eosinófilos, neutrófilos (segmentados), linfócitos,
monócitos e outros blastos como mielócitos, metamielócitos e bastões. A quantificação é feita
através da contagem de 100 leucócitos, ou seja, é expressa em percentagem, que poderão ser
multiplicadas pelo número de leucócitos totais para chegar-se a uma aproximação real do número
de cada uma das células no sangue. Saber a quantidade de blastos é importante, já que esses
indicam qualquer tipo de problema na produção das células. O sistema automatizado já diferencia
12
essas células por conta do tamanho de cada uma, e em um esfregaço de sangue temos também a
separação das células por conta de suas proporções, sendo que os leucócitos ficam mais nas bordas,
as hemácias ao centro, e blastos nas chamadas “franjas” (SATAKE et al, 2009).
A quantidade de leucócitos indica a presença de um possível foco infeccioso, sendo que em uma
situação de normalidade alguns deles se apresentam em taxas indetectáveis (basófilo, mielócito e
metamielócito), outros em taxas bem baixas (eosinófilos, bastões e monócitos, com 2%,2% e 6%
respectivamente) e outros estão sempre presentes em uma certa quantidade (linfócitos e neutrófilos
com 10-30% e 45-80% respectivamente). Os tipos de leucócitos são classificados como:
granulócitos e agranulócitos.
2.6.1. Granulócitos
 Neutrófilos,
 Eosinófilos,
 Basófilos.
2.6.2. Agranulócitos
 linfócitos
 monócitos
 Neutrófilos
São a primeira linha de defesa do organismo. Formam cerca de 60% de todas as células brancas
do sangue, reagem rapidamente, em cerca de quatro horas a qualquer problema, infeções graves;
no entanto, os problemas relacionados com o stress severa ou vírus, mesmo um aumento do
número de neutrófilos é segmentado, isto significa que o animal está experimentando stress agudo
e é até mesmo usando neutrófilos imaturos recentemente produzidos pela parte óssea (THRALL,
2004).
Os neutrófilos possuem morfologia arredondada com núcleo em forma de bastonete com
cromatina nuclear pouco compactada e sem nucléolo visível; o citoplasma possui granulações
acidófilas e apresentam grande quantidade de peroxidase, uma enzima lisossômica presente em
células fagocíticas e que promovem a oxidação de certos compostos pelo peróxido de hidrogênio
13
no processo de fagocitose, podendo aderir às células endoteliais e transmigrar para o foco
inflamatório atraído por quimiotaxinas (TAVARES-DIAS & MORAES, 2004).
 Eosinófilos
São grandes células que reagem a problemas como alergias ou irritação do sistema respiratório.
(THRALL, 2004). Os eosinófilos têm tamanhos diversos, relativamente pequenos, variando de
acordo com a quantidade e o tamanho de grânulos no citoplasma. O núcleo é arredondado e
excêntrico, com cromatina compactada; já o citoplasma é abundante e rico em grânulos grosseiros
dispostos por todo citoplasma que se coram de rosa - alaranjado (grânulos eosinofílicos) –
característica determinante para a sua identificação, de acordo com (RANZANI-PAIVA, 2007).
 Basófilos
São responsáveis na prevenção de alergias e inflamação de tecidos. A quantidade de basófilos
normalmente situa-se entre 0 a 2% da proporção de glóbulos brancos, assim possíveis alterações
são difíceis de detectar. Contendo heparina e histamina. Quando há inflamação, que impede a
coagulação do sangue e ajudam a prevenir respostas alérgicas (THRALL, 2004).
Os basófilos são células com forma arredondada e contorno regular. O núcleo acompanha o
formato da célula, apresenta cromatina compactada e não tem nucléolos. O citoplasma apresenta
granulações grosseiras basofílicas, que recobrem o núcleo na maioria das vezes e normalmente
possuem dimensões menores que os neutrófilos (RANZANI-PAIVA, 2007).
 Agranulócitos
Estes são encontrados em diferentes proporções e quantidades e são a base do desenvolvimento do
chamado "contagem diferencial de leucócitos" ou "diferencial do sangue", que é usado para
estabelecer a condição fisiológica normal e outras condições de saúde (MUTIS & RAMIREZ,
2003).
 Linfócitos
Os linfócitos são células predominantemente arredondadas, de tamanho variado, com o citoplasma
basofílico e sem granulações visíveis; o núcleo possui forma arredondada, cromatina densa, sendo
14
elevada a sua relação com o citoplasma. Os linfócitos, em geral, apresentam projeções
citoplasmáticas, o que facilita diferenciá-los dos trombócitos nas extensões sanguíneas. (MATOS
& MATOS, 1995), explicam que durante o estudo sanguíneo a contagem diferencial de leucócitos
é comum à observação de linfócitos com tamanhos distintos, classificados em pequenos ou
grandes. Os linfócitos funcionam como a segunda linha de defesa após neutrófilos. Tem um papel
na produção de anticorpos, o seu baixo número de problemas relacionados com stress crónico, o
crescimento, a lesão ou a um animal com nervosismo, pode aumentar problemas crónicos, tais
como o cancro ou infecções (MUTIS & RAMIREZ, 2003).
Figura 1: Imagem ampliado por objectiva 100x ilustrativa de linfócitos.
 Monócitos
Os monócitos são células grandes de formatos esféricos, ocasionalmente arredondadas ou
apresentam-se irregulares ou polimorfismo; O núcleo é pequeno, excêntrico, com a cromatina
densa e não se observa a presença de nucléolo; citoplasma é intensamente basofílico e podem
15
apresentar prolongamentos citoplasmáticos e com presença de vacuolização; são considerados
células em trânsito no sangue periférico; (THRALL et al, 2004). Eles atuam na reação inflamatória
e resposta imunológica nas quais ocorre a fagocitose, sendo de extrema importância aos
mecanismos de defesa do hospedeiro. São células de grande importância para a sua presença em
processos de reparação, tem função de absorção de tecido danificado após a lesão. Como os
eosinófilos, a pouca quantidade de células para iniciar o processo e, em seguida, mostra um
aumento quando eles já são produzidos novas células (MUTIS & RAMIREZ, 2003).
Figura 2: Imagem ilustrativa de monócito de coelho, ampliado a objectiva 100x.
2.7. Glóbulos vermelhos (GV)
BOFFI (2007) descreveu os glóbulos vermelhos como um tipo de numerosas células no corpo, a
produção ocorre na medula óssea, requerendo 6 a 8 dias para atingir a maturidade, os eritrócitos
são essenciais para o transporte de oxigénio para os tecidos através do sistema vascular, as
primeiras são extraídas e removido pelo baço. A função dos eritrócitos é transportar hemoglobina
16
pigmento respiratório dos pulmões para os tecidos do corpo, porque atrai e liberta oxigénio da
hemoglobina distribuir o referido elemento ao longo do corpo (VOIGT, 2003).
Conforme (MATOS, 1995), as perdas sanguíneas ou anemias hemorrágicas podem ser agudas
devido a traumas, desordens da coagulação e deficiência de vitamina K, ou crônicas por lesões
gastrointestinais, trombocitopenias e ação de parasitas. A destruição acelerada dos eritrócitos pode
ocorrer por parasitas sanguíneos, vírus, bactérias, doenças metabólicas e intoxicações. A
diminuição da produção dos eritrócitos pode acontecer por doença renal crônica, deficiência de
proteínas e minerais, como ferro, cobre, cobalto, selênio, deficiência de vitaminas, doenças
inflamatórias e agentes infecciosos.
2.7.1. Hemoglobina
A hemoglobina é um tetrâmero composto de duas de cada dois tipos de cadeias de globina, a alfa
e a beta. Cada uma dessas cadeias contém cerca de 141 aminoácidos. Existem quatro grupos heme
por proteína; estes possuem um íon de ferro no seu centro, que liga a molécula de O2. É uma
proteína alostérica, pois a ligação e a liberação do oxigênio é regulada por mudanças na estrutura
provocadas pela própria ligação do oxigénio ao grupo heme, (BRAUNITZER et al, 1978).
A medida do valor da hemoglobina é a mais importante na avaliação da série vermelha. Quando
os valores encontrados estiverem abaixo dos valores normais (considerando-se as variações de
sexo e idade), pode-se diagnosticar anemia; e quando tais valores forem superiores aos normais,
acompanhados por aumento de eritrócitos, permite o diagnóstico de uma policitemia ou
eritrocitose (VERRASTRO & LORENZI, 1998).
2.7.2. Hematócrito
É definida como a fracção de volume de eritrócitos que ocupa um volume de sangue (COBY,
2003), de acordo com VOIGT (2003), HTC significa "dividir ou separar o sangue" é utilizado para
estudar processos de desidratação e anemia sendo o objectivo de medir o volume de células
compactadas pela percentagem de eritrócitos circulantes no sangue periférico.
O hematócrito também pode mudar decorrente de outras causas, como é o caso do aumento da
atividade eritropoiética do baço e do rim oriunda do estresse, enquanto que a deficiência de
nutrientes deprime a produção de eritrócitos, trombócitos e leucócitos. De acordo com
17
(TAVARES-DIAS & MORAES, 2004), a alteração do hematócrito mediante o estresse ocasiona
hemoconcentração ou hemodiluição; na hemoconcentração pode ser pela liberação de eritrócitos
pelo baço; na hemodiluição a redução nos valores do hematócrito.
2.7.3. Índices hematimétricos
Os índices hematimétricos são divididos em três, e encontrados através de relações matemáticas
utilizando as variáveis mencionadas acima nomeadamente GV, HGB e HTC. O primeiro é
chamado de volume globular médio (VGM), que define o volume médio das hemácias da amostra
de sangue, ele é calculado através da razão entre o hematócrito e o número de hemácias, e serve
como parâmetro de classificação entre as diversas anemias. A Hemoglobina globular média
(HGM), diz quanto de hemoglobina há nas hemácias e pode ser calculada pela divisão da dosagem
de hemoglobinas pelo número de hemácias. A concentração de hemoglobina globular média
(CHGM), diz a concentração de hemoglobina dentro de uma hemácia e pode ser calculado através
da razão entre HGM e VGM (TAVARES-DIAS 2004).
Os índices hematimétricos podem ser utilizados no controle de patologias e estresse, seja qual for
a causa e ainda demonstram o estado fisiológico do animal. O volume globular médio, a
hemoglobina globular média e podem ser calculados e derivam através (hemoglobina, hematócrito
e eritrócitos), de acordo com MATOS (1995) & TAVARES-DIAS (2004). O volume globular
médio está relacionado com a dinâmica cardíaca e com o fluxo sanguíneo. A Hemoglobina
globular média demonstra como está a função respiratória.
 Volume globular médio (VGM)
É o volume médio de eritrócitos expressa em fentolitros (fL). VGM pode ser visto a partir do
exame microscópico de uma extensão de revólver. O VGM é geralmente elevado em casos de
anemia (VOIGT, 2003). O volume relativo das hemácias dentro do volume de sangue é fornecido
pelo volume globular (VGM) ou hematócrito, que é expresso percentualmente. Indiretamente
permite avaliação do índice ictérico, estimativa do número de leucócitos e concentração de
hemoglobina. O VGM é o indicador mais rápido, preciso e barato de anemia e um dos mais
importantes exames entre os parâmetros da série vermelha do sangue, mas deve ser interpretado
mediante conhecimento prévio do estado de hidratação e estresse (SMITH, 1991).
18
 Hemoglobina globular média (HGM)
A hemoglobina globular média é dada pela relação entre o valor da hemoglobina em gramas
por dl e a contagem dos eritrócitos; seu resultado é em picogramas (pg) ou em micro-
microgramas (µg). Indica a quantidade de hemoglobina em cada eritrócito, informando o tipo
de anemia: hipocrômica (eritrócito com pouca hemoglobina) e hipercrômica (eritrócito com
muita hemoglobina) (VERRASTRO & LORENZI, 1998).
Formula de hemoglobina globular média
MCH = Hb (g / dL) x 10 / contagem de eritrócitos (x / UL)
A MCH aumenta macrositosis devido ao aumento de volume e aumento da quantidade de
eritrócitos e hemoglobina em diminuições microcitose (WEISER, 1995).
 A concentração de hemoglobina globular média (CHGM)
É a concentração média de hemoglobina de cada célula vermelha do sangue, é expressa em gramas
por decilitro. A avaliação da concentração de hemoglobina (g/dL) é importante pelo seu papel no
transporte de oxigênio e por estar diretamente relacionada a anemia. É o teste laboratorial mais útil
na triagem de anemia, pois reflete diretamente o estado do ferro no organismo (BRIDGES, 1992).
Formula de concentração média de hemoglobina globular
MCHC = Hb (g / dL) x100 / Hct (%)
Os valores elevados da CHGM são devidos a diferentes causas, tais como a lipemia e hemólise, os
baixos valores de CHGM podem causar algumas anemias regenerativas, forte tensão,
Reticulocitose porque a síntese de hemoglobina não é completa e anemia crónica por deficiência
de ferro com microcitose marcado (WEISER, 1995).
2.8. Plaquetas
Plaquetas são porções do citoplasma de uma célula encontradas na medula óssea (megacariocítica)
e apresentam uma variedade de tamanhos e formas, o seu papel é contribuir para coágulo
(THRALL, 2004). Atualmente considera-se que a maneira mais satisfatória de contar plaquetas é
através de contadores automatizados, os quais procedem à contagem de plaquetas por tecnologia
de impedância, de dispersão de luz, ou com ambas. Preferencialmente, as contagens de plaquetas
19
são feitas em sangue venoso anti coagulado com ácido etilenodiamina tetra-acético (EDTA). A
formação de coágulos e agregação plaquetária são fontes de erros na contagem de plaquetas.
Quando se constata uma diminuição na quantidade de plaquetas diz-se que ocorre uma
plaquetopenia ou trombocitopenia e no caso de aumento, diz-se que ocorre plaquetose ou
trombocitose (FAILACE, 2003).
2.9. Contagem diferencial de células
O diferencial de leucócitos é usado para avaliar a distribuição e morfologia dos glóbulos brancos,
fornecendo informação mais específica sobre o sistema imune do animal do que a contagem de
leucócitos isoladamente. Os glóbulos brancos são classificados de acordo com os cinco tipos
principais definidas acima, nomeadamente: neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e
monócitos – sendo determinada a percentagem de cada tipo. A contagem diferencial é o valor
percentual de cada tipo de glóbulo branco no sangue. O número absoluto de cada tipo de glóbulo
branco é obtido por meio da multiplicação do valor percentual de cada tipo pela contagem total de
glóbulos brancos. Os altos níveis desses glóbulos brancos estão associados com diversas respostas
imunes e anormalidades. Algumas vezes é solicitada uma contagem de eosinófilos como um teste
de acompanhamento, quando é relatado um nível elevado ou deprimido de eosinófilos.
(VERRASTRO, 1998).
2.10. Factores que afectam os parâmetros hematológicos
Com o desenvolvimento da hematologia clínica veterinária demonstrou se cientificamente que,
fatores de variabilidade primários, tais como: condições ambientais, tipo de criação, alimentação,
raça, idade e sexo, tem influência sobre os constituintes sanguíneos em várias espécies e as
diferenças entre os valores normais obtidos por vários pesquisadores devem-se a estes fatores
(JAIN, 1993).
As condições ambientais e regionais, o tipo de criação e alimentação, a qualidade do alimento,
higiene, variações estacionais, número de animais, raça, idade, sexo e condições patológicas
subclínicas, influênciam significativamente nos resultados laboratoriais dos coelhos JAIN, 1993).
20
Alguns valores sanguíneos são significativamente influênciados pela idade, sexo e raça. Os
distúrbios emocionais, exercícios árduos, em que se tenha contração esplênica, consequentemente
envio de células para a circulação, influênciam alguns parâmetros hematológicos, como número
de eritrócitos e plaquetas. O aumento no número de neutrófilos circulantes ocorre com a
mobilização de células do pool marginal para os capilares. O número de linfócitos, particularmente
em animais jovens, é igualmente elevado por distúrbios emocionais e exercícios, devido ao
aumento da circulação destes leucócitos nos ductos torácicos (JAIN, 1993).
2.10.1. Maneio alimentar
É um conjunto de actividades que atendem não apenas às necessidades diárias básicas, como ainda
para manter ou ganhar o peso, produzir o leite satisfatoriamente e atingir índices nutricionais para
manter as funções produtivas e reprodutivas do animal. O alimento deve responder as exigências
do animal, de acordo com a fase produtiva ou categoria animal (LIENER, 1981).No sistema
intensivo e semi-intensivo, a alimentação é feita á base de rações comerciais balanceadas e a sua
administração deve obedecer uma proporção do peso vivo.
Assim, de acordo com LIENER (1981) recomenda-se a suplementação com alimentos fibrosos,
em destaque as gramíneas, e em algumas vezes as leguminosas e folhas e raízes tuberosas de
algumas plantas comumente usadas na alimentação humana, obedecendo a desidratação prévia, de
modo a evitar a fermentação no trato digestivo, resultando em diarreias, timpanismo e pouca
ingestão.
2.10.2. Maneio sanitário
O maneio sanitário compreende um conjunto de procedimentos técnicos e científicos que visam
prevenir, inibir a ocorrência e a disseminação de agentes patogénicos (parasitas, bactérias, fungos
e vírus) assim como no tratamento de casos de casos de doenças. Dentre várias actividades
sanitárias, as principais são: higienização, desparasitações e tratamento de doenças (LIENER,
1981).A higienização consiste em limpeza e a desinfecção frequente das instalações. Segundo o
autor, a limpeza visa eliminar matéria orgânica como pelos e dejectos e matéria inorgânica como
depósitos de sais provenientes da água e da urina, lavagem dos comedouros e bebedouros. A
desinfecção é feita através de pulverização com princípios activos químicos, lança chama e vapor
21
de água, associado á medidas de biossegurança tais como: construção de pedilúvios e rodolúvios,
inibição de entrada de pessoas estranha dentro do pavilhão e limpezas ao redor do mesmo.
