1. E STA D O D E M I N A S ● D O M I N G O , 4 D E A B R I L D E 2 0 1 0 ● P A R A A N U N C I A R N O S M E G A C L A S S I F I C A D O S L I G U E ( 3 1 ) 3 2 2 8 - 2 0 0 0
2 MEGACLASSIFICADOSVEÍCULOS
ROLIMÃ
MARLOS NEY VIDAL/EM - 18/2/10 FOTOS: ARQUIVO EM
SOBRE BURROS E CARROÇAS com a reserva de mercado. A Varga mostrava uma novidade: o freio
ABS. A Eluma, outra: um mecanismo que escondia o toca-fitas no
console eletronicamente. Diante disso, o então presidente da Asso-
Faz 20 anos que muitos brasileiros sentiram uma raiva imensa ciação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfa-
quando o então presidente recém-empossado Fernando Collor de vea), André Beer, endurecia o discurso e pedia para o ausente presi-
Melo decretou o empréstimo compulsório nas contas correntes, dente José Sarney não dificultar a entrada do capital estrangeiro.
cadernetas de poupança e demais investimentos, deixando apenas
50 mil cruzados novos (equivalente atualmente a R$ 6 mil). A data BOI BRAVO Com a abertura, quem serviu de bala de canhão e abriu
precisa foi 16 de março, um dia após a posse de Collor. Um Volkswa- o caminho foi a russa Lada (abaixo, no centro), que chegou com
gen Gol CL era anunciado à época por 370.512 cruzados novos, ou planos ambiciosos, já na primeira metade de 1990, e fez até desfile
seja, a reserva de dinheiro que restou a cada brasileiro não foi sufi- na porta do Anhembi, onde aconteceu o primeiro Salão após a aber-
ciente para comprar 1/7 de um dos carros mais populares dentre as tura, em novembro. Mas a aliança entre a qualidade dos produtos e
limitadas opções do mercado. os interesses das fábricas aqui presentes não permitiu um avanço
russo nas glebas brasileiras.
ADJETIVO A medida de Collor e sua claque econômica desaqueceu
o poder de compra da população e motivou formas variadas de in- GARANHÕES O Salão do Automóvel de São Paulo, na 16ª edição, co-
centivo à aquisição de carros, com destaque para os financiamen- meçava a se internacionalizar e Veículos publicou em 7 de novem-
tos e, principalmente, os consórcios. Por outro lado, o então presi- bro de 1990, que a esperança era mesmo os importados, pois as no-
dente também foi responsável por uma medida que mudou o mer- RODRIGO ARANGUA/AFP - 3/3/10 vidades brasileiras eram mínimas e se resumiam ao Chevrolet Mon-
cado de automóveis brasileiro, ao abrir para as importações, não za com painel digital e novas frentes para os modelos da Fiat. Já os
sem antes chamar os carros fabricados por aqui de carroças. nos motores a diesel, mas ainda distante da injeção eletrônica, que já importados apareceram e lotaram o Anhembi. A GM trouxe a Van
era regra na Europa. O motivo do atraso no Brasil: a reserva de mer- Lumina, Buick, Cadillac, o Kadett conversível e o Saab Turbo, além
AINDA NA LUTA Uma boa medida para conhecer as carroças as cado para os produtos de informática. Teve também, na linha do in- da perua Trafiic. A Ford veio com a perua Aerostar, o esportivo Thun-
quais Collor se referia é viajar no tempo e ir até o Salão do Automó- teressante, mas nem tanto, a Chevrolet Veraneio, apresentada pela derbird e o Escort quatro portas. A Toyota com o sedã Crown e a Fiat
vel de São Paulo de 1988, o último antes da abertura. Recomenda- GM, que já havia sido montada por aqui pela Brasinca, com o nome com a Ferrari F-40 (no alto, à direita) e a Alfa 164 (abaixo, à direita).
se que a viagem seja feita em modelos como VW Kombi e Fiat Uno, de Manga Larga. Assim como a Bonanza, que a Brasinca fazia e cha-
que eram fabricados à época e ainda continuam na linha de mon- mava de Passofino. A Fiat mostrou a versão CLS da Elba. CRIAS Mas o que ficou para os consumidores de hoje foi a herança
tagem, pois assim não se corre o risco de um choque cultural. tecnológica, fruto de uma competição maior, possibilitada com a
FERRADURAS Outras “carroças” apresentadas foram o Saga, da importação, e depois com a instalação de marcas que não estavam
TROPA Em 20 de outubro de 1988, Veículos noticiava que não ha- Miura (no alto, à esquerda) com modificações na traseira; o Qua- por aqui, mas já se consolidam com fábricas e uma gama diversifi-
via nada de novo na mostra automotiva paulista. Uma novidade re- dro, da Farus, em uma versão de quatro lugares; e o Gurgel BR800 cada de veículos, as newcomers, como são chamadas: Renault, Peu-
lativa era o Gol GTI, com injeção de combustível por bomba, como (abaixo, à esquerda). As fábricas de autopeças também sofriam geot, Citroën, Honda, Toyota, Mitsubishi, Nissan e Hyundai.
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