SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 19
Baixar para ler offline
Sala de Aula em Rede: de quando a Autoria se
(Des)dobra
em In(ter)venção*.
Sala de Aula em Rede: de quando a Autoria se (Des)dobra
em In(ter)venção*
AXT, Margarete; KREUTZ, José Ricardo. Sala de Aula em Rede: de quando a Autoria
se (Des)dobra em Inter(ven)ção. In: FONSECA, Tania Mara Galli, KIRST, Patrícia
Gomes. Cartografias e Deveres: A Construção do Presente. Por Alegre : Editora da
UFRGS, 2003. p. 319- 339.
Informações sobre os autores
Margarete Axt é professora titular da Faculdade de Educação da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Programas de Pós -Graduação em Educação e em
Informática na Educação; coordenadora do Laboratório de Pesquisas e Estudos
em Linguagem Interação e Cognição (LELIC/FACED/UFRGS); pesquisadora do
CNP que com o apoio, também, das Pró-Reitorias de Pesquisa e de
Pós-Graduação da UFRGS, desenvolve e coordena, em parceria com outros
pesquisadores, os projetos PRO - VIA: Programa Comunidades Virtuais de
Aprendizagem-avaliação das novas tecnologias, efeitos e modos de subjetivação;
CIVITAS: Cidades virtuais com tecnologias digitais para aprendizagem e
simulação;
cont.
CONSTRUTEIAS: estudos e criação em hipermidia-construções com
tecnologiasdigitais para interação, aprendizagem e simulação. Suas publicações,
nos últimos anos, concentram-se nas suas investigações no âmbito dos
ambientes virtuais, os espaços de docência, das aprendizagens, da construção de
conhecimento e da produção de sentido em contexto de autoria, com vistas à
captura dos processos e dos mecanismos de criação.
Tem textos publicados (como única autora e em co-autoria) em periódicos como
Educação & Realidade (UFRGS, 1997); Educação, Subjetividade & Poder
(UFRGS,1998); Revista de Ciências Humanas (UFSC, 1999); Informática na
Educação: teoria&prática (UFRGS, 2000); Interface: comunicação, saúde,
educação (UNESP,1999;2001).
cont.
José Ricardo Kreutz é psicólogo graduado pela Universidade do Vale do Rio dos
Sinos, mestrando em Psicologia Social e Institucional - UFRGS na linha de
pesquisa "Subjetividades contemporâneas, discursos e sintomas sociais",
membro do grupo "Modos de trabalhar, modos de subjetivar", colaborador do
projeto de pesquisa e intervenção em ambientes de rede - CONSTRUTEIAS-do
PPG da Educação-UFRGS.
Resumo
Segundo Esses Autores, ao escrever um texto literário o autor ganha uma certa
experiência, no sentido de que o texto escrito por ele deve passar por uma ou
várias críticas (sendo positivas ou não) e assim ele vai ganhando mais
experiências na sua forma de “Registrar pela escrita”.
O leitor pode interpretar o texto de várias formas assim vai acolhendo a
intertextualidade que este lhe proporciona (Krug,2015). E assim dito a
interpretação de texto mediante a leitura do indivíduo tem a função e suprir ou
preencher espaços vazios contidos em um texto. E isso só é possível à grande
capacidade imaginativa do leitor combinada aos fatores construtivos do texto.
(OLIVEIRA, 2015).
cont.
E na relação entre o autor e o leitor por meio do texto, de uma forma positiva, é
necessário que os elementos gráficos produzidos pelo autor, não seja desprezada
pelo leitor, pois a partir disso, ele descobre significações, elabora hipóteses e tira
as suas conclusões (Antunes, 2010).
Assim cria-se a tão falada interação “texto/leitor/contexto ” definindo o texto
“como qualquer produção que possa fazer sentido numa situação de
comunicação humana” (COSTA VAL, 2004). Segundo esta definição o leitor cria