As principais doenças que afectam os coelhos são infecciosas, geralmente as de origem bacteriana
como pasteurelose, salmonelose, coccidiose, conjuntivite e pododermatite; parasitarias como as
sarnas, diarreias; fúngicas como, dermafitoses; virais como mixomatose e fibroma de shop e
protozoárias como toxoplasmose, coccidiose hepática e intestinal. Dentre estas as mais comuns
são as doenças parasitárias, como coccidiose, sarnas auriculares, pasteureloses e pododermatite. O
seu tratamento recorre-se a antiparasitários, coccidiostaticos e antibióticos (LIENER, 1981).
22
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. Caracterização da área de estudo
O estudo foi realizado no Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), localizado no
distrito de Boane, província de Maputo, com coordenadas geográficas 23,03º de latitude sul e
23,32º de longitude este (MAE, 2005). O distrito apresenta um clima tropical com duas estações,
sendo uma chuvosa e outra seca. A temperatura média anual é de 23.7ºC, com precipitação de 752
mm e humidade relativa de 80.5% (MAE, 2005). Apresenta uma rede hidrográfica constituída
pelas bacias dos rios Umbeluzi, Tembe e Matola, incluindo afluentes do rio Umbeluzi (Movene e
Nwlate), os solos são arenosos, areno-argilosos e argilosos (MAE, 2005). Apresenta uma
população estimada em 134 mil habitantes, dos quais 72.452 mil estão na faixa etária entre 15 a
64 anos. Cerca de 77% da população são trabalhadores do sector familiar, 36% são do sector formal
(INE, 2007) e cerca de 48% da população prática actividade agrária (MAE, 2005).
3.2. Delineamento experimental
Foi usado delineamento completamente causalizado (DCC), com um total de 30 animais da raça
chichila, machos e fêmeas, de entre 12 a 14 semanas e peso médio de 1200g. Constituiu-se cinco
unidades experimentais e seis repetições. As unidades experimentais foram distribuídas
aleatoriamente em gaiolas individuais de 40x50x60 cm, previamente desifenctadas e
disponibilizados comedouros, bebedouros e acondicionados sob temperatura e humidade similar.
As dietas experimentais foram compostas por: 100% de soja (T1), 75% de soja e 25% de moringa
oleífera (T2), 50% de soja e 50% de moringa oleífera (T3), 100% de moringa oleífera (T4) e o
controlo (T5) fornecido ração peletizada.
Durante o período de adaptação, os animais receberam ração industrial peletizada, desparasitados
e pesados diariamente para a uniformização do peso. A administração da ração obedeceu 5% do
peso vivo do animal e ajustada no intervalo de dois em dois dias.
Durante o experimento, também foi fornecido panicum maximum, por forma a permitir maior
retenção e absorção dos alimentos e evitar possíveis diarreias, conforme recomenda
HERNANDEZ & ZOTTE, (2010). As pesagens e administração dos alimentos eram feitas no
23
período da manhã, das 6h:00 as 7h:00. Em todos os tratamentos, os animais receberam água fresca
ad libitum, conforme recomenda (UGWUENE, 2011).
3.3. Formulação e balanceamento das dietas
As dietas foram formuladas localmente obedecendo as exigências nutricionais da raça e da fase
produtiva. As mesmas foram compostas por milho, soja, foragem, óleo de soja, farelo de trigo,
farelo de milho, moringa oleífera, NaCl, premix mineral, premix vitamínico. A inclusão da
moringa oleífera foi a níveis de 25%, 50% e 100% (Tabela 3).
Tabela 3: Quantidade (Kg) dos ingredientes usados na formulação das dietas por tratamento
Níveis dietéticos
Ingredientes T1 T2 T3 T4
Milho 4,961 4,796 4,961 4,961
Soja 11,576 8,682 5,788 0,000
Forragem 3,804 3,804 3,175 2,811
Óleo de soja 0,992 1,158 1,290 1,323
Farelo de trigo 8,269 8,269 8,269 8,269
Farelo de milho 3,308 3,308 3,638 3,969
moringa 0,000 2,894 5,788 11,576
NaCl 0,132 0,132 0,132 0,132
Premix mineral 0,017 0,017 0,017 0,017
Premix vitamínico 0,017 0,017 0,017 0,017
Total 33,075 33,075 33,075 33,075
Fonte: propriedade do autor
3.4. Recolha de amostras, transporte e processamento hematológico
Para a colecta de sangue, foram selecionados aleatoriamente 15 animais, sendo três animais por
tratamento, conforme recomenda (GBORE, 2010). Os animais foram previamente contidos, tendo
sido desinfectados na região de colecta do sangue (pavimento auricular) e feita a respectiva
tricotomia com auxílio a um barbeador por forma a facilitar a observação da veia auricular. Para a
24
recolha, foi feita uma punção na veia auricular, tendo condicionada a ocorrência da vasodilatação
e de seguida introduziu-se uma agulha estéril e por cada animal colheu-se 2,5 ml de sangue. As
amostras foram colhidas em tubo contendo EDTA na concentração de 10 mg/dl e misturado
fazendo movimentos de inversão lento para evitar a coagulação e hemólise sanguínea, segundo
recomenda (FELDMAN, 2000). Posteriormente as amostras foram acondicionadas numa
temperatura de 4 a 8ºC e transportadas num colman eletrónico para o laboratório de hematologia
na Faculdade de Veterinária, tendo sido conservadas numa geleira a mesma temperatura,
posteriormente efectuado o devido processamento hematológico. Posteriormente, as amostras
contendo EDTA, foram submetidas ao processamento numa maquina mindray Mozambique
Scietntific Laboratory Solution Since1999 BC-2800. Para o efeito, foi usado o reagente m-18r
rinse, diluente m-30d e caixa de lixo.
3.5. Determinação dos parâmetros hematológicos
A análise hematológica foi feita através do processo de citometria de fluxo (Celm CC510), tendo
sido determinada o eritrograma (série vermelha - GV), leuco grama (série branca - GB) e plaquetas.
Também determinou se o hematócrito (HCT), dosagem de hemoglobina (HGB); os índices
hematimétricos nomeadamente o volume globular médio (VGM), hemoglobina globular média
(HGM) e a concentração da hemoglobina globular média (CHGM). Estes parâmetros foram
avaliados por BC-2800 Analisador de Hematologia, as configurações recomendadas e calibração
para hematologia de coelhos foram aplicados de acordo com o manual de operação funcional do
fabricante.
3.6. Quantificação dos leucócitos
A quantificação morfológica dos leucócitos foi feita pelo método de varredura, que consistiu na
contagem diferencial de células, onde usou-se o corante rapidiff stain set, pelo facto de ser mais
eficiente na secagem comparativamente à corrante de guims, a análise foi feita no microscópio
óptico a objectiva de 100x, conforme recomenda (ALAYANDE, 2003). A contagem diferencial
de glóbulos brancos determinou a percentagem de neutrófilos jovens e adultos, monócitos,
linfócitos, eosinófilos e basófilos.
25
3.7. Análise de dados
Para análise dos parâmetros referentes a glóbulos brancos (GB), glóbulos vermelhos (GV) e
plaquetas (PLT), estes foram organizados no Libre Ofice versão 5 e posteriormente analisados no
pacote estatístico SISVAR. 5.3, tendo sido determinada a ANOVA. Para análise do grau de
significância foi aplicado o teste de Tukey a 5%. Também se fez análise da regressão linear da
contribuição de cada tipo de ração com o volume dos glóbulos sanguíneos a 95% de confiança no
pacote estatístico STATA, versão 13.1.
O estudo não avaliou:
 Factores anti nutricionais da moringa oleífera.
 Parâmetros bioquímicos dos coelhos.
26
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Determinação da proporção dos globos brancos e vermelhos em coelhos alimentados
com ração incluída diferentes níveis de moringa oleífera
 Glóbulos brancos
Os dados do estudo demostraram ocorrência de variações nas proporções dos glóbulos brancos
(Tabelas 4).
Tabela 4: Análise de variância de parâmetros hematológicos (GB) por tratamento.
Glóbulos brancos
Parâmetros
hematológicos T1 T2
Tratamentos
T3 T4 T5 CV (%)
Leucócitos (10⁹ / L) 5.3 a1 11.0 a2 10.6 a2 5.0 a1 9.3 a2 9.80
Neutrófilos. J (%) 3 a3 0 a1 2 a2 3 a3 0 a1 0.00
Neutrófilos. A (%) 35.0 a1 48.6 a2 51.0 a2 57.3 a3 50.0 a2 4.86
Linfócitos (%) 45.0 a2 43.6 a2 36.0 a1 33.3 a1 44.0 a2 4.38
Monócitos (%) 2 a1 2 a1 5 a2 2 a1 2 a1 0.00
Eosinófilos (%) 10.3 a3 5.0 a1a2 6.0 a2 3.6 a1 4.0 a1a2 14.76
Basófilos (%) 2.0 a3 1.0 a2 0.0 a1 1.0 a2 0.0 a1 0.00
Com a excepção do T4, que apresentou proporção dos glóbulos brancos inferior ao padrão normal,
nos T2 e T3, as proporções dos glóbulos brancos foram superiores comparactivamente ao T5.
Apesar disso, o teste de TUKEY a 0.05, demostrou não existirem diferenças estatisticamente
significativas entre os mesmos. O T2, para além de apresentar proporções superiores dos glóbulos
brancos, grande parte dos seus valores, nomeadamente eosinófilos, basófilos, monócitos,
linfócitos, neutrófilos jovens, encontram-se dentro dos parâmetros normais, similarmente ao
27
controle (T5), com excepção dos valores de neutrófilos adultos, que se encontram fora dos
parâmetros normais. Contrariamente, no T1 e T3, apenas os valores de basófilos, monócitos e
linfócitos, estão dentro do intervalo óptimo.
A elevada resposta dos glóbulos brancos observados no T2, converge com a hipótese (1) do estudo,
uma vez que a mesma previa elevada resposta imunológica em pelo menos um dos tratamentos
experimentais. Entre os tratamentos, o T2 também apresentou respostas imunológicas superiores
aos restantes.
Estudo de ODETOLA (2012), sobre parâmetros bioquímicos e hematologicos de coelhos
suplementados com moringa, também observou elevada resposta imunológica em coelhos
alimentados com 15 a 30 % de moringa oleífera, em relação aos alimentados somente com ração
industrial. Para THRALL, (2004), a inclusão de 25% de moringa oleífera na ração, para além de
auxiliar no aumento da resposta imunológica, estimula a elevada regeneração tecidual, pelo facto
de permitir maior recuperação dos processos inflamatórios, absorção de tecidos necrosados e
prevenção de várias doenças, em relação as rações industriais. Apesar do estudo não ter avaliado
a influência dos factores anti nutricionais, THRALL, (2004) defende a possibilidade de existência
de uma elevada proporção de factores anti nutricionais, que favorecem a danificação dos tecidos.
Por outro lado, a baixa proporção dos glóbulos brancos (GB) observados no T4, comparativamente
aos valores normais, foi influênciado pelo excessivo uso da moringa oleífera (100%). Para ONU
PN & ANIEBO AO, (2007), o uso da moringa oleífera a 100%, contrariamente ao esperado,
exacerba a imunidade dos animais, influênciando para a ocorrência de desequilíbrio na imunidade
esperada, resultando na autodestruição hematológica e consequentemente na redução da
imunidade.
Quanto ao Coeficiente de variação (CV), BANZATTO & KRONKA, (2006) descrevem que o
mesmo é usado para auferir o nível de variabilidade dos resultados de um estudo, expresso em
percentagem e ajuda a compreender a precisão do experimento, pois quanto menor for o CV, maior
é a precisão. GARCIA, (1989), descreve que o CV pode ser classificado como sendo baixo, quando
o seu valor se encontra abaixo de 10 %, médio entre 10 a 20 %, alto quando se encontram entre 20
a 30% e muito alto quando supera 30 %. No presente estudo o CV foi alto ao nível dos neutrófilos,
leucócitos, monócitos, basófilos e linfócito (0 a 9.8), exceptuando os eosinófilos, cujo valor foi
28
médio (14,76), representam alta precisão do estudo e acurácia dos resultados. THRALL, (2004),
também observou resultados similares em coelhos suplementados com 25% de moringa oleífera.
Relactivamente aos glóbulos vermelhos e plaquetas, verificou-se diferenças nas respostas
imunológicas entre os diferentes tratamentos e o controle (tabela 5).
Tabela 5: Análise de variância de parâmetros hematológicos (GV e PLT) por tratamento.
Glóbulos vermelhos e Plaquetas
Parâmetros
hematológicos T1 T2
Tratamentos
T3 T4 T5 CV(%)
Eritrócitos (10⁹ / L) 6.3 a1 10.0 a2 6.3 a1 5.3 a1 5.6 a1 13.83
Hemoglobina (g/L) 106 a2 177 a3 107.3 a2 99.3 a1 108 a2 1.43
Hematócrito (%)
VGM (pg)
38.0 a2
65.0a1
64.0 a3
65.0a1
38.0 a2
67.0a1
34.0 a1
65.0a1
37.6 a2
65.0a1
2.20
1.53
HGM (fL) 18.0 a1 18.0 a1 20.0 a1 19.0 a1 19.3 a1 4.93
CHGM (g/L) 277 a1 274.3 a1 280 a1a2 292 a3 286 a2a3 1.14
Plaquetas (10⁹ / L) 425.3 a3 202.6 a1 553.0 a5 265.0 a2 452.3 a4 0.20
 Glóbulos vermelhos
Na tabela 5, são apresentados os valores dos parâmetros hematológicos em função de diferentes
níveis de inclusão da moringa oleífera para cada tratamento. O T2, apresentou proporções de
glóbulos vermelhos superiores, relactivamente nos eritrócitos, hemoglobina e hematócritos,
comparactivamente ao T5, convergindo com a hipótese (1) do estudo, significando que a inclusão
de 25% de moringa oleífera, melhora os processos metabólicos, dada elevada retenção e transporte
de oxigénio pela hemoglobina (FAILACE et al, 2003), melhorando deste modo as condições vitais
dos animais. UGWUENE MC (2011), sustenta que a hemoglobina desempenha importante papel
29
no transporte de oxigénio para os tecidos de origem animal para a oxidação de alimento, resultando
no aumento de energia para o exercício das funções corporais vitais.
Os índices hematimétricos, nomeadamente a hemoglobina globular média (HGM) e concentração
de hemoglobina globular média (CHGM) foram significativamente (p <0,05) afectadas por T1,
T2, T3 e T4, similarmente ao T5, enquanto que no volume globular médio (VGM) os tratamentos
foram similares ao T5, com a excepção do T3. Entretanto os índices hemateméticos são medidos
por massa relactiva do sangue e que participam no transporte de oxigénio e nutrientes absorvidos.
Apesar das discrepâncias acimas descritas, o volume globular médio, em todos os grupos de
tratamento variou de 65-67 que são valores considerados normais, segundo descreve (ONIFADE,
1993).
Entre os tratamentos, o T2 foi o que mostrou diferenças significativas (P<0,05) e T1 mostrou
valores mais baixos, corroborando com os achados de JIWUBA PC (2016), onde observou que
administração de 100% de soja afecta significativamente os glóbulos vermelhos. Para JIWUBA
PC (2016) & ONYEKWERE MU (2016), a inclusão de 100% de soja na ração, pode causar
toxicidade, afectando negativamente o volume do sangue, conforme observado no T1. No que
concerne ao nível de precisão, o coeficiente de variação (CV) para VGM, HGM e CHGM mostrou
se alto variando de (1.14 – 4.93) o que significa que as inferências baseadas nos dados de ensaio
foram seguras.
 Plaquetas (PLT)
Para plaquetas, o T3 mostrou melhor desempenho em relação ao tratamento controle T5 e os
demais tratamentos. tendo o valor mais elevado (553g/ dl). Apesar disso, os valores registados em
todos os tratamentos, estiveram dentro do intervalo normal, tendo variado de 100-702. Estes
valores, implicam que os tratamentos experimentais, sobretudo o T3, apresenta um efeito positivo
na estimulação dos factores responsáveis pela coagulação. E quanto ao coeficiente de variação
apresentaram uma alta precisão de (0,20), por tanto os resultados de plaquetas corroboram com,
(JIWUBA PC, 2016).
30
4.2. Contribuição dos diferentes tipos de dieta na proporção dos glóbulos brancos e
vermelhos.
