Gestor de compliance/riscos/auditoria, advogado especialista em recuperação judicial e advogado tributário estão em alta devido à complexidade do ambiente regulatório e necessidade de redução de riscos e tributos em tempos de crise.
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Profissões promissoras em compliance, riscos e auditoria
1. 45 profissõese carreiraspromissoraspara2016
Gestor de compliance/riscos/auditoria
O que faz: faz o diagnóstico, mitiga riscos e garante a transparência dos processos da
empresa, de acordo com a lei e políticas corporativas vigentes. “É quem implementa
controles e políticas necessários para redução de risco e fraude, sem tornar a empresa
excessivamente burocrática”, diz Thiago Pimenta, headhunter da FLOW Executive
Finders.
Perfil profissional: as consultorias de recrutamento citam formações mais frequentes
em direito, administração, contabilidade, economia e até tecnologia da informação.
Conhecimento técnico de SOX é essencial, segundo os recrutadores. Como esta posição
está presente em diversos mercados diferentes (financeiro, farmacêutico,
telecomunicações e extração de petróleo), o gestor de compliance também precisa
conhecer bem o seu segmento de atuação, destaca a equipe da consultoria Heidrick &
Struggles.
Por que está em alta: a demanda cresce em função das constantes mudanças no
ambiente regulatório, cada vez mais restritivo. Assim, diante de incertezas na política e
na economia, escândalos financeiros, fraudes, impossibilidade de perdas e necessidade
de ganhos de eficiência, este é um profissional estratégico. Seis consultorias de
recrutamento ouvidas por EXAME.com apontam esta carreira como promissora
Advogado especialista em recuperação judicial
O que faz: representa companhias sem condições de honrar seus compromissos
financeiros com o objetivo de evitar a sua falência.
Perfil: formação em direito, especialização e/ou mestrado na área cível e de processo
civil.
Por que está em alta: em crise, muitas empresas têm entrado com pedido de
recuperação judicial para conseguir sanar dívidas, explicam Fabio Salomon e Bianca
Azzi, especialistas em recrutamento na área jurídica.
Advogado tributário
O que faz: atua na defesa em processos administrativos e judiciais. Formula consultas
para esclarecer o cumprimento de obrigações tributárias. Também faz planejamento
tributário com a missão de redução fiscal e é parceiro da área empresarial e fiscal em
fusões e aquisições de empresas.
Perfil: formação em direito, com especialização e/ou mestrado na área tributária.
Quando atua especialmente na área contenciosa, é interessante que possua também
formação continuada em processo civil. Para os que atuam na área consultiva, formação
contábil e inglês fluente fazem um perfil diferenciado.
Por que está em alta: a matriz tributária no Brasil é muito complexa, o que torna o
profissional da área uma peça valiosa para as empresas. Em tempos de crise, ele é ainda
2. mais estratégico na medida em que atua na redução da carga de impostos e faz a ponte
com o governo, destaca Rodrigo Miwa, da Hound Consultoria.
Advogado especializado em contencioso cível empresarial
O que faz: representa companhias em litígio em tribunais brasileiros e órgãos
administrativos das esferas municipais, estaduais e federais.
Perfil: formação jurídica, especialização e/ou mestrado na área cível e de processo civil.
Em muitos casos, o mestrado e o doutorado trazem respeitabilidade a esta atividade em
específico, segundo Fabio Salomon e Bianca Azzi, especialistas em recrutamento na
área jurídica.
Por que está em alta: em tempos de crise, empresas muitas vezes não arcam com seus
compromissos - o que acarreta litígios na Justiça.
Advogado especializado em arbitragem
O que faz: usa um método e um ambiente alternativos ao Poder Judiciário, que
oferecem decisões mais ágeis e técnicas para a solução de controvérsias entre empresas,
por exemplo.
Perfil: formação em direito, pós-graduação na área de arbitragem. Um grande
diferencial é a formação em escolas no exterior, segundo Fabio Salomon e Bianca Azzi.
Por que está em alta: em meio a tantas divergências que surgem a partir do
descumprimento de obrigações e compromissos por parte de empresas, soluções mais
rápidas como as que ocorrem na opção pela arbitragem são interessantes.
Advogado trabalhista
O que faz: no âmbito consultivo, lida com questões relacionadas às relações de trabalho
tanto ao lado de empresas quanto de profissionais. Na atuação contenciosa, representa
empresas ou funcionários.
Perfil: formação jurídica, com especialização e/ou mestrado na área trabalhista e de
processo do trabalho. A real diferenciação nesta área dá-se pela fluência no inglês, algo
raro no mercado, segundo Fabio Salomon e Bianca Azzi, especialistas em recrutamento
na área jurídica.
Por que está em alta: com a crise muitas demissões aconteceram, por conta do passivo
gerado nas empresas, e área trabalhista está mais aquecida
Gerente de contencioso de volume
O que faz: gere equipes e lidera operações que lidam com um alto volume de
processos. Faz a gestão da contingência processual, analisando e administrando os
riscos de cada carteira, traça estratégias para melhor rentabilidade.