ou tira o seu contexto do texto.
cont.
Sendo assim é necessário que o auto experimente o que é chamado de
“instalação contínua no ambiente de sala de rede de aula” proposta por Margaret
e José Ricardo. Na qual segundo eles mesmo pode ser dividido em das partes
que são:
1)A instalação contínua
2)O efeito intervenção
cont.
Na instalação Margaret e José Ricardo dá a ideia de que não podemos
simplesmente colocar as ferramentas necessárias em uma sala de aula sem
saber usá-las e/ou sem criar estratégias de como usá-la de modo a criar um ritmo
agradável de interação entre professor, aluno e a ferramenta. Tudo deve estar
sincronizado e harmonizado.
E esse processo depende também da experiência do professor com a tal
ferramenta para que o aluno continuamente, possa extender mais os seus
horizontes.
Segundo Margaret e José Ricardo “a instalação contínua em rede” é dividida em
perspectiva macro e micro.
cont
MACRO
- Web
- Equipa técnica, bolsistas de várias áreas de interface
- Alunos da disciplina
- Professor
- Alunos da disciplina do programa de pós-graduação da Educação.
- Espaços tridimensionais, PCs e disposição dos laboratórios
- home-page da disciplina (onde há a intervenção e a construção do
conhecimento)
cont.
MICRO
Essa abordagem está relacionada ao home page da disciplina onde os
professores e os alunos podem interagir entre si em discussões on-line que
podem ser, segundo Margaret e José Ricardo:
- Compartilhamento de informação ou ficheiros
- Acompanhento do progresso interativo do estudante
- Demonstrações de criatividade e textos didáticos
cont.
E assim cria-se a “sala de aula em rede” colocando todos esses itens e pessoas
relacionadas a Web. E para que a instalação seja “contínua” é necessário que o
sistema esteja sempre em mutação aumentando assim outros possíveis itens e
conjuntos/ou de pessoas que poderão contribuir positivamente no PEA através da
Web.
Assim, o sistema torna-se “Aberto e Escalável”, cujo ideais vem desde das
décadas de 20 e 30 com Bertalamy e Jean Piaget.
Assim pode-se confirmar que ao compreensão e o conhecimento de um
determinado assunto é sustentado com base nas aproximações das pessoas
envolvidas no PEA do indivíduo.
cont.
(MARGARETE, p12) diz na sua explanação que: “no meu entender, criar condições
de possibilidade para a manifestação autoral através do texto escrito em
ambiente de rede, com vistas às aprendizagens e à construção conceitual, é
objetivo da função de intervenção.” Isto remete-nos a perceção de que no entanto,
quando um membro/interveniente de uma sala em rede ou debate de
determinado tema propões, critica, assimila conteúdos debatidos em rede de
forma coletiva e participativa remete-nos ao conceito que ela trata de “função da
intervenção”. Embora deixe ao critério de José Ricardo o desenvolvimento desta
no ponto (2) do debate intitulado “efeito de intervenção”.
(JOSÉ RICARDO, p2) – diz ser importante fazer uma espécie de demonstração da
proveniência do conceito intervenção pois ele tem sido um norteador para as
práticas em psicopedagogia.
cont.
A Intervenção é trágica, porque o destino da intervenção é a sua própria morte. Se
uma intervenção pudesse falar em nome próprio ela diria: "Sou uma andarilha que
dorme nas sarjetas, nos albergues, nas casas de passagem uma só vez, porque
depois eu perco a força e morro de inanição.
Sobre “efeito de intervenção” (JOSÉ RICARDO, p12) afirma que: “A In(ter)venção é
criadora e inventiva porque estamos operando em nossas práticas a partir de um
novo eixo de pensamento filosófico, científico e artístico: Não basta mais "refletir