A relação entre o tipo de dieta ministradas e a proporção dos glóbulos brancos, mostrou se a
existência duma relação positiva muito forte no tratamento T2 (R2=0,94), similarmente ao T5 (R2
= 0,95) (Tabela. 6), convergindo com a hipótese (2) que previa uma relação positiva muito forte
em pelo menos um dos tratamentos, significando que a produção de 94% e 95% dos glóbulos
brancos registados no T2 e T5 respectivamente, são explicados pelo tipo de ração. Estudos de
ODETOLA (2012) também observaram elevada proporção dos glóbulos brancos ao suplementar
coelhos com 15 a 25% de moringa oleífera. Relactivamente aos tratamentos T1, T3 e T4 (r2=0,31;
0,34; 0,69), a relação foi moderada, indicando também um óptimo desempenho das rações
experimentais
Figura 3: Relacção linear entre diferentes tipos de dieta incluída moringa oleífera e os glóbulos
brancos
0.31%
94%
3.40%
69%
95%
0.00%
10.00%
20.00%
30.00%
40.00%
50.00%
60.00%
70.00%
80.00%
90.00%
100.00%
Tratamento 1 Tratamento 2 Tratamento 3 Tratamento 4 Tratamento 5
R²
31
Figura 4: Relacção linear entre diferentes tipos de dieta incluída moringa oleífera e os glóbulos
vermelhos
Ao nível dos glóbulos vermelhos, o tratamento T2 mostrou uma contribuição positiva muito forte
(R2=0,79) em relação ao controle (R2= 57). Estes resultados corroboram com os encontrados por
ISAAC (2013), que sustenta que a inclusão de 25% de moringa oleífera tem uma contribuição
positiva muito forte em animais jovens. Em contrapartida, os tratamentos T3 e T4, mostram
correlação negativa (0,03 e 0,004), indicando que a incorporação a níveis muito alto, 50% e 100%
de moringa oleífera, podem ser prejudiciais aos animais, e não contribuem para a sua imunidade.
37%
80%
3.40% 0.41%
57%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
Tratamento 1 Tratamento 2 Tratamento 3 Tratamento 4 Tratamento 5
R²
32
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1. Conclusão
O estudo avaliou a influência da moringa oleífera nos parâmetros hematológicos de coelhos tendo
concluído que:
 A proporção dos glóbulos brancos e vermelhos, a ração incorporada 25% de moringa oleífera,
foi a que mostrou resultados similares aos coelhos alimentados com ração comercial,
exceptuando basófilos, eritrócitos e plaquetas.
 A ração incorporada 25% de moringa oleífera contribuiu sigrnificativamente na produção de
glóbulos brancos, eritrócitos, hemoglobina, hematócritos e volume globular, em relação a
ração comercial que apenas mostrou contribuição positiva para os neutrófilos adultos,
leucócitos e plaquetas.
5.2. Recomendações
Com base nos resultados do estudo, recomenda-se:
Aos investigadores
 Realização de estudo com a incorporação da análise dos parâmetros hematológicos e
bioquímicos, afim de perceber a influência da moringa na regeneração de órgãos afectados
por agentes patogénicos.
 Inclusão da análise da influência de factores anti nutricionais nos parâmetros
hematológicos.
Aos produtores
 Formulação de ração com a inclusão de 25% de moringa oleífera.
33
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS
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Anexos
Anexo I: Layout do ensaio e legenda
Layout do ensaio
Tratamentos
T1
T2
T3
T4
T5
Legenda
T1- Tratamento com inclusão de 100% de soja e 0% de moringa oleífera.
T2- Tratamento com inclusão de 25% de moringa oleífera.
T3- Tratamento com inclusão de 50% de moringa oleífera.
T4- Tratamento com inclusão de 100% de moringa oleífera.
T5- Tratamento controle.
T5 T1 T3 T4 T3 T5
T1 T4 T5 T1 T4 T2
T4 T2
T3
T2
T3
T5
T1
T2
T4
T5
T2
T3
T2
T1
T5
T1
T4
T3
Machos
Fêmeas
50cm
Repetições
Anexo II. Mapa do distrito de Boane
Fonte:(LOUREIRO,2008)
Anexo III: Ficha de dados
Anexo IV: Resultados de hemograma.
Anexo V: Tabelas de análise de variância.
Variável analisada: WBC
Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRAT 4 94.666667 23.666667 35.500 0.0000
erro 10 6.666667 0.666667
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 14 101.333333
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 9.80
Média geral: 8.3333333 Número de observações: 15
--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV TRAT
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 2.19506761328212 NMS: 0.05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmonica do número de repetições (r): 3
Erro padrão: 0.471404520791032
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
T4 5.333333 a1
T1 5.333333 a1
T5 9.333333 a2
T3 10.666667 a2
T2 11.000000 a2
--------------------------------------------------------------------------------
Variável analisada: N_J
Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRAT 4 27.600000 6.900000 1.0E+0009 0.0000
erro 10 0.000000000E+0000 0.00000000E+0000
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 14 27.600000
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 0.00
Média geral: 1.6000000 Número de observações: 15
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV TRAT
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 0 NMS: 0.05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmonica do número de repetições (r): 3
Erro padrão: 0
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
T2 0.000000 a1
T5 0.000000 a1
T3 2.000000 a2
T1 3.000000 a3
T4 3.000000 a3
--------------------------------------------------------------------------------
Variável analisada: N_A
Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRAT 4 806.266667 201.566667 36.428 0.0000
erro 10 55.333333 5.533333
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 14 861.600000
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 4.86
Média geral: 48.4000000 Número de observações: 15
--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV TRAT
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 6.32392845967634 NMS: 0.05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmonica do número de repetições (r): 3
Erro padrão: 1.35810325249756
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
T1 35.000000 a1
T2 48.666667 a2
T5 50.000000 a2
T3 51.000000 a2
T4 57.333333 a3
--------------------------------------------------------------------------------
Variável analisada: LIMPH
Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRAT 4 342.266667 85.566667 27.309 0.0000
erro 10 31.333333 3.133333
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 14 373.600000
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 4.38
Média geral: 40.4000000 Número de observações: 15
--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV TRAT
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 4.75879318591765 NMS: 0.05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmonica do número de repetições (r): 3
Erro padrão: 1.02198064778373
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
T4 33.333333 a1
T3 36.000000 a1
T2 43.666667 a2
T5 44.000000 a2
T1 45.000000 a2
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
Variável analisada: MON
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRAT 4 20.400000 5.100000 1.0E+0009 0.0000
erro 10 0.000000000E+0000 0.00000000E+0000
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 14 20.400000
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 0.00
Média geral: 3.8000000 Número de observações: 15
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 0 NMS: 0.05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmonica do número de repetições (r): 3
Erro padrão: 0
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
T2 2.000000 a1
T3 3.000000 a2
T1 4.000000 a3
T5 5.000000 a4
T4 5.000000 a4
--------------------------------------------------------------------------------
Variável analisada: EOS
Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRAT 4 87.066667 21.766667 29.682 0.0000
erro 10 7.333333 0.733333
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 14 94.400000
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 14.76
Média geral: 5.8000000 Número de observações: 15
--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV TRAT
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 2.30220633514202 NMS: 0.05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmonica do número de repetições (r): 3
Erro padrão: 0.494413232473044
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
T4 3.666667 a1
T5 4.000000 a1 a2
T2 5.000000 a1 a2
T3 6.000000 a2
T1 10.333333 a3
--------------------------------------------------------------------------------
Variável analisada: BAS
Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRAT 4 8.400000 2.100000 1.0E+0009 0.0000
erro 10 0.000000000E+0000 0.00000000E+0000
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 14 8.400000
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 0.00
Média geral: 0.8000000 Número de observações: 15
--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV TRAT
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 0 NMS: 0.05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmonica do número de repetições (r): 3
Erro padrão: 0
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
T3 0.000000 a1
T5 0.000000 a1
T4 1.000000 a2
T2 1.000000 a2
T1 2.000000 a3
--------------------------------------------------------------------------------
Variável analisada: RBC
Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRAT 4 42.266667 10.566667 12.192 0.0007
erro 10 8.666667 0.866667
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 14 50.933333
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 13.83
Média geral: 6.7333333 Número de observações: 15
--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV TRAT
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 2.50276214909529 NMS: 0.05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmonica do número de repetições (r): 3
Erro padrão: 0.53748384988657
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
T4 5.333333 a1
T5 5.666667 a1
T3 6.333333 a1
T1 6.333333 a1
T2 10.000000 a2
--------------------------------------------------------------------------------
Variável analisada: HGB
Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRAT 4 12526.400000 3131.600000 1067.591 0.0000
erro 10 29.333333 2.933333
----------------------------------------------------------------------------- ---
Total corrigido 14 12555.733333
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 1.43
Média geral: 119.5333333 Número de observações: 15
--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV TRAT
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 4.60441267028404 NMS: 0.05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmonica do número de repetições (r): 3
Erro padrão: 0.988826464946089
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
T4 99.333333 a1
T1 106.000000 a2
T3 107.333333 a2
T5 108.000000 a2
T2 177.000000 a3
--------------------------------------------------------------------------------
Variável analisada: HCT
Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRAT 4 1794.666667 448.666667 517.692 0.0000
erro 10 8.666667 0.866667
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 14 1803.333333
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 2.20
Média geral: 42.3333333 Número de observações: 15
--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV TRAT
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 2.50276214909529 NMS: 0.05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmonica do número de repetições (r): 3
Erro padrão: 0.53748384988657
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
T4 34.000000 a1
T5 37.666667 a2
T3 38.000000 a2
T1 38.000000 a2
T2 64.000000 a3
--------------------------------------------------------------------------------
Variável analisada: MCV
Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRAT 4 9.600000 2.400000 2.400 0.1192
erro 10 10.000000 1.000000
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 14 19.600000
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 1.53
Média geral: 65.4000000 Número de observações: 15
--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV TRAT
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 2.68839780172505 NMS: 0.05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmonica do número de repetições (r): 3
Erro padrão: 0.577350269189626
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
T5 65.000000 a1
T4 65.000000 a1
T1 65.000000 a1
T2 65.000000 a1
T3 67.000000 a1
--------------------------------------------------------------------------------
Variável analisada: MCH
Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRAT 4 9.066667 2.266667 2.615 0.0992
erro 10 8.666667 0.866667
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 14 17.733333
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 4.93
Média geral: 18.8666667 Número de observações: 15
--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV TRAT
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 2.50276214909529 NMS: 0.05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmonica do número de repetições (r): 3
Erro padrão: 0.53748384988657
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
T2 18.000000 a1
T1 18.000000 a1
T4 19.000000 a1
T5 19.333333 a1
T3 20.000000 a1
--------------------------------------------------------------------------------
Variável analisada: MCHC
Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRAT 4 611.066667 152.766667 14.880 0.0003
erro 10 102.666667 10.266667
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 14 713.733333
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 1.14
Média geral: 281.8666667 Número de observações: 15
--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV TRAT
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 8.61406733976191 NMS: 0.05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmonica do número de repetições (r): 3
Erro padrão: 1.84992492340155
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
T2 274.333333 a1
T1 277.000000 a1
T3 280.000000 a1 a2
T5 286.000000 a2 a3
T4 292.000000 a3
--------------------------------------------------------------------------------
Variável analisada: PLT
Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRAT 4 245663.333333 61415.833333 102359.722 0.0000
erro 10 6.000000 0.600000
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 14 245669.333333
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 0.20
Média geral: 379.6666667 Número de observações: 15
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV TRAT
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 2.08242398281235 NMS: 0.05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmonica do número de repetições (r): 3
Erro padrão: 0.447213595499958
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
T2 202.666667 a1
T4 265.000000 a2
T1 425.333333 a3
T5 452.333333 a4
T3 553.000000 a5
--------------------------------------------------------------------------------
Anexo VI: Tabelas de regressão linear
T1 GB
T2
T3
_cons 4.914276 7.583972 0.65 0.634 -91.44923 101.2778
consumokg .1455062 2.628247 0.06 0.965 -33.24954 33.54055
gbgdl Coef. Std. Err. t P>|t| [95% Conf. Interval]
Total .666666667 2 .333333333 Root MSE = .81525
Adj R-squared = -0.9939
Residual .664629578 1 .664629578 R-squared = 0.0031
Model .002037089 1 .002037089 Prob > F = 0.9648
F( 1, 1) = 0.00
Source SS df MS Number of obs = 3
(note: hascons false)
. regress gbgdl consumokg, noconstant hascons tsscons
_cons 7.387696 .8958725 8.25 0.077 -3.995444 18.77084
consumokg 1.16903 .2831741 4.13 0.151 -2.429037 4.767098
gbgdl Coef. Std. Err. t P>|t| [95% Conf. Interval]
Total 2 2 1 Root MSE = .33294
Adj R-squared = 0.8892
Residual .110846634 1 .110846634 R-squared = 0.9446
Model 1.88915337 1 1.88915337 Prob > F = 0.1513
F( 1, 1) = 17.04
Source SS df MS Number of obs = 3
(note: hascons false)
. regress gbgdl consumokg, noconstant hascons tsscons
T4
T5
_cons 12.16741 8.048209 1.51 0.372 -90.09477 114.4296
consumokg -.5720757 3.04753 -0.19 0.882 -39.29462 38.15047
gbgdl Coef. Std. Err. t P>|t| [95% Conf. Interval]
Total 2.66666667 2 1.33333333 Root MSE = 1.605
Adj R-squared = -0.9319
Residual 2.57589727 1 2.57589727 R-squared = 0.0340
Model .0907694 1 .0907694 Prob > F = 0.8819
F( 1, 1) = 0.04
Source SS df MS Number of obs = 3
(note: hascons false)
. regress gbgdl consumokg, noconstant hascons tsscons
_cons 65.39612 40.01289 1.63 0.350 -443.0158 573.8081
consumokg -17.75955 11.83088 -1.50 0.374 -168.0851 132.566
gbgdl Coef. Std. Err. t P>|t| [95% Conf. Interval]
Total .666666667 2 .333333333 Root MSE = .45268
Adj R-squared = 0.3853
Residual .204916645 1 .204916645 R-squared = 0.6926
Model .461750022 1 .461750022 Prob > F = 0.3741
F( 1, 1) = 2.25
Source SS df MS Number of obs = 3
(note: hascons false)
. regress gbgdl consumokg, noconstant hascons tsscons
_cons 41.07576 7.014504 5.86 0.108 -48.05197 130.2035
consumokg -7.847324 1.733935 -4.53 0.138 -29.87906 14.18441
gbgdl Coef. Std. Err. t P>|t| [95% Conf. Interval]
Total .666666667 2 .333333333 Root MSE = .17616
Adj R-squared = 0.9069
Residual .031033382 1 .031033382 R-squared = 0.9534
Model .635633285 1 .635633285 Prob > F = 0.1384
F( 1, 1) = 20.48
Source SS df MS Number of obs = 3
(note: hascons false)
. regress gbgdl consumokg, noconstant hascons tsscons
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Hematologia em coelhos alimentados por moringa

  • 1. Edson de Passos Rogério Guilengue Influência da moringa oleífera nos Parâmetros Hematológicos de Coelhos Licenciatura em Agro-pecuária Universidade Pedagógica Maputo 2019
  • 2. Edson de Passos Rogério Guilengue Influência da moringa oleífera nos Parâmetros Hematológicos de Coelhos Licenciatura em Agro-pecuária Monografia a ser apresentada ao Departamento de Ciências - Agro-Pecuária, Escola Superior Técnica para obtenção de grau de Licenciatura em Agro- Pecuária com Habilitação em Extensão Rural Supervisor: MSc. Manuel Bata Universidade Pedagógica Maputo 2019
  • 3. Índice Pág. LISTA DE ABREVIATURAS .........................................................................................................i LISTA DE TABELAS .....................................................................................................................ii LISTA DE FIGURAS.....................................................................................................................iii Declaração de Hora.........................................................................................................................iv Dedicatória.......................................................................................................................................v Agradecimentos ..............................................................................................................................vi Resumo...........................................................................................................................................vii 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 1 1.1. Problema do estudo e justificava...................................................................................... 3 1.2. Objectivos......................................................................................................................... 4 1.3. Hipóteses .......................................................................................................................... 4 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................ 5 2.1. Características nutricionais da moringa oleífera.................................................................. 5 2.2. Composição sanguínea e funções dos seus componentes ................................................ 7 2.3. Valores hematológicos normais ....................................................................................... 8 2.4. Influência da dieta na composição hematológica............................................................... 10 2.5. Métodos de avaliação de sangue ........................................................................................ 11 2.6. Glóbulos brancos ou leucócitos (GB) ................................................................................ 11 2.7. Glóbulos vermelhos (GV) .................................................................................................. 15 2.8. Plaquetas............................................................................................................................. 18 2.9. Contagem diferencial de células ........................................................................................ 19 2.10. Factores que afectam os parâmetros hematológicos ........................................................ 19 3. MATERIAIS E MÉTODOS.................................................................................................. 22 3.1. Caracterização da área de estudo ....................................................................................... 22
  • 4. 3.2. Delineamento experimental................................................................................................ 22 3.3. Formulação e balanceamento das dietas ............................................................................ 23 3.4. Recolha de amostras, transporte e processamento hematológico ...................................... 23 3.5. Determinação dos parâmetros hematológicos.................................................................... 24 3.6. Quantificação dos leucócitos.............................................................................................. 24 3.7. Análise de dados................................................................................................................. 25 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................................... 26 4.1. Determinação da proporção dos globos brancos e vermelhos em coelhos alimentados com ração incluída diferentes níveis de moringa oleífera ................................................................ 26 4.2. Contribuição dos diferentes tipos de dieta na proporção dos glóbulos brancos e vermelhos. ................................................................................................................................. 30 5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................................................ 32 5.1. Conclusão........................................................................................................................... 32 5.2. Recomendações.................................................................................................................. 32 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS ........................................................................................ 33 Anexos Apêndices
  • 5. i LISTA DE ABREVIATURAS GB Glóbulos brancos (leucócitos) Lynph Linfócitos Mon Monócitos Gran Granulócitos GV Glóbulos vermelhos ou hemácias (eritrócitos) HGB Hemoglobina HCT Hematócrito VGM Volume globular médio HGM Hemoglobina globular média CHGM Concentração de hemoglobina globular média. PLT Plaquetas VPM Volume plaquetário médio PCT Plaquetócrito N.j Neutrófilos jovens N.a Neutrófilos adultos Eos Eosinófilos Bas Basófilos DCC Delineamento completamente casualizado g/dL Grama por decilitro NaCl Cloreto de sódio ANOVA Análise de variância EDTA ácido etilenodiamina tetracético CV Coeficiente de variação
  • 6. ii LISTA DE TABELAS Tabela 1: Perfis normais de parâmetros hematológicos ................................................................ 9 Tabela 2: Perfis normais para contagem diferencial de células ..................................................... 9 Tabela 3: Quantidade (Kg) dos ingredientes usados na formulação das dietas por tratamento .. 23 Tabela 4: Análise de variância de parâmetros hematologicos (GB) em cada tratamento ..….…26 Tabela 5: Análise de variância de parâmetros hematologicos (GV e PLT) em cada tratamento.28
  • 7. iii LISTA DE FIGURAS Figura 1: Imagem ilustrativa de linfócitos a objectiva de 100x ................................................. 14 Figura 2: Imagem ilustrativa de monócito de coelho, objectiva 100x......................................... 15 Figura 3: Relacção linear entre diferentes tipos de dieta incluída moringa oleífera e os glóbulos brancos .......................................................................................................................................... 30 Figura 4: Relacção linear entre diferentes tipos de dieta incluída moringa oleífera e os glóbulos vermelhos...................................................................................................................................... 31
  • 8. iv Declaração de Hora Declaro que esta Monografia é resultado de investigação e da orientação do supervisor. O seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final. Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção de qualquer grau académico. Maputo, Dezembro de 2019 __________________________________________ (Edson de Passos Rogério Guilengue)
  • 9. v Dedicatória Dedico este trabalho a todos os que sempre me ampararam, a família Guilengue e Matável, aos meus pais por me terem preparado para os desafios da vida e acesso à educação, à minha parceira Vânia Nhalidede e aos meus irmãos pela força e pela contribuição incondicional ao longo da minha formação.