Perfil: habilidade técnica e competência administrativo-financeira para gerir grande
3. volume de processos são os aspectos mais importantes do perfil, segundo a consultoria
Michael Page. Ter a capacidade de elaborar estratégias para aumentar a rentabilidade,
entregar resultados com eficiência e garantir a manutenção dos clientes é o que as
empresas esperam deste profissional.
Por que está em alta: o cenário político-econômico trouxe aumento no volume de
processos. O foco, segundo a consultoria Michael Page, está na área cível, ações de
recuperação de créditos e indenizatórias, mas a área trabalhista também está em
destaque por conta do grande número de demissões em 2015.
Head de departamento jurídico
O que faz: responsável por toda e qualquer demanda jurídica da empresa, seja
consultiva ou contenciosa. O consultivo é basicamente interno, enquanto o contencioso
é terceirizado para os escritórios. No entanto, a terceirização pede um acompanhamento
próximo de processos e também uma orientação a respeito das estratégias traçadas, já
que o departamento interno é que tem a credencial para transmitir ao escritório a
realidade da empresa.
Perfil: formação jurídica e perfil generalista com foco consultivo. Inglês é
indispensável, assim como facilidade para se relacionar com outras áreas da empresa.
Capacidade de liderança é indispensável.
Por que está em alta: as empresas precisam de profissionais generalistas, mais do que
funcionários especializados, neste momento de crise, segundo a avaliação da consultoria
Michael Page. Além disso, gestores da área jurídica, como um todo, contribuem para a
eficiência ao atuar em planejamento tributário e mitigação de riscos jurídicos, diz Luiz
Gustavo Mariano, headhunter da FLOW Executive Finders.
Advogado sênior na área de fusões e aquisições
O que faz: dentro da área jurídico-consultiva da empresa ou de um escritório, é quem
elabora desde os atos societários mais simples aos mais complexos, nas operações de
fusões e aquisições.
Perfil: formação jurídica, habilidade técnica e experiência em execução de acordos de
fusão e aquisição. Inglês é requisito porque muitas operações envolvem investidores
estrangeiros.
Por que está em alta: com a crise e a alta do dólar, empresas desvalorizadas tendem a
ser compradas por investidores estrangeiros. De acordo com a consultoria Michael
Page, é esperado alto volume de fusões e aquisições para os próximos meses.
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CEO
O que faz: é a figura que dá a direção ao negócio.
4. Perfil: “grande capacidade de liderança e ampla visão dos processos do negócio e das
influências exercidas pelas transformações do mundo”, afirma Luiz Gustavo Mariano,
headhunter da FLOW Executive Finders.
Por que está em alta: diante da crise, cada vez mais empresas se voltam para CEOs
com alta capacidade de transformação para readequar o negócio à nova realidade de
mercado, otimizando o desempenho e incrementando a produtividade.
Diretor de operação de empresa de serviço
O que faz: gerencia grandes equipes com foco em produtividade.
Perfil: o profissional ideal tem capacidade de liderar e conduzir boas práticas de gestão
de pessoas, bem como atenção aos indicadores de performance, diz Igor Schultz,
headhunter da FLOW Executive Finders.
Por que está em alta: o mercado valoriza profissionais capazes de garantir ganhos de
eficiência e manutenção da margem de lucro, ainda mais em tempos de incerteza
econômica.
Gerente/Coordenador de infraestrutura
O que faz: é responsável pela gestão de toda a infraestrutura de TI da empresa,
inclusive das áreas de telecomunicações, suporte (service desk) e data center.
Perfil: formação em sistemas/ciência da informação. Segundo avaliação da equipe da
consultoria Michael Page, pós-graduações são diferenciais. Também são valorizados
profissionais com experiência com administração de banco de dados, servidores e ERPs,
acrescenta Marília Filippetti, consultora da Kelly Brasil.
Por que está em alta: uma boa infraestrutura em TI se traduz em um bom rendimento
operacional para a empresa, destaca a equipe da Michael Page. Este profissional é
valorizado, portanto, porque contribui para dois dos principais objetivos das empresas
em 2016: mais eficiência e menos custos.
Profissional de cobrança
O que faz: trabalha na área financeira, assegurando o pagamento das contas a receber.
Perfil: a formação acadêmica importa menos do que o perfil comportamental. “Para
conseguir minimizar a inadimplência dos clientes, este profissional precisa ser
resiliente, inquisitivo e hábil para se comunicar e negociar”, diz Luis Fernando Martins,
diretor da Hays.
Por que estará em alta: É uma função estratégica para a preservação do fluxo de caixa
das empresas, já que tem a missão de reduzir a inadimplência dos clientes.