sobre" é necessário criar um movimento. Intervir é inventar é morrer e é nascer.”
cont.
Em jeito de comentário podemos abordar em torno dos termos destacados
nomeadamente, inventar, morrer e nascer. Com base na explanação de José
Ricardo,
podemos deduzir que intervir é inventar na medida em que os intervenientes do
debate em rede produzem, criam, expõem ideias próprias e originais de maneira
diferenciada e particular, dai a constatação de que intervir é inventar.
Enquanto para o termo intervir é morrer, Ricardo sustenta que se uma intervenção
não é acolhida ou seja: um dos intervenientes da rede intervem e não recebe
nenhum feedback de outros membros do grupo. A expressão nascer reside no
facto de uma intervenção dar origem a uma serie de debates, análises e críticas.
cont.
Foi também mencionado por (RICARDO, p14) que, durante os debates ou sessões
presenciais “alguns eram reconhecidos e outros não, as falas de alguns não
tinham eco ou escuta, e muito menos interlocução.” Em contrapartida as sessões
presenciais demostrou também que: “essa falta de eco não era apenas uma
sensação, ou seja, que muitas coisas discutidas têm um eco diferente na rede.
Coisas que são ditas agora, nem sempre são lidas logo e respondidas ou
discutidas, no ato, como acontece quando se fala. Muitas vezes escrevemos e
dias depois temos alguém que se afeta e nos serve de interlocutor.”
cont.
A segunda constatação foi que na intervenção em rede “Todos os alunos fizeram
um trabalho de campo e trouxeram casos para discussão.” Isso demostra mais
uma vez o quão inclusivas e heterogéneas no contexto de diversidade de ideias
são as sessões em rede uma vez que todos participantes postam, baixam,
alteram, configuram textos no debates.
Sobre “hibridez”, (RICARDO, p16) salienta que: “por definição, o híbrido não se
reproduz; ele é manipulado apenas para aquela função e depois morre. Não há
nenhum híbrido igual a o outro. Todos são diferentes.” Se associarmos essa
definição ao contexto da sala de aula em rede iremos notar que: a aglomeração
ou coleção de intervenções diversificadas dos participantes em debates, tem
como consequência a produção de ideias ou conhecimentos resultantes dessa
conjuntura de opiniões.
cont.
(MARGARETE, p20) ressalva que: “… toda intervenção é também criadora…” e
ainda questiona: “Por que criadora? Vejo isso de duas maneiras: enquanto
resultado, uma
intervenção é criadora, na medida em que é também invenção - invenção como
criação de caminhos para suportar uma avaliação da conjuntura, do contexto;”
Com base neste raciocínio pode-se constatar que realmente uma intervenção tem
caracter criadora, na medida em que a cada intervenção os participantes da rede
de debate deixam ideias inovadoras e mostram sua capacidade em adaptar suas
opiniões no decurso do debate.
Referências Bibliográficas
ANTUNES, Irandé. Aula de Português: encontro & interação. São Paulo. Parábola
Editorial, 2003.
COSTA VAL, Maria da Graça. Texto, textualidade e textualização. In: J.L. Tápias
Ceccantini; R.F> Pereira & J. Zanchetta Jr. (orgs), Pedagogia Cidadã: Cadernos de
formação: Língua Portuguesa, v. 1. São Paulo: UNESP, prograd. 2004.
KRUG, Flavia Susana. A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA FORMAÇÃO DO LEITOR,
ISSN: 1809-6220, 2015
ESTUDANTES
1. Claudio Angelo Nhancale
2. Egas Luis Frederico Lemos
3. Eugenio Xavier Domingos Caetano
4. Gaspas Har Cuamba
5. Inácio Lourenço Mugabe
6. Leoneldo Antonio Luis
7. Lussane Hepuclen Machaca
8. Paulo Alexandre Rodrigues Almeida