  • 10. vi Agradecimentos Em primeiro lugar agradeço à Deus todo poderoso, pelo dom da vida, proteção e por me iluminar em todos os momentos da minha vida; Agradeço aos meus pais Rogério Guilengue e Rute Matável pela educação; Ao meu supervisor Mestre Manuel Bata por ter aceite a trabalhar comigo, e pelos ensinamentos passados, de forma única, admirável e exemplar; Aos meus irmãos Abrão Guilengue, Stela Guilengue, Rogério Guilengue Jr, Elton Guilengue, Nézio Guilengue, Ashley Guilengue, aos tios Júlio Guilengue, Odete Guilengue e à Vânia Nhalidede, pelo amor, carinho e apoio durante a minha formação; Aos docentes do departamento de ciências Agropecuária da Universidade Pedagógica, pelo incentivo, ajuda, confiança, orientação e paciência durante a minha formação e elaboração do trabalho; A todos colegas do curso Licenciatura em Agropecuária, especial a turma de 2015, pelo companheirismo e partilha de conhecimentos científicos e sociais em diversos momentos da vida académica; Aos meus amigos, especialmente Inocêncio Sarmento, Victorino Mathe, Matias Malembe, Kledsion Monteiro, Eunice Cumbane, Philemon Nyato, Hegino Roque, Hélder Sechene, Arminda Bango, Denise Mussalafo, Rofina Djedje, Célio Mondlane e Rachid Maholela, Ao Hospital Escolar Veterinário da Universidade Eduardo Mondlane, especialmente a Prof. Doutora Otília Bambo e a técnica Paula pelo apoio concedido durante o processamento e análise hematológica; E a todos que directa ou indirectamente contribuíram na elaboração do presente trabalho, vai o meu “Muito obrigado”.
  • 11. vii Resumo O objetivo deste estudo foi a avaliação dos parâmetros hematológicos em coelhos alimentados por dieta incorporada diferentes níveis de moringa Oleífera, o uso das folhas da moringa na alimentação de coelhos proporciona um aumento no ganho de peso diário, menor deposição de gordura na carcaça e diminuiu o nível de colesterol sérico. O estudo durou um ano, Outubro de 2018 à Outubro de 2019 onde Trinta (30) coelhos jovens de ambos os sexos e de raça chichila foram alocados em gaiolas individuais de 60x50x40 cm aleatoriamente em cinco grupos de tratamento incluindo um tratamento controle, com seis coelhos em cada tratamento com idades compreendidas entre 12-14 semanas. Os grupos de tratamento foram designados como T1 (0%) que não houve inclusão da moringa, T2 (25%), T3 (50%), T4 (100%) que são coelhos alimentados com dieta incorporada diferentes níveis de moringa oleífera e T5 (controle) que foi administrada a ração industrial. Foram fornecidos água potável fresca a todos os grupos de tratamento e desparasitados enquanto o experimento durou. As amostras de sangue foram recolhidas em coelhos machos em cada tratamento em tubos de vácuo contendo ácido etilenodiamina tetra cético. Os parâmetros hematológicos examinados incluíram: glóbulos brancos (GB), neutrófilos, linfócitos, eosinófilos, basófilos e monócitos; glóbulos vermelhos (GV), Hemoglobina (HGB), índices hematimétricos (VGM, HGM e CHGM)), Hematócrito (HCT) e Plaquetas (PLT). Nestes parâmetros considerados, a moringa oleífera mostrou valores dentro dos parâmetros hematologicos normais, nos GV (5.00 - 7.60) e GB (5.2 - 13.5), assim como no grupo de controle. No entanto, não houve diferenças significativas (P> 0,05). Portanto concluiu-se que a inclusão de 25% moringa oleífera na dieta contribui para a melhoria do estado de saúde de coelhos em crescimento. Palavra chave: parâmetros hematologicos, moringa oleífera, dieta, coelhos
  • 12. 1 1. INTRODUÇÃO O sangue é um líquido avermelhado que compõe o tecido conjuntivo dos animais com sistema circulatório fechado. Segundo VOIGT (2003), o sangue é responsável pelo transporte de diversos componentes, dos quais se destacam nutrientes, oxigênio, dióxido de carbono, metabólitos, anticorpos e hormonas. É composto por 90% de água, 7% de proteínas (globulinas e albumina) que são imprescindíveis na manutenção da pressão oncótica (RANZANI-PAIVA, 2007). A composição das células sanguíneas pode ser avaliada não somente pelo desempenho do animal, rendimento de carcaça e qualidade de carne, mas também são associados outros indicadores, tais como os parâmetros hematológicos, bioquímicos e indicadores do funcionamento dos órgãos gastrointestinais (HERNÁNDEZ, 2010). Os parâmetros hematologicos permitem avaliar o estado do animal assim como investigar a presença de vários metabólitos e outros constituintes, auxiliando deste modo na detenção de anomalias relacionadas com a ocorrência de estresse metabólico, factores anti nutricionais, ambientais ou físicos (ADEREMI, 2004). GBORE & OLATUNBOSUN (2010) apontam que dietas incorporadas folhas de moringa oleífera (M. oleífera), melhoram a utilização de nutrientes e por via disso os parâmetros hematológicos, pelo facto de esta ser composto por elevadas proporção nutricionais. Dentre os vários compostos nutricionais, destacam-se as proteínas, com uma proporção que varia entre 20-35% e apresentam alta qualidade e quantidades de aminoácidos essenciais (FOIDL N, PAULL R, 2001.) MAKKAR HPS, BECKER K (1996), indica que as proteínas elevam a actividade cecotrófica dos coelhos e as folhas da moringa são bem aceites pelos mesmos. Adicionalmente, a moringa também é rica em vitaminas A, B, C, Ca, Fe, P, aminoácidos e minerais. ADEREMI (2004), aponta que o estudo dos parâmetros hematológicos é imprescindível, pelo facto de permitir perceber os estágios fisiológicos críticos, avaliando o estado clínico dos animais, bem como a perceção dos seus valores normais. Vários factores concorrem para a alteração dos parâmetros hematológicos normais, dentre os quais a presença de agentes patogénicos ou mesmo pelo tipo de dieta. Estudos de BELEWU (2010); demostraram a presença de alguns factores anti- nutricionais nas dietas de soja. Segundo LIENER (1981), sustenta que a presença de factores anti nutricionais como Ácido Fítico, Rafinose e Estaquiose, Saponinas, interferem negativamente no desempenho do animal, pelo facto de reduzirem o nível de aproveitamento de nutrientes,
  • 13. 2 resultando em efeitos fisiológicos não desejados, alteração dos processos metabólicos, bem como a destruição dos órgãos que participam na produção de células, bem como a inibição de crescimento, hipoglicemia, flatulência ou danos a tecidos como pâncreas ou mesmo do fígado.
  • 14. 3 1.1. Problema do estudo e justificava Vários estudos, têm avaliado a influência do uso da moringa oleífera na dieta dos animais, porém a maior parte dos estudos usa a moringa oleífera como suplemento e apresenta resultados satisfatórios. AYA (2013) aponta que estudos em coelhos criados no sistema intensivo recebendo dieta comercial, para experimentos, tem consistentemente baixas concentrações de volume globular médio (VGM), glóbulos vermelhos (GV), valores de hemoglobina (HGB), e contagem de linfócitos, quando comparados aqueles mantidos soltos, onde apresentam exercícios aumentados e dietas naturais. Para além dos altos custos e a fraca disponibilidade da ração industrial, a sua qualidade nutricional tem contribuído na alteração dos parâmetros hematologicos dos coelhos, o que surge a identificação de uma fonte alimentar alternativa que para além de menor custo de produção comparactivamente a ração peletizada a sua disponibilidade é imediata, e por via disso o seu alto valor nutricional melhora os parâmetros hematologicos dos coelhos. A moringa oleífera muita das vezes é desperdiçada, e por sua vez esta pode ser aproveitada na alimentação animal devido o seu alto valor nutricional. A avaliação dos parâmetros hematológicos é de grande importância pois tem constituído uma prática rotineira em trabalhos de clínica, uma vez que para além de permitirem o diagnóstico precoce de doenças, também auxiliam na detenção de sinais clínicos da alteração hematológica, fornecendo um suporte para a percepção do estado clinico do animal. Segundo FOIDL et al. (2001) & ODETOLA et al. (2012), sustentam que pelo facto de a M. oleífera ser uma leguminosa cujas folhas, raízes, frutos, flores e sementes disporem de alto teor de proteína bruta (PB) (20% a 35%), aminoácidos essenciais, vitaminas A, B, C e E, minerais como ferro, cálcio, zinco e selénio e antioxidantes como â-caroteno, existe a possibilidade dos animais suplementados com esta planta, apresentarem elevada imunidade e resistência a doenças. DUKES (1955), documenta que os valores hematológicos podem ser influênciados pelo tipo de dieta. ISAAC (2013), refere que os valores hematológicos, nomeadamente: células vermelhas, glóbulos brancos ou leucócitos, volume globular médio de hemoglobina e concentração média de hemoglobina são valiosos na determinação da presença de factores anti nutricionais. Porém, são escassos estudos referentes a influência de dietas incluídas moringa nos parâmetros hematológicos
  • 15. 4 de coelhos. Por outro lado, a moringa é uma planta altamente explorada para alimentação dos animais, tanto dos coelhos, assim como em várias outras espécies. É nesta vertente que o presente estudo se propõe em avaliar a influência da inclusão de diferentes níveis de M. oleífera nos parâmetros hematológicos de coelhos. Pois em alguns casos a hematologia em coelhos deve se a nutrição, assim a incorporação de diferentes níveis de M. oleífera pode apresentar resultados com maior resistência a doenças. Os dados do estudo, permitirão perceber níveis de inclusão da moringa na dieta de coelhos que satisfazem os parâmetros hematológicos desejáveis. 1.2. Objectivos 1.2.1. Geral  Estudar a hematologia em coelhos alimentados por dieta incorporada diferentes níveis de moringa oleífera. 1.2.2. Específicos  Determinar a proporção dos glóbulos brancos e vermelhos em coelhos alimentados por ração incorporada diferentes níveis de moringa oleífera;  Avaliar a contribuição de diferentes tipos de dietas com proporções dos glóbulos brancos e glóbulos vermelhos. Questão científica  Qual é o nível óptimo de inclusão da moringa na ração, que estimule os parâmetros hematológicos satisfatórios em coelhos? 1.3. Hipóteses Em pelo menos um dos tratamentos com 25, 50, e 100% de moringa oleífera os coelhos apresentem parâmetros hematológicos superiores aos alimentados com rações comerciais. Em pelo menos um dos tratamentos com 25, 50, e 100% de moringa oleífera se verifique uma relação positiva muito forte entre o consumo da ração e os parâmetros hematológicos.
  • 16. 5 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. Características nutricionais da moringa oleífera As características nutricionais e socioeconômicas da moringa oleífera, fazem dessa planta uma excelente opção para ser usada como forragem fresca para os animais. Além disso, apresenta uma alta produtividade de matéria fresca por unidade de área, em comparação com outras culturas forrageiras, o que permitiria aos pequenos produtores o acesso à suplementação alimentar de forma mais barata e melhoria da economia em pequena escala da produção (MAKKAR & BECKER, 1996). A moringa oleífera possui grande potencial nutricional, o teor proteico de suas folhas pode variar de 20 a 35%, sendo ricas em aminoácidos essenciais (BECKER, 1996). Além dos altos teores de proteína, as folhas ainda apresentam conteúdo significativo de fibra, compostos antioxidantes, tais como polifenóis e vitaminas, sendo também ricas em carotenoides e cálcio, por sua vez o conhecimento do valor energético dos alimentos é de extrema importância para as formulações de rações que visem ao ótimo desempenho dos animais (MAKKAR & BECKER, 1996). 2.1.1. Uso da moringa oleifera como suplemento alimentar para animais Nos continentes Asiático e Africano, a utilização de M. oleifera como suplemento é bastante antiga. A moringa mleifera tem sido relatada como componente de grande valor na alimentação dos animais, devido a seu potencial adequado de aminoácidos, teor de proteína bruta e alto nível de vitaminas e outros compostos necessários à saúde e seu baixo nível de compostos anti- nutricionais (MAKKAR, 1996). A produção da moringa oleífera para administração na alimentação de animais, é considerada viável por requerer tecnologia acessível e barata, mesmo para pequenos agricultores, além do que, a produção pode ser estocada para uso durante a estação seca, ou seja, pode ser processada nos períodos de alto rendimento da produção e guardadas para o período de falta de chuva, quando ocorre escassez alimentar, também tem recebido atenção especial de pesquisadores, com resultados promissores, a administração destes compostos a partir de folhagens de moringa oleífera na produção de coelhos, ovinos, caprinos, suínos, bovinos e peixes (MAKKAR, 1996).
