1. Sala de Aula em Rede: de quando a Autoria se
(Des)dobra
em In(ter)venção*.
Sala de Aula em Rede: de quando a Autoria se (Des)dobra
em In(ter)venção*
AXT, Margarete; KREUTZ, José Ricardo. Sala de Aula em Rede: de quando a Autoria
se (Des)dobra em Inter(ven)ção. In: FONSECA, Tania Mara Galli, KIRST, Patrícia
Gomes. Cartografias e Deveres: A Construção do Presente. Por Alegre : Editora da
UFRGS, 2003. p. 319- 339.
2. Informações sobre os autores
Margarete Axt é professora titular da Faculdade de Educação da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Programas de Pós -Graduação em Educação e em
Informática na Educação; coordenadora do Laboratório de Pesquisas e Estudos
em Linguagem Interação e Cognição (LELIC/FACED/UFRGS); pesquisadora do
CNP que com o apoio, também, das Pró-Reitorias de Pesquisa e de
Pós-Graduação da UFRGS, desenvolve e coordena, em parceria com outros
pesquisadores, os projetos PRO - VIA: Programa Comunidades Virtuais de
Aprendizagem-avaliação das novas tecnologias, efeitos e modos de subjetivação;
CIVITAS: Cidades virtuais com tecnologias digitais para aprendizagem e
simulação;
3. cont.
CONSTRUTEIAS: estudos e criação em hipermidia-construções com
tecnologiasdigitais para interação, aprendizagem e simulação. Suas publicações,
nos últimos anos, concentram-se nas suas investigações no âmbito dos
ambientes virtuais, os espaços de docência, das aprendizagens, da construção de
conhecimento e da produção de sentido em contexto de autoria, com vistas à
captura dos processos e dos mecanismos de criação.
Tem textos publicados (como única autora e em co-autoria) em periódicos como
Educação & Realidade (UFRGS, 1997); Educação, Subjetividade & Poder
(UFRGS,1998); Revista de Ciências Humanas (UFSC, 1999); Informática na
Educação: teoria&prática (UFRGS, 2000); Interface: comunicação, saúde,
educação (UNESP,1999;2001).
4. cont.
José Ricardo Kreutz é psicólogo graduado pela Universidade do Vale do Rio dos
Sinos, mestrando em Psicologia Social e Institucional - UFRGS na linha de
pesquisa "Subjetividades contemporâneas, discursos e sintomas sociais",
membro do grupo "Modos de trabalhar, modos de subjetivar", colaborador do
projeto de pesquisa e intervenção em ambientes de rede - CONSTRUTEIAS-do
PPG da Educação-UFRGS.
5. Resumo
Segundo Esses Autores, ao escrever um texto literário o autor ganha uma certa
experiência, no sentido de que o texto escrito por ele deve passar por uma ou
várias críticas (sendo positivas ou não) e assim ele vai ganhando mais
experiências na sua forma de “Registrar pela escrita”.
O leitor pode interpretar o texto de várias formas assim vai acolhendo a
intertextualidade que este lhe proporciona (Krug,2015). E assim dito a
interpretação de texto mediante a leitura do indivíduo tem a função e suprir ou
preencher espaços vazios contidos em um texto. E isso só é possível à grande
capacidade imaginativa do leitor combinada aos fatores construtivos do texto.
(OLIVEIRA, 2015).
6. cont.
E na relação entre o autor e o leitor por meio do texto, de uma forma positiva, é
necessário que os elementos gráficos produzidos pelo autor, não seja desprezada
pelo leitor, pois a partir disso, ele descobre significações, elabora hipóteses e tira
as suas conclusões (Antunes, 2010).
Assim cria-se a tão falada interação “texto/leitor/contexto ” definindo o texto
“como qualquer produção que possa fazer sentido numa situação de
comunicação humana” (COSTA VAL, 2004). Segundo esta definição o leitor cria
ou tira o seu contexto do texto.
7. cont.
Sendo assim é necessário que o auto experimente o que é chamado de
“instalação contínua no ambiente de sala de rede de aula” proposta por Margaret
e José Ricardo. Na qual segundo eles mesmo pode ser dividido em das partes
que são:
1)A instalação contínua
2)O efeito intervenção
8. cont.
Na instalação Margaret e José Ricardo dá a ideia de que não podemos
simplesmente colocar as ferramentas necessárias em uma sala de aula sem
saber usá-las e/ou sem criar estratégias de como usá-la de modo a criar um ritmo
agradável de interação entre professor, aluno e a ferramenta. Tudo deve estar
sincronizado e harmonizado.
E esse processo depende também da experiência do professor com a tal
ferramenta para que o aluno continuamente, possa extender mais os seus
horizontes.
Segundo Margaret e José Ricardo “a instalação contínua em rede” é dividida em
perspectiva macro e micro.
9. cont
MACRO
- Web
- Equipa técnica, bolsistas de várias áreas de interface
- Alunos da disciplina
- Professor
- Alunos da disciplina do programa de pós-graduação da Educação.
- Espaços tridimensionais, PCs e disposição dos laboratórios
- home-page da disciplina (onde há a intervenção e a construção do
conhecimento)
10. cont.
MICRO
Essa abordagem está relacionada ao home page da disciplina onde os
professores e os alunos podem interagir entre si em discussões on-line que
podem ser, segundo Margaret e José Ricardo:
- Compartilhamento de informação ou ficheiros
- Acompanhento do progresso interativo do estudante
- Demonstrações de criatividade e textos didáticos
11. cont.
E assim cria-se a “sala de aula em rede” colocando todos esses itens e pessoas
relacionadas a Web. E para que a instalação seja “contínua” é necessário que o
sistema esteja sempre em mutação aumentando assim outros possíveis itens e
conjuntos/ou de pessoas que poderão contribuir positivamente no PEA através da
Web.
