1. CORREIO DO SUL
Sexta-feira, 13 de Janeiro de 2017
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Pesquisa global
sobre drogas
Págin7
Proteja-se contra
a desidratação
Sexta-feira, Sábado e Domingo, 13, 14 e 15 de Janeiro de 2017
A
alimentação oferecida aos estu-
dantes nas escolas da rede esta-
dual de ensino segue uma série
de normas que visam manter a qualida-
de do que é servido as crianças e ado-
lescentes.
Entre estas normas estão as Portarias
nº 37 e 38, que orientam sobre procedi-
mentos relativos ao acompanhamento,
fiscalização, controle e registro da ali-
mentação escolar, que é servida diaria-
mente nas escolas pela empresa Riso-
tolândia para atender ao Programa de
Alimentação Escolar (Pnae). Todas as
escolas precisam seguir corretamente
as orientações, obedecendo ao número
de refeições e porções estabelecidas.
Existe também a Portaria Nacional nº
16 que fixa orientações para a implanta-
ção da Educação Alimentar e Nutricio-
nal das escolas estaduais de educação
básica.
E para estimular a alimentação saudá-
vel, foi realizado nas escolas o concur-
so de receitas Mestre Cuquinha, com a
participação em 2016 de 987 escolas,
em 282 municípios do Estado.
Merendade
qualidade
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Pesquisa global
sobre drogasD
urante a primeira década do
milênio, o narcotráfico faturou,
em média, 900 bilhões de dóla-
res ao ano, segundo o Escritório das
Nações Unidas sobre Drogas e Crime
(Unodc). A cifra é equivalente a 35%
do Produto Interno Bruto (PIB) brasi-
leiro ou a 1,5% de toda a riqueza pro-
duzida no globo. Trata-se de um mer-
cado extremamente dinâmico, sempre
alimentado por “novidades” (como as
metanfetaminas e as sintéticas, em
geral) ou por ondas renovadas de
consumo de drogas antigas (como a
heroína e os opiáceos, atualmente
responsáveis por 40 mil mortes anu-
ais nos Estados Unidos).
O Global Drugs Survey (GDS) des-
ponta como uma ferramenta impor-
tante para compreensão do proble-
ma. Maior levantamento online sobre
drogas do mundo, o GDS já está com
participação aberta desde novembro
para a elaboração do próximo relató-
rio, a ser divulgado em 2017. Nessa
edição, o estudo foca na entrada de
novas drogas no mercado, padrões
de uso, preços e nível de acesso, bem
como no impacto sobre o consumo
mundial da maconha após mudanças
de seu status legal.
O GDS é realizado desde o ano 2000
sob a coordenação do psiquiatra
Adam Winstock, Consultor sobre Ví-
cios do Maudsley Hospital (Londres) e
professor honorário do Kings College
London, e por uma equipe de especia-
listas ao redor do mundo. Conta com a
participação de 20 países, incluindo o
Brasil, onde o levantamento é organi-
zado por Clarice Sandi Madruga, psi-
cóloga e pesquisadora da Unidade de
Pesquisa em Álcool e Drogas (UNIAD/
Unifesp).
Segundo Clarice, a expectativa é que
os pesquisadores reúnam informa-
ções suficientes para realizar uma
análise de tendências e comparação
entre os países participantes. “Para
isso, devemos ultrapassar a marca
de cinco mil coletas, número de bra-
sileiros registrados no levantamen-
to do ano passado”, afirma. A coleta
anterior contou com a participação de
107.624 participantes de diferentes
nacionalidades.
Os resultados contribuem com o pla-
nejamento de ações governamentais
voltadas à saúde da população e auxi-
liam o desenvolvimento de estratégias
para instituições de ensino. Os dados
da Global Drug Survey de 2015, por
exemplo, propiciaram a formação de
políticas públicas no Reino Unido e
em outros países europeus. Além dis-
so, o estudo detectou pela primeira
vez o uso da maconha sintética no
Brasil, identificando os riscos associa-
dos a essa substância, que coloca um
a cada oito usuários em serviços de
emergência por complicações relacio-
nadas ao uso.
Todos os indivíduos com 16 anos ou
mais podem responder ao inquérito,
independente de serem ou não usuá-
rios de qualquer droga. O questionário
(em português) está disponível junto a
um link nesta reportagem na internet.
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Novo posto já
está atendendo
Comissão
de Farmácia
O
ano de 2016 já estava encerrando quando pro-
fissionais de saúde de vários municípios da re-
gião aprovaram o regimento interno para criação
da Comissão de Farmácia e Terapêutica Regionalizada
(CFT).
Entre as definições discutidas na última reunião técnica,
coordenada pela gerência regional de Saúde, estavam
critérios para seleção de medicamentos, funcionamento e
organização da CFT, atribuições, além do termo de isen-
ção de conflito de interesse (não favorecimento de deter-
minado laboratório), protocolo de inclusão, exclusão ou
substituição de medicamento da lista padronizada, entre
outras questões.
A coordenadora do grupo, e futura coordenadora da Co-
missão, farmacêutica da Gerência de Saúde da ADR Ara-
ranguá Adaiane Darós, explica que a CFT terá em sua
composição um profissional de saúde de cada um dos 15
O município de Balneário Arroio do Silva ga-
nhou no final do ano uma nova Unidade Básica
de Saúde. O posto Valter Oliveira foi inaugu-
rado no dia 29 de dezembro e nesta semana
abriu oficialmente as portas para atendimento
da comunidade na Zona Oeste.