  • 17. 6 A alimentação é um processo natural dos animais que envolve a busca, a escolha e o consumo de um ou vários alimentos, enquanto a nutrição é resultado da absorção e da utilização dos nutrientes, a nível celular, daquele alimento. Aproximadamente 70% do custo total do sistema de produção cunícola, é relativo à alimentação dos animais. A alimentação dos coelhos independentemente do seu propósito (carne, pele, pelos, crias ou reprodutores) deve ser fornecida de acordo com a idade e peso dos animais. Deve ser bem equilibrada, ou seja, deve possuir determinada quantidade de proteínas, hidratos de carbono, gorduras, sais minerais e vitaminas, dentro de determinadas proporções para que o animal consiga sustentar o seu peso e manter sua produção (BECKER, 1996). Os coelhos que não são submetidos à produção intensiva necessitam apenas da ração de conservação, enquanto que os de engorda, fêmeas em gestação, fêmeas em lactação, reprodutores e produtores de pelo necessitam de uma ração de produção (BECKER, 1996). Até a segunda semana de vida (aos 14 dias), os coelhos se alimentam exclusivamente do leite materno. Da segunda à terceira semana (14 a 21 dias) começam a provar os alimentos sólidos (ração e/ou forragem), porém ainda se nutrem principalmente do leite. A partir dos 21 dias, ingerem cada vez mais sólidos e bebem água, reduzindo a ingestão láctea. Por isso, a água deve ter alcance facilitado para o filhote, pois este sentirá sede. Os coelhos têm uma estratégia alimentar única entre os animais domésticos: a cecotrofia. Este fenómeno refere-se à ingestão de cecotrófos (fezes moles, normalmente excretadas diariamente) pelos animais, o que representa um porte adicional de proteínas, vitaminas C, K e do complexo B produzido no ceco do animal. Ele ingere directamente do ânus e necessita desse hábito para nutrir-se. É comum se verificar fezes em pastas no fundo da gaiola. Essas se referem aos cecotrofos. Outra particularidade do coelho é apresentar baixo peristaltismo intestinal, necessitando ingerir ração com nível adequado de fibra, para evitar transtornos intestinais (BECKER, 1996). As formulações das dietas se baseiam não somente nas exigências nutricionais dos animais, mas também no preço de mercado. Para diminuir esse custo, tenta-se utilizar os subprodutos produzidos pelas indústrias agrícolas, já que muitos apresentam grande potencial nutricional para coelhos. Um exemplo seria a raspa integral de mandioca, a casquinha de soja. Os alimentos podem passar por alguns processamentos que visam aumentar a disponibilidade de nutrientes que este possui, por
  • 18. 7 isso utiliza-se a ração peletizada, para os coelhos, pois a peletização pode melhorar a absorção de alguns nutrientes dos alimentos vegetais. Além disso, os coelhos não conseguem comer bem alimentos muito finos, como rações fareladas, porque os dentes do coelho são em forma de pinça e uma pinça pega mais fáceis bloquinhos do que farelos. Dessa maneira, é necessário que o cunicultor adquira rações peletizadas de boa qualidade nutricional. É fundamental que os cunicultores da região se unam e negociem maiores quantidades com as empresas, a fim de se baixar o valor pago por quilo de ração. As empresas fabricantes de ração poderão encontrar maiores informações sobre o processo de formulação de rações para coelhos, assim como os suplementos para dos mesmos (BECKER, 1996). 2.2. Composição sanguínea e funções dos seus componentes O sangue faz parte do sistema circulatório, formado também pelo coração e vasos sanguíneos. Sua principal função é a distribuição dos nutrientes, gás oxigênio e hormonas para as células do corpo. Enquanto vai passando pelo corpo, ele deixa alimento e oxigênio e recolhe os resíduos (excretas) produzidos durante o metabolismo das células dos diferentes tecidos. Na maioria dos vertebradoso sangue é formado pelo plasma (parte líquida do sangue que contém diversas substâncias), hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas (fragmentos celulares), (MILLER, 1995). Os glóbulos e as plaquetas representam 45% da composição do sangue, que circula pelos vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares). As artérias o conduzem do coração para os órgãos e tecidos do corpo, enquanto nas veias ele flui em sentido inverso. (MILLER, 1995). Funções:  Glóbulos vermelhos ou hemácias: transporte de gases  Glóbulos brancos ou leucócitos: imunidade e defesa  Plaquetas: coagulação do sangue 2.2.1. Plasma sanguíneo Plasma sanguíneo é uma solução aquosa amarelada constituída de água, sais minerais e proteínas. Sua função é transportar essas substâncias pelo corpo. O plasma representa cerca de 55% do volume
  • 19. 8 sanguíneo. A água constitui entre 90 a 93% de sua massa. Osoutros 7% são de proteínas, sais, hormonas, nutrientes, gases e excreções (MILLER, 1995). As principais proteínas do plasma são a albumina, com papel importante na manutenção da pressão osmótica do sangue, e a imunoglobulinas, importantes anticorpos. (SMITH, 1991). O plasma sanguíneo é composto por: agua, iões (sódio, potássio, magnésio, cloro, bicarbonato), proteínas (albumina, imonuglobinas, fibrinogénio), substancias transportadoras (glicose, amónia, aminoácidos, ureia, lípidos, gás oxigénio, gás carbónico, vitaminas, hormonas), (SMITH, 1991). 2.2.2. Hematologia em coelhos O hemograma contempla a determinação de diversos parâmetros, com a finalidade de avaliar quantitativa e qualitativamente os componentes celulares do sangue (REBAR & FELDMAN, 2003). Os itens avaliados incluem: contagem de hemácias, hematócrito, determinação da concentração de hemoglobina, índices hematimétricos, leucócitos totais, contagem diferencial de leucócitos, contagem de plaquetas e exame microscópico de esfregaço de sangue corado (MILLER; GONÇALVES, 1995). Na interpretação do hemograma, atenção especial deve ser dada ao número de eritrócitos, concentração de hemoglobina e hematócrito, assim como aos índices hematimétricos (VGM, HGM, CHGM) para classificar a anemia e identificar as possibilidades diagnósticas (SMITH, 1991). Após classificar a anemia de acordo com os aspectos fisiológicos e morfológicos, na maioria das vezes, são necessários exames complementares para estabelecer a causa. Os resultados auxiliam a identificação de doenças de origem primária ou secundária de características agudas ou crônicas (REBAR; FELDMAN, 2003). Chama a atenção para o facto de que, embora o hemograma tenha um poder diagnóstico limitado, nas mãos de um clínico que conheça as funções celulares e as bases fisiopatológicas das doenças, pode ser uma ferramenta importante para a avaliação de diversas situações, como no diagnóstico e evolução de doenças hematológicas, detecção de quadros infecciosos e no monitoramento terapêutico (FELDMAN, 2003). 2.3.Valores hematológicos normais Os valores normais são de extrema importância pois é através dos mesmos, que nos dão perceber o efeito da alimentação ao nível dos glóbulos e plaquetas, normalmente cada parâmetro
  • 20. 9 hematológico apresenta um valor normal, e quando o valor é baixo, pode causar complicações ao animal em termos de imunidade à patologias (BURKE J. 1994). o conhecimento dos parâmetros hematológicos normais é fundamental para a avaliação do estado de saúde, e assim do padrão de vida dos animais em geral (BURKE J. 1994). Tabela 1: Perfis normais de parâmetros hematológicos Valores hematológicos normais Glóbulos brancos (GB) 5.2 - 13.5 Granulócitos (Gran) 20.2 - 59.3 Glóbulos vermelhos (GV) 5.00 - 7.60 Hemoglobina (HGB) 105 – 170 Hematócrito (HCT) 31.0 -46.0 Volume globular médio (VGM) 56.8 - 66.5 Hemoglobina globular médio (HGM) 20.1 -25.1 Concentração de hemoglobina globular médio (CHGM) 320 – 370 Linfócitos (LIMPH) 35.2 - 75.6 Plaquetas (PLT) 100 – 712 Fonte: Mindray. Tabela 2: Perfis normais para contagem diferencial de células parâmetros normais para a contagem diferencial de células Neutrófilos jovens (N.J) 0 - 0,2 ˂6 Neutrófilos adultos (N.A) 43 – 80 Monócitos (Mon) 0 - 4 Eosinófilos (Eos) 0 – 8,4 Basófilos (Bas) 0 - 2 Fonte: BURKE J. (1994).
  • 21. 10 2.4. Influência da dieta na composição hematológica O consumo de ração pelos animais é controlado por três principais mecanismos fisiológicos: volume de ingestão no trato digestivo, densidade energética de nutrientes no sangue e estresse calórico (BRIDGES, 1992). Portanto, a busca de dietas que viessem a suprir as necessidades dos animais, despertou o interesse em alguns estudos pelo uso de dietas como moringa oleífera, pois além de aumentar a densidade energética da dieta sem riscos de distúrbios nutricionais, decorrentes do aumento da proporção de concentrados a adição de moringa, aumenta a eficiência energética da dieta (GIGER-REVERDIN, 2003). Com a redução da ingestão de alimentos em virtude do incremento calórico produzido pela digestão da fibra, os animais entram em balanço energético negativo, fazendo uso de suas reservas corporais e desencadeando alteração nos seus parâmetros hematológicos. (LIENER, 1981). Quatro tratamentos dietéticos foram formulados para conter 0%, 10%, 20% e 30% da casca do feijão de cacau como um substituto para o milho. O resultado revelou diferenças significativas nos valores obtidos para as células brancas do sangue. A enzima tratada de cacau pode ser incluída em coelhos da dieta até os níveis de inclusão de 30% sem qualquer efeito prejudicial sobre os seus índices hematológicos. (GIGER-REVERDIN, 2003). Um estudo foi conduzido por ADEREMI (2004) sobre os índices hematológicos de coelhos alimentados cabaça (bucha) farinha de sementes contendo a 0%, 5%, 10% e 15%. Os parâmetros hematológicos, como a hemoglobina (HGB), hematócrito (HTC), Contagem de Células Brancas de sangue (GB) e contagem de glóbulos vermelhos (GV) apresentaram resultados dentro do padrão normal. ADEREMI (2004) afirma que 5% que foi incluída na dieta de coelhos não teve qualquer efeito adverso grave em suas características hematológicas, (ADEREMI, 2004). Também foi realizado um estudo sobre o efeito de cianeto residual processado em casca de mandioca, os índices hematológicos de coelhos em crescimento, observou-se que com excepção de neutrófilos e eosinófilos, outros parâmetros hematológicos foram significativamente afectados pelos tratamentos dietéticos, (GIGER-REVERDIN, 2003).
  • 22. 11 2.5. Métodos de avaliação de sangue O exame de sangue é responsável por investigar a presença de várias doenças no corpo e que desempenha um papel vital no estado fisiológico, nutricional e patológico do animal. O diagnostico do sangue ajuda a distinguir estado normal e de estresse que pode ser nutricional (ADEREMI, 2004). Os parâmetros hematológicos são bons indicadores do estado fisiológico dos animais, são excelente meio para a medição de bio marcadores potenciais. Valores hematológicos podem servir como informação de base para comparações de deficiência de nutrientes, fisiologia e estado de saúde dos animais de fazenda. Características hematológicas, especialmente, HCT e HGB foram correlacionados com o estado nutricional do animal (ADEREMI, 2004). 2.6. Glóbulos brancos ou leucócitos (GB) MUTIS & RAMIREZ (2003) definem leucócitos como um grupo heterogéneo de células do sangue que são os fatores celulares da resposta imune envolvido na defesa do organismo contra substâncias estranhas e agentes infeciosos, são originárias da medula óssea e tecido linfoide. O grupo de leucócitos são as células responsáveis pela defesa do organismo (TAVARES–DIAS & MORAES, 2004), estes utilizam as vias sanguíneas para realizar o monitoramento de possíveis infeções ou injúria tecidual; integram diferentes linhagens celulares nas quais são diferenciados morfologicamente pela presença ou ausência de granulações, assim como pelas suas características morfológicas e tintoriais (SATAKE et al, 2009). Para os glóbulos brancos, o exame é muito mais simples. A contagem de leucócitos totais pode ser realizada manualmente, através de um esfregaço de sangue, ou automatizada, em que todas as células nucleadas serão contadas como leucócitos. Manualmente também podemos diferenciar e classificar os leucócitos em basófilos, eosinófilos, neutrófilos (segmentados), linfócitos, monócitos e outros blastos como mielócitos, metamielócitos e bastões. A quantificação é feita através da contagem de 100 leucócitos, ou seja, é expressa em percentagem, que poderão ser multiplicadas pelo número de leucócitos totais para chegar-se a uma aproximação real do número de cada uma das células no sangue. Saber a quantidade de blastos é importante, já que esses indicam qualquer tipo de problema na produção das células. O sistema automatizado já diferencia
  • 23. 12 essas células por conta do tamanho de cada uma, e em um esfregaço de sangue temos também a separação das células por conta de suas proporções, sendo que os leucócitos ficam mais nas bordas, as hemácias ao centro, e blastos nas chamadas “franjas” (SATAKE et al, 2009). A quantidade de leucócitos indica a presença de um possível foco infeccioso, sendo que em uma situação de normalidade alguns deles se apresentam em taxas indetectáveis (basófilo, mielócito e metamielócito), outros em taxas bem baixas (eosinófilos, bastões e monócitos, com 2%,2% e 6% respectivamente) e outros estão sempre presentes em uma certa quantidade (linfócitos e neutrófilos com 10-30% e 45-80% respectivamente). Os tipos de leucócitos são classificados como: granulócitos e agranulócitos. 2.6.1. Granulócitos  Neutrófilos,  Eosinófilos,  Basófilos. 2.6.2. Agranulócitos  linfócitos  monócitos  Neutrófilos São a primeira linha de defesa do organismo. Formam cerca de 60% de todas as células brancas do sangue, reagem rapidamente, em cerca de quatro horas a qualquer problema, infeções graves; no entanto, os problemas relacionados com o stress severa ou vírus, mesmo um aumento do número de neutrófilos é segmentado, isto significa que o animal está experimentando stress agudo e é até mesmo usando neutrófilos imaturos recentemente produzidos pela parte óssea (THRALL, 2004). Os neutrófilos possuem morfologia arredondada com núcleo em forma de bastonete com cromatina nuclear pouco compactada e sem nucléolo visível; o citoplasma possui granulações acidófilas e apresentam grande quantidade de peroxidase, uma enzima lisossômica presente em células fagocíticas e que promovem a oxidação de certos compostos pelo peróxido de hidrogênio
  • 24. 13 no processo de fagocitose, podendo aderir às células endoteliais e transmigrar para o foco inflamatório atraído por quimiotaxinas (TAVARES-DIAS & MORAES, 2004).  Eosinófilos São grandes células que reagem a problemas como alergias ou irritação do sistema respiratório. (THRALL, 2004). Os eosinófilos têm tamanhos diversos, relativamente pequenos, variando de acordo com a quantidade e o tamanho de grânulos no citoplasma. O núcleo é arredondado e excêntrico, com cromatina compactada; já o citoplasma é abundante e rico em grânulos grosseiros dispostos por todo citoplasma que se coram de rosa - alaranjado (grânulos eosinofílicos) – característica determinante para a sua identificação, de acordo com (RANZANI-PAIVA, 2007).  Basófilos São responsáveis na prevenção de alergias e inflamação de tecidos. A quantidade de basófilos normalmente situa-se entre 0 a 2% da proporção de glóbulos brancos, assim possíveis alterações são difíceis de detectar. Contendo heparina e histamina. Quando há inflamação, que impede a coagulação do sangue e ajudam a prevenir respostas alérgicas (THRALL, 2004). Os basófilos são células com forma arredondada e contorno regular. O núcleo acompanha o formato da célula, apresenta cromatina compactada e não tem nucléolos. O citoplasma apresenta granulações grosseiras basofílicas, que recobrem o núcleo na maioria das vezes e normalmente possuem dimensões menores que os neutrófilos (RANZANI-PAIVA, 2007).  Agranulócitos Estes são encontrados em diferentes proporções e quantidades e são a base do desenvolvimento do chamado "contagem diferencial de leucócitos" ou "diferencial do sangue", que é usado para estabelecer a condição fisiológica normal e outras condições de saúde (MUTIS & RAMIREZ, 2003).  Linfócitos Os linfócitos são células predominantemente arredondadas, de tamanho variado, com o citoplasma basofílico e sem granulações visíveis; o núcleo possui forma arredondada, cromatina densa, sendo
  • 25. 14 elevada a sua relação com o citoplasma. Os linfócitos, em geral, apresentam projeções citoplasmáticas, o que facilita diferenciá-los dos trombócitos nas extensões sanguíneas. (MATOS & MATOS, 1995), explicam que durante o estudo sanguíneo a contagem diferencial de leucócitos é comum à observação de linfócitos com tamanhos distintos, classificados em pequenos ou grandes. Os linfócitos funcionam como a segunda linha de defesa após neutrófilos. Tem um papel na produção de anticorpos, o seu baixo número de problemas relacionados com stress crónico, o crescimento, a lesão ou a um animal com nervosismo, pode aumentar problemas crónicos, tais como o cancro ou infecções (MUTIS & RAMIREZ, 2003). Figura 1: Imagem ampliado por objectiva 100x ilustrativa de linfócitos.  Monócitos Os monócitos são células grandes de formatos esféricos, ocasionalmente arredondadas ou apresentam-se irregulares ou polimorfismo; O núcleo é pequeno, excêntrico, com a cromatina densa e não se observa a presença de nucléolo; citoplasma é intensamente basofílico e podem
  • 26. 15 apresentar prolongamentos citoplasmáticos e com presença de vacuolização; são considerados células em trânsito no sangue periférico; (THRALL et al, 2004). Eles atuam na reação inflamatória e resposta imunológica nas quais ocorre a fagocitose, sendo de extrema importância aos mecanismos de defesa do hospedeiro. São células de grande importância para a sua presença em processos de reparação, tem função de absorção de tecido danificado após a lesão. Como os eosinófilos, a pouca quantidade de células para iniciar o processo e, em seguida, mostra um aumento quando eles já são produzidos novas células (MUTIS & RAMIREZ, 2003). Figura 2: Imagem ilustrativa de monócito de coelho, ampliado a objectiva 100x. 2.7. Glóbulos vermelhos (GV) BOFFI (2007) descreveu os glóbulos vermelhos como um tipo de numerosas células no corpo, a produção ocorre na medula óssea, requerendo 6 a 8 dias para atingir a maturidade, os eritrócitos são essenciais para o transporte de oxigénio para os tecidos através do sistema vascular, as primeiras são extraídas e removido pelo baço. A função dos eritrócitos é transportar hemoglobina
  • 27. 16 pigmento respiratório dos pulmões para os tecidos do corpo, porque atrai e liberta oxigénio da hemoglobina distribuir o referido elemento ao longo do corpo (VOIGT, 2003). Conforme (MATOS, 1995), as perdas sanguíneas ou anemias hemorrágicas podem ser agudas devido a traumas, desordens da coagulação e deficiência de vitamina K, ou crônicas por lesões gastrointestinais, trombocitopenias e ação de parasitas. A destruição acelerada dos eritrócitos pode ocorrer por parasitas sanguíneos, vírus, bactérias, doenças metabólicas e intoxicações. A diminuição da produção dos eritrócitos pode acontecer por doença renal crônica, deficiência de proteínas e minerais, como ferro, cobre, cobalto, selênio, deficiência de vitaminas, doenças inflamatórias e agentes infecciosos. 2.7.1. Hemoglobina A hemoglobina é um tetrâmero composto de duas de cada dois tipos de cadeias de globina, a alfa e a beta. Cada uma dessas cadeias contém cerca de 141 aminoácidos. Existem quatro grupos heme por proteína; estes possuem um íon de ferro no seu centro, que liga a molécula de O2. É uma proteína alostérica, pois a ligação e a liberação do oxigênio é regulada por mudanças na estrutura provocadas pela própria ligação do oxigénio ao grupo heme, (BRAUNITZER et al, 1978). A medida do valor da hemoglobina é a mais importante na avaliação da série vermelha. Quando os valores encontrados estiverem abaixo dos valores normais (considerando-se as variações de sexo e idade), pode-se diagnosticar anemia; e quando tais valores forem superiores aos normais, acompanhados por aumento de eritrócitos, permite o diagnóstico de uma policitemia ou eritrocitose (VERRASTRO & LORENZI, 1998). 2.7.2. Hematócrito É definida como a fracção de volume de eritrócitos que ocupa um volume de sangue (COBY, 2003), de acordo com VOIGT (2003), HTC significa "dividir ou separar o sangue" é utilizado para estudar processos de desidratação e anemia sendo o objectivo de medir o volume de células compactadas pela percentagem de eritrócitos circulantes no sangue periférico. O hematócrito também pode mudar decorrente de outras causas, como é o caso do aumento da atividade eritropoiética do baço e do rim oriunda do estresse, enquanto que a deficiência de nutrientes deprime a produção de eritrócitos, trombócitos e leucócitos. De acordo com
  • 28. 17 (TAVARES-DIAS & MORAES, 2004), a alteração do hematócrito mediante o estresse ocasiona hemoconcentração ou hemodiluição; na hemoconcentração pode ser pela liberação de eritrócitos pelo baço; na hemodiluição a redução nos valores do hematócrito. 2.7.3. Índices hematimétricos Os índices hematimétricos são divididos em três, e encontrados através de relações matemáticas utilizando as variáveis mencionadas acima nomeadamente GV, HGB e HTC. O primeiro é chamado de volume globular médio (VGM), que define o volume médio das hemácias da amostra de sangue, ele é calculado através da razão entre o hematócrito e o número de hemácias, e serve como parâmetro de classificação entre as diversas anemias. A Hemoglobina globular média (HGM), diz quanto de hemoglobina há nas hemácias e pode ser calculada pela divisão da dosagem de hemoglobinas pelo número de hemácias. A concentração de hemoglobina globular média (CHGM), diz a concentração de hemoglobina dentro de uma hemácia e pode ser calculado através da razão entre HGM e VGM (TAVARES-DIAS 2004). Os índices hematimétricos podem ser utilizados no controle de patologias e estresse, seja qual for a causa e ainda demonstram o estado fisiológico do animal. O volume globular médio, a hemoglobina globular média e podem ser calculados e derivam através (hemoglobina, hematócrito e eritrócitos), de acordo com MATOS (1995) & TAVARES-DIAS (2004). O volume globular médio está relacionado com a dinâmica cardíaca e com o fluxo sanguíneo. A Hemoglobina globular média demonstra como está a função respiratória.  Volume globular médio (VGM) É o volume médio de eritrócitos expressa em fentolitros (fL). VGM pode ser visto a partir do exame microscópico de uma extensão de revólver. O VGM é geralmente elevado em casos de anemia (VOIGT, 2003). O volume relativo das hemácias dentro do volume de sangue é fornecido pelo volume globular (VGM) ou hematócrito, que é expresso percentualmente. Indiretamente permite avaliação do índice ictérico, estimativa do número de leucócitos e concentração de hemoglobina. O VGM é o indicador mais rápido, preciso e barato de anemia e um dos mais importantes exames entre os parâmetros da série vermelha do sangue, mas deve ser interpretado mediante conhecimento prévio do estado de hidratação e estresse (SMITH, 1991).