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Ferramentas digitais mediadoras de aprendizagem colaborativa e cooperativa
Ferramentas digitais mediadoras de aprendizagem colaborativa e cooperativaFerramentas digitais mediadoras de aprendizagem colaborativa e cooperativa
Ferramentas digitais mediadoras de aprendizagem colaborativa e cooperativaVany Ramos
 
Escrita Colaborativa
Escrita ColaborativaEscrita Colaborativa
Escrita Colaborativaapedro p
 
Por que as plataformas de aprendizagem não são boas
Por que as plataformas de aprendizagem não são boasPor que as plataformas de aprendizagem não são boas
Por que as plataformas de aprendizagem não são boasaugustodefranco .
 
Google Docs: Aprendizagem Colaborativa
Google Docs: Aprendizagem ColaborativaGoogle Docs: Aprendizagem Colaborativa
Google Docs: Aprendizagem ColaborativaGrupo 5
 
Para entender a cocriação interativa
Para entender a cocriação interativaPara entender a cocriação interativa
Para entender a cocriação interativaaugustodefranco .
 
Fórum liyas web
Fórum   liyas webFórum   liyas web
Fórum liyas weblibeca7
 
O aspecto relacional das interações na Web 2.0
O aspecto relacional das interações na Web 2.0O aspecto relacional das interações na Web 2.0
O aspecto relacional das interações na Web 2.0Alex Primo
 
A escrita colaborativa e o uso da plataforma sandstorm
A escrita colaborativa e o uso da plataforma sandstormA escrita colaborativa e o uso da plataforma sandstorm
A escrita colaborativa e o uso da plataforma sandstormElaine Teixeira
 
Trabalho colaborativo
Trabalho colaborativoTrabalho colaborativo
Trabalho colaborativorverardi
 
Fórum liyas 1
Fórum   liyas 1Fórum   liyas 1
Fórum liyas 1libeca7
 
Fórum liyas 1
Fórum   liyas 1Fórum   liyas 1
Fórum liyas 1libeca7
 

Mais procurados (14)

Ferramentas digitais mediadoras de aprendizagem colaborativa e cooperativa
Ferramentas digitais mediadoras de aprendizagem colaborativa e cooperativaFerramentas digitais mediadoras de aprendizagem colaborativa e cooperativa
Ferramentas digitais mediadoras de aprendizagem colaborativa e cooperativa
 
Aprendizagem colaborativa
Aprendizagem colaborativaAprendizagem colaborativa
Aprendizagem colaborativa
 
Escrita Colaborativa
Escrita ColaborativaEscrita Colaborativa
Escrita Colaborativa
 
Por que as plataformas de aprendizagem não são boas
Por que as plataformas de aprendizagem não são boasPor que as plataformas de aprendizagem não são boas
Por que as plataformas de aprendizagem não são boas
 
Google Docs: Aprendizagem Colaborativa
Google Docs: Aprendizagem ColaborativaGoogle Docs: Aprendizagem Colaborativa
Google Docs: Aprendizagem Colaborativa
 
Prova habil-seducrs2013
Prova habil-seducrs2013Prova habil-seducrs2013
Prova habil-seducrs2013
 
Para entender a cocriação interativa
Para entender a cocriação interativaPara entender a cocriação interativa
Para entender a cocriação interativa
 
Fórum liyas web
Fórum   liyas webFórum   liyas web
Fórum liyas web
 
E-moderação
E-moderaçãoE-moderação
E-moderação
 
O aspecto relacional das interações na Web 2.0
O aspecto relacional das interações na Web 2.0O aspecto relacional das interações na Web 2.0
O aspecto relacional das interações na Web 2.0
 
A escrita colaborativa e o uso da plataforma sandstorm
A escrita colaborativa e o uso da plataforma sandstormA escrita colaborativa e o uso da plataforma sandstorm
A escrita colaborativa e o uso da plataforma sandstorm
 
Trabalho colaborativo
Trabalho colaborativoTrabalho colaborativo
Trabalho colaborativo
 
Fórum liyas 1
Fórum   liyas 1Fórum   liyas 1
Fórum liyas 1
 
Fórum liyas 1
Fórum   liyas 1Fórum   liyas 1
Fórum liyas 1
 

Semelhante a Sala de Aula em Rede

Docência na Cibercultura
Docência na CiberculturaDocência na Cibercultura
Docência na CiberculturaEdmea Santos
 
Aprendizagem colaborativa em listas de discussão composta por profissionais d...
Aprendizagem colaborativa em listas de discussão composta por profissionais d...Aprendizagem colaborativa em listas de discussão composta por profissionais d...
Aprendizagem colaborativa em listas de discussão composta por profissionais d...Ruy Ferreira
 
Professores Conectados: trabalho e educação nos espaços públicos em rede
Professores Conectados: trabalho e educação nos espaços públicos em redeProfessores Conectados: trabalho e educação nos espaços públicos em rede
Professores Conectados: trabalho e educação nos espaços públicos em redesuzzinha
 
Autoria do discente - Aparecida Lima
Autoria do discente - Aparecida LimaAutoria do discente - Aparecida Lima
Autoria do discente - Aparecida LimaGuilmer Brito
 
Restinga Sêca - Fabrícia Cavichioli Braida
Restinga Sêca - Fabrícia Cavichioli BraidaRestinga Sêca - Fabrícia Cavichioli Braida
Restinga Sêca - Fabrícia Cavichioli BraidaCursoTICs
 
Apresentacao aprendizagem colaborativa
Apresentacao aprendizagem colaborativaApresentacao aprendizagem colaborativa
Apresentacao aprendizagem colaborativacomunidadedepraticas
 