O prefeito Juscelino Guimarães, o Mineiro,
esteve na unidade na primeira hora da manhã
de segunda-feira, para acompanhar o funcio-
namento. Antes mesmo de chegar pacientes,
Mineiro conversou com moradores da localida-
de e com as funcionárias do posto, atento aos
detalhes e ao que é possível fazer para melho-
rar os serviços prestados pela administração
municipal.
“O município ganhou uma unidade de saúde
importante e que vai atender uma grande de-
manda. A equipe, coordenada pela enfermeira
Aracelli, está preparada para atender a comu-
nidade no que for preciso”, destacou o prefeito.
Aos poucos a equipe vai ganhando reforço de
profissionais.
A Unidade atenderá de segunda a sexta-feira
das 7h30 às 16h30. De acordo com a Secre-
taria Municipal de Saúde, o posto passará a
atender mais de quatro mil pessoas cadastra-
das nas localidades próximas.
A primeira paciente do posto, Anilza Medianeira
Leopoldo, comemora por ter uma unidade de
saúde agora mais perto de sua casa. “Cuido da
minha mãe que tem Alzheimer e antes era difícil
se deslocar até a Unidade de Saúde Central. O
posto aqui ficou ótimo e ter uma unidade mais
próxima de casa é muito melhor”, declarou.
municípios que integram a região, como membro titular,
em sua maioria farmacêuticos, além de médicos, enfer-
meiros, cirurgiões dentistas e assistentes sociais.
Adaiane Darós avalia a criação da Comissão de Farmácia
e Terapêutica Regionalizada. “A população do Extremo-
-Sul que ganhará, porque será favorecida com todos os
medicamentos básicos oferecidos pelo SUS nas Unida-
des Básicas de Saúde. A lista padronizada foi elaborada
em consenso por uma equipe multidisciplinar, com base
nas principais demandas dos pacientes”, destacou.
A farmacêutica explica que o próximo passo é a criação
do Departamento de Assistência Farmacêutica em todos
os municípios, agora em 2017, com aprovação pelo Con-
selho Municipal de Saúde, e ainda o Decreto Municipal
que estabelece que serão prescritos os medicamentos
inseridos na Lista, caso contrário, deve ser apresentada
justificativa.
7. CORREIO DO SUL
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C
om as altas temperaturas e o
ar abafado do verão, é comum
sentir o mal-estar causado pela
perda de líquidos e sais minerais do
corpo. Essa perda, chamada de desi-
dratação, pode afetar as pessoas de
diversas maneiras. Para algumas, ela
se manifesta de forma mais modera-
da, causando sede excessiva e boca
seca. Em outros casos é mais severa
e exige cuidados médicos.
“A desidratação moderada, geralmen-
te, causa boca seca, sede, pele seca
e, eventualmente, tonturas, sendo
possível tratá-la com a reposição de
líquidos via oral. Na severa, a sede
é muito intensa, pode haver febre a
pressão sanguínea fica baixa e os
batimentos cardíacos aumentam. A
pessoa pode ter delírios e ficar incons-
ciente”, informa o chefe do Serviço de
Controle de Infecções do Hospital Cel-
so Ramos, Valter Araújo.
A principal maneira de evitar a desi-
dratação é bebendo muito líquido. Ali-
mentos leves e ricos em água, como
frutas e verduras, também contribuem
para manter a hidratação do corpo.
O ambiente também pode influenciar
em casos de desidratação. “É impor-
tante sempre se manter em locais
ventilados e frescos, protegido do sol
excessivo”, explica Valter Araújo.
É recomendado que se beba ao me-
nos três litros de água por dia, mas
essa quantidade varia de uma pessoa
para outra. Em caso de desidratação,
é importante repor o líquido perdido,
além de manter uma dieta leve, evitan-
do alimentos gordurosos ou com muito
sal, bebidas alcoólicas e cafeína.
Sete passos para evitar a desidratação
1. Saiba quando seu corpo tem falta de água. Os principais sintomas são: sensação de sede, desconforto, irritabilidade, fraqueza
dor de cabeça, tonturas, cãibras musculares. De fato, quando surge a sensação de sede já costuma existir uma certa desidrata-
ção, por isso devemos evitá-la e beber antes disso.
2. Antes de transpirar, beba. Especialmente no verão, porque se perde mais água, e beber converte-se em algo indispensável.
Pode combinar a água com sucos, infusões ou outras bebidas refrescantes. É recomendável beber um total de 2 litros diariamente.
3. Hidrate-se durante o exercício físico. Com o esporte e a atividade física, transpiramos mais e é por isso que devemos ingerir
mais líquidos para assim evitar a desidratação.
4. Também é importante comer alimentos ricos em água, como a fruta, as hortaliças e as verduras.
5. Evite o consumo de bebidas alcoólicas, uma vez que têm um efeito diurético, o que fará com que tenha de urinar mais vezes
e consequentemente se desidrate.
6. Tente não sair durante o pico do horário solar (entre as 12 e as 16 horas) ou resguarde-se em lugares frescos ou com ar con-
dicionado.
7. Ao perceber qualquer sinal mais drástico, recorra a um médico.
Proteja-se contra
a desidratação