  • 29. 18  Hemoglobina globular média (HGM) A hemoglobina globular média é dada pela relação entre o valor da hemoglobina em gramas por dl e a contagem dos eritrócitos; seu resultado é em picogramas (pg) ou em micro- microgramas (µg). Indica a quantidade de hemoglobina em cada eritrócito, informando o tipo de anemia: hipocrômica (eritrócito com pouca hemoglobina) e hipercrômica (eritrócito com muita hemoglobina) (VERRASTRO & LORENZI, 1998). Formula de hemoglobina globular média MCH = Hb (g / dL) x 10 / contagem de eritrócitos (x / UL) A MCH aumenta macrositosis devido ao aumento de volume e aumento da quantidade de eritrócitos e hemoglobina em diminuições microcitose (WEISER, 1995).  A concentração de hemoglobina globular média (CHGM) É a concentração média de hemoglobina de cada célula vermelha do sangue, é expressa em gramas por decilitro. A avaliação da concentração de hemoglobina (g/dL) é importante pelo seu papel no transporte de oxigênio e por estar diretamente relacionada a anemia. É o teste laboratorial mais útil na triagem de anemia, pois reflete diretamente o estado do ferro no organismo (BRIDGES, 1992). Formula de concentração média de hemoglobina globular MCHC = Hb (g / dL) x100 / Hct (%) Os valores elevados da CHGM são devidos a diferentes causas, tais como a lipemia e hemólise, os baixos valores de CHGM podem causar algumas anemias regenerativas, forte tensão, Reticulocitose porque a síntese de hemoglobina não é completa e anemia crónica por deficiência de ferro com microcitose marcado (WEISER, 1995). 2.8. Plaquetas Plaquetas são porções do citoplasma de uma célula encontradas na medula óssea (megacariocítica) e apresentam uma variedade de tamanhos e formas, o seu papel é contribuir para coágulo (THRALL, 2004). Atualmente considera-se que a maneira mais satisfatória de contar plaquetas é através de contadores automatizados, os quais procedem à contagem de plaquetas por tecnologia de impedância, de dispersão de luz, ou com ambas. Preferencialmente, as contagens de plaquetas
  • 30. 19 são feitas em sangue venoso anti coagulado com ácido etilenodiamina tetra-acético (EDTA). A formação de coágulos e agregação plaquetária são fontes de erros na contagem de plaquetas. Quando se constata uma diminuição na quantidade de plaquetas diz-se que ocorre uma plaquetopenia ou trombocitopenia e no caso de aumento, diz-se que ocorre plaquetose ou trombocitose (FAILACE, 2003). 2.9. Contagem diferencial de células O diferencial de leucócitos é usado para avaliar a distribuição e morfologia dos glóbulos brancos, fornecendo informação mais específica sobre o sistema imune do animal do que a contagem de leucócitos isoladamente. Os glóbulos brancos são classificados de acordo com os cinco tipos principais definidas acima, nomeadamente: neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos – sendo determinada a percentagem de cada tipo. A contagem diferencial é o valor percentual de cada tipo de glóbulo branco no sangue. O número absoluto de cada tipo de glóbulo branco é obtido por meio da multiplicação do valor percentual de cada tipo pela contagem total de glóbulos brancos. Os altos níveis desses glóbulos brancos estão associados com diversas respostas imunes e anormalidades. Algumas vezes é solicitada uma contagem de eosinófilos como um teste de acompanhamento, quando é relatado um nível elevado ou deprimido de eosinófilos. (VERRASTRO, 1998). 2.10. Factores que afectam os parâmetros hematológicos Com o desenvolvimento da hematologia clínica veterinária demonstrou se cientificamente que, fatores de variabilidade primários, tais como: condições ambientais, tipo de criação, alimentação, raça, idade e sexo, tem influência sobre os constituintes sanguíneos em várias espécies e as diferenças entre os valores normais obtidos por vários pesquisadores devem-se a estes fatores (JAIN, 1993). As condições ambientais e regionais, o tipo de criação e alimentação, a qualidade do alimento, higiene, variações estacionais, número de animais, raça, idade, sexo e condições patológicas subclínicas, influênciam significativamente nos resultados laboratoriais dos coelhos JAIN, 1993).
  • 31. 20 Alguns valores sanguíneos são significativamente influênciados pela idade, sexo e raça. Os distúrbios emocionais, exercícios árduos, em que se tenha contração esplênica, consequentemente envio de células para a circulação, influênciam alguns parâmetros hematológicos, como número de eritrócitos e plaquetas. O aumento no número de neutrófilos circulantes ocorre com a mobilização de células do pool marginal para os capilares. O número de linfócitos, particularmente em animais jovens, é igualmente elevado por distúrbios emocionais e exercícios, devido ao aumento da circulação destes leucócitos nos ductos torácicos (JAIN, 1993). 2.10.1. Maneio alimentar É um conjunto de actividades que atendem não apenas às necessidades diárias básicas, como ainda para manter ou ganhar o peso, produzir o leite satisfatoriamente e atingir índices nutricionais para manter as funções produtivas e reprodutivas do animal. O alimento deve responder as exigências do animal, de acordo com a fase produtiva ou categoria animal (LIENER, 1981).No sistema intensivo e semi-intensivo, a alimentação é feita á base de rações comerciais balanceadas e a sua administração deve obedecer uma proporção do peso vivo. Assim, de acordo com LIENER (1981) recomenda-se a suplementação com alimentos fibrosos, em destaque as gramíneas, e em algumas vezes as leguminosas e folhas e raízes tuberosas de algumas plantas comumente usadas na alimentação humana, obedecendo a desidratação prévia, de modo a evitar a fermentação no trato digestivo, resultando em diarreias, timpanismo e pouca ingestão. 2.10.2. Maneio sanitário O maneio sanitário compreende um conjunto de procedimentos técnicos e científicos que visam prevenir, inibir a ocorrência e a disseminação de agentes patogénicos (parasitas, bactérias, fungos e vírus) assim como no tratamento de casos de casos de doenças. Dentre várias actividades sanitárias, as principais são: higienização, desparasitações e tratamento de doenças (LIENER, 1981).A higienização consiste em limpeza e a desinfecção frequente das instalações. Segundo o autor, a limpeza visa eliminar matéria orgânica como pelos e dejectos e matéria inorgânica como depósitos de sais provenientes da água e da urina, lavagem dos comedouros e bebedouros. A desinfecção é feita através de pulverização com princípios activos químicos, lança chama e vapor
  • 32. 21 de água, associado á medidas de biossegurança tais como: construção de pedilúvios e rodolúvios, inibição de entrada de pessoas estranha dentro do pavilhão e limpezas ao redor do mesmo. As principais doenças que afectam os coelhos são infecciosas, geralmente as de origem bacteriana como pasteurelose, salmonelose, coccidiose, conjuntivite e pododermatite; parasitarias como as sarnas, diarreias; fúngicas como, dermafitoses; virais como mixomatose e fibroma de shop e protozoárias como toxoplasmose, coccidiose hepática e intestinal. Dentre estas as mais comuns são as doenças parasitárias, como coccidiose, sarnas auriculares, pasteureloses e pododermatite. O seu tratamento recorre-se a antiparasitários, coccidiostaticos e antibióticos (LIENER, 1981).
  • 33. 22 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1. Caracterização da área de estudo O estudo foi realizado no Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), localizado no distrito de Boane, província de Maputo, com coordenadas geográficas 23,03º de latitude sul e 23,32º de longitude este (MAE, 2005). O distrito apresenta um clima tropical com duas estações, sendo uma chuvosa e outra seca. A temperatura média anual é de 23.7ºC, com precipitação de 752 mm e humidade relativa de 80.5% (MAE, 2005). Apresenta uma rede hidrográfica constituída pelas bacias dos rios Umbeluzi, Tembe e Matola, incluindo afluentes do rio Umbeluzi (Movene e Nwlate), os solos são arenosos, areno-argilosos e argilosos (MAE, 2005). Apresenta uma população estimada em 134 mil habitantes, dos quais 72.452 mil estão na faixa etária entre 15 a 64 anos. Cerca de 77% da população são trabalhadores do sector familiar, 36% são do sector formal (INE, 2007) e cerca de 48% da população prática actividade agrária (MAE, 2005). 3.2. Delineamento experimental Foi usado delineamento completamente causalizado (DCC), com um total de 30 animais da raça chichila, machos e fêmeas, de entre 12 a 14 semanas e peso médio de 1200g. Constituiu-se cinco unidades experimentais e seis repetições. As unidades experimentais foram distribuídas aleatoriamente em gaiolas individuais de 40x50x60 cm, previamente desifenctadas e disponibilizados comedouros, bebedouros e acondicionados sob temperatura e humidade similar. As dietas experimentais foram compostas por: 100% de soja (T1), 75% de soja e 25% de moringa oleífera (T2), 50% de soja e 50% de moringa oleífera (T3), 100% de moringa oleífera (T4) e o controlo (T5) fornecido ração peletizada. Durante o período de adaptação, os animais receberam ração industrial peletizada, desparasitados e pesados diariamente para a uniformização do peso. A administração da ração obedeceu 5% do peso vivo do animal e ajustada no intervalo de dois em dois dias. Durante o experimento, também foi fornecido panicum maximum, por forma a permitir maior retenção e absorção dos alimentos e evitar possíveis diarreias, conforme recomenda HERNANDEZ & ZOTTE, (2010). As pesagens e administração dos alimentos eram feitas no
  • 34. 23 período da manhã, das 6h:00 as 7h:00. Em todos os tratamentos, os animais receberam água fresca ad libitum, conforme recomenda (UGWUENE, 2011). 3.3. Formulação e balanceamento das dietas As dietas foram formuladas localmente obedecendo as exigências nutricionais da raça e da fase produtiva. As mesmas foram compostas por milho, soja, foragem, óleo de soja, farelo de trigo, farelo de milho, moringa oleífera, NaCl, premix mineral, premix vitamínico. A inclusão da moringa oleífera foi a níveis de 25%, 50% e 100% (Tabela 3). Tabela 3: Quantidade (Kg) dos ingredientes usados na formulação das dietas por tratamento Níveis dietéticos Ingredientes T1 T2 T3 T4 Milho 4,961 4,796 4,961 4,961 Soja 11,576 8,682 5,788 0,000 Forragem 3,804 3,804 3,175 2,811 Óleo de soja 0,992 1,158 1,290 1,323 Farelo de trigo 8,269 8,269 8,269 8,269 Farelo de milho 3,308 3,308 3,638 3,969 moringa 0,000 2,894 5,788 11,576 NaCl 0,132 0,132 0,132 0,132 Premix mineral 0,017 0,017 0,017 0,017 Premix vitamínico 0,017 0,017 0,017 0,017 Total 33,075 33,075 33,075 33,075 Fonte: propriedade do autor 3.4. Recolha de amostras, transporte e processamento hematológico Para a colecta de sangue, foram selecionados aleatoriamente 15 animais, sendo três animais por tratamento, conforme recomenda (GBORE, 2010). Os animais foram previamente contidos, tendo sido desinfectados na região de colecta do sangue (pavimento auricular) e feita a respectiva tricotomia com auxílio a um barbeador por forma a facilitar a observação da veia auricular. Para a
  • 35. 24 recolha, foi feita uma punção na veia auricular, tendo condicionada a ocorrência da vasodilatação e de seguida introduziu-se uma agulha estéril e por cada animal colheu-se 2,5 ml de sangue. As amostras foram colhidas em tubo contendo EDTA na concentração de 10 mg/dl e misturado fazendo movimentos de inversão lento para evitar a coagulação e hemólise sanguínea, segundo recomenda (FELDMAN, 2000). Posteriormente as amostras foram acondicionadas numa temperatura de 4 a 8ºC e transportadas num colman eletrónico para o laboratório de hematologia na Faculdade de Veterinária, tendo sido conservadas numa geleira a mesma temperatura, posteriormente efectuado o devido processamento hematológico. Posteriormente, as amostras contendo EDTA, foram submetidas ao processamento numa maquina mindray Mozambique Scietntific Laboratory Solution Since1999 BC-2800. Para o efeito, foi usado o reagente m-18r rinse, diluente m-30d e caixa de lixo. 3.5. Determinação dos parâmetros hematológicos A análise hematológica foi feita através do processo de citometria de fluxo (Celm CC510), tendo sido determinada o eritrograma (série vermelha - GV), leuco grama (série branca - GB) e plaquetas. Também determinou se o hematócrito (HCT), dosagem de hemoglobina (HGB); os índices hematimétricos nomeadamente o volume globular médio (VGM), hemoglobina globular média (HGM) e a concentração da hemoglobina globular média (CHGM). Estes parâmetros foram avaliados por BC-2800 Analisador de Hematologia, as configurações recomendadas e calibração para hematologia de coelhos foram aplicados de acordo com o manual de operação funcional do fabricante. 3.6. Quantificação dos leucócitos A quantificação morfológica dos leucócitos foi feita pelo método de varredura, que consistiu na contagem diferencial de células, onde usou-se o corante rapidiff stain set, pelo facto de ser mais eficiente na secagem comparativamente à corrante de guims, a análise foi feita no microscópio óptico a objectiva de 100x, conforme recomenda (ALAYANDE, 2003). A contagem diferencial de glóbulos brancos determinou a percentagem de neutrófilos jovens e adultos, monócitos, linfócitos, eosinófilos e basófilos.
  • 36. 25 3.7. Análise de dados Para análise dos parâmetros referentes a glóbulos brancos (GB), glóbulos vermelhos (GV) e plaquetas (PLT), estes foram organizados no Libre Ofice versão 5 e posteriormente analisados no pacote estatístico SISVAR. 5.3, tendo sido determinada a ANOVA. Para análise do grau de significância foi aplicado o teste de Tukey a 5%. Também se fez análise da regressão linear da contribuição de cada tipo de ração com o volume dos glóbulos sanguíneos a 95% de confiança no pacote estatístico STATA, versão 13.1. O estudo não avaliou:  Factores anti nutricionais da moringa oleífera.  Parâmetros bioquímicos dos coelhos.