Desenvolvedorde aplicativos para smartphones
5. O que faz: programa, codifica e testa softwares e aplicativos nas plataformas móveis
(Android e/ou iOS). Executa a manutenção dos sistemas, fazendo eventuais correções,
visando atender às necessidades dos usuários. Também faz trabalhos de montagem,
depuração e testes de programas, executando serviços de manutenção nos programas já
desenvolvidos, diz Marília Filippetti, consultora da Kelly Brasil.
Perfil: formação em ciências da computação ou tecnologia da Informação é necessária
em grande parte das vezes, mas não é regra. Experiência com programação Java, C,
C++, entre outras linguagens, é um requisito frequente. Segundo Renata Wutke,
consultora sênior da Talenses, profissionais com raciocínio analítico, desenvolvimento
criativo, código diferenciado e paixão por tecnologia mobile são os mais valorizados.
Por que está em alta: “o mercado tem buscado alternativas diante da crise e muitas
soluções criativas vêm de startups e aplicativos que visam diminuir custos, encurtar
distâncias, compartilhar produtos e conhecimentos”, diz Paulo Dias, diretor de
recrutamento da STATO.
Gerente/coordenador de plataformas mobile e web
O que faz: lidera a equipe de desenvolvedores de aplicativos e ferramentas web, com o
objetivo de aproximar usuários e marcas.
Perfil: domínio de Java, Groovy e DevOps para quem é da área de web. Para mobile,
são requisitados sobretudo conhecimentos de iOS e Android, segundo a consultoria
Michael Page.
Por que está em alta: a migração de pontos de venda e de relacionamento para
plataformas on-line e de e-commerce é uma tendência e explica, segundo a equipe da
Michael Page, por que este profissional segue com alta demanda no mercado de
trabalho.
Profissional de compras estratégicas
O que faz: é responsável pelas estratégias de negociação de compras.
Perfil: “forte habilidade de negociação para ganhar margem ao negociar menor custo
nas compras de produtos ou serviços”, diz Luis Fernando Martins, diretor da Hays.
Por que está em alta: O varejo tem o desafio de preservar ou elevar margens, o que
leva à caça por profissionais de nível sênior nesta carreira.
Gerente de logística
O que faz: lidera o departamento de logística, gerenciando questões relacionadas a
fretes e armazenagens. Também faz estudos de terceirização para perceber onde pode
haver diminuição de custos com garantia de qualidade em todas as etapas da cadeia
logística.
Perfil: experiência estratégica e tática em logística, além de certificações em melhoria
contínua, são itens que se destacam, segundo a consultoria Michael Page.
6. Por que está em alta: em meio à reestruturação de diversas empresas, a área de
logística ganha destaque poimplicar grandes custos. Daí a necessidade de profissionais
qualificados e experientes na área.
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Gerente agrícola
O que faz: é responsável pela gestão das unidades produtivas, no que diz respeito a
planejamento das atividades agrícolas, orçamento, controle de custos e logística.
Também gerencia o monitoramento de pragas e doenças, as recomendações
agronômicas, planejamento varietal e experimentação agrícola, participando de
implementações de novas tecnologias no campo.
Perfil: formação em agronomia, com capacidade de interface com outras áreas. “Cada
vez mais tem se exigido o inglês, bem como disponibilidade de mudança para regiões
remotas. Os agrônomos precisam se preparar para desafios de gestão e se aprofundar na
área financeira para assumirem cargos em multinacionais”, diz Leonardo Massuda,
sócio diretor da Asap Recruiters. De acordo com ele, precisa-se de pessoas que tragam a
simplicidade do campo associada à sofisticação para atuar com grandes players deste
mercado.
Por que está em alta: “o agronegócio não ficou imune à crise, mas a demanda mundial
por alimentos ainda não é suprida pela oferta”, diz Massuda. Neste contexto, o Brasil se
destaca positivamente. O especialista ainda cita a chegada de investimentos estrangeiros
e empresas nos últimos dez anos, o que fez aumentar a busca por qualidade e
produtividade no campo e a demanda por profissionais fluentes em inglês.
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Biomédico
O que faz: estuda, pesquisa, classifica e cataloga micro-organismos com o fim de
prevenir as doenças e epidemias causadas por eles. Também investiga soluções e formas
de tratamento.
Perfil: formação em ciências biomédicas, ou microbiologia. Após a graduação, afirma
Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos, o profissional deve se
especializar no micro-organismo que irá estudar ou em uma área como imunologia, por
exemplo. O biomédico típico é curioso, metódico, atento aos detalhes e empirista. Além
disso, costuma ter uma formação acadêmica longa antes de ingressar na área de
pesquisa de grandes laboratórios.
Por que estará em alta: ano após ano, tem havido um incremento na incidência e na
diversidade de epidemias no país. Em 2015, por exemplo, houve um surto de
microcefalia. Diante desse cenário, afirma Jacqueline, o biomédico deverá ser cada vez
mais requisitado pela indústria farmacêutica e pela área de saúde pública.