Oficina De Experimentação Textual 20072
Oficina De Experimentação Textual 20072Oficina De Experimentação Textual 20072
Oficina De Experimentação Textual 20072guestb78351
 
Mapeando Caminhos
Mapeando CaminhosMapeando Caminhos
Mapeando Caminhossuzzinha
 
A importância da interação no ava
A importância da interação no avaA importância da interação no ava
A importância da interação no avaCrhystiane
 
A importância da interação no ava
A importância da interação no avaA importância da interação no ava
A importância da interação no avaCristiane Marinho
 
O PROFESSOR-AUTOR E O USO DE RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS
O PROFESSOR-AUTOR E O USO DE RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOSO PROFESSOR-AUTOR E O USO DE RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS
O PROFESSOR-AUTOR E O USO DE RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOSJoyce Fettermann
 
Leitura internacional da América Latina no Brasil 2019
Leitura internacional da América Latina no Brasil 2019Leitura internacional da América Latina no Brasil 2019
Leitura internacional da América Latina no Brasil 2019fabiolamore
 
Apresentacao aprendizagem colaborativa
Apresentacao aprendizagem colaborativaApresentacao aprendizagem colaborativa
Apresentacao aprendizagem colaborativacomunidadedepraticas
 
Articulando ideias nos/com os Softwares Sociais
Articulando ideias nos/com os Softwares SociaisArticulando ideias nos/com os Softwares Sociais
Articulando ideias nos/com os Softwares SociaisAlice Costa
 
Design da utilização da Web 2.0 como aprendizagem em contexto num curso forma...
Design da utilização da Web 2.0 como aprendizagem em contexto num curso forma...Design da utilização da Web 2.0 como aprendizagem em contexto num curso forma...
Design da utilização da Web 2.0 como aprendizagem em contexto num curso forma...Nelson Jorge
 
Didatica online Formacao Educadores Adriana Bruno
Didatica online Formacao Educadores Adriana BrunoDidatica online Formacao Educadores Adriana Bruno
Didatica online Formacao Educadores Adriana BrunoAdriana Bruno
 

Semelhante a Sala de Aula em Rede (20)

Sala de aula em rede
Sala de aula em redeSala de aula em rede
Sala de aula em rede
 
Docência na Cibercultura
Docência na CiberculturaDocência na Cibercultura
Docência na Cibercultura
 
Aprendizagem colaborativa em listas de discussão composta por profissionais d...
Aprendizagem colaborativa em listas de discussão composta por profissionais d...Aprendizagem colaborativa em listas de discussão composta por profissionais d...
Aprendizagem colaborativa em listas de discussão composta por profissionais d...
 
Professores Conectados: trabalho e educação nos espaços públicos em rede
Professores Conectados: trabalho e educação nos espaços públicos em redeProfessores Conectados: trabalho e educação nos espaços públicos em rede
Professores Conectados: trabalho e educação nos espaços públicos em rede
 
Autoria do discente - Aparecida Lima
Autoria do discente - Aparecida LimaAutoria do discente - Aparecida Lima
Autoria do discente - Aparecida Lima
 
Restinga Sêca - Fabrícia Cavichioli Braida
Restinga Sêca - Fabrícia Cavichioli BraidaRestinga Sêca - Fabrícia Cavichioli Braida
Restinga Sêca - Fabrícia Cavichioli Braida
 
Apresentacao aprendizagem colaborativa
Apresentacao aprendizagem colaborativaApresentacao aprendizagem colaborativa
Apresentacao aprendizagem colaborativa
 
Oficina De Experimentação Textual 20072
Oficina De Experimentação Textual 20072Oficina De Experimentação Textual 20072
Oficina De Experimentação Textual 20072
 
Mapeando Caminhos
Mapeando CaminhosMapeando Caminhos
Mapeando Caminhos
 
A importância da interação no ava
A importância da interação no avaA importância da interação no ava
A importância da interação no ava
 
A importância da interação no ava
A importância da interação no avaA importância da interação no ava
A importância da interação no ava
 
Aprendizagem Colaborativa
Aprendizagem ColaborativaAprendizagem Colaborativa
Aprendizagem Colaborativa
 
O PROFESSOR-AUTOR E O USO DE RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS
O PROFESSOR-AUTOR E O USO DE RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOSO PROFESSOR-AUTOR E O USO DE RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS
O PROFESSOR-AUTOR E O USO DE RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS
 
Leitura internacional da América Latina no Brasil 2019
Leitura internacional da América Latina no Brasil 2019Leitura internacional da América Latina no Brasil 2019
Leitura internacional da América Latina no Brasil 2019
 
Apresentacao aprendizagem colaborativa
Apresentacao aprendizagem colaborativaApresentacao aprendizagem colaborativa
Apresentacao aprendizagem colaborativa
 
Articulando ideias nos/com os Softwares Sociais
Articulando ideias nos/com os Softwares SociaisArticulando ideias nos/com os Softwares Sociais
Articulando ideias nos/com os Softwares Sociais
 
Eixo1 art37
Eixo1 art37Eixo1 art37
Eixo1 art37
 
Design da utilização da Web 2.0 como aprendizagem em contexto num curso forma...
Design da utilização da Web 2.0 como aprendizagem em contexto num curso forma...Design da utilização da Web 2.0 como aprendizagem em contexto num curso forma...
Design da utilização da Web 2.0 como aprendizagem em contexto num curso forma...
 
Didatica online Formacao Educadores Adriana Bruno
Didatica online Formacao Educadores Adriana BrunoDidatica online Formacao Educadores Adriana Bruno
Didatica online Formacao Educadores Adriana Bruno
 
Plataformas de Aprendizagem
Plataformas de AprendizagemPlataformas de Aprendizagem
Plataformas de Aprendizagem
 

Sala de Aula em Rede

  • 1. Sala de Aula em Rede: de quando a Autoria se (Des)dobra em In(ter)venção*. Sala de Aula em Rede: de quando a Autoria se (Des)dobra em In(ter)venção* AXT, Margarete; KREUTZ, José Ricardo. Sala de Aula em Rede: de quando a Autoria se (Des)dobra em Inter(ven)ção. In: FONSECA, Tania Mara Galli, KIRST, Patrícia Gomes. Cartografias e Deveres: A Construção do Presente. Por Alegre : Editora da UFRGS, 2003. p. 319- 339.
  • 2. Informações sobre os autores Margarete Axt é professora titular da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Programas de Pós -Graduação em Educação e em Informática na Educação; coordenadora do Laboratório de Pesquisas e Estudos em Linguagem Interação e Cognição (LELIC/FACED/UFRGS); pesquisadora do CNP que com o apoio, também, das Pró-Reitorias de Pesquisa e de Pós-Graduação da UFRGS, desenvolve e coordena, em parceria com outros pesquisadores, os projetos PRO - VIA: Programa Comunidades Virtuais de Aprendizagem-avaliação das novas tecnologias, efeitos e modos de subjetivação; CIVITAS: Cidades virtuais com tecnologias digitais para aprendizagem e simulação;
  • 3. cont. CONSTRUTEIAS: estudos e criação em hipermidia-construções com tecnologiasdigitais para interação, aprendizagem e simulação. Suas publicações, nos últimos anos, concentram-se nas suas investigações no âmbito dos ambientes virtuais, os espaços de docência, das aprendizagens, da construção de conhecimento e da produção de sentido em contexto de autoria, com vistas à captura dos processos e dos mecanismos de criação. Tem textos publicados (como única autora e em co-autoria) em periódicos como Educação & Realidade (UFRGS, 1997); Educação, Subjetividade & Poder (UFRGS,1998); Revista de Ciências Humanas (UFSC, 1999); Informática na Educação: teoria&prática (UFRGS, 2000); Interface: comunicação, saúde, educação (UNESP,1999;2001).
  • 4. cont. José Ricardo Kreutz é psicólogo graduado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, mestrando em Psicologia Social e Institucional - UFRGS na linha de pesquisa "Subjetividades contemporâneas, discursos e sintomas sociais", membro do grupo "Modos de trabalhar, modos de subjetivar", colaborador do projeto de pesquisa e intervenção em ambientes de rede - CONSTRUTEIAS-do PPG da Educação-UFRGS.
  • 5. Resumo Segundo Esses Autores, ao escrever um texto literário o autor ganha uma certa experiência, no sentido de que o texto escrito por ele deve passar por uma ou várias críticas (sendo positivas ou não) e assim ele vai ganhando mais experiências na sua forma de “Registrar pela escrita”. O leitor pode interpretar o texto de várias formas assim vai acolhendo a intertextualidade que este lhe proporciona (Krug,2015). E assim dito a interpretação de texto mediante a leitura do indivíduo tem a função e suprir ou preencher espaços vazios contidos em um texto. E isso só é possível à grande capacidade imaginativa do leitor combinada aos fatores construtivos do texto. (OLIVEIRA, 2015).
  • 6. cont. E na relação entre o autor e o leitor por meio do texto, de uma forma positiva, é necessário que os elementos gráficos produzidos pelo autor, não seja desprezada pelo leitor, pois a partir disso, ele descobre significações, elabora hipóteses e tira as suas conclusões (Antunes, 2010). Assim cria-se a tão falada interação “texto/leitor/contexto ” definindo o texto “como qualquer produção que possa fazer sentido numa situação de comunicação humana” (COSTA VAL, 2004). Segundo esta definição o leitor cria ou tira o seu contexto do texto.
  • 7. cont. Sendo assim é necessário que o auto experimente o que é chamado de “instalação contínua no ambiente de sala de rede de aula” proposta por Margaret e José Ricardo. Na qual segundo eles mesmo pode ser dividido em das partes que são: 1)A instalação contínua 2)O efeito intervenção
  • 8. cont. Na instalação Margaret e José Ricardo dá a ideia de que não podemos simplesmente colocar as ferramentas necessárias em uma sala de aula sem saber usá-las e/ou sem criar estratégias de como usá-la de modo a criar um ritmo agradável de interação entre professor, aluno e a ferramenta. Tudo deve estar sincronizado e harmonizado. E esse processo depende também da experiência do professor com a tal ferramenta para que o aluno continuamente, possa extender mais os seus horizontes. Segundo Margaret e José Ricardo “a instalação contínua em rede” é dividida em perspectiva macro e micro.
  • 9. cont MACRO - Web - Equipa técnica, bolsistas de várias áreas de interface - Alunos da disciplina - Professor - Alunos da disciplina do programa de pós-graduação da Educação. - Espaços tridimensionais, PCs e disposição dos laboratórios - home-page da disciplina (onde há a intervenção e a construção do conhecimento)
  • 10. cont. MICRO Essa abordagem está relacionada ao home page da disciplina onde os professores e os alunos podem interagir entre si em discussões on-line que podem ser, segundo Margaret e José Ricardo: - Compartilhamento de informação ou ficheiros - Acompanhento do progresso interativo do estudante - Demonstrações de criatividade e textos didáticos
  • 11. cont. E assim cria-se a “sala de aula em rede” colocando todos esses itens e pessoas relacionadas a Web. E para que a instalação seja “contínua” é necessário que o sistema esteja sempre em mutação aumentando assim outros possíveis itens e conjuntos/ou de pessoas que poderão contribuir positivamente no PEA através da Web. Assim, o sistema torna-se “Aberto e Escalável”, cujo ideais vem desde das décadas de 20 e 30 com Bertalamy e Jean Piaget. Assim pode-se confirmar que ao compreensão e o conhecimento de um determinado assunto é sustentado com base nas aproximações das pessoas envolvidas no PEA do indivíduo.
  • 12. cont. (MARGARETE, p12) diz na sua explanação que: “no meu entender, criar condições de possibilidade para a manifestação autoral através do texto escrito em ambiente de rede, com vistas às aprendizagens e à construção conceitual, é objetivo da função de intervenção.” Isto remete-nos a perceção de que no entanto, quando um membro/interveniente de uma sala em rede ou debate de determinado tema propões, critica, assimila conteúdos debatidos em rede de forma coletiva e participativa remete-nos ao conceito que ela trata de “função da intervenção”. Embora deixe ao critério de José Ricardo o desenvolvimento desta no ponto (2) do debate intitulado “efeito de intervenção”. (JOSÉ RICARDO, p2) – diz ser importante fazer uma espécie de demonstração da proveniência do conceito intervenção pois ele tem sido um norteador para as práticas em psicopedagogia.
  • 13. cont. A Intervenção é trágica, porque o destino da intervenção é a sua própria morte. Se uma intervenção pudesse falar em nome próprio ela diria: "Sou uma andarilha que dorme nas sarjetas, nos albergues, nas casas de passagem uma só vez, porque depois eu perco a força e morro de inanição. Sobre “efeito de intervenção” (JOSÉ RICARDO, p12) afirma que: “A In(ter)venção é criadora e inventiva porque estamos operando em nossas práticas a partir de um novo eixo de pensamento filosófico, científico e artístico: Não basta mais "refletir sobre" é necessário criar um movimento. Intervir é inventar é morrer e é nascer.”
  • 14. cont. Em jeito de comentário podemos abordar em torno dos termos destacados nomeadamente, inventar, morrer e nascer. Com base na explanação de José Ricardo, podemos deduzir que intervir é inventar na medida em que os intervenientes do debate em rede produzem, criam, expõem ideias próprias e originais de maneira diferenciada e particular, dai a constatação de que intervir é inventar. Enquanto para o termo intervir é morrer, Ricardo sustenta que se uma intervenção não é acolhida ou seja: um dos intervenientes da rede intervem e não recebe nenhum feedback de outros membros do grupo. A expressão nascer reside no facto de uma intervenção dar origem a uma serie de debates, análises e críticas.
  • 15. cont. Foi também mencionado por (RICARDO, p14) que, durante os debates ou sessões presenciais “alguns eram reconhecidos e outros não, as falas de alguns não tinham eco ou escuta, e muito menos interlocução.” Em contrapartida as sessões presenciais demostrou também que: “essa falta de eco não era apenas uma sensação, ou seja, que muitas coisas discutidas têm um eco diferente na rede. Coisas que são ditas agora, nem sempre são lidas logo e respondidas ou discutidas, no ato, como acontece quando se fala. Muitas vezes escrevemos e dias depois temos alguém que se afeta e nos serve de interlocutor.”
  • 16. cont. A segunda constatação foi que na intervenção em rede “Todos os alunos fizeram um trabalho de campo e trouxeram casos para discussão.” Isso demostra mais uma vez o quão inclusivas e heterogéneas no contexto de diversidade de ideias são as sessões em rede uma vez que todos participantes postam, baixam, alteram, configuram textos no debates. Sobre “hibridez”, (RICARDO, p16) salienta que: “por definição, o híbrido não se reproduz; ele é manipulado apenas para aquela função e depois morre. Não há nenhum híbrido igual a o outro. Todos são diferentes.” Se associarmos essa definição ao contexto da sala de aula em rede iremos notar que: a aglomeração ou coleção de intervenções diversificadas dos participantes em debates, tem como consequência a produção de ideias ou conhecimentos resultantes dessa conjuntura de opiniões.
  • 17. cont. (MARGARETE, p20) ressalva que: “… toda intervenção é também criadora…” e ainda questiona: “Por que criadora? Vejo isso de duas maneiras: enquanto resultado, uma intervenção é criadora, na medida em que é também invenção - invenção como criação de caminhos para suportar uma avaliação da conjuntura, do contexto;” Com base neste raciocínio pode-se constatar que realmente uma intervenção tem caracter criadora, na medida em que a cada intervenção os participantes da rede de debate deixam ideias inovadoras e mostram sua capacidade em adaptar suas opiniões no decurso do debate.
  • 18. Referências Bibliográficas ANTUNES, Irandé. Aula de Português: encontro & interação. São Paulo. Parábola Editorial, 2003. COSTA VAL, Maria da Graça. Texto, textualidade e textualização. In: J.L. Tápias Ceccantini; R.F> Pereira & J. Zanchetta Jr. (orgs), Pedagogia Cidadã: Cadernos de formação: Língua Portuguesa, v. 1. São Paulo: UNESP, prograd. 2004. KRUG, Flavia Susana. A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA FORMAÇÃO DO LEITOR, ISSN: 1809-6220, 2015
  • 19. ESTUDANTES 1. Claudio Angelo Nhancale 2. Egas Luis Frederico Lemos 3. Eugenio Xavier Domingos Caetano 4. Gaspas Har Cuamba 5. Inácio Lourenço Mugabe 6. Leoneldo Antonio Luis 7. Lussane Hepuclen Machaca 8. Paulo Alexandre Rodrigues Almeida