  • 37. 26 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1. Determinação da proporção dos globos brancos e vermelhos em coelhos alimentados com ração incluída diferentes níveis de moringa oleífera  Glóbulos brancos Os dados do estudo demostraram ocorrência de variações nas proporções dos glóbulos brancos (Tabelas 4). Tabela 4: Análise de variância de parâmetros hematológicos (GB) por tratamento. Glóbulos brancos Parâmetros hematológicos T1 T2 Tratamentos T3 T4 T5 CV (%) Leucócitos (10⁹ / L) 5.3 a1 11.0 a2 10.6 a2 5.0 a1 9.3 a2 9.80 Neutrófilos. J (%) 3 a3 0 a1 2 a2 3 a3 0 a1 0.00 Neutrófilos. A (%) 35.0 a1 48.6 a2 51.0 a2 57.3 a3 50.0 a2 4.86 Linfócitos (%) 45.0 a2 43.6 a2 36.0 a1 33.3 a1 44.0 a2 4.38 Monócitos (%) 2 a1 2 a1 5 a2 2 a1 2 a1 0.00 Eosinófilos (%) 10.3 a3 5.0 a1a2 6.0 a2 3.6 a1 4.0 a1a2 14.76 Basófilos (%) 2.0 a3 1.0 a2 0.0 a1 1.0 a2 0.0 a1 0.00 Com a excepção do T4, que apresentou proporção dos glóbulos brancos inferior ao padrão normal, nos T2 e T3, as proporções dos glóbulos brancos foram superiores comparactivamente ao T5. Apesar disso, o teste de TUKEY a 0.05, demostrou não existirem diferenças estatisticamente significativas entre os mesmos. O T2, para além de apresentar proporções superiores dos glóbulos brancos, grande parte dos seus valores, nomeadamente eosinófilos, basófilos, monócitos, linfócitos, neutrófilos jovens, encontram-se dentro dos parâmetros normais, similarmente ao
  • 38. 27 controle (T5), com excepção dos valores de neutrófilos adultos, que se encontram fora dos parâmetros normais. Contrariamente, no T1 e T3, apenas os valores de basófilos, monócitos e linfócitos, estão dentro do intervalo óptimo. A elevada resposta dos glóbulos brancos observados no T2, converge com a hipótese (1) do estudo, uma vez que a mesma previa elevada resposta imunológica em pelo menos um dos tratamentos experimentais. Entre os tratamentos, o T2 também apresentou respostas imunológicas superiores aos restantes. Estudo de ODETOLA (2012), sobre parâmetros bioquímicos e hematologicos de coelhos suplementados com moringa, também observou elevada resposta imunológica em coelhos alimentados com 15 a 30 % de moringa oleífera, em relação aos alimentados somente com ração industrial. Para THRALL, (2004), a inclusão de 25% de moringa oleífera na ração, para além de auxiliar no aumento da resposta imunológica, estimula a elevada regeneração tecidual, pelo facto de permitir maior recuperação dos processos inflamatórios, absorção de tecidos necrosados e prevenção de várias doenças, em relação as rações industriais. Apesar do estudo não ter avaliado a influência dos factores anti nutricionais, THRALL, (2004) defende a possibilidade de existência de uma elevada proporção de factores anti nutricionais, que favorecem a danificação dos tecidos. Por outro lado, a baixa proporção dos glóbulos brancos (GB) observados no T4, comparativamente aos valores normais, foi influênciado pelo excessivo uso da moringa oleífera (100%). Para ONU PN & ANIEBO AO, (2007), o uso da moringa oleífera a 100%, contrariamente ao esperado, exacerba a imunidade dos animais, influênciando para a ocorrência de desequilíbrio na imunidade esperada, resultando na autodestruição hematológica e consequentemente na redução da imunidade. Quanto ao Coeficiente de variação (CV), BANZATTO & KRONKA, (2006) descrevem que o mesmo é usado para auferir o nível de variabilidade dos resultados de um estudo, expresso em percentagem e ajuda a compreender a precisão do experimento, pois quanto menor for o CV, maior é a precisão. GARCIA, (1989), descreve que o CV pode ser classificado como sendo baixo, quando o seu valor se encontra abaixo de 10 %, médio entre 10 a 20 %, alto quando se encontram entre 20 a 30% e muito alto quando supera 30 %. No presente estudo o CV foi alto ao nível dos neutrófilos, leucócitos, monócitos, basófilos e linfócito (0 a 9.8), exceptuando os eosinófilos, cujo valor foi
  • 39. 28 médio (14,76), representam alta precisão do estudo e acurácia dos resultados. THRALL, (2004), também observou resultados similares em coelhos suplementados com 25% de moringa oleífera. Relactivamente aos glóbulos vermelhos e plaquetas, verificou-se diferenças nas respostas imunológicas entre os diferentes tratamentos e o controle (tabela 5). Tabela 5: Análise de variância de parâmetros hematológicos (GV e PLT) por tratamento. Glóbulos vermelhos e Plaquetas Parâmetros hematológicos T1 T2 Tratamentos T3 T4 T5 CV(%) Eritrócitos (10⁹ / L) 6.3 a1 10.0 a2 6.3 a1 5.3 a1 5.6 a1 13.83 Hemoglobina (g/L) 106 a2 177 a3 107.3 a2 99.3 a1 108 a2 1.43 Hematócrito (%) VGM (pg) 38.0 a2 65.0a1 64.0 a3 65.0a1 38.0 a2 67.0a1 34.0 a1 65.0a1 37.6 a2 65.0a1 2.20 1.53 HGM (fL) 18.0 a1 18.0 a1 20.0 a1 19.0 a1 19.3 a1 4.93 CHGM (g/L) 277 a1 274.3 a1 280 a1a2 292 a3 286 a2a3 1.14 Plaquetas (10⁹ / L) 425.3 a3 202.6 a1 553.0 a5 265.0 a2 452.3 a4 0.20  Glóbulos vermelhos Na tabela 5, são apresentados os valores dos parâmetros hematológicos em função de diferentes níveis de inclusão da moringa oleífera para cada tratamento. O T2, apresentou proporções de glóbulos vermelhos superiores, relactivamente nos eritrócitos, hemoglobina e hematócritos, comparactivamente ao T5, convergindo com a hipótese (1) do estudo, significando que a inclusão de 25% de moringa oleífera, melhora os processos metabólicos, dada elevada retenção e transporte de oxigénio pela hemoglobina (FAILACE et al, 2003), melhorando deste modo as condições vitais dos animais. UGWUENE MC (2011), sustenta que a hemoglobina desempenha importante papel
  • 40. 29 no transporte de oxigénio para os tecidos de origem animal para a oxidação de alimento, resultando no aumento de energia para o exercício das funções corporais vitais. Os índices hematimétricos, nomeadamente a hemoglobina globular média (HGM) e concentração de hemoglobina globular média (CHGM) foram significativamente (p <0,05) afectadas por T1, T2, T3 e T4, similarmente ao T5, enquanto que no volume globular médio (VGM) os tratamentos foram similares ao T5, com a excepção do T3. Entretanto os índices hemateméticos são medidos por massa relactiva do sangue e que participam no transporte de oxigénio e nutrientes absorvidos. Apesar das discrepâncias acimas descritas, o volume globular médio, em todos os grupos de tratamento variou de 65-67 que são valores considerados normais, segundo descreve (ONIFADE, 1993). Entre os tratamentos, o T2 foi o que mostrou diferenças significativas (P<0,05) e T1 mostrou valores mais baixos, corroborando com os achados de JIWUBA PC (2016), onde observou que administração de 100% de soja afecta significativamente os glóbulos vermelhos. Para JIWUBA PC (2016) & ONYEKWERE MU (2016), a inclusão de 100% de soja na ração, pode causar toxicidade, afectando negativamente o volume do sangue, conforme observado no T1. No que concerne ao nível de precisão, o coeficiente de variação (CV) para VGM, HGM e CHGM mostrou se alto variando de (1.14 – 4.93) o que significa que as inferências baseadas nos dados de ensaio foram seguras.  Plaquetas (PLT) Para plaquetas, o T3 mostrou melhor desempenho em relação ao tratamento controle T5 e os demais tratamentos. tendo o valor mais elevado (553g/ dl). Apesar disso, os valores registados em todos os tratamentos, estiveram dentro do intervalo normal, tendo variado de 100-702. Estes valores, implicam que os tratamentos experimentais, sobretudo o T3, apresenta um efeito positivo na estimulação dos factores responsáveis pela coagulação. E quanto ao coeficiente de variação apresentaram uma alta precisão de (0,20), por tanto os resultados de plaquetas corroboram com, (JIWUBA PC, 2016).
  • 41. 30 4.2. Contribuição dos diferentes tipos de dieta na proporção dos glóbulos brancos e vermelhos. A relação entre o tipo de dieta ministradas e a proporção dos glóbulos brancos, mostrou se a existência duma relação positiva muito forte no tratamento T2 (R2=0,94), similarmente ao T5 (R2 = 0,95) (Tabela. 6), convergindo com a hipótese (2) que previa uma relação positiva muito forte em pelo menos um dos tratamentos, significando que a produção de 94% e 95% dos glóbulos brancos registados no T2 e T5 respectivamente, são explicados pelo tipo de ração. Estudos de ODETOLA (2012) também observaram elevada proporção dos glóbulos brancos ao suplementar coelhos com 15 a 25% de moringa oleífera. Relactivamente aos tratamentos T1, T3 e T4 (r2=0,31; 0,34; 0,69), a relação foi moderada, indicando também um óptimo desempenho das rações experimentais Figura 3: Relacção linear entre diferentes tipos de dieta incluída moringa oleífera e os glóbulos brancos 0.31% 94% 3.40% 69% 95% 0.00% 10.00% 20.00% 30.00% 40.00% 50.00% 60.00% 70.00% 80.00% 90.00% 100.00% Tratamento 1 Tratamento 2 Tratamento 3 Tratamento 4 Tratamento 5 R²
  • 42. 31 Figura 4: Relacção linear entre diferentes tipos de dieta incluída moringa oleífera e os glóbulos vermelhos Ao nível dos glóbulos vermelhos, o tratamento T2 mostrou uma contribuição positiva muito forte (R2=0,79) em relação ao controle (R2= 57). Estes resultados corroboram com os encontrados por ISAAC (2013), que sustenta que a inclusão de 25% de moringa oleífera tem uma contribuição positiva muito forte em animais jovens. Em contrapartida, os tratamentos T3 e T4, mostram correlação negativa (0,03 e 0,004), indicando que a incorporação a níveis muito alto, 50% e 100% de moringa oleífera, podem ser prejudiciais aos animais, e não contribuem para a sua imunidade. 37% 80% 3.40% 0.41% 57% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% Tratamento 1 Tratamento 2 Tratamento 3 Tratamento 4 Tratamento 5 R²
  • 43. 32 5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 5.1. Conclusão O estudo avaliou a influência da moringa oleífera nos parâmetros hematológicos de coelhos tendo concluído que:  A proporção dos glóbulos brancos e vermelhos, a ração incorporada 25% de moringa oleífera, foi a que mostrou resultados similares aos coelhos alimentados com ração comercial, exceptuando basófilos, eritrócitos e plaquetas.  A ração incorporada 25% de moringa oleífera contribuiu sigrnificativamente na produção de glóbulos brancos, eritrócitos, hemoglobina, hematócritos e volume globular, em relação a ração comercial que apenas mostrou contribuição positiva para os neutrófilos adultos, leucócitos e plaquetas. 5.2. Recomendações Com base nos resultados do estudo, recomenda-se: Aos investigadores  Realização de estudo com a incorporação da análise dos parâmetros hematológicos e bioquímicos, afim de perceber a influência da moringa na regeneração de órgãos afectados por agentes patogénicos.  Inclusão da análise da influência de factores anti nutricionais nos parâmetros hematológicos. Aos produtores  Formulação de ração com a inclusão de 25% de moringa oleífera.
  • 44. 33 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS  ADEREMI FA. Efeitos da substituição de farelo de trigo com sieviate mandioca completados ou não suplementada com enzima na hematologia e bioquímica do soro de pintos pullet. Trop. J. Animal Sci, 2004.  ALAYANDE L. Parâmetros Hematológicos bioquímicos de coelhos infestados experimentalmente com Psoroptes cuniculi. Jornal nigeriano de Parasitologia. 2003.  AYA, Ve, Ayanwale. Hematológica e bioquímica sérica índices de frangos alimentados rúmen filtrado fermentado dieta à base de palmiste refeição. 2013.  BANZATTO, David Ariovaldo; KRONKA, Sérgio do Nascimento. Experimentação Agrária. 4ª Edição. Jaboticabal. 2006.  BRAUNITZER, G. B. Schrank., A. C. Stangl e bauer. A interacção entre o fosfato e proteína, e a respiração da chama, o feto humano e o cavalo. Physiol. Chem 359 (5) :. 547-58. 1978.  BELEWU MA, Ogunsola FO. Índices hematológicos de cabras alimentadas por fungos Jatropha curcas núcleo bolo em uma ração misturada. j. agric. biotechnol. Sustente. Dev. 2010.  BRIDGES, T. C. Modelando o crescimento fisiológico de suínos. Parte I: lógica do modelo e conceitos de crescimento. Transações de asae, 1992.  BURKE J. O cuidado clínico e medicina de coelho para animais de estimação, em: Proceedings of the Conference Veterinária Michigan, 1994.  COBY, B. Centro de nutrição eqüina - cavalo 1 exame de sangue para o cavalo do esporte. Rev, 2003.  DUKES, HH. A fisiologia dos animais domésticos. 7ª edição. Baldes Tindall and Co. Londres. 1955.  ETIM, N. A. N. et al. efeitos de nutrição em hematologia de coelhos. European Scientific Journal. 2014.
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  • 46. 35  LIENER, I.E. The nutritional significance of the plant lectins. In: Ory, R.L. Antinutrients and natural toxicants in foods. Westport: Food & Nutrition Press. p.143-157. 1981.  MAE, Perfil do Distrito de Boane, Província de Maputo; Edi. Ministério da Administração Estatal 2005.  MAKKAR HPS, BECKER K. nutricional valor e componentes anti nutricionais de todo e o álcool extraído folhas de moringa oleifera. Animal Feed Science and Tecnologe. 1996.  MATOS, M. S.; MATOS, P. F. DE. Laboratório Clínico Médico-Veterinário. Editora Atheneu. 2ª ed. Sp/rj/bh. 238p. 1995.  MILLER, O; GONÇALVES, Laboratório Para o Clínico, 8ª edição. São Paulo, Editora Ateneu, 120p, 1995.  MUTIS E. A. RAMIREZ. Identificação e análise dos valores fisiológicos pré e pós-exercício em uma população de eqüinos atletas saltar em Bogotá. Colômbia. Universidad de la Salle. Faculdade de Medicina Veterinária, Bogotá, Colômbia. 2003.  ODETOLA. A utilização de moringa (moringa oleífera) como substituto da farinha de soja em dietas de coelhos. School. J. Agric. 2012.  ONU PN,ANIEBO AO. Influência da moringa oleífera farinha de folhas sobre o desempenho e sangue química de frangos de corte de partida. Jornal Internacional de Alimentação, Agricultura e Ciências Veterinárias. 1 (1): 38-44. 2011.  RANZANI-PAIVA. Hematologia como ferramenta para avaliação da saúde de peixes. In: 2º Simpósio de Nutrição e Saúde de Peixes, 2007. Anais... 2º Simpósio de Nutrição e Saúde de Peixes. Botucatu, São Paulo. Universidade Estadual Paulista, 74p. 2007.  REBAR, A.H.; FELDMAN, B.F.; Guia de Hematologia para Cães e Gatos. São Paulo: ROCA, p.77-79. 2003.
  • 47. 36  SATAKE, F. Distúrbios morfológicos em células sanguíneas de peixes em cultivo: uma fe rramenta prognóstica. In. : Manejo e sanidade de peixes em cultivo. 1º ed. Macapá: Embrapa Amapá, p. 330-45, 2009.  SMITH, R.D. Veterinary Clinical Epidemiology. Boston: Butterworth-Heinmann, 234p, 1991.  TAVARES-DIAS, M., MORAES, F. R.Hematologia de peixes teleósteos. Ed.Eletrônica e Arte Final. Ribeirão Preto-SP. 144 paginas, 2004.  THRALL. Manual de radiologia diagnóstica veterinária, 4ª ed. Editorial Elseiv Saunder. 2004.  UGWUENE MC. Efeito da refeição dietética palmiste para o milho na química hematológica e soro da Turquia frango. Nigeriana Journal of Animal Science; 13: 93103. 2011.  VERRASTRO, T.; LORENZI. S. N. Hematologia e hemoterapia: fundamentos de morfologia, fisiologia, patologia e clínica. São Paulo: Atheneu, cap. 3, p.19-23. 1998.  VOIGT, GL. Conceitos e hematológica para veterinários, técnicas ed. Acribia SA Zaragoza. Espanha. 2003.  WEISER, G. Tecnología Hematológica para o diagnóstico de anemias. In: Bonagura. Editorial Pequenos Animais Therapeutics veterinários. 1995.
  • 49. Anexo I: Layout do ensaio e legenda Layout do ensaio Tratamentos T1 T2 T3 T4 T5 Legenda T1- Tratamento com inclusão de 100% de soja e 0% de moringa oleífera. T2- Tratamento com inclusão de 25% de moringa oleífera. T3- Tratamento com inclusão de 50% de moringa oleífera. T4- Tratamento com inclusão de 100% de moringa oleífera. T5- Tratamento controle. T5 T1 T3 T4 T3 T5 T1 T4 T5 T1 T4 T2 T4 T2 T3 T2 T3 T5 T1 T2 T4 T5 T2 T3 T2 T1 T5 T1 T4 T3 Machos Fêmeas 50cm Repetições
  • 50. Anexo II. Mapa do distrito de Boane Fonte:(LOUREIRO,2008)
  • 51. Anexo III: Ficha de dados
  • 52. Anexo IV: Resultados de hemograma.
  • 53. Anexo V: Tabelas de análise de variância. Variável analisada: WBC Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y ) -------------------------------------------------------------------------------- TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA -------------------------------------------------------------------------------- FV GL SQ QM Fc Pr>Fc -------------------------------------------------------------------------------- TRAT 4 94.666667 23.666667 35.500 0.0000 erro 10 6.666667 0.666667 -------------------------------------------------------------------------------- Total corrigido 14 101.333333 -------------------------------------------------------------------------------- CV (%) = 9.80 Média geral: 8.3333333 Número de observações: 15 -------------------------------------------------------------------------------- Teste Tukey para a FV TRAT -------------------------------------------------------------------------------- DMS: 2.19506761328212 NMS: 0.05 -------------------------------------------------------------------------------- Média harmonica do número de repetições (r): 3 Erro padrão: 0.471404520791032 -------------------------------------------------------------------------------- Tratamentos Médias Resultados do teste -------------------------------------------------------------------------------- T4 5.333333 a1 T1 5.333333 a1 T5 9.333333 a2 T3 10.666667 a2 T2 11.000000 a2 -------------------------------------------------------------------------------- Variável analisada: N_J Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y ) -------------------------------------------------------------------------------- FV GL SQ QM Fc Pr>Fc -------------------------------------------------------------------------------- TRAT 4 27.600000 6.900000 1.0E+0009 0.0000 erro 10 0.000000000E+0000 0.00000000E+0000 -------------------------------------------------------------------------------- Total corrigido 14 27.600000 -------------------------------------------------------------------------------- CV (%) = 0.00 Média geral: 1.6000000 Número de observações: 15 -------------------------------------------------------------------------------- -------------------------------------------------------------------------------- Teste Tukey para a FV TRAT
  • 54. -------------------------------------------------------------------------------- DMS: 0 NMS: 0.05 -------------------------------------------------------------------------------- Média harmonica do número de repetições (r): 3 Erro padrão: 0 -------------------------------------------------------------------------------- Tratamentos Médias Resultados do teste -------------------------------------------------------------------------------- T2 0.000000 a1 T5 0.000000 a1 T3 2.000000 a2 T1 3.000000 a3 T4 3.000000 a3 -------------------------------------------------------------------------------- Variável analisada: N_A Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y ) -------------------------------------------------------------------------------- TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA -------------------------------------------------------------------------------- FV GL SQ QM Fc Pr>Fc -------------------------------------------------------------------------------- TRAT 4 806.266667 201.566667 36.428 0.0000 erro 10 55.333333 5.533333 -------------------------------------------------------------------------------- Total corrigido 14 861.600000 -------------------------------------------------------------------------------- CV (%) = 4.86 Média geral: 48.4000000 Número de observações: 15 -------------------------------------------------------------------------------- Teste Tukey para a FV TRAT -------------------------------------------------------------------------------- DMS: 6.32392845967634 NMS: 0.05 -------------------------------------------------------------------------------- Média harmonica do número de repetições (r): 3 Erro padrão: 1.35810325249756 -------------------------------------------------------------------------------- Tratamentos Médias Resultados do teste -------------------------------------------------------------------------------- T1 35.000000 a1 T2 48.666667 a2 T5 50.000000 a2 T3 51.000000 a2 T4 57.333333 a3 -------------------------------------------------------------------------------- Variável analisada: LIMPH Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y ) -------------------------------------------------------------------------------- TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
  • 55. -------------------------------------------------------------------------------- FV GL SQ QM Fc Pr>Fc -------------------------------------------------------------------------------- TRAT 4 342.266667 85.566667 27.309 0.0000 erro 10 31.333333 3.133333 -------------------------------------------------------------------------------- Total corrigido 14 373.600000 -------------------------------------------------------------------------------- CV (%) = 4.38 Média geral: 40.4000000 Número de observações: 15 -------------------------------------------------------------------------------- Teste Tukey para a FV TRAT -------------------------------------------------------------------------------- DMS: 4.75879318591765 NMS: 0.05 -------------------------------------------------------------------------------- Média harmonica do número de repetições (r): 3 Erro padrão: 1.02198064778373 -------------------------------------------------------------------------------- Tratamentos Médias Resultados do teste -------------------------------------------------------------------------------- T4 33.333333 a1 T3 36.000000 a1 T2 43.666667 a2 T5 44.000000 a2 T1 45.000000 a2 -------------------------------------------------------------------------------- -------------------------------------------------------------------------------- Variável analisada: MON -------------------------------------------------------------------------------- TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA -------------------------------------------------------------------------------- FV GL SQ QM Fc Pr>Fc -------------------------------------------------------------------------------- TRAT 4 20.400000 5.100000 1.0E+0009 0.0000 erro 10 0.000000000E+0000 0.00000000E+0000 -------------------------------------------------------------------------------- Total corrigido 14 20.400000 -------------------------------------------------------------------------------- CV (%) = 0.00 Média geral: 3.8000000 Número de observações: 15 -------------------------------------------------------------------------------- DMS: 0 NMS: 0.05 -------------------------------------------------------------------------------- Média harmonica do número de repetições (r): 3 Erro padrão: 0 -------------------------------------------------------------------------------- Tratamentos Médias Resultados do teste -------------------------------------------------------------------------------- T2 2.000000 a1 T3 3.000000 a2 T1 4.000000 a3 T5 5.000000 a4 T4 5.000000 a4 -------------------------------------------------------------------------------- Variável analisada: EOS Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y ) --------------------------------------------------------------------------------
  • 56. TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA -------------------------------------------------------------------------------- FV GL SQ QM Fc Pr>Fc -------------------------------------------------------------------------------- TRAT 4 87.066667 21.766667 29.682 0.0000 erro 10 7.333333 0.733333 -------------------------------------------------------------------------------- Total corrigido 14 94.400000 -------------------------------------------------------------------------------- CV (%) = 14.76 Média geral: 5.8000000 Número de observações: 15 -------------------------------------------------------------------------------- Teste Tukey para a FV TRAT -------------------------------------------------------------------------------- DMS: 2.30220633514202 NMS: 0.05 -------------------------------------------------------------------------------- Média harmonica do número de repetições (r): 3 Erro padrão: 0.494413232473044 -------------------------------------------------------------------------------- Tratamentos Médias Resultados do teste -------------------------------------------------------------------------------- T4 3.666667 a1 T5 4.000000 a1 a2 T2 5.000000 a1 a2 T3 6.000000 a2 T1 10.333333 a3 -------------------------------------------------------------------------------- Variável analisada: BAS Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y ) -------------------------------------------------------------------------------- TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA -------------------------------------------------------------------------------- FV GL SQ QM Fc Pr>Fc -------------------------------------------------------------------------------- TRAT 4 8.400000 2.100000 1.0E+0009 0.0000 erro 10 0.000000000E+0000 0.00000000E+0000 -------------------------------------------------------------------------------- Total corrigido 14 8.400000 -------------------------------------------------------------------------------- CV (%) = 0.00 Média geral: 0.8000000 Número de observações: 15 -------------------------------------------------------------------------------- Teste Tukey para a FV TRAT -------------------------------------------------------------------------------- DMS: 0 NMS: 0.05 -------------------------------------------------------------------------------- Média harmonica do número de repetições (r): 3 Erro padrão: 0 --------------------------------------------------------------------------------
  • 57. Tratamentos Médias Resultados do teste -------------------------------------------------------------------------------- T3 0.000000 a1 T5 0.000000 a1 T4 1.000000 a2 T2 1.000000 a2 T1 2.000000 a3 -------------------------------------------------------------------------------- Variável analisada: RBC Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y ) -------------------------------------------------------------------------------- TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA -------------------------------------------------------------------------------- FV GL SQ QM Fc Pr>Fc -------------------------------------------------------------------------------- TRAT 4 42.266667 10.566667 12.192 0.0007 erro 10 8.666667 0.866667 -------------------------------------------------------------------------------- Total corrigido 14 50.933333 -------------------------------------------------------------------------------- CV (%) = 13.83 Média geral: 6.7333333 Número de observações: 15 -------------------------------------------------------------------------------- Teste Tukey para a FV TRAT -------------------------------------------------------------------------------- DMS: 2.50276214909529 NMS: 0.05 -------------------------------------------------------------------------------- Média harmonica do número de repetições (r): 3 Erro padrão: 0.53748384988657 -------------------------------------------------------------------------------- Tratamentos Médias Resultados do teste -------------------------------------------------------------------------------- T4 5.333333 a1 T5 5.666667 a1 T3 6.333333 a1 T1 6.333333 a1 T2 10.000000 a2 -------------------------------------------------------------------------------- Variável analisada: HGB Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y ) -------------------------------------------------------------------------------- TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA -------------------------------------------------------------------------------- FV GL SQ QM Fc Pr>Fc -------------------------------------------------------------------------------- TRAT 4 12526.400000 3131.600000 1067.591 0.0000 erro 10 29.333333 2.933333 ----------------------------------------------------------------------------- --- Total corrigido 14 12555.733333
  • 58. -------------------------------------------------------------------------------- CV (%) = 1.43 Média geral: 119.5333333 Número de observações: 15 -------------------------------------------------------------------------------- Teste Tukey para a FV TRAT -------------------------------------------------------------------------------- DMS: 4.60441267028404 NMS: 0.05 -------------------------------------------------------------------------------- Média harmonica do número de repetições (r): 3 Erro padrão: 0.988826464946089 -------------------------------------------------------------------------------- Tratamentos Médias Resultados do teste -------------------------------------------------------------------------------- T4 99.333333 a1 T1 106.000000 a2 T3 107.333333 a2 T5 108.000000 a2 T2 177.000000 a3 -------------------------------------------------------------------------------- Variável analisada: HCT Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y ) -------------------------------------------------------------------------------- TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA -------------------------------------------------------------------------------- FV GL SQ QM Fc Pr>Fc -------------------------------------------------------------------------------- TRAT 4 1794.666667 448.666667 517.692 0.0000 erro 10 8.666667 0.866667 -------------------------------------------------------------------------------- Total corrigido 14 1803.333333 -------------------------------------------------------------------------------- CV (%) = 2.20 Média geral: 42.3333333 Número de observações: 15 -------------------------------------------------------------------------------- Teste Tukey para a FV TRAT -------------------------------------------------------------------------------- DMS: 2.50276214909529 NMS: 0.05 -------------------------------------------------------------------------------- Média harmonica do número de repetições (r): 3 Erro padrão: 0.53748384988657 -------------------------------------------------------------------------------- Tratamentos Médias Resultados do teste -------------------------------------------------------------------------------- T4 34.000000 a1 T5 37.666667 a2 T3 38.000000 a2 T1 38.000000 a2 T2 64.000000 a3 -------------------------------------------------------------------------------- Variável analisada: MCV
  • 59. Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y ) -------------------------------------------------------------------------------- TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA -------------------------------------------------------------------------------- FV GL SQ QM Fc Pr>Fc -------------------------------------------------------------------------------- TRAT 4 9.600000 2.400000 2.400 0.1192 erro 10 10.000000 1.000000 -------------------------------------------------------------------------------- Total corrigido 14 19.600000 -------------------------------------------------------------------------------- CV (%) = 1.53 Média geral: 65.4000000 Número de observações: 15 -------------------------------------------------------------------------------- Teste Tukey para a FV TRAT -------------------------------------------------------------------------------- DMS: 2.68839780172505 NMS: 0.05 -------------------------------------------------------------------------------- Média harmonica do número de repetições (r): 3 Erro padrão: 0.577350269189626 -------------------------------------------------------------------------------- Tratamentos Médias Resultados do teste -------------------------------------------------------------------------------- T5 65.000000 a1 T4 65.000000 a1 T1 65.000000 a1 T2 65.000000 a1 T3 67.000000 a1 -------------------------------------------------------------------------------- Variável analisada: MCH Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y ) -------------------------------------------------------------------------------- TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA -------------------------------------------------------------------------------- FV GL SQ QM Fc Pr>Fc -------------------------------------------------------------------------------- TRAT 4 9.066667 2.266667 2.615 0.0992 erro 10 8.666667 0.866667 -------------------------------------------------------------------------------- Total corrigido 14 17.733333 -------------------------------------------------------------------------------- CV (%) = 4.93 Média geral: 18.8666667 Número de observações: 15 -------------------------------------------------------------------------------- Teste Tukey para a FV TRAT -------------------------------------------------------------------------------- DMS: 2.50276214909529 NMS: 0.05 -------------------------------------------------------------------------------- Média harmonica do número de repetições (r): 3 Erro padrão: 0.53748384988657 -------------------------------------------------------------------------------- Tratamentos Médias Resultados do teste -------------------------------------------------------------------------------- T2 18.000000 a1 T1 18.000000 a1 T4 19.000000 a1 T5 19.333333 a1 T3 20.000000 a1
  • 60. -------------------------------------------------------------------------------- Variável analisada: MCHC Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y ) -------------------------------------------------------------------------------- TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA -------------------------------------------------------------------------------- FV GL SQ QM Fc Pr>Fc -------------------------------------------------------------------------------- TRAT 4 611.066667 152.766667 14.880 0.0003 erro 10 102.666667 10.266667 -------------------------------------------------------------------------------- Total corrigido 14 713.733333 -------------------------------------------------------------------------------- CV (%) = 1.14 Média geral: 281.8666667 Número de observações: 15 -------------------------------------------------------------------------------- Teste Tukey para a FV TRAT -------------------------------------------------------------------------------- DMS: 8.61406733976191 NMS: 0.05 -------------------------------------------------------------------------------- Média harmonica do número de repetições (r): 3 Erro padrão: 1.84992492340155 -------------------------------------------------------------------------------- Tratamentos Médias Resultados do teste -------------------------------------------------------------------------------- T2 274.333333 a1 T1 277.000000 a1 T3 280.000000 a1 a2 T5 286.000000 a2 a3 T4 292.000000 a3 -------------------------------------------------------------------------------- Variável analisada: PLT Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y ) -------------------------------------------------------------------------------- TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA -------------------------------------------------------------------------------- FV GL SQ QM Fc Pr>Fc -------------------------------------------------------------------------------- TRAT 4 245663.333333 61415.833333 102359.722 0.0000 erro 10 6.000000 0.600000 -------------------------------------------------------------------------------- Total corrigido 14 245669.333333 -------------------------------------------------------------------------------- CV (%) = 0.20 Média geral: 379.6666667 Número de observações: 15 -------------------------------------------------------------------------------- -------------------------------------------------------------------------------- Teste Tukey para a FV TRAT -------------------------------------------------------------------------------- DMS: 2.08242398281235 NMS: 0.05 -------------------------------------------------------------------------------- Média harmonica do número de repetições (r): 3
  • 61. Erro padrão: 0.447213595499958 -------------------------------------------------------------------------------- Tratamentos Médias Resultados do teste -------------------------------------------------------------------------------- T2 202.666667 a1 T4 265.000000 a2 T1 425.333333 a3 T5 452.333333 a4 T3 553.000000 a5 -------------------------------------------------------------------------------- Anexo VI: Tabelas de regressão linear T1 GB T2 T3 _cons 4.914276 7.583972 0.65 0.634 -91.44923 101.2778 consumokg .1455062 2.628247 0.06 0.965 -33.24954 33.54055 gbgdl Coef. Std. Err. t P>|t| [95% Conf. Interval] Total .666666667 2 .333333333 Root MSE = .81525 Adj R-squared = -0.9939 Residual .664629578 1 .664629578 R-squared = 0.0031 Model .002037089 1 .002037089 Prob > F = 0.9648 F( 1, 1) = 0.00 Source SS df MS Number of obs = 3 (note: hascons false) . regress gbgdl consumokg, noconstant hascons tsscons _cons 7.387696 .8958725 8.25 0.077 -3.995444 18.77084 consumokg 1.16903 .2831741 4.13 0.151 -2.429037 4.767098 gbgdl Coef. Std. Err. t P>|t| [95% Conf. Interval] Total 2 2 1 Root MSE = .33294 Adj R-squared = 0.8892 Residual .110846634 1 .110846634 R-squared = 0.9446 Model 1.88915337 1 1.88915337 Prob > F = 0.1513 F( 1, 1) = 17.04 Source SS df MS Number of obs = 3 (note: hascons false) . regress gbgdl consumokg, noconstant hascons tsscons
  • 62. T4 T5 _cons 12.16741 8.048209 1.51 0.372 -90.09477 114.4296 consumokg -.5720757 3.04753 -0.19 0.882 -39.29462 38.15047 gbgdl Coef. Std. Err. t P>|t| [95% Conf. Interval] Total 2.66666667 2 1.33333333 Root MSE = 1.605 Adj R-squared = -0.9319 Residual 2.57589727 1 2.57589727 R-squared = 0.0340 Model .0907694 1 .0907694 Prob > F = 0.8819 F( 1, 1) = 0.04 Source SS df MS Number of obs = 3 (note: hascons false) . regress gbgdl consumokg, noconstant hascons tsscons _cons 65.39612 40.01289 1.63 0.350 -443.0158 573.8081 consumokg -17.75955 11.83088 -1.50 0.374 -168.0851 132.566 gbgdl Coef. Std. Err. t P>|t| [95% Conf. Interval] Total .666666667 2 .333333333 Root MSE = .45268 Adj R-squared = 0.3853 Residual .204916645 1 .204916645 R-squared = 0.6926 Model .461750022 1 .461750022 Prob > F = 0.3741 F( 1, 1) = 2.25 Source SS df MS Number of obs = 3 (note: hascons false) . regress gbgdl consumokg, noconstant hascons tsscons _cons 41.07576 7.014504 5.86 0.108 -48.05197 130.2035 consumokg -7.847324 1.733935 -4.53 0.138 -29.87906 14.18441 gbgdl Coef. Std. Err. t P>|t| [95% Conf. Interval] Total .666666667 2 .333333333 Root MSE = .17616 Adj R-squared = 0.9069 Residual .031033382 1 .031033382 R-squared = 0.9534 Model .635633285 1 .635633285 Prob > F = 0.1384 F( 1, 1) = 20.48 Source SS df MS Number of obs = 3 (note: hascons false) . regress gbgdl consumokg, noconstant hascons tsscons