O documento discute os resultados do último Censo do Ensino Superior no Brasil, mostrando que as mulheres são a maioria tanto nos cursos presenciais quanto na educação a distância. As mulheres iniciam cursos na EaD mais tarde, por volta dos 28 anos, e preferem licenciaturas. A flexibilidade da EaD atrai o interesse das mulheres, que frequentemente exercem dupla jornada de trabalho e cuidados com a família.
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A mulher na educação a distância
1. Divulgado recentemente pelo Ministério da Educação (MEC), o último Censo
do Ensino Superior, mostra, mais uma vez, que as mulheres são maioria nessa etapa da
educação, principalmente na modalidade a distância. De acordo com o documento, elas
representam cerca de 55% dos alunos na modalidade presencial e mais de 69% na
Educação a Distância. Entre os concluintes dos cursos, as mulheres também são
maioria: 58,8% em cursos presenciais e 76,2% a distância.A EaD, como também é
conhecida esta modalidade, apresenta ainda mais uma particularidade: as mulheres
iniciam os cursos mais tarde, por volta dos 28 anos e o tipo de curso preferido é a
licenciatura. São mulheres que buscam tardiamente uma graduação devido a diversos
motivos, como dificuldades financeiras (nessa idade, elas já têm uma estabilidade maior
que lhes permite investir nos estudos) ou questões familiares (são mães que deixaram os
estudos para cuidar de seus filhos e, após o crescimento deles, podem se dedicar ao
sonho de continuar de onde pararam).
De acordo com o diretor executivo das Faculdades FAEL, Mauricio Nunes, a
presença da mulher entre os alunos da instituição é fortemente notada tanto nos cursos
presenciais quanto nos cursos a distância, seja em cursos de Graduação ou Pós-
Graduação. Quanto à Educação a Distância, é possível afirmar que o crescimento da
modalidade no país, associado à maior participação da mulher na sociedade, se
manifesta na maior expressão da mulher no ensino superior.
“O resultado da pesquisa demonstra que a mulher, cada vez mais, busca a
consolidação do seu espaço no mercado de trabalho, competindo em caráter de
igualdade com os homens”, afirma Nunes. Segundo ele, especificamente sobre a
presença da mulher na Educação a Distância, a flexibilidade de horário de estudo, a
capilaridade e o alcance dessa modalidade de ensino superior são, sem dúvida, fatores
que atraem o interesse de todos. “Sobretudo da mulher, que normalmente exerce dupla
jornada.
Além de atividade profissional exercida em empresa, com carga horária
equivalente ao homem, também têm especial zelo pela família”, completa o diretor.
Uma das graduações mais procuradas por essas mulheres é a Pedagogia, curso ofertado
pela própria FAEL em todos os estados brasileiros. “A Pedagogia acaba aproximando o
sonho da graduação com uma situação que a mulher conhece muito bem: a proximidade
com as crianças, já que, em sua grande maioria, são mães e, mesmo que ainda não
sejam, têm a maternidade aflorada”, explica a coordenadora do curso de Pedagogia da
FAEL, Ana Cristina Pienta. Portanto, a Educação a Distância tem proporcionado uma
oportunidade a essas mulheres, que lutam para educar seus filhos e ainda têm disposição
para acompanhar o desenvolvimento de outras crianças.
Fonte: acritica.net