Assim, o sistema torna-se “Aberto e Escalável”, cujo ideais vem desde das
décadas de 20 e 30 com Bertalamy e Jean Piaget.
Assim pode-se confirmar que ao compreensão e o conhecimento de um
determinado assunto é sustentado com base nas aproximações das pessoas
envolvidas no PEA do indivíduo.
12. cont.
(MARGARETE, p12) diz na sua explanação que: “no meu entender, criar condições
de possibilidade para a manifestação autoral através do texto escrito em
ambiente de rede, com vistas às aprendizagens e à construção conceitual, é
objetivo da função de intervenção.” Isto remete-nos a perceção de que no entanto,
quando um membro/interveniente de uma sala em rede ou debate de
determinado tema propões, critica, assimila conteúdos debatidos em rede de
forma coletiva e participativa remete-nos ao conceito que ela trata de “função da
intervenção”. Embora deixe ao critério de José Ricardo o desenvolvimento desta
no ponto (2) do debate intitulado “efeito de intervenção”.
(JOSÉ RICARDO, p2) – diz ser importante fazer uma espécie de demonstração da
proveniência do conceito intervenção pois ele tem sido um norteador para as
práticas em psicopedagogia.
13. cont.
A Intervenção é trágica, porque o destino da intervenção é a sua própria morte. Se
uma intervenção pudesse falar em nome próprio ela diria: "Sou uma andarilha que
dorme nas sarjetas, nos albergues, nas casas de passagem uma só vez, porque
depois eu perco a força e morro de inanição.
Sobre “efeito de intervenção” (JOSÉ RICARDO, p12) afirma que: “A In(ter)venção é
criadora e inventiva porque estamos operando em nossas práticas a partir de um
novo eixo de pensamento filosófico, científico e artístico: Não basta mais "refletir
sobre" é necessário criar um movimento. Intervir é inventar é morrer e é nascer.”
14. cont.
Em jeito de comentário podemos abordar em torno dos termos destacados
nomeadamente, inventar, morrer e nascer. Com base na explanação de José
Ricardo,
podemos deduzir que intervir é inventar na medida em que os intervenientes do
debate em rede produzem, criam, expõem ideias próprias e originais de maneira
diferenciada e particular, dai a constatação de que intervir é inventar.
Enquanto para o termo intervir é morrer, Ricardo sustenta que se uma intervenção
não é acolhida ou seja: um dos intervenientes da rede intervem e não recebe
nenhum feedback de outros membros do grupo. A expressão nascer reside no
facto de uma intervenção dar origem a uma serie de debates, análises e críticas.
15. cont.
Foi também mencionado por (RICARDO, p14) que, durante os debates ou sessões
presenciais “alguns eram reconhecidos e outros não, as falas de alguns não
tinham eco ou escuta, e muito menos interlocução.” Em contrapartida as sessões
presenciais demostrou também que: “essa falta de eco não era apenas uma
sensação, ou seja, que muitas coisas discutidas têm um eco diferente na rede.
Coisas que são ditas agora, nem sempre são lidas logo e respondidas ou
discutidas, no ato, como acontece quando se fala. Muitas vezes escrevemos e
dias depois temos alguém que se afeta e nos serve de interlocutor.”
16. cont.
A segunda constatação foi que na intervenção em rede “Todos os alunos fizeram
um trabalho de campo e trouxeram casos para discussão.” Isso demostra mais
uma vez o quão inclusivas e heterogéneas no contexto de diversidade de ideias
são as sessões em rede uma vez que todos participantes postam, baixam,
alteram, configuram textos no debates.
Sobre “hibridez”, (RICARDO, p16) salienta que: “por definição, o híbrido não se
reproduz; ele é manipulado apenas para aquela função e depois morre. Não há
nenhum híbrido igual a o outro. Todos são diferentes.” Se associarmos essa
definição ao contexto da sala de aula em rede iremos notar que: a aglomeração
ou coleção de intervenções diversificadas dos participantes em debates, tem
como consequência a produção de ideias ou conhecimentos resultantes dessa
conjuntura de opiniões.
17. cont.
(MARGARETE, p20) ressalva que: “… toda intervenção é também criadora…” e
ainda questiona: “Por que criadora? Vejo isso de duas maneiras: enquanto
resultado, uma
intervenção é criadora, na medida em que é também invenção - invenção como
criação de caminhos para suportar uma avaliação da conjuntura, do contexto;”
Com base neste raciocínio pode-se constatar que realmente uma intervenção tem
caracter criadora, na medida em que a cada intervenção os participantes da rede
de debate deixam ideias inovadoras e mostram sua capacidade em adaptar suas
opiniões no decurso do debate.
18. Referências Bibliográficas
ANTUNES, Irandé. Aula de Português: encontro & interação. São Paulo. Parábola
Editorial, 2003.
COSTA VAL, Maria da Graça. Texto, textualidade e textualização. In: J.L. Tápias
Ceccantini; R.F> Pereira & J. Zanchetta Jr. (orgs), Pedagogia Cidadã: Cadernos de
formação: Língua Portuguesa, v. 1. São Paulo: UNESP, prograd. 2004.
KRUG, Flavia Susana. A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA FORMAÇÃO DO LEITOR,
ISSN: 1809-6220, 2015
19. ESTUDANTES
1. Claudio Angelo Nhancale
2. Egas Luis Frederico Lemos
3. Eugenio Xavier Domingos Caetano
4. Gaspas Har Cuamba
5. Inácio Lourenço Mugabe
6. Leoneldo Antonio Luis
7. Lussane Hepuclen Machaca
8. Paulo Alexandre Rodrigues